ARTIGO
ORIGINAL
Validação
de orientações para enfermeiros de um serviço de atendimento domiciliar
oncológico: estudo metodológico
Antonio Jorge Silva Correa
Júnior*, Mary Elizabeth de Santana, D.Sc.**,
Lucialba Maria Silva dos Santos, M.Sc.***,
Raisa Silva Martins***, Érika de Cássia Lima Xavier
Barros, M.Sc.****
*Enfermeiro,
Mestrando em Enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém/PA,
**Enfermeira, Professora Titular da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e
Professor Associado da UFPA, Belém/PA, ***Enfermeira UFPA, Belém/PA, ****Enfermeira, Mestra em Enfermagem pela Universidade Estadual
do Para
Recebido em 18 de
outubro de 2017; aceito em 26 de novembro de 2018.
Endereço
para correspondência:
Antonio Jorge Silva Correa Júnior, Universidade
Federal do Pará, Faculdade de Enfermagem, Sala do Mestrado, Rua Augusto Corrêa,
Guamá, 66075110 Belém PA, E-mail: juniorjorge_94@hotmail.com; Mary Elizabeth de
Santana: betemary@terra.com.br; Lucialba Maria Silva
dos Santos: lucialbasilva@hotmail.com; Raisa Silva
Martins: raisa-martins@hotmail.com; Érika de Cássia Lima Xavier Barros: erikaxavierteles@hotmail.com
Resumo
Objetivo: Validar um
instrumento que concilie orientações para assistência de enfermeiras e que cite
quais os assuntos necessários ao abordar o cuidador de pacientes oncológicos
domiciliares. Métodos: Estudo
metodológico segmentado em quatro etapas, desenvolvido em um hospital
oncológico de referência do município de Belém/PA, entre março e maio de 2015. Resultados: O painel de profissionais
foi de seis enfermeiras de unidade de cuidados paliativos que validaram oito
orientações gerais. Destas, sete obtiveram consenso apropriado e uma orientação
de parecer inadequado (feridas neoplásicas). Educação em saúde, Efeitos
adversos e Prevenção de lesões por pressão obtiveram bom desempenho; as demais
sofreram aprimoramentos. A orientação que não logrou consenso favorável
refletiu a inadequação de produtos descritos em algumas literaturas e a delicada
tarefa de universalizar tratamentos, em vista da complexidade das feridas
oncológicas. Conclusão: A validação
demonstrou que sete orientações estavam adequadas, enquanto uma ainda precisa
ser ratificada à prática.
Palavras-chave: enfermagem
oncológica, cuidados paliativos, visita domiciliar.
Abstract
Validation of guidelines for nurses of an oncological domiciliary care
services: methodological study
Objective: To validate
an instrument that conciliates guidelines for nursing care and which cites the issues
required when approaching the caregiver of cancer patients at home. Methods:
Methodological study segmented in four stages developed at a reference cancer
hospital in the city of Belém/PA, between March and
May 2015. Results: The professional
panel consisted of six palliative care unit nurses who validated eight general
guidelines. Of these, seven obtained appropriate consensus and inadequate
guidance (neoplastic wounds). Health education, Adverse
effects and Prevention of pressure injuries have performed well; the others
suffered improvements. The orientation that did not reach a favorable consensus
reflected the inadequacy of products described in some literature and the
delicate task of universalizing treatments in view of the complexity of oncological
wounds. Conclusion: Validation
demonstrated that seven guidelines were adequate, while one still needed to be
ratified in practice.
Key-words: oncology nursing, palliative care, home visit.
