ARTIGO ORIGINAL
Alterações posturais: a
caracterização de discentes de Fisioterapia em uma instituição do ensino
superior em Fortaleza/CE
Postural changes: the characterization of Physiotherapy students in a
higher education institution in Fortaleza/CE
Giselle Tibúrcio Lima*,
Marcus Levy Oliveira Mouta*, Jeffeson Hildo Medeiros
de Queiroz, Ft.**, Denilson de Queiroz Cerdeira, Ft.,
M.Sc.***, Cristiane Clemente de Mello Salgueiro, D.Sc.****, José Ferreira Nunes, D.Sc.*****
*Discente do Curso de
Fisioterapia do Centro Universitário Estácio do Ceará, **Mestrando em
Fisioterapia e funcionalidade, Universidade Federal do Ceará (UFC), Membro do
grupo de pesquisa Tendon Research
Group (TRG-Brazil) e
Preceptor da Liga de Fisioterapia Esportiva (LIFE-UFC), ***Doutorando em Biotecnologia,
RENORBIO (UFPB), Docente dos Cursos de Fisioterapia, Nutrição, Enfermagem e
Psicologia do Centro Universitário Estácio do Ceará, ****Pós-Doutorado, UECE,
Doutora em Ciências Veterinárias, UCM/Espanha, Especialista em Produção e
Reprodução de Caprinos e Ovinos – UECE, Médica Veterinária, Orientadora,
Docente do Programa de Doutorado da Rede Nordeste de Biotecnologia, RENORBIO,
*****Pós-Doutorado, Nouzilly, França, Orientador,
Docente do Programa de Doutorado da Rede Nordeste de Biotecnologia, RENORBIO
Recebido em 9 de agosto
de 2018; aceito em 25 de maio de 2020.
Correspondência: Denilson
de Queiroz Cerdeira, Rua Cajazeira, 501, Casa 39, Lagoa Redonda, 60831-310
Fortaleza CE
Giselle Tibúrcio Lima:
giselle.tl@hotmail.com
Marcus Levy Oliveira
Mouta: levy_mouta@hotmail.com
Jeffeson Hildo
Medeiros de Queiroz: jeffesonrcc@gmail.com
Denilson de Queiroz Cerdeira:
denilsonqueiroz@hotmail.com
Cristiane Clemente de
Mello Salgueiro: crismelloacp@gmail.com
José Ferreira Nunes:
nunesuece@gmail.com
Resumo
Na postura padrão, a
coluna apresenta curvaturas normais e os ossos dos membros inferiores ficam em
alinhamento. Quando o componente estrutural é alterado, o corpo humano
modifica-se para desempenhar tal situação da melhor forma possível, o que pode
ocasionar em um desvio postural. O objetivo desta pesquisa é avaliar a postura
e seus comprometimentos em discentes de um curso de Fisioterapia, traçando o
perfil clínico socioeconômico, conhecendo os comprometimentos posturais dos
participantes da pesquisa. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e
quantitativo realizado entre os meses de agosto de 2015 a junho de 2016, no
Centro Universitário Estácio do Ceará com 32 discentes do curso de
Fisioterapia. Os dados foram coletados através de uma ficha de avaliação postural
desenvolvida para o inquérito e analisada no programa Excel® 2013 e
confrontados com a literatura vigente sobre o assunto. O gênero feminino foi
predominante em 75% da amostra. Em relação ao estado civil dos participantes,
87,5% eram solteiros. A média de idade foi de 24,4 anos. Em relação ao Índice
de Massa Corpórea, foi evidenciado que 28 participantes (87,5%) apresentaram um
peso normal, de acordo com sua altura e peso. Para verificar a presença de
escoliose, foi realizado o Teste de Adams. Evidenciou-se que 72% dos
participantes apresentaram gibosidade, 12,50% apresentaram gibosidade lombar,
43,75% apresentaram gibosidade torácica e 15,63% apresentaram gibosidade toracolombar. A maioria dos estudantes apresentou
escoliose. No entanto, estudos com uma amostra maior devem ser realizados, a
fim de que resultados mais abrangentes possam ser obtidos.
