Perfil epidemiológico das mulheres com sí­ndromes hipertensivas na gestação e sua repercussão na prematuridade neonatal em uma maternidade pública de Belém/PA

Autores

  • Rhaysa Miranda Matias Dias Programa de Residência Multiprofissional em Saúde especialista em Atenção í  Saúde da Mulher e da Criança pela Universidade Estadual do Pará e Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA)

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v15i1.91

Resumo

Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico de puérperas com Doença Hipertensiva Especí­fica da Gravidez (DHEG), no ano de 2013, atendidas na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Belém/PA, identificando os fatores de risco e correlacionando às repercussões das sí­ndromes com a prematuridade neonatal. Método: Estudo transversal retrospectivo, com abordagem quantitativa, com uma amostra de 200 puérperas que evoluí­ram com partos vaginal e cesárea de 205 RNs. A coleta de dados foi por meio da análise de prontuários. Resultados: A maioria das mulheres evoluiu para parto cesárea (94,5%), era primigesta e solteira, seus RNs evoluí­ram com Idade Gestacional (AIG) (49,8%), seguido Pequeno para a Idade Gestacional (PIG) (38,0%), nasceram a termo (52,2%), seguido de prematuros (27,3%). Quanto ao tratamento, o mais frequente foi a terapêutica com Oxi-hood (39,8%), seguido por entubação orotraqueal (24,8%). Conclusão: Evidenciou-se o número de RNs com baixo peso e prematuros que necessitou de suporte ventilatório e UTI, comprovando que as DHEG levam a complicações imediatas e tardias nos neonatos.

Palavras-chave: Enfermagem, hipertensão, prematuridade, epidemiologia. 

Biografia do Autor

Rhaysa Miranda Matias Dias, Programa de Residência Multiprofissional em Saúde especialista em Atenção í  Saúde da Mulher e da Criança pela Universidade Estadual do Pará e Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA)

Enfermeira graduada pelo Centro Universitário do Estado do Pará, Especialista em Enfermagem em Nefrologia pelo Instituto de Ensino, Formação e Aperfeiçoamento em Pós-Graduação de Patos/PB, Especialista em Enfermagem Oncológica pela Universidade Federal do Estado do Pará e Pós-graduanda pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde especialista em Atenção í  Saúde da Mulher e da Criança pela Universidade Estadual do Pará e Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA)

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Publicado

2016-05-12

Edição

Seção

Artigos originais