V Simpósio
de Fisioterapia HCFMUSP
I Conferência
Nacional de Fisioterapia do ICHC FMUSP
17 e 18 de março de 2017
Centro de Convenções Rebouças,
São Paulo/SP
Presidente
Clarice Tanaka
Professora Titular do
Curso de Fisioterapia - FMUSP
cltanaka@usp.br
Coordenação
Carolina Mendes do Carmo
Mestre em Ciências da
Reabilitação - FMUSP
carolina.carmo@hc.fm.usp.br
Promoção
Comitê Assistencial Técnico
Científico em Fisioterapia do HC-FMUSP (CAFIS)
Comissão
Científica
Camila da Silva Bueno
– Icesp
Especialista em Fisioterapia
Respiratória
camila.bueno@hc.fm.usp.br
Carla Marques Nicolau
– ICr
Mestre em Ciências - FMUSP
carla.nicolau@hc.fm.usp.br
Caroline Gomes Mol – ICHC
Especialista em Fisioterapia
Cardiorrespiratória - Incor HCFMUSP
caroline.mol@hc.fm.usp.br
Celso Ricardo Fernandes
de Carvalho – Depto. Fisioterapia FMUSP
Livre-Docente em Fisioterapia
Respiratória do Curso de Fisioterapia da FMUSP
cscarval@usp.br
Denise Vianna Machado
Ayres – IMREA
Especialista em Fisioterapia
Neurológica
denise.ayres@hc.fm.usp.br
Maria Ignês Z. Feltrim
– Incor
Doutora em Reabilitação
- UNIFESP
fis_feltrim@incor.usp.br
Maristela Trevisan Cunha
– ICr
Mestre em Ciências da
Saúde - UNIFESP
maristela.cunha@hc.fm.usp.br
Priscila de Carvalho –
ICHC
Especialista em Fisioterapia
Hospitalar - HCFMUSP
priscila.carvalho@hc.fm.usp.br
Silvia Ferreira Andrusaitis
– IOT
Mestre em Ortopedia e
Traumatologia
silvia.andrusaitis@hc.fm.usp.br
Comissão
Organizadora
Amanda Coelho Fernandes
– ICHC
Especialista em Fisioterapia
na Terapia Intensiva - São Camilo
amanda.cfernandes@hc.fm.usp.br
Ana Lúcia Capelari Lahoz
– ICr
Mestre em Ciências - FMUSP
ana.lahoz@hc.fm.usp.br
Carolina Fu – Depto. Fisioterapia
FMUSP
Doutora em Ciências da
Saúde pela FMUSP
carol.fu@usp.br
Cassio Stipanich – ICHC
MBA Executivo em Saúde
- FGV
cassio.s@hc.fm.usp.br
Carla Paschoal Corsi Ribeiro
– IMREA
carla.paschoal@hc.fm.usp.br
Clarice Shiguemi Hashizume – InCor
Fisioterapeuta
clarice.hashizume@hc.fm.usp.br
Cleidnéia Aparecida Clemente
da Silva – IOT
Especialização em Psicomotricidade
e Fisiologia e Biomecânica do Aparelho Locomotor
cleidneia.acsilva@hc.fm.usp.br
Fabiane Elize Sabino de
Farias – IOT
Fisioterapeuta
fabiane.elize@hc.fm.usp.br
Guadalupe Nery de Sant' anna – ICHC
Especialista em Aprimoramento
em Fisioterapia em Terapia Intensiva - HCFMUSP
guadalupe.nery@hc.fm.usp.br
Luciana Alexandra Antonia
de Almeida – Icesp
Fisioterapeuta
luciana.almeida@icesp.org.b
Luciana Barrio Lara Cavichio
– Icesp
Fisioterapeuta
luciana.lara@icesp.org.br
Lúcia Cândida Soares de
Paula – ICr
Mestre em Ciências - FMUSP
Lucia.paula@hc.fm.usp.br
Rita Pavione Rodrigues
Pereira – ICHC
Mestre em Ciências da
Reabilitação - FMUSP
rita.pavione@hc.fm.usp.br
Sejam bem vindos à seção
dos trabalhos científicos apresentados no V Simpósio de Fisioterapia do HCFMUSP,
evento organizado pelo Comitê Assistencial Técnico Científico em Fisioterapia do
HCFMUSP (CAFIS). Este Comitê agrega todos os serviços de Fisioterapia do Hospital
das Clínicas e o Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP. Aproveitamos
também para lançar a I Conferência Nacional de Fisioterapia do ICHC FMUSP em comemoração
ao 20° aniversário da Divisão de Fisioterapia do ICHC.
Este evento científico
possibilitou rever ou fazer novas amizades, ampliar nosso network
e compartilhar experiências, projetos e vasto conhecimento.
Com o intuito de integrar
as diferentes áreas da fisioterapia, organizamos a participação de renomados palestrantes
nacionais e internacionais que compartilharam suas experiências abordando questões
inovadoras nas práticas profissionais, buscando a aproximação e participação ativa
dos congressistas. Além disso, foram desenvolvidas diversas discussões e reflexões
sobre visão de futuro, metas e estratégias para o desenvolvimento sócio-político
contínuo da fisioterapia.
Os trabalhos científicos
foram analisados e aprovados pelo Comitê Científico e foram organizados em eixos
temáticos da fisioterapia: Fisioterapia Cardiorrespiratória; Funcionalidade e Neurociência;
Fisioterapia em Ortopedia, Traumatologia e Esporte; Fisioterapia nas Disfunções
do Assoalho Pélvico; Fisioterapeuta Gestor e Outros.
Gostaríamos de agradecer
a todos aqueles que vêm contribuindo para a evolução da fisioterapia e esperamos
que o material apresentado nesta edição seja base para conhecimento e disseminação
de boas práticas e inovação.
Até a próxima!
Eixos científicos
I - Fisioterapia Cardiorrespiratória
II - Funcionalidade e
Neurociência
III - Funcionalidade em
Ortopedia, Traumatologia e Esporte
IV - Fisioterapia nas
Disfunções do Assoalho Pélvico
V - Fisioterapeuta Gestor
VI - Outros
I - Fisioterapia
Cardiorrespiratória
Análise
do pico de fluxo expiratório na vibrocompressão em pacientes em uso de ventilação
mecânica invasiva
Alessa Castro Ribeiro*,
Ana Lucia Capelari Lahoz*, Giovanna Pagliuso dos Santos*, Priscila Louise da Silva
Santana*, Thelma Rochele Flores*, Regina Célia Turola Passoa Juliani*
*Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (ICr-HCFMUSP)
Ana Lucia Capelari Lahoz:
ana.lahoz@hc.fm.usp.br
Introdução: A manobra de vibrocompressão
é amplamente utilizada na pratica clínica da fisioterapia em unidades de terapia
intensiva pediátrica com objetivo de otimizar a higiene
brônquica pulmonar. Objetivo: Avaliar a eficácia da manobra de vibrocompressão através
da análise da coleta do pico de fluxo expiratório (PFE), complacência (Cdin) e resistência(Rdin) dinâmicas e sua alteração na depuração mucociliar.
