Enferm Bras. 2023;22(6):1244-56
REVISÃO
Manejo do enfermeiro na
manutenção do potencial doador de órgãos na unidade de terapia intensiva: uma
revisão integrativa
Michele Ribeiro da Silva
Guedes1, Ana Raquel Ferreira Galindo2, Bárbara Clarice
dos Santos Marques2, Bruna de Souza Buarque3, Emanuelly Falcão de Sousa Leite2, Hosana dos
Santos Barbosa4, João Alberto Soares Bezerra2, Márcia
Maria de Lima Silva5, Marlon Chaves Cavalcanti6, Roberto
Bezerra da Silva2, Tayanne Laiz da Silva Bandeira2, Whâniza
Sulana Costa Silva2
1Sociedade Panamericana de Emergência e
Cuidados Críticos, Recife, PE, Brasil
2Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Recife,
PE, Brasil
3Universidade do Pernambuco (UPE/UEPB). Recife,
PE, Brasil
4Instituto de Ensino Superior de Olinda
(IESO), PE, Brasil
5Faculdade Nossa Senhora das Graças (ENSG),
Recife PE, Brasil
6Centro de Ensino em Saúde, Recife, PE,
Brasil
Recebido em 12 de abril de
2023; Aceito em 30 de dezembro de 2023.
Correspondência: Roberto Bezerra da Silva: bizerro_r@hotmail.com
Como citar
Guedes MRS, Galindo
ARF, Marques BCS, Buarque BS, Leite EFS, Barbosa HS, Bezerra JAS, Silva MML, Cavalcanti
MC, Silva RB, Bandeira TLS, Silva WSC. Manejo do enfermeiro na manutenção do
potencial doador de órgãos na unidade de terapia intensiva: uma revisão
integrativa. Enferm Bras. 2023;22(6):1244-1256. doi: 10.33233/eb.v22i6.5446
Resumo
A importância da atuação do
enfermeiro de forma adequada diante do paciente com morte encefálica é crucial
para a viabilização e o aumento do número de transplantes. A assistência
prestada em tempo e com rigoroso conhecimento técnico científico ao paciente
determinará o sucesso ou não da doação. Este estudo pretende realizar uma
revisão integrativa da literatura com busca nas bases de dados BVS, Medline, Lilacs e BDENF, no período de agosto a dezembro de 2022.
Critérios de inclusão: estudos com texto na íntegra, publicados nos idiomas
português e inglês. Excluídos: textos da literatura cinzenta. Descritores
utilizados: obtenção de tecidos e órgãos, morte encefálica, enfermagem. A
manutenção do potencial doador é parte do processo de doação de órgãos,
essencial para viabilizar os órgãos para o transplante. O profissional de
enfermagem necessita obter conhecimento sobre as alterações fisiológicas que
acometem o paciente portador de morte encefálica a fim de ajustar possiveis alterações. O cenário de doação de órgãos e
transplantes ainda possui um longo caminho em sua evolução, necessitando de
profissionais capacitados para atuar nas diversas partes do processo, sendo a
manutenção do paciente doador uma das partes mais importantes para que se
obtenha sucesso do transplante de forma eficiente e assim promovendo enxertos
de qualidade aos receptores.
Palavras-chave: doação de órgãos; transplantes; morte
encefálica; enfermagem.
Abstract
Management of the nurse in the maintenance of the potential
donor of organs in the intensive
care unit: an integrative review
The importance
of nurses acting appropriately when dealing with brain-dead
patients is crucial to making transplants viable and increasing
the number of transplants. Timely assistance to the patient,
based on rigorous technical and scientific knowledge, will determine the success or
failure of the donation. This
study aims to conduct an
integrative literature
review by searching the BVS, Medline, Lilacs and BDENF databases, from August to December 2022. Inclusion criteria: full text studies published in Portuguese and English. Excluded: gray literature texts. Descriptors used: tissue and
organ procurement, brain death, nursing. Management of the potential
donor is part of the
organ donation process and is
essential for making organs
viable for transplantation.
