ARTIGO ORIGINAL
O saber acadêmico sobre
as competências do enfermeiro na prevenção do câncer do colo do útero
Paloma Cavalcante de
Assis Martins*, Ilse Sodré da Motta, D.Sc.**
*Enfermeira Residente
do Programa de Residência Multiprofissional "Atenção ao Paciente Adulto
Neurocirúrgico em UTI" pelo Hospital Universitário Getúlio Vargas,
Universidade Federal do Amazonas, **UNESP, Campus Botucatu, Obstetrícia e
Mastologia
Recebido em 24 de
outubro de 2018; aceito em 21 de janeiro 2020.
Correspondência: Paloma Cavalcante de
Assis Martins, Avenida Apurinã, 4, Praça 14 de
Janeiro, 69020-170 Manaus AM
Paloma Cavalcante de
Assis Martins: palomassis@yahoo.com.br
Ilse Sodré da Motta: ismotta@ufam.edu.br
Resumo
No Brasil, o câncer de
colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo
estimados, para 2018, dezesseis mil novos casos. Objetivou-se identificar o
saber teórico de acadêmicos concluintes do Curso de Enfermagem, quanto às
competências do enfermeiro durante a consulta de enfermagem sobre o exame
preventivo do câncer do colo do útero (PCCU). Estudo de abordagem quantitativa
realizado com 30 acadêmicos concluintes, em outubro de 2017. Os dados foram
produzidos por meio de questionário com perguntas objetivas, analisados através
de procedimentos estatísticos e organizados em forma de tabelas. Verificou-se
que o nível de conhecimento dos acadêmicos acerca do tema é de 64%. As questões
com menor quantidade de acertos dizem respeito à faixa etária de mulheres que
deve ser priorizada para o PCCU, rotina de rastreamento, recomendações prévias
para a realização do exame preventivo, atendimento precedente à coleta do exame
e avaliação do resultado do mesmo. O estudo evidenciou
que há fragilidades no saber teórico dos acadêmicos quanto às competências do
enfermeiro durante a consulta de enfermagem no PCCU. Desse modo, espera-se que
este estudo possa contribuir com a formação de futuros enfermeiros e a
adequação do ensino de enfermagem na área de saúde da mulher.
Palavras-chave: enfermeiro,
prevenção, câncer de colo do útero.
Abstract
The academic knowledge about nursing care in the prevention of cervical
cancer
In
Brazil, cervical cancer is the fourth cancer most common among women, being
estimated, for 2018, sixteen thousand new cases. The objective was to identify
the theoretical knowledge of nursing graduating academics about nursing care in
the prevention of cervical cancer. It is a quantitative study with 30 graduating
academics carried out in October 2017. Data were generated through open-ended
questionnaire, analyzed through statistical procedures and organized in the
form of spreadsheet. The level of knowledge of academics about the subject is
64%. The questions with fewer hits are about the age group of women that must
be prioritized in the prevention of cervical cancer, screening routine,
previous recommendations for the examination, prior attendance to exam
collection and outcome assessment. The study showed there are frailties in the
theoretical knowledge of academics about nursing care in the prevention of
cervical cancer. Thereby, it is expected this study contribute with the
professional qualification of new nurses and the adequacy of the nursing
education in the field of women’s health.
Keywords: nurse, prevention, uterine cervical neoplasms.
Resumen
Saber teórico de
académicos sobre las competencias
del enfermero en la prevención
de cáncer de cuello de
útero
En Brasil, el cáncer de cuello
de útero es el cuarto tipo
de cáncer más común entre las mujeres, siendo
estimados, para 2018, dieciséis mil nuevos casos. Se objetivó
identificar el saber teórico de académicos concluyentes del Curso de Enfermería, en cuanto a las competencias
del enfermero en la prevención
de este cáncer. Estudio de abordaje cuantitativo realizado con 30 académicos concluyentes, en octubre de 2017. Los datos fueron producidos
por medio de cuestionario con preguntas objetivas, analizados
a través de procedimientos estadísticos y organizados
en forma de tablas. Se verificó
que el nivel de conocimiento de los académicos es
64%. Las cuestiones con menor cantidad de aciertos se refieren al grupo de edad de mujeres que deben ser priorizadas, rutina de rastreo,
recomendaciones previas para la
realización del examen, atención previa a la recolección y evaluación del resultado. El estudio evidenció que hay fragilidades en el saber teórico de los
académicos en cuanto a las competencias del enfermero en
la prevención del cáncer de cuello
de útero. De este modo, se espera que este estudio pueda contribuir con la formación de futuros enfermeros y la adecuación de la enseñanza de enfermería en el área de salud
de la mujer.
