ARTIGO ORIGINAL
Sintomatologia
depressiva em enfermeiros que atuam na sala vermelha de um hospital público do
município de Caruaru/PE
Fernanda Caroline
Florêncio*, Geraldo Vicente Nunes Neto**, Ana Maria Sá Barreto Maciel, M.Sc.***, Gidelson Gabriel Gomes,
M.Sc.****, Yalle Laryssa Florencio Silva*****, Edson Dias Barbosa Neto******
*Enfermeira, graduada pelo Centro Universitário Tabosa de Almeida ASCES-UNITA, Especializando na modalidade residência em ortopedia e traumatologia no Hospital Getúlio Vargas, **Enfermeiro, graduado pelo Centro Universitário Tabosa de Almeida ASCES-UNITA, residência em terapia intensiva do Real Hospital Português (UFPE), ***Docente do curso de Enfermagem do centro Universitário Tabosa de Almeida ASCES-UNITA, ****Enfermeiro, Docente do curso de enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca UNIFAVIP/Wyden, Caruaru/PE, Gestor acadêmico e professor do Gabaritando Carreiras, Supervisor de Enfermagem no Hospital Regional de Agreste (HRA), Preceptor do programa de residência de enfermagem em UTI geral do Hospital Regional do Agreste, Especialista em Auditoria em Serviços de Saúde - Faculdade Redentor - IDE Cursos, *****Enfermeira, graduada pelo Centro Universitário Tabosa de Almeida ASCESUNITA, Especialização em Saúde Pública com ênfase em saúde da família (INESP), Especialização em Saúde mental, crack, álcool e outras drogas (INESP), ******Graduado em Enfermagem pela Universidade Estadual do Pernambuco (UPE), Especialista em neurologia, residente em Terapia intensiva RHP
Recebido em 3 de maio
de 2020; aceito em 23 de outubro de 2020.
Correspondência: Ana Maria Barreto Sá
Maciel, Rua Pastor Rubem Prado, 50/201, 55014-395 Caruaru PE
Ana Maria Barreto Sá
Maciel: anabarreto@asces.edu.br
Fernanda Caroline
Florêncio: nanyf0110@gmail.com
Geraldo Vicente Nunes
Neto: geraldonunes.enf@gmail.com
Gidelson Gabriel Gomes:
gidelsongabrielgomes@gmail.com
Yalle Laryssa Florencio Silva: yalleflorencio@gmail.com
Edson Dias Barbosa Neto: edson.utirhp@gmail.com
Resumo
Objetivo: Verificar a presença
de sintomatologia depressiva em enfermeiros que trabalham na sala vermelha. Métodos:
Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa no
qual enfermeiros que atuam na sala vermelha foram abordados a fim de detectar a
sintomatologia depressiva por meio da Escala de depressão de Beck. Resultados:
Dos enfermeiros entrevistados, 64,29% apresentam grau mínimo de sintomas
depressivos, 28,57% demonstram sintomas de leve a moderado e 7,14% demonstrou
sintomas moderado a grave de acordo com escores do BDI estabelecidos para este
estudo. Conclusão: Por meio do presente estudo foi possível observar o
acometimento da sintomatologia depressiva nos enfermeiros da sala vermelha,
como também a gama de fatores que estão relacionadas com o surgimento da
depressão ou até mesmo a síndrome de Burnout.
Palavras-chave: depressão,
enfermagem, emergências.
Abstract
Depressive symptomatology in nurses who work in the red room of a public
hospital in the municipality of Caruaru/PE
Objective: To verify the presence of depressive symptoms in nurses who work in
the red room. Methods: This is a descriptive, cross-sectional study with
a quantitative approach in which nurses working in the red room were approached
in order to detect depressive symptoms using the Beck Depression Inventory
Scale. Results: Of the nurses interviewed, 64.29% had a minimum degree
of depressive symptoms, 28.57% showed mild to moderate symptoms and 7.14%
showed moderate to severe symptoms according to BDI scores established for this
study. Conclusion: Through this study, it was possible to observe the
impairment of depressive symptoms in nurses in the red room, as well as the
range of factors that are related to the onset of depression or even Burnout
syndrome.
Keywords: depression, nursing, emergencies.
Resumen
Sintomatología
depresiva en enfermeros que actúan en la sala roja
de un hospital público del municipio
de Caruaru/PE
Objetivo: Verificar la presencia de síntomas depresivos en enfermeras
que trabajan en la sala roja. Métodos: Este es un
estudio descriptivo, de
corte transversal con un
enfoque cuantitativo en el que se abordó a los enfermeros que trabajan en la
sala roja para detectar síntomas depresivos
utilizando la escala del
Inventario de Depresión de Beck (BDI). Resultados:
De las enfermeras
entrevistadas, el 64.29% tenía
un grado mínimo de síntomas
depresivos, el 28.57% mostró síntomas leves a moderados
y el 7.14% mostró síntomas moderados a severos de acuerdo
con los puntajes
de BDI establecidos para este estudio.
Conclusión: A través de este estudio, fue posible
observar el deterioro de los
síntomas depresivos en los enfermeros
en la sala roja, así como el rango de factores que están relacionados con el inicio de la depresión o incluso el síndrome
de Burnout.
Palabras-clave: depresión,
enfermería, urgencias
médicas.
A depressão é
caracterizada como um estado de sofrimento psíquico que tem resultado sobre as
relações interpessoais, é identificada pela alteração do humor e pelo
prolongamento de sintomas depressivos. Ela é um fator de risco para
enfermidades, pois a queixa clínica da patologia pode ser mascarada pela
sintomatologia deste transtorno [1]. A pessoa acometida desse transtorno de
humor pode queixar-se de cefaleia persistente, dispepsia, falta de apetite,
constipação, e por apresentar indisposição, indecisão e insegurança, pode
comprometer sua rotina de trabalho, sua satisfação pessoal e saúde [2].
Por apresentar alta
incapacidade laborativa, alta morbidade e mortalidade a depressão é considerada
um problema de saúde pública. O indivíduo pode apresentar desânimo, pessimismo,
podendo causar também diminuição da autoestima e do interesse social e sexual,
insônia, falta de apetite, sentimentos autopunitivos e descrença em capacidades
individuais [2].
Somado a isto, a
depressão enquanto condição de sofrimento psíquico influencia na longevidade e
qualidade de vida, podendo atingir níveis de incapacidade e invalidez. Ao
relatar a associação do trabalho como evento estressor e de sofrimento
psíquico, a classe trabalhista dos profissionais de enfermagem merece atenção e
pesquisas que busquem entender e amenizar eventos que levem ao comprometimento
psicossocial do trabalhador [3].
Por comprometer a
rotina de trabalho, a satisfação pessoal e saúde dos profissionais, os
profissionais de enfermagem em especial merecem atenção no tocante a
sintomatologia depressiva, pois se enquadram no grupo de profissionais da área
da saúde mais propensos aos problemas de saúde mental, o que toma amplitude
relevante e está entre as três doenças psíquicas mais prevalentes nessa classe
trabalhista [1].
A sala vermelha é
preparada para receber pacientes classificados como urgência absoluta, que se
encontram em situação crítica, com quadro clínico instável e risco iminente de
morte, em diferentes faixas etárias, necessitando de intervenções médicas
clínicas ou cirúrgicas [4]. Muitas vezes, a sobrecarga de trabalho e as
diversas funções que o enfermeiro desempenha neste setor pode desencadear
fadiga física e emocional, fatores estes que predispõem ao aparecimento de sintomas
depressivos [5].
O enfermeiro da sala
vermelha tem uma rotina de trabalho avaliada como desencadeadora de desgaste
físico, emocional e de estresse, pois o ambiente ao qual está inserido exige
condutas tão rápidas que, em alguns momentos, demandam ações simultâneas sem
prévios planejamentos, sendo responsável pelo bem-estar e vida dos pacientes,
que possuem risco iminente de morte e complexidade na prestação de cuidados,
sendo então situações desencadeadoras do estresse ocupacional [3].
Desta forma, discutir
possíveis relações entre trabalho e saúde mental dos enfermeiros da sala
vermelha apresentou-se relevante, visto que a ideia de contemplar essas
possíveis relações parece bastante atraente, por este ser um trabalhador do
campo da saúde, que tem nas suas atribuições lidar com o manejo das dores e
fragilidades humanas.
Diante do exposto, este
trabalho teve como objetivo verificar a presença de sintomatologia depressiva
em enfermeiros que trabalham na sala vermelha, visto que estes profissionais
lidam com uma rotina considerada estressante e exaustiva, devido à sobrecarga e
inadequação das condições de trabalho, somada ao desgaste físico e emocional
oriundos do setor como revelam outros estudos literários.
Trata-se de um estudo
descritivo, transversal com abordagem quantitativa no qual enfermeiros que
atuam na sala vermelha foram abordados a fim de detectar a sintomatologia
depressiva por meio da Escala de Depressão de Beck (Beck Depression
Inventory). Foram incluídos no estudo enfermeiros
assistenciais que atuam na sala vermelha há mais de 6 meses. Considerou-se como
critério de exclusão: enfermeiros que trabalham na sala vermelha há no mínimo 6
meses, pois os profissionais que estão em um tempo inferior a esse podem não
expressar ainda o perfil de profissionais do setor e enfermeiros que estavam
afastados de suas atividades no setor, seja por férias, atestado ou licença.
O estudo respeitou
todos os aspectos éticos em pesquisa, de acordo com as Resoluções 466/12 e 510/16
do Conselho Nacional de Saúde (CNS), visando à preservação da autonomia,
não-maleficência, beneficência e justiça. Foi submetido à Plataforma Brasil e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Associação Caruaruense de ensino
superior e técnico (ASCES) sob o protocolo CAAE - 90294618.4.0000.5203.
A amostra foi do tipo
censitária, em virtude de haver uma pequena quantidade de enfermeiros no setor
em tela, não havendo, portanto, necessidade de cálculo, perfazendo, portanto,
um total de 14 participantes. O estudo foi realizado no setor da sala vermelha
de um hospital estadual situado no município de Caruaru/PE, tal serviço é
referência na macrorregional Caruaru para o atendimento de emergência em traumato-ortoperdia, cirurgia geral e buco-maxilo-facial de
alta complexidade [6].
As entrevistas
ocorreram no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. Para apreensão de
informações sociodemográficas foi utilizado um questionário semiestruturado,
autoaplicável construído pelos autores, e para obtenção dos dados relativos à
sintomatologia depressiva foi utilizado um instrumento estruturado, nomeado
por: Escala de depressão de Beck Beck Depression Inventory (BDI),
que foi criada por Aaron Beck, e consiste em um instrumento composto por 21
itens de múltipla escolha, e com itens relacionados a sintomatologias
depressivas como: tristeza, desânimo, sensação de fracasso, sentimentos de
estar sendo punido, decepção, ideação suicida, irritabilidade, perda de
interesse e energia, padrão de sono e alimentar comprometido e diminuição da
libido. Por tratar-se de um questionário autoaplicável serão eliminados aqueles
que não forem respondidos integralmente [7].
A soma total da
pontuação dessas questões apresenta um escore mínimo e máximo de zero a 63. Esse
escore mostra o grau de severidade da depressão, que são classificados como
mínima ou sem depressão (<10 pontos); leve a moderada (10-18 pontos);
moderada a grave (19-29 pontos); grave (30-63 pontos) [7].
Os dados foram
digitados no Excel da Microsoft em seguida transferidos para o software
estatístico Epiinfo versão 7.2, onde foram
processados e analisados. A estatística utilizada foi do tipo descritiva por
distribuição de frequência absolutas e relativas, sendo os resultados
apresentados por meio de gráficos e tabelas.
Características da
amostra
A amostra obtida
constitui-se de 14 enfermeiros com idade média de 33,43 anos. De acordo com os
dados sociodemográficos, 57,1 % dos enfermeiros são casados, 35,7% são
solteiros e apenas 7,1% é viúvo. Em relação a ter filhos, 50% responderam que
têm filhos e os outros 50 % não tem filhos. No que concerne ao tempo de
formação, todos são formados há mais de 1 ano, dos quais 42,7% são formados há
mais de 10 anos. Desses, 35,7% apenas trabalham e 64,3% trabalham e estudam. No
que diz respeito ao grau de instrução, 21,4% possui à graduação, 71,4% está
cursando ou concluiu a pós-graduação e apenas 7,1% possui mestrado.
Dos 14 respondentes,
todos trabalham na sala vermelha do HRA há mais de 6 meses, 42,8% trabalham
nesse setor há mais de 2 anos e 14,2% há mais de 10 anos. Ao ser indagados se
desejam mudar de setor, apenas 7,1% dos entrevistados manifestou o desejo, e os
demais 92,9% não querem mudar de setor.
Tabela I - Distribuição dos
dados sociodemográficos dos participantes da pesquisa, Caruaru/PE, 2019.
Fonte: Autores, 2019.
Dos 21 itens avaliados
pelo inventário de Beck, aplicado no estudo, algumas variáveis se mostraram
importantes e promissores frente à avaliação da depressão em enfermeiros que
atuam na sala vermelha. A tabela II ilustra a avaliação dos itens supracitados:
Tabela II - Inventário de
Beck, Caruaru/PE, 2019. (ver anexo em PDF)
Prevalência de
depressão, segundo o IDB
Dos enfermeiros
entrevistados, 64,29% apresentam grau mínimo de sintomas depressivos, 28,57%
demonstram sintomas de leve a moderado (disforia) e 7,14% demonstraram sintomas
moderado a grave de acordo com escores do BDI estabelecidos para este estudo.
(Tabela III).
Tabela III - Distribuição dos
participantes de acordo com a prevalência de depressão, segundo o Beck Depression Inventory (BDI).
Fonte: Autores, 2019.
O enfermeiro, que atua
na sala vermelha é aquele que presta cuidados a indivíduos de todas as idades,
com alterações da saúde física e psíquica que necessitam de intervenções
médicas clínicas ou cirúrgicas. Muitas vezes, a sobrecarga de trabalho e as
diversas funções que o enfermeiro desempenha podem desencadear fadiga física e
emocional, tensão, ansiedade no profissional [5]. Com base nessas evidências,
aplicou-se o IDB, instrumento de autoavaliação, amplamente reconhecido em
diversos países, que avalia a prevalência, a sintomatologia depressiva e
intensidade de depressão.
Associação da depressão
com os dados sociodemográficos
Quanto ao estado civil,
57,1 % dos enfermeiros são casados, 35,7% são solteiros e apenas 7,1% é viúvo.
De acordo com a literatura, o predomínio da sintomatologia depressiva é maior
nos enfermeiros separados ou divorciados, porém, segundo estudos da literatura
nacional e internacional, comprovou-se ligação entre a presença da sintomatologia
depressiva e o estado civil [8]. Enfermeiros divorciados ou separados
apresentaram maiores taxas de depressão do que os solteiros e casados. Frente a
esse resultado, infere-se que uma base familiar e o cônjuge tem relação inversa
com o desenvolvimento de estresse e doenças físicas e da depressão e que, em
indivíduos sem esse tipo de base, há elevação nas taxas de estresse ocupacional
[9].
Observou-se também que
ter filho apresentou associação significativa com os sintomas preditores da
depressão em mulheres, resultado contraditório ao encontrado no estudo em
questão, que mostrou uma maior prevalência da sintomatologia depressiva nos
profissionais que não tem filhos. Os profissionais da enfermagem com filhos
experimentam menos sintomas depressivos do que os sem filhos devido ao suporte
familiar e ao trinômio (mãe, filho e pai) [1].
