Enferm Bras 2021;20(1):82-93

doi: 10.33233/eb.v20i1.4379

REVISÃO

A importância de práticas integrativas e complementares no tratamento de pacientes com câncer

 

Letícia Mendes Xavier*, Gunnar Glauco De Cunto Carelli Taets, D.Sc.**

 

*Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé, Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Integrada em Saúde (PIS/CNPQ), **Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé, Líder do Laboratório de Pesquisa Integrada em Saúde (PIS/CNPQ)

 

Recebido em 19 de setembro de 2020; aceito em 23 de fevereiro de 2021.

Correspondência: Letícia Mendes Xavier, Alameda Torres Porto, lote 21, quadra X, s/n, Jardim Maringá, 27936540 Macaé RJ

 

Letícia Mendes Xavier: : leticiamendesxavier@gmail.com

Gunnar Glauco De Cunto Carelli Taets: masterufrj@gmail.com

 

Resumo

Introdução: A busca pela recuperação dos pacientes em tratamento oncológico abrange não somente a medicina convencional, mas também as práticas integrativas e complementares, já que estimular meios alternativos efetivos que diminuam esses efeitos é uma ferramenta de grande relevância no contexto da assistência de enfermagem e do cuidado holístico. Objetivo: Investigar o papel de práticas integrativas e complementares no tratamento de pacientes com câncer. Métodos: Revisão qualitativa realizada por meio de um estudo exploratório utilizando os descritores “terapias complementares”, “neoplasias” e “enfermagem” aplicando o conector booleano “and” nas bases de dados Lilacs, BDEnf, Mosaico e Medline, utilizando o recorte temporal de 2014 a 2019. Encontraram-se 59 artigos, mas somente 14 atenderam aos critérios do estudo. Utilizou-se o método de análise de conteúdo de Bardin. Resultados: A utilização das práticas integrativas e complementares no tratamento de pacientes oncológicos é indicada para: alívio do estresse, da ansiedade, dos efeitos colaterais da quimioterapia, melhora da dor, aumento dos níveis de dopamina e serotonina, diminuição de sintomas depressivos entre outros. Conclusão: O papel das práticas integrativas e complementares no tratamento de pacientes com câncer está ligado ao cuidado integral, proporcionando efeitos biopsicossocioespirituais para essa população bastante vulnerável frente ao sofrimento humano provocado pela doença.

Palavras-chave: práticas integrativas e complementares; medicina integrativa; câncer; cuidados de enfermagem.

 

Abstract

Importance of integrative and complementary practices in the treatment of patients with cancer

Introduction: The search for recovery of patients in oncologic treatment encompasses not only conventional medicine, but also integrative and complementary practices, since stimulating effective alternative means that decrease these effects is a tool of great relevance in the context of nursing care and holistic care. Objective: To investigate the role of integrative and complementary practices in the treatment of patients with cancer. Methods: Qualitative review carried out through an exploratory study using the descriptors "complementary therapies", "neoplasms" and "nursing" applying the Boolean connector "and" in the databases Lilacs, BDEnf, Mosaico and Medline, using the time cut from 2014 to 2019. We selected 59 articles, but only 14 met the criteria of the study. The Bardin content analysis method was used. Results: The use of integrative and complementary practices in the treatment of cancer patients is indicated for relief of stress, anxiety, side effects of chemotherapy, improvement of pain, increase levels of dopamine and serotonin, decrease of depressive symptoms among others. Conclusion: The role of integrative and complementary practices in the treatment of patients with cancer is linked to integral care, i.e., providing bio-psycho-socio-spiritual effects for this quite vulnerable population in the face of human suffering caused by the disease.

Keywords: integrative and complementary practices; integrative medicine; cancer; nursing care.

 

Resumen

La importancia de las prácticas integradoras y complementarias en el tratamiento de los pacientes con cáncer

Introducción: La búsqueda por la recuperación de los pacientes en tratamiento oncológico abarca no solo la medicina convencional, sino también las practicas integrativas y complementarias, ya que estimular medios alternativos eficaces que disminuyan estos efectos es un instrumento muy relevante en el contexto de la atención de enfermería y la atención holística. Objetivo: Investigar el papel de las prácticas integradoras y complementarias en el tratamiento oncológico. Métodos: Estudio cualitativo realizado mediante un estudio exploratorio utilizando los descriptores "terapias complementarias", "neoplasias" y "enfermería" aplicando el conector booleano "y" en las bases de datos Lilacs, BDEnf, Mosaico y Medline, utilizando el recorte de tiempo de 2014 a 2019. Se encontraron 59 artículos, pero sólo 14 cumplían los criterios del estudio. Se utilizó el método de análisis del contenido de Bardin. Resultados: El uso de las prácticas integradoras y complementarias en el tratamiento oncológico está indicado para: alivio del estrés, la ansiedad, los efectos secundarios de la quimioterapia, la mejora del dolor, el aumento de los niveles de dopamina y serotonina, la disminución de los síntomas depresivos, entre otros. Conclusión: El papel de las prácticas integradoras y complementarias en el tratamiento oncológico está vinculado a la atención integral, proporcionando efectos bio-psico-sociales-espirituales para esta población muy vulnerable al sufrimiento humano causado por la enfermedad.