Resumen
Validación de orientaciones para enfermeros de un servicio de atención domiciliar oncológico: estudio
metodológico
Objetivo: Validar un instrumento que concilie orientaciones
para asistencia de enfermeras
y que cite cuáles son los asuntos necesarios
al abordar al cuidador de pacientes oncológicos
domiciliares. Métodos: Estudio metodológico segmentado en
cuatro etapas y desarrollado
en un hospital oncológico
de referencia del municipio de Belém/PA, entre marzo
y mayo del 2015. Resultados: El panel
de profesionales fue de
seis enfermeras de unidad
de cuidados paliativos que validaron ocho orientaciones generales. De ellos, siete obtuvieron consenso apropiado y una orientación
parecer inadecuada (heridas
neoplásicas). La educación en
salud, los efectos adversos y la
prevención de lesiones por presión
obtuvieron buen desempeño; las demás sufrieron mejoras. La orientación que no logró consenso favorable reflejó la
inadecuación de productos
descritos en algunas
literaturas y la delicada tarea
de universalizar tratamientos, en
vista de la complejidad de las heridas oncológicas. Conclusión: La validación demostró que siete orientaciones eran adecuadas, mientras que una aún necesita ser ratificada a la práctica.
Palabras-clave: enfermería
oncológica, cuidados paliativos, visita domiciliaria.
Estatisticamente, os
cuidados paliativos (CP) vêm crescendo e acompanham as mortes por doenças
crônicas, impulsionando cuidados multidisciplinares e geralmente contando com
planejamento avançado em níveis de ambulatório ou manejo sintomático [1]. A World Health Organization e
World Palliative Care
Alliance afirmam que os cânceres que demandaram CP causam uma mortalidade de
7.869.752 pessoas ao redor do mundo [2]. No Brasil, durante o biênio 2018-2019,
haverá ocorrência de 600 mil casos novos de câncer para cada ano. Os cânceres
de próstata em homens e mama em mulheres serão os mais frequentes na população
[3].
O CP é a prevenção e
o alívio do sofrimento biopsicossocial e espiritual, requerido diante de
problemas de saúde graves, crônicos e limitantes de vida, promove assim a dignidade, elevação da qualidade de vida e o ajuste às
patologias progressivas utilizando as melhores evidências científicas [4]. O
cuidado integral da enfermagem nos CP pode advir de serviços de atendimento
domiciliar. A política brasileira Melhor em Casa institui o repasse de
informações e o ensino do familiar; e ainda imbui o enfermeiro da avaliação com
a escala funcional de Karnofsky (grau de inaptidão ou
deficiência funcional), curativos, troca/limpeza de traqueostomia, sondagens, enteroclisma, hipodermóclise,
escala visual analógica da dor e execução e ensino de terapias não
farmacológicas para dor [5].
A decisão do
prognóstico de morte não pode se basear em diagnósticos intuitivos, ao
contrário, precisam esmiuçar componentes analíticos e metódicos com
recomendações estruturadas, prognósticos baseados em evidências e orientações
[6]. Ademais, a política Melhor em Casa afirma que o cuidador familiar é a
figura responsável pelo adoecido [5]. Assim, surge a necessidade de um protocolo
que embase as ações dos profissionais, com rotinas e ações previstas em um
serviço construído por intermédio das evidências científicas [7].
Desta forma, o
presente estudo origina-se da necessidade de padronização da assistência de
enfermagem e orientações dadas por enfermeiras aos cuidadores durante as
visitas de um Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), sediado em um Centro de
Alta Complexidade em Oncologia (CACON). Alguns pontos da assistência com vistas
no oferecimento de suporte aos cuidadores serão abordados: Anamnese, Educação
em saúde, Investigação da rotina, Dor oncológica, Efeitos adversos,
Aconselhamento nutricional, Feridas neoplásicas e Prevenção de lesões por
pressão. O ensino de cuidados aos familiares é um dos pontos que alicerça os SADs, haja vista que o bom ensino garantirá a longitudinalidade do cuidado prestado na residência.
A falta de
informações precisas para cuidadores domiciliares de pacientes oncológicos
paliativos reflete-se nos suportes “domínios da informação” e “necessidades de
serviços de saúde”, que ainda são menos atendidos na visão de cuidadores [8].
Diante disto, o objetivo do estudo é validar um instrumento que concilie
orientações para assistência de enfermeiras e que cite quais os assuntos
necessários ao abordar o cuidador de pacientes oncológicos domiciliares.
