Enferm Bras.
2023;22(4):452-62
ARTIGO
ORIGINAL
Avaliação
do conhecimento de acadêmicos de enfermagem sobre prevenção e tratamento de
lesão por pressão
Mariana Iribarrem Ness1, Andreia Barcellos Teixeira
Macedo1, Rafaela Linck Davi1, Luély Vacari Ortiz2, Rosaura
Soares Paczek2, Deborah Bulegon Mello2,
Júlia Casa Fagherazzi1, Enaura Helena
Brandão Chaves1
1Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
2Enfermeira,
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil
Recebido
em 19 de maio de 2023; Aceito em 17 de agosto de 2023.
Correspondência: Andréia Barcellos Teixeira Macedo,
abtmacedo@gmail.com
Como citar
Ness MI, Macedo ABT, Davi RL, Ortiz LV, Paczek
RS, Mello DB, Fagherazzi JC, Chaves EHB. Avaliação do conhecimento de acadêmicos
de enfermagem sobre prevenção e tratamento de lesão por pressão. Enferm Bras.
2023;24(4);452-62. doi: 10.33233/eb.v22i4.5474
Resumo
Objetivo: Avaliar o conhecimento dos acadêmicos
de enfermagem sobre prevenção e tratamento de lesão por pressão. Métodos:
Estudo transversal, realizado em maio de 2022, com acadêmicos da enfermagem do
quarto ao nono semestre de uma universidade pública do sul do Brasil. A amostra
foi composta por 83 alunos. O instrumento foi construído pelas autoras com base
no Teste de Conhecimento de Caliri-Pieper, sendo
considerado conhecimento adequado na ocorrência de, no mínimo, 90% de acertos.
A coleta de dados ocorreu online, por meio do Google Forms®.
Os dados foram analisados com estatística descritiva, com Teste T e com o teste
não paramétrico de Wilcoxon. Resultados: A
idade média foi 24,8±3,7 anos, com predominância do sexo feminino (77;92,8%). A
avaliação do conhecimento demonstrou acertos de 18,5(68,5 %) questões,
respostas erradas de 5,1 (19%) e desconhecimento de 3,4(12,5%). O semestre com
maior número de acertos foi o quinto (19,5 questões;72,2%; p = 0,956). No
quarto semestre ocorreu o maior desconhecimento (5,8 questões; 21,3%; p =
0,404), assim como com o maior número de questões erradas (3,9 questões; 14,4%;
p = 0,268). Não houve valores maiores ou iguais a 90% (44,4 a 85,2%) de acertos
nas respostas dos acadêmicos. Conclusão: O estudo demonstrou que os
acadêmicos não possuem conhecimento adequado sobre o assunto, necessitando
aprimoramento para qualificar a assistência a ser prestada nos estágios e
enquanto profissional. Sugere-se a revisão dos conteúdos curriculares
ministrados, assim como a realização de projetos de extensão focados no tema.
Palavras-chave: lesão por pressão; enfermagem;
capacitação de recursos humanos em saúde.
Abstract
Evaluation of the knowledge of nursing students about
prevention and treatment of pressure injuries
Objective: To assess the knowledge of
nursing students about the prevention and treatment of pressure injuries. Methods:
Cross-sectional study, carried out in May 2022, with nursing students from the
fourth to the ninth semester of a public university in southern Brazil. The
sample consisted of 83 students. The instrument was constructed by the authors
based on the Caliri-Pieper Knowledge Test, being
considered adequate knowledge in the occurrence of at least 90% of correct
answers. Data collection took place online, through Google Forms®. Data were
analyzed with descriptive statistics, with the T test and with the Wilcoxon
non-parametric test. Results: The mean age was 24.8±3.7 years, with a
predominance of females (77; 92.8%). The knowledge assessment showed 18.5
(68.5%) correct answers, 5.1 (19%) wrong answers and 3.4 (12.5%) questions
unknown. The semester with the highest number of correct answers was the fifth
(19.5 questions; 72.2%; p = 0.956). In the fourth semester, the greatest lack
of knowledge occurred (5.8 questions; 21.3%; p = 0.404), as well as the highest
number of wrong questions (3.9 questions; 14.4%; p = 0.268). There were no
values greater than or equal to 90% (44.4 to 85.2%) of correct answers in the
students' answers. Conclusion: The study showed that academics do not
have adequate knowledge on the subject, needing improvement to qualify the
assistance to be provided in internships and as a professional. It is suggested
to review the curricular contents taught, as well as to carry out extension projects
focused on the theme.
