Conhecimento e prática de enfermeiros no controle da dor de pacientes com feridas neoplásicas
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i1.1039Resumo
As feridas neoplásicas representam uma angústia para pacientes que enfrentam um prognóstico de doença terminal, uma vez que são lesões que não apresentam possibilidades de cicatrização, desfiguram a aparência física e desenvolvem sintomas de difícil controle. O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento e prática de enfermeiros no controle da dor de pacientes com feridas neoplásicas. Trata-se de um estudo descritivo realizado com 22 enfermeiros de um hospital filantrópico de Campina Grande/PB durante o período de abril a junho de 2016. O instrumento foi um questionário estruturado, contendo questões acerca dos cuidados a pacientes com feridas neoplásicas. Os resultados obtidos nesta pesquisa permitiram, de forma geral, identificar que os enfermeiros apresentam lacunas no conhecimento de conteúdos e técnicas sobre avaliação e tratamento de pacientes com feridas neoplásicas. Além disso, constatou-se que os enfermeiros não executam alguns cuidados pertinentes a essa clientela. Desse modo, a instituição da pesquisa precisa investir em educação permanente, a fim de treinar a equipe de enfermagem para o acompanhamento de pacientes com lesões neoplásicas, adquirir materiais necessários e implantar protocolos assistenciais que norteiem a prática de métodos avaliativos e terapêuticos para o cuidado com pessoas com feridas neoplásicas, familiares e cuidadores.
Palavras-chave: conhecimento, enfermeiros, cuidados de enfermagem, assistência ao paciente, neoplasias cutâneas.
Referências
Vasconcelos AMN, Gomes MMF. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol Serv Saúde 2012;21(4):539-48. https://doi.org/10.5123/S1679-49742012000400003
Guimarães RM, Muzi CD, Teixeira MP, Pinheiro SS. A transição da mortalidade por cânceres no Brasil e a tomada de decisões estratégicas nas polÃticas públicas de saúde da mulher. Rev Pol Pub 2016;20(1):33-50. https://doi.org/10.18764/2178-2865.v20n1p35-50
Marques CLTQ, Barreto CL, Morais VLL, Lima Júnior NF. Oncologia: uma abordagem multidisciplinar. Recife: Carpe Diem Edições; 2015.
Instituto Nacional de Câncer. Brasil. Estimativa 2016/2017: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2016.
Instituto Nacional do Câncer. Brasil. Tratamento e controle de feridas tumorais e úlceras por pressão no câncer avançado. Série Cuidados Paliativos. Rio de Janeiro: INCA; 2011.
Santos CMC, pimenta CAM, Nobre MRC. A systematic review of topical treatments to control the odor of malignant fungating wounds. J Pain Symptom Manage 2010;39(6):1065-76. https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2009.11.319
Woo K, Sibbald RG. Local wound care for malignant and palliative wounds. Adv Skin Wound Care. 2010. 23(9):417-28. https://doi.org/10.1097/01.asw.0000383215.41653.ba
Probst S, Arber A, Faithfull S. Malignant fungating wounds: a survey of nurses’s clinical practice in Switzerland. Eur J Oncol Nurs 2009;13:295-8. https://doi.org/10.1016/s1359-6349(09)70796-7
Gozzo TO, Tahan FP, Andrade M, Nascimento TG, Prado MAS. Ocorrência e manejo de feridas neoplásicas em mulheres com câncer de mama avançado. Esc Anna Nery 2014;18(2):270-6. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20140039.
Lisboa IND, Valença MP. Caracterização de pacientes com feridas neoplásicas. Estima 2016;14(1):21-8. https://doi.org/10.5327/z1806-3144201600010004
Gethin G, Grocott P, Probst S, Clarke E. Current practice in the management of wound odor: an international survey. Int J Nurs Stud. 2013. 51(6):865-74. https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2013.10.013
Gibson S, Green J. Review of patients' experiences with fungating wounds and associated quality of life. J Wound Care 2013;22(5):265-72. https://doi.org/10.12968/jowc.2013.22.5.265
Probst S, Arber A, Faithfull S. Malignant fungating wounds: the meaning of living in an unbounded body. Eur J Oncol Nurs 2013;17(1):38-45. https://doi.org/10.1016/j.ejon.2012.02.001
Alexander S. Malignant fungating wounds: key symptoms and psychosocial. J Wound Care 2009;18(8):325-9. https://doi.org/10.12968/jowc.2009.18.8.43631
Alexander S. Maliganant fungating wounds: managing pain, bleeding and psychosocial issues. J Wound Care 2009;18(10):418-25. https://doi.org/10.12968/jowc.2009.18.10.44603
Alexander S. Malignant fungating wounds: managing malodour and exsudate. J Wound Care 2009;(9):374-82. https://doi.org/10.12968/jowc.2009.18.9.44305
Blakely AM, McPhillips J, Miner TJ. Surgical palliation for malignant disease requiring locoregional control. Ann Palliatt Med 2015;4(1):48-53. https://doi.org/10.3978/j.issn.2224-5820.2015.04.03.