Tipo de estudo: Ensaio clinico randomizado. Material e Métodos: Foram incluídos pacientes
com idade entre 1 mês e 19 anos diagnosticados com insuficiência
respiratória aguda submetidos ≥ 48 horas em ventilação mecânica invasiva.
Os pacientes incluídos foram sorteados em dois protocolos: A- submetidos à manobra
de vibrocompressão e aspiração endotraqueal; B-submetidos ao procedimento de aspiração
endotraqueal somente. Foi respeitado o intervalo de 6 horas entre a realização de
cada protocolo. As variáveis foram coletadas nos momentos pré e pós a realização
dos procedimentos. A secreção brônquica aspirada foi coletada e quantificada em
gramas. Para análise estatística foi utilizado o software SigmaStat
versão 4.0. A comparação entre as médias foi feita pelo teste One Way ANOVA. Resultados: Participaram do estudo 10 pacientes,
com média de idade (meses) 58,80 ± 77,95, e PRISM 5,29 ± 5,83, sendo 60% do gênero
masculino. Não foram observadas diferenças significantes em relação a SatO2 (p=0,06), PFE (p=0,29), Cdin (p=0,77), Rdin
(p=0,42) e peso úmido secreção (p=0,88) na comparação com e sem manobra. Conclusão: Na população estudada, a manobra
de vibrocompressão, apresentou eficácia semelhante ao procedimento de aspiração
para as variáveis estudadas.
Palavras-chave: vibração, depuração
mucociliar, ventilação mecânica.
Qualidade
de vida de pacientes com doenças supurativas no pré e pós transplante
pulmonar
Amanda Aparecida Castro
Coelho*,Ana Gabriella dal Bello*, Renata Aparecida Lucas
Camargo*, Maria Ignez Zanetti Feltrim*
*Instituto
do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (INCOR-FMUSP)
amandacastrocoelho@hotmail.com
Introdução: Doenças pulmonares crônicas
impactam no comprometimento da condição físico-funcional e qualidade de vida (QV).
O transplante pulmonar (TxP) é uma terapia largamente aceita
para estes pacientes, com objetivos que incluem prolongar a sobrevida e melhorar
a QV. Objetivos: Estudar a QV em pneumopatas crônicos com doença supurativa (FC
e BQ) em lista de espera e em um seguimento de três anos consecutivos após o TxP. Tipo de estudo: Estudo observacional analítico transversal.
Material e métodos: Utilizando os questionários
Short-form36 (SF-36) e Saint George's Respiratory Questionnaire (SGRQ), os indivíduos
com FC e BQ foram avaliados quando em lista de espera para o TxP
e nos momentos de 6 meses, 1 ano, 2 anos e 3 anos após o TxP. A análise estatística
utilizou os testes One Way RM e t-Student pareado, para nível de significância estatística
de p<0,05. Resultados: Foram inclusos
43 pacientes (20 BQ e 23 FC), com idade 30,05±11,4. As piores pontuações no SF-36
foram nos domínios de capacidade funcional (24 BQ e 45 FC), aspectos físicos (30
BQ e 49 FC), estado geral da saúde (36 BQ e 40 FC) e aspectos emocionais (38 BQ).
Em ambos os grupos observou-se o mesmo comportamento: no pós TxP
houve referência de melhores pontuações estatisticamente significantes nos domínios
relacionados aos componentes físicos. Os domínios não afetados pelo TxP foram dor e vitalidade em ambos os grupos, aspectos sociais
e saúde mental em BQ, saúde mental e aspectos emocionais em FC. No SGRQ todos os
domínios melhoraram significantemente a partir do sexto mês e mantendo até o terceiro
ano. Conclusão: O TxP
melhora a QV, sobretudo nos componentes físicos. A partir de seis meses após a cirurgia,
não apresenta diferença entre ambas as doenças supurativas.
Palavras-chave: Transplante de pulmão,
qualidade de vida, fibrose cística.
Impacto
de um programa educacional na prevenção da pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV)
Ana Lucia Capelari Lahoz*,
Carla Marques Nicolau*, Regina Célia Turola Passos Juliani*, Eduardo Juan Troster*
*Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (ICr-FMUSP)
Introdução: Os pacientes com PAV
podem ter um aumento na sua morbi-mortalidade, no tempo de ventilação mecânica (VM)
e no tempo de internação na terapia intensiva pediátrica (UTIP). Programas Educacionais
podem ser eficazes para prevenir esta condição. Objetivos: Avaliar a incidência
de PAV e o impacto do programa educacional. Tipo de estudo: Estudo prospectivo.
Material e métodos: o estudo foi conduzido
na UTIP por meio da educação continuada com profissionais não-médicos
e foi desenvolvido em duas fases: 1. Perfil epidemiológico das infecções; 2. intervenção educativa para medidas
de prevenção de PAV e sua avaliação. Os dados demográficos foram descritos em termos
percentuais. Para comparar as variáveis quantitativas e qualitativas entre as fases
pré e pós intervenções
utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis
e o teste do qui-quadrado, respectivamente. A densidade da
incidência de PAV e a
taxa de utilização da ventilação
mecânica (VM) para estes dois períodos foram calculadas
e comparadas através do teste Qui-Quadrado sendo considerada
diferença significativa
p<0,05. Resultados: Foram treinados
49 profissionais com média de 3 anos de experiência em
UTIP e o perfil epidemiológico dos pacientes foi homogêneo nas fases do estudo.
A disfunção de múltiplos órgãos e sistemas na admissão e incidência de PAV tiveram significância estatística entre os dois períodos com
p=0,013 e p=0,001 respectivamente. A incidência da PAV diminuiu de 12,95/1000 dias
de VM na fase pré-treinamento para 3,43/1000 dias de VM na fase pós-treinamento.
Houve predomínio de patógenos Gram negativo nas duas fases do estudo. Conclusão:
As medidas educativas tiveram impacto na redução da taxa de PAV na UTIP.
Palavras-chave: pneumonia associada
a ventilação mecânica, unidades de terapia intensiva pediátrica,
infecção hospitalar.
