ARTIGO ORIGINAL
O perfil epidemiológico
das gestantes notificadas com sífilis no município do Rio de Janeiro - 2008 a
2017
Luiz Alberto de Freitas
Felipe*, Clarissa Coelho Vieira Guimarães**, Vanessa Oliveira Ossola da Cruz***, Michelle Freitas de Souza****, Roberto
Carlos Lyra da Silva, D.Sc.*****, Beatriz Gerbassi Costa Aguiar, D.Sc.******
*Enfermeiro, Mestrando
em Enfermagem, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro/RJ, Enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família do Município do Rio de
Janeiro, **Enfermeira, Mestranda em Enfermagem, Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, Enfermeira da Força Aérea Brasileira,
***Enfermeira, Mestranda em Enfermagem, Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro/ RJ, ****Enfermeira, Especialista em Saúde da
Família, Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro/RJ, Enfermeira Federal do
Hospital Antonio Pedro, *****Enfermeiro, Professor
Associado II da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro/RJ, ******Enfermeira, Professora associada I da Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro
Recebido em 10 de
novembro de 2019; aceito em 19 de fevereiro de 2020.
Correspondência: Luiz Alberto de
Freitas Felipe, Avenida Tenente Coronel Muniz de Aragão, 1625 – Bloco 3/902,
22.765-007 Rio de Janeiro RJ
Luiz Alberto de Freitas
Felipe: enfermeiroluizalbertodefreitas@gmail.com
Clarissa Coelho Vieira
Guimarães: clarissaknog@hotmail.com
Vanessa Oliveira Ossola da Cruz: vanessa.ossola.cruz@gmail.com
Michelle Freitas de
Souza: michelle.freitas@oi.com.br
Roberto Carlos Lyra da
Silva: proflyra@gmail.com
Beatriz Gerbassi Costa Aguiar: nildo.ag@terra.com.br
Resumo
Objetivou-se conhecer
incidência da sífilis em gestantes no município do Rio de Janeiro e descrever o
perfil epidemiológico dos casos de gestantes com sífilis notificadas nesse
município. Estudo epidemiológico, retrospectivo com abordagem quantitativa. A
coleta de dados secundários foi obtida pela base de dados do Sistema de
Informação e Agravos de Notificação – SINAN, disponibilizados pelo TABNET –
RIO, o período analisado foi de 2008 a 2017. Os resultados mostraram que no
período registraram-se 22.085 casos de sífilis em gestantes. A taxa de
incidência variou entre 5.31 a 58,87/1.000 nascidos vivos. O estudo revelou que
63,75 % das gestantes notificadas eram pretas ou pardas, com baixa escolaridade
(44,28%) e faixa etária entre 15 e 24 anos, 39,32% das gestantes foram
diagnosticadas com sífilis no primeiro trimestre de gestação, e a maioria
realizou o tratamento de acordo com protocolo do Ministério da saúde, quanto ao
parceiro, apenas 32,66% realizam o tratamento concomitante a gestante. O número
de casos notificados é crescente, sugerindo que há uma necessidade de melhoria
na assistência ao pré-natal, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Palavras-chave: sífilis, gestantes,
cuidado pré-natal.
Abstract
Epidemiological profile of pregnant women reported with syphilis in the
municipality of Rio de Janeiro - 2008 to 2017
The
objective of this study was to know the incidence of syphilis in pregnant women
in the city of Rio de Janeiro and to describe the epidemiological profile of
pregnant women with syphilis. Epidemiological, retrospective study with a
quantitative approach. Secondary data collection was obtained through the SINAN
Information System and Notification Diseases Database, made available by TABNET
- RIO. The period analyzed was from 2008 to 2017. The results showed that in
the period, there were 22,085 cases of syphilis in pregnant women. The
incidence rate ranged from 5.31 to 58.87/1,000 live births. The study revealed
that 63.75% of pregnant women were black or brown, with low schooling (44.28%)
and age group between 15 and 24 years, 39.32% of women were diagnosed with
syphilis in the first trimester of gestation, and most of them undergo
treatment according to the protocol of the Ministry of Health. Regarding the
partner, only 32.66% carry out concomitant treatment with the pregnant woman.
