Demanda psicossocial em trabalhadores da indústria de móveis

Autores

  • José Dioní­sio de Paula Júnior Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)
  • Jordana Helena Almeida Arruda Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)
  • Renata Nascimento Alves Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v15i2.170

Resumo

Objetivo: O estudo tem como objetivo descrever a prevalência de indicadores psicossociais em trabalhadores da indústria de móveis e promover uma análise com distintas atividades econômicas. Métodos: Trata-se de um estudo analí­tico com temporalidade transversal, realizado em uma indústria de móveis da cidade de Rodeiro/MG. As ferramentas utilizadas foram o Job Content Questionnaire (JCQ) e o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Resultados: Foram avaliados 132 trabalhadores do gênero masculino do setor de produção da indústria de móveis, a média de idade apresentada foi 32,0 anos, com predomí­nio das seguintes variáveis: sofrimento para trabalho diário (93,9%), dores de cabeça frequente (61,4%), assustar-se facilmente (54,5%), sentir tristeza (53,0%) e dificuldade para realização das tarefas (52,3%). Sobre os aspectos do JCQ, prevaleceram elevadas a demanda psicológica e autoridade sobre o trabalho. Os resultados demonstraram uma alta prevalência de transtorno mental comum (TMC) (63,6%) para os trabalhadores. Conclusão: A pesquisa mostrou alta prevalência de TMC, o que torna importante as intervenções dos profissionais de enfermagem na adoção de práticas educativas referente às condições do ambiente de trabalho.

Palavras-chave: saúde mental, trabalhador, esgotamento profissional. 

Biografia do Autor

José Dioní­sio de Paula Júnior, Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)

Enfermeiro, Professor da Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)

Jordana Helena Almeida Arruda, Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)

Curso de Enfermagem, Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)

Renata Nascimento Alves, Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)

Curso de Enfermagem, Faculdade Presidente Antônio Carlos (FAPAC)

Referências

Brito J. Trabalho e saúde coletiva: o ponto de vista da atividade e das relações de gênero. Ciênc Saúde Coletiva 2005;10(4):879-90.

Ribeiro ACA, Mattos BM, Antonelli CS, Canêo LC, Júnior EG. Resiliência no trabalho contemporâneo: promoção e/ou desgaste da saúde mental. Psicol Estud 2011;16(4):623-33.

Rangel S, Figueiredo AG. O problema de corte de estoque em indústrias de móveis de pequeno e médio porte. Pesqui Operacional 2008;28(3):451-72.

Murta SG, Tróccoli BT. Avaliação de intervenção em estresse ocupacional. Psic Teor e Pesqui 2004;20(1):39-47.

Couto HA, Vieira FLH, Lima EG. Estresse ocupacional e hipertensão arterial sistêmica. Rev Bras Hiper 2007;14(2):112-5.

Noronha APP, Fernandes DC. Estresse laboral e raciocínio inferencial: um estudo correlacional. Psic Ciênc Prof 2006;27(4):596-607.

Galindo RH, Feliciano KVO, Lima RAS, Souza AI. Síndrome de Burnout entre enfermeiros de um hospital geral da cidade do Recife. Rev Esc Enferm 2012;46(2): 420-7.

Moreno FN, Gil GP, Haddad MCL, Vannuchi MTO. Estratégias e intervenções no enfrentamento da síndrome de burnout. Rev Enfermagem UERJ 2011;19(1):140-5.

Braga LC, Carvalho LR, Brinder MCP. Condições de trabalho e transtornos mentais comuns em trabalhadores da rede básica de saúde de Botucatu (SP). Ciênc Saúde Coletiva 2010;15(1):1585-96.

Farias MD, Araújo TM. Transtornos Mentais Comuns entre trabalhadores da zona urbana de Feira de Santana – BA. Rev Bras Saúde Ocupacional 2011;36(123):25-39.

Souza SF, Carvalho FM, Araújo TM, Porto LA. Fatores psicossociais do trabalho e transtornos mentais comuns em eletricitários. Rev Saúde Pública 2010;44(4):710-7.

Fiorotti C, Tonazelli J, Malagris L. Transtornos mentais comuns em pacientes Hipertensos: Estudo em unidade de atenção primária à saúde no Rio de Janeiro. Rev APS 2009;12(3):318-27.

Kirchhof ALC, Magnago TSBS, Camponogara S, Griep RH, Tavares JP, Presstes FC, et al. Condições de trabalho e características sociodemográficas relacionadas à presença de distúrbios psíquicos menores em trabalhadores de enfermagem. Texto Contexto Enferm 2009;18(2):215-23.

Araújo TM, Graça CC, Araújo E. Estresse ocupacional e saúde: contribuições do modelo demanda-controle. Ciênc Saúde Coletiva 2003;8(4):991-1003.

Minayo MCS, Assis SG, Oliveira RVC. Impacto das atividades profissionais na saúde física e mental dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro (RJ, Brasil). Ciênc Saúde Coletiva 2011;16(4):2199-2209.

Cavagioni LC, Pierin AMG, Batista KM, Bianchi ERF, Costa ALS. Agravos à saúde, hipertensão arterial e predisposição ao estresse em motoristas de caminhão. Rev Esc Enferm 2009;43(2):1267-71.

Lyra GFD, Assis SG, Njaine K, Oliveira RVC, Pires TO. A relação entre professores com sofrimento psíquico e crianças escolares com problemas de comportamento. Ciênc Saúde Coletiva 2009;14(2):435-44.

Silva ATC, Menezes PR. Esgotamento profissional e transtornos mentais comuns em agentes comunitários de saúde. Rev Saúde Pública 2008;42(5):921-9.

Magnago TSBS, Lisboa MTL, Griep RH, Zeitoune RCG, Tavares JP. Condições de trabalho de profissionais da enfermagem: avaliação baseada no modelo demanda- controle. Acta Paul Enferm 2010;23(6):811-7.

Santos KOB, Araújo TM, Pinho PS, Silva ACC. Avaliação de um instrumento de mensuração de morbidade psíquica: estudo de validação do self-reporting questionnaire (SRQ- 20). Rev Baiana Saúde Pública 2011;34(3):544-60.

Downloads

Publicado

2016-08-22

Edição

Seção

Artigos originais