Internações
por infarto agudo do miocárdio na unidade de terapia intensiva de um hospital geral
público da Grande São Paulo no 1º trimestre de 2015
Ayra Mora*, Maristela
Chaya Tikhomiroff*, Ana Carolina Leite*, Paula Lagos de Oliveira*, Patricia Salerno
de Almeida Picanço*, Jeanette Janaina Jaber Lucato*
*Centro
Universitário São Camilo
jeanettejaber@yahoo.com
Introdução:
O infarto agudo do miocárdio
(IAM) é caracterizado pela ausência ou
diminuição do fluxo sanguíneo no
coração,
causando lesões importantes no músculo. O bloqueio do
fluxo de sangue habitualmente
se deve à obstrução de artérias
coronárias, em razão de um processo inflamatório
chamado aterosclerose. O IAM é a segunda causa de morte mais
frequente, e no sistema
público de saúde a mortalidade hospitalar dos pacientes
internados se mantém persistentemente
elevada: em média, 16,2%, em 2000, 16,1%, em 2005, e 15,3%, em
2010, para as internações
registradas em todo país e pode ser atribuída às
dificuldades no acesso do paciente
com IAM ao tratamento em terapia intensiva, aos métodos de
reperfusão e às medidas
terapêuticas estabelecidas. Objetivo:
Avaliar através dos prontuários o perfil epidemiológico das internações por IAM
na UTI adulto de um Hospital Público da Grande São Paulo. Tipo de estudo: Coorte,
retrospectivo. Material e métodos: Levantamento
de prontuários do primeiro trimestre de 2015, cedidos por um Hospital Público da
Grande São Paulo. Parecer Coep n: 1.357.851. A coleta durou cerca de três meses.
Resultados: Foram encontradas 246 internações
no primeiro trimestre de 2015, sendo 17,47% na área de cardiologia e 4,06% por IAM.
O tempo de permanência na UTI foi entre 1,85 a 30,50 dias. Do total de internações
por IAM: 80% eram do sexo feminino, e em relação à idade, 50% tinham entre 40 e
60 anos e 50% acima de 60 anos. Desses pacientes internados por IAM, 10% foram a
óbito, representando 9,09% dos óbitos na área de cardiologia. Conclusão: Constatamos que 4,06% dos pacientes
internados foram por IAM. O sexo feminino foi predominante, além de que, o único
óbito foi desse sexo e não encontramos relação de internação com a idade.
Palavras-chave: perfil de Saúde, unidade
de terapia intensiva, infarto do miocárdio.
Influência
da assistência de fisioterapia em período integral e terapia intensiva neonatal
Carla Marque Nicolau*,
Lucia Candida Soares de Paula*, Nathalia Lima Videira*, Luciana Giachetta*, Regina
Célia Turola Passos Juliani*
*Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (ICr-HCFMUSP)
carla.nicolau@hc.fm.usp.br
Introdução: O papel do fisioterapeuta
durante 24 horas dentro da UTI ainda é incerto, com poucos estudos na literatura
que avaliaram a sua eficácia e repercussões na evolução dos neonatos. Objetivo:
Comparar a influência da assistência de fisioterapia em período parcial (12 horas)
com período integral (24 horas) sobre a evolução clínica dos recém-nascidos (RN).
Tipo de estudo: Estudo retrospectivo através do levantamento de prontuários. Material e métodos: Estudo desenvolvido entre
fevereiro/2014 e março/2016 sendo incluídos os prontuários dos RN que receberam
atendimento fisioterapêutico no período do estudo. Os prontuários foram divididos
em dois períodos: período A (parcial): fevereiro/2007 a janeiro/2008 e, período
B (integral): fevereiro/2008 a janeiro/2009. Para a análise estatística, foi utilizado
o software SigmaStat 4,0; dados nominais foram descritos
em termos de porcentagens e proporções e para a comparação entre os grupos foi utilizado
o test t-Student com p<0,05. Resultados:
Foram estudados 223 prontuários sendo: período A (n=113) e período B (n=110). Os
dados demonstraram homogeneidade entre os grupos quanto à idade gestacional, peso
de nascimento, adequação nutricional, gênero e necessidade de surfactante exógeno.
Verificou-se diferença estatística entre os dois períodos nas variáveis tempo de ventilação mecânica invasiva (p=0,04) e tempo
de ventilação mecânica não invasiva (p=0,02). Não foram observadas diferenças entre
os grupos estudados em relação ao tempo de oxigenoterapia, tempo de hospitalização,
taxa de alta hospitalar e mortalidade. Conclusão:
A assistência fisioterapêutica em período integral sugere auxiliar favoravelmente
as estratégias protetoras de suporte ventilatório não invasivo do recém-nascido
em cuidados intensivos.
Palavras-chave: recém-nascido prematuro,
fisioterapia, terapia intensiva neonatal.
Efeitos
das posições prono e semi prono em RN prematuros em respiração
espontânea
Carla Marques Nicolau*,Camila Chaves Viana*,Leticia Andrea Perrella*,Magna de Oliveira
Alves*, Sabrina Soares Nunes*, Regina Célia Turola Passos Juliani*
*Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (ICr-HCFMUSP)
carla.nicolau@hc.fm.usp.br
Introdução: Os prematuros são posicionados
em prono, devido aos benefícios respiratórios e menor gasto energético. Uma variação
da posição prono é o denominado semi prono. Objetivo: Comparar
os efeitos da posição prono e semi prono sobre os sinais
vitais em RN prematuros em respiração espontânea. Tipo de estudo: Estudo prospectivo, randomizado entre janeiro/2015 e
dezembro/2016. Material e Métodos:
RN
com IG menor 32 semanas e com peso de nascimento menor 1200 gramas com
respiração
espontânea em ar ambiente ou cateter nasal oxigênio de
baixo fluxo. Após o primeiro
atendimento de fisioterapia realizado no período da manhã
o RN foi posicionado,
de acordo com sorteio prévio, e permaneceu na
posição por 30 minutos, sendo coletadas
as variáveis frequências cardíaca e
respiratória e saturação periférica de
oxigênio.
No segundo atendimento realizado no período da tarde colocou-se
o RN na posição
da sequência, sendo novamente coletados os dados no final do
período. Para análise
estatística foi utilizado o software SigmaStat 4,0 com
medidas descritivas e para comparação entre os grupos o teste t-Student considerando
p<0,05. Resultados: Foram estudados
40 RN com IG média ao nascimento 29,13±1,89 sem, PN 950,27±204,31 g, sendo 52,5%
gênero masculino. A idade corrigida média no dia avaliação 33,83±2,80 sem e o peso
médio no dia avaliação 1382,37±378,99 gramas com 35% dos RN com diagnóstico de displasia
broncopulmonar e 55% em uso de cateter nasal 0,1l/min. Na comparação das variáveis
entre os decúbitos estudados não foram encontrados diferenças significantes (SpO2 p=0,80; FC p=0,81; Fr p=0,47). Conclusão: O posicionamento semi prono sugere ser seguro e pode ser uma alternativa de posicionamento
terapêutico para RN prematuros.
