ARTIGO ORIGINAL
Prevalência de adesão
medicamentosa em pacientes com doença arterial coronariana crônica
Pollyana Dutra Sobral*, Eduardo
Tavares Gomes**, Priscila de Oliveira Carvalho*, Emmanuelle Tenório Godoi*, Dinaldo Cavalcanti de Oliveira*
*Hospital das Clínicas
da UFPE, **Hospital das Clínicas da UFPE, Universidade de São Paulo
Recebido em 18 de
fevereiro de 2018; aceito em 20 de abril de 2020.
Correspondência: Eduardo Tavares
Gomes, Hospital das Clínicas da UFPE, Av. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade
Universitária, 50670-901 Recife PE
Pollyana Dutra Sobral:
pollyanna_dutra@outlook.com
Eduardo Tavares Gomes:
edutgs@hotmail.com
Priscila de Oliveira
Carvalho: pri.oliveira.88@hotmail.com
Emmanuelle Tenório
Godoi: godoiemmanuelle@hotmail.com
Dinaldo Cavalcanti de Oliveira:
dinaldo@pesquisador.cnpq.br
Resumo
Objetivos: Avaliar a prevalência
da adesão medicamentosa do paciente com doença arterial coronariana crônica e
comparar os perfis clínico, socioeconômico e angiográfico de paciente aderentes
e não aderentes. Métodos: Estudo observacional, transversal,
prospectivo, quantitativo e descritivo, realizado de julho a outubro de 2016,
em dois hospitais, sendo um público e outro privado. Forma entrevistados 130
pacientes submetidos ao procedimento de cinecoronariografia e consultados os
resultados do exame. Utilizou-se o teste de Morisky-Green
para mensurar a aderência a medicação. Resultados: A taxa de adesão
medicamentosa foi de 26,15%, considerada baixa. Dentre as variáveis de perfis
clínico, sociodemográfico e angiográfico apenas a hipertensão foi mais
prevalente nos pacientes aderentes. Conclusão: Visto que a gravidade da
lesão não ter tido associação direta com a adesão, sugere-se que pesquisas
posteriores considerem o risco genético como fator de risco independente.
Palavras-chave: adesão à medicação,
doença das coronárias, cooperação do paciente.
Abstract
Prevalence of drug patient compliance with chronic coronary artery
disease
Objectives: To evaluate the prevalence of drug patient compliance with chronic
coronary artery disease and compare the clinical, socioeconomic and
angiographic adherent patient and non-compliant profiles. Methods: It is
an observational, cross-sectional, prospective, quantitative and descriptive,
conducted from July to October 2016, in two hospitals, one public and one
private. It was interviewed 130 patients who underwent coronary angiography to
procedure and was consulted its results. Morisky-Green
Test was used to measure medication adherence. Results: Drug adherence
rates was 26.15%, considered low. Among the variables of clinical, demographic
and angiographic profiles, only hypertension was more prevalent among adherent
patients. Conclusion: Since the severity of the lesion was not directly
associated with adherence, it is suggested that further research should
consider genetic risk as an independent risk factor.
Keywords: medication adherence, coronary disease, patient compliance.
Resumen
Prevalencia de adherencia
a fármacos en pacientes con
enfermedad coronaria
crónica
Objetivos: Evaluar
la prevalencia de adherencia a la medicación en pacientes con enfermedad coronaria crónica y comparar los
perfiles clínicos, socioeconómicos y angiográficos de pacientes adherentes y no adherentes. Métodos:
Estudio observacional, transversal, prospectivo, cuantitativo y descriptivo,
realizado de julio a octubre
de 2016, en dos hospitales,
uno público y otro privado. Se entrevistó
a 130 pacientes sometidos al procedimiento de angiografía coronaria y se consultaron los resultados del examen. La prueba Morisky-Green se utilizó para medir la adherencia a la medicación. Resultados: La tasa
de adherencia a la medicación fue del 26,15%, considerada baja. Entre las
variables de perfiles clínicos, sociodemográficos y
angiográficos, solo la hipertensión
fue más prevalente en
pacientes adherentes. Conclusión:
Dado que la gravedad de la lesión no
se ha asociado directamente con la adherencia, se sugiere que la investigación adicional considere el
riesgo genético como un factor de riesgo independiente.
