REVISÃO
O uso
abusivo de ansiolítico pelo idoso
Tayse Vitali Spillere,
Esp.*, Maria Tereza Soratto, M.Sc.**
*Enfermeira,
Especialista em Assistência de Enfermagem em Gestão da Atenção Básica em Saúde,
Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina UNESC, Criciúma/SC, **Enfermeira,
UNESC, Criciúma/SC
Recebido em 12 de janeiro
de 2017; aceito em 9 de agosto de 2017.
Endereço
para correspondência:
Maria Tereza Soratto, UNESC, Av. Universitária, 1105, Curso de Enfermagem, Bloco
S, Bairro Universitário 88806-000 Criciúma SC, E-mail: guiga@unesc.net; Tayse Vitali
Spillere: taysevi@hotmail.com
Resumo
Este estudo tem como objetivo
analisar publicações científicas recentes sobre o uso abusivo de ansiolítico pelo
idoso. Pesquisa de revisão bibliográfica, de caráter descritivo, qualitativa, desenvolvida
a partir de artigos científicos publicados entre 2012 e 2016, indexados na Scielo,
Bireme e Google Acadêmico. Identificaram-se 519 artigos selecionando-se 6
artigos a partir dos descritores: uso abusivo medicamento;
ansiolítico; idoso. Os resultados deste estudo demonstraram que
os benzodiazepínicos
podem provocar dependência, tolerância e
reações adversas quando utilizados inadequadamente.
Faz-se necessário a qualificação da equipe
multiprofissional de saúde sobre o uso
racional de medicamentos e adoção de estratégias
de utilização racional de benzodiazepínicos
pelo idoso, com orientações da equipe sobre
dependência, reações adversas e
interação
medicamentosa. Nesta perspectiva são necessárias
ações e políticas que contemplem
o uso racional de benzodiazepínicos, especialmente para o
paciente idoso, a fim
de minimizar riscos à saúde e melhorar a qualidade de
vida no contexto do envelhecimento.
Palavras-chave: idoso, uso de medicamentos,
uso indevido de medicamentos sob prescrição, equipe de
assistência ao paciente.
Abstract
Abusive use of anxiolytic in the elderly
This study aims to analyze scientific publications on abusive use of anxiolytic
in the elderly. Literature review research, descriptive, qualitative character,
developed from scientific articles published between 2012 and 2016, indexed in Scielo;
Bireme and Google Scholar. We identified 519 articles and selected 6 articles using
the descriptors: abusive use of medicament; anxiolytic; elderly. The results of
this study have shown that benzodiazepines may cause dependence, tolerance and adverse
reactions when used inappropriately. It is necessary to qualify the multidisciplinary
health team on the rational use of medicines and adoption of strategies of rational
use of benzodiazepines by elderly, with team guidelines about dependency, adverse
reactions and drug interactions. In this perspective are necessary actions and policies
that contemplate the rational use of benzodiazepines, especially for the elderly
patient, in order to minimize health risks and improve the quality of life in the
context of ageing.
Key-words: aged, drug utilization,
prescription drug misuse, patient care team.
Resumen
El uso abusivo de ansiolíticos en adultos
mayores
Estudio que tiene por
objetivo analizar publicaciones científicas sobre el uso
abusivo de ansiolíticos en adultos mayores. Investigación de revisión de la literatura, carácter cualitativo, descriptivo, desarrollada
a partir de artículos científicos publicados entre 2012 y 2016, indexados en Scielo;
Bireme y Google Scholar. Se identificaron 519 artículos y seleccionados 6 a partir de los descriptores: uso indebido de medicamentos;
ansiolítico; personas de edad avanzada. Los resultados de este estudio han demostrado
que las benzodiazepinas pueden causar dependencia, tolerancia y reacciones adversas
cuando se utiliza inadecuadamente. Es necesario capacitar
el equipo de salud multidisciplinario sobre el uso racional de medicamentos y la
adopción de estrategias de uso racional de las benzodiazepinas por ancianos, con
orientaciones del equipo sobre dependencia, reacciones adversas y las interacciones
entre medicamentos. En esta perspectiva son necesarias acciones y políticas que
contemplen el uso racional de las benzodiazepinas, especialmente
para el paciente anciano, con el fin de minimizar los riesgos de salud y mejorar
la calidad de vida en el contexto del envejecimiento.
