REVISÃO
Mapa de
risco como instrumento norteador a enfermagem do trabalho: prevenção e promoção
da saúde ocupacional
Sibely dos Santos*, Claudia
Moreira de Lima**, Jefferson Tennesse da Silva
Vicente***, Grasiela Cristina Silva Botelho Silvestre****
*Enfermeira,
Especialista em Enfermagem do Trabalho e Saúde Ocupacional, Enfermeira
Assistencial no Hospital e Pronto Socorro de Várzea Grande/MT, **Enfermeira
Mestranda no Programa Ambiente e Saúde pela Universidade de Cuiabá-UNIC,
***Enfermeiro Mestrando no Programa Ambiente e Saúde pela Universidade de
Cuiabá-UNIC, ****Enfermeira Mestranda no Programa Ambiente e Saúde pela
Universidade de Cuiabá-UNIC, Docente Assistente da Universidade do Estado de
Mato Grosso (UNEMAT), Campus Universitário de Diamantino/MT
Recebido 12 de maio
de 2018; aceito 15 de janeiro de 2019.
Endereço
para correspondência:
Claudia Moreira de Lima, Rua Pará, 1019W Centro
78370-000 Nova Olímpia MT, E-mail: cml_claudiamoreira@hotmail.com; Sibely dos Santos: sibelly36@hotmail.com; Jefferson Tennesse da Silva Vicente: enf.jefftennesse@gmail.com; Grasiela Cristina Silva Botelho Silvestre:
enf.grasielabotelho@gmail.com
Resumo
Este estudo tem como
objetivo demonstrar a importância da utilização do mapa de risco como
instrumento norteador nas atividades de prevenção de acidentes e doença
relacionada ao trabalho e promoção da saúde
ocupacional. Foi realizada revisão da literatura de caráter exploratória
descritiva. Realizou-se o levantamento bibliográfico na Biblioteca Virtual de
Saúde (BVS) nas bases de dados: BDENF, SciELO
e LILACS. Foram abrangidos artigos publicados e indexados nos referidos bancos
de dados e publicados entre os anos de 2010 a 2016. Os resultados evidenciam
que há uma relação existente entre as condições de saúde e produtividade do
trabalho, na qual as estratégias de promoção da saúde no ambiente de trabalho,
de acordo com os riscos existentes no mesmo e os determinantes que interfere na
saúde ocupacional do trabalhador faz com que essas estratégias tornem-se
eficazes e de baixo custo, na busca pela qualidade de vida do trabalhador e do
trabalho. Tendo o conhecimento dos riscos existentes no ambiente do trabalho
facilita as ações da equipe de enfermagem e de segurança do trabalho frente a promoção da saúde ocupacional, tornando assim o mapa de
risco um excelente instrumento norteador dessas ações.
Palavras-chave: saúde do
trabalhador, promoção da saúde, mapa de risco.
Abstract
Risk map as instrument for the occupational health nursing: prevention
and promotion of occupational health
This study aimed to demonstrate the importance of using the risk map as
a guiding tool in the activities of prevention of accidents and work-related
illness and promotion of occupational health. We performed a descriptive
exploratory literature review was in the databases: BDENF, SciELO
and LILACS. Articles published and indexed in these databases were published
between 2010 and 2016. The results show that there is a relationship between
health conditions and labor productivity, which means that health promotion
strategies in the environment, and the determinants that interfere in the
occupational health of the worker, make these strategies effective and low
cost, in search of the quality of life of the worker and work. Having knowledge
of the risks in the work environment facilitates the actions of the nursing and
occupational safety team in front of the promotion of occupational health, thus
making the risk map an excellent instrument guiding these actions.
Key-words: worker's
health, health promotion, risk map.