Palabras-clave: prácticas integradoras y complementarias; medicina integral; cáncer; cuidados de enfermería.

 

Introdução

 

As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são atividades regulamentadas e vigentes na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde (PNPIC/MS), as quais visam à promoção e recuperação da saúde e são desenvolvidas por meio de ações integradas de caráter interdisciplinar, visto que o ser humano é um ser biopsicossocial [1]. Atualmente, 29 PICS são normalizadas pelo Ministério da Saúde e tais práticas são baseadas em sistemas médicos tradicionais, terapias energéticas, técnicas mente-corpo e práticas de manipulação do corpo aliadas aos fundamentos da biologia [2].

O câncer e seus tratamentos convencionais ocasionam muitos efeitos adversos agressivos que impactam na qualidade de vida dos pacientes. Desta maneira, a busca pela recuperação dos pacientes em tratamento oncológico abrange não somente a medicina convencional, mas também as PICS, uma vez que estimular meios alternativos efetivos que diminuam esses efeitos é uma ferramenta de grande relevância no contexto da assistência de enfermagem e do cuidado holístico [3].

Em 2017, a Resolução nº 553 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) atualizou a Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuário da Saúde e passou a reconhecer as PICS como um direito [4]. No ano seguinte, em 2018, dez novas PICS foram incluídas na PNPIC, promovendo assim a necessidade de proteção e promoção da saúde integral da população brasileira [5].

Atualmente, a oncologia integrativa é uma das áreas mais fortes no uso das PICS. Tal fato pode ser corroborado com a existência de alas destinadas a essa especialidade em dois dos mais importantes hospitais de oncologia dos Estados Unidos: o MD Anderson Cancer Center e o Sloam Memory Hospital.

Já no Brasil, cinco hospitais que são referência para o tratamento do câncer também abriram alas de medicina integrativa dentro da oncologia. São eles: o Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Sírio Libanês, Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI) da Universidade de São Paulo (USP) [6].

Segundo o coordenador do programa de Pediatria Integrativa da USP, Ricardo Ghelman, as PICS na oncologia ainda são mais empregadas no cenário internacional do que no nacional, principalmente em hospitais. No Brasil, apenas 4% se concentram na atenção hospitalar, contra 78% destas concentradas na atenção básica [6].

Um estudo realizado no Texas mostrou que o período de internação de crianças em quartos com vista para árvores é menos estressante e traumático quando comparado ao tempo em que ficam reclusas em cômodos só com paredes brancas [7]. As PICS impactam não só no bem-estar do paciente quanto nos custos hospitalares. A partir do resultado deste estudo, está em andamento no ITACI o uso da Terapia de Apreciação da Natureza. O projeto mudou a política do hospital beneficiando os internos e a equipe de saúde, que se voluntariam para as atividades [6].

Nota-se que a oncologia avançou no mundo melhorando a sobrevida do paciente, ou seja, conseguindo com que esse sobreviva mais à doença, não apenas com a quimioterapia, mas também transplante e outras técnicas. O que ainda precisa melhorar é a qualidade de vida durante o tratamento e as sequelas, visto que o paciente com câncer sofre muito com o tratamento alopático e é nessa lacuna que as PICS podem contribuir.

Logo, a questão a que este estudo se propôs responder foi: qual a importância de PICS no tratamento de pessoas com câncer? E o objetivo foi investigar o papel das PICS no tratamento de pacientes oncológicos.

 

Métodos

 

Trata-se de um estudo qualitativo realizado por meio de um estudo exploratório no qual dois pesquisadores realizaram buscas exaustivas entre agosto e novembro de 2019 na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando os descritores “terapias complementares”, “neoplasias” e “enfermagem” aplicando o conector booleano “and” encontrando-se 59 artigos. Aplicaram-se os seguintes filtros: texto completo, idiomas inglês, português e espanhol, base de dados Lilacs, BDEnf, Mosaico, Medline e utilizou-se o recorte temporal dos últimos cinco anos – 2014 a 2019 – encontrando-se 26 artigos.

