REVISÃO
Consequências
patológicas para os recém-nascidos advindos de gestantes tabagistas
Marcela Aparecida dos
Reis*, Pamela Rodrigues da Cunha**, Tainine Ferreira Garcia***
*Graduada
em enfermagem pela Universidade de Uberaba (Uniube),** Graduada em enfermagem
pela Uniube,***Graduada em enfermagem pela Uniube
Recebido em 1 de dezembro de 2014; aceito em 16 de agosto de 2016.
Endereço
de correspondência:
Tainine Ferreira Garcia, Rua 84 A, 180, 38108000 Delta MG, E-mail:
tainine15@hotmail.com; Pamela Rodrigues da Cunha: pamelarcsoares@gmail.com;
Marcela Aparecida dos Reis: alecram_reis@hotmail.com
Resumo
Introdução: O tabagismo é
considerado um grande problema de Saúde Pública, devido ao aumento de fumantes
no mundo, sobretudo no sexo feminino, e às graves consequências que podem
causar a saúde. Objetivo: Identificar
as consequências do uso do tabaco durante a gestação e os efeitos para o
recém-nascido. Material e métodos:
Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter exploratório, de abordagem
qualitativa. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados:
Bireme, DataSus, Lilacs, Scielo e em livros sobre
Ciências da Saúde. Os critérios de inclusão foram: publicação no período de
2000 a 2012, no idioma português. Adotou-se como análise de dados a técnica de
fichamentos e planilhas. Resultados:
O cigarro causa graves consequências ao organismo
humano, principalmente nos sistemas nervoso central e pulmonar. Verificou-se
também que o uso do tabaco em gestantes acarreta sérias implicações para a
saúde, o crescimento e o desenvolvimento do recém-nascido, podendo permanecer
até a fase adulta. Conclusão: O
estudo contribui para que o enfermeiro possa adquirir conhecimento sobre a
temática, estar apto a realizar intervenções e dar orientações às gestantes
tabagistas acerca dos malefícios causados pelo tabaco.
Palavras-chave: tabagismo, gravidez
de alto risco, recém-nascido, Enfermagem.
Abstract
Health consequences of tobacco use on newborn
Introduction: Smoking is considered a major public health problem, due to the
increase in the number of cigarette smokers worldwide, especially the female
gender, and to the effects tobacco use has on human health. Objective: To identify the consequences
of tobacco use during pregnancy and effects on the newborn. Methods: This is a literature review,
exploratory, with qualitative approach. The study was conducted in the
databases: Bireme, DataSus, Lilacs, Scielo and health sciences’ books. The inclusion criteria
were studies which published in 2000-2012, in Portuguese language. It was
adopted as data analysis annotations and spreadsheets technique. Results: Cigarette smoking causes
serious consequences on human body, mainly in the central nervous system and
lung. It was also found that tobacco use in pregnant women leads to serious
implications for health, growth and development of the newborn and may remain
until adulthood. Conclusion: This
study contributes to advance nursing knowledge on the subject, to be able to
perform interventions and to guide pregnant smokers on the harm caused by
tobacco.
Key-words: smoking,
high-risk pregnancy, newborn, nursing.
Resumen
Consecuencias patológicas en recién nacidos
de madres fumadoras
Introducción: El tabaquismo es considerado un problema de salud pública debido al
incremento de fumadores en el mundo, especialmente mujeres, y a las graves
consecuencias que pueden provocar en el organismo. Objetivo: Identificar las consecuencias del
consumo de tabaco durante el embarazo y los efectos en el recién nacido. Material y métodos: Se trata de una
revisión de la literatura, enfoque exploratorio,
cualitativo. El estudio utilizó las bases de datos: Science, Datasus,
Lilacs, Scielo y libros en ciencias de la salud. Los criterios de inclusión
fueron estudios publicados en el período 2000-2012, en
lengua portuguesa. Se adoptó como análisis de datos la
técnica de hojas de cálculo y fichas. Resultados:
El tabaquismo provoca graves consecuencias para el
cuerpo humano, principalmente en el sistema nervioso central y pulmón. También
se encontró que el consumo de tabaco en las mujeres
embarazadas puede tener consecuencias graves en la salud, crecimiento y
desarrollo del recién nacido y puede permanecer hasta la edad adulta. Conclusión: Este estudio contribuye para
que el enfermero pueda adquirir conocimientos sobre el
tema, para que pueda llevar a cabo intervenciones y dar orientación a las
fumadoras embarazadas acerca del daño causado por el tabaco.