Palavras-chave: escoliose, postura,
Fisioterapia.
Abstract
In
the standard posture, the spine has normal curvatures and the bones of the
lower limbs are in alignment. When the structural component is changed, the
human body changes to perform this situation in the best possible way, which
can cause a postural deviation. The objective of this study was to evaluate the
posture and its commitments in students of a Physical therapy course, tracing
the socioeconomic clinical profile, knowing the postural impairments of the
participants. This was a cross-sectional, descriptive and quantitative study
carried out between August 2015 and June 2016, at the Estácio
do Ceará University Center with 32 students. The data
were collected through a postural assessment form developed for the survey and
analyzed using the Excel® program and compared with the current literature. The
female gender was predominant in 75% of the sample. Regarding the participants'
marital status, 87.5% were single. The average age was 24.4 years. Regarding
the Body Mass Index, it was evidenced that 28 participants (87.5%) had a normal
weight, according to their height. To test for the presence of scoliosis, the
Adams Test was performed. 72% of the participants presented gibosity,
12.50% lumbar gibosity, 43.75% thoracic gibosity and 15.63% thoraco-lumbar gibosity.
Most of the students had scoliosis. However, studies with a larger sample
should be carried out to obtain more accurate results.
Keywords: scoliosis, posture, Physical therapy.
Na postura padrão, a
coluna apresenta curvaturas normais e os ossos dos membros inferiores ficam em
alinhamento ideal para a sustentação de peso. A posição neutra da pelve conduz
ao bom alinhamento do abdome, do tronco e dos membros inferiores. O tórax e a
coluna torácica se posicionam de forma que a função ideal dos órgãos
respiratórios seja favorecida. A cabeça fica ereta, bem equilibrada,
minimizando a sobrecarga sobre a musculatura cervical [1,2].
Em situações em que
algum componente corporal é alterado com relação ao padrão considerado normal,
o corpo humano, devido ao seu desempenho adaptativo, modifica-se para
desempenhar tal situação da melhor forma possível, o que, por sua vez, causam
mudanças posturais. Entre essas mudanças posturais, destaca-se a escoliose
[2-5].
A escoliose consiste no
desvio lateral da coluna vertebral, sendo classificada em estrutural (escoliose
verdadeira), e não estrutural (atitude escoliótica).
A escoliose estrutural é uma doença grave inábil de caráter avançado,
manifestando-se sob a forma de uma saliência óssea (gibosidade) que se localiza
no lado convexo da coluna. Na escoliose não estrutural, não há desequilíbrios
estruturais, podendo ser causada por mal hábitos posturais e disparidade de
membro, compreendendo apenas posições viciosas escolióticas.
Ademais, a escoliose ainda pode ser subdividida em: sinistra, gibosidade para o
hemicorpo esquerdo; e destro-convexa, gibosidade para o hemicorpo direito
[3,6].
Muitos problemas
posturais, em especial aqueles relacionados com a coluna vertebral, têm a sua
origem no período de crescimento e desenvolvimento corporal, ou seja, na
infância e na adolescência. Além disso, durante essas fases, os indivíduos
estão sujeitos a comportamentos de risco para a coluna, principalmente aqueles
relacionados à utilização de mochilas e à postura sentada [4,7].
Tais comportamentos
podem acarretar alterações posturais tanto laterais como ântero-posteriores.
Assim, a identificação dos padrões posturais de crianças e adolescentes passa a
ser preponderante para a prevenção das alterações na postura corporal, sejam
elas funcionais ou estruturais [5,8].
No que se refere ao
diagnóstico da doença, este tem sido realizado através de exames radiológicos,
que permitem conhecer a severidade da alteração na coluna vertebral. Contudo, o
uso de radiografias em estudos de prevalência e incidência expõe a população
aos efeitos da radiação, sendo considerado inapropriado por ser antiético e
envolver um custo muito alto. Desse modo, as avaliações posturais nas quais os
indivíduos são submetidos a testes não invasivos tornam-se uma opção viável
para estudos das alterações da postura corporal [6].
