Mãe canguru: possibilidades e limites

Autores

  • Vanessa Alvarenga Pegoraro UFMT
  • Cláudia Márcia Cabral Feijó Oliveira UFF

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v10i3.3856

Resumo

Objetivos: Identificar o conhecimento das enfermeiras da unidade neonatal do Hospital Universitário na cidade de Niterói/RJ, acerca do Método Mãe Canguru, e apontar os fatores facilitadores e impeditivos para sua implantação. Método: Estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa. Os dados foram coletados com cinco enfermeiras da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) por meio de formulário de entrevista semiestruturada. Os resultados foram agrupados de acordo com a essência dos significados existentes nas falas dos sujeitos e submetidos í  análise de conteúdo conforme a técnica de Bardin (1979). Resultados: Quatro sujeitos reconheceram a importância da aplicação do método para a formação do ví­nculo entre mãe e filho e o benefí­cio da proximidade da criança com a mãe através do contato pele a pele no crescimento e desenvolvimento, enquanto que, somente, um sujeito não conhecia como funcionava o método e seus benefí­cios, por estar lotado no serviço noturno e por não ter, nesse horário, a presença de alunos bolsistas da graduação em enfermagem que aplicavam o método. Quanto aos fatores facilitadores para a implantação do método foram identificados: apoio da direção do hospital, treinamento da equipe, espaço fí­sico adequado, experiências extrainstitucionais e número suficiente de pessoal de enfermagem qualificado. Os impeditivos são, exatamente, o inverso dos fatores facilitadores. Conclusão: Considerando os resultados obtidos a partir deste estudo e a relevância para o hospital e para o binômio mãe-filho, foi sugerido í  direção do hospital que, em conjunto com os enfermeiros da área materno-infantil, possam dar iní­cio ao processo de implantação do Método Mãe Canguru.

Palavras-chave: recém-nascido, ví­nculo, cuidado da criança, equipe de enfermagem.

Biografia do Autor

Vanessa Alvarenga Pegoraro, UFMT

Enfermeira, Professora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Mato Grosso

Cláudia Márcia Cabral Feijó Oliveira, UFF

M.Sc., Enfermeira, Professora da Universidade Federal Fluminense, RJ  

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Publicado

2020-01-05

Edição

Seção

Artigos originais