Palavras-chave: recém-nascido prematuro,
posicionamento, mecânica respiratória do prematuro.
Perfil epidemiológico
das internações no verão e inverno em uma unidade de terapia intensiva de um Hospital
Geral Público da Grande São Paulo de 2015
*Centro
Universitário São Camilo, **Hospital Sírio - Libanês
jeanettejaber@yahoo.com
Introdução:
O conhecimento do perfil
de internações pode favorecer ações de
prevenção/promoção de saúde
eficazes, promovendo
o uso de leitos de forma racional buscando prevenir
complicações do estado de saúde
dos internados, definindo prioridades de intervenção e
evitando a exposição do paciente
a riscos desnecessários. Objetivos: Avaliar através dos
prontuários o perfil epidemiológico
das internações na UTI adulto no verão e inverno
de 2015, em um Hospital Geral Público
da Grande São Paulo. Tipo de estudo: Coorte,
retrospectivo. Material e métodos: Levantamento
de prontuários no verão e inverno de 2015, cedidos por um Hospital Público. Parecer
Coep n: 1.357.851. Resultados:
Foram encontradas
256 internações no verão e 257 no inverno. Em
relação ao número total de óbitos
nos dois períodos, 70% ocorreram no inverno. No verão
53,52% das internações foram
do gênero femino e no inverno 47,86%. Houve um aumento no tempo
de internação no
verão nas doenças neurológicas, ortopédicas
e na categoria outros em relação ao
inverno (p<0,05). Quanto aos óbitos, 40% foram por sepse,
36,66% em cardiologia,
e o restante distribuído nas demais categorias. No inverno,
houve aumento no tempo
de internação nas doenças respiratórias e
síndromes metabólicas em relação ao
verão
(p<0,05). Dos óbitos, 25,71% ocorreram por sepse, 17,14% em
gastroenterologia,
17,14% em doenças respiratória e o restante
distribuído nas demais categorias. Conclusão: O que mais causou internação na
UTI desse Hospital no verão foram as doenças neurológicas,
porém o que mais levou a óbito foram sepse e doenças cardíacas. No período de inverno
o que mais causou internação foram as doenças respiratórias e síndromes metabólicas,
porém o que mais levou a óbito foram as afecções por sepse
e doenças gastroenterológicas.
Palavras-chave: perfil de saúde, unidade
de terapia intensiva, adultos.
Justificativas
para inclusão do Fisioterapeuta na equipe multiprofissional de uma unidade de emergência
João Pedro de Souza Macedo*,
Ralph Plaster*
*Hospital
Santa Marcelina
joaomacedo.fisio@hotmail.com
Introdução: As unidades de emergências
são serviços de saúde responsáveis por prestar assistência aos indivíduos cujos
agravos à saúde os fazem necessitar de atendimento imediato. O fisioterapeuta se
mostra fundamental nos serviços de emergências, fornecendo um suporte rápido nas
disfunções cardiorrespiratórias e evitando maiores complicações. Objetivo: analisar a importância da inclusão
do fisioterapeuta na equipe multiprofissional de uma unidade de emergência. Tipo de estudo: de campo, prospectivo, transversal
e observacional. Material e métodos: o
presente estudo foi realizado na sala de emergência de um Hospital da Zona Leste
da cidade de São Paulo. Os dados foram coletados no período de Setembro a Novembro
de 2016. Resultados: Foram atendidos 112
pacientes, com idades variando entre 22 e 93 anos, sendo 55% do sexo masculino.
O antecedente pessoal mais frequente foi a HAS (18%) e a queixa principal, dispneia
(26%). As hipóteses diagnósticas mais identificadas foram doenças respiratórias,
em 44%. A maioria dos pacientes (88%) permaneceu menos de 24 horas no setor. Das
intervenções fisioterapêuticas a mais realizada foi a fisioterapia
respiratória. 53% dos pacientes atendidos eram reincidentes no setor. Quanto à evolução,
obsevamos que 46% foram transferidos para UTI, 35%, para a enfermaria, 6% receberam
alta hospitalar e 4% evoluíram a óbito. Em relação aos pacientes que realizaram
VNI, 94%, tiveram reversão do quadro. Conclusão:
Concluiu-se necessária a inclusão do fisioterapeuta, devido ao grande número de
pacientes admitidos nas emergências, com complicações cardiorrespiratórias, necessitando
de oxigenoterapia e ventilação mecânica, que podem ter se beneficiado com as intervenções
precoces da fisioterapia. Fonte de financiamento própria.
Palavras-chave: Fisioterapia em emergência,
complicações cardiorrespiratórias, equipe multiprofissional.
Efeitos
da eletroestimulação associadas à movimentação ativa de membros inferiores em cicloergometro
em pacientes de unidades de terapia intensiva
José Roberto Sostena Neto*,
Fernanda Santos de Oliveira*, Leticia Sandis Barbosa*, Luciana Maria dos Reis*,
Adriano Prado Simão*, Carolina Kosour*
*Universidade
Federal de Alfenas - (UNIFAL MG)
nettosostena@gmail.com
Introdução:
A restrição ao leito
de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) gera
descondicionamento
cardiorrespiratório, perda de força muscular
periférica e respiratória. A
eletroestimulação
neuromuscular (EENM) associada a mobilização ativa surge
como uma alternativa ao tratamento convencional. Objetivo: Avaliar o resultado da movimentação ativa de membros inferiores
em cicloergometro associada a EENM nas variáveis saturação
periférica de oxigênio (SatO2), força muscular respiratória (PiMáx e
PeMáx) e força muscular de extensores do joelho pelo Teste Modificado do Esfignomanômetro
(TEM) em pacientes internados na UTI. Tipo
de estudo: Ensaio clínico, prospectivo, randomizado e intervencionista. Material e métodos: Este estudo foi aprovado
pelo CEP/ Universidade Federal de Alfenas - (UNIFAL MG) (CAE: 45468815.0.0000.5142),
onde participaram 40 pacientes de ambos os sexos (55% homens), idade média de 68±10,27
anos, internados na UTI. Os pacientes foram avaliados quanto SatO2,
PiMáx e PeMáx e TEM bilateral. Após as avaliações os pacientes foram distribuídos
em dois grupos (estudo e controle). O grupo estudo realizava movimentação ativa
de membros inferiores em cicloergometro associada à EENM com corrente Russa (3 séries de 10 voltas bilateralmente e descanso de um minuto
entre cada série), durante 5 dias. Já o grupo controle realizava o protocolo de
atendimento fisioterapêutico do hospital (Fisioterapia Motora e Respiratória). Ao
final do quinto dia os pacientes foram reavaliados. Resultados: Houve diferença significativa nas variáveis: SatO2, PiMáx, PeMáx e na força muscular de extensores
de joelho entre os grupos. Conclusão:
O uso da EENM associada à movimentação ativa em cicloergometro promoveu a melhora
da SatO2, da PiMáx e PeMáx e da força extensores
de joelho bilateralmente.