Palabras-clave: fumadores, embarazo
de alto riesgo, recién nacido, enfermería.
Na atualidade
considera-se o tabagismo como uma das principais causas de morte em todo o
mundo. Estudos mostram que 1,2 bilhão de pessoas são fumantes, prevalecendo a população masculina. A maior parte dos fumantes
concentra-se nos países em desenvolvimento, e o número de óbitos chega a 4,9
milhões de pessoas por ano [1]. No Brasil, um terço da população é fumante.
Apesar de nos últimos anos haver uma diminuição significativa de fumantes do
sexo masculino, advinda da classe social alta, observa-se um aumento
significativo do uso do tabaco entre os jovens e as mulheres e é a causa de
mais de 200.000 óbitos anuais [2].
Existem vários
fatores correlacionados com a adesão do cigarro, entre os de maior prevalência
aparecem: influência de pais e/ou cônjuges, reprovação nos estudos baixa estima
e/ou problemas na família, devido à classe social, influência da mídia [3].
Na perspectiva do
aumento dos hábitos tabagistas entre as mulheres, e ainda no que tange à
questão patológica ligada ao tabagismo, instigou-se para o caso das gestantes.
A gestação é um episódio de constante modificação biológica, entrando nos
processos psicológicos e sociais da vida da mulher, gerando necessidades de
adaptação nas condições de um novo papel de mãe. A gravidez é um período de
padrão fisiológico peculiar, é um processo de transformação interna e externa
da mulher [4].
Por ser consumido em
qualquer parte do país e do mundo, ser de fácil aquisição, e por já ter
detectado a alta assiduidade das mulheres a tal hábito de vida, subentende-se
que ele pode se estender a mulheres gestantes, as quais podem estar
susceptíveis a várias consequências.
“A
Organização Mundial de Saúde afirma que o tabagismo deve ser considerado uma
pandemia, já que, atualmente, morrem, no mundo, cinco milhões de pessoas, por
ano, em consequência das doenças provocadas pelo tabaco, que corresponde a
aproximadamente seis mortes a cada segundo” [5:2].
Considera-se o
tabagismo como um grave problema de Saúde Pública. O aumento do consumo do
tabaco, principalmente através do cigarro de papel, gera prejuízos para os
cofres públicos devido ao tratamento das doenças ocasionadas pelo fumo, como,
por exemplo, problemas respiratórios, cardiopulmonares, alterações na pele,
entre outros [6].
No contexto da
participação significativa das mulheres tabagistas, despertou-se para o fato de
que este problema pode se estender aos recém-nascidos. Por isso, o objetivo
deste estudo é identificar as consequências do uso do tabaco, durante a
gestação, para o crescimento e desenvolvimento do feto.
É fundamental que
profissionais da saúde, em especial os enfermeiros, tenham um conhecimento
relevante sobre os riscos do tabaco, para que sejam capazes de orientar às
gestantes sobre suas complicações, promovendo ações que visem diminuir os
índices de fumantes e os problemas de saúde do recém-nascido.
O estudo foi
realizado através de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa. E
quanto aos objetivos, foi classificada como exploratória, já que visou
identificar as consequências do uso do tabaco durante a gestação para o
recém-nascido.
Para obtenção dos
dados, utilizou-se o levantamento bibliográfico realizado nas bases de dados,
Google Acadêmico, Scielo, Lilacs, Bireme, Datasus e
livros das ciências da saúde, que se relacionaram com o tema pesquisado. Para
isso foram estabelecidos os critérios de inclusão: que fossem publicados entre
2000 e 2012 e escritos no idioma Português. Foram utilizados como descritores:
tabagismo; gravidez de alto risco; recém-nascido; enfermagem.