Palabras-clave: enfermero,
prevención, neoplasias del cuello uterino.
No Brasil, o Câncer de
Colo do Útero (CCU), também chamado de câncer cervical, é o quarto tipo de
câncer mais comum entre as mulheres. Com exceção do câncer de pele, esse tumor
é o que apresenta maior potencial de prevenção e cura quando diagnosticado
precocemente. Só para o ano de 2018 foram estimados cerca de dezesseis mil
novos casos [1].
Na análise regional do
Brasil, o CCU destaca-se como o primeiro mais incidente na região norte, com
23,97 casos por 100 mil mulheres. A região centro-oeste ocupa a segunda posição
(20,72/100 mil), a nordeste a terceira (19,49/100 mil), a quarta mais incidente
é a região sul (15,17/100 mil) e a quinta a região sudeste (11,3/100 mil) [2].
Esse
tema se insere no
âmbito da saúde da mulher, área considerada
estratégica para ações prioritárias
no Sistema Único de Saúde (SUS) no nível da
Atenção Básica (AB). A concentração
de esforços governamentais aliada à
produção acadêmica e a atuação dos
profissionais trouxe melhorias no acesso à
prevenção do CCU em todo o país.
Entretanto, ainda se mostra insuficiente como sinalizado nas
estimativas de
incidência e, em muitas regiões e situações,
o diagnóstico ainda é feito em
estágios avançados da doença [2,3].
É
atribuição da AB,
através da Estratégia de Saúde da Família
(ESF), prestar cuidado integral e
conduzir ações de promoção à
saúde, rastreamento e detecção precoce, bem como
acompanhar o seguimento terapêutico das mulheres nos demais
níveis de atenção,
quando diante de resultado de exame Preventivo do Câncer de Colo
do Útero
(PCCU) alterado [4].
Nesse contexto, o
enfermeiro é o profissional imprescindível na ESF, capacitado a exercer
atividades técnicas específicas de sua competência, administrativas e
educativas e através do vínculo com as usuárias, concentrar esforços para
reduzir os tabus, mitos e preconceitos, buscando o convencimento da clientela
feminina sobre os benefícios da prevenção [3,4].
A capacidade do
enfermeiro em exercer o trabalho de forma humanizada e integral, além de
identificar as necessidades de saúde da população, deve ser adquirida ao longo
da graduação e oferecida pela instituição em que foi formado. Normalmente, a
formação de um profissional para atender ao perfil que o mercado de trabalho
exige pode estar relacionada ao método adotado no projeto pedagógico do curso
[5]. No Brasil, o processo de formação do enfermeiro foi regulamentado pela
Resolução n.03, de 07/11/2001, e aponta que este profissional deve receber uma
formação crítico-reflexiva para intervir nos problemas de atenção à saúde da
população [6].
Paulo Freire, um dos
precursores da educação problematizadora, defende a prática
educativo-progressiva em favor da autonomia dos discentes. Nessa perspectiva,
esses atores sociais têm participação ativa no processo de ensino-aprendizagem,
sendo um agente crítico, participante e construtor do conhecimento, em que o
docente é apenas o facilitador do aprendizado [7].
Assim, o enfermeiro que
possui essa capacidade de reflexão torna-se capaz de desenvolver uma
assistência de qualidade, holística, conforme a necessidade de cada mulher [5].
É fundamental que esse profissional durante as consultas de enfermagem do PCCU,
ofereça uma assistência com olhar integral, sempre pensando que a mulher que
está diante de si, pode estar exposta e vulnerável a desenvolver a doença [8].
Diante dessa
problemática, objetivou-se identificar o saber teórico de acadêmicos concluintes
do Curso de Enfermagem de uma universidade localizada na cidade de Manaus,
quanto às competências do enfermeiro da AB durante a consulta de enfermagem no
PCCU.
Trata-se de um estudo
quantitativo, com caráter descritivo-exploratório, desenvolvido em uma
universidade localizada na cidade de Manaus, com acadêmicos concluintes do
Curso de Enfermagem, no período do mês de outubro de 2017.
Teve como sujeitos 30
acadêmicos, identificados no estudo com nomes fictícios, resguardando o
anonimato, que estavam regularmente matriculados e que concordaram em
participar do estudo, sendo excluídos aqueles que estavam de licença médica,
licença maternidade ou em atividade militar.
