Principais causas de morte neonatal em Criciúma e o papel do enfermeiro quanto a preveni-las

Autores

  • Aline Gabriel Lima UNESC

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v11i5.3815

Resumo

De acordo com o Ministério da Saúde a mortalidade neonatal passou a ser o principal componente de mortalidade infantil a partir do final da década de 80. Considerando tal fato, o objetivo do presente estudo foi identificar as principais causas de mortalidade neonatal no municí­pio de Criciúma/SC entre 2006 e 2010, e compreender o papel do enfermeiro frente í  prevenção dessas mortes. Os dados foram coletados analisando declarações de óbito; dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM); e dos prontuários das gestantes nas Unidades de Saúde onde realizaram o pré-natal. Verificou-se que ocorreram 119 óbitos neonatais com residentes de Criciúma, sendo 72,2% ocorridos no perí­odo neonatal precoce e 27,7% no perí­odo neonatal tardio. Foram identificadas 47 causas diferenciadas, sendo 64% delas consideradas evitáveis por intervenções no âmbito do SUS. Analisando os prontuários das gestantes, 44,6% não foram encontrados; 29,8% só possuí­am anotações de outros profissionais; e 25,6% não possuí­am evolução. A realização do estudo foi de grande aproveitamento e aprendizado, já que foi possí­vel conhecer a situação epidemiológica de mortalidade do municí­pio de Criciúma e identificar as estratégias para a redução desta variável.

Palavras-chave: mortalidade neonatal, Sistema Único de Saúde, Enfermagem.

Biografia do Autor

Aline Gabriel Lima, UNESC

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma/SC

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Publicado

2012-10-10

Edição

Seção

Artigos originais