Trata-se de um estudo
metodológico segmentado em quatro etapas. A primeira etapa foi a revisão da literatura nacional e internacional por
intermédio de protocolo validado [9], a partir da pergunta norteadora: “Quais
as evidências científicas acerca das orientações de enfermagem realizadas ao
cuidador familiar do paciente em cuidados paliativos oncológicos
domiciliares?”. As bases de dados foram a Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e Public Medline
(PUBMED). Definiram-se conforme os Descritores em Ciências da Saúde (Decs): Cuidados Paliativos, Educação em Saúde, Assistência
Domiciliar, Oncologia e Enfermagem, combinados ao termo booleano “and” no ato da pesquisa.
Os critérios de
inclusão estabelecidos: artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português,
espanhol e inglês; referentes ao período de 2005 a 2014. Excluíram-se: revisões
integrativas de literatura, bem como estudos reflexivos e manuais e indicadores
institucionais, não houvesse abordagem dos cuidados paliativos domiciliares,
nos quais não houvesse menção da abordagem aos CP a pacientes acometidos por
neoplasias e ao papel do profissional de Enfermagem. Foram encontradas 849
publicações mediante a aplicação dos critérios de inclusão nas bases, 820
estudos foram excluídos mediante a aplicação dos critérios de exclusão.
O conteúdo das 29
publicações foi explorado e após análise de três revisores, quando se tratam de
indícios de orientações prestadas a frequência da primeira análise efetuada foi
de 62,06% (n = 18) na amostra (n = 29/100%), não havendo menções as orientações
na análise sensível em 37,93% (n = 11). Portanto, foram identificadas em
relação ao universo de 18 publicações: Esclarecimento a respeito do alívio da
dor com administração de medicamentos, Esclarecimento do prognóstico,
Esclarecimento a respeito de medicamentos, sondas, materiais e habilidades para
a prestação do cuidado, Esclarecimento a respeito de melhorias quanto à
acomodação, adaptação de recursos e horários, Esclarecimento a respeito do manejo de feridas neoplásicas e curativos, Esclarecimento a
respeito da troca de decúbito regular para prevenir lesões por pressão e
Colaboração na descoberta do significado do que são os cuidados ao paciente
oncológico no domicílio e manutenção da qualidade de vida.
O segundo momento foi
de desenvolvimento de orientações para os cuidados aos pacientes oncológicos em
cuidados paliativos domiciliares a partir da identificação de assuntos dos 18
artigos, a observância da política Melhor em Casa também foi realizada. Por
fim, elaboraram-se 8 orientações gerais (desdobradas
em orientações específicas) levadas aos profissionais em um instrumento:
Anamnese, Educação em saúde, Investigação da rotina, Dor oncológica, Efeitos
adversos, Aconselhamento nutricional, Feridas neoplásicas e Prevenção de lesões
por pressão.
A avaliação foi o
terceiro momento, ficando a cargo de enfermeiros de unidade de CP por mais de
um ano, mediante a assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O
painel consultado foi de enfermeiros vinculados à Clínica de Cuidados
Paliativos Oncológicos a um hospital de referência do município de Belém/PA que
possui SAD, e o período da coleta de dados se deu entre os meses de Março e
Maio de 2015.
Foi proposta a
validação de oito orientações gerais por intermédio da Escala de Likert de cinco pontos: ponto 5
(Muito apropriado), ponto 4 (Parcialmente apropriado), ponto 3 (Nem apropriado
nem inapropriado), ponto 2 (Parcialmente inapropriado), ponto 1 (Nunca
apropriado). Cada orientação geral desdobrava-se em orientações específicas, no
momento da avaliação das orientações gerais, sugestões e adequações foram
realizadas pelos participantes.
Após a coleta de
dados, no quarto momento, os instrumentos devolvidos foram enumerados com a
letra P de “participantes” e sequência de devolução (P1, P2, P3...) e as
sugestões tabuladas. Depreendeu-se o cálculo do Índice de Validação de Conteúdo
(IVC), por intermédio de tratamento estatístico em frequência simples e
percentual com auxílio do programa Microsoft Office Excel. Cuidados
recomendados ao atingirem 80% (0,8) refletirão a adequação e aplicabilidade na
prática dos cuidados paliativos domiciliares oncológicos.