A coleta de dados foi
realizada após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos
sujeitos e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do
Amazonas.
Para a produção dos
dados foi utilizada a técnica de questionário com 10 perguntas objetivas, tendo
a finalidade de atender especificamente ao objetivo desta pesquisa e abordando
aspectos como: fatores de risco do câncer de colo do útero, manifestações
clínicas da doença, faixa etária de abrangência do exame preventivo, rotina de
rastreamento, situações indicadas para a coleta do exame, recomendações prévias
para a realização do mesmo, abordagem à paciente, etapas e resultados do exame,
além da importância do profissional enfermeiro como agente atuante na prevenção
desse câncer (Apêndice A).
Pesquisas de natureza
quantitativa consideram que a realidade só pode ser compreendida com base na
análise de dados brutos, recorrendo à linguagem matemática para descrever as
causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc.
[9]. Através da enfatização da objetividade, analisa os dados numéricos através
de procedimentos estatísticos [10].
Com base nisso, as
respostas dos questionários foram tabeladas de forma a serem analisadas e
contabilizadas estatisticamente. A partir daí, a porcentagem dos acertos e
erros dos participantes a cada questão do instrumento foi disposta em tabelas
com o intuito de quantificar os dados. Baseando-se na análise desses dados
brutos, pôde-se utilizar a linguagem matemática para buscar conclusões a
respeito do saber teórico dos acadêmicos concluintes sobre as habilidades do
enfermeiro na assistência preventiva à saúde da mulher durante a consulta de
PCCU.
O nível de conhecimento
dos 30 acadêmicos concluintes, participantes do estudo, acerca do tema é de 64%
(Tabela I). Em relação à quantidade de acertos por acadêmico, 50% deles
acertaram entre 6 e 8 questões, enquanto 6% acertaram entre 2 e 4 questões.
Nenhum dos 30 acadêmicos concluintes acertou todas as questões do instrumento,
assim como nenhum deles obteve nota zero (Tabela II e Figura 1).
Tabela I - Total de acertos
e nível de conhecimento acerca do tema dos 30 acadêmicos concluintes que
participaram do estudo.
Dividiu-se o número
total de acertos (193) pelo número total de questões (30 questionários x 10
questões: 300 questões), obtendo valor igual a 0,64 – 64% de nível de
conhecimento.
Tabela II - Índice geral de
desempenho dos 30 acadêmicos concluintes, participantes do estudo.
1Frequência absoluta; 2Frequência
relativa; 3Frequência absoluta acumulada; 4Frequência
relativa acumulada. Dividiu-se o número de acadêmicos que tiveram certa
quantidade de acertos pelo número total de participantes (30).
Figura 1 - Frequência
relativa (porcentagem) de acertos por classes.
Observa-se que 50% dos
acadêmicos acertaram entre 6 e 8 questões, enquanto 6% acertaram entre 2 e 4
questões.
Tabela III - Quantidade e
porcentagem de acertos por questão.
Dividiu-se o número
total de acertos de cada questão pelo número total de acadêmicos concluintes
(30).
Analisando a quantidade
de acertos por questão, o desempenho dos acadêmicos variou bastante. É possível
observar que determinadas questões obtiveram índice de acertos acima de 70%,
enquanto outras este índice ficou abaixo de 50% (Tabela III).
A primeira questão,
relacionada aos fatores de risco associados ao câncer de colo do útero, como
uso prolongado de contraceptivos orais e tabagismo, obteve 23 acertos (77%).
Notou-se que a maioria dos acadêmicos conseguiu identificar os fatores de risco
da doença corretamente.
A segunda questão
discorre sobre as manifestações clínicas da doença, como sangramento vaginal, leucorreia e dor pélvica, além de tumoração e necrose do
colo do útero durante o exame especular. Com 25 acertos (83%), observou-se que
grande parte dos acadêmicos considerou corretamente as opções citadas [1,4].
A terceira questão diz
respeito à faixa etária de mulheres que deve ser priorizada durante a
realização do exame preventivo. Com 17 acertos (56%), percebeu-se dificuldade
dos acadêmicos em responder a alternativa correta (25 a 64 anos). Esse equívoco
é compreensível, pois na realidade as meninas estão entrando na vida
sexualmente ativa cada vez mais cedo. Essa sexualidade precoce torna necessário
que o exame preventivo seja realizado antes da faixa etária recomendada pelo
Ministério da Saúde.
