REVISÃO
Aspectos gerais sobre a
transição demográfica e epidemiológica da população brasileira
Antônio
Carlos Leal Cortez*, Carlos Roberto Lyra da Silva**, Roberto Carlos Lyra da
Silva**, Estélio Henrique Martin Dantas***
*Centro Universitário
Santo Agostinho (UNIFSA), Teresina/PI, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu
em Enfermagem e Biociências (PPgEnfBio), Doutorado da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO/RJ), Laboratório de
Biociências do Movimento Humano – LABIMH – UNIRIO, **Programa de Pós-graduação
Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências (PPgEnfBio)
– Doutorado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO/RJ,
Laboratório de Avaliação Econômica e de Tecnologias – LAETS, ***Programa de
Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde e Ambiente (PSA) da Universidade
Tiradentes (UNIT), Aracaju/SE, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em
Enfermagem e Biociências (PPgEnfBio) – Doutorado da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro/RJ,
Laboratório de Biociências do Movimento Humano – LABIMH – UNIRIO
Recebido
em 18 de fevereiro de 2019; aceito em 2 de outubro de 2019.
Correspondência: Antônio Carlos Leal
Cortez, Av. Abdias Neves, 1850 Cristo Rei 64015-300 Teresina PI
Antônio
Carlos Leal Cortez: antoniocarloscortez@hotmail.com
Carlos
Roberto Lyra da Silva: profunirio@gmail.com
Roberto
Carlos Lyra da Silva: robertocarloslyra@pesquisador.cnpq.br
Estélio Henrique Martin Dantas:
estelio.dantas@unirio.br
Resumo
O
processo de envelhecimento é um dos fenômenos que mais se evidencia nas
sociedades atuais, sendo esse fenômeno conhecido como transição demográfica.
Associada a transição demográfica destaca-se a transição epidemiológica que
geram mudanças nos padrões de morte, morbidade e invalidez de uma população
específica e que, em geral, ocorre em conjunto com outras transformações como
as sociais, econômicas e de saúde. Sendo assim o estudo tem como objetivo
analisar os aspectos gerais sobre a transição demográfica e epidemiológica da
população brasileira. Para esta revisão foram utilizadas informações de
agências especializadas em saúde, como a OMS, OPAS, Ministério da Saúde e IBGE,
além de periódicos das bases de dados Pubmed, ScienceDirect, Scielo e Lilacs, utilizando os Descritores em Ciência da Saúde (DeCs) e Medical Subject Headings (MeSH). Visto o exposto, ressalta-se a importância sobre práticas
integradas e preventivas das doenças crônicas não transmissíveis na população
idosa, além da identificação do seu perfil epidemiológico, facilitando assim a
tomada de decisão sobre o planejamento estratégico de modelos de atenção à
saúde adequada a essa população.
Palavras-chave:
idoso, transição
epidemiológica, transição demográfica,
doenças crônicas não transmissíveis.
Abstract
General aspects about the demographic
and epidemiological transition of the
Brazilian population
The
aging process is one of
the most evident phenomena in today's societies, and this phenomenon
is known as demographic transition.
Associated with the demographic transition we highlight the
epidemiological transition that generates changes in the death, morbidity and disability
patterns of a specific population and that, in general, occurs along with
other transformations such as social, economic and health.
Thus, the study aims to
analyze, through a brief review of the literature, the general aspects about the demographic
and epidemiological transition of the
Brazilian population. For this review, information from specialized health agencies such as the WHO, PAHO, the Ministry of Health and IBGE, as well as periodicals from the Pubmed, ScienceDirect,
Scielo and Lilacs databases were used, using
the Health Science Descriptors
(DeCs) and Medical Subject Headings (MeSH). Considering the above, we
emphasize the importance of integrated
and preventive practices of chronic
noncommunicable diseases in
the elderly population, besides the identification of their epidemiological
profile, thus facilitating the decision making on the strategic
planning of health care models
appropriate to this population.
Key-words: elderly,
epidemiological transition,
demographic transition, chronic noncommunicable diseases.
Resumen
Aspectos generales de la transición demográfica y
epidemiológica de la población
brasileña
El
proceso de envejecimiento
es uno de los fenómenos más evidentes en las sociedades actuales, y este fenómeno es conocido
como transición demográfica. Asociada
con la transición
demográfica se destaca la transición
epidemiológica que genera cambios
en los patrones
de muerte, morbilidad y discapacidad de una población
específica y, en general, ocurre
en conjunto con otras transformaciones tales como
sociales, económicas y de salud.