Keywords: pressure ulcer; nursing; health
human resource training.
Resumen
Evaluación del conocimiento de los estudiantes de enfermería sobre prevención y tratamiento de las lesiones por presión
Objetivo: Evaluar el conocimiento de los estudiantes de enfermería sobre la prevención y el tratamiento de las lesiones por presión. Métodos: Estudio
transversal, realizado en mayo
de 2022, con estudiantes de
enfermería del cuarto al noveno semestre de una universidad
pública del sur de Brasil.
La muestra estuvo
conformada por 83 estudiantes. El instrumento fue construido por los autores con base en el Test de Conocimiento
Caliri-Pieper, siendo
considerado conocimiento adecuado
en la ocurrencia
de al menos 90% de respuestas correctas.
La recolección de datos se realizó en línea, a través de
Google Forms®. Los datos fueron analizados con estadística descriptiva, con la prueba
T y con la prueba no paramétrica de Wilcoxon.
Resultados: La edad media fue
de 24,8 ± 3,7 años, con predominio del sexo femenino (77;92,8%). La evaluación
de conocimientos mostró respuestas correctas para 18,5
(68,5%) preguntas, respuestas incorrectas
para 5,1 (19%) y falta de conocimiento para 3,4
(12,5%). El semestre con mayor
número de aciertos fue el quinto (19,5 preguntas; 72,2%; p = 0,956). En el cuarto
semestre se presentó el mayor desconocimiento (5,8
preguntas; 21,3%; p = 0,404), así como el mayor número de preguntas
equivocadas (3,9 preguntas; 14,4%; p = 0,268). No hubo
valores mayores o iguales al 90% (44,4 a 85,2%) de respuestas correctas en las respuestas
de los estudiantes. Conclusión: El estudio evidenció que los académicos no tienen conocimientos adecuados sobre el tema, necesitando perfeccionamiento
para cualificar la asistencia a ser brindada en prácticas y como profesional. Se sugiere revisar los contenidos curriculares impartidos,
así como realizar proyectos
de extensión enfocados en el tema.
Palabras-clave: lesión por presión;
enfermería; capacitación de
recursos humanos en salud.
A
lesão por pressão (LP) é caracterizada como um dano localizado na pele e/ou
tecidos moles subjacentes por pressão sobre uma proeminência óssea, ou por
posicionamento inadequado de dispositivo médico ou artefatos utilizados na área
da saúde. Sucede-se a partir de fatores etiológicos, como a intensidade e o
tempo da pressão, e extrínsecos, como a perda de mobilidade, sensibilidade e
força muscular [1,2,3].
A
incidência da LP diversifica-se conforme o ambiente de hospitalização e as
características de cada paciente, ocorrendo com maior frequência naqueles que
necessitam de cuidados a longo prazo. Nos Estados Unidos, 1 a 3 milhões de
pessoas desenvolvem LP e em torno de 60 mil morrem por complicações destas
lesões. No Brasil, ainda existem poucos registros sobre taxas de ocorrência de
LP. Verifica-se que a maior incidência ocorre em Unidade de Terapia Intensiva
(UTI), sendo seguida pelas unidades de Clínica Cirúrgica e de Clínica Médica.
Um estudo realizado em um hospital escola de São Paulo mostrou que 23,1% dos
pacientes internados têm risco de desenvolver LP, fato relacionado à
modificação do perfil dos doentes crônicos [4].
