A vivência da maternidade de mulheres HIV positivo

Autores

  • Elis de Oliveira Arantes UFJF

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v11i2.3791

Resumo

Descobrir ser mãe e portadora do ví­rus da imunodeficiência humana (HIV) traz profundas mudanças que alteram de forma significativa a vivência da maternidade que passa a ser permeada pelo medo de uma possí­vel transmissão vertical e do preconceito social. A vivência da maternidade frente ao diagnóstico positivo para o HIV é o objeto do presente estudo, que tem como objetivo: discutir o cuidado de enfermagem prestado a mulher que vivencia a dualidade de ser mãe e portadora do HIV. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada no Serviço de Assistência Especializada do Programa de Doenças Transmissí­veis da Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora. Participaram do estudo 35 mulheres soropositivas dentre elas, gestantes e mães. A discussão dos resultados permitiu a construção de duas categorias analí­ticas: Ser mãe e portadora do ví­rus da imunodeficiência humana; O temor da transmissão vertical e do preconceito social. Na conclusão é evidenciada a relevância do pré-natal, uma vez que a grande maioria das mulheres entrevistadas descobriu-se soropositivas durante esta consulta e que a criação de grupos de apoio é uma importante estratégia importante para o cuidado integral de enfermagem.

Palavras-chave: enfermagem, transmissão vertical, AIDS.

Biografia do Autor

Elis de Oliveira Arantes, UFJF

Acadêmicas da Faculdade de Enfermagem e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Saúde Materno Infantil e Saúde Coletiva Universidade Federal de Juiz de Fora

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Publicado

2012-04-10

Edição

Seção

Artigos originais