O uso do partograma na assistência ao trabalho de parto em uma maternidade pública

Autores

  • Érica Rayanne da Silva Salazar UEMA
  • Ruanna Cardoso Leal UEMA
  • Jeí­se Pereira Rodrigues UEMA
  • Rafaela Ferreira Vilanova UEMA
  • Irene Sousa da Silva UEMA

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v19i3.2848

Resumo

A assistência no processo parturitivo necessita de uma criteriosa avaliação para que seja realizada de forma segura e eficaz. Atualmente a ferramenta recomendada para este fim é o partograma. Um instrumento que possibilita a representação gráfica do trabalho de parto. O objetivo deste estudo é analisar o uso do partograma por profissionais que atuam no centro obstétrico de uma maternidade pública. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória, documental, com abordagem quantitativa, cujo objeto de investigação foi o partograma. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão o cálculo amostral resultou em 345 partogramas. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento elaborado pelos pesquisadores de modo a alcançar os objetivos propostos. Entre os 345 prontuários analisados, 94,5% tinham o partograma presente no prontuário. Dentre os que contavam com a presença da ferramenta, somente 36,3% estavam preenchidos, porém o percentual de preenchimento completo foi de 21,2% e o de preenchimento correto foi de 44,9%. Portanto, observou-se que a frequência de utilização do partograma na instituição em que foram coletados os dados é baixa, e quando utilizado não atendeu ao propósito de monitorização do trabalho de parto na maioria dos casos, já que a maioria foi preenchido incompletamente.

Palavras-chave: trabalho de parto, parto, monitoramento, assistência.

Biografia do Autor

Érica Rayanne da Silva Salazar, UEMA

Enfermeira Obstétrica, Universidade Estadual do Maranhão

Ruanna Cardoso Leal, UEMA

Enfermeira Obstétrica, Universidade Estadual do Maranhão

Jeí­se Pereira Rodrigues, UEMA

Enfermeira Obstétrica, Universidade Estadual do Maranhão

Rafaela Ferreira Vilanova, UEMA

Enfermeira Obstétrica, Preceptora da Residência em Enfermagem Obstétrica, Universidade Estadual do Maranhão

Irene Sousa da Silva, UEMA

Docente na Graduação de Enfermagem, Universidade Estadual do Maranhão

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Publicado

2021-12-03

Edição

Seção

Artigos originais