As
implicações do consumo do tabaco para o corpo humano
O tabaco é conhecido
e consumido pelo ser humano há mais de 300 anos. Trata-se de uma planta
conhecida, cientificamente, por Nicotiana
tabacum [5]. Atualmente o Brasil gera cerca de 600 toneladas de tabaco, com
maior prevalência na região sul do país, motivo pelo qual o torna o maior
exportador mundial [7].
Segundo estudos
referentes à composição do tabaco, existem cerca de 4.500 substâncias
envolvidas na produção do cigarro, das quais dezesseis dessas substâncias são
encontradas na folha do tabaco. Ressalta-se que, quando queimada a folha, esta
quantidade basicamente triplica e as torna cancerígenas [8]. Na fumaça do
cigarro existem diversos componentes químicos voláteis e material particulado.
A nicotina é o principal composto do fumo, com 7,9 mg,
dos quais são ingeridos, aproximadamente, 1mg. Ela é quem induz o usuário a
tornar-se dependente, devido à ação nas vias dopaminérgicas centrais,
resultando em sensação de prazer, recompensa, ou seja, libido [9]. A fumaça é o
principal poluente do ar e é também considerado seriamente prejudicial à saúde
dos fumantes ativos e passivos. Neste contexto, dá-se ênfase aos ambientes
fechados, nos quais há o maior predomínio dessa substância [10].
Devido à quantidade
de componentes pré-existentes no cigarro, o fumante ingere uma grande
quantidade de substâncias prejudiciais à saúde. Elas são transportadas até o
pulmão, acarretando um dos cânceres de maior prevalência, o câncer de pulmão
[11]. De acordo com o INCA, no ano de 2006, foram diagnosticados 17.850 casos
de câncer de pulmão em homens, e 9.320 casos em mulheres [12]. No sistema
respiratório são diagnosticadas várias doenças decorrentes do uso prolongado do
cigarro. Entre esses agravos é importante citar o enfisema pulmonar,
caracterizado pela ruptura dos alvéolos pulmonares, diminuindo o recebimento de
oxigênio nos pulmões e saída do dióxido de carbono, resultando na dificuldade
de respirar. Já no sistema nervoso central, a nicotina atua como uma droga, o
que torna o usuário dependente do cigarro [13].
Entre outras
consequências do tabagismo, destaca-se, ainda, a hipertensão arterial, o
infarto, angina e derrame cerebral [14]. É importante ressaltar que o cigarro
atinge vários outros órgãos de forma indireta, causando graves consequências.
No caso dos olhos, causa a ambliopia tabágica, ou seja, distorção visual; do
olfato, causa irritação da mucosa nasal; da boca, leva ao surgimento de
cânceres nos lábios, línguas e/ou gengivas, e à perda da arcada dentária; dos
dentes, acumula tártaro, deixando-os com aspecto amarelado, podendo gerar até a
perda de toda a dentição; e da laringe, dilatando as cordas vocais, gerando
rouquidão [14].
Repercussões
do tabagismo no período gestacional: consequências para o crescimento e
desenvolvimento do recém-nascido
O processo da
gestação é considerado como uma fase de mudança na rotina diária da mulher e,
por isso, a importância do acompanhamento por uma equipe multidisciplinar.
Nesse contexto, ressalta-se também que a participação da mulher grávida nos
grupos de gestantes possibilita o intercâmbio de experiências e de
conhecimentos entre as gestantes e os profissionais da saúde [15,16],
colaborando para uma melhor adaptação à maternidade.
Para Santos et al. [17], no primeiro trimestre da gestação, podem surgir
algumas alterações como insegurança, oscilação de humor, dificuldade de
ingestão de alguns alimentos, náuseas e vômitos, gerando cansaço e desconforto.
Dentre as alterações do segundo semestre de gestação, destacam-se: a
dificuldade de realização das atividades diárias; alteração da libido; a
movimentação do feto começa a ser sentida. O terceiro trimestre é basicamente
caracterizado pela ansiedade, predisposição ao medo.