Palabras-clave: adherencia
a la medicación, enfermedad coronaria, cooperación del paciente.
A palavra adesão deriva
do latim "adhaesione" sendo definida como a
ação ou efeito de aderir, aderência, assentimento, aprovação, concordância,
apoio, manifestação de solidariedade a uma ideia, a uma causa [1]. Na
literatura em saúde, o termo adesão é utilizado para referir o seguimento das
recomendações terapêuticas. A adesão à terapêutica tem sido hoje discutida e
estudada por profissionais de saúde por se tratar de um ponto fundamental para
a resolubilidade de um tratamento, já que sem a adesão ao tratamento prescrito
não há sucesso da terapia proposta.
A aderência
medicamentosa está relacionada não somente ao ato de ingerir o medicamento
prescrito, mas na forma como o paciente conduz o tratamento, sendo influenciada
por várias dimensões [2].
Estudos indicam que uma
boa adesão a terapias cardíacas poderia ser associada a uma redução do risco de
mortalidade em 35%, por qualquer causa, independentemente de maior repercussão
clínica do paciente. Desta forma, a adesão medicamentosa é fator crucial para o
prognóstico do paciente com doença arterial coronariana (DAC), reduzindo o risco
de morte destes pacientes [3].
Os objetivos
fundamentais do tratamento da DAC incluem: prevenir o infarto do miocárdio,
reduzir a mortalidade e reduzir os sintomas e a ocorrência da isquemia
miocárdica propiciando melhor qualidade de vida [4]. Tais objetivos são
atingidos, principalmente, quando a Atenção Primária em Saúde atende às
demandas de prevenção primária às doenças crônicas não-transmissíveis,
cuidando, tratando, orientando grupos de risco e favorecendo à adesão
terapêutica.
A DAC é um problema de
saúde pública em todo o mundo, mas são conhecidas terapia medicamentosas e não
medicamentosas que tem contribuído de forma significativa para melhora do
prognóstico dos pacientes. Entretanto, infelizmente a adesão ao tratamento
parece não ser alta, o que pode estar relacionada às altas taxas de
morbimortalidade desta doença.
Neste sentido o estudo
da adesão medicamentosa em pacientes com doença arterial crônica representa um
importante tópico, pois é necessário que os cardiologistas saibam se os remédios
prescritos estão sendo tomados adequadamente para ter impacto na sobrevida dos
pacientes.
O objetivo primário
deste estudo foi avaliar a prevalência da adesão medicamentosa do paciente com
doença arterial coronariana crônica, enquanto o secundário comparar os perfis
clínico, socioeconômico e angiográfico de paciente aderentes e não aderentes.
Trata-se de um estudo
observacional, transversal, prospectivo, quantitativo, descritivo e analítico,
realizado de julho a outubro de 2016, em dois hospitais, sendo um público e
outro privado.
Compuseram a amostra
130 indivíduos, incluindo-se pacientes com indicação clínica de
cinecoronariografia; que estivessem em uso de terapia medicamentosa para doença
arterial coronariana crônica e assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Como critérios de exclusão consideraram-se a impossibilidade
de responder o questionário e participação em outro estudo clínico.
Foram aplicados os
questionários de coleta de dados através da técnica de entrevista para a
caracterização dos perfis clínico, sociodemográfico, angiográfico (através do
resultado da cinecoronariografia) e de Morisky et
al. [5], para avaliação da adesão medicamentosa. A coleta de dados foi
feita antes de o participante realizar o procedimento. As variáveis clínicas
avaliadas foram: hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia, sedentarismo,
obesidade, tabagismo, alcoolismo e antecedentes familiares. As variáveis
sociodemográficas foram: idade, sexo, procedência, escolaridade e renda. O
perfil angiográfico do paciente foi avaliado quanto à extensão e gravidade da
DAC, sendo consultados os resultados dos exames.