Determinou-se como critérios de exclusão, após pré-análise dos dados, a incompatibilidade com o objeto de estudo, qual seja, Práticas Integrativas e Complementares em pacientes com câncer, e artigos repetidos. Após aplicação dos critérios de exclusão, encontraram-se 14 artigos.

A análise dos dados foi realizada segundo análise de conteúdo de Bardin, 2009. As etapas da análise foram: 1) pré-análise, 2) exploração do material e 3) tratamento dos resultados, inferência e interpretação.

 

Resultados

 

O quadro 1 apresenta o resultado a partir dos dados coletados caracterizando a amostra a partir do título, local, ano de publicação do estudo, base de dados, tipo de neoplasia e a PIC utilizada.

 

Quadro 1Caracterização da amostra (ver anexo em PDF)

 

Observou-se a utilização de 18 PICS normalizadas e 17 PICS não normalizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de diversas topografias tumorais, conforme a tabela I:

 

Tabela IPICS para o tratamento de diversas topografias tumorais

 

Fonte: Arquivo dos autores.

 

Dentre as 18 PICS normalizadas pelo SUS citadas nos artigos que compuseram a amostra deste estudo, as que mais se destacaram foram: acupuntura, homeopatia, plantas medicinais/fitoterapia e yoga.

 

Discussão

 

O tratamento contra o câncer pode gerar muito sofrimento, o qual não pode ser mensurado. Fala-se de um estresse emocional que é conhecido na oncologia pelo termo distress, levando-se em conta a possibilidade de um diagnóstico de uma doença que ameaça a vida. Por outro lado, junto com esses sentimentos negativos, também surgem muitos sintomas indesejados desencadeados por reações adversas à quimioterapia e radioterapia.

De encontro aos sentimentos e vivências negativas relacionadas ao diagnóstico do câncer, as PICS têm potencial para propiciarem “senso de autocontrole e conforto psicológico”, conforme evidenciou um estudo realizado com mulheres acometidas por câncer de colo de útero [22]. Estudo alemão mostra que mais de 75% dos pacientes com câncer utilizaram alguma PIC para redução de efeitos colaterais da terapia convencional e/ou relacionados à doença e ao sofrimento emocional [23]. As Práticas Integrativas e Complementares, combinadas às práticas alopáticas de cuidar, podem propiciar um aumento na efetividade dos tratamentos e diminuição nos efeitos adversos destes [24].

Os efeitos promovidos pela utilização das PICS por pacientes com câncer identificados neste estudo foram: alívio do estresse, da ansiedade e angústia psicossocial, melhora do humor e da dor, aumento dos níveis de dopamina e serotonina, diminuição de: sintomas depressivos e da raiva, de níveis de cortisol e citocinas, linfedema, ondas de calor, insônia e fadiga, sintomas da menopausa, consumo de medicamentos bem como de redução dos efeitos adversos causados indiretamente pelas medicações.

Diante do enfoque integral que o paciente com câncer anseia em sua terapêutica, compreende-se a utilização das PICS como um recurso positivo, pois a literatura aponta que há significativa melhora na qualidade de vida e diminuição do estresse causado pela doença e tratamento [25]. Entende-se que a utilização das PICS deve estar ancorada em práticas baseadas em evidências, uma vez que o paciente com câncer é um sujeito bastante fragilizado biopsicossocioespiritualmente e, portanto, é preciso ter indícios de que tais práticas, por vezes inovadoras para o sistema de saúde brasileiro, não sejam capazes de provocar a possibilidade de causar iatrogenias.

A terapia não normalizada como a apreciação da natureza, atua diretamente no tratamento e recuperação dos pacientes, como na redução do tempo de recuperação após a cirurgia [26] e redução da dor durante biópsia como a de medula óssea [27]. Além de promover benefícios psicológicos e espirituais como a melhora do estado psicoemocional, redução do estresse, relaxamento, sentimentos e pensamentos positivos, senso de conexão com algo superior tal como benefícios físicos como o aumento da qualidade do sono, apetite, redução da pressão arterial, tempo de recuperação e alívio da dor [28].

Alguns estudos [29] alertam para o cuidado específico na utilização da fitoterapia (plantas medicinais), entendendo que grande parte das plantas existentes não foi testada associada à quimioterapia, radioterapia ou em eventos pós-cirúrgicos. Desta forma, não se pode afirmar quais efeitos (benéficos ou maléficos) tal associação poderia gerar. Ainda se tratando de plantas medicinais, estudos mostraram que a erva de São João (Hypericum perforatum) utilizada para tratamento da depressão não deve ser utilizada por pacientes com câncer em tratamento, por ter sido evidenciado que quando associada ao cloridrato de irinotecano pode diminuir o efeito da quimioterapia [29]. Contudo, ainda assim, a maior parte dos estudos analisados indica a utilização de PICS em pacientes com câncer, especificamente com as seguintes neoplasias: câncer de mama, câncer gastrointestinal, câncer ginecológico, câncer de pulmão e câncer urogenital.