Nursing professionals need to be
aware of the physiological changes that occur
in brain-dead patients in order to adapt
to possible changes. The scenario of organ donation
and transplantation still has a long way
to go and requires trained professionals to work in the
various parts of the process,
with patient management being one of
the most important parts of the process
to achieve transplant success efficiently and thus promote quality
grafts for recipients.
Keywords: organ donation; transplants; brain death; nursing.
Resumen
Gestión de enfermería en el
mantenimiento de potenciales
donantes de órganos en la unidad
de cuidados intensivos: una revisión integradora
La importancia
de que el personal de enfermería
actúe de forma adecuada
ante el paciente en muerte encefálica es crucial para viabilizar y aumentar el número de trasplantes. Los
cuidados prestados al paciente de forma oportuna y con
rigurosos conocimientos
técnicos y científicos determinarán el éxito o no de la donación. Este estudio tiene como objetivo
realizar una revisión integrativa de la literatura con búsqueda en las
bases de datos BVS, Medline, Lilacs
y BDENF, de agosto a diciembre de 2022, Criterios de inclusión: estudios con texto completo,
publicados en portugués e inglés. Excluidos: textos de
literatura gris. Descriptores utilizados: obtención de tejidos y órganos, muerte cerebral, enfermería. El mantenimiento del potencial donante forma parte
del proceso de donación de órganos y es
fundamental para que los órganos
sean viables para el trasplante. Los profesionales de enfermería necesitan conocer los cambios fisiológicos que afectan a los pacientes con muerte encefálica para adaptarse a las posibles alteraciones. El escenario de la donación y trasplante de órganos aún tiene
un largo camino por
recorrer en su evolución, requiriendo profesionales capacitados para trabajar
en las distintas partes del proceso, siendo
el mantenimiento del paciente una de las partes
más importantes del proceso
para conseguir el éxito del trasplante de forma eficiente
y así promover injertos de calidad para los receptores.
Palabras-clave: obtención de tejidos y órganos, trasplantes, muerte cerebral y enfermería.
Atualmente
o transplante tem se mostrado uma das melhores opções
para tratamento de
pacientes com falência orgânica, após tentativas de
outros tratamentos sem o
efeito adequado para a funcionalidade orgânica do corpo humano.
Considera-se
“transplante” a extração ou
remoção de órgãos, tecidos ou partes do
corpo de um
doador vivo ou não vivo, com finalidade terapêutica [1].
No Brasil
a doação em pacientes com critérios de morte encefálica legalmente surgiu nos
anos 90 com a Resolução nº 1.480/97 do Conselho Federal de Medicina (CFM), a
qual define a morte encefálica (ME) como “a parada total e irreversível das
funções encefálicas, de causa conhecida e constatada de modo indiscutível”,
constituindo morte para efeitos clínico, legal e/ou social [2].
Diante
deste fato, a manutenção do potencial doador cadáver é a parte do processo que
apresenta desafios hemodinâmicos que geram várias alterações fisiologias de
forma muito rápida, necessitando de uma atuação eficaz da equipe assistencial
da unidade de terapia intensiva a fim de manter os órgãos do potencial doador
viáveis para o processo de captação [2].
A atuação
do enfermeiro no processo de manutenção do potencial doador envolve a prevenção
e detecção precoce das alterações fisiopatológicas associadas à morte
encefálica sendo de suma importância que o enfermeiro tenha conhecimento
científico das alterações que pode ocorrer na manutenção do potencial doador
dentro da unidade de terapia intensiva [1].
O
potencial doador de órgãos sofre várias alterações fisiológicas tais como
hipotermia, hiperglicemia, hipotensão, lesão de córnea, infecções e diabetes insipidus. Cabe ao enfermeiro junto a equipe de enfermagem
estar atento a essas alterações fisiológicas oferecendo o suporte adequado
através do conhecimento científico, para que a manutenção do potencial doador
de órgãos na unidade de terapia intensiva não tenha intercorrências que possa
prejudicar a doação dos órgãos [1,2].