Beh SY, Leow LC. Fungating breast cancer and other malignant wounds: epidemiology, assessment and management. Expert Rev Qual Life Cancer Care 2016;1(2):137-44. https://doi.org/10.1080/23809000.2016.1162660
Maida V, Alexander S, Case AA, Fakhraei P. Malignant wound management. Public Health Emerg 2016;1:12.
Tilley C, Lipson J, Ramos M. Palliative wound care for malignant fungating wounds: holistic considerations at end-of-life. Nurs Clin N Am 2016;51(3):513-31. https://doi.org/10.1016/j.cnur.2016.05.006
Agra G, Santos JP, Sousa ATO, Gouveia BLA, Brito, DTF, Macêdo EL et al. Malignant neoplastic wounds: clinical management performed by nurses. Int Arch Med. 2016. 9(344):1-13. https://doi.org/10.3823/2215
Walsh AF, Bradley MMSN, Cavallito K. Management of fungating tumors and pressure ulcers in a patient with stage IV cutaneous malignant melanoma. J Hosp Palliat Nurs 2014;16(4):208-14. https://doi.org/10.1097/njh.0000000000000059
Merz T, Klein C, Uebach B, Kern M, Ostgathe C, Bükki J. Fungating wounds: multidimentional challenge in palliative care. Breast Care 2011;6(1):21-4. https://doi.org/10.1159/000324923
Instituto Nacional de Câncer. Brasil. Tratamento e controle de feridas tumorais e úlceras por pressão no câncer avançado. Rio de Janeiro: INCA; 2009.
González RC, Robles CC, Gómez FC, UrÃa AD, SaÃz BF, España MVG, et al. Manual de prevención y cuidados locales de heridas crónicas. Servicio Cántabro de Salud, 2011. 223p.
Vaquer LM. Manejo del las úlceras cutáneas de origen tumoral; cutánides. Rev Int Grupos Invest Oncol 2012;1(2):52-9.
Cestari ME. Padrões do conhecimento da Enfermagem e suas implicações para o ensino. Rev Gaúcha Enferm 2003;24(1):34-42.
Wiermann EG, Diz MP, Caponero R, Lages PSM, Araújo CZS, Bettega RTC, et al. Consenso brasileiro sobre manejo da dor relacionada ao câncer. Rev Bras Oncol ClÃn 2015;10(38):132-43.
Salvador M, Rodrigues CC, Carvalho EC. Emprego do relaxamento para alÃvio da dor em Oncologia. Rev RENE 2008;9(1):120-8.
Carvalho LFGL, Branco TP. Avaliação da dor. In: Carvalho RT, Souza MRB, Frank EM, Polastrini RTV, Crispim D, Jales SMCP et al. Manual de residência de cuidados paliativos: abordagem multidisciplinar. São Paulo: Manole; 2018.
Sawynok J. Topical and peripherally acting analgesics. Pharmacol Rev 2003;55(1):1-20. https://doi.org/10.1124/pr.55.1.1
Vernassiere C, Cornet C, Trechott P, Alla F, Truchetet F, Cuny JF. Estudo para determinar a eficácia da morfina tópica em úlceras crônicas dolorosas. J Trat Feridas 2005;14(6):289-93.
Firmino F. Pacientes portadores de feridas neoplásicas em serviços de cuidados paliativos: contribuições para a elaboração de protocolos de intervenções de enfermagem. Rev Bras Cancerol 2005;51(4):347-59.
Sacramento CJ, Reis PED, Simino GPR, Vasques CI. Manejo de sinais e sintomas em feridas tumorais: revisão integrativa. Rev Enfer Cent O Min 2015;5(1):1514-27.
Fromantin I, Watson S, Baffie A, Rivat A, Falcou MC, Kriegel I, Ingenior YR. A prospective, descriptive cohort study of malignant wound characteristics and wound care strategies in patients with breast cancer. Ostomy Wound Mange 2014;60(6):38-48.
Graham T, Grocott P, Probst S, Wanklyn S, Dawson J, Gethin G. How are topical opioids used to manage painful cutaneous lesions in palliative care? A critical review. Pain 2013;154(10):1920-8. https://doi.org/10.1016/j.pain.2013.06.016