Redes de atenção à laqueadura tubária: responsabilidades e desafios
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v20i5.4849Palavras-chave:
atenção primária em saúde; avaliação dos serviços; planejamento familiarResumo
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são fundamentais para a garantia de assistência integral e de qualidade dentro do programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM). Apesar dos esforços envolvidos para a formação das RAS no PAISM, sua implantação depende do rompimento com a lógica de sistemas fragmentados, de forma a garantir acesso a uma das ações preconizadas, que é o Planejamento Familiar. Este artigo teve como objetivo analisar os desafios encontrados para a formação das RAS a partir da decisão da mulher pela Laqueadura Tubária (LT), dado a legislação vigente acerca do procedimento. Buscou-se responder à seguinte questão: Que limites enfrentam os gestores de saúde na organização da RAS relacionados ao planejamento familiar, especialmente no tocante à laqueadura tubária? É um estudo qualitativo exploratório descritivo, tendo como participantes os gestores de saúde municipais de 31 municípios no interior do Estado de São Paulo. Existem dificuldades para a articulação das RAS para a LT devido a problemas organizativos e de recursos humanos. Acredita-se que a composição da RAS na região apresenta elos extremamente frágeis, apesar de todos os esforços para a construção de um sistema de saúde integrado e eficiente.
Referências
Santos L. Região de saúde e suas redes de atenção: modelo organizativo-sistêmico do SUS. Ciênc Saúde Coletiva 2017;22(4):1281-9. doi: 10.1590/1413-81232017224.26392016
Osis MJMD. Estudo comparativo sobre as consequências da laqueadura na vidadas mulheres [Internet]. Relatório Técnico Final. Campinas: CEMICAMP, 1998. [cited 2021 Jun 6]. Available from: http://www.fhi.org/NR/rdonlyres/emmz6apuhwwykbibamt7ylm6e65bkg4wxe4adua24hv2i537zfxrl35s3zfvsvbwmcmnlez4svgudl/brazil2f.pdf
Juliani C, MacPhee M, Spiri W. Brazilian specialists’ perspectives on the patient referral process. Healthcare 2017;5(1):1-12. doi: 10.3390/healthcare5010004
Bardin L. Análise do conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2015.
Tonelli B, Leal AP, Tonelli W, Veloso DC, Gonçalves D, Tonelli S. Rotatividade de profissionais da Estratégia Saúde da Família no município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. RFO 2018:23(2). doi: 10.5335/rfo.v23i2.8314
Lourenço MB, Silva KS, Barbosa FLS. The turnover of health professionals in the Family Health Strategy in the City of Rio Grande do Piauí/PI. RSD 2021;10(5):e30310514744. doi: 10.33448/rsd-v10i5.14744
Lopes ESJ, Araújo TM, Machado CJ. Indicadores de precarização do trabalho nas equipes de saúde da família. In: Barbosa FC. Cuidados com a saúde: princípios fundamentais. Piracanjuba, GO: Conhecimento Livre; 2020. p.74-95. doi: 10.3423/200500925
Miranda GMD, Mendes ACG, Silva ALAS, Santos Neto, PM. A ampliação das equipes de saúde da família e o programa mais médicos nos municípios brasileiros. Trab Educ Saúde 2017;15(1). doi: 10.1590/1981-7746-sol00051
Silva BFS, Benito GAV. A voz de gestores municipais sobre o acesso à saúde nas práticas de gestão. Cienc Saude Coletiva 2013;18(8):2189-200. doi: 10.1590/S1413-81232013000800003
Cecílio LCO, Andreazza R, Carapinheiro G, Araujo EC, Oliveira LA, Andrade MGG, et al. A atenção básica à saúde e a construção de redes temáticas em saúde: qual pode ser o seu papel? Cienc Saude Coletiva [Internet] 2012 [cited 2021 Nov 3;17(11):2893-902. Available from: https://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/a-atencao-basica-a-saude-e-a-construcao-das-redes-tematicas-de-saude-qual-pode-ser-o-seu-papel/11038?id=11038
Albuquerque AC, Cesse EAP, Samico IC, Felisberto E, Frias PG, Silva GC. Desafios para regionalização da Vigilância em Saúde na percepção de gestores de regiões de saúde no Brasil. Saúde Debate 2021:45(128). doi: 10.1590/0103-1104202112802
Pereira VON, Shimizu HE, Ramos MC, Fagg CW. Regionalização em saúde em Minas Gerais: uma análise da percepção dos representantes de Comissões Intergestores Regionais. Physis 2020:30(01). doi: 10.1590/S0103-73312020300117
Souza GJ, Gomes C, Zanetti VR. Descentralização, território e regionalização dos serviços de saúde: análise contextual dos municípios de Guaratinguetá e Aparecida na Rede Regional De Atenção à Saúde – 17 (RRAS-17) do Estado de São Paulo. Desenvolvimento em Questão 2021;19(54):298-320. doi: 10.21527/2237-6453.2021.54.298-320
Shimizu HE, Ramos MC, Carvalho ALB. Os desafios da regionalização em saúde no Tocantins, Brasil. Revista de Gestão em Sistemas de Saúde 2020;9(3):517-34. doi: 10.5585/rgss.v9i3.15945
Santos AM, Santos FRF, Paiva JAC. Processo de regionalização na Bahia, Brasil: desafios para inovação organizacional. Revista Gerencia y Políticas de Salud 2020. doi: 10.11144/Javeriana.rgps19.prbb
Carvalho ALB, Jesus WLA, Senra IMVB. Regionalização no SUS: processo de implementação, desafios e perspectivas na visão crítica de gestores do sistema. Ciênc Saúde Colet 2017:22(4). doi: 10.1590/1413-81232017224.30252016
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Carolina Guizardi Polido, Carmen Maria Casquel Monti Juliani, Florence Beryl Pilkington
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.