O Teste de Morisky-Green (TMG) que foi utilizado na pesquisa é
caracterizado pela mensuração indireta da aderência/não aderência por meio da
avaliação do comportamento frente à tomada dos medicamentos. A escala é
composta por perguntas de resposta dicotômica (sim/não) construídas no sentido
inverso para contornar a tendência do entrevistado em responder afirmativamente
às perguntas realizadas, ou seja, a resposta “sim” corresponde à menor adesão
[5]. Para registrar-se a resposta, foi considerada a prescrição individual de
cada participante, ou seja, a adesão é entendida neste estudo ao esquema
terapêutico indicado para cada um, considerando as seguintes classes de drogas
como relacionadas à DAC: anti-hipertensivo, anti-agregante
plaquetário, hipolipemiante.
A gravidade da lesão é
caracterizada pelo estreitamento dos vasos que suprem o coração em decorrência
do espessamento da camada interna da artéria devido ao acúmulo de placas
ateromatosas. Foi definida através do laudo da cinecoronariografia, e a
presença de uma lesão com obstrução >70% caracteriza o paciente como grave,
entre 40 a 70% como moderado e leve <40% [4]. A extensão da lesão foi
avaliada pelo número de artérias acometidas com ateromatose
em uni, bi e triarterial [4].
Pacientes
potencialmente candidatos ao registro eram avaliados quanto aos critérios de
inclusão e exclusão. Aqueles que preenchessem tais critérios eram abordados
pelos pesquisadores que explicavam a pesquisa e os convidavam para participar.
Para os pacientes que aceitavam era explicado o TCLE e solicitada assinatura.
Após a coleta de dados,
os dados foram armazenados e analisados no programa Excel MS-Office Windows 8 e
o software SPSS versão 20.0. Foi realizada a análise estatística descritiva e
analítica. Na caracterização da amostra do estudo foram utilizadas medidas de
frequência e média com seus respectivos desvios padrões. Na análise da
associação dos fatores e adesão medicamentosa foi utilizado o teste Qui-quadrado para a comparação de proporções (variáveis
dependentes e independentes categóricas), assim como na associação da adesão
com a gravidade da lesão. Os testes de hipóteses foram analisados considerando
uma significância estatística de 5% (p < 0,05).
Este estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, parecer nº
46307815.8.0000.5208.
A amostra foi
segmentada em dois grupos de pacientes: aderentes (34; 26,15%) e não-aderentes
(96; 73,85%). A comparação entre os perfis clínico e sociodemográficos entre os
grupos mostrou dentre as características avaliadas que não houve diferença
estatisticamente significativa, exceto para o antecedente de hipertensão, menor
entre não-aderentes (p=0,004). (tabela I)
Pode-se afirmar que ambos
os grupos apresentaram distribuição semelhante das variáveis em estudo, sendo
majoritariamente formados por pacientes entre 50 e 64 anos, do sexo masculino,
casados ou com companheiros, com renda de até um salário mínimo vigente no
período, escolaridade de até ensino fundamental completo. Os antecedentes
pessoais também apresentaram nos grupos distribuição aproximada, tendo
relevância a elevada presença de hipertensão (Tabela I).
Tabela I - Comparação entre
perfil sociodemográficos e antecedentes pessoais de saúde entre os pacientes
aderentes e não-aderentes (N=130). Recife/PE, 2017.
RMR = região
metropolitana do Recife; HAS = hipertensão arterial sistêmica; DM = diabetes
melito; AVC = acidente vascular cerebral; IAM = infarto agudo do miocárdio; DCV
= doença cardiovascular.