São poucas as PICS que foram testadas especificamente com a população oncológica. Uma coorte prospectiva, realizada na Austrália, em serviço público de saúde, acompanhou 1.274 participantes, de diferentes tipos de neoplasia, sendo que 12% estavam concomitantemente em quimioterapia e 15% em radioterapia; 26% já haviam sido submetidos à cirurgia e 73% estavam recebendo tratamento oncológico combinado. Predominantemente, participaram do estudo mulheres com câncer de mama (42%). Todos os participantes receberam seis sessões de intervenções com diferentes práticas integrativas. O estudo mostrou que as PICS proporcionaram melhora da qualidade de vida e diminuição de sintomas estressores. Este estudo utilizou de forma aleatória as PICS, que classificou como Terapias Baseadas no Corpo (massagem de relaxamento, aromaterapia, acupuntura), Terapias Baseadas em Energia (Reiki,), Terapias da mente (musicoterapia, tai chi chuan) e aconselhamento [30].

A acupuntura se destaca entre as PICS em oncologia, tendo sido empregada em diversos estudos de intervenção para manejo de sinais e sintomas decorrentes do câncer e seu tratamento. Foi verificada a eficácia da acupuntura no alívio da dor relacionada ao câncer em 2.213 pacientes, em revisão sistemática e metanálise com 36 estudos. Como intervenção foram utilizadas acupuntura com agulha manual, eletro-acupuntura, acupuntura do tornozelo, acupuntura do couro cabeludo, acupuntura auricular e acupuntura elétrica transcutânea. A acupuntura apenas não teve eficácia na dor neuropática induzida por quimioterapia [31].

A perspectiva da oncologia integrativa vem ganhando espaço e reconhecimento entre os profissionais da saúde que assistem às pessoas com câncer, contemplando a integração das práticas complementares aos tratamentos realizados para o câncer como a quimioterapia, radioterapia, cirurgia e terapia molecular. Esta forma de cuidado busca constantemente o protagonismo do paciente com câncer em seus processos assistenciais, bem como resgatar os princípios da bioética estimulando a autonomia do ser cuidado [24].

Cabe aqui mencionar uma limitação do estudo, entendendo-se que a utilização e disseminação de PICS no Brasil ainda é incipiente e talvez por esse motivo foram encontrados tão poucos estudos publicados sobre o objeto de estudo, principalmente voltados para pacientes com câncer.

 

Contribuições para a Enfermagem

 

O Brasil deverá registrar cerca de 625 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2020-2022 [32]. A partir de informações da sexta edição da Revista ABC do Câncer, a segunda maior causa de óbitos no Brasil (com tendência de crescimento nos próximos anos) são as neoplasias, representando mais de 16,3% de todos os óbitos do país [33].

Na atenção ao paciente com câncer, o cuidado de enfermagem deve transcender o modelo biomédico, abarcando suas subjetividades e compreendendo um cuidado integral e humanizado. Esta característica traz o desafio de ir além das competências técnicas inerentes à profissão.

Cabe destacar que a Portaria nº874/2013 institui a Política Nacional para Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das pessoas com doenças crônicas no âmbito do SUS [34], traz princípios e diretrizes relacionados ao cuidado integral (inciso quinto) que no art. 13 inclui como parte do cuidado integral a prevenção, a detecção precoce, o diagnóstico, o tratamento e os cuidados paliativos.

O presente estudo aponta contribuições para o cuidado de enfermagem no que se refere ao cuidado integral do paciente com câncer a partir de um olhar holístico para a utilização das PICS na oncologia, principalmente as 18 modalidades que foram encontradas e já normalizadas pelo SUS.

 

Conclusão

 

O presente estudo não teve a pretensão de esgotar a temática, mas demonstrar a importância das Práticas Integrativas e Complementares no tratamento de pacientes com câncer. Ressalta-se que existem outras PICS não normalizadas pelo SUS, mas que apresentam efeitos benéficos para o tratamento de pacientes com câncer. Logo, sugere-se a realização de novos estudos para melhor compreensão sobre tais PICS e a relação com cuidado junto ao paciente com câncer e com outras patologias.

Conclui-se que o papel das Práticas Integrativas e Complementares no tratamento de pacientes com câncer está ligado ao cuidado integral, proporcionando efeitos biopsicossocioespirituais para essa população bastante vulnerável frente ao sofrimento humano provocado pela doença.

 

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