A quarta questão,
relacionada à rotina de rastreamento do exame preventivo – após dois exames
normais consecutivos com intervalo de um ano, deve-se repetir o exame somente
três anos depois, obteve 13 acertos (43%). Notou-se que mais da metade dos
acadêmicos analisados desconhece a rotina do exame [1,4].
A quinta questão
discorre sobre as situações em que o exame preventivo é indicado, trazendo as
seguintes opções corretas: gestantes e mulheres na pós-menopausa devem
continuar a rotina de rastreamento, mesmo estando em situações diferenciadas.
Com 25 acertos (83%), observou-se que grande parte dos acadêmicos considerou
corretamente as opções citadas.
A sexta questão diz
respeito às recomendações prévias para a realização do exame preventivo. Com
apenas 5 acertos (17%), essa questão foi a que obteve o menor índice de
respostas corretas. Percebeu-se que os acadêmicos desconhecem que a abstinência
sexual prévia ao exame só é justificada quando são utilizados preservativos com
lubrificantes ou espermicidas. Na prática a presença de espermatozoides não
compromete a avaliação microscópica [1,4].
A sétima questão,
relacionada às etapas do atendimento prévio à coleta do exame: identificação da
paciente, explicação de como é realizado o preventivo, investigação da história
clínica da cliente, preenchimento dos dados no formulário para requisição do
exame, preparo da lâmina e, por último, solicitar à mulher para esvaziar a
bexiga e trocar a roupa por um avental, obteve 19 acertos (63%). Notou-se que a
maioria dos acadêmicos conhece o passo a passo do atendimento prévio à
realização do exame.
A oitava questão
discorre sobre o procedimento de coleta do exame preventivo. Com 21 acertos
(70%), observou-se que grande parte dos acadêmicos conhece como proceder
durante a coleta em caso de mulheres idosas com vagina atrófica. Também
demonstraram conhecimento em como coletar material citológico da ectocérvice e da endocérvice e
qual o melhor material utilizado para fixar o esfregaço [1,4].
A nona questão diz
respeito ao resultado do exame preventivo. Com 16 acertos (53%), percebeu-se
certa dificuldade por parte dos acadêmicos em responder a
questão corretamente, praticamente a metade desconhece os achados
microbiológicos considerados normais e os níveis de Neoplasia Intra-Epitelial Cervical. A décima questão, relacionada às
atribuições do enfermeiro no que tange a prevenção do câncer de colo do útero,
obteve 29 acertos (97%). Notou-se que quase todos os acadêmicos participantes
do estudo reconhecem essas atribuições, que vão desde a busca ativa às mulheres
para a coleta do exame e a entrega do resultado, até a realização da consulta
de enfermagem de maneira integral, buscando sinais e sintomas de outras
Infecções Sexualmente Transmissíveis e tratando-as adequadamente, não focando
apenas no câncer de colo do útero [1,4].
O estudo evidenciou que
há fragilidades no saber teórico dos acadêmicos concluintes do Curso de
Enfermagem sobre as competências do enfermeiro na consulta durante o Preventivo
do Câncer de Colo do Útero. Os tópicos nos quais os acadêmicos demonstraram
maior dificuldade em responder as questões corretamente – índice abaixo de 70%
de aproveitamento – foram a respeito da faixa etária de mulheres que deve ser
priorizada para o PCCU, rotina de rastreamento, recomendações prévias para a
realização do exame preventivo, atendimento precedente à coleta do exame e
avaliação do resultado do mesmo.
Porém, nota-se também
que os acadêmicos obtiveram resultados satisfatórios em outros pontos abordados
no questionário. Podem-se citar a avaliação de fatores de risco para o câncer
de colo do útero, manifestações clínicas da doença, situações em que o exame
preventivo é ou não indicado, como coletar o exame e, principalmente, as
atribuições e a importância do profissional enfermeiro na detecção precoce do
câncer de colo do útero.
Desse modo, espera-se
que este estudo possa contribuir para a reflexão sobre a formação do enfermeiro
e colabore para a adequação do ensino de enfermagem na área de saúde da mulher.
Uma possível adequação do ensino possibilitará em uma melhor oferta aos
serviços de saúde de profissionais capacitados em detectar precocemente o
câncer de colo do útero. Além de aumentar a quantidade de pesquisas científicas
brasileiras no campo de oncologia, especificamente nesse tipo de câncer,
contribuindo, assim, para alcançar uma assistência de melhor qualidade à população.