The number of reported cases is increasing, suggesting that there is a need for
improvement in prenatal care, early diagnosis and appropriate treatment.
Keywords: syphilis, pregnant women, prenatal care.
Resumen
Perfil epidemiológico
de mujeres embarazadas
notificadas con sífilis en el municipio de Rio de Janeiro,
2008 a 2017
Este estudio tuvo como objetivo conocer la incidencia
de sífilis en mujeres embarazadas en la ciudad de Río
de Janeiro y describir el perfil epidemiológico de los
casos de mujeres embarazadas
con sífilis reportados en la ciudad de Río
de Janeiro. Estudio epidemiológico retrospectivo con abordaje cuantitativo.
La recolección de datos secundarios se obtuvo de la base de datos del Sistema de Información SINAN
y de Informes de Trastornos de Informes, disponible en TABNET - RIO, de
2008 a 2017. Los resultados mostraron que en el período hubo
22,085 casos de sífilis en mujeres
embarazadas. La tasa de incidencia varió de 5.31 a 58.87
/ 1,000 nacimientos vivos. El estudio
reveló que el 63.75% de las mujeres embarazadas
notificadas eran negras o marrones,
con baja educación (44.28%)
y con edades entre 15 y 24 años, el 39.32% de las mujeres embarazadas
son diagnosticadas con
sífilis en el primer
trimestre del embarazo, y la mayoría realiza el tratamiento de acuerdo con el
protocolo del Ministerio de
Salud, en cuanto a la pareja,
solo el 32.66% realiza el tratamiento concomitante con mujeres embarazadas. El número de
casos reportados está aumentando, lo que sugiere que existe la necesidad de mejorar la atención prenatal,
el diagnóstico temprano y el tratamiento adecuado.
Palabras-clave: sífilis, mujeres embarazadas, cuidados prenatales.
A sífilis é uma doença
sexualmente transmissível causada pela bactéria treponema pallidum e, hoje,
ainda se caracteriza como um grande desafio à saúde pública de todo o mundo. É
uma doença transmitida por via sexual, vertical e raramente por via indireta
[1].
De acordo com a via de
transmissão, a sífilis é classificada em adquirida ou sífilis congênita. A
sífilis adquirida é de transmissão predominantemente sexual e pode ser
primária, secundaria terciária ou latente, a sífilis congênita o treponema
pallidum, presente na corrente sanguínea da gestante infectada, atravessa a
barreira placentária e penetra na corrente sanguínea do feto [2].
A sífilis congênita
permanece como um grave problema de saúde pública no Brasil e em outros
países da América Latina. Dados nacionais revelam a ocorrência de 54.141 casos
de sífilis congênita no período de 2000 a 2010, com uma incidência, em 2009, de
1,7 casos por 1.000 nascidos vivos no país. Considerando os resultados do
último estudo sentinela realizado em 2004, que encontrou uma prevalência de
sífilis na gestação de 1,6%, estima-se uma subnotificação de 67% dos casos de
Sífilis congênita a cada ano, indicando uma situação ainda mais grave [1].
No ano de 2016, foram
notificados 37.436 casos de sífilis em gestantes e 20.474 casos de sífilis
congênita entre eles, 185 óbitos no Brasil. A maior proporção dos casos foi
notificada na região Sudeste. Quando observadas as taxas, individualmente para
cada estado, destacam-se as elevadas taxas de sífilis em gestantes encontradas
no Espírito Santo, seguido do estado do Rio de Janeiro. Em relação à sífilis
congênita, estes estados permanecem em evidência, ao lado do estado de
Pernambuco. Quando observados os óbitos por sífilis congênita em menores de 1
ano de idade, sobressai a taxa de 18,1 óbitos/ 1.000 nascidos vivos no estado
do Rio de Janeiro, representando 23,2% do total observado em todo o país [3].