Así, el estudio
tiene como objetivo analizar
los aspectos generales de la transición demográfica y
epidemiológica de la población
brasileña. Para esta revisión,
utilizamos información de agencias de salud especializadas, como OMS, OPS, Ministerio
de Salud e IBGE, así como
revistas de las bases de datos
Pubmed, ScienceDirect, Scielo y Lilacs, utilizando los Descriptores en Ciencias de la Salud (DeCs)
y Medical Subject
Headings (MeSH). Dado lo anterior, se destaca la importancia de las prácticas integradas y preventivas de las
enfermedades crónicas no transmisibles
en la población
de edad avanzada, así como la identificación
de su perfil epidemiológico, lo
que facilita la toma de decisiones
sobre la planificación estratégica
de los modelos de atención
de salud apropiados para
esta población.
Palabras-clave: ancianos, transición
epidemiológica, transición demográfica, enfermedades crónicas no transmisibles.
O processo de envelhecimento é caracterizado
por ser um fenômeno fisiológico contínuo, progressivo e irreversível,
acarretando alterações biopsicossociais. Esse processo, além de comprometer
outros sistemas corporais, como o sistema nervoso central (SNC) no
processamento dos sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos responsáveis
pela manutenção do equilíbrio corporal, diminui os reflexos somáticos
adaptativos, gerando desequilíbrio na população idosa [1,2].
Dessa forma estudos como os de Laurenti, Jorge e Gotlieb [3] e
da Organização Mundial de Saúde (OMS) [4] ressaltam que os principais problemas
relacionados ao processo de envelhecimento são aqueles que comprometem a
autonomia funcional do idoso, uma vez que a diminuição de capacidade funcional
leva os idosos a um declínio de suas capacidades físicas e mentais necessárias
para a realização de atividades básicas e instrumentais da vida diária, bem
como sua inclusão na sociedade, devido ao aumento do perfil de morbimortalidade
dessa população.
Para Friestino et al. [5], o perfil de morbimortalidade
tem sofrido alterações ao longo dos anos no Brasil, devido aos processos de
transição demográfica e epidemiológica, oriundos da formação de novos grupos
populacionais com características intrínsecas. Sendo assim, o estudo tem como
objetivo analisar, através de uma breve revisão da literatura, os aspectos
gerais sobre a transição demográfica e epidemiológica da população brasileira.
Para alcançar o objetivo proposto foi realizada
uma revisão integrativa da literatura, que se trata de um método amplo, que
permite incluir estudos de diferentes abordagens metodológicas, possibilitando
a síntese e análise do conhecimento produzido [6].
Para tanto, foram utilizadas informações de
agências especializadas em saúde, como a OMS, OPAS, Ministério da Saúde e IBGE,
além de periódicos das bases de dados Pubmed, ScienceDirect, Scielo e Lilacs,
utilizando os descritores: idoso, transição
epidemiológica, transição demográfica,
doenças crônicas não transmissíveis, bem
como suas traduções e sinônimos para os idiomas
espanhol e inglês. Os
descritores controlados foram selecionados após consulta aos
termos Descritores
em Ciência da Saúde (DeCs) e Medical Subject Headings
(MeSH). Os operadores booleanos (AND e/ou OR) foram
utilizados nas bases de dados para garantir melhores resultados.
Foram definidos os seguintes critérios de
inclusão: estudos publicados no período de 1991 a 2019, com texto completo
disponível e que abrangessem a temática em estudo. Ressalta-se que esse espaço
temporal foi adotado, tendo em vista que os inícios dessas transições,
demográfica e epidemiológica, tiveram início na década de 80. Foram excluídos
estudos que não abordaram a transição demográfica e epidemiológica da população
brasileira e sem texto na íntegra.
Síntese, comparação dos
estudos e apresentação dos resultados
A busca resultou em 195 registros, após
exclusão dos duplicados e leitura do título, foram selecionados 97 estudos para
leitura dos resumos e título. Nessa etapa, excluíram-se outros 31 estudos,
restando 66 para leitura na íntegra, os quais foram excluídos 15 estudos por
não atenderem aos critérios de inclusão. Por fim, 51 estudos fizeram parte da
revisão final, sendo 37 estudos incluídos na síntese quantitativa. Foi
realizada síntese narrativa dos estudos selecionados, apresentando os aspectos
gerais sobre a transição demográfica e epidemiológica da população brasileira.
Aspectos gerais sobre a
transição demográfica e epidemiológica
A população mundial vem passando por uma forte
mudança demográfica, resultado da sua dinâmica durante um longo período, isto
é, do comportamento dos nascimentos, das mortes e das migrações nos últimos 100
anos [7]. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde [8], a população
de pessoas com idade igual e/ou superior a 60 anos irá quase que dobrar entre
os anos de 2015 a 2050, com percentuais saindo de 12% para 22%, representando
um quarto da população mundial, ou seja, cerca de 2 bilhões de indivíduos (no
total de 9,2 bilhões).