Resumen
Mapa de riesgo como
herramienta orientadora de enfermería
del trabajo:
prevención y promoción de la salud ocupacional
Este estudio tiene como objetivo
demostrar la importancia de la utilización del mapa de riesgo como instrumento orientador en
las actividades de prevención de accidentes y enfermedad relacionada al trabajo
y promoción de la salud ocupacional. Se realizó una
revisión de la
literatura de carácter exploratorio descriptivo. El levantamiento
bibliográfico se llevó a cabo en la Biblioteca Virtual de Salud
(BVS) en las bases de datos: BDENF, SciELO y LILACS. Se
incluyeron artículos publicados e indexados en dichos bancos de datos y publicados entre los años de 2010 y 2016. Los resultados reportan
que existe una relación entre las
condiciones de salud y la productividad del trabajo, en
la cual estrategias
de promoción de la salud en el
ambiente de trabajo, de acuerdo
con los riesgos
existentes en el mismo y los determinantes que interfieren en la salud ocupacional del trabajador, se hagan eficaces y de bajo costo, en la
búsqueda por la calidad de vida del trabajador y del trabajo. El conocimiento de los riesgos existentes en el
ambiente de trabajo facilita las
acciones del equipo de enfermería y de seguridad del trabajo ante la promoción de la salud ocupacional, haciendo así el
mapa de riesgo un excelente
instrumento orientador de esas acciones.
Palabras-clave: salud
del trabajador,
promoción de la salud, mapa de riesgo.
A relação entre saúde
do trabalhador e condições de trabalho interfere diretamente na produtividade
do serviço, sendo por um dos motivos que a temática vem ganhando espaço nas
pautas de reuniões em empresas que se mostram preocupadas com a saúde do seu
trabalhador, uma vez que quando a uma condição inadequada de trabalho ou mesmo
uma má qualidade deste, acaba levando a desmotivação do prestador de serviço, o
que é fonte contribuinte para ocorrência de acidentes de trabalho levando a
prejuízos a empresa ou cooperativa com gastos envolvendo o trabalhador
acidentado como consequentemente a redução da produtividade [1,2].
Os acidentes de
trabalho (AT) constituem o maior agravo à saúde dos trabalhadores brasileiros,
e não são eventos acidentais ou fortuitos, mas sim fenômenos socialmente
determinados, previsíveis e preveníveis [3,4]. O
Brasil é a quarta nação do mundo que mais registra acidentes durante atividades
laborais, atrás apenas da China, Índia e Indonésia. Dados do Ministério da
Fazenda apontam que de 2012 a 2016 foram registrados 3,5 milhões de casos de
acidente de trabalho em 26 estados e no Distrito Federal. Esses casos
resultaram na morte de 13.363 pessoas e geraram um impacto na economia [5].
Algumas medidas foram
tomadas visando diminuir esses números ao longo dos anos, de início surge mudanças com relação a segurança do trabalhador, após
vem a medicina do trabalho voltada para o cuidado ocupacional que visa a
prevenção de doenças e recuperação da saúde dos trabalhadores na sua
integralidade com os cuidados envolvendo o bem-estar físico, mental e social
[1,6].
Diante ao aludido
acidente de trabalho é definido como a ocorrência de evento adverso durante
realização da atividade de trabalho ou percurso, que resulta em danos à saúde
e/ou comprometimento da integridade física do trabalhador. E doença relacionada
ao trabalho é aquela que ocorre em função da exposição a algum agente nocivo a saúde durante o exercício de sua atividade funcional
dentro da empresa ou cooperativa, variando quanto ao surgimento de seus sinais
e sintomas [7].
Compete ao Ministério
do Trabalho e Emprego, Ministério da Saúde e Ministério da Previdência Social a
elaboração do Plano Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, que propõem
ações de promoção da saúde, melhora da qualidade de vida dos trabalhadores,
prevenção de acidentes e danos à saúde relacionados ao trabalho, entretanto
cabe ao empregador subsidiar os investimentos necessários para implementação
desses planos, além de garantir condições adequadas de trabalho e profissionais
capacitados para prestar assistência quando necessário [1,2,6].
Diante dessa
realidade o enfermeiro do trabalho é um profissional capacitado que compõem a
equipe do Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho (SESMT),
preconizado no Quadro II Dimensionamento dos SESMT da NR-4. Onde este
profissional pode desenvolver ações de prevenção de acidentes, doenças do
trabalho, promoção da saúde e qualidade de vida dos trabalhadores em conjunto
com a equipe de segurança do trabalho da empresa, Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA) e trabalhadores, além de prestar assistência aos acometidos
por doença ocupacional ou acidentes do trabalho, visando seu bem-estar físico e
psíquico [1,6,8].