O manejo
do enfermeiro diante das alterações fisiológicas do paciente acometido por ME e
as intervenções realizadas diante dessas alterações viabiliza o aumento da
efetivação de transplantes. O potencial doador deverá ser conduzido e manuseado
pela equipe de enfermagem com o mesmo empenho e dedicação que requer qualquer
outro paciente grave dentro da unidade de terapia intensiva [2].
O
presente estudo traz como objeto as alterações orgânicas do portador de morte
encefálica. Este estudo tem como objetivo descrever os cuidados da enfermagem
ao potencial doador de órgãos no centro de terapia intensiva. O referido estudo
tem como contribuição melhoria na assistência de enfermagem prestada a
manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos já falecidos com o propósito
de viabilizar a redução de perdas dos doadores de órgãos e o aumento da
efetivação dos transplantes no Brasil, mediante grandes chances que apenas um
doador possa beneficiar mais de dez pessoas na fila de espera.
Trata-se
de uma revisão integrativa da literatura existente, a qual foi direcionada por
uma pergunta norteadora, que compilou os seguimentos de pesquisas já gerados a
respeito do tema em questão. A revisão integrativa tem a finalidade de reunir e
sintetizar resultados de pesquisas sobre um delimitado tema ou questão, de
maneira sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do
conhecimento do tema investigado.
Para elaboração da pesquisa
foram seguidos os seguintes passos:
1º Passo: Estabelecimento de
hipóteses e a questão da pesquisa com a escolha e definição do tema, objetivos,
identificando as palavras-chave.
2º Passo: Amostragem com a busca na literatura
com estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, uso de base de dados
e seleção dos estudos.
3º Passo: Categorização dos
estudos com extração das informações, organização e sistematização das
informações e formação do banco de dados.
4º Passo: Avaliação dos
estudos incluídos na revisão com aplicação de análises, inclusão e exclusão e
análises críticas dos estudos selecionados.
5º Passo: Interpretação dos
resultados com discussão dos resultados, propostas de recomendações e sugestões
para futuras pesquisas.
6º Passo: Apresentação da
revisão com resumo das evidências disponíveis, criação do documento detalhado
com a descrição da revisão.
Para
construção da pergunta norteadora utilizou-se a estratégia PICO com P de
população, I de intervenção, C de comparação e por último O de resultados.
Dessa forma, a pergunta norteadora construída foi: Quais as principais
alterações fisiológicas que devem ser avaliadas pelo enfermeiro na manutenção
do potencial doador de órgãos na unidade de terapia intensiva?
Os
critérios de inclusão definidos foram: estudos com texto na íntegra que
abordassem temas relacionados ao objetivo do presente estudo, publicados nos
idiomas português e espanhol. Os critérios de exclusão definidos foram: teses,
dissertações, editoriais, capítulos de livros, relatos de experiência ou de
caso e resumos para eventos e que não abordassem o tema proposto.
O
levantamento bibliográfico da pesquisa foi realizado nos meses de agosto a
dezembro de 2022 nas bases de dados Web of science, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs).
Foram utilizados os “Descritores em Ciências da Saúde” (DECS) e seus
correspondentes no Medical Subject Headings Section (MESH) em
associação com o operador booleano and.
Descritores
utilizados: infarto agudo do miocárdio, cuidados de enfermagem, emergência e
mortalidade. O número de publicações encontradas foi determinado pelo
cruzamento desses descritores por pares. Os cruzamentos dos descritores no
primeiro momento resultaram em 68 publicações na Web of
science direcionada para a Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS).
Fonte:
Autores, 2023
Figura 1 - Cruzamentos dos descritores e
número de artigos encontrados por base de dados entre os meses de agosto a
dezembro de 2022
Posteriormente
foram utilizados filtros para melhor obtenção de publicações elegíveis para o
presente estudo assunto principal: doação de órgãos, morte encefálica, cuidados
de enfermagem. Idiomas: português e espanhol e publicações nos últimos 5 anos.
Após filtros utilizados foram encontradas 68 publicações elegíveis para
leitura.