Avaliando-se a extensão
da doença arterial coronariana pelo número de lesões, observou-se que não houve
diferença significativa entre o número de lesões e a ausência de evidências de ateromatose. Pacientes sem ateromatose
corresponderam a 30,77% (40) do total. Em todos os grupos, com ou sem ateromatose, os pacientes não-aderentes foram maioria
(Tabela II).
Tabela II - Análise
comparativa da extensão da doença arterial coronariana entre os pacientes
aderentes e não aderentes (N=130). Recife/PE, 2017.
p = teste de qui-quadrado
Embora não tenha sido
encontrada significância estatística, na comparação entre os pacientes pela
gravidade da lesão, o menor percentual de não-aderentes foi entre os pacientes
sem lesão (60,0%) quando comparados aos outros grupos. O maior percentual de
pacientes não-aderentes foi no grupo de lesões classificadas como leve (90,0%),
seguida por moderada (80,0%) e grave (72,9%), de forma a sugerir que nas lesões
iniciais se perceba mais o impacto da não-aderência (Tabela III)
Tabela III - Análise
comparativa da gravidade da doença arterial coronariana entre os pacientes
aderentes e não aderentes (N=130). Recife/PE, 2017.
O resultado da adesão
medicamentosa encontrado no estudo foi abaixo da literatura que estima uma taxa
de 57% de aderência para os doentes crônicos [6], porém semelhantes a outros
estudos com hipertensos que encontraram uma taxa de 30 a 40% de adesão medicamentosa
[7,8].
A terapia medicamentosa
com aspirina, hipotensores e hipolipemiantes é eficaz
na prevenção de eventos cardiovasculares, com um valor de redução de risco
estimado em 80%, com adesão total ao tratamento [3]. Assim, destaca-se a
importância da adesão medicamentosa como fator protetor de eventos
cardiovasculares, reduzindo a progressão da doença e melhorando a qualidade de
vida do paciente coronariano.
É importante o trabalho
da equipe multidisciplinar tendo em vista a melhora da adesão medicamentosa,
com intervenções educativas que abordem a doença, fisiopatologia e a
importância do tratamento, pois o paciente quando torna-se conhecedor de sua
doença tende a aderir mais o tratamento prescrito [9].
Analisando a comparação
dos perfis clínico e sociodemográficos entre os pacientes aderentes e
não-aderentes (tabela I), somente a hipertensão obteve associação significativa
com o grupo aderente (p=0,004). Este resultado vai ao encontro de estudos
semelhantes que avaliando a adesão medicamentosa de pacientes hipertensos,
encontraram uma taxa de adesão em torno de 40% [7,10].
Em um estudo com uma
amostra de 416 pacientes pós-intervenção coronariana percutânea (ICP) foi
encontrado que o gênero feminino, a maior escolaridade e o maior tempo de convívio
com a doença coronariana pré-angioplastia eram
fatores preditivos de aderência após o procedimento [11]. Em particular, o
tempo com a DAC até a realização da primeira intervenção varia
significativamente com a adesão à terapia farmacológica, e estudos mostram que
a adesão é influenciada diretamente pela motivação, encorajamento e suporte
familiar e dos profissionais de saúde [12-14]. Além desses fatores, há
evidência de que a situação marital e econômica também influencia na adesão,
como também a adesão de medida não-farmacológicas [15-16].
No tocante à associação
da adesão medicamentosa e a extensão da doença arterial coronariana (tabela
II), não houve diferença estatisticamente significativa que indicasse que o
grupo não aderente tivesse relação direta ao número de lesões, sendo próxima a
distribuição entre os grupos. Este resultado pode ser justificado pelo tamanho
da amostra.