Houve incorporações
de sugestões e reformulações no campo aberto nas orientações específicas que
demandavam adequações a realidade assistencial e condutas pessoais. O estudo
foi aprovado pelo Comitê de Ética sob protocolo
23492314.0.0000.0018, atendendo as normas da Resolução nº 466/2012.
O painel de profissionais
selecionado compreendeu seis enfermeiras assistenciais de unidade de CP, dentre
as quais 33% possuíam mestrado acadêmico e 67% pós-graduação lato sensu na
modalidade residência multiprofissional atenção em oncologia: cuidados
paliativos. Conforme a Tabela I o vislumbre percentual das avaliações.
Tabela
I - Avaliação das orientações gerais
recomendadas pela Escala de Likert de cinco pontos.
Belém/PA, 2016.
*frequência absoluta e
frequência relativa. Fonte: Instrumento com a Escala de Likert
(2016).
Das oito orientações
construídas, sete obtiveram IVC adequado acima de 0,8 (87,5%), sendo
recomendados nove ajustes/acréscimos em três das afirmativas: Investigação da
rotina, Dor oncológica e Aconselhamento nutricional; tratando-se das orientações
Anamnese, a enfermeira preferiu não registrar comentários. Apenas três
permaneceram inalteradas: Educação em saúde, Efeitos adversos e Prevenção de
lesões por pressão. Todavia, uma orientação obteve o IVC inadequado à sua
validação.
As recomendações com
consenso unânime (100%) foram agrupadas no Quadro 2. O
Quadro 3 ordena as orientações gerais que obtiveram
pareceres favoráveis, com sugestões e reformulações inclusas nas orientações
específicas. Para discernir a natureza das orientações foram empregadas as
expressões “orientações para assistência de enfermagem” (OAE) para designar
orientações para as enfermeiras, e “orientações para o ensino de cuidadores”
(OEC) para designar o repasse de informações sobre os cuidados para os
familiares como preconiza a política Melhor em Casa.
Quadro
1 - Sugestões e críticas referentes as orientações gerais. Belém/PA, 2017.
Fonte: Instrumento com
a Escala de Likert (2016).
Quadro
2 - Orientações gerais (IVC = 1) e orientações
específicas inalteradas. Belém/PA, 2017.
Fonte: Instrumento com
a Escala de Likert (2016).
Quadro
3 - Orientações gerais (1> IVC > 0,8) e
orientações específicas com reformulações. Belém/PA, 2017.
Fonte: Instrumento com
a Escala de Likert (2016).
No Quadro 4 apresentamos as orientações gerais específicas que tem o
IVC menor que 0,8 o que denota a importância de reformulações sugeridas pelos
participantes, as quais foram inclusas.
Quadro 4 - Orientação geral com IVC < 0,8 e
orientações específicas com reformulações. Belém/PA, 2017.
Fonte: Instrumento com
a Escala de Likert (2016).
Os protocolos não
devem restringir a enfermagem em ações premeditadas e inflexíveis [5], pois a
educação em saúde informa e implica em uma agenda de visita que elucide pontos
específicos, sem deixar de incentivar o diálogo [10]. Por isto compreende-se
que a abordagem paliativa ambulatorial do câncer, favorece o trabalho emocional
mesclado com a interpretação de sintomas [11].
Houve reformulações
sugeridas que envolvem a “Investigação da rotina”: a enfermeira não assinalou
mudanças estruturais, entretanto atentou-se para cuidadores com letrismo a-funcional e a postulação das orientações por intermédio
de desenhos. Diante disso, cabe ao profissional auxiliar na descoberta dos
sentidos e objetivos dos CP, direcionando-os a um cuidado holístico [12], as
táticas que compõem este contexto tangem a elucidação do quadro clínico
direcionando mudanças no cotidiano [13].