Trata-se
de um problema de saúde recorrente que demanda intensa carga de trabalho para
os profissionais da enfermagem, além da necessidade de atualização constante,
fato que deve iniciar nos cursos de formação profissional, pois o enfermeiro
possui papel primordial na prevenção e tratamento da LP. Entretanto, mesmo com
o avanço técnico-científico na área da saúde, alguns estudos demonstram
enfermeiros ainda despreparados e acadêmicos com conhecimento deficiente,
provavelmente por suporte insuficiente na graduação, muitas vezes por pouco
conhecimento por parte dos discentes [5,6,7,8].
A
motivação para este estudo surgiu da experiência profissional das autoras, as
quais realizam assistência em um hospital universitário do sul do Brasil,
vinculado a uma universidade federal. Constata-se que os acadêmicos da
enfermagem que chegam para estágio ainda recebem pouco conteúdo sobre prevenção
e tratamento da LP durante as aulas da graduação, embora não seja um assunto
novo e já existam protocolos internacionais bem definidos.
Objetiva-se
avaliar o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem de uma universidade federal
sobre prevenção e tratamento de LP, propondo adequações nos conteúdos
ministrados na graduação, com a finalidade de reduzir as lacunas existentes
sobre este assunto. Tal medida irá melhorar o cuidado aos pacientes com risco,
assim como oferecer um tratamento adequado nos casos da presença de LP.
Estudo
transversal realizado no mês de maio de 2022, com alunos do quarto ao nono
semestre da graduação de enfermagem de uma universidade federal do sul do
Brasil. A exclusão dos três primeiros semestres ocorreu porque o contato
inicial com conteúdo sobre LP ocorre no quarto semestre. O décimo semestre
também foi excluído pela irregularidade do cronograma de conclusão de curso
após o pico da pandemia.
A
população de interesse foi composta por 180 acadêmicos, de ambos os sexos e
qualquer idade, com ou sem experiência na área da saúde. Não houve critério de
exclusão. Com base em um estudo semelhante, o cálculo amostral considerou poder
de 80% e nível de significância de 5%, chegando-se ao tamanho mínimo de 63
acadêmicos [6]. Todos os acadêmicos receberam o instrumento, caracterizando
amostra por conveniência.
O
protocolo do estudo foi composto por dois instrumentos, ambos elaborados pelas
pesquisadoras. O primeiro investigou a caracterização dos participantes e
coletou informações sobre experiência e conhecimento em relação ao tema da
pesquisa. O segundo coletou dados do conhecimento sobre LP a partir de 27
afirmações nas quais os acadêmicos deveriam assinalar verdadeiro (V), Falso (F)
ou Não Sei (NS). Este instrumento foi embasado no Teste de Conhecimento de Caliri-Pieper [9].
Para
avaliação do conhecimento, considerou-se o número absoluto e percentual de
acertos e respostas erradas do V ou F, e de questões que o acadêmico não
possuía certeza. Entende-se como conhecimento adequado um percentual de acertos
de 90,0% [10].
O
instrumento de avaliação do conhecimento compõe-se de 4 questões sobre
classificação da LP (Q1, Q5, Q8, Q11), 15 sobre fatores de risco e prevenção
(Q2-Q4, Q6,Q7, Q9,Q10, Q12-Q19), cinco sobre tratamento (Q23-Q27), uma sobre
cicatrização (Q22) e duas sobre dados epidemiológicos (Q20,Q21). O protocolo do
estudo foi encaminhado por email, por meio de um
formulário no Google Forms® e todas as questões
tinham resposta obrigatória.
A
análise ocorreu por meio de estatística descritiva, com o cálculo da média e
desvio padrão nas variáveis quantitativas, frequência absoluta e relativa nas
variáveis qualitativas. Para comparar médias, foi aplicado o teste t-student e nos casos de assimetria o teste de Mann-Whitney.
