Enferm
Bras 2022;21(1):6-17
ARTIGO ORIGINAL
O impacto social na população negra
acometida por Zika virus em Salvador, Bahia
Carla Cristina Oliveira de Jesus Lima, M.Sc.*,
Lívia Pinheiro Pereira, M.Sc.*, Aglaya
Oliveira Lima Cordeiro de Almeida, M.Sc.*, Josely Bruce dos Santos, M.Sc.*, Climene Laura de Camargo, D.Sc.**,
Ridalva Dias Martins, D.Sc.***
*Universidade Federal da Bahia (UFBA),
Salvador, BA, **Professora Titular, Universidade Federal da Bahia,
***Professora Associada I, Universidade Federal da Bahia
Recebido em 23 de janeiro de 2021; Aceito
em 30 de janeiro de 2022.
Correspondência: Carla Cristina Oliveira de Jesus Lima,
Rua Basílio da Gama, 241, Canela, 40231-300 Salvador BA, E-mail:
carlaenf78@gmail.com
Carla Cristina Oliveira
de Jesus Lima: carlaenf78@gmail.com
Lívia Pinheiro Pereira:
liviappenf@gmail.com
Aglaya Oliveira Lima Cordeiro
de Almeida: aglayatriz@hotmail.com
Josely Bruce dos Santos:
joselybruce3@gmail.com
Climene Laura de Camargo:
climenecamargo@hotmail.com
Ridalva Dias Martins Felzemburgh: ridalva@gmail.com
Resumo
Objetivo: Demonstrar o impacto social do Zika
vírus em populações negras. Métodos: Estudo descritivo com mães de
nascidos de primeiro de abril de 2015 a 31 de março de 2016 com dados obtidos
dos registros médicos e de questionário aplicado. Resultados: Em relação
à mãe, os resultados evidenciaram variação na idade entre 14 e 37 anos, a
maioria era solteira e mais de 80% se declararam negras. Conclusão: A
população mais acometida por essa fatalidade são as mesmas populações
acometidas por outras vulnerabilidades, reforçando o padrão desigual e algoz
historicamente marcado.
Palavras-chave: microcefalia; vírus Zika; grupo com
ancestrais do continente africano.
Abstract
The social
impact on the black population affected by Zika virus in Salvador, Bahia
Objective: To
demonstrate the social impact of the Zika virus in black populations. Methods:
Descriptive study with mothers of children born from April 1, 2015 to March 31,
2016 with data obtained from medical records and questionnaire applied. Results:
Regarding the mother, the results showed a variation in age between 14 and 37
years, most were single and more than 80% declared themselves black. Conclusion:
The population most affected by this fatality are the same populations affected
by other vulnerabilities, reinforcing the historically marked and uneven
pattern.
Keywords:
microcephaly; Zika virus; African continental ancestry group.
Resumen
El impacto social en
la población negra afectada por el virus Zika en Salvador, Bahia
Objetivo: Demostrar el
impacto social del virus
Zika en las poblaciones negras. Métodos: Estudio
descriptivo con madres nacidas entre el 1 de abril de
2015 y el 31 de marzo de
2016, con datos obtenidos de historias
clínicas y cuestionario aplicado. Resultados: En cuanto a la
madre, los resultados mostraron
variación en la edad entre 14 y 37 años, la mayoría
eran solteras y más del 80% se declaraban negras. Conclusión: La población
más afectada por esta fatalidad
son las mismas
poblaciones afectadas por otras vulnerabilidades, reforzando
el patrón de desigualdad históricamente
marcado.
Palabras-clave: microcefalia; virus Zika; grupo
de ascendencia continental africana.
Historicamente, no Brasil, as condições
de vida da população negra têm sido determinantes na produção de índices
desiguais de morbimortalidade entre negros e brancos. O desenvolvimento
socialmente colonial e o processo de coisificação para os inúmeros negros
escravizados, trazidos do continente africano e submetidos a uma condição
antissocial nos porões dos navios negreiros, marcaram um período longo da
história brasileira [1]. Assim, entre as décadas de 1930 e 1980, apareceram
mundialmente vários movimentos sociais que manifestaram aos chefes de Estado a
insatisfação da população negra em relação à sua qualidade de vida [2].