Palavras-chave: reabilitação pulmonar,
unidade de terapia intensiva, modalidades de fisioterapia.
Escalas
de Avaliação Funcional em Unidades de Terapia Intensiva
Maria Mikaelle Sousa Duarte*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-FMUSP)
mariamikaelle.duarte@gmail.com
Introdução:
A necessidade de estimulação
precoce em unidades de terapia intensiva (UTI) é um assunto cada
vez mais discutido
na literatura, porém ainda não estão claros quais
os métodos de avaliação mais adequados
para avaliar o paciente crítico e assim conduzir uma melhor
intervenção. Objetivo: Identificar as escalas utilizadas
para avaliar pacientes em UTI que visem à funcionalidade. Tipo de estudo: Revisão de literatura. Material e métodos: Foi realizado um levantamento bibliográfico por
um revisor nas bases Medline, Central, Lilacs e PEDro,
no período de 1996 a 2016, utilizando os seguintes descritores: Unidade de terapia
intensiva, Avaliação, Escalas, Funcionalidade e Fisioterapia. Foram incluídos, estudos
contendo escalas de avaliação funcional em UTI, que expuseram de forma clara e completa
o método utilizado e excluídos os estudos que não se relacionavam ao tema, duplicidade
e metodologia pouco clara. Para a avaliação dos dados foi utilizada a ferramenta
COSMIN de quatro pontos. Esta revisão foi baseada nas diretrizes do PRISMA para
revisões sistemáticas. Resultados: A estratégia
de busca retornou 1941 estudos, que após leitura do título foram excluídos 1860,
por não preencherem os critérios de inclusão, restando 81 estudos. Após a leitura
completa, foram selecionados 12 estudos elegíveis e a partir destes foram identificados
mais 4 adicionais, totalizando 16 estudos completos nesta
revisão, onde foi possível identificar 8 escalas de avaliação funcional em UTI.
Conclusão: Foram identificados 16 estudos,
contendo 8 escalas de avaliação funcional aplicáveis em
UTI, dos instrumentos encontrados 4 avaliavam apenas aspectos da mobilidade e as
4 restantes além da mobilidade continham itens como avaliação de força, equilíbrio
e tônus extensor.
Palavras-chave: unidade de terapia intensiva,
escalas, funcionalidade.
Os efeitos
do treinamento resistido para pacientes cardiopatas
*Hospital
Geral de Pedreira
marianapv_souza@yahoo.com.br
Introdução: A atividade física traz
benefícios para musculatura esquelética como aumento da proporção de fibras do Tipo
I, retardo no início da acidose metabólica, controle da ventilação por minuto com
carga submáxima. Com base em artigos científicos, o exercício resistido é indicado
para pacientes cardiopatas, a fim de otimizar a massa muscular,
a resposta ao condicionamento físico através de exercícios aeróbios, melhora da
massa mineral óssea, diminuição do risco de diabetes e hipertensão arterial sistêmica.
Objetivo: Este trabalho tem como objetivo
avaliar os efeitos do treinamento resistido para pacientes cardiopatas. Discussão: Os protocolos de Treinamento Resistido
demonstraram segurança na RC. A literatura estudada mostra que os efeitos agudos
(pico hipertensivo e evento de necrose muscular miocárdica) não aumentam o risco
e com adaptação crônica, seu aparecimento diminui gradativamente. Autores citam
que “a inclusão do treinamento de força em programas de reabilitação cardíaca produz
efeitos favoráveis ao bem-estar geral dos pacientes, pois auxilia na melhora da
força e resistência muscular, do metabolismo, da função cardiovascular, evidenciada
a partir de aumento do consumo máximo de oxigênio e melhora do débito cardíaco e
significante redução da percepção do esforço para atividades submáximas”. Conclusão:
A junção do TR ao treino aeróbio
se mostrou essencial para melhora na qualidade de vida,
tolerância ao exercício,
redução de eventos cardíacos, melhora da
circulação periférica. O exercício
físico
é parte integrante e essencial deste processo, com resultados
consistentes dos seus
benefícios, tanto na capacidade física, quanto na parte
psicológica e de bem-estar
do paciente, e na segurança de ser realizado sem aumentar riscos
de novos eventos
cardíacos.
Palavras-chave: treinamento resistido,
cardiopatias, reabilitação.
Qualidade
de vida dos cuidadores de crianças com fibrose cística após inalação de tobromicina
pó
Maristela Trevisan Cunha*,
Claudio Leone**,Joaquim Carlos Rodrigues***, Fabíola Villac
Adde***
*Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (ICr-HCFMUSP), **Departamento de Saúde Materno-Infantil
da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), ***Unidade
de Pneumologia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-HCFMUSP)
maristela.cunha@hc.fm.usp.br
Introdução:
Crianças com Fibrose
Cística (FC) e colonização crônica da via
aérea por Pseudomonas aeruginosa (PA)
realizam além das terapêuticas habituais
(inalações com mucolíticos, fisioterapia,
enzimas pancreáticas, suplementação
vitamínica e dietética), inalações com
antibiótico
como tobramicina pó seco (TIP) que facilita rotina de
tratamentos e possivelmente
qualidade de vida (QV) dos pais. Objetivos: avaliar QV dos pais
após inalação com
TIP com Cystic Fibrosis Questionnaire-Revised
(CFQ-R). Material e métodos: estudo prospectivo
e longitudinal, avaliou a QV dos pais de pacientes com FC de 6 a 13 anos após 3 ciclos de tratamento inalatório com TIP. Estudo aprovado pelo
comitê de ética e obtido consentimento informado dos pais. QV (CFQ-R) e tempo de
inalação foram avaliados nos dias 1 e 29 do 1º e 3º ciclo do TIP (T0, T1, T2 e T3,
respectivamente). Administração da TIP foi orientada no T0. Análise estatística:
programa MedCalcR versão 13.1; dados descritos com média,
desvio padrão e mediana. Teste de Friedman comparou variáveis em T0, T1, T2 e T3
considerando significativo p<0,05. Resultados:
12 pais 34± 6 anos, todos sexo feminino, 8% ensino fundamental
incompleto e 92 % curso médio a superior completo. Tempo de inalação T0 foi 10 minutos. Mediana dos escores dos domínios CFQ-R pais em
T0: respiratório 81; tratamento 67; físico 82; emocional 73; imagem corporal 67;
alimentação 75; digestivo 78; escola 61; vitalidade 61; saúde 89; peso 67. Houve
alteração significativa no tempo de inalação TIP em T0xT3 (10x4 minutos, p <0,0001)
e no domínio imagem corporal (p <0.05). Todos pais preferiram
TIP. Conclusão: houve diminuição no tempo
de inalação. Apesar da melhora na qualidade de vida ter ocorrido apenas em um domínio
do CFQ-R, todos os pais preferiram o TIP.