Apêndice A - Instrumento de coleta de dados –
Questionário*
Seguem abaixo questões sobre os saberes
teóricos do enfermeiro na consulta de enfermagem durante o exame Preventivo do
Câncer de Colo do Útero (PCCU). Marcar um “X” na resposta de sua preferência:
1) Qual das seguintes
alternativas abaixo NÃO caracteriza um fator de risco associado ao câncer de
colo do útero?
a. ( ) Uso prolongado de contraceptivos
orais.
b. ( ) Tabagismo.
c. ( ) Idade tardia da atividade sexual.
2) Em relação às
manifestações clínicas do câncer de colo do útero, marque a opção FALSA:
a. ( ) No estágio invasor da doença os
principais sintomas são sangramento vaginal, leucorreia
e dor pélvica.
b. ( ) As lesões precursoras do câncer de colo do
útero são sintomáticas.
c. ( ) Ao exame especular, podem ser
evidenciados sangramento, tumoração, ulceração e necrose no colo do útero.
3) A realização do PCCU
deve priorizar as mulheres de qual faixa etária?
a. ( ) 25 a 64 anos.
b. ( ) 25 a 60 anos.
c. ( ) 20 a 64 anos.
4) A respeito da rotina
de rastreamento do PCCU, complete a frase:
“A rotina recomendada
para o rastreamento no Brasil é a repetição do PCCU a cada _____ anos, após
_____ exames normais consecutivos realizados com um intervalo de _____ ano.”
a. ( ) 2, 2 e 1.
b. ( ) 3, 2 e 1.
c. ( ) 3, 3 e 1.
5) Em qual das
seguintes situações abaixo a coleta do PCCU NÃO é indicada?
a. ( ) Mulheres sem história de atividade
sexual.
b. ( ) Gestantes.
c. ( ) Mulheres na pós-menopausa.
6) Em relação às
recomendações prévias para a realização do exame, marque a opção FALSA:
a. (
) Embora usual, a recomendação de abstinência sexual prévia ao exame só
é justificada quando são utilizados preservativos com lubrificantes ou
espermicidas.
b. (
) No caso de sangramento vaginal anormal, o exame ginecológico não é
mandatório.
c. ( )
O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de
sangue pode prejudicar o diagnóstico citopatológico.
7) Qual a sequência
correta das etapas do atendimento prévias à coleta?
1. Informar a paciente
sobre o propósito do exame e as etapas do procedimento.
2. Realizar a
identificação: checar nome, data de nascimento, endereço.
3. Preencher os dados
nos formulários para requisição do PCCU.
4. Solicitar que a
mulher esvazie a bexiga e troque a roupa, em local reservado, por um avental ou
camisola.
5. Preparar a lâmina.
6. Buscar a história
clínica da paciente.
a. ( ) 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
b. ( ) 3, 6, 2, 1, 4, 5.
c. ( ) 2, 1, 6, 3, 5, 4.
8) Em relação ao
procedimento da coleta do PCCU, marque a opção VERDADEIRA:
a. ( ) Não utilizar o espéculo com
lubrificante, mas em casos de mulheres idosas com vagina atróficas,
recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico.
b. ( ) Para coleta da endocérvice
utiliza-se a espátula de Ayre, do lado que apresenta
reentrância.
c. ( ) A melhor maneira para fixar o esfregaço
citológico é utilizando álcool a 100%.
9) Em relação ao
resultado do PCCU, marque a opção FALSA:
a. ( ) Resultados indicando achados
microbiológicos (lactobacillussp, cocos e outros
bacilos) são considerados normais.
b. ( ) NIC (Neoplasia Intra-Epitelial
Cervical) 1 indica displasia leve.
c. ( ) O acrônimo ASCUS (Células Escamosas
Atípicas de Significado Indeterminado) indica sinal claro de que há uma
alteração pré-maligna.
10) Considerando as competências do enfermeiro
como agente atuante na detecção precoce do câncer de colo do útero, marque a
opção FALSA:
a. ( ) É atribuição do enfermeiro aguardar
a busca passiva das mulheres pelo resultado do PCCU, descartando aqueles
resultados que não obtiveram procura.
b. ( ) É atribuição do enfermeiro orientar
as mulheres com resultado de exame normal a seguir a rotina de rastreamento.
c. ( ) É atribuição do enfermeiro realizar
consulta de maneira integral, observando sinais e sintomas de outras Infecções
Sexualmente Transmissíveis e tratando-as adequadamente, não focando apenas no
câncer de colo do útero.
*Questões elaboradas a
partir das seguintes referências: