ARTIGO ORIGINAL
Influência do coping religioso-espiritual no luto materno
Annaterra Araújo Silva, M.Sc.*, Antonio Marcos Tosoli Gomes, D.Sc.**, Ana
Cristina Santos Duarte, D.Sc.***, Sergio Donha Yarid, D.Sc.****
*Mestre
em Ciências da
Saúde com concentração em Saúde
Pública pelo Programa de Pós-graduação em
Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia (UESB),
**Professor titular da área de Enfermagem em Doenças
Contagiosas do
Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgico e do Programa
de Pós-Graduação em
Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio
de
Janeiro (UERJ), ***Professora Pleno do Departamento de Ciência
Biológicas da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), ****Professor
Titular da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
Recebido em 20 de maio
de 2020; aceito em 26 de agosto de 2020.
Correspondência: Annaterra
Araújo Silva, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Avenida José
Moreira Sobrinho, s/n, Jequiezinho 45206110 Jequié
BA, Brasil
Annaterra Araújo Silva:
annaterraraujo@outlook.com
Antonio Marcos Tosoli Gomes: mtosoli@gmail.com
Ana Cristina Santos
Duarte: tinaduarte2@gmail.com
Sergio Donha Yarid: yarid@uesb.edu.br
Resumo
O objetivo deste estudo
é avaliar a influência do coping religioso-espiritual
no luto materno. É um estudo do tipo transversal de abordagem quantitativa,
exploratório e de campo, realizado no município de Caetité/BA. A coleta de
dados ocorreu por meio do instrumento de Coping
Religioso-Espiritual (CRE), a amostra foi composta por 21 mães que perderam
filhos, entre 10 e 30 anos de idade, por causas externas. A análise dos dados
foi realizada no Programa Stata (versão 13.0), e a
associação encontrada com a situação conjugal foi realizada por meio do Teste
de Mann Whitney. Entre as mães avaliadas, a média de idade foi de 54 anos.
Prevaleceram mulheres com companheiros (66,7%), de cor parda (57,1%),
alfabetizadas ou com o ensino fundamental completo (66,7%), católicas (76,2%),
exercendo atividade remunerada (57,1%) e com renda menor ou igual a um salário
mínimo (66,7%). Evidenciou-se que entre as mães sem companheiro, os fatores,
busca de ajuda espiritual P2 (3,2) e busca de outro institucional P5 (4,0)
foram mais elevadas. Assim, pode-se afirmar que houve uma intenção de
superação, pois a falta do parceiro não impossibilitou que mães enlutadas
buscassem apoio espiritual para facilitar seu sentimento de conformação pela
morte do filho.
Palavras-chave: Enfermagem,
espiritualidade, relações mãe-filho, luto.
Abstract
Influence of religious-spiritual coping on mother mourning
This
study aimed to evaluate the influence of Religious-Spiritual Coping on maternal
mourning. It is a cross-sectional exploratory field study with quantitative and
qualitative approaches, conducted in Caetité/BA. Data
collection occurred through the Religious-Spiritual Coping (RSC) instrument;
the sample consisted of 21 mothers who lost children from 10 to 30 years old
due to external causes. Data analysis was performed using the Stata program
(version 13.0), and the association found with the marital situation was
performed using the Mann Whitney Test. Among the evaluated mothers, the average
age was 54 years old. Prevailed women with partners (66.7%), brown (57.1%),
literate or with complete elementary school (66.7%), catholic (76.2%),
exercising paid activity (57.1 %) and with income less than or equal to one
minimum wage (66.7%). It was evident that among mothers without a partner, the
factors aspects of seeking spiritual help P2 (3.2) and searching for another
institutional P5 (4,0) were higher. Thus, there was an intention to overcome,
because the lack of a partner did not prevent bereaved mothers seeking
spiritual support to facilitate their feeling of conformity for the child's
death.
Keywords: Nursing, spirituality, mother-child relations, bereavement.
Resumen
Influencia del
coping religioso-espiritual en
el luto materno
El objetivo de este estudio es evaluar la influencia del
afrontamiento religioso-espiritual en el luto materno. Se trata de un estudio transversal de enfoque
cuantitativo, exploratorio y
de campo, realizado en el municipio de Caetité/BA. La recopilación
de datos se realizó a
través del instrumento Coping
Religioso-Espiritual (CRE), la muestra
estaba compuesta por 21
madres que perdieron a sus hijos,
entre 10 y 30 años, por causas externas. El análisis de los datos se realizó en el Programa de Stata (versión 13.0), y la asociación encontrada con la situación
marital se realizó a través de la
Prueba de Mann Whitney. Entre las
madres evaluadas, la edad media
era de 54 años. Prevalecieron
las mujeres con pareja (66,7%), de color marrón (57,1%), alfabetizadas o con
educación elemental
completa (66,7%), católicas (76,2%), que ejercían una
actividad remunerada (57,1%) y con
ingresos inferiores o iguales a un
salario mínimo (66,7%). Era
evidente que entre las madres sin
pareja, los factores de búsqueda de ayuda espiritual P2 (3,2) y de búsqueda
de otro P5 institucional (4,0) eran
más elevados. Así pues, puede afirmarse que había una intención de superación, porque la falta de pareja no impedía a las madres en duelo buscar apoyo espiritual para facilitar su
sentimiento de resignación
ante la muerte de su hijo.
Palabras-clave: Enfermería,
espiritualidad, relaciones madre-hijo,
aflicción.
O coping
é traduzido em português para “enfrentamento”, caracterizado por mecanismos
criados pelos indivíduos para suportar momentos de pesar e estresse. Distinto
de pretextos e de prorrogações para enfrentar situações dolorosas, o coping tem a finalidade de elaborar estratégias físicas ou
psíquicas para lidar com a dor e o sofrimento. Isso concede ao indivíduo
transcender o trabalho diário de adaptação para uma outra realidade, investindo
em novos sonhos e projetos para que o trauma seja esquecido e ressignificado
[1].
O Coping
Religioso-Espiritual (CRE) é determinado pela influência da religião,
espiritualidade ou fé diante do desânimo, depressão e falta de perspectivas.
Sua finalidade é resignação, benevolência, resistência e adaptação para aqueles
que se apoiam em orações, fé ou espiritualidade através de uma proximidade com
um ser superior [2]. Além disso, o CRE está diretamente relacionado à melhoria
da qualidade de vida e à promoção do bem-estar [3].
A perda de um filho é
apontada na literatura como uma perda essencialmente dolorosa, predispondo a um
processo de difícil elaboração [4], pois o elo maternal é interrompido, abrindo
espaço para o vazio e a desolação. A compreensão que os pais atribuem à perda
pode colaborar na evolução do luto, pois estes vivenciam episódios de
indignação e revolta [5].
A dor da morte é
incomparável, profunda e particular, encarada de diferentes maneiras pelas
mães, enfrentamento este que é refletido na circunstância como se deu a morte
dos filhos. Esse processo ocorre no âmbito pessoal e social, e é interpretado
de acordo com a relação estabelecida com o filho perdido [6], visto que, mesmo
após a morte da prole, as mães não deixam de ser mães, continuam carregando o
título da maternidade, diferente das viúvas, viúvos e órfãos, para as mães essa
nova identidade não há nome [7].
O luto parental é
profundo, difícil e constante, uma vez que a perda rompe com a harmonia dos
integrantes da família e compromete as particularidades do lar. Vários efeitos
destrutivos podem ser criados na vida dos pais, incluindo crises conjugais,
desemprego e isolamento social. Para que estes fatores negativos sejam
evitados, os pais devem ser assistidos com o objetivo de se livrar da culpa
pela morte do filho [8].
O luto maternal pode
permanecer por meses, anos ou jamais terminarem, assim, é importante dar
continuidade à vida, ressignificando a perda e buscando incentivos para o
equilíbrio. Pesquisas relativas ao luto mostraram resultados negativos de
intenso pesar para os pais, envolvendo tensão, separação, manifestações
deprimentes e afastamento social das mães [9].
Contudo a morte é um
evento que gera um acúmulo de reações ao indivíduo, considerando que o peso da
morte não afeta a todos da mesma forma, já que ninguém está preparado para
enfrentar uma perda repentina. As mudanças familiares que ocorrem após a perda
de um filho são complexas e as estratégias difíceis de serem elaboradas. Nesse
sentido, esta pesquisa busca proporcionar a sensibilização para o preparo
profissional para lidar com a finitude da vida [10]. No entanto, o objetivo
deste estudo é avaliar a influência do coping
religioso-espiritual no luto materno.
O presente trabalho
trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa, exploratório e de
campo. A pesquisa foi realizada no município de Caetité, no sudoeste da Bahia,
no período de abril a junho de 2019. A amostra da pesquisa foi composta por
mães que perderam seus filhos por causas externas da adolescência até o final
da fase jovem adulta, compreendida entre 10 e 30 anos de idade.
A coleta de dados
ocorreu por meio dos registros arquivados na Secretária de Vigilância
Epidemiológica (SVE) para busca dos endereços das mães que perderam seus filhos;
àquelas que ainda residiam no município de Caetité, foram realizadas visitas
domiciliares com a finalidade de convidá-las para participarem da pesquisa.
Os critérios de
inclusão foram atribuídos às mães que vivenciaram a perda de um filho por causas
externas (como acidentes de transporte, quedas, afogamentos, contato com
animais ou plantas venenosas, envenenamento acidental), com limite mínimo de 1
ano após a perda e, no máximo, 5 anos. E os critérios de exclusão se
constituíram para as mães que não aceitaram a participação na pesquisa, que
mudaram de endereço, ausência de contato telefônico, óbitos por causas externas
de intenção indeterminada, lesões auto infligidas, agressões e intervenção
legal [11].
Os registros dos óbitos
por causas externas que ocorreram no período entre 2014 e 2019, encontrados na
Secretária de Vigilância Epidemiológica (SVE) foram 91 óbitos com idade entre 1
a 98 anos e 39 óbitos de 10 a 30 anos de idade.
A amostra foi composta
por 21 participantes seguindo os critérios de inclusão e exclusão, mediante o
instrumento de Coping Religioso-Espiritual Breve
(CRE-BREVE) que contém 49 itens, sendo 34 relacionados ao CRE positivo e 15
relacionados ao CRE negativo. A escala é utilizada para verificar como os
indivíduos utilizam a fé para enfrentar situações estressoras.
O instrumento solicita
uma descrição breve da situação de maior estresse que o indivíduo experenciou e
exige que o participante responda o quanto fez em cada item para lidar com a
situação estressante. As respostas são dadas em escala Likert
de 5 (cinco) pontos (1-nem um pouco a 5-muitíssimo) [12].
Dentre os fatores
positivos, conforme elaborado por Panzini e Bandeira
[12], há uma subdivisão em sete outros fatores correspondentes a estratégias
cognitivas e comportamentais específicas de Coping
Religioso-Espiritual Positivo (CREP) e, também, fatores negativos que possuem
quatro subdivisões referentes às estratégias cognitivas e comportamentais
específicas de Coping Religioso-Espiritual Negativo (CREN)
como se observa na Tabela I.
Tabela I - Subdivisões
correspondentes as estratégias cognitivas e comportamentais específicas de CREP
e do CREN.
Fonte: Elaborada pelos
autores com base na Grade de Levantamento Cre-Breve.
Posteriormente, os
resultados são classificados a partir do parâmetro utilizado para análise dos
valores das médias de CRE, conforme a Tabela II.
Tabela II - Parâmetros da
Escala CRE-breve.
Fonte: Panzini e Bandeira [12].
A pesquisa foi
realizada de acordo com a Resolução 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho
Nacional de Saúde (CNS) [13], que aborda os aspectos éticos da pesquisa
envolvendo seres humanos. Este estudo faz parte de um projeto intitulado “A
influência da bioética e da espiritualidade na saúde” aprovado no Comitê de
Ética em Pesquisa (CEP) com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética
(CAAE) nº 32197814.9.0000.0055, sob o número de Parecer 1.949.549.
Entre as mães
avaliadas, a média da faixa etária foi de 54 anos, variando de 37 a 69 anos de
idade. Prevaleceram mulheres com companheiros (66,7%), de cor parda (57,1%),
alfabetizadas ou com ensino fundamental completo (66,7%), católicas (76,2%),
exercendo atividade remunerada (57,1%) e com renda menor ou igual a um salário
mínimo (66,7%), (Tabela III).
Tabela III - Caracterização
das mães enlutadas avaliadas, Caetité/BA, 2019.
Quanto à avaliação do
CRE total, a mediana foi de 3,8 (IQ 3,7-4,1), observando o CRE positivo e
negativo, as medianas foram respectivamente 3,7 (3,6-4,1) e 2,1 (1,9-2,5); na
classificação proposta, nota-se que 17 mães (81,0%) foram consideradas como CRE
alto ou altíssimo e 4 (19,0%) como médio.
A análise dos dados foi
realizada no Programa Stata MP (versão 13.0). As
variáveis categóricas se apresentaram em frequência relativa e absoluta,
enquanto as variáveis contínuas em mediana e intervalo interquartil, ou média e
desvio padrão. Dada a não normalidade dos dados provadas por meio do Teste de
Shapiro Wilk, a comparação de diferença dos domínios do CRE de acordo com a
situação conjugal foi realizada por meio do Teste de Mann Whitney, assumindo
nível de significância de 5% para todas as análises.
Tabela IV - Comparação das
medianas dos domínios do CRE de mães enlutadas com e sem companheiro,
Caetité/BA, 2019.
*Diferença
estatisticamente significante pelo teste de Mann Whitney.
Evidenciou-se que entre
as mães sem companheiro, as medianas do CRET (4,0) e dos fatores P2 (3,2) e P5
(4,0) foram mais elevadas, sendo a diferença para as mães com companheiro
estatisticamente significante, conforme se apresenta na Tabela IV.
Busca por ajuda
espiritual e busca por outro institucional
O modo como o indivíduo
elabora o luto está associado ao modo como a sociedade no qual este está
inserido manifesta-se diante da perda [7]. As reações diante da morte ocorrem
quando o enlutado percebe que é necessário perder o interesse pelo objeto
perdido, buscando um novo propósito de vida [14].
Compreende-se que as
mortes por causas externas se revelam como uma dolorosa experiência para as
mães, uma vez que se trata de uma morte inesperada e repentina. As mães que
vivenciam este difícil enfrentamento podem ter uma resolução do luto mais
demorada. Isso ocorre devido à falta de apoio espiritual, convívio social,
ausência da família e despreparo profissional, fazendo com que muitas mães se
sintam isoladas e culpadas [9].
As mães passam por
situações dolorosas até conseguir dar seguimento à vida. A espiritualidade
dessa forma é vista como uma das mais importantes estratégias para auxiliar o
indivíduo a elaborar a perda e buscar meios para construir planos sem perder
seus propósitos, acreditando em uma força superior para aliviar suas angústias
[15].
Deste modo, para que
ocorra a resolução das dificuldades decorrentes da elaboração do processo do
luto, é necessário que as mães estejam rodeadas de pessoas aptas à escuta
qualificada e que este ambiente seja acolhedor para que seus pensamentos sejam
expressos e compartilhados [16], dessa forma os familiares também exercem papel
fundamental na elaboração do luto para que as mães não se afastem do seu
convívio social e perca o interesse pelas atividades diárias [8].
Por fim é necessário
que as mães compreendam que o enfretamento espiritual particular, não
necessariamente deve ocorrer em ambientes sociais destinados para essa procura,
mas em qualquer lugar onde ela possa aprofundar suas inquietações e anseios [17],
pois os mecanismos para dar continuidade à vida são planejados e adaptados
conforme as particularidades vivenciadas por cada indivíduo [4].
Situação conjugal e luto
materno
Embora o enfrentamento
do luto aconteça de acordo com as particularidades de cada mãe, ele sofre
interferência de vários elementos, como a assistência fornecida a este
individuo, se ela é percebida e aproveitada. Nesse sentido o suporte do
parceiro pode auxiliar as mães para que estas suportem a dor e consigam
expressar seus sentimentos, possibilitando situações de descontração e lazer,
de modo que a compreensão e o enfrentamento do luto aconteçam de forma conjunta
e saudável [8].
A partir dos dados
encontrados neste estudo, as mães enlutadas que davam seguimento a vida sem o
auxílio do parceiro utilizavam estratégias de enfrentamento
religioso-espiritual para a elaboração do luto e superação da perda, através da
fé, orações e crença em um ser superior [1]. Por outro lado, as mães sem
companheiro apresentaram uma reavaliação negativa de Deus e uma reavaliação
negativa do significado, comparado as mães que seguiam com auxílio do parceiro.
Contudo ao encarar a
perda de um filho, o casal se depara com uma difícil situação, no qual ambos
precisam ressignificar suas dores para que a união encontre forças e estímulos.
Mas em muitas famílias, o pai se sente encarregado de ser o cuidador e provedor
do bem-estar da família, não se permitindo o sofrimento necessário para aceitar
e compreender esta etapa, pois muitas vezes não é levado em consideração os
sentimentos do pai e suas reações diante dessa perda [18].
Por isso as mães por
muito tempo se sentem culpadas, tanto pela morte prematura dos filhos quanto
pela crise conjugal. Nesse sentido os conjugues podem estar vivenciando fases
diferente do processo do luto, surgindo desarranjos entre o casal, o que
poderia justificar os dados encontrados nesta pesquisa através das mães com
companheiro que não percebem a necessidade de um ambiente seguro no qual possam
relatar suas necessidades, sentimentos e comportamentos do casal [19].
Conforme o estudo
realizado, a influência do coping
religioso-espiritual no luto materno foi imprescindível na maneira como as mães
percebiam e lidavam com a morte do filho. Entretanto a espiritualidade
demonstrou ser um importante mecanismo de resiliência e busca pelo novo
propósito de vida, despertando nas mães pensamentos positivos diante de
experiências complexas e de difícil aceitação, auxiliando-as no enfrentamento
diário.
Contudo, a contribuição
desta pesquisa em esclarecer a influência do coping
religioso-espiritual no luto materno dá-se com a compreensão que houve uma
intenção de superação, visto que ao procurar apoio espiritual através de outras
pessoas ou outras instituições das quais já faziam parte, a falta do parceiro
não impossibilitou que essas mães utilizassem estratégias para assimilarem a
perda e refazerem seus planos.
Referências