Fonte:
Autores, 2023
Figura 2 - Filtros utilizados para
contribuição da pesquisa
Todos os
títulos dessas publicações foram lidos e então excluídos 20 estudos, por não
estarem relacionados à temática abordada. Procedeu-se a leitura dos resumos dos
48 artigos restantes. Destes, foram descartados 34, resultando em 14
publicações para leitura na íntegra. Diante de uma leitura rigorosa, 20 estudos
foram excluídos, por não responderem à pergunta norteadora, estarem duplicados
ou não obedecerem aos critérios de inclusão pré-estabelecidos. Assim foram
incluídos na revisão integrativa 10 artigos científicos.
Tabela I - Apresenta uma síntese dos estudos
incluídos na revisão, contendo autor/ano, tipo de estudo, objetivo, resultados
e nível de evidência
A
manutenção do potencial doador é parte do complexo processo de doação de órgãos
sendo essencial para viabilizar os órgãos para o transplante, bem como diminuir
a crescente desproporção entre o número de pacientes aguardando em lista e a
disponibilidade de órgãos. Portanto, o profissional de enfermagem necessita de
obter conhecimento sobre as alterações fisiológicas que acometem o paciente
portador de morte encefálica para que possa realizar a manutenção de forma
adequada para viabilidade dos órgãos a serem captados de forma viável para
serem enxertados no receptor(es).
Diante
dos artigos analisados, observou-se o desenvolvimento da síndrome do equilíbrio
fisiológico prejudicado em pacientes acometidos por ME e foram divididos em
cinco grandes grupos: nas alterações endócrino-metabólicas destaca-se a
disfunção reguladora endócrina, diabetes insipidus,
diurese alterada, desequilíbrio eletrolítico e hipotermia.
Nas
alterações hemodinâmicas e/ou cardiovasculares destacamos a pressão sanguínea
alterada e volume de líquidos deficiente, observou-se a pressão arterial média
(PAM) alterada e pressão venosacentral (PVC)
alterada, pois a “tempestade autonômica” nos doadores com ME acarreta
inicialmente hipertensão. Após a tempestade inicial a hipotensão e a
hipovolemia são os principais problemas durante a manutenção do potencial
doador de órgãos [3].
Nas
alterações ventilatórias foi destacada a ventilação espontânea prejudicada, que
é definida como “Incapacidade de iniciar e/ou manter respiração independente
que seja adequada para sustentação da vida.” Nas alterações nutricionais
observou-se quadro de anemia e nutrição desequilibrada: menor do que as
necessidades corporais. E por fim as alterações de coagulação, inflamatórias
e/ou imunológicas destacam que o ativador do plasminogênio liberado pela lesão
cerebral resulta em alterações na coagulação (tempo de tromboplastina e
protrombina ativada e trombocitopenia).
Desta
forma, complicações hemorrágicas podem ocorrer, na morte encefálica pode
ocorrer uma resposta inflamatória sistêmica e local que consiste na ativação do
complemento e do endotélio, na liberação de citocinas e quimiocinas
e no fluxo de leucócitos para os órgãos, podendo causar dano tecidual e lesões
por isquemia nos órgãos contribuindo na rejeição de enxerto. Foi observado na
literatura analisada que a morte encefálica se assemelha à síndrome da resposta
inflamatória sistêmica e que às alterações imunológicas a contagem de
leucócitos pode estar elevada devido ao dano cerebral, estado inflamatório
sistêmico ou infecção hospitalar [3].
A
manutenção de um potencial doador está intimamente relacionada à eficácia do
transplante. Para que isso aconteça os pacientes acometidos por ME precisam ser
assistidos em UTI, pois estes locais dispõem de infraestrutura adequada,
profissionais especializados e materiais de alta tecnologia necessários à
terapêutica. É de responsabilidade do enfermeiro planejar, executar, coordenar,
supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados ao potencial
doador, bem como informar às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição
de Órgãos a existência do caso [7].
Nos
artigos encontrados na pesquisa analisamos os cuidados de enfermagem frente ao
paciente acometido por ME, os quais revelaram que avaliações clínicas e
laboratoriais são necessárias para obtenção de um enxerto de qualidade que
ocorrem por meio do exame físico detalhado e análise clínica minuciosa (exames
laboratoriais, como hemograma completo, eletrólitos, tipagem sanguínea; exame
da função renal, pancreática, hepática, pulmonar, cardiológica; sorologias para
doenças infectocontagiosas e culturas biológicas [11], monitoramento da pressão
arterial sistêmica, temperatura corporal, diurese, ventilação mecânica e
suporte nutricional [9].