Na comparação de proporções, os testes qui-quadrado
de Pearson ou exato de Fisher foram aplicados. Para avaliar a correlação entre
as variáveis foi usado o teste de correlação de Pearson. Adotou-se nível de
significância de 5% (p < 0,05), com análises estatísticas realizadas no
programa SPSS versão 27.0.
Este
estudo respeitou as exigências formais contidas nas normas nacionais e
internacionais regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, sendo
aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob
parecer nº 55718121.0.0000.5347. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
foi disponibilizado na primeira página do formulário online do protocolo do
estudo e o acadêmico deveria registrar o aceite, estando disponível para
download.
Participaram
do estudo 83 acadêmicos de enfermagem, com idade média de 24,8 ± 3,7 anos,
predominância do sexo feminino (77;92,8%) e de indivíduos solteiros (75;90,4%).
As características dos acadêmicos de enfermagem estão descritas na Tabela I.
Tabela
I - Descrição das características
dos acadêmicos de enfermagem. Porto Alegre, RS, Brasil, 2023
Fonte:
Dados da Pesquisa, 2022
A
avaliação geral do conhecimento demonstrou média de 18,5(68,5; 44,4-85,2%)
acertos, de respostas erradas de 5,1(19; 0-33,3%) e de 3,4 (12,5; 0-44,4%)
questões onde o aluno afirmou que não sabia a resposta. Verificou-se que nenhum
acadêmico atingiu percentual de acertos considerado ideal. Houve diferença
estatisticamente significativa do valor de desconhecimento quando comparado ao
percentual de acertos (p < 0,001) e de respostas erradas (p = 0,001).
A
Tabela II apresenta a relação entre características dos acadêmicos e respostas
do teste de conhecimento sobre LP.
Tabela
II - Relação entre
características dos acadêmicos e respostas do teste de conhecimento sobre lesão
por pressão. Porto Alegre, RS, Brasil, 2023
*Teste
T; ** Mann-Whitney Test. Fonte: Dados da pesquisa, 2022
Em
relação às categorias do instrumento, o bloco de questões sobre fatores de
risco e prevenção obtiveram maior percentual de acertos, conforme apresentado
no Gráfico 1.
Gráfico
1 – Percentual de
acertos por categoria na avaliação do conhecimento sobre lesão por pressão.
Porto Alegre, RS, Brasil, 2023
O
semestre com maior percentual de respostas corretas foi o quinto (72,2%),
seguido do oitavo (69,5%) e do nono (69,0%), sem diferença estatisticamente
significativa entre o valor dos semestres (p = 0,956).
As
LPs constituem-se em problema frequente identificado em todos os âmbitos do
cuidado à saúde, em detrimento aos avanços científicos ocorridos na área ao
longo dos anos. Desse modo, continuam sendo uma importante
causa de morbidade e mortalidade, com impacto na qualidade de vida do paciente
e de seus familiares, gerando um problema social e econômico [11].
Para
a implementação das boas práticas assistenciais, em conformidade com os
protocolos de prevenção das LP, parte-se do princípio de que o conhecimento
adquirido pelo profissional enfermeiro, durante a formação acadêmica, é
essencial para que esses eventos adversos sejam reduzidos nos serviços de saúde
do país [12].
Este
estudo identificou poucos profissionais com experiência na enfermagem, assim
como um número reduzido de acadêmicos com curso sobre o tema, não se sentindo
apto para cuidar de um paciente acometido por LP e com nível básico de
conhecimento sobre o tema. Um estudo realizado com acadêmicos que estavam
finalizando a graduação em uma universidade do Nordeste demonstrou que todos
relataram ter adquirido algum conhecimento sobre o tema, durante as disciplinas
da graduação, além da aquisição de conhecimento com enfermeiros durante os
estágios diferente do que ocorreu nesta pesquisa [13].