No Brasil, a oitava Conferência Nacional
de Saúde, realizada em 1986, quando o SUS tomou forma, permitiu que esse
movimento se constituísse em um marco na luta por condições dignas de saúde
para a população, uma vez que fechou demandas em torno da saúde como direito
universal do cidadão e dever do Estado [3]. Mais ainda são necessários avanços
e esforços na luta pela igualdade. Segundo o IBGE no ano de 2017, os brancos
recebem em média 72,5% mais do que pretos ou pardos e os homens ganharam, em
média, 29,7% mais que as mulheres. Esses grupos são potencialmente demandantes
de serviços de assistência social e com vivência, em sua maioria, em lugares
com características indesejáveis de habitação, ambientes deficientes,
desgastante e gerador de doenças [4].
As condições de vulnerabilidade social e
programática em que geralmente está submetida a população negra associadas ao
racismo institucional, disseminado em nossa sociedade, são fatores decisivos para
que os negros sejam as principais vítimas das consequências do surto de Zika
vírus. Entretanto, desde a identificação do evento epidêmico e diante de uma
situação epidemiológica inusitada, estudos foram desenvolvidos a fim de
divulgar os principais resultados que possam contribuir para o enfrentamento da
epidemia, porém não existem estudos que analisem o quesito raça/cor da
população atingida pelo vírus Zika no período do surto no Brasil.
Assim sendo, este estudo tem como
objetivo demonstrar o impacto social na população negra acometida pelo Zika
vírus.
Realizou-se um estudo transversal,
descritivo e prospectivo das mães de nascidos vivos com critérios para suspeita
de SCZV. Na busca por casos, foram utilizados os seguintes critérios: caso
suspeito de microcefalia; nascido vivo e no período entre 1º de abril de 2015 e
31 de março de 2016; nascido no Hospital de Referência em Salvador e cuja mãe
era residente da Região Metropolitana de Salvador.
A região metropolitana de Salvador (RMS)
é composta por 12 municípios, sendo eles: Salvador, Camaçari, Candeias,
Itaparica, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Simões Filho, Vera Cruz,
Madre de Deus, Dias D’ávila, São Sebastião do Passé, Mata de São João e Pojuca.
Em 2016, a RMS possuía aproximadamente 3.984.583 habitantes, correspondendo a
segunda maior aglomeração urbana do Nordeste Brasileiro.
O inquérito domiciliar transcorreu de 02
de fevereiro a 04 de julho de 2016. Os meios usados para captar casos suspeitos
incluíram tanto meios informais, como e-mail, telefone e mensagens de texto via
celular, quanto os registros do Hospital de Referência em Salvador.
Os critérios de inclusão foram mães de
recém-nascidos com diagnóstico de microcefalia, definida como circunferência da
cabeça menor que dois desvios-padrão (DP) abaixo valores normais para idade
gestacional (padrão de crescimento).
Os critérios de exclusão foram as mães
de crianças com microcefalia, mas sem sorologia positiva para ZIKV e/ou
presença de outras etiologias infecciosas, bem como não residentes de Salvador
e região metropolitana.
Quanto aos aspectos éticos, a
participação das entrevistadas foi condicionada a um Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido, sendo assim assegurada a privacidade dos sujeitos, sigilo
e confidencialidade dos dados em conformidade com a Resolução do Conselho
Nacional de Saúde (CNS) no 466, de 12 de dezembro de 2012. Sob aprovação
através do número do CAEE 53441216.1.1001.5028.
