ARTIGO ORIGINAL
Percepção dos
graduandos de enfermagem sobre práticas simuladas em emergência
Larissa Becker de
Godoy*, Sofia Mello Morais*, Rogério Silva Lima**, Roberta Garcia Gomes***,
Roberta Seron Sanches****, Ingrid Fernanda de
Oliveira*****, Silvana Maria Coelho Leite Fava******
*Discente do Curso de
Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL/MG), **Enfermeiro,
Docente de Graduação em Enfermagem e Medicina da Universidade Federal de
Alfenas (UNIFAL/MG), ***Enfermeira da Universidade Federal de Alfenas
(UNIFAL/MG),****Enfermeira, Docente de Graduação e de Pós-graduação em Enfermagem
da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL/MG),*****Mestranda do Programa de
Pós- graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas/MG
(UNIFAL-MG),******Enfermeira, Docente de Graduação e de Pós-graduação em
Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL/MG)
Recebido em 11 de julho
de 2019; aceito em 29 de abril de 2020.
Correspondência: Silvana Maria Coelho
Leite Fava, Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700, 37130-000 Alfenas MG
Larissa
Becker Godoy: laris_becker@hotmail.com
Sofia Mello Morais:
sofiamoraisx@gmail.com
Rogerio Silva Lima:
enf_rogerio@yahoo.com.br
Roberta Garcia Gomes:
roberta.gomes@unifal-mg.edu.br
Roberta
Seron Sanches: seronroberta@gmail.com
Ingrid Fernanda
Oliveira: ingridfoliveira@hotmail.com
Silvana Maria Coelho
Leite Fava: silvanalf2005@yahoo.com.br
Resumo
Introdução: As metodologias
ativas de ensino, dentre as quais a simulação, podem contribuir para a formação
de profissionais competentes. Objetivo: Analisar a percepção dos
acadêmicos de enfermagem de uma universidade pública do sul de Minas Gerais
sobre as atividades práticas simuladas em casos clínicos de emergência. Métodos:
Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório e analítico. Foi desenvolvido
com discentes do curso de enfermagem que tiveram a simulação como método
avaliativo. Os dados foram coletados por entrevistas com roteiro
semiestruturado e para organização e análise dos dados utilizou-se a Análise
Temática. Resultados: Da análise temática foi possível construir um tema
central - percepção dos estudantes de enfermagem: uma visão ambígua e os
subtemas: aspectos positivos da simulação, aspectos negativos da simulação, e
contexto da simulação: críticas ao método e currículo. Apreende-se que a
percepção dos alunos de enfermagem sobre a simulação é ambígua. Pode
oportunizar o desenvolvimento de competências para as situações
de emergência, por outro, pode causar ansiedade, medo, insegurança, o
que pode dificultar o aprendizado. Conclusão: A simulação no ensino de
enfermagem pode contribuir no processo de formação do profissional, na melhoria
do aprendizado e na qualidade do cuidado, e relaciona-se ao modo como ela se insere
no projeto de curso.
Palavras-chave: enfermagem, educação,
simulação, emergências.
Abstract
Perception of undergraduate nursing students about simulated practices
in emergency
Introduction: The active methods of teaching, such as simulation, can contribute to
the formation of competent professionals. Objective: To analyze the
perception of students of nursing from a public university from the south of
Minas Gerais about the simulated practices in clinical cases of emergency. Methods:
This is a qualitative, exploratory and analytical study, developed with students
from nursing school using the simulation as an evaluative method. The data was
collected on interviews with semi-structured script and for data organization
and analysis was used Thematic Analysis. Results: From the thematic analysis
was possible to build a central theme - perception of nursing students: an
ambiguous vision and the subthemes positive aspects of simulation, negative
aspects of simulation, and context of simulation: curriculum and method
reviews. The perception of nursing students about the simulation is ambiguous.