Palabras-clave: anciano, utilización
de medicamentos, mal uso de medicamentos de venta con receta, grupo de atención
al paciente.
Os benzodiazepínicos foram
introduzidos no mercado a partir da década de 1960 para tratamento de transtornos
de ansiedade. O primeiro composto do grupo dos benzodiazepínicos a ser utilizado
foi o clordiazepóxido em 1961, uma de suas principais características era a baixa
capacidade de produzir depressão fatal no Sistema Nervoso Central (SNC), sendo um
dos motivos para sua rápida aceitação no mercado [1].
A crescente utilização
de benzodiazepínicos está relacionada à medicalização da sociedade na atualidade,
aliada às pressões mercadológicas da indústria farmacêutica e ao envelhecimento
da população. Estes medicamentos provocam tolerância, dependência e reações adversas
quando utilizados inadequadamente [2].
Os benzodiazepínicos estão
entre as drogas mais prescritas no mundo. São utilizados como ansiolíticos e hipnóticos,
além de possuir ação miorrelaxante e anticonvulsivante. Sabe-se que esses medicamentos
promovem altas taxas de dependência, o que leva, respectivamente, ao aumento da
dose necessária para o mesmo efeito terapêutico e tem sido um grande problema de
cunho social, abrangendo pessoas de diversas classes sociais e faixas etárias. A
automedicação apresenta-se como uma doença que só pode ser superada com parcimônia;
além de encorajamento dos dependentes de benzodiazepínicos a buscarem um tratamento
[3].
O contexto em que ocorre
o uso inadequado dos benzodiazepínicos é complexo e multifatorial [4]. Apesar de
sua baixa toxicidade e segurança, apresentam potencial tóxico e dependência aos
seus usuários. Embora as recomendações para uso de benzodiazepínicos com prescrição
sugiram que a duração do tratamento se limite a apenas
algumas semanas, os estudos indicam que o uso de tais medicamentos ocorra por meses,
anos e até décadas. Entre suas principais indicações incluem o tratamento de distúrbio
do sono, diminuição da ansiedade e questões cotidianas como traumas pessoais e perda
de entes queridos [1].
Quando
um benzodiazepínico
é escolhido como forma de tratamento, deve-se analisar que o uso
prolongado dessas
substâncias tem como complicações, além do
risco de dependência física e psíquica,
os efeitos socioeconômicos como, por exemplo, maior risco de
acidentes (domésticos,
ocupacionais, de tráfego), aumento das tentativas de
suicídio, redução da capacidade
de trabalho, entre outros [1].
O consumo de benzodiazepínicos
por idosos está relacionado ao fato do envelhecimento ser acompanhado pelo aparecimento
de transtornos do sono, depressão, ócio pela aposentadoria e das doenças neurológicas
degenerativas [1]. Em virtude do uso demasiado de medicações ansiolíticas pelos
idosos, considerou-se a relevância de aprofundar a temática, inserindo a importância
de ações que possam minimizar este uso. Nesta perspectiva este estudo objetivou
identificar e analisar publicações científicas sobre o uso abusivo de ansiolítico
pelo idoso.
Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, de caráter descritivo, qualitativa, desenvolvida a partir de artigos
científicos publicados entre 2012 e 2016, indexados na Scielo; Bireme e Google acadêmico
a fim de se identificar publicações recentes envolvendo a temática sobre uso abusivo
de ansiolítico pelo idoso.
Para a localização dos
artigos publicados na base de dados utilizaram-se os seguintes critérios de inclusão:
artigos que relatam o assunto publicado no banco de dados da Scielo; Bireme e Google
acadêmico; descritores: uso abusivo medicamento ansiolítico idoso; língua portuguesa;
artigos publicados no período de 2012 a 2016.
