Punção de veias periféricas em adultos hospitalizados: método misto sequencial aninhado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v18i6.3255

Resumo

Introdução: A punção de vasos periféricos é um procedimento invasivo realizado por profissionais da saúde com interpretações e significados distintos entre as pessoas. Objetivo: Identificar os conteúdos, a estrutura e a origem das representações sociais sobre punção venosa periférica por pessoas internadas e analisar seus sentimentos e comportamentos autorrelatados durante as etapas desse procedimento. Métodos: Estudo misto tipo sequencial aninhado (Teoria das Representações Sociais e seccional) realizado em hospital de ensino filantrópico que presta 100% dos serviços contratualizados ao Sistema Único de Saúde. Participaram 150 pessoas internadas com veias periféricas puncionadas. Realizou-se entrevista individual usando técnica de evocação livre de palavras e coleta de sentimentos e comportamentos durante o processo de punção venosa a partir de questionário próprio. Foram feitas análises: prototí­pica e estatí­stica descritiva. Atenderam-se os aspectos ético-legais. Resultados: No possí­vel núcleo central constam conteúdos comportamentais (dor-sofrimento, medo e nervosismo) e objetivais (soro-medicamento) em oposição í  área de contraste (quieto-controle). Houve predominância de sentimentos e comportamentos de caráter negativo. Conclusão: Os conteúdos representacionais versaram sobre respostas humanas valorativas de caráter negativo, retratando dificuldades dos participantes em lidar com a punção de vasos, o que remete í  necessidade de a equipe de enfermagem identificar e monitorizar terapeuticamente tais respostas.

Palavras-chave: cuidados de enfermagem, punções, cateterismo periférico, hospitalização, psicologia social.

Biografia do Autor

Cristina Arreguy-Sena, UFJF

Enfermeira, Doutora, Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, Professora Titular, Juiz de Fora, Minas Gerais

Laércio Deleon de Melo, UFJF

Mestre em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (FACENF-UFJF), Professor no curso de Graduação em Enfermagem, Centro Universitário Estácio Juiz de Fora    

Luciene Muniz Braga, UFV

Enfermeira, Doutora, Professora Adjunta, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Departamento de Medicina e Enfermagem,Viçosa, MG

Paula Krempser, UFJF

Enfermeira, Doutora, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Faculdade de Enfermagem da UFJF (FACENF-UFJF), Juiz de Fora, MG

Romanda da Costa Pereira Barboza Lemos, UFJF

Enfermeira, Mestre, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Faculdade de Enfermagem da UFJF (FACENF-UFJF), Juiz de Fora, MG

Daniela de Paula Lopes, UFJF

Enfermeira,  Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Faculdade de Enfermagem da UFJF (FACENF-UFJF), Departamento de Enfermagem Aplicada, Juiz de Fora, MG

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Publicado

2020-01-12

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Seção

Artigos originais