Como instrumento
norteador o enfermeiro pode fazer uso do Mapa de Risco que é um instrumento
elaborado pela equipe de segurança do trabalho da empresa ou cooperativa,
técnico em segurança do trabalho (TST) e CIPA, sob orientação
do Serviço Especializado em Saúde Medicina do Trabalho (SESMET), bem como
contribuições dos trabalhadores que conhecem os riscos de sua profissão. Tal
instrumento instrui as práticas de prevenção de acidente e doença do trabalho,
promoção da saúde bem como a qualidade de vida do trabalhador [1,9].
O mapa de riscos é a
representação gráfica dos riscos de acidentes nos locais de trabalho, que tem o
propósito de alertar sobre os riscos inerentes aquele local, que são
caracterizados em cinco segundo a Norma Regulamentadora NR-5: os agentes
químicos, agentes físicos; agentes biológicos; agentes ergonômicos; riscos de
acidentes ou risco mecânico decorrentes do ambiente de trabalho podendo
desencadear danos à saúde e a integridade física [9,10].
Sendo assim, o
objetivo deste estudo é abordar a utilização do mapa de risco como instrumento
norteador as atividades de prevenção de acidentes e doença relacionada ao
trabalho e promoção da saúde ocupacional bem como a atuação direta da
enfermagem no ambiente de trabalho visando promoção, prevenção e recuperação de
agravos a saúde advindos de doenças ocupacionais.
Estudo de base
secundária, proveniente de estudos primários, sistematizado de forma a
responder o questionamento da pesquisa: “Qual a importância do Mapa de Risco
para ações de promoção da saúde no contexto da saúde ocupacional”? Neste
sentido, optou-se pela realização de uma revisão da literatura do tipo
exploratória descritiva, acerca da utilização do Mapa de Risco como instrumento
norteador contra agravos a saúde do trabalhador.
Assim, o levantamento
bibliográfico foi realizado por meio de consultas em artigos e livros
disponíveis na base de dados portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas
seguintes bases de dados: BDENF, SciELO,
LILACS e PubMed, a busca pelo objeto de pesquisa se
deu por meio dos descritores: “saúde do trabalhador”, “enfermagem”, “promoção
da saúde” e “mapa de risco” com auxílio do boleano “and”.
Obteve-se como
critérios de elegibilidade: artigos disponíveis online na íntegra, idioma
português, publicados entre 2010 a 2016 e que atendesse a proposta do estudo
respondendo à pergunta norteadora do trabalho. Os critérios de exclusão foram:
estudos duplicados, monografias e dissertações, bem como os livros e artigos
que reproduziam informações opostas a proposta do
estudo ou com a ideia central apenas em doenças ocupacionais e na prevenção
destas e periódicos publicados anteriores há 2010.
A busca mediante uso
dos descritores revelou uma amostra de 27 publicações que foram previamente
selecionados a partir do título, em seguida submetidos à leitura dos seus
resumos, por seguinte foram aprovados para o estudo 17 publicações que
permaneceram e foram submetidos à leitura de seu conteúdo na íntegra,
possibilitando compreender a temática e identificar as informações necessárias para
o estudo, que após o crivo fizeram parte deste estudo 8
trabalhos que foram submetidos a uma leitura minuciosa crítica, qualitativa e
descritiva, agrupados em categorias temáticas de acordo com a proximidade do
conteúdo, para análise da utilização do instrumento Mapa de Risco como
norteador para a prestação de serviço do profissional de Enfermagem na saúde do
trabalhador.
No espaço de tempo
delimitado para realização desse estudo (2010-2016), foram encontrados e analisados
8 trabalhos. A exploração do material permitiu fazer
análise de duas categorias temáticas. Estes dados e outros complementares estão
expostos para melhor compreensão na tabela I.
Tabela
I - Descrição dos artigos selecionados: título,
ano e categoria temática abrangente.
A
tabela demonstra
que os artigos visam fomentar a discussão e os avanços
relacionados à saúde e
segurança dos trabalhadores no ambiente de trabalho, enfatizando
a atribuição
do enfermeiro do trabalho frente às ações de
prevenção e promoção da saúde
ocupacional a partir dos riscos existentes no mesmo e a
atuação dos
trabalhadores junto as estratégias de prevenção de
acidentes sendo este o protagonista de todas as ações.
Observa-se ainda que,
a saúde e a segurança dos trabalhadores têm se tornado objeto de estudo cada
vez mais presente dentro da comunidade científica, saúde e estudantes. Isso,
pois, as condições da saúde do trabalhador e a produtividade da empresa ou
cooperativa estão diretamente interligadas.