A equipe de investigação foi composta
por quatro enfermeiras especialistas em Enfermagem Pediátrica que realizaram a
consulta de enfermagem, exame físico, aplicação do questionário e, além disso,
buscava informações adicionais em prontuários e outros registros dos
atendimentos hospitalares. O inquérito domiciliar investigou as seguintes
variáveis: sociodemográficas, antecedentes epidemiológicos, exames realizados,
informações sobre o histórico obstétrico e ginecológico, período pré-natal e
perinatal, manifestação infecciosa durante a gestação. Este estudo enfocou
variáveis sociodemográficas, do histórico obstétrico e ginecológico e do
período pré-natal e perinatal que foram: raça/cor das mães, escolaridade,
ocupação, estado civil, idade, idade gestacional, uso de álcool, uso de
cigarro, outras malformações congênitas, amamentação natural, leite artificial
e acompanhamento ambulatorial.
Este artigo irá considerar as variáveis,
diferenciando-as quanto ao quesito raça/cor. Os agrupamentos foram de acordo
com as categorias usadas pelo IBGE: grupo de “negros”, composto por aqueles
classificados como pretos ou como pardos, e de “não-negros”, que inclui
brancos, indígenas e orientais, já que, diferente de outros países, a
classificação raça e cor no Brasil se apoia ainda nas questões de aparência e
de origem. E para as análises, foi utilizado a raça/cor negra devido ao
predomínio desse grupo na população do estudo.
Foram considerados como perda, os casos
cujas mães não foram encontradas para realização da entrevista após, pelo
menos, dez tentativas. A análise estatística dos dados foi realizada a partir
de frequências, medidas de tendência central e dispersão. Os softwares
utilizados foram Microsoft Office Excel® 2010 e STATA 12.
Durante o período deste estudo, o número
de nascidos vivos com PC menor do que 2 desvios-padrão na instituição foi de
186 casos. Destes, 33 foram do interior, 144 foram de Salvador e região
metropolitana e 9 não foram encontrados. Entre os 186 casos, 5 crianças foram a
óbito e 72 mães de crianças com microcefalia aceitaram participar da pesquisa e
preencheram os critérios para suspeita de SCZV. Dessas 72 mães, 6 (8,3%) se
declararam brancas, 34 (47,2%) se declararam pretas, 27 (37,5%) pardas, 1
(1,4%) declarou não saber classificar sua cor e 4 (5,6%) não quiseram responder
a esse quesito.
Distribuição espacial
Figura 1 – Distribuição espacial das famílias
com síndrome congenital associada à Zika vírus por raça, Salvador, 2017
As análises mostraram que as 72 mães
envolvidas no estudo tinham idades compreendidas entre os 14 e os 37 anos
(média (M) = 24,9; desvio-padrão (DP) = 6,6). De acordo com a Tabela I,
utilizando apenas dados das mães negras que responderam sobre a situação do
estado civil, o estudo identificou que a maioria delas era solteira, houve
predomínio do ensino médio em relação à escolaridade das mães pretas e pardas e
para ocupação a pesquisa mostrou que mais de 50% das mães estavam
desempregadas.
Tabela I – Dados sociodemográficos das mães
de crianças com SCZV agrupados pelo quesito raça negra, Salvador, Bahia,
Brasil, 2016
Fonte = Elaboração do
autor
Para o tempo da gestação das 72 mães
envolvidas na pesquisa foi encontrada uma duração de 34 a 41 semanas (M = 38,6;
DP = 1,5). Conforme a tabela II, evidenciou-se que as mães pretas e pardas
tiveram recém-nascidos a termo com idade gestacional entre 37 e 41 semanas.
Referente ao consumo de tabaco não houve consumo dessa substância durante a gestação,
entretanto, 12,9% das mães consumiram bebidas alcoólicas na gravidez.
Tabela II – Dados gestacionais das mães de
crianças com SCZV agrupados pelo quesito raça/cor, Salvador, Bahia, Brasil,
2016
Fonte = Elaboração do
autor
Ainda com relação às mães que
caracterizaram a amostra, entretanto com variáveis relacionadas aos
recém-nascidos (Tabela III), o estudo mostrou que entre as mães pretas e pardas
22,6% tiveram filhos com outras malformações congênitas, além da microcefalia.