Destaca-se
aqui a forma como os grupos de estágio são distribuídos, reduzindo a
possibilidade da experiência com LP para alguns acadêmicos, pois apenas alguns
grupos de alunos tem a oportunidade de passar por ambulatórios e centros de
cuidados com feridas e lesões por pressão, o que limita a aprendizagem e a
qualidade da formação dos alunos nessa temática, não sendo igualitária dentro
da graduação.
Não
houve número de acertos ≥ 90%, mesmo nos semestres finais. Por estarem
mais à frente na graduação, era espertado que os acadêmicos tivessem um
desempenho melhor em relação aos acadêmicos dos semestres iniciais, porém o
estudo demonstrou maior número de respostas corretas entre os alunos do 5º
semestre, e não do 9º, isso pode estar relacionado com o currículo do curso e
estudos sobre essa temática na graduação. Resultado semelhante ocorreu com
acadêmicos de uma universidade particular do Paraná, o qual detectou que o
conhecimento dos acadêmicos sobre LP foi insuficiente em todos os semestres
[14].
Outro
resultado impactante nesta pesquisa foi o menor percentual de conhecimento
estar no tópico tratamento de LP. Observa-se que os recursos terapêuticos vêm
se modernizando com o passar dos anos, surgindo novas opções para auxiliar na
cicatrização das LP. Entretanto, este conhecimento ainda não está acessível
para todos. Na atenção primária, por exemplo, recursos modernos para tratamento
de lesões de pele não se encontram disponíveis. Desta forma, não são todos os
profissionais que detêm experiência na temática, falha esta que compromete a
assistência qualificada no processo de tratamento [15].
Este
estudo atingiu seu objetivo ao identificar que há um déficit de conhecimento
sobre LP em acadêmicos de enfermagem, sendo um problema que pode ter graves
consequências na qualidade e segurança da assistência prestada aos pacientes.
Ainda que existam muitos fatores que possam influenciar o desenvolvimento dessa
condição, o conhecimento adequado e atualizado sobre os fatores de risco,
prevenção e tratamento é fundamental para minimizar o risco de sua ocorrência e
proporcionar uma assistência de qualidade aos pacientes.
Nesse
sentido, é imprescindível que as universidades e instituições de ensino
aprimorem seus currículos de enfermagem, para garantir que os estudantes tenham
acesso a um conhecimento atualizado e completo sobre lesão por pressão,
capacitando-os para uma atuação segura e eficaz na prática clínica. Dessa
forma, espera-se que a melhoria dos currículos dos cursos de enfermagem possa
contribuir para uma assistência de qualidade e segurança, minimizando o risco
de ocorrência de lesões por pressão nos pacientes.
Entende-se
como limitação deste estudo o fato da amostra ter sido
por conveniência, com diferença entre número de participantes nos semestres e
também de um único local. Neste sentido, propõe-se novas pesquisas em outras
universidades, visando comparar conhecimento em realidades diferentes.
Conflito
de interesses
Não
há conflito de interesse
Fonte
de financiamento
Não
recebeu financiamento
Contribuição
dos autores
Concepção
e desenho da pesquisa:
Ness MI, Macedo ABT, Davi RL, Ortiz LV, Paczek RS, Mello DB, Fagherazzi
JC, Chaves EHB; Coleta de dados: Ness MI,
Macedo ABT, Davi RL, Ortiz LV, Paczek RS, Mello DB, Fagherazzi JC, Chaves EHB; Análise e interpretação dos
dados: Ness MI, Macedo ABT, Davi RL, Ortiz LV, Paczek RS, Mello DB, Fagherazzi
JC, Chaves EHB; Análise estatística: Ness MI,
Macedo ABT, Davi RL, Ortiz LV, Paczek RS, Mello DB, Fagherazzi JC, Chaves EHB; Redação do manuscrito: Ness MI, Macedo ABT, Davi RL, Ortiz LV, Paczek
RS, Mello DB, Fagherazzi JC, Chaves EHB; Revisão
crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Ness MI, Macedo ABT, Davi RL, Ortiz LV, Paczek
RS, Mello DB, Fagherazzi JC, Chaves EHB