It can develop competences for emergency situations, but it can cause anxiety,
fear, insecurity, what can difficult learning. Conclusion: Simulation in
nursing education can contribute to the professional training process, improving
learning and the quality of care, and is related to the way it fits into the
course design.
Keywords: nursing, education, simulation, emergencies.
Resumen
Percepción de estudiantes
de enfermería acerca de prácticas
simuladas en emergencia
Introducción: Los métodos activos de enseñanza, como la simulación, puede contribuir para la formación de profesionales
competentes. Objetivo: Analizar la percepción de estudiantes de enfermería de una universidad pública del sur de Minas Gerais acerca de las
actividades prácticas en casos clínicos de emergencia. Métodos:
Se trata de un estudio cualitativo, exploratorio y
analítico. Fue desarrollado
con estudiantes del curso de enfermería que han tenido la
simulación como método evaluativo.
Los datos fueron recogidos por entrevistas con guion semi-estructurado y para la organización y análisis de datos se utilizó Análisis Temático. Resultados:
Del análisis temático fue posible construir un tema central
- percepción de estudiantes
de enfermería: una vista ambigua,
y los subtemas: aspectos positivos de la simulación, aspectos negativos
de la simulación, y
contexto de simulación: critica del
método y currículo. Se observa que la percepción de los estudiantes de enfermería sobre la simulación es ambigua. Pueden proporcionar el desarrollo de habilidades para
situaciones de emergencia
y, por otra parte, pueden
causar ansiedad, miedo, inseguridad, lo que pueden obstaculizar el aprendizaje. Conclusión:
La simulación en la enseñanza de enfermería pueden contribuir en el proceso
de entrenamiento del profesional en la mejora de aprender y calidad de cuidado y relacionado al modo cómo se encaja en el proyecto
del curso.
Palabras-clave: enfermería,
educación, simulación, urgencias médicas.
As metodologias ativas
de ensino, dentre as quais a simulação, podem contribuir com a formação de
profissionais competentes, capazes de atuar de modo seguro em face às
necessidades de saúde da população, haja vista que Ensino Baseado na Simulação
(EBS) pode proporcionar o treinamento de habilidades decisivas necessárias na
prática da enfermagem [1,2].
O EBS pode ser aplicado
em diversos campos, como as áreas de neonatologia, emergência [3,4] e no ensino
prático da ética da profissão [5]. Estudos descrevem resultados positivos a
respeito da simulação, a partir de percepções dos estudantes envolvidos [6,7].
O EBS tem se tornado
relevante também em razão de que oportuniza um ambiente seguro para o
aprendizado, sobretudo porque os acadêmicos descrevem o ambiente clínico como
gerador de sentimentos de ansiedade e preocupação devido à inexperiência das
atividades, das condições avaliativas e dos erros que podem acabar cometendo
[8].
Quando se considera o
campo da urgência e emergência, que se caracteriza pela excessiva demanda,
reconhece-se que o profissional de saúde, neste espaço, precisa desenvolver
habilidades, como a agilidade e capacidade de estabelecer prioridades e agir de
modo seguro [9]. Daí, portanto, a necessidade de se proporcionar na formação condições
favoráveis a este desenvolvimento, no intuito de reduzir a possibilidade de
erro na prática clínica, melhorar a qualidade da assistência prestada e
segurança do cliente atendido nas situações críticas.
No entanto, para que se
possa adequar as estratégias utilizadas no EBS, com vistas à melhoria dos
processos de aprendizagem, infere-se que são necessários estudos que coloquem
em perspectiva as percepções dos estudantes – protagonistas deste processo – o
que pode incidir em melhorias no modo como se concebe tais estratégias, com as
consequentes possibilidades de aprimoramento dos projetos pedagógicos de curso.
Deste cenário,
questiona-se: como os estudantes do curso de graduação em enfermagem percebem a
estratégia de EBS para o aprendizado das competências relacionadas às situações
de urgência e emergência, durante a formação?