Diante deste contexto
já evidenciado, alguns países mais desenvolvidos adotaram a realização
sistemática de avaliações posturais durante a fase escolar para identificar e
acompanhar a progressão das alterações da postura em geral e, principalmente,
da postura da coluna vertebral. Entretanto, existe controvérsia sobre as
avaliações posturais, uma vez que seus resultados geram apenas indícios da
existência da alteração [7-9].
A relevância desta
pesquisa situou-se na compreensão da avaliação postural fisioterapêutica de
discentes do curso de Fisioterapia de um centro de ensino superior
possibilitando o entendimento de como a alteração postural atinge a população
do referido projeto.
A partir deste
contexto, desenvolveu-se este estudo no intuito de avaliar a postura e seus
comprometimentos no público alvo da pesquisa, traçando o perfil clínico e
socioeconômico, conhecendo os comprometimentos posturais dos participantes da
pesquisa.
Trata-se de um estudo
transversal desenvolvido através de uma abordagem descritiva de caráter
exploratório e quantitativo, realizado a partir de avaliações posturais por
profissionais treinados neste tipo de avaliação. O presente estudo foi
realizado no período entre agosto de 2015 a junho de 2016, no Centro
Universitário Estácio do Ceará, local de referência no município de Fortaleza,
em ensino, pesquisa e extensão.
A amostra do estudo foi
constituída por 32 discentes matriculados no curso de graduação em Fisioterapia
do Centro Universitário Estácio do Ceará, no período de agosto a dezembro de
2015. Foram incluídos na pesquisa os discentes independente de idade, sexo e
estado civil que não apresentavam deformidades anatômicas e eram aptos a
responderem aos questionários do estudo. Ademais, foram excluídos da pesquisa
os indivíduos que não estavam devidamente matriculados no curso de Fisioterapia
da instituição, não assinaram o TCLE ou que se recusaram a participar do
estudo.
A entrada na
instituição foi aprovada pela Direção Geral do Centro Universitário Estácio do
Ceará, através do termo de solicitação para entrada no campo da pesquisa –
Carta de Anuência. A fonte de coleta de dados utilizada foi primária, junto aos
discentes participantes que fazem parte do curso de Fisioterapia da
instituição, seguindo os critérios de inclusão e exclusão do inquérito.
Foi utilizado um termo
de consentimento livre e esclarecido do discente participante que constavam as
informações sobre a confidencialidade dos dados e anonimato dos participantes,
conforme preconiza a Resolução 466 / 12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS)
[10].
Os dados foram obtidos
através de uma ficha de avaliação postural fisioterapêutica desenvolvida para o
inquérito científico, constando: nome, idade, sexo, escolaridade, avaliação da
postura corporal, medição da estatura, da massa corporal e um questionário
sobre variáveis que podem estar associadas à postura. Tais como: teste de Adams
e ângulos de acrômio, ângulo inferior da escápula e espinha ilíaca
póstero-superior (EIPS).
A avaliação postural
foi realizada com os discentes na posição ortostática, com os pés descalços,
cabelos presos e trajando roupas apropriadas para a avaliação (short colado ao
corpo e top ou biquíni). Nessa avaliação, os passos realizados foram os
seguintes:
1. Localização, por
palpação e marcação com pincel, dos acrômios direito e esquerdo, das espinhas
ilíacas póstero-superiores (EIPS) direita e esquerda, dos ângulos inferiores
das escápulas direita e esquerda;
2. Medição bilateral
das alturas dos acrômios e das EIPS em relação ao solo, utilizando-se um antropômetro;
3. Aplicação do teste
de Adams, baseado em Hoppenfeld, para verificar a
existência de gibosidade [9].