Palavras-chave: fibrose cística, qualidade
de vida, pais.
Perfil tecnológico
dos pacientes com fibrose cística
Maristela Trevisan Cunha*,
Maria Isabel Lopes**, Larissa Malzov Farina**, Luana Renata Wingeter Borelli**,
Francielly Melo da Silva**, Raquel Fabiana Leite Define**, Regina Célia Turola Passos
Juliani**
*Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (ICr-FMUSP), **Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (FMUSP)
maristela.cunha@hc.fm.usp.br
Introdução: A tecnologia móvel permite
desenvolvimento de aplicativos de saúde (app) facilitando autocuidado e adesão aos
tratamentos. Objetivo: verificar perfil tecnológico dos pacientes com fibrose cística
(FC) para desenvolvimento de app. Métodos:
Estudo piloto transversal, descritivo, realizado no ambulatório de agosto a outubro/16,
pacientes com FC, 8 a 18 anos, sem comprometimento cognitivo e sem internação prolongada.
Estado clínico avalido por Score Shwachman (SS), volume expiratório forçado no primeiro
segundo (VEF1%) e capacidade vital força (CVF%) e qualidade de vida pelo questionário
para FC (CFQ-R). Interação com tecnologia foi avaliada por questionário estruturado
com 30 perguntas: tratamentos, nutrição, fisioterapia, atividade física, uso de
dispositivos móveis, internet e ferramentas tecnológicas. Os dados descritos em
média, desvio padrão e porcentagens. Resultados:
35 pacientes com FC (19F:16M), 14 ± 3 anos, SS 79±13, VEF1
70±25 % e CVF 82±22%. O CFQ-R demonstraram boa qualidade em todos
domínios. A maioria possuiam dispositivo móvel e acesso à internet. Sobre a FC 77%
referem ter conhecimento, 83% têm interesse em saber mais, 87% recebeu orientações
dos profissionais de saúde para tratamentos e 6% não seguem tratamento diário. A
inalação é feita por 97% dos pacientes, 74% realizam atividade física, 11% referem
não fazer algum tipo de fisioterapia, 43% utilizam shaker; 3% máscara-PEP e 69%
ciclo ativo. Ferramentas mais usadas: 69% mensagens, 69% redes sociais e 57% jogos.
Apenas 17% tem ou já usou app, 51% referem que gostaria
de um app para FC. Conclusão:
Verificamos
que interação dos pacientes com FC com tecnologia
é presente. O desenvolvimento
do aplicativo de saúde poderá oferecer
informações, intervenções lúdicas e
melhora
adesão aos tratamentos.
Palavras-chave: fibrose cística, perfil
de saúde, aplicativos móveis.
Eficácia
e segurança do uso da ventilação não invasiva com manobra de recrutamento alveolar
no pós-operatório de revascularização do miocárdio: ensaio clínico randomizado
Mieko Cláudia Miura*,
Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho*,Marisa de Moraes Regenga*,
Luzia Noriko Takahashi Taniguchi***, Carolina Fu**
*Universidade
de São Paulo (USP / HCOR), **Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FMUSP), ***Hospital do Coração-HCOR
claumiura@usp.br
Introdução: A cirurgia cardíaca
pode evoluir com complicações no pós-operatório (PO), sendo a atelectasia e hipoxemia
as principais disfunções pulmonares. Com o objetivo de prevenir ou reduzir tais
complicações, a ventilação não invasiva (VNI) tem sido utilizada no período PO de
forma profilática e terapêutica. A manobra de recrutamento alveolar consiste no
aumento sustentado de pressão na via aérea utilizando Pressão expiratória final
positiva (PEEP) em indivíduos com hipoxemia, proporcionando uma ventilação mais
homogênea do parênquima pulmonar e, com isso aumentando a oxigenação arterial. Objetivos: Avaliar se o uso da VNI com a
MRA melhora a oxigenação e a atelectasia e se ela pode ser aplicada de forma segura.
Metodologia: Neste ensaio clínico randomizado,
foram estudados 15 pacientes submetidos à Revascularização do Miocárdio com circulação
extracorpórea, relação PaO2/FiO2
< 300 na extubação e radiografia de tórax com escala de atelectasia ≥ 2.
Após extubação distribuídos no grupo Controle (GC):VNI
por 30 minutos com PS para um VT de 6 ml/kg, PEEP 8 cm H2O ou Grupo MRA
(GR):VNI com MRA PEEP 15 e 20 cmH2O ficando 2 minutos em cada, em seguida
VNI por 30 minutos. Ambos os grupos apresentaram melhora da oxigenação em relação
ao basal, no GC 16 [10,5-18,3]% e no GR 21 [16,3-22,9]%
sem diferença estatística. Conclusão:
A escala de atelectasia teve uma melhora significativa no GR, enquanto que no GC
mais de 70% dos pacientes apresentaram algum grau de atelectasia. O uso por 30 minutos
de VNI com MRA apresentou resolução no escore de atelectasia, obteve melhora dos
níveis de oxigenação em ambos os grupos sem diferença estatística, podemos dizer
que foi segura uma vez que não ocorreram intercorrências ou complicação durante
ou após sua realização.
Palavras-chave: ventilação não invasiva,
revascularização miocárdica, atelectasia pulmonar.