Segundo o Ministério
da Saúde [9], os cuidados com o pré-natal da mulher possibilitam identificar os
riscos que, ocasionalmente, são provocados durante esse período. Dessa forma,
os profissionais envolvidos com a gestante devem ficar sempre atentos, durante
as consultas, pois podem identificar na gestante a vontade de parar de fumar e
aproveitar a oportunidade para aconselhá-la, auxiliá-la, e encaminhá-la a
outros profissionais que possam fortalecer o apoio à cessação do tabagismo
[18:7]. Porém, Roucourt et al. [19] afirmam que a paciente
dependente, física e quimicamente das substâncias presentes no cigarro
apresenta maior dificuldade para cessar a utilização deste, devido a vários
fatores como os ambientais e sociais, responsáveis pelo maior índice da
utilização do fumo. Nessa perspectiva, Viggiano et al. [20] destacam a relevância de um bom acompanhamento médico,
durante as consultas de pré-natal em todo o período gestacional. Deve-se
atentar a formas de as gestantes fumantes cessarem o hábito tabagista, e de
prevenir futuras complicações que o uso do cigarro possa gerar para o binômio
mãe/recém-nascido.
“Acredita-se
que uma estratégia para auxiliar os profissionais da saúde em intervenções
efetivas no pré-natal seja o desenvolvimento de programas direcionados,
especificamente às gestantes, uma vez que essa população vive um momento
singular, que requer abordagem diferenciada que vá ao encontro de suas
necessidades [...] [18:7]”.
Oliveira [2] destaca
que, quando a gestante faz uso do cigarro, as substâncias encontradas no tabaco
podem chegar ao feto pela placenta, o que pode justificar a incidência de
descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, ruptura prematura das membranas,
aborto espontâneo, prematuridade, recém-nascido de baixo peso e pequeno para a
idade gestacional, bem como síndrome da morte súbita em lactentes e
complicações respiratórias e comportamentais durante a infância. Sé e Amorim
[21] complementam as várias alterações que o uso do tabaco pode causar para a
mulher, para o feto, e posteriormente, para o recém-nascido: alterações
uteroplacentárias, crescimento intrauterino retardado, mortalidade perinatal,
hipóxia crônica, ruptura prematura das membranas ovulares, aumento dos
batimentos cardiofetais, decréscimo do comprimento fetal, do perímetro cefálico
e do perímetro torácico, aumento da pressão arterial materna, anorexia da
gestante, hiperglobulia materna e fetal, gravidez ectópica, diminuição do índice
de apgar, defeitos do septo aortopulmonar, doença aguda das vias aérea
inferiores, complicações respiratórias neonatais e redução do volume de líquido
amniótico.
“A
insuficiência uteroplacentária tem sido indicada como o principal mecanismo
responsável pelo retardo do crescimento fetal nas gestantes fumantes. A
nicotina causa vasoconstricção dos vasos do útero e da placenta, reduzindo o
fluxo sanguíneo e a oferta de oxigênio e nutrientes para o feto [22:177].”
Para Utagawa et al. [23], os fatores relacionados com a
utilização do tabaco propiciam várias consequências para o organismo do
recém-nascido como pneumonia, bronquite e doenças do ouvido médio, podendo até
desencadear doenças cardiovasculares na vida adulta. Além disso, Machado e
Lopes [24] afirmam que pesquisas realizadas indicam que o uso do cigarro,
durante a gestação, propicia a elevação dos riscos que acarretam o surgimento
da leucemia na infância, pois o cigarro contém, em sua composição, substâncias
cancerígenas. Além disso, o seu uso durante o período gestacional causa
dificuldades para o crescimento e desenvolvimento fetal. Entretanto, o embrião
não é classificado como um fumante passivo comum devido ao fato de ele não
inalar a fumaça de forma direta, mas, sim, de entrar em contato com a mesma por
via placentária. Todas as substâncias presentes no cigarro percorrem o seu
organismo, do mesmo modo que a nicotina se concentra no líquido amniótico, no
leite materno, lesando o recém-nascido durante o seu desenvolvimento [25]. Vale
informar que não se conhecem todas as substâncias presentes no tabaco que podem
ser prejudiciais à saúde. Porém sabe-se que a ação correspondente à nicotina no
sistema vascular da mulher causa vasoconstricção periférica, taquicardia, e
diminuição da perfusão uterina, ocasionando assim a diminuição do fluxo
sanguíneo, o qual está associado ao aumento significativo das catecolaminas
circulantes no sangue da gestante. O aumento no índice de catecolaminas gera
dificuldades durante o período gestacional, acarretando em sérios prejuízos
circulatórios nos membros inferiores, devido à diminuição do fluxo sanguíneo,
ocasionando edema [25-27].