Implantação
do mapa de risco no ambiente de trabalho
Nesta categoria de
acordo com alguns autores risco ocupacional é todo agravo que venha a acometer
o trabalhador em seu ambiente de trabalho, causando problemas de nível físico,
mental ou social, e toda e qualquer área de atuação profissional oferece algum
risco ocupacional ao seu prestador de serviço, entretanto, estes riscos podem e
devem ser minimizados ou até mesmo erradicados com medidas preventivas e de
biossegurança, que podem ser alcançadas através do mapeamento das condições do
ambiente e do trabalho, buscando assim conhecer os problemas existentes naquele
ambiente e as possíveis intervenções [11-13].
O mapa de risco é
utilizado no Brasil desde a década de 80, sendo uma medida investigativa dos
riscos ocupacionais que os trabalhadores estão expostos durante sua jornada de
trabalho, tendo como objetivo avaliar as condições de trabalho e garantir os
direitos dos trabalhadores. A avaliação dos riscos ocupacionais se dá através
de um compilado de procedimentos, com o objetivo de mensurar o potencial dos
possíveis danos à saúde do trabalhador ocasionada pelo tempo e intensidade da
exposição aos riscos ambientais e ocupacionais (agentes físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e acidentes mecânicos), sendo este compilado construído
com a avaliação dos trabalhadores que conhecem a realidade do serviço e suas
possíveis complicações ocupacionais [9,10,11,14].
Estudo realizado em
uma indústria de biossegurança em Campo Mourão/PR, com o intuito de demonstrar
e mapear os principais riscos nos setores da empresa,
identificou a importância e efetividade da implantação do Mapa de Risco
em loco, resultando na minimização de riscos acidentais e ocupacionais ao
trabalhador e prevenção de danos a sua saúde [15]. Resultados semelhantes foram
encontrados através de um estudo em laboratório de instalações elétricas de
baixa tensão, revelando a suma importância da elaboração e aplicação do mapa de
risco [16].
Com o intuito de
avaliar e classificar os riscos que trabalhadores de uma Universidade são
expostos rotineiramente em um laboratório de química. Fez-se levantamento
através de instrumentos, entrevistas, observação laboral, e posterior
mapeamento dos riscos ocupacionais e confecção do mapa de risco, os indivíduos
manifestaram a precaução no surgimento de possíveis acidentes de trabalho [17].
A efetividade da implementação dos mapas de risco a área de saúde, foi
demonstrada através da pesquisa em uma clínica renal: realizou-se a análise dos
riscos ocupacionais de 79 funcionários e análise observacional dos mapas de
risco do local. Através do levantamento tornou-se possível observar riscos
ergonômicos elucidados através do mapa nas atividades laborais ao longo da
clínica, propondo mudanças satisfatórias e a execução de melhores condições de
trabalho [18]. No âmbito da saúde, outros estudos vêm apontando a
aplicabilidade positiva e satisfatória da implantação do mapa de risco na
instituição hospitalar e setor de saúde, porém são escassos os trabalhos que
abordem a aplicabilidade dos mapas de riscos como mecanismo norteador para a
enfermagem do trabalho [19,20].
Contudo, para a
elaboração do MR se faz necessário conhecer o processo de trabalho, do setor da
empresa ou cooperativa, devendo ser analisado: o número de funcionários por
setor ou atividade, idade, sexo, se houve ou não treinamento profissional e de
segurança, aspectos de saúde, jornada de trabalho, materiais e equipamentos de
trabalho, atividades exercidas, ambiente (ventilação, iluminação, piso, parede,
radiação, temperatura) e por fim analisar a presença de riscos ambientais de
acordo com a classificação da NR-5. Após a coleta dessas informações o MP é
elaborado pela CIPA, através da orientação do SESMT quando houver na empresa [9,10,21].
Atuação
da enfermagem como facilitadora da educação em saúde no ambiente de trabalho
O enfermeiro do
trabalho é um dos responsáveis pela avaliação periódica da saúde dos
trabalhadores da empresa ou cooperativa ao qual presta assistência, buscando
proporcionar melhores condições de saúde bem como o acompanhamento de sua
reabilitação e seu retorno à atividade laboral, possibilitando ao sujeito que
reassuma a sua autonomia ao ambiente social de trabalho, além de buscar
estratégias que visem promover educação em saúde com a finalidade de prevenir
doenças crônicas [22-24].