Proposta
de protocolo profilático para reintubação com uso de terapia de alto fluxo
Monica Láis Teixeira Silva*,
Cassio Stipanich*, Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-FMUSP)
monicalaisteixeira@gmail.com
Introdução: O uso da terapia de alto fluxo (TAF) vem ganhando
atenção como um meio alternativo de suporte respiratório para pacientes críticos,
mantendo a oxigenação e a ventilação alveolar adequada Objetivo: analisar a literatura
existente e propor um protocolo para utilização desta terapia como método profilático
no processo de retirada da prótese ventilatória, em pacientes cirúrgicos de baixo
risco à falha no processo de desmame. Métodos:
este artigo se caracteriza por ser uma revisão sistemática da literatura resultante
da seleção de periódicos indexados nas bases de PubMed,
LILACS e PEDro. A partir dos artigos selecionados foi elaborada uma proposta de
protocolo para utilização do TAF como método profilático no processo de retirada
da prótese ventilatória em pacientes adultos cirúrgicos com baixo risco à falha
no processo de desmame, com tempo de ventilação mecânica superior a 12 horas. Resultados: unanimemente, todas as referências
demostraram que o uso da TAF em comparação à oxigenoterapia convencional reduz,
significantemente, a taxa de reintubações, diminui a dispneia pós extubação, mostra
ser mais confortável ao paciente, além de diminuir positivamente parâmetros fisiológicos.
Conclusão: À TAF se mostra uma terapia
eficaz para redução do risco de reintubações, sendo assim, a proposta de aplicação
da TAF deste protocolo será de forma continua por 24 horas com um rastreamento pós-intervenção
de dez dias ou até a alta hospitalar, visando demonstrar o impacto da TAF em processos
de reintubação, mortalidade e na evolução clínica dos pacientes.
Palavras-chave: terapia de alto fluxo,
oxigenoterapia, extubação.
Internações
por sepse na unidade de terapia intensiva de um hospital geral público da Grande
São Paulo no 1º trimestre de 2015
Paula Lagos de Oliveira*,
Maristela Chaya Tikhomiroff*, Ayra Mora*, Geise Vasconcelos*,Thiago
Marracini Nogueira Cunha*, Jeanette Janaina Jaber Lucato
*Centro
Universitário São Camilo
jeanettejaber@yahoo.com
Introdução: A sepse é definida como
uma síndrome clínica constituída por uma resposta inflamatória sistêmica associada
a um foco infeccioso. No entanto, quando não tratada adequadamente, pode evoluir
rapidamente para choque séptico, podendo resultar em falência de órgãos e óbito.
A Sepse afeta o sistema de saúde público e representa um desafio para os profissionais
de saúde e gestores. Os dados epidemiológicos revelaram uma elevada incidência de
sepse em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Estudos adicionais
mostraram que a incidência e mortalidade por sepse em brasileiros internados na
UTI estão entre as mais altas. Objetivos:
Avaliar através dos prontuários o perfil epidemiológico das internações por sepse
na UTI adulto de um Hospital Geral Público da Grande São Paulo. Tipo de estudo: Coorte, retrospectivo. Material e métodos: Levantamento de prontuários
do primeiro trimestre de 2015, cedidos por um Hospital Público da Grande São Paulo.
Parecer Coep número: 1.357.851. A coleta durou cerca de três meses. Resultados: A partir da análise dos prontuários
foram encontradas 246 internações no primeiro trimestre de 2015, sendo que 14,22%
foram internados por sepse (7,31% por sepse em geral e 6,91% por sepse pulmonar)
e dentro dessa porcentagem 51,42% eram do sexo feminino. A idade dos pacientes variou
de 19 a 83 anos e o tempo de internação foi entre 0,23 a 24,99 dias, tendo uma porcentagem
de óbito de 34,28% por sepse em relação aos demais diagnósticos. Conclusão: A partir dessa análise, constatamos
que 14,22% dos pacientes internados no primeiro trimestre de 2015 foram por sepse,
tendo o maior índice de morte em relação aos demais diagnósticos. Não houve diferença
significativa quanto ao sexo, e a idade foi bem heterogênea.
Palavras-chave: perfil de saúde, unidade
de terapia intensiva, sepse.
Perfil da
assistência de fisioterapia dos pacientes internados em UTI provenientes da emergência
referenciada de um hospital público terciário
Sarah Henschel Zangrande
de Morais Costa*, Andreia de Oliveira Melo*, Flavia Paixão Gavioli*, Francisco Dianes
Bezerra de Sousa*, Amanda Coelho Fernandes*, Priscila de Carvalho*, Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-HCFMUSP)
priscila.carvalho@hc.fm.usp.br
Introdução:
A inserção do fisioterapeuta
no pronto socorro (PS) em hospitais brasileiros é recente, mas
já demonstra benefícios,
como redução do tempo de intubação e
ventilação mecânica, diminuição de
complicações,
infecções e tempo de internação
hospitalar1. Objetivo: Analisar o desfecho clínico
dos pacientes internados em UTI provenientes do PS em um hospital
terciário. Tipo de estudo: Retrospectivo, transversal.
Métodos: Com base no sistema informatizado
da Divisão de Fisioterapia e do controle de admissão do PS da Divisão Enfermagem,
foi realizada a coleta de dados dos pacientes internados nas UTI’s, com admissão
pelo PS entre setembro e novembro de 2016. Resultados:
Dos 1232 pacientes triados na UTI, 372 (30%) eram procedentes do PS.
Destes 372,
60% eram clínicos e 28% cirúrgicos, sendo, 26%
neurológicos, 17% traumatológicos
e 10% gastrointestinais. Na admissão na UTI, 48% estavam em
respiração espontânea;
37% necessitaram de aspiração de prótese traqueal;
7% se encontravam em oxigenioterapia;
4% ou menos estavam em uso de ventilação não
invasiva (VNI), ou necessitaram de
aspiração nasotraqueal, assistência à parada
cardiorrespiratória, intubação, traqueostomia
ou extubação. Durante o período de
internação na UTI, 49% dos pacientes foram intubados
ou traqueostomizados, 37% utilizaram oxigenioterapia, 19% apresentaram
hipersecreção
e tosse ineficaz, 15% utilizaram VNI e 9% necessitaram de
aspiração nasotraqueal.
O desfecho hospitalar da amostragem foi: 52% alta, 23% óbito,
15% permanece internado
e 10% transferidos. Conclusão: O perfil
clínico e itinerário hospitalar dos pacientes admitidos nas UTI’s provenientes do
PS demonstra a demanda para assistência fisioterapêutica no PS e sugere novos estudos
para analisar o impacto da atuação fisioterapêutica neste ambiente.
Palavras-chave: serviço hospitalar de
fisioterapia, emergências, cuidados críticos.
