Autoexame das mamas: quem ensina se cuida?

Autores

  • Teresa Cristina Gioia Schimidt UNINOVE
  • Renata Szilagyi Tavares UNINOVE

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v11i4.3806

Resumo

O câncer de mama é o mais prevalente entre as mulheres paulistas e é o segundo tipo mais incidente mundialmente, o que reforça que medidas de cunho preventivo sejam estabelecidas. Estudo exploratório e transversal desenvolvido com 48 enfermeiras docentes, sendo seu objetivo identificar fatores de risco e proteção para o câncer mamário e os motivos impeditivos para realização do autoexame das mamas (AEM). Os fatores de risco mais representativos para seu desenvolvimento foram: a menarca e a nuliparidade; já os de proteção foram amamentação exclusiva, realização do exame de mamografia e primeira gestação abaixo dos 30 anos. O motivo mais citado para não realização do AEM foi a não priorização da atitude mesmo não havendo qualquer dificuldade técnica para realizá-lo. Concluiu-se diante dos achados sobre a necessidade de maior reflexão e conscientização para o autocuidado, pois existe um hiato entre o que se fala e o que se faz.

Palavras-chave: autoexame de mamas, autocuidado, câncer de mama, docentes de Enfermagem. 

Biografia do Autor

Teresa Cristina Gioia Schimidt, UNINOVE

Integrante do Grupo de Pesquisa e Estudo sobre Comunicação em Enfermagem do CNPq, Docente Comissionada no Departamento ENC da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, Docente do Departamento de Saúde da Universidade Nove de Julho/SP

Renata Szilagyi Tavares, UNINOVE

Graduanda em Enfermagem da Universidade Nove de Julho  

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Publicado

2019-12-30

Edição

Seção

Artigos originais