Em
relação aos cuidados prestados pelo enfermeiro que atua na unidade de terapia
intensiva, observou-se que seguiram-se as orientações das diretrizes
brasileiras no manejo ao potencial doador, ou seja, que, durante os cuidados às
alterações endócrinas, deve-se utilizar a medicação noradrenalina ou dopamina,
recomenda o uso de vasopressores para diabetes insipidus,
controle da glicemia com monitorização a cada 6 horas, controle do sódio manter
< 155 mEq/dL, controle
do potássio sérico entre 3,5 a 5,5 mEq/L e magnésio
> 1,6 mEq/L no manejo nutricional e recomendado
manter suporte nutricional quando bem tolerando pelo paciente. Nos cuidados a
alterações hemodinâmicos deve ser observada a expansão volêmica e monitoramento
do balanço hídrico neutro ou negativo quando houver estabilidade hemodinâmica,
como suporte ventilatório preconiza a Vt entre 6 e
8mL/kg de peso predito e PEEP de 8 a 10 cmH2O. Ajustar FiO2
e PEEP para obter SaO2 > 90%. E realizar o teste de apneia com
CPAP, outros cuidados são relevantes como o coletar culturas em diversos sítios
além de observar o uso de antibióticos, avaliar necessidade de transfusão
sanguínea quando hemoglobina < 7g/dL. Faz-se
necessário manter a temperatura corporal acima de 35°C no potencial doador
[10].
Diante da
importância dos parâmetros para um manejo adequado para manutenção do potencial
doador de órgãos foi formulado dentro das diretrizes brasileiras para o manejo
de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica para que possa ser
efetuado de forma que facilite o manejo adequado [9].
Fonte: [9]
Figura 3 - Checklist baseado em evidências
para manutenção à beira de leito de potenciais doadores em morte encefálica
Com o
exposto entendemos as grandes limitações estruturais do meio teórico, quando
envolvido com as práticas da enfermagem aos cuidados familiares do doador. Por
isso fica uma ênfase, quanto à importância de novas metodologias de estudos,
que ampliem os cuidados da equipe de enfermagem e deixem os métodos de
pesquisas mais eficiente.
Por outro lado, os profissionais da enfermagem necessitam
mais aperfeiçoamento do seu conhecimento técnico-cientifico, adquirindo novas
habilidades e competências em suas atividades, comunicação e fundamentações
éticas-legais.
O cenário
de doação de órgãos e transplantes ainda possui um longo caminho em sua
evolução, necessitado de profissionais capacitados para atuar em diversas
partes do processo. A manutenção é uma parte importantíssima do caminho para
que ocorra o transplante de forma eficiente e assim promovendo enxertos de
qualidade aos receptores.
O
enfermeiro deve obter conhecimento sobre o processo de doação e transplantes
bem como necessita estar voltado para estratégias que possam favorecer a
qualidade da assistência prestada a esses pacientes pela equipe de enfermagem
livres de danos dentro da unidade de terapia intensiva.
É de suma
importância uma educação permanente eficiente capaz de formar profissionais
capacitados e compromissados pela causa da doação de órgãos. O sucesso dessa
assistência ofertada pela equipe da assistência impacta na fila de
transplantes, pois centenas de pessoas aguardam por uma nova chance de vida.
Conflitos
de interesse
Não há
conflitos de interesse
Fontes
de financiamento
Recursos
próprios
Contribuição
dos autores
Concepção
e desenho da pesquisa:
Guedes MRS, Silva RB; Coleta de dados: Leite EFS, Babosa HS, Silva MML; Análise
e interpretação dos dados: Cavalcanti MC, Buarque BS; Redação do
manuscrito: Galindo ARF, Marques BCS; Revisão crítica do manuscrito
quanto ao conteúdo intelectual importante: Bandeira TLS, Silva WSC