No que diz respeito à
fase pós-natal, observa-se o retardamento do desenvolvimento do sistema nervoso
central e do trato gastrointestinal, com isso aumentando o risco de cólica
infantil. A nicotina é a principal substância do cigarro responsável pelo
aparecimento dessas cólicas durante a infância [28].
Os recém-nascidos que
obtêm contato com a ação da fumaça do tabaco tendem a ter maior probabilidade
de morte súbita. Caso isso não aconteça, e os filhos de mulheres fumantes
sobreviverem, poderão desenvolver alergias dos componentes presentes no
cigarro, ocasionando em doenças do trato respiratório superior e inferior, tais
como: asma, bronquite, sinusite rinite, otite, faringite, laringite, amigdalite
ou tonsilite e adenoidite. Se a criança continuar a conviver como fumante
passiva nas fases da adolescência e adulta, podem desenvolver câncer de pulmão,
precocemente, e ainda estão são predisponentes, com maior facilidade, às
doenças respiratórias. Isso devido ao contato com a fumaça expelida com todas
as substâncias químicas nela presentes, e pelo fato do sistema imunológico do
recém-nascido não estar completamente formado [29]. Garcia et al. [29] referem, ainda, que a fumaça do cigarro com todas as
substâncias nela presente causam bronco-constrição e diminuição do leito
capilar pulmonar. Ou seja, o sangue entre os alvéolos pulmonares passam em
menor quantidade do que necessário, levando à produção excessiva de muco,
diminuindo os batimentos dos cílios que revestem a mucosa brônquica, lesionando
as células fabricantes das substâncias tensoativas. A falta das mesmas faz com
que os alvéolos fiquem com menor espaço.
“O
tabagismo é um elemento nocivo às vias aéreas das crianças. Esforços devem ser
envidados no sentido de que não apenas os pais, mas também os demais moradores
dos domicílios, se abstenham de fumar, pelo menos na presença das crianças, de
forma a reduzir os efeitos deletérios à saúde infantil” [30:225].
Correia et al. [31] afirmam que quando as
gestantes reconhecem os malefícios do tabaco, tentam mudar seu comportamento
visando uma qualidade de vida melhor para seu filho. E informam que o tabagismo
é maior em mulheres solteiras, com baixa escolaridade e desempregadas.
Entretanto, Silva e Tocci [32] esclarecem que é baixo o índice de gestantes
fumantes, pois sabem dos malefícios que este traz para a gestação e o feto, e
que abandonam seu uso durante o período da gravidez.
O enfermeiro deve
estar capacitado para realizar corretamente as consultas de pré-natal. Para
isso, é relevante o enriquecimento do seu conhecimento teórico-prático, para se
ter noções quanto aos reais problemas da gestante e de
sua família, habilidades de raciocínio e julgamento profissional [33].
Destaca-se que o
enfermeiro tem papel primordial sob essa situação, pois está mais próximo a
estas pacientes e tem um contato mais direto. Mas, para auxiliar esse
profissional, programas de capacitação direcionados às gestantes devem ser
realizados, pois somente a partir do conhecimento sobre as consequências do
tabagismo tanto para a gestante quanto para o seu filho, terá condições de
prestar uma assistência eficaz, e condizente com o problema.
Para realizar este
estudo, encontraram-se algumas dificuldades durante a realização da coleta dos
dados, visto que, material sobre a temática estudada é bastante escasso no meio
científico e na literatura. Sendo assim, vale focar mais no tema exposto, no
que tange ao desenvolvimento de novas pesquisas, para que essas complicações
sejam cada vez mais discutidas, visando levar mais informações ao público-alvo.