Assim, o objetivo do
estudo foi analisar a percepção dos acadêmicos de enfermagem de uma
universidade federal sobre as atividades práticas simuladas em casos clínicos
de emergência.
Trata-se de um estudo
qualitativo, exploratório e analítico. Foi realizado na Escola de Enfermagem em
uma universidade pública do Sul de Minas Gerais.
Participaram 22
discentes dos 36 que atendiam aos critérios de inclusão, a saber: discentes
regularmente matriculados, que cursaram a disciplina de Enfermagem em Clínica
Médica e Cirúrgica II, no primeiro semestre do ano de 2018 e excluídos os
alunos que foram transferidos para outros cursos. Os 14 discentes não inclusos
na pesquisa não retornaram após três tentativas de contato ou não compareceram
à entrevista marcada.
Os dados foram
coletados no primeiro semestre de 2018, por meio de entrevistas com roteiro
semiestruturado composto por duas partes: caracterização sociodemográfica, de autopreenchimento,
constituído por variáveis como gênero, idade, se possui formação técnica com
experiência enquanto profissional em situação de emergência; e as seguintes
questões norteadoras - Você se recorda dos casos clínicos em emergência
realizados em ambiente simulado na disciplina de Enfermagem em Clínica Médica e
Cirúrgica II? Como foi para você ter participado dos casos clínicos em ambiente
simulado na disciplina de Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica II? Foi a
primeira vez que você participou dessa estratégia no Curso de graduação em
Enfermagem?
Foi realizada uma
entrevista com cada participante, em ambiente privativo na própria
Universidade, em data e horário previamente agendados. Finalizadas as
entrevistas, procedeu-se a transcrição na íntegra dos conteúdos gravados, em
editor de texto.
Para organização e análise dos dados,
utilizou-se a Análise Temática [10], seguindo-se as seis fases: familiarização
com os dados, codificação inicial, procura por temas, revisão dos temas,
nomeação dos temas e produção do relatório de pesquisa.
O trabalho foi
desenvolvido em consonância aos preceitos éticos da Resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde [11], o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da
Universidade Federal de Alfenas - MG, sob o número 3.014.378, CAAE
01090918.6.0000.5142.
Os participantes foram
convidados e orientados a respeito do objetivo do estudo e, após a sua
anuência, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para a
garantia do anonimato, atribuíram-se nomes fictícios aleatórios aos
participantes e aos professores eventualmente citados nas entrevistas.
Participaram da
pesquisa 22 alunos, houve o predomínio de mulheres (81,82%), com média de idade
de 22 anos e 95,45% declararam não possuir formação no nível técnico de
enfermagem e não possuir experiência em emergência.
A partir da análise e interpretação
dos dados [10], foi elaborado um tema principal com três subtemas, que
correspondem à percepção do discente acerca das simulações em casos clínicos de
emergência (Figura 1).
Fonte: do autor.
Figura 1 - Mapa temático
percepção dos estudantes de enfermagem sobre a simulação clínica.
Os
excertos das falas a
seguir exemplificam a percepção dos estudantes de
enfermagem sobre a simulação,
e denotam como estes sujeitos se apropriam da simulação
de forma ambígua. Os
discentes ressaltaram, dentre as contribuições da
simulação para sua formação,
a mudança de visão em relação à
função do enfermeiro, na articulação entre
gerência e assistência e o desenvolvimento de controle
emocional.
[...]
num ponto, foi bom porque assim, você vivencia um pouquinho do que você vai ver
na prática. Mas, por outro lado, eu acho que fica muito um faz de conta. Que
nem uma bomba de infusão, você tinha que fingir que tinha. Então essa parte dos
materiais é muito faz de conta, você nem faz o caso clínico (Valentina).
