Exposição de crianças ao material particulado atmosférico inalável em duas escolas na região Amazônica do Brasil e associações com a saúde
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v18i5.2715Resumo
O objetivo deste estudo foi verificar a exposição de crianças ao Material Particulado Atmosférico (MPA) em duas escolas na Amazônia, uma em Santarém e a outra em Mojuí dos Campos, durante as estações seca e chuvosa entre 2015 e 2016. Os métodos analíticos incluíram análise gravimétrica, avaliação de íons solúveis e de elementos traço. A concentração mássica média diária foi maior durante a estação seca (55,28 a 76,30 µg/m3 para partículas grossas e 8,10 a 20,84 µg/m3 para partículas finas), quando comparada com a estação chuvosa (26,08 a 31,9 µg/m3 para partículas grossas e 0,11 a 2,05 µg/m3 para partículas finas). Análises químicas evidenciaram baixas concentrações de compostos solúveis (≤ 0,54 mg/m3) com a predominância de Cl- e NO3- e as análises de elementos traço mostraram que os compostos de maior abundância nas partículas grossas foram elementos terrígenos como Ca, Na, Mg e nas finas houve a predominância de SO4²-, NH4+ e de K. Conclui-se que as crianças estão expostas a uma maior concentração de poluentes atmosféricos durante a estação seca, predominantemente às partículas grossas, com abundância de compostos químicos que se relacionam a ressuspensão de poeiras do solo e que podem ser associadas a implicações respiratórias menos graves, como aquelas de vias aéreas superiores.
Palavras-chave: poluição do ar, material particulado, ecossistema amazônico.
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