Observou-se também que mais de 70% das mães não amamentaram seus filhos e
fizeram uso de leite artificial. A busca pelo acompanhamento ambulatorial foi
baixa, pois apenas 8,1% das mães pardas declararam buscar esse atendimento.
Tabela III – Descrição clínica das crianças com
SCZV agrupados pelo quesito raça da mãe, Salvador, Bahia, Brasil, 2016
Fonte = Elaboração do
autor
Com relação às características
sociodemográficas das mães, ressalta-se o fato de que a maioria era solteira,
negra, desempregada e com ensino médio completo. Esse contexto evidencia as
desigualdades étnico-raciais e estruturais que permanecem tão notórias no
cotidiano brasileiro mesmo sendo um país multicultural e multirracial.
Os dados do IBGE confirmam as marcantes
assimetrias encontradas neste estudo, pois demonstram que, em se tratando do
tipo de arranjo familiar, nas famílias em que a mulher é a referência,
predominam as sem cônjuge e com filhos (65,1%), seguidas do tipo unipessoal
(17,1%) [5]. Diante de uma sociedade machista, esses fatores somados à condição
de ser negra, expõem essas mulheres ainda mais a situação de vulnerabilidade
social.
Destacar a raça nesse estudo é de
extrema relevância, pois na pirâmide social o negro está no topo da
discriminação e na invisibilidade. Pretos e pardos recebem metade do rendimento
de brancos em todos os estados, sobretudo, nas regiões metropolitanas de
Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo que nem o aumento do nível educacional tem
sido suficiente para superar a desigualdade de oportunidades e rendimentos
[6,7].
Como mostra a pesquisa realizada pelo
IBGE, independentemente do sexo da pessoa de referência, os negros têm as mais
baixas médias de rendimento familiar per capita [5]. E para a mulher negra a
situação é ainda mais grave devido a desigualdade de gênero em que o rendimento
é menor do que o dos homens em todos os estados brasileiros e em todos os
níveis de escolaridade [8,9].
Historicamente, o quesito raça/cor marca
diferenças impactantes no setor social e na saúde. Faz-se necessário
compreender que a forma como esse segmento da sociedade é classificado,
do ponto de vista da percepção de traços físicos, pode resultar em menos
oportunidade na vida acadêmica, empregos com menores salários, moradias em
bairros de periferia das grandes cidades, além de dificuldade de acesso a
vários direitos sociais [10].
A pesquisa mostrou que mais de 35% das
mulheres estudaram apenas até o ensino fundamental. O acesso e a permanência de
pessoas negras no ambiente escolar tem se constituído um obstáculo, pois são
exigidos diferentes esforços, principalmente as mulheres, que, além das
opressões, têm também que enfrentar o duplo sentimento de culpa, que é deixar
os filhos em horário de aulas e o preconceito de si mesmo, quando destaca que
existe uma ordem social estimulando que as esposas devem primeiramente cumprir
etapas como estudar, concluir uma formação para depois adquirir sua família com
marido e filhos [11,12].
Apesar deste estudo não trazer
resultados de moradia das participantes, vale pontuar esse quesito, visto que
os negros vivem em bairros mais desfavorecidos e com condições precárias de
saneamento básico [13], o que favorece o aumento de inúmeras doenças, bem como
o Zika vírus. Um estudo realizado por Freitas et al. [14] a fim de
descrever o perfil sociodemográfico de mães de crianças com síndrome congênita
do Zika, evidenciaram que 68% moravam em áreas periféricas, acompanhadas pela
ausência de infraestrutura, como falta de água potável, rede de esgoto, as
casas são de madeiras e não existe coleta de lixo.
Referente à saúde, no que concerne ao
uso de drogas, a exemplo do álcool, o estudo encontrou que mais de 12% das mães
fizeram uso dessa substância durante a gravidez. A exposição ao álcool
contribui para o aparecimento de enfermidades crônicas no indivíduo adulto, e
quando consumidas pela mulher no período gestacional pode ocasionar
consequências orgânicas, como vasoconstricção placentária, malformação
placentária e cânceres, além de prejudicar no desenvolvimento e crescimento do
bebê, bem como ocasionar o óbito perinatal [15,16].