[...]
ela [colega] teve que sair da gerência, né, de tá ali
só comandando e delegando funções, e teve que ir pra assistência, né. [...]
então aí a gente já leva mais uma lição, né, que ali nem sempre você vai
delegar funções, tem uma hora que você vai chegar lá e botar a mão na massa, e
você tem que ter conhecimento pra isso. [...] Acho que
além de tudo, com conhecimento, [...] me ensinou que eu tenho que, na hora da
emergência e da urgência, tem que controlar minhas emoções (Helena).
Dentre os aspectos
positivos da simulação, expressos nas falas e congregados no subtema homônimo,
pontuou-se que a estratégia favorece o estudo, particularmente de fármacos e
diluições. Ainda, podem ser citadas as contribuições acerca do ponto de vista
do aluno que exercia o papel de observador, ou seja, não atuava na simulação e
registrava suas impressões a respeito do desempenho de seus colegas. Notou-se
que se pode desenvolver um raciocínio clínico e aprender com os erros. Ademais,
o debriefing representou um momento de grande valia
para os entrevistados para esclarecimento de dúvidas.
[...]
ele pedia as drogas, aí a gente já sabia a diluição, a gente já sabia qual soro
ia pegar (Lucas).
[...]
[as simulações] são momentos únicos para que a gente consiga ter um raciocínio
clínico, um olhar ampliado e uma assistência qualificada nisso tudo (Lorena).
[...]
uma coisa que eu achei bacana foi que no final todos têm o direito de falar e
poder opinar sobre o caso que aconteceu e tirar dúvidas, porque a gente tá lá para aprender sobre isso (Isaac).
[...]
foi importantíssimo ele [o professor] não ter deixado nenhum de nós ter feito o
papel do médico, por que isso foi o que fez a gente se localizar como qual é a
nossa função ali? [...] Antes eu não conseguia, eu sempre quis fazer urgência e
emergência, mas, às vezes, faltava pra mim a clareza
do papel do enfermeiro na urgência e emergência. [...] Foi muito interessante
ser colocado como enfermeiro assistencial ou gerencial lá na simulação. Pra você saber o que pedir, como pedir, a forma de pedir,
[...] você ver traços de liderança e passividade numa hora dessa (Lucas).
Paradoxalmente, foram
observadas percepções nem sempre favoráveis em relação à simulação como
estratégia de ensino, que foram organizadas no subtema “aspectos negativos da
simulação”. Notou-se que elementos como a dificuldade de aprendizado para quem
se coloca apenas como observador, afetos negativos relacionados à vivência no
ambiente simulado e ao caráter avaliativo, implicam nas possibilidades de
aprendizagem e configuram as percepções dos discentes a respeito desta
metodologia de ensino.
[...]
pra quem assiste, talvez não seja de tanta
aprendizagem. Porque eu acho que a gente incorpora um pouco da ansiedade que o
outro está passando, daquela situação, um pouco daquele constrangimento, pela
ansiedade de ser avaliativo. [...] O constrangimento eu acho que é por estar em
frente a várias pessoas que vão avaliar (Eloá).
[...]
você passa noites sem dormir, gastrite ataca pra quem
tem gastrite, então eu não acho que seria uma coisa legal [a simulação]
(Heloísa).
[...]
no momento [da simulação] foi um pouco assim, de euforia, de medo, de tensão
(Heitor).
O subtema “o contexto
da simulação: críticas ao método e currículo” denota os limites que envolvem,
na percepção dos alunos, a estratégia de ensino por meio da simulação. Tais
limites são expressos, por exemplo, pela pouca fidedignidade do cenário.
Ademais, a associação da presença dos professores, percebida pelos alunos com
conotação avaliativa, faz com que eles se sintam pressionados. Outro aspecto
que limita o EBS, na visão dos alunos, reside no fato de que a aplicação dessa
metodologia se inicia tardiamente no curso e são poucas as oportunidades para
que eles a vivenciem.
[...]
acho que também vai muito do professor falar também, olha, calma, não precisa
de tanto desespero, não precisa ficar nervoso, que é o momento de errar. Não é pra botar um pavor (Manuela).
