Vivência da religiosidade após aborto espontâneo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v21i4.5063

Palavras-chave:

aborto, Saúde da mulher, religião

Resumo

O aborto espontâneo é uma perda inesperada da gestação e compreende-se que a maioria das mulheres não estão preparadas para enfrentar essa situação de forma natural. Em busca de respostas e alternativas para esse momento traumático, elas buscam, em seu momento de fragilidade, aproximar-se da religião para encontrarem as respostas às suas perguntas e amenizarem sua dor. O objetivo da pesquisa foi “conhecer a vivência da religiosidade das mulheres que tiveram o abortamento espontâneo”. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, do tipo descritivo. Como método utilizou-se o discurso do sujeito coletivo (DSC). O cenário do estudo foi Itajubá, cidade localizada no Sul do Estado de Minas Gerais. O tipo de amostragem foi “bola de neve”, cuja amostra foi constituída por 20 mulheres que estavam dentro dos critérios de inclusão. O presente estudo atendeu os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado com o parecer n.4.519.435. A ideia central mais recorrente entre as participantes em relação à religiosidade foi a “Confiança em Deus”. Portanto, conclui-se que a vivência da religiosidade pode contribuir para ajudar as mulheres que sofreram com o aborto espontâneo a enfrentarem o luto.

 

Biografia do Autor

Bruna Isabelly Vaz Gonçalves, FWB

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade Wenceslau Braz (FWB), Itajubá, MG, Brasil

Aline Maria da Silva Costa Barbosa, FWB

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade Wenceslau Braz (FWB), Itajubá, MG, Brasil

Ivandira Anselmo Ribeiro Simões, FWB

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade Wenceslau Braz (FWB), Itajubá, MG, Brasil

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Publicado

2022-09-25

Edição

Seção

Artigos originais