A formação da
aterosclerose é de origem multifatorial, que ocorre em resposta à agressão
endotelial, principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande
calibres [9]. A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao
endotélio vascular devido a diversos fatores de risco como dislipidemia,
hipertensão arterial ou tabagismo, além de fatores genéticos que estão
associados a doenças cardiovasculares [17]. Desta forma, a adesão medicamentosa
pode não ter associação significativa devido ao somatório de outros fatores
específicos de cada paciente, que influenciam na formação da placa
aterosclerótica. Além disso, a formação da placa é um evento lento e
progressivo, necessitando de estudos longitudinais para que essa associação
seja melhor estudada e estabelecida.
Quando analisada a
associação da gravidade da lesão coronariana com adesão (tabela III), apesar de
não se observar associação significante, houve uma maior frequência de lesão
moderada ou grave no grupo não aderente. Este resultado pode estar relacionado
ao erro beta, pois quando realizada uma simulação com o dobro do número da
amostra e mantida a proporção dos valores descritos, foi encontrada
significância para a associação, corroborando a hipótese de que a adesão
medicamentosa é um fator protetor para as lesões moderada e grave. Além disso,
não são considerados neste estudo o efeito direto dos polimorfismos conhecidos
que são fatores de risco independente e não-modificáveis para o desenvolvimento
da doença arterial coronariana [18,19]. Em pacientes com alto risco genético, a
adesão de estilo de vida saudável favorece à prevenção da DAC, diminuindo em até
50% o risco cardiovascular [19].
O prognóstico da doença
arterial coronariana depende da adesão à terapêutica estabelecida e estudos
mostram que mais de um quarto dos pacientes com DAC não consegue alcançar as
metas de perfil lipídico [20]. Estima-se uma redução de 15% de eventos
cardiovasculares com o uso contínuo de hipolipemiantes
e anti-hipertensivos. Quando combinados com aspirina essa redução aumenta para
80% [3]. Sabe-se também que o uso precoce de estatinas nos grupos com alto
fator de risco genético diminui mortalidade a longo prazo [18].
Desta forma, a adesão
medicamentosa torna-se de extrema importância para a redução da
morbimortalidade do paciente coronariano, sendo necessário o desenvolvimento de
tecnologias em saúde que a possam impactar diretamente. Aplicativos de celular,
mensagens de texto e outras tecnologias já estão sendo testadas neste sentido,
contudo, os resultados positivos devem ser validados na realidade brasileira
[21-25]. A viabilidade desses recursos deve ser considerada em comparação com
os gastos que o sistema de saúde deixa de ter anualmente quando se aumenta a
adesão terapêutica e medicamentosa da população [26].
Como limitação do nosso
estudo, ressaltamos o tamanho da amostra, a impossibilidade de se considerar o
fator do risco genético e o fato de não se haver estudado as classes de drogas
em particular, visto que os estudos mostram que há diferenças entre a adesão
por classe [6].
A taxa de adesão
medicamentosa encontrada foi de 26,15%, considerada baixa. Dentre as variáveis
de perfis clínico, sociodemográfico e angiográfico, apenas a hipertensão foi
mais prevalente nos pacientes aderentes. Sugere-se que em estudos futuros se
verifique a classe de droga que tem menor adesão e os fatores relacionados.
Apesar da associação da
adesão medicamentosa com a gravidade da lesão coronariana não ter sido
estatisticamente significante, houve uma maior frequência de lesão moderada ou
grave no grupo não aderente. Visto que a gravidade da lesão não ter tido
associação direta com a adesão, sugerem-se que pesquisas posteriores considerem
o risco genético como fator de risco independente.
O desafio de melhorar a
adesão medicamentosa dos pacientes coronarianos permanece, pois, sem adesão à
terapêutica prescrita, não há retardo na progressão da doença, redução de
eventos cardiovasculares e melhora da qualidade de vida do paciente. Portanto é
necessário o desenvolvimento de mais estudos que abordem esta questão e
intervenções educativas através de uma visão holística mais efetiva, trazendo
maiores benefícios para os pacientes coronarianos.