No município do Rio de
Janeiro a situação também permanece grave, entre janeiro de 2008 e outubro de
2013, foram notificados 6.754 casos de sífilis em gestantes. A taxa de detecção
da doença em gestante no município em 2012 foi de 22,7 casos por 1.000 nascidos
vivos, se compararmos as taxas de detecção de 2008 a 2012, observa-se um
aumento de aproximadamente 280%. Os bairros que apresentaram maior taxa de
detecção neste período foram Madureira e adjacências, seguido do bairro da
Leopoldina [4].
As fragilidades no
manejo do tratamento adequado da sífilis na gestação estão relacionadas às
consultas de pré-natal com início tardio, na quebra da continuidade do cuidado
com mudança de unidade de saúde durante a assistência, dificuldades no
diagnóstico da sífilis durante a gestação, falhas no tratamento da gestante e,
principalmente, do parceiro; além de falta de orientações sobre a doença e
sobre uso de preservativos [1].
Baseado nos dados
apresentados é possível compreender que embora a sífilis seja uma doença para a
qual existem recursos diagnósticos e terapêuticos simples e de baixo custo, seu
controle na gestação mostra-se um desafio para os gestores e para os
profissionais de saúde. Isso em decorrência do curto intervalo da gestação para
a realização do seu diagnóstico e tratamento, pela dificuldade de abordagem das
doenças sexualmente transmissíveis, principalmente durante a gestação, e
provavelmente pelo desconhecimento da magnitude desse agravo e dos danos que
ele pode causar à saúde da mulher e do bebê pela população e pelos
profissionais de saúde [5].
Diante do exposto, este
estudo tem como objetivo conhecer a incidência da sífilis em gestantes no
município do Rio de Janeiro e descrever o perfil epidemiológico dos casos de
gestantes com sífilis notificadas no Município do Rio de Janeiro.
O estudo traz abordagem
para reflexão do profissional de saúde que realiza consultas de pré-natal, para
a segurança e a qualidade na assistência prestada orientada pelos direitos e
baseada em evidências, a qual constitui uma importante estratégia na busca da
promoção a saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
Trata-se de um estudo
epidemiológico, retrospectivo com abordagem quantitativa. A coleta de dados
secundários foi obtida pela base de dados do Sistema de Informação e Agravos de
Notificação (SINAN), disponibilizados pelo TABNET – RIO, o período analisado
foi 2008 a 2017.
O estudo epidemiológico
é definido como o estudo da distribuição e dos determinantes das doenças ou
condições relacionadas à saúde em populações especificadas, o estudo inclui
vigilância, observação, pesquisa analítica e experimento [6].
O estudo foi realizado
no município do Rio de Janeiro capital do estado de Rio de Janeiro, localizado
na região sudeste do Brasil. A coleta de dados foi realizada no site do DATA
SUS/ TABNET em janeiro 2019, considerando as gestantes notificadas com sífilis
no período de 2008 a 2017 no município do Rio de Janeiro.
Não houve necessidade
do envio da pesquisa para plataforma Brasil, considerando que o estudo foi
realizado com dados secundários de acesso livre, disponíveis na base de dados
do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN).
No Rio de Janeiro, no
período de 2008 a 2017 foram registrados 790.505 nascidos vivos, 22.085
gestantes foram notificadas com sífilis na gestação, representando uma
incidência da doença de 27,94 por mil nascidos vivos, conforme pode ser
visualizado na série histórica do gráfico I.
Gráfico 1 - Incidência anual de
sífilis em gestante no município do Rio de Janeiro 2008-2017.
Tabela I – Distribuição das
características sociais das gestantes notificadas com sífilis no município do
Rio de Janeiro 2008-2017.