A mensuração das
variáveis antropométricas (estatura e massa corporal) foram realizadas para
possibilitar o cálculo do índice de massa corporal (IMC). A medição da estatura
foi realizada com um antropômetro fixado na parede e
ajustado com um nível, para evitar erro de posicionamento do
mesmo, e os valores aferidos em centímetros. A medição da massa corporal
foi realizada em balança digital (Rib Plenna), calibrada.
Para análise, o IMC foi
agrupado segundo a classificação de Cole et al. As características
socioeconômicas, demográficas, antropométricas foram agrupadas para análise das
variáveis de associação [9]. Para a avaliação postural, foram utilizados os
dados coletados a partir das medidas das alturas e distâncias dos segmentos
corporais, e foi feita a comparação entre o lado direito e esquerdo, teste de
gibosidade e observação.
Os dados obtidos na
pesquisa foram organizados, tabulados e analisados através do programa SPSS, na
versão 20.0 e os resultados foram apresentados na forma de gráficos e tabelas,
sendo os mesmos confrontados com a literatura existente no âmbito nacional e
internacional sobre os assuntos vigentes no inquérito científico.
As informações
relacionadas aos entrevistados do estudo foram incluídas no protocolo de
pesquisa. A aceitação foi registrada através da assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, sendo outorgado aos entrevistados sigilo com
relação a sua identidade, procedimentos, objetivos e tempo de execução. O
direito de não participação ou a desistência a qualquer momento do estudo sem
despesa ou prejuízo.
Este estudo seguiu as
normas do Conselho Nacional de Saúde, em concordância com a resolução 466/12 do
CNS, e foi submetido à apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa do Centro
Universitário Estácio do Ceará, com parecer de aprovação número 1.471.455 [10].
Participaram do
presente estudo 32 discentes do curso de Fisioterapia do Centro Universitário
Estácio do Ceará. O gênero feminino teve predominância entre os participantes,
75% (n = 24), ficando o gênero masculino com 25% (n = 8) da amostra. Em relação
ao estado civil dos participantes, 87,5% (n = 28) eram solteiros, 9,4% casados
(n = 3) e 3,1% divorciado (n = 1). A média de idade foi de 24,4 anos, com idade
mínima de 21 anos e idade máxima de 39 anos. (Tabela I).
Tabela I – Dados
sociodemográficos da amostra. Fortaleza/CE, 2016.
Em relação ao Índice de
Massa Corpórea (IMC), foi evidenciado que 28 participantes (87,5%) apresentaram
um peso normal, de acordo com sua altura e peso, representando a grande maioria
da amostra. Dos demais participantes, 3 (9,4%) apresentaram sobrepeso, e apenas
1 apresentou baixo peso (Figura 1).
Figura 1 – Dados do Índice
de Massa Corporal (IMC). Fortaleza/CE, 2016.
Para verificar a
presença de escoliose, foi realizado o Teste de Adams, e foi evidenciado que
72% dos participantes apresentaram gibosidade, 12,50% (4 participantes)
apresentaram gibosidade lombar, 43,75% apresentaram gibosidade torácica (14
participantes) e 15,63% (5 participantes) apresentaram gibosidade toracolombar. Os demais participantes do estudo, 28,13% (9
participantes), não apresentaram gibosidade em nenhum segmento.
Figura 2 – Dados sobre a
Prevalência de Escoliose (Teste de Adams). Fortaleza/CE, 2016.
Para analisar a postura
dos discentes participantes na pesquisa, foi realizada a comparação dos pontos
pesquisados do lado direito e esquerdo, verificando se os
mesmos possuem alguma assimetria, evidenciado assim uma alteração
postural.
Tabela II – Dados da
avaliação postural da amostra (Assimetrias). Fortaleza/CE, 2016.
Pesquisas anteriores
mostram que a escoliose é definida como uma curvatura lateral da coluna, e, é
considerada como a alteração postural mais prevalente em diversas faixas etária
[11-13]. No presente estudo, 71,2 % da amostra (23 participantes) apresentaram
escoliose, o que pode ser explicado pelo uso de mochila de apenas um lado,
hábito muito praticado entre os estudantes.