Os critérios de exclusão
foram relacionados aos artigos não disponibilizados na íntegra; artigos repetidos;
resenhas; editoriais e dossiês; teses e dissertações; além daqueles que não se enquadravam
no ano pesquisado.
O processo de coleta de
dados ocorreu de acordo com a seguinte sistematização: a avaliação inicial do material
bibliográfico mediante a leitura dos resumos, com a finalidade de selecionar aqueles
que atendiam aos objetivos do estudo, através do tema proposto, totalizando 519
artigos. A seguir realizou-se a leitura dos artigos selecionados na íntegra, com
a seleção final de 6 artigos para análise.
A apresentação da revisão
e a discussão dos dados foram realizadas de forma descritiva, sendo analisados 06
artigos que atenderam os critérios de inclusão. Foi realizada a análise do conteúdo
dos artigos selecionados através de leitura minuciosa, na íntegra, necessária para
o alcance dos objetivos propostos. Os artigos utilizados na revisão foram organizados
e sintetizados em um quadro contendo informações de acordo com título, tipo e método
do estudo, ano, autores, periódico.
Quadro
1 - Artigos selecionados de acordo com título,
tipo e método do estudo, ano, autores, periódico.
Os dados foram agrupados
de acordo com os aspectos que mais se destacaram e foram relevantes ao tema: o uso
abusivo de medicamentos e ansiolíticos, o uso abusivo de ansiolítico pelo idoso;
medidas de controle para o uso abusivo de medicamentos.
O uso
abusivo de medicamentos
O uso excessivo dos benzodiazepínicos
é observado em diversos países, tanto em centros urbanos como em populações rurais.
A intensa utilização desses medicamentos pode ser justificada pelo ritmo de vida
estressante da humanidade, pelo aumento na síntese e comercialização de novas drogas,
pela influência das propagandas exercida por parte das indústrias farmacêuticas
e até pela prescrição inadequada realizada pelos médicos. Estudos apontam maior
prevalência do consumo de ansiolíticos por trabalhadores com jornadas de trabalho
longas, em virtude da maior exposição ao estresse, o que poderia contribuir para
o uso do medicamento de forma prematura e, assim, aumentar o risco do uso crônico
em idades mais avançadas [6].
Os benzodiazepínicos são
fármacos de prescrição e dispensação restrita, utilizados em casos de convulsões,
insônia e ansiedade. Nestes dois últimos casos o tratamento não deve ultrapassar
quatro semanas, no entanto sua utilização é por muitas vezes inadequada, o que tem
despertado preocupação na área de saúde pública [1].
O estudo de Silva e Rodrigues [1] teve como
objetivo avaliar a existência de uso prolongado e dependência de Benzodiazepínicos
na cidade de Paranavaí (PR), traçar o perfil de usuários e avaliar os prescritores
quanto à especialidade. Foram analisadas notificações de receitas B1 retidas em
uma farmácia de manipulação. Observou-se que a dependência foi encontrada em 43,27%
dos casos e o profissional que mais prescreveu benzodiazepínico foi o clínico geral,
totalizando 56,45% das prescrições, enquanto que o fármaco mais prescrito foi o
alprazolam.
Conforme Silva e Rodrigues
[1], o consumo crescente pode estar relacionado à turbulência vivida nas últimas
décadas. O estresse e a consequente fragilidade da humanidade em tolerar tanta pressão,
a introdução de novas drogas, a intensa pressão da indústria farmacêutica, e ainda
hábitos de prescrição inadequada por parte dos médicos são fatores que podem estar
relacionados com o aumento da procura por benzodiazepínicos, podendo levar à dependência.
O tempo de uso e a dose
diária são importantes fatores à dependência. A partir do terceiro mês de uso até
12 meses, aumenta de 10% a 15% o risco de dependência, e por mais de 12 meses aumenta
entre 25% a 40%. A dependência de benzodiazepínicos é muito pior que a dependência
causada pelos canabinoides [1].