Fonte: Adaptado Tabnet-Datasus. 2018
A tabela I proporciona
analisar que a maioria das gestantes notificadas com sífilis são pardas e
pretas (63,75%), com faixa etária entre 15 e 24 anos (58,82%) e com
escolaridade igual ou inferior ao ensino médio completo (44,28%), semelhante
aos dados do Brasil [3].
Tabela II – Distribuição das
características da assistência ao pré-natal das gestantes notificadas com
sífilis no município do Rio de Janeiro 2008-2017.
A tabela II proporciona
analisar o período de diagnóstico da sífilis nas gestantes, o tratamento
prescrito pela equipe de pré-natalistas e a
realização do tratamento pelo parceiro. Os dados apresentados evidenciam que a
maior parte das gestantes são diagnosticadas no 1º trimestre de gestação,
realizam o tratamento com 7.200.000ui de penicilina G benzatina
e 67,34% dos parceiros das gestantes não realizaram o tratamento ou não se tem
esta informação.
A incidência de casos
notificados em gestante com sífilis no município do Rio de Janeiro vem
crescendo com o passar dos anos. Este estudo evidencia que em 2008 o município
apresentava uma incidência de 5,31/1000 nascidos vivos e em 2017 a incidência
aumentou para 58,87 mulheres por 1000 nascidos vivos. É possível que o
crescimento anual das notificações deu-se, em virtude da implantação da
Resolução SS nº 41 de 24/03/2005, que refere que deverá ser oferecido teste não
treponêmico (VDRL) na primeira consulta de pré-natal
para todas as gestantes, idealmente no primeiro trimestre de gestação e no
início do terceiro trimestre, como também sua repetição para um controle da
terapêutica no momento da internação para o parto ou curetagem, conforme
recomendado pelo Ministério da Saúde [7].
Em relação as
gestantes, a faixa etária predominante foi entre 15 e 24 anos, não brancas e
com baixa escolaridade apresentado o maior percentual de infecção por sífilis
na gestação. Segundo o Ministério da Saúde [7], a baixa faixa etária pode ser
justificada pela vulnerabilidade da população com esta idade, que apresentam
mais expostos às doenças sexualmente transmissíveis, visto que é uma fase de
imaturidade etária, emocional e cognitiva, além de ser um período de constantes
descobertas e de grande influência de grupos sociais.
Mascarenha [8] apresenta em seu
estudo realizado com 90 adolescentes com idade entre 14 e 16 anos, estudantes
da rede pública e privada, que a prática sexual entre os adolescentes está cada
vez mais precoce e acompanhada da negligência no uso de contraceptivos tanto
para evitar uma gravidez não planejada quanto na prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis [8].
Características,
como
cor não branca e baixa escolaridade são variáveis
que se mostraram
estatisticamente associadas à sífilis gestacional. Este
é o perfil de
indivíduos com uma condição socioeconômica
menos favorecida e com menos acesso
à saúde de qualidade. Contudo, não se pode afirmar
que a sífilis seja uma
condição de risco exclusivamente de
populações mais carentes, ao contrário,
independentemente da condição social ou econômica,
todos podem adquirir a
infecção, porém, o risco é em
populações mais vulneráveis, tais
condições podem
estar associadas ao acesso à educação em
saúde [9].
O presente estudo
revela que apenas 39,32 % das gestantes são diagnosticadas com sífilis no
primeiro trimestre de gestação e o início tardio da assistência pré-natal é uma
das barreiras para o controle da sífilis na gestação, segundo o Ministério da
Saúde [7]. Esse início tardio associa-se ao menor número de consultas e menor
tempo para o tratamento adequado da sífilis na gestação.
