EDITORIAL
Simulações
digitais no Ensino de Enfermagem: a tecnologia não substitui o homem, mas o
ajuda no seu desenvolvimento
Lidiana Passos
Braga*, Luciene Cavalcanti Rodrigues**, Zaida Aura Sperli Geraldes Soler***
*Mestranda
pelo programa de pós-graduação stracto sensu da FAMERP, Tecnologia para Gestão
de Negócios, Tecnóloga FATEC-RP, **Doutorado em Física Aplicada, Doutora
Instituto de Física de São Carlos, USP, Coorientadora de estudo, ***Obstetriz,
enfermeira, mestre, doutora e livre-docente em enfermagem obstétrica, docente
da graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu na FAMERP, organizadora
e coordenadora de cursos de especialização em enfermagem obstétrica na FAMERP,
coordenadora geral do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – Mestrado
Acadêmico – Capes, na FAMERP
Quando estamos
tratando das formas de ensinar algo a alguém, logo nos deparamos nas mais
diversas formas como somos interpretados. Há a necessidade de repetir aquilo
tudo de outra maneira e mesmo assim ainda pode ser necessária uma terceira
maneira. Mas por quê? É como Howard Gardner diria: as pessoas possuem formas
diferentes de aprender. Algumas precisam de horas de leituras, outras algo
visual para suas mentes, outras ainda precisam ouvir o que vão aprender, entre
tantas outras possibilidades.
Por outro lado, o que
isso tem a ver com tecnologia? com saúde? com a Enfermagem como profissão? com
o desenvolvimento humano? com o ensino? Tudo.
Nos tempos atuais que
a informação transborda no smartphones, tablets e notebooks, por que não
incluir a tecnologia no aprendizado?
As simulações
digitais podem ser repetidas diversas vezes e, a qualquer momento, o aluno não
precisa formar uma equipe para treinar determinada tarefa, pode ali no momento
mais propício desenvolver seus novos conhecimentos, ou revisar o que lhe foi
apresentado em sala de aula.
Além do mais, o aluno
pode contar com uma maneira diferente de encontrar o conhecimento. Com as
simulações digitais é possível que o aluno relacione a teoria com a prática, fazendo
com que desenvolva conhecimentos, habilidades e atitudes fundamentais para o
exercício profissional.
Porém, no
desenvolvimento de tais simuladores é preciso observar, além do conteúdo
exposto, características que possam chamar a atenção do aprendiz, como
características gráficas de interface que despertem a curiosidade e o faça
procurar o conhecimento nesse novo formato.
Antes até das
simulações digitais, estão outros recursos tecnológicos, como ambientes de
aprendizagem virtual, vídeos explicativos, jogos educativos, que podem estar
interligados, mas é o professor que determinará a melhor forma de conduzir a
aula.
De forma alguma o
ensino virtual poderá substituir o professor, mas sem dúvida tal forma de
ensinar é uma tendência no apoio ao ensino, que vem mostrando excelentes
resultados e exige o uso de ferramentas tecnológicas que o estudante conhece e
entende.
No ensino de
enfermagem já podemos notar o grande passo que vem sendo dado na utilização da
simulação robótica, com uso de atores, atrizes e bonecos que podem imitar a
realidade com alta fidelidade.
É possível crescer
muito ainda na simulação digital no ensino de Enfermagem, mas para isso há uma
enorme necessidade de unir forças para formar equipes multidisciplinares. O
profissional da tecnologia não consegue chegar a lugar algum sem o profissional
da saúde, e vice-versa.