O uso
abusivo de ansiolítico pelo idoso
Em pesquisa de Naloto
et al. [5] com coleta de dados de pacientes atendidos no
Ambulatório Municipal de Saúde Mental de Sorocaba/SP, entre março e novembro de
2013, observou-se o uso inapropriado de benzodiazepínicos entre adultos e idosos
atendidos no ambulatório de saúde mental. A minoria das prescrições era racional
ou estava adequada quanto ao tempo de uso, sendo observado o uso crônico do benzodiazepínico
nos pacientes com transtornos depressivos e ansiosos.
O estudo de Queiroz Neto
et al. [2] evidenciou elevada prevalência do uso de benzodiazepínicos
entre os usuários com faixa etária entre 61 e 70 anos; com utilização inadequada
possibilitando aumento do risco de reações adversas de maior gravidade para os idosos.
Das prescrições, o fato de apenas 1,9% para os adultos e 5,8% para os idosos estarem
adequadas, chama a atenção para erros relacionados à indicação de uso, condutas
não recomendadas para a faixa etária e/ou paciente; riscos de interações medicamentosas
graves; e problemas relacionados à dose, frequência e, principalmente, duração do
tratamento [5].
Martins et al. [9], em estudo com 58 idosos usuários
de benzodiazepínicos, mostraram que a prescrição era inadequada em relação ao período
de uso, dosagem e tipo de medicamento prescrito. Desta forma é necessário avaliar
os impactos do uso de benzodiazepínicos entre idosos, principalmente no que se refere
à sonolência diurna excessiva e à instabilidade postural, bem como adequação dos
profissionais de saúde quanto à prescrição deste medicamento [9].
Os idosos apresentam maior
sensibilidade aos benzodiazepínicos e o metabolismo é mais lento nos fármacos de
longa ação; possuem uma longa meia vida de eliminação, particularmente no idoso,
induzindo sedação prolongada e risco aumentado para quedas, fraturas e acidentes
[10].
Os riscos ao uso de medicamentos
são mais elevados nas pessoas idosas, quando comparados aos da população mais jovem.
Isso ocorre devido às alterações específicas do envelhecimento, que refletem na
vulnerabilidade, interações medicamentosas, efeitos colaterais e às reações adversas,
na população idosa [7].
O uso de benzodiazepínicos
por idosos torna-se relevante devido às mudanças fisiológicas que acompanham o envelhecimento,
o mau uso ou uso inadequado, além da associação de vários medicamentos, podem desencadear
interações medicamentosas, o que contribui para que ocorram intoxicações. Essa fase
da vida é propícia ao desenvolvimento de doenças crônicas, como
cardiopatias, doenças infecciosas, além do diabetes e câncer. Dessa forma,
o aumento do consumo de medicamentos acompanha a tendência do envelhecimento, tornando
a polifarmácia nos idosos uma normalidade na clínica médica [8].
Os resultados confirmam
o uso irracional dos benzodiazepínicos, principalmente entre os idosos, o que se
deve em parte pela falta de conhecimento farmacológico apropriado por parte dos
prescritores que em sua maioria são clínicos gerais. Conclui-se que são necessários
programas de educação médica continuada que conscientizem tanto os profissionais
da saúde quanto a população sobre o uso racional destas drogas [1].
Medidas
de controle para o uso abusivo de medicamentos
Ao observar os achados
da pesquisa de Naloto et al. [5], verifica-se que parte
dos resultados encontrados se assemelha a outros municípios brasileiros e países,
demonstrando a necessidade de iniciativas para o planejamento de intervenções que
visem o uso apropriado desses medicamentos e que, consequentemente, beneficiem o
paciente. O incentivo ao aperfeiçoamento pelos profissionais envolvidos no cuidado
destes pacientes e o rigor na prescrição dos benzodiazepínicos poderiam ser algumas
das medidas adotadas a fim de proporcionar o uso apropriado dos psicotrópicos no
serviço de saúde [5].
Os dados registrados pela
literatura reforçam que o uso abusivo e a dependência são consequências das más
prescrições e ineficientes orientações, tanto de profissionais de medicina como
farmacêuticos [1]. O estudo de Silva e Rodrigues [1] revela a falta de preparo dos
médicos diante da prescrição de psicotrópicos, o que deveria ser o contrário, pois
o médico tem papel fundamental na promoção de uma correta orientação ao paciente,
alertando sobre efeitos colaterais e dependência.
