Uso da hipotermia induzida após parada cardiorrespiratória

Autores

  • Ionara Silva UFRN
  • Joyce Carolynne Silva UFRN
  • Karen Rayara Bezerra Lima UFRN
  • Daniele Vieira Dantas UFRN
  • Rodrigo Assis Neves Dantas UFRN
  • Maria do Carmo de Oliveira Ribeiro UFS

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v19i1.1651

Resumo

Introdução: A parada cardiorrespiratória é definida como a cessação abrupta da atividade mecânica do coração. Os indiví­duos que conseguem sobreviver podem adquirir danos neurológicos irreversí­veis. A indução da hipotermia visa a diminuição do metabolismo cerebral, limitação da lesão miocárdica e sistêmica. Objetivo: Identificar as informações recentes e as principais medidas a serem tomadas durante o uso de hipotermia induzida em ambiente hospitalar após ocorrência de parada cardiorrespiratória. Métodos: Revisão da literatura cientí­fica do tipo integrativa empí­rica. A busca foi realizada em outubro de 2017, na Biblioteca Virtual em Saúde, bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde; na Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Scientific Electronic Library Online, além de buscas realizadas no Pubmed. Resultados: Os estudos selecionados trazem diversas contribuições sobre o uso da hipotermia induzida em ambiente hospitalar. Estes foram divididos nas seguintes categorias de análise: Desfecho neurológico e fatores predisponentes de resultados após a HT, Medidas eficazes de cuidado durante a HT e, por fim, os Efeitos da hipertermia de rebote após a HT. Conclusão: Os resultados demonstraram a necessidade da atualização frequente dos profissionais sobre o tema, com o intuito de qualificar a assistência, baseando-se em evidências.

Palavras-chave: parada cardí­aca, reanimação cardiopulmonar, hipotermia induzida, emergências, cuidados crí­ticos.

Biografia do Autor

Ionara Silva, UFRN

Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem. Natal/RN, Brasil.

Joyce Carolynne Silva, UFRN

Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem. Natal/RN, Brasil.

Karen Rayara Bezerra Lima, UFRN

Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem. Natal/RN, Brasil.

Daniele Vieira Dantas, UFRN

Enfermeira. Pós-Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Sergipe. Doutora em Ciências da Saúde/UFRN. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, Natal, RN, Brasil.

Rodrigo Assis Neves Dantas, UFRN

Enfermeiro. Pós-Doutorando em Enfermagem pela Universidade Federal de Sergipe. Doutor em Ciências da Saúde/UFRN. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, Natal, RN, Brasil.  

Maria do Carmo de Oliveira Ribeiro, UFS

Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Sergipe/UFS. Aracajú/SE. Brasil.

Referências

Pazin Filho A, Santos JC, Castro RBP, Bueno CDF, Schmidt A. Parada Cardiorrespiratória (PCR). Medicina 2003;36:163-78.

Moraes RB, Boniatti MM, Cardoso PRC, Lisboa T, Barros E. Medicina intensiva: consulta rápida. Porto Alegre: Artmed; 2014.

American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2015: atualização das diretrizes de RCP e ACE. 2015. Disponível: http://www.perc.ufc.br/wp-content/uploads/2016/02/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf

Gonzalez MM, Timerman S, Gianotto-Oliveira R, Polastri TF, Canesin MF, Lage SG et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2013;101(2):Supl 3:1-221.

Vancini-Campanharo CR, Vancini RL, Lira CAB, Andrade MS, Góis AFT, Atallah AN. Cohort study on the factors associated with survival post-cardiac arrest. Sao Paulo Med J 2015;133(6):495-501. https://doi.org/10.1590/1516-3180.2015.00472607

Alves CA, Barbosa CNS, Faria HTG. Parada Cardiorrespiratória e enfermagem: o conceito acerca do suporte básico de vida. Cogitare Enferm 2013;18(2):296-301.

Lafetá AFM, Paula BP, Lima CA, Leite LES, Paiva PA, Leão HM et al. Suporte avançado de vida na parada cardiorrespiratória: aspectos teóricos e assistenciais. Revista da Universidade Vale do Rio Verde 2015;13(1):653-63.

Thomaz RR, Whitaker IY. Uso da máscara laríngea em pacientes com parada cardiorrespiratória: revisão sistemática. Rev Eletr Enferm 2013;15(3):810-8.

Bernoche C, Kopel L, Gianetti NS, Lage SG, Timerman S. Terapia do controle da temperatura pós-parada cardiorrespiratória. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2016;26(1):27-33.

Souza JE. Hipotermia terapêutica pós reanimação cardiorrespiratória: uma revisão bibliográfica. Revista Recien 2013;3(8):25-35. https://doi.org/10.24276/rrecien2177-157X.2013.3.8.25-35

Soares CB, Hoga LAK, Peduzzi M, Sangaleti C, Yonekura T, Silva DRAD. Revisão integrativa: conceitos e métodos utilizados em enfermagem. Rev Esc Enferm USP 2014;48(2):335-45. https://doi.org/10.1590/S0080-6234201400002000020

Galvão CM. Níveis de evidência. Acta Paul Enferm 2006;19(2):5.