Os enfermeiros com
duplas atividades (trabalham e estudam) apresentam uma maior prevalência da
sintomatologia depressiva. De acordo com os resultados, 35,7% apenas trabalham
e 64,3% trabalham e estudam [1]. A literatura comprova associação significativa
dessa variável com a sintomatologia depressiva [10]. De acordo com um estudo
realizado em hospitais do noroeste do estado de São Paulo, profissionais de
enfermagem que trabalhavam e estudavam jornada dupla tinham 2 a 11 vezes a
chance de apresentarem a sintomatologia depressiva em relação aos enfermeiros
que apenas trabalhavam. Estar engajado em duplas atividades
pode ser associada à sintomatologia depressiva nestes trabalhadores
devido a privação do lazer e convívio social necessários a saúde mental
[9,10].
Associação da depressão
com o BDI
Insônia, inatividade
física e insatisfação com padrão do sono foram aspectos fortemente associados à
prevalência de depressão entre os profissionais da sala vermelha. 57,1% dos
entrevistados não consegue conciliar bem o sono e repouso; 71,4% ficam cansados
com mais facilidade e 50% estão preocupados com problemas físicos, dores e
aflições. Esses fatores estão diretamente associados com a sintomatologia
depressiva, que é caracterizada por tristeza ou irritabilidade, desinteresse ou
desprazer, sentimento de culpa ou baixa autoestima, distúrbios do sono ou
apetite, fadiga, entre outros [11]. Não resta dúvida de que a quantidade inadequada
de sono e repouso pode diminuir o bem-estar pela execução de atividades do dia
a dia e pode trazer outros problemas de saúde, podendo ser a ansiedade, a
síndrome de burnout ou até mesmo mialgia uma condição
presente nessas situações [12].
Cerca de 57,1 % dos
entrevistados não consegue dormir tão bem como costumava; 71,4 % se sente
exausto (fica cansado com mais facilidade) e 7,1% sente-se cansado para
realizar qualquer atividade. Existiu uma correlação em que quanto maior foi o
nível de esgotamento emocional e de desrealização (despersonalização), maior
foi a sintomatologia depressiva; e quanto menor a realização profissional
(inversamente proporcional), maior a sintomatologia depressiva [10].
O aumento do número de
casos da síndrome de burnout e da sintomatologia
depressiva são preocupantes. Foi observado também que a Política Nacional de
Saúde do Trabalhador encontra-se distante de suprir as necessidades dos
profissionais que atuam na sala vermelha. É primordial que sejam adotadas ferramentas
de enfrentamento contra o burnout e a sintomatologia
depressiva no contexto ocupacional, uma vez que isso pode refletir em prejuízos
na qualidade da assistência prestada a pacientes intensivos e semi-intensivos,
assim como na taxa de absenteísmo [14].
Por meio do presente
estudo foi possível observar o acometimento da sintomatologia depressiva nos
enfermeiros da sala vermelha, como também a gama de fatores que está
relacionada com o surgimento da depressão ou até mesmo a síndrome de burnout.
A presença da
sintomatologia depressiva era baixa na população estudada, mas os resultados
despertam preocupação, uma vez que algum dos seus sentimentos, como ansiedade,
tristeza, pessimismo, sensação de punição, irritabilidade, sensação de choro
constante, retração social e algumas atitudes constituintes podem estar
presente de modo intermitente, avançando com o tempo. A sobrecarga de trabalho,
dificuldades na escala, execução de tarefas, atendimento ao paciente, o
esgotamento, o suporte social entre outros aspectos, consubstanciados nos
níveis altos e médios de exaustão emocional levando a esses profissionais a
predispor sintomas depressivos comprometimento da qualidade de vida no
trabalho.
As limitações de informações relativas
sobre a temática representam desafios que devem ser superados com pesquisas
futuras, pois é de grande valia e de relevância para a área da saúde mental e
de suma importância para avaliar a qualidade de vida dos profissionais de
enfermagem, bem como o aperfeiçoamento da política que vincula a saúde do
trabalhador e os impactos que isso produz na vida desses profissionais.