O impacto da desigualdade afetou também
as crianças com SCZV das mulheres negras do estudo, pois mais de 70% delas não
foram amamentadas, contudo, o leite materno é o melhor alimento para que o bebê
tenha um bom crescimento e desenvolvimento. Estudos internacionais mostraram
que o aleitamento materno contribuiu para um bom crescimento e desenvolvimento
das crianças de acordo com os Padrões de Crescimento Infantil da OMS, além de mostrar
redução da taxa de morbidade e mortalidade infantil [17,18].
Como forma de substituição do leite
materno, a maioria das mulheres utilizaram-se do leite artificial para
implementação alimentar dos filhos. Um estudo realizado por Alves et al.
[19] evidenciou que a introdução precoce de outros leites pode contribuir para
a interrupção do aleitamento materno exclusivo e que muitas mães acreditam
erroneamente que líquidos, como sucos e outros leites, são complementares ao
leite materno, oferecendo mais energia e nutrientes aos lactentes.
Deve-se salientar ainda que mais de 90%
da população do estudo não aderiram ao acompanhamento ambulatorial, isso pode
explicar determinados achados no estudo como a falta de aleitamento materno,
uso de leite artificial, uso de álcool, dentre outros. No acompanhamento
ambulatorial as equipes multiprofissionais devem desenvolver uma relação de
confiança com os usuários, a fim de promover a disseminação de informações,
através de palestras e aconselhamentos, o que possivelmente irá proporcionar
uma troca de conhecimento para determinados assuntos durante a gravidez [20].
A despeito das possíveis limitações
desta investigação cabe destacar que a principal delas se relaciona a ausência
de algumas variáveis sociodemográficas na análise, como local de residência,
tipo de moradia, saneamento básico e renda das participantes, isso limita a
extrapolação dos achados, bem como, informações que poderiam ser necessárias
para construção de ações afirmativas e combate ao Zika vírus.
A escolha da variável raça/cor pôde
contribuir com resultados relacionados à vulnerabilidade de mães negras
acometidas pelo Zika vírus. A população mais acometida por essa fatalidade são
as mesmas populações acometidas por outras vulnerabilidades, reforçando o
padrão desigual e algoz historicamente marcado.
Os
dados apontaram que as mulheres
negras eram solteiras, desempregadas e com escolaridade até o
ensino médio.
Diante disso, e por toda diferença e vulnerabilidade que existe
em relação à
população em termos étnico-raciais, entende-se
como necessário e fundamental
mecanismo de enfrentamento para o combate da
discriminação racial e redução das
desigualdades. Destarte, a relevância dessas
informações está em poder
contribuir para visualização do problema e planejamento
de ações destinadas à população
negra, para isso é necessária a
participação e conscientização dos
gestores,
movimentos sociais e todos que lutam em prol da melhoria das
condições de vida
dessa população.
Conflito de interesse
Nenhum conflito de
interesse foi reportado para este artigo.
Fontes de financiamento
O presente estudo foi
realizado sem financiamento.
Contribuição dos autores
Concepção e desenho da
pesquisa: Lima CCOJ, Pereira LP, Almeida AOLC, Santos JB, Camargo CL, Martins
RD; Coleta de dados: Lima CCOJ, Pereira LP, Almeida AOLC, Santos JB;
Análise e interpretação dos dados: Lima CCOJ, Pereira LP, Almeida AOLC, Santos
JB, Camargo CL, Martins RD; Análise estatística: Lima CCOJ, Pereira LP, Almeida
AOLC, Santos JB, Camargo CL, Martins RD; Redação do manuscrito: Lima CCOJ,
Pereira LP, Almeida AOLC, Santos JB, Camargo CL, Martins RD; Revisão crítica do
manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Lima CCOJ, Pereira LP,
Almeida AOLC, Santos JB, Camargo CL, Martins RD