Tetsuhara K, Kato H, Kanemura T, Okada I, Kiriu N. Severe acidemia on arrival not predictive of neurologic outcomes in post–cardiac arrest patients. Am J Emerg Med 2016;34(3):425-8. https://doi.org/10.1016/j.ajem.2015.11.030

Eid SM, Albaeni A, Vaidya D, Nazarian SM, Llinas R, Chandra-Strobos N. Awakening following cardiac arrest: Determined by the definitions used or the therapies delivered? Resuscitation 2016;100:38-44. https://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2015.12.017

Ryoo SM, Jeon SB, Sohn CH, Ahn S, Han C, Lee BK et al. Predicting outcome with diffusion-weighted imaging in cardiac arrest patients receiving hypothermia therapy: multicenter retrospective cohort study. Crit Care Med 2015;43(11):2370-7. https://doi.org/10.1097/CCM.0000000000001263

Holzinger U, Brunner R, Losert H, Fuhrmann V, Herkner H, Madl C et al. Resting energy expenditure and substrate oxidation rates correlate to temperature and outcome after cardiac arrest - a prospective observational cohort study. Crit Care 2015;19(1):128. https://doi.org/10.1186/s13054-015-0856-2

Williams ML, Nolan JP. Is enteral feeding tolerated during therapeutic hypothermia? Resuscitation 2014;85(11):1469-72. https://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2014.08.018

Orbo M, Aslaksen PM, Larsby K, Norli L, Schäfer C, Tande PM et al. Determinants of cognitive outcome in survivors of out-of-hospital cardiac arrest. Resuscitation 2014;85(11):1462-8. https://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2014.08.010

Stær-Jensen H, Sunde K, Olasveengen TM, Jacobsen D, Drægni T, Nakstad ER et al. Bradycardia during therapeutic hypothermia is associated with good neurologic outcome in comatose survivors of out-of-hospital cardiac arrest. Crit Care Med 2014;42(11):2401-8. https://doi.org/10.1097/CCM.0000000000000515

Kamps MJ, Horn J, Oddo M, Fugate JE, Storm C, Cronberg T et al. Prognostication of neurologic outcome in cardiac arrest patients after mild therapeutic hypothermia: a meta-analysis of the current literature. Intensive Care Med 2013;39(10):1671-82. https://doi.org/10.1007/s00134-013-3004-y

Winters SA, Wolf KH, Kettinger SA, Seif EK, Jones JS, Bacon-Baguley T. Assessment of risk factors for post-rewarming "rebound hyperthermia" in cardiac arrest patients undergoing therapeutic hypothermia. Resuscitation 2013;84(9):1245-9. https://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2013.03.027

Cho HJ, Kyong YY, Oh YM, Shoi SM, Shoi KH, Oh JS. Therapeutic hypothermia complicated by spontaneous brain stem hemorrhage. Am J Emerg Med 2013;31:266.e1-266e.3. https://doi.org/10.1016/j.ajem.2012.04.017

Gebhardt K, Guyette FX, Doshi AA, Callaway CW, Rittenberger JC. The Post Cardiac Arrest Service. Prevalence and effect of fever on outcome following resuscitation from cardiac arrest. Resuscitation 2013;84(2013):1062-7. https://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2013.03.038

Leão RN, Ãvila P, Cavaco R, Germano N, Bento L. Hipotermia terapêutica após parada cardíaca: preditores de prognóstico. Rev Bras Ter Intensiva 2015;27(4):322-32. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20150056

Storm C. O uso de hipotermia e desfechos após ressuscitação cardiopulmonar em 2014. Rev Bras Ter Intensiva 2014;26(2):83-85. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20140015

Hifumi T, Kuroda Y, Kawakita K, Sawano H, Tahara Y, Hase M et al. Effect of admission Glasgow Coma Scale Motor Score on neurological outcome in out-of-hospital cardiac arrest patients receiving therapeutic hypothermia. Circ J. 2015;79(10):2201-8. https://doi.org/10.1253/circj.CJ-15-0308

Pang PYK, Wee GHL, Hoo AEE, Sheriff IMT, Lim SL, Tan TE et al. Therapeutic hypothermia in adult patients receiving extracorporeal life support: early results of a randomized controlled study. J Cardiothorac Surg 2016;11:43.

Nielsen N, Wetterslev J, Cronberg T, Erlinge D, Gasche Y, Hassager C et al. Targeted temperature management at 33°C versus 36°C after cardiac arrest. N Engl J Med 2013;369(23):2197-206.

Damiani D. Rebaixamento do nível de consciência: abordagem prática na sala de emergência. Arq Bras Neurocir 2016:1-10. https://doi.org/10.1055/s-0036-1594251

Hominal M, Picabea S, Meiriño Alejandro, Zapata G. Terapia basada en hipotermia moderada y controlada para el manejo del paro cardiorespiratorio reanimado: Experiencia inicial. Rev Fed Arg Cardiol 2015;45(2):73-8.

Corrêa LVO. Hipotermia terapêutica pós-parada cardiorrespiratória em hospitais do extremo sul do Brasil [Dissertação]. Rio Grande: Universidade Federal do Rio Grande; 2014.

Waldrigues MC, Wagner BV, Mercês NNA, Perly T, Almeida EA, Caveião C. Complicações da hipotermia terapêutica: diagnósticos e intervenções de enfermagem. J Res Fundam Care 2014;6(4):1666-76.

Downloads

Publicado

2020-03-22