A orientação farmacêutica,
bem como o acompanhamento, surge como estratégias para promoção do uso racional
dos medicamentos. As responsabilidades junto aos usuários precisam ser compartilhadas
entre os profissionais da saúde, pois quanto maior a interação entre prescritor,
dispensador e usuário mais próximo se está de alcançar os resultados esperados [8].
Destaca-se ainda que o
consumo de benzodiazepínicos pode
estar associado a alguns
problemas de saúde e segurança pública, como a
diminuição da atenção,
concentração,
coordenação motora e raciocínio, o que torna o uso
desses fármacos arriscado para
a segurança no trânsito, que ainda pode ser potencializado
pelo uso concomitante
de álcool [1].
A organização de protocolos
clínicos são ferramentas essenciais para a redução do uso inadequado dos benzodiazepínicos
e dos conflitos com o prescritor. O protocolo pode auxiliar nas decisões médicas
e na promoção de programas de atenção farmacêutica, esclarecendo o paciente quanto
ao risco da utilização. A criação de serviços multiprofissionais de prevenção e
apoio ao dependente de medicamentos são medidas fundamentais para racionalizar o
uso de benzodiazepínicos [4].
O
uso abusivo de benzodiazepínicos
é objeto de análise e de discussão em saúde
pública sendo necessária a organização
de uma política pública para a definição de
intervenções e estratégias de
promoção
da saúde, visando à prevenção da
automedicação que possa trazer riscos aos usuários
e à comunidade [3]. Percebe-se a necessidade de qualificar os
serviços de saúde
ofertados e orientar os usuários de benzodiazepínicos
sobre os riscos relacionados
ao uso abusivo, desnecessário e associado a outros
fármacos. Nesse sentido, faz-se
necessário direcionar ações e políticas que
contemplem o uso de medicamentos, especialmente
para o paciente idoso, a fim de minimizar riscos à saúde
e melhorar a qualidade
de vida no contexto do envelhecimento, bem como desestimular a
prática da automedicação
com medicamentos que podem comprometer tanto a capacidade física
quanto cognitiva
dos usuários, quando usados de forma inadequada ou associados a
outras substâncias
[8].
Os resultados deste estudo
demonstraram que os benzodiazepínicos podem provocar dependência, tolerância e reações
adversas quando utilizados inadequadamente.
A qualificação dos profissionais
da saúde acerca do uso irracional de medicamentos deve ser realizada desde a graduação,
para orientar os profissionais sobre os riscos relacionados ao uso abusivo de benzodiazepínicos
associado a outros fármacos relacionados ao processo de envelhecimento.
Faz-se necessário a qualificação
da equipe multiprofissional de saúde sobre o uso racional de medicamentos e adoção
de estratégias de utilização racional de benzodiazepínicos pelo idoso, com orientações
da equipe sobre dependência, reações adversas e interação medicamentosa.
Considera-se imprescindível
a inserção de programas de educação continuada que conscientizem tanto os profissionais
da saúde quanto a população sobre o uso racional dos medicamentos, incluindo a abordagem
quanto aos benzodiazepínicos. Nesta ótica poderiam ser abordadas terapêuticas alternativas
ao uso de benzodiazepínicos, como os fitoterápicos já incluídos na Política Nacional
de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e práticas relacionadas
à Medicina Tradicional Chinesa, Homeopatia, relaxamento e meditação, contemplados
na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema
Único de Saúde.
Nesta perspectiva é necessário
implantar ações e políticas que contemplem o uso racional de benzodiazepínicos,
especialmente para o paciente idoso, a fim de minimizar riscos à saúde e melhorar
a qualidade de vida no contexto do envelhecimento.
O enfermeiro como gestor
da equipe de enfermagem deve ser um promotor de ações educativas e de promoção da
saúde frente à temática para minimizar riscos à saúde e melhorar a qualidade de
vida no contexto do envelhecimento.