Para que a gestante
seja considerada tratada adequadamente, afastando a possibilidade de infecção
do concepto, deve ser medicada com penicilina G benzatina,
nas doses apropriadas na fase da infecção, ter finalizado o tratamento com pelo
menos 30 dias antes do parto, e ter o parceiro concomitantemente tratado com o
mesmo esquema terapêutico da gestante [10].
Em relação ao
tratamento, o estudo mostra que em 78,61% das gestantes tem o tratamento
prescrito com 7.200.000UI de penicilina G benzantina,
observado o recomendado pelo Ministério da Saúde [7]. Das gestantes em estudo,
21,39% não realizaram ou não se tem informação do tratamento, o que torna um
grave problema na saúde pública. Neste contexto é recomendado capacitar e
sensibilizar os profissionais de saúde quanto à importância do tratamento
adequado em todas as gestantes assistidas. Nos casos de gestantes
comprovadamente alérgicas à penicilina, recomenda-se a dessensibilização, em
serviço terciário de acordo com protocolos existentes. Os tratamentos não penicilínicos são inadequados e só devem ser considerados
como opção nas contradições absolutas ao uso da penicilina [7].
Quanto ao tratamento do
parceiro, o estudo aponta que apenas 32,66% realizaram o tratamento
concomitante a gestante, 67,34% não realizaram ou não se tem a informação do
tratamento.
A
dificuldade de
tratamento do parceiro sexual de portadores de DST pode estar
relacionada à
própria construção histórica das
políticas de saúde, que sempre foram
excludentes em relação ao homem, apresentando a baixa
procura por atendimento.
Pode também estar associada à visão que os homens
têm em relação à saúde, pois
atribuem à mulher a responsabilidade pelo cuidado [10].
Domingues [5] aponta
que pelo menos 47% dos profissionais de saúde apresentam alguma dificuldade
para realizar a abordagem ao parceiro para o tratamento da sífilis. Observa-se
também que a falta de informação sobre o risco da doença e conhecimento sobre
formas de prevenção e contágio da sífilis vem contribuindo para o aumento da
incidência da doença. Portanto, há necessidade de maiores esclarecimentos à
população sobre a doença, as formas de transmissão, prevenção e a importância
do tratamento correto.
É referido que nas
gestantes torna-se ainda mais complicado a infecção ou reinfecção da sífilis
devido ao risco de contágio do concepto que fica exposto ao Treponema Pallidium já que esta bactéria traspõe a barreira trasplacentaria [8].
Considerando a
incidência de sífilis em gestantes no município do Rio de Janeiro, o estudo
mostra a importância dos profissionais de saúde na condução do controle e
prevenção da doença, tendo em vista o perfil epidemiológico das gestantes com
sífilis diagnosticada.
A pesquisa evidenciou
que o perfil epidemiológico de mulheres notificadas com sífilis na gestação no
período de 2008 a 2017 no município do Rio de Janeiro são mulheres com faixa
etária entre 15 e 24 anos, pardas, com escolaridade inferior ao ensino
fundamental, apresentando maior índice de notificação de sífilis no segundo e
terceiro trimestre de gestação o tratamento realizado foi com 3 doses de
penicilina G benzantina. Em relação ao tratamento dos
parceiros sexuais, na maioria dos casos não há essa informação.
A limitação deste
estudo deu-se em virtude de as variáveis apresentarem classificações como
“Ignorado”, que sugere prováveis sub-registro das
notificações dos casos. Dessa forma cabe salientar que é necessário capacitar e
sensibilizar os profissionais de saúde quanto a importância da qualificação do
registro durante a notificação.
A partir dos dados
apresentados nota-se que é essencial que os profissionais de saúde e a
comunidade se sensibilizem sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento
eficaz da mulher e de seu parceiro, principalmente durante a gestação.
É
importante a busca
ativa das gestantes faltosas nas consultas de pré-natal,
ações para a
conscientização da população quanto aos
riscos da prática sexual insegura e da importância
do autocuidado, principalmente entre os mais vulneráveis.