Distribuição espacial e temporal dos casos de sífilis materna no estado do Rio Grande do Norte
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v20i4.4447Palavras-chave:
sífilis; gravidez; conglomerados espaço-temporais; epidemiologiaResumo
Objetivo: Descrever a distribuição espacial e temporal dos casos confirmados de sífilis materna no estado do Rio Grande do Norte no período de 2008 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico com distribuição espacial e temporal. Foram utilizados os casos confirmados de sífilis materna, com base nas informações da ficha de notificação compulsória do Sistema de Informação de Agravos de Notificação para o período de 2008 a 2018. Resultados: No período do estudo foram confirmados 2.468 casos de sífilis em gestantes, dos quais 51,4% tinham idade entre 20 e 29 anos, 60% delas se autodeclararam pardas e 24,1% possuíam escolaridade de 5a a 8a série incompleta. 42,8% obtiveram a confirmação da sífilis apenas no terceiro trimestre. Quanto à taxa de incidência, houve aumento significativo no decorrer dos anos, sendo a menor registrada no ano de 2008 (0,33) e a maior no ano de 2017 (1,22). Conclusão: A sífilis materna constitui um grave problema de saúde pública e o aumento da sua incidência evidencia falhas nos serviços. Portanto, os resultados obtidos pelo estudo poderão ser úteis no monitoramento das áreas com maior incidência, contribuindo, assim, para a implementação de estratégias eficazes na redução dos casos. Entretanto, se fazem necessários estudos de avalição dos serviços de saúde a fim de identificar fragilidades na atenção aos casos de sífilis materna.
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