Temos
como método ou
estratégia eficaz na promoção e
proteção da saúde do trabalhador nos ambientes
de trabalho a capacitação e treinamento dos trabalhadores
através da educação
em saúde, onde esta ação desenvolvida no ambiente
de trabalho é de suma
relevância tendo que neste local o sujeito permanece boa parte do
seu dia e
tempo, além das ações em educação
para a saúde têm um caráter obrigatório nas
empresas, conforme o estabelecido na Lei n° 6.514/77 e Portaria
3.214/78
[8,25].
Faz necessário frisar
que a promoção da saúde através da educação em saúde deve ser realizada de
acordo com os determinantes sociais, econômicos, e ambientais, pois estes
influenciam diretamente no processo de saúde e doença do indivíduo, buscando
enfraquecer a ação dos determinantes sobre as condições de vida dos indivíduos
visando diminuir a vulnerabilidades dos sujeitos quanto a
exposição a fatores de riscos que podem desencadear danos à saúde dos mesmos
[1,26].
A
atuação do enfermeiro do trabalho na prevenção de riscos ocupacionais e
educação em saúde vem ganhando destaque ao longo dos anos, seja na atuação de
diversos setores empregatícios que propiciem o exercer das competências e
habilidades especificas da saúde do trabalhador, em âmbito hospitalar e
industrial. Contribuindo significativamente na promoção a saúde do trabalhador,
identificação e redução de danos laborais, sendo demonstrado em alguns estudos
recentes [27,28].
O conhecimento
transmitido ao trabalhador proporciona tomada de ações
corretas na forma de se executar sua função, bem como, os tornam cientes
dos riscos e perigos aos quais estão expostos durante a atividade,
proporcionando ainda mudanças no comportamento dos indivíduos, suprindo suas
dúvidas profissionais e pessoais referente à atividade, promove segurança
durante o desenvolvimento de sua função onde o trabalhador se torna mais
habilitado para execução de suas atividades, e vem a contribuir para o trabalho
em equipe e a proteção coletiva [2,8].
Os estudos das
publicações analisadas mostraram que o mapa de risco caracteriza-se como uma
metodologia descritiva e qualitativa de investigação territorial de risco
ocupacional, além de estratégias destinadas a promoção da saúde dos
trabalhadores também ser de suma importância, haja vista que, decorrente do
rodízio de funcionários, devido ao afastamento por acidente ou doença
relacionada ao trabalho ocorre perca acentuada na produtividade da empresa ou
cooperativas, além do desencadeamento de custos elevados com os tratamentos.
Assim, estes se tornam os principais fatores que fazem do mapa de risco uma
estratégia intervencionista eficaz, propícia para a finalidade e efetiva no
processo de promoção de saúde ocupacional, devido apresentar- se como uma ação
de baixo custo e eficiente.
O sucesso de uma
empresa depende de seus colaboradores e funcionários, sendo indispensáveis
maiores discussões e investimentos na manutenção da qualidade de vida dos
trabalhadores no ambiente de trabalho. Para tanto, compreende-se a necessidade
e a relevância das ações de promoção de saúde no ambiente de trabalho, contudo,
para que este obtenha eficácia necessita-se da realização das ações de acordo
com as situações de trabalho, bem como, colaboração direta e efetiva de todos
os envolvidos no processo de trabalho da empresa ou cooperativa.
Os resultados
demonstraram uma articulação entre a promoção da saúde e o trabalho. Essa
articulação apresenta-se como um método eficaz de promover saúde através da
educação em saúde no ambiente de trabalho, essa ação corrobora para com a
formação de profissionais ativos e participativos em suas funções de trabalho,
desenvolvimento pessoal e familiar através dos investimentos com a segurança e
a saúde do trabalhador, incentivando estes a prevenir acidentes, doenças e
promover saúde voluntariamente.
Constatou-se que os
mapas de risco representam um método facilitador das ações da enfermagem e
segurança do trabalho no ambiente do trabalho para que as ações desenvolvidas
sejam de qualidade ao trabalhador e promova a redução de custos da empresa com
assistência médica.