Um fato importante é que essa transição
demográfica em países desenvolvidos ocorreu bem antes do envelhecimento
significativo de suas populações. Esses países adquiriram uma base sólida
dentro de aspectos socioeconômicos e de saúde, além de estratégias
institucionais visando atender essa população e equilibrar os efeitos das
desigualdades residuais. Isso pode ser explicado, tendo em vista que países na
América do Norte e Europa já possuíam um grau de desenvolvimento social e
econômico à medida que sua população envelhecia, ou seja, os países
desenvolvidos ficaram ricos antes de envelhecer e o Brasil está envelhecendo
antes de ficar rico [9,10].
Para exemplificarmos esse fenômeno, a França
teve um período de adaptação para essas mudanças de em média 120 anos, dentro
de um percentual de 10% para 20% da população com essa faixa etária, no entanto
países como Brasil, China e Índia terão um período de adaptação de pouco mais
de 20 anos, uma velocidade seis vezes superior à francesa [11-12], conforme
pode ser observado na Figura 1.
Fonte:
National Institute on Aging – USA.
Figura 1 - Velocidade de envelhecimento da população mundial.
Podemos confirmar essa velocidade do envelhecimento
da população, através de estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística [13], que aponta crescimento da população com idade
igual e/ou superior a 60 anos. A Figura 2 apresenta projeção da pirâmide etária
da população brasileira para 2060, estimando que 33,7% da população terá 60
anos ou mais de idade.
Fonte:
IBGE, Projeções 2013.
Figura 2 - Projeção da pirâmide etária brasileira para 2060.
De acordo com Lebrão [14], outro fenômeno que
merece destaque dentro dessa transição demográfica global que estamos
presenciando é o processo de feminização da velhice, uma vez que as mulheres
vivem mais que os homens no Brasil, conforme apresentado nas Figuras 3 e 4, que
retratam os logaritmos das taxas centrais de mortalidade de homens e mulheres
de 2000/2060 [13].
Fonte:
IBGE, Projeções 2013.
Figura 3 - Logaritmo das taxas centrais de mortalidade – Homens, Brasil -
2000/2060.
Fonte:
IBGE, Projeções 2013.
Figura 4 - Logaritmo das taxas centrais de mortalidade – Mulheres, Brasil -
2000/2060.
Segundo projeções do IBGE [13], a população
brasileira continuará crescendo até 2042, quando deverá chegar a 228,4
milhões de pessoas. A partir do ano seguinte, começará a diminuir gradualmente
e estará em torno de 218,2 milhões em 2060. A esperança de vida
ao nascer, que em 2013 chegou a 71,3 anos para homens e 78,5 anos
para mulheres, em 2060, deve atingir 78,0 anos (homens) e 84,4 anos (mulheres),
o que representa um ganho de 6,7 anos médios de vida para os homens e 5,9 anos
para as mulheres.
Em contrapartida à transição demográfica,
podemos elencar outras mudanças como no perfil de morbimortalidade, que deu
origem ao conceito de transição epidemiológica, que está focada nas mudanças
dos padrões de saúde e doença, bem como em suas interações relacionadas aos
seus determinantes e consequências. Neste caso podemos relacionar essas
mudanças dos padrões ao aumento das doenças crônicas não transmissíveis [14].
Nesse sentido é recursivo, entre muitos
pesquisadores que tem como objeto de estudo o processo de envelhecimento e suas
repercussões na saúde da população, a noção de emergência que envolve o
aparecimento das doenças crônicas como problemas de grande impacto
epidemiológico, sendo esse resultado direto de dois fenômenos de transição:
demográfica e epidemiológica [15].
De acordo com Lebrão [14], quando analisamos e
comparamos a proporção de jovens, com idade menor e/ou igual a 15 anos, com a
de idosos, com idade igual e/ou superior a 60 anos, temos ciência do cenário
relacionado à transição demográfica, conforme visualizado nas pirâmides etárias
de 1980, 1990, 2000 e 2010 (Figura 5) [13].
Dessa forma, o Brasil vem seguindo o processo
de países em desenvolvimento como México, Rússia e África do Sul, com sua base
da pirâmide populacional diminuindo, observando que, em 1980, a população mais
jovem era predominante, enquanto a porção superior vem se alargando, com o
censo demográfico de 2010 apresentando uma predominância na população adulta e
não mais jovem, indicando a queda na taxa de natalidade e o aumento da
qualidade e da expectativa de vida da população entre 1980 e 2010 [13].
Fonte:
Adaptado por Boligian L, Boligian
A.T.A. Geografia, espaço e vivência. São Paulo: Atual, Vol. Único - 3ª ed.
2011.
Figura 5 - Pirâmide etária brasileira de 1980 a 2020.
Na década de 1980, o Brasil era considerado um
país de jovens, no entanto, com o passar das décadas, sofreu um processo de
transição demográfica, com o aumento da expectativa de vida da população.
