Idosos institucionalizados e depressão: rastreamento dos sintomas
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i3.2642Resumo
Introdução: No Brasil, com a transição demográfica, o número de pessoas que alcançam a terceira idade tem aumentado significativamente e, paralelamente a esse processo, observa-se um aumento gradativo de perturbações de humor nessa etapa da vida, principalmente o transtorno depressivo. Objetivo: Analisar a prevalência de sintomas depressivos em idosos institucionalizados. Métodos: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido com idosos de três instituições de longa permanência no município de Cajazeiras, Paraíba. O instrumento utilizado para a coleta de dados consistiu em um questionário validado, a Escala de Depressão Geriátrica. A análise estatística descritiva e testes estatísticos foram realizados no software SPSS, versão 20. Todos os itens dispostos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde foram obedecidos neste estudo. Resultados: A prevalência de sintomas depressivos foi de 47,8%, mostrando-se elevada quando comparada com outras pesquisas. Isso demanda melhores capacitações por parte dos profissionais em busca de olhares diferenciados e investigações direcionadas, objetivando intervenções precoces e satisfatórias. Conclusão: Torna-se primordial a criação de programas para idosos institucionalizados que visem promover participações diretas no âmbito social, cultural, esportivo, lazer e educacional, com ênfase no empoderamento dos atores sociais e na redução da sintomatologia depressiva neste grupo etário.
Palavras-chave: saúde do idoso, depressão, institucionalização.
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