A “Dor oncológica”
pode ser classificada através da escala analógica de dor e tratamento
farmacológico com opioides na literatura, tendo em
conta o manejo sucedido por anticonvulsivantes e/ou corticoides [14], como
terapias adjuvantes enquadradas na orientação geral “Efeitos adversos”. Os
métodos farmacológicos exigem recomendações e manejo dos efeitos adversos [15],
a introdução dos fármacos é uma fase que requer apreensão de especificidades
como aceitação e destreza [16]. Assim, uma destas peculiaridades refere-se
quando a eficácia das drogas diminui demandando de 1/10 a 1/6 da dose habitual
(doses de resgate) [5].
Duas enfermeiras
recomendaram acréscimos ao avaliarem “Dor oncológica”. Os fatores de melhora e piora foram enquadrados na orientação que antecede o
tratamento da dor [17] e desconforto respiratório foi introduzido como nova
orientação específica. Afirma-se que o avanço tumoral provoca a dispneia e
recomenda-se o uso de opioides para seu controle [5].
A enfermeira P6 não observa terapias não farmacológicas para dores, embora a
assistência de enfermagem encontre subsídios para métodos de relaxamento,
distração, imaginação dirigida, toque terapêutico, estimulação elétrica transcutânea, terapia cognitivo-comportamental,
alongamento, termoterapia e crioterapia
[15,18].
Considera-se que a
maioria dos opioides culmina em efeitos adversos, a
morfina apesar de desencadeá-los permanece como de primeira escolha em razão da
fácil condução de sintomas com terapias adjuvantes [19]. Podem ser induzidos
por opioides: constipação maligna [16,20,21],
náuseas e vômitos [19-21], tontura, prurido, insônia, retenção urinária [21],
alopecia, fadiga, neuropatia sensorial e perda de apetite [20]. Os laxantes
osmóticos, estimulantes da mucosa e lubrificantes
devem estar associados aos opioides, com antieméticos como a metoclopramida,
o haloperidol ou ondansetrona
[5].
Semelhantemente,
outra necessidade é o “Aconselhamento nutricional” que evita o prosseguimento
da caquexia oncológica. No consenso o único profissional que assinalou
Parcialmente apropriado recordou o atendimento do fonoaudiólogo, incumbindo de
diagnosticar fisiopatologias da deglutição [22].
Por fim, “Prevenção
de lesões por pressão” foi validada com IVC unânime. Percebe-se que o cuidado
de enfermagem minimiza fatores desencadeantes da lesão por pressão,
potencializa o estado nutricional, estimula a hidratação da pele, controla a
incontinência urinaria e fecal e protege proeminências ósseas. Avaliar o risco
deve ocorrer por intermédio da escala de Braden no
domicílio, com reposicionamento e a redistribuição do peso com travesseiros e
coxins [23].
Medidas preventivas,
orientações e tratamento destas lesões não ocorrem somente no hospital [24],
pois a atenção domiciliar regular previne novas lesões e leva à cicatrização em
alguns casos [25]. Finalmente, em “Feridas neoplásicas” apenas 50% assinalaram
Nem apropriado nem inapropriado em virtude da preferência por outros produtos,
como o metronidazol macerado [26] e pela
impraticabilidade em universalizações de cuidados.
Sobre a orientação
mal avaliada destaca-se a complexidade das feridas neoplásicas, a necessidade
de educação permanente e a dificuldade em encontrar subsídios recentes
construídos pela enfermagem [27].
A validação
demonstrou que as orientações mais bem avaliadas refletem: abordagem
sintomática, minimização de dados provenientes do quadro terminal e suporte ao
cuidador familiar e educação permanente para os profissionais.
Este estudo está limitado
ao baixo número de participantes, devido ao critério de inclusão de
profissionais com mais de um ano de assistência, a restrição loco regional e a
orientação inadequada (feridas neoplásicas). Outro ponto é que as recomendações
validadas aplicam-se somente ao CACON que sediou o estudo, devido à
especificidade de algumas sugestões e críticas de profissionais, o que remete o
conteúdo validado apenas ao CACON em questão. O estudo identificou problemas
que justificaram a modificação da escrita de algumas orientações.
Faz-se necessária uma
continuidade da pesquisa, para que as orientações específicas sejam validadas
em um âmbito diferente do loco regional e por uma quantidade mais robusta de
profissionais.
Conselho Nacional de
Pesquisa (PIBIC/CNPq).