De acordo com Frenk et al. [17], essas mudanças relacionadas
aos processos de transição demográfica e epidemiológica dizem respeito à
diminuição da mortalidade e aumento das doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT). É comum, dentro da comunidade científica em saúde, o uso do termo
transição da saúde, pois neste caso estão envolvidos aspectos básicos da saúde
da população. Outro aspecto importante é que uma das principais características
do processo de transição epidemiológica é o aumento na prevalência das DCNT,
que ocorreu primeiramente nos países desenvolvidos e vem ocorrendo de maneira
rápida no Brasil a partir da década de 1960 [18].
Entre as doenças que aumentaram suas
prevalências, a partir dos anos de 1960, destacamos as doenças osteomioarticulares, do aparelho cardiorrespiratório,
metabólicas, cerebrovasculares e neoplasias, com dados apontando que as DCNT
correspondem por 66,3% da carga de doença; enquanto as doenças infecciosas, por
23,5% e causas externas, por 10,2% [17-18]. Conforme observado na Figura 6 que
apresenta a evolução das causas de mortalidade no Brasil entre os anos de 1930
a 2000.
Fonte:
[14].
Figura 6 - Evolução das causas de mortalidade (%). Brasil, 1930 – 2000.
Com base na variação temporal da taxa de
mortalidade por essas DCNT, no período de 2000 a 2013, observa-se redução de
2,5% ao ano na mortalidade por esse grupo de doenças, com destaque para as
doenças respiratórias crônicas (- 4,12% ao ano) e doenças cardiovasculares (-
3,35% ao ano), conforme Figura 7.
Fonte:
SIM/SVS/MS 2015.
Figura 7 - Taxa de mortalidade por DCNT padronizada e corrigida por 100.000
habitantes, para Brasil, no período de 2000 a 2013.
Estudos realizados na Austrália, Holanda e
Estados Unidos [22-27] comprovam que ações direcionadas à eliminação das DCNT
levam a ganhos na expectativa de vida da população. No Brasil, estudos como o
de Campolina et al. [26] ressaltam
que a classificação das doenças crônicas, segundo o impacto na expectativa de
vida livre de incapacidade, poderá auxiliar no planejamento de programas de
prevenção e promoção da saúde e aumentar a expectativa de vida saudável de sua
população.
Faz-se importante ressaltar que, entre as DCNT,
as doenças articulares, também chamadas de síndromes de instabilidade, têm sido
destaques em estudos internacionais, como importantes participantes na carga de
doenças de uma população [25,29]. No Brasil, resultados do estudo BRAZOS (Brazilian Osteoporosis Study) apresentaram que aproximadamente 6% da população
com idade igual e/ou superior a 40 anos relataram terem sido diagnosticadas com
osteoporose [30].
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD), realizada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), apontam que 31,3% dos participantes afirmaram apresentar
pelo menos uma doença crônica [31]. Outro resultado que merece destaque são os
dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde
em parceria com o IBGE, que revelaram que a prevalência de DCNT entre os
brasileiros foi de 45,1% [32]. Nesse sentido, resultados do estudo de Sousa et al. [33] confirmam os dados acima,
uma vez que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) lideram como
principal causa de morte da população, seguidas da violência. Dados que podem
ser corroborados por estudo realizado que mostra a transição epidemiológica no
Brasil entre 1990 e 2015, ressaltando o aumento da mortalidade proporcional por
DCNT, seguida pela violência e diminuição da mortalidade por causas
transmissíveis, maternas e neonatais na carga global de doenças [34].
Resultados do estudo realizado por Medina et al.
[35] demonstraram incipiência na
realização de ações, relacionadas a
promoção da saúde e prevenção de
doenças
crônicas em idosos, por programas de saúde pública,
mesmo sendo os portadores
de DCNT a população que mais usa de serviços de
saúde [36]. Sendo assim, o
desenvolvimento de estratégias preventivas, como a melhora no
acesso de
programas de saúde pública voltada a
população idosa e aquelas que incentivem
prática de exercícios físicos regulares
orientados, seriam importantes aliados
no envelhecimento saudável da população [37].
Ao analisarmos o contexto geral das transições
demográficas e epidemiológicas da população brasileira, ressaltamos a
importância sobre práticas integradas e preventivas das doenças crônicas não
transmissíveis na população idosa, além da identificação do seu perfil
epidemiológico, facilitando assim a tomada de decisão sobre o planejamento
estratégico de modelos de atenção à saúde adequada a essa população. Nesse
sentido, para que possamos promover o envelhecimento funcional, precisamos que
os sistemas de atenção básica à saúde visem, acima de tudo, a promoção da
saúde, prevenção de doenças e acesso equitativo a cuidado primário, com
qualidade, a toda população brasileira.
O presente trabalho foi realizado com apoio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) –
Código de Financiamento 001.