Diante deste contexto,
a postura corporal adotada pelos estudantes em seu cotidiano, os hábitos de
vida impróprios, os equipamentos utilizados no dia a dia e o uso inadequado da
mecânica corporal podem ser fatores que contribuem para uma postura cada vez
mais precária [11,14].
Atualmente, existem na
literatura diversos estudos que enfatizam a avaliação postural em escolares. No
entanto, há uma escassa publicação de estudos em estudante de nível superior.
Com base nesse contexto, este estudo buscou analisar a postura de estudantes de
uma instituição de Ensino Superior [12-14].
Através desta pesquisa,
encontrou-se a prevalência no gênero feminino, com um percentil de 75% da
amostra. Corroborando o estudo, Silva et al. também apresentaram uma
prevalência do gênero feminino ao avaliar a postura em discentes e docentes de
um Centro de Ensino Superior localizado em Catalão [15]. Desse modo, entende-se
que a população feminina é predominante nas instituições de ensino superior.
Participaram desta
pesquisa pacientes com idade entre 21 e 39 anos, gerando uma média de 24,4 ±
2,46 anos, o que caracteriza uma população jovem. Este dado evidencia um grande número de jovens presentes no ensino superior.
Diante deste contexto, entende-se que a mesma população é fortemente atingida
com o desvio postural escoliótico.
Além dos dados
discutidos acima, sabe-se que a obesidade e o baixo peso são fatores que podem
comprometer a estrutura musculoesquelética do indivíduo [16,17]. Esse
comprometimento é proveniente do excesso de peso, principalmente na região do
tronco, e da fraqueza muscular, gerando um desequilíbrio dos músculos de sustentação
e estabilizadores [18]. Em relação ao IMC, 87,5% dos participantes mostrou-se
dentro da normalidade. Desse modo, entende-se que o desvio postural não está
associado ao peso corporal do indivíduo. Ressaltando estes achados, Rodrigues e
Lima em uma tentativa de relacionar IMC e postura não encontraram índices
significativos de associação ou coexistência, independente do gênero ou da
idade [17].
Neste estudo,
observou-se que a maioria da amostra apresentou simetria corporal, não
corroborando o estudo de Rodrigues e Lima, que ao analisar a postura de um
grupo de estudantes do curso de Fisioterapia mostrou que a grande maioria
apresentou assimetria corporal, principalmente na pelve, o que pode explicar
presença de escoliose [13,14,17].
Apesar dos achados
consistentes deste estudo, apresenta-se como limitação do mesmo, também
evidenciada em outras pesquisas, o número pequeno da amostra analisada [19,20].
Portanto, reforçar-se a necessidade de ampliar esta pesquisa em uma amostra
maior. Ademais, enfatiza-se que deve ser futuramente analisado em outros
estudos: estratégias de prevenção e recuperação da saúde postural entre
estudantes do ensino superior, formas de tratamento, desenvolvimento de
dispositivos de prevenção e avaliação postural e investigar a relação entre
variáveis como tempo de estudo, área profissional de atuação e alterações
posturais escolióticas [21-23].
Diante desses achados,
ressalta-se a prevalência do gênero feminino na amostra, simetria corporal na
maioria dos participantes e alto índice de escoliose. Quando se trata da
relação entre a escoliose e simetria corporal, clinicamente é válida, porém a
literatura acerca dessa relação é escassa. Considerando os resultados deste
estudo, foi possível identificar que a maioria dos estudantes apresenta
simetria corporal. Além disso, a grande maioria dos estudantes apresentou
escoliose.
Este estudo
possibilitou uma reflexão maior acerca do tema. Estudos com uma amostra maior
devem ser realizados, a fim de que resultados mais abrangentes possam ser
obtidos. Recomenda-se também a realização de estudos longitudinais com objetivo
de aprofundar o conhecimento sobre as formas de diagnóstico e tratamento da
alteração postural abrangente nesse inquérito científico.