Aspectos associados ao desfecho do tratamento da coinfecção tuberculose/ví­rus da imunodeficiência humana

Autores

  • Ana Paula de Vechi Corrêa FAMERP
  • Aline Fiori dos Santos Feltrin FAMERP
  • Isabela Cristina Rodrigues FAMERP
  • Maria Amélia Zanon Ponce FAMERP
  • Maria de Loudes Sperli Geraldes Santos FAMERP
  • Silvia Helena Figueiredo Vendramini FAMERP

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v18i3.1187

Resumo

Objetivo: Identificar os aspectos associados ao desfecho favorável e desfavorável do tratamento da tuberculose em doentes coinfectados pelo ví­rus da imunodeficiência humana em uma Regional de Saúde do Estado de São Paulo, notificados entre os anos de 1996 e 2014. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo a partir de dados secundários dos casos de tuberculose, notificados no Sistema Estadual de Notificação e Acompanhamento dos Casos de Tuberculose. Os fatores associados ao desfecho do tratamento da tuberculose foram analisados por medidas descritivas, teste qui-quadrado e razão de prevalência. Resultados: Encontrou-se associação estatisticamente significante entre as variáveis: caso novo, classificação, aids, álcool/drogas, tabagismo e internação. Conclusão: Considerando o desfecho do tratamento da tuberculose, ressaltamos a importância da busca ativa de sintomáticos respiratórios para melhorar o diagnóstico precoce, reduzindo assim a incidência de tuberculose, bem como a morbidade e mortalidade. A vigilância do tratamento dos pacientes coinfectados deve ser redobrada, devido a maior chance de desfecho desfavorável.

Palavras-chave: tuberculose, HIV, coinfecção, epidemiologia, resultado de tratamento.

Biografia do Autor

Ana Paula de Vechi Corrêa, FAMERP

Enfermeira, com especialização em Saúde da Familia e Obstetrí­cia e Mestrado em Enfermagem pela FAMERP

Aline Fiori dos Santos Feltrin, FAMERP

Enfermeira, Mestrado em Enfermagem pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

Isabela Cristina Rodrigues, FAMERP

Enfermeira, Mestrado em Enfermagem pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

Maria Amélia Zanon Ponce, FAMERP

Doutorado em Ciências da Saúde pelo Programa de Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

Maria de Loudes Sperli Geraldes Santos, FAMERP

Doutorado em Enfermagem pelo Programa  Interunidades da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva e Orientação Profissional (DESCOP) - FAMERP

Silvia Helena Figueiredo Vendramini, FAMERP

Doutorado em Enfermagem pelo Programa de Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva e Orientação Profissional (DESCOP) - FAMERP

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Publicado

2019-07-16

Edição

Seção

Artigos originais