[...]
a preparação que a gente tem aqui não é bem pra essas
simulações. Porque simulação a gente só tem uma vez nos nove períodos, só tem
essa simulação (Pérola).
Desta forma,
observou-se que a percepção dos estudantes de enfermagem transita entre
aspectos negativos e positivos, e circunscreve-se num contexto de um curso que
utiliza esta estratégia nos períodos finais, motivando críticas à proposta da
grade curricular.
Em consonância aos
estudos encontrados na literatura, a simulação clínica é percebida de maneira
multifacetada pelos alunos, com aspectos positivos [12] e negativos [13].
Observou-se que para os
estudantes a simulação pode favorecer o desenvolvimento de competências como o
trabalho em equipe, controle de emoções em situações de urgência e emergência
em ambientes simulados, resultando em um preparo emocional para os acadêmicos
[12, 9].
Nessa perspectiva,
justifica-se o investimento das escolas de enfermagem nessa forma de
aprendizado, em razão de que tal estratégia é capaz de motivar, interessar e
envolver os discentes na aprendizagem [14].
Em relação aos aspectos
positivos reportados pelos discentes, destaca-se a preparação para o
desenvolvimento do caso simulado que favorece a consolidação do aprendizado dos
conteúdos teóricos [15]. Oportuniza-se o desenvolvimento de olhar ampliado, o
que por sua vez proporciona o aprimoramento do raciocínio clínico, competência
indispensável para um cuidado eficaz e seguro [16]. Favorece, igualmente, a
análise de traços de liderança e passividade no colega, esta característica
configura a simulação como facilitadora do desenvolvimento de papéis de
liderança [16].
O debriefing
apresentou grandes contribuições para os entrevistados e despontou-se como
possibilidade para uma discussão reflexiva sobre a situação ocorrida na
simulação [13].
No subtema contexto da
simulação: críticas ao método e currículo, é apontada a demanda dos alunos de
que esta estratégia retrate o máximo possível a dinâmica da vida profissional.
No entanto, é preciso considerar o elevado custo financeiro para criação e
manutenção de um laboratório desta natureza [9].
Os alunos sugerem
também o início precoce da simulação dentro da grade curricular do bacharelado
em enfermagem, a fim de alcançar uma formação crítico-reflexiva, com
articulação teórico-prática por meio de métodos inovadores tais como a
simulação [17,18].
Por fim, neste estudo
foram identificados ainda aspectos negativos sobre a simulação. Tais como os sentimentos
negativos de ansiedade [13,12] e constrangimento [19] - achado este que vai de
encontro do que autores inferem, que a simulação é livre de situações de
constrangimento e que, eventualmente, estará preparado para atuar em situações
reais [19-21].
As percepções dos
alunos de enfermagem sobre a simulação são multifacetadas, o que indica que
esta estratégia pode assumir diferentes configurações, a depender do sujeito
que a vivencia.
Por um lado, a
simulação pode oportunizar o desenvolvimento de competências para atendimento
às situações de urgência e emergência, por outro, pode provocar ansiedade,
medo, insegurança, o que pode dificultar o aprendizado. Especialmente no caso
da simulação avaliativa, que pode cercear oportunidades de aprendizado que decorrem
das interações entre professor-aluno e aluno-aluno no ambiente simulado.
Reconhece-se como
limitações deste estudo o pequeno número de alunos participantes e o recorte
transversal do delineamento da investigação, realizada com apenas uma
entrevista. No entanto, a análise empreendida coaduna com aquela apresentada na
literatura correlata e pode contribuir para adequações no desenvolvimento desta
estratégia e sua inserção no ensino de enfermagem.
Sugerem-se mais estudos
sobre o EBS no campo da urgência e emergência com vistas a identificar as
estratégias que podem potencializar seus benefícios no processo de aprendizagem
e buscar soluções para os aspectos que os estudantes apontam como geradores de
sentimentos negativos.