Identificação de risco da pessoa idosa em uma instituição de longa permanência para idosos
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v15i4.496Resumo
Este artigo propôs-se a realizar um estudo descritivo, documental e retrospectivo com a finalidade de caracterizar as pessoas idosas quanto ao sexo e idade em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, além de identificar o risco dessas pessoas. Aplicando uma abordagem quantitativa, foram utilizadas 57 fichas de cadastro dos idosos internados durante o mês de janeiro de 2015. A coleta de dados foi realizada em fevereiro de 2015 e apresentou os seguintes resultados: 54,38% dos idosos eram do sexo masculino e 45,62% do sexo feminino. Desses, 26,31% tinham de 75 a 79 anos. Quanto í classificação de risco, 40,35% possuíam mais de 80 anos e 59,65% mais de 60 anos. Sobre os itens que classificam o idoso como frágil, os resultados foram: 71,92% eram portadores de incontinência urinária; 64,91% incontinência fecal e 57,89% apresentaram dependência para atividades do dia a dia. Quanto às incapacidades dos idosos, 22,80% possuíam incapacidade em vários itens acima citados. Em relação às doenças, 82,45% possuíam osteoporose; 70,17% hipertensão arterial; 54,38% diabetes mellitus; 56,17% infecção urinária; 38,59% algum tipo de doença mental e 28,07% alterações endocrinológicas. Quanto aos medicamentos, 92,98% dos idosos faziam uso de hipotensor; 78,94% de protetor gástrico e 70,17% de antipsicótico. Portanto, conclui-se que é importante orientar familiares e equipe de enfermagem para uma assistência adequada e direcionada í pessoa idosa, oferecendo qualidade no atendimento e cuidados específicos que previnam acidentes e ofereçam possibilidade de manutenção da independência funcional existente que permita ao idoso a realização das atividades da vida diária, consciente da exposição aos riscos de trauma que ele pode vir a sofrer.
Palavras-chave: idoso, enfermagem, risco, instituição de longa permanência para idosos.
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