A eficácia
na implementação do pacote ABCDE na unidade de terapia
intensiva: revisão da literatura
Thais Karoline Moura Dias*,
Ana Beatriz Toniolli Costa*, Mariana Carvalho de Oliveira*, Jeanette Janaina Jaber
Lucato*, Thiago Marracini Nogueira Cunha*, Patricia Salerno de Almeida Picanço*,
Renata Célia Claudino Barbosa*
*Centro
Universitário São Camilo
thais-luka@hotmail.com
Introdução:
O pacote ABCDE (do inglês
Awakening, Breathing, Coordenation, Delirium e Early Mobilization)
é uma abordagem
multidisciplinar baseada em evidências, composta por diversas
ações precoces tais
como monitorização da respiração,
coordenação, desmame da sedação,
remoção do ventilador,
escolha de analgésicos e sedativos, monitoramento e controle do
delírio, mobilização
e exercícios precoces. Atualmente, existem poucos estudos
descritos na literatura,
portanto é de grande importância a continuidade das
pesquisas. Objetivo: Avaliar
a eficácia e relação custo-benefício na implementação do
pacote ABCDE na unidade de terapia intensiva (UTI). Tipo de estudo: Revisão da literatura. Material e métodos: Foi realizado um levantamento bibliográfico onde
foram selecionados artigos científicos publicados na última década, utilizando-se
as bases de dados Lilacs, Medline e SciELO, com os descritores
delírio, respiração e unidades de terapia intensiva, em português e inglês, com
operador booleano and. Foram incluídos os estudos que abordassem a implementação e ou aplicação do pacote ABCDE na UTI. Resultados: Dos 21 artigos encontrados apenas
4 preencheram os critérios de inclusão, não se restringiram
a um resultado único. Dentre estes, dois artigos descreveram um menor tempo de ventilação
mecânica em pacientes inclusos no pacote, três realizaram mobilização precoce e
avaliação do delírio, dois mostraram a prática das tentativas de despertar espontâneo,
dois relataram uma diminuição no declínio funcional e cognitivo e um relatou menor
gasto com pacientes quando aplicado o pacote, e o aumento da mobilidade quando houve
a diminuição da sedação. Conclusão: A
implementação do pacote ABCDE se mostrou eficaz na UTI,
proporcionando melhora dos benefícios ao paciente e redução de custos.
Palavras-chave: delírio, respiração,
unidades de terapia intensiva.
Ressonância
Magnética Funcional em pacientes com lombalgia mecânica comum crônica e reivindicações
trabalhistas
Aloma Feitosa*, Ari Stiel
Radu Halpern*, Eduardo F. Borba Neto*
*Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
a.loma.a@hotmail.com
Introdução: Lombalgia é uma das
queixas musculoesqueleticas mais comuns nas sociedades industrializadas, afetando
70 a 85% da população adulta em algum momento da vida. Objetivos: Comparar os correlatos neuronais entre grupos e verificar
se há aumento da atividade nas áreas relacionadas à atenção no grupo de pacientes
com afastamento em relação aos demais grupos, em um teste de dor. Material e métodos: Participaram do estudo
(44 mulheres e 30 homens). Pacientes com LMC e reivindicações trabalhistas (LMC/A);
Pacientes com LMC sem reivindicações trabalhistas (LMC); Voluntário sem dor crônica
(Controle). Os indivíduos foram submetidos a estímulos pressóricos crescentes, capaz
de produzir uma dor de intensidade média.Tipo de estudo:
Observacional prospectivo Resultados No
grupo LMC/A: todos os pacientes estavam afastamento temporariamente, sendo que 43%
a mais de 5 anos e 68% não estava recebendo benefício. O grupo LMC utilizou menos
peso quando comparado como o grupo controle (p<0,001). O grupo LMC apresentou
maior resposta hemodinâmica (RH) do que LMC/A, ativando o cíngulo anterior e o giro
frontal (p<0,001). O grupo controle apresentou maior (RH) em relação ao grupo
LMC/A em regiões de polo frontal e paracingulado (p=0,002). Conclusão: A menor resposta hemodinâmica
no grupo LMC/A em comparação com os demais grupos pode ter acontecido devido a uma
ativação já existente na maior parte do tempo nestes pacientes. Pacientes com LMC
demonstram hiperalgesia, utilizando menos peso para obtenção da mesma intensidade
de dor. Nosso estudo reforça a ideia de que a presença de dor crônica está associada
com uma alteração na plasticidade neuronal envolvendo áreas cerebrais ligadas às
emoções e não apenas áreas somatossensoriais. Fontes de financiamento: CAPES
Palavras-chave: lombalgia crônica, reivindicação
trabalhista, ressonância magnética funcional.
Relação
entre controle de tronco e funcionalidade em pacientes com Distrofia Muscular de
Duchenne
Ana Lúcia Yaeko da Silva
Santos*, Thiago Henrique da Silva**, Francis Meire Favero**, Luis Fernando Grossklauss**,
Cristina dos Santos Cardoso de Sá**
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-FMUSP), **Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
anayaneko@gmail.com
Introdução: A progressão da fraqueza
muscular reduz a independência funcional de pacientes com distrofia muscular de
Duchenne (DMD). Estudos prévios mostraram que o controle de tronco é primordial
para a realização de tarefas funcionais. Objetivo:
Relacionar o controle de tronco, a funcionalidade e o nível funcional de pacientes
com DMD. Métodos: Estes
estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de São Paulo
(CAAE: 47567115.1.0000.5505). Doze pacientes com diagnóstico de DMD foram submetidos
a avaliação do controle de tronco pelo escore da Segmental
Assessment of Trunk Control (SATCo), da funcionalidade pela escala Medida da Função
Motora (MFM) de acordo com a dimensão 1 (D1 - posição em pé e transferências), dimensão
2 (D2 - função motora axial e proximal) e dimensão 3 (D3 - função motora distal)
e nível funcional pela Escala Vignos. O teste Kolmogorov-Smirnov verificou a normalidade
dos dados. Posteriormente, foi realizado o teste de correlação por meio do teste
de Pearson. Resultados: Doze pacientes
com média de 10,5 (± 2,71) anos. A relação entre SATCo
com D2 (r=0,70; p=0,010) e SATCo com D3 (r=0,76; p=0,004) foi considerada forte
e estatisticamente significativa. Conclusão:
O estudo demonstra a relação entre o controle de tronco, a funcionalidade
pacientes com DMD e sugere a inclusão de estimulação do controle de tronco
para o melhor desempenho na execução de tarefas funcionais.
Palavras-chave: Distrofia Muscular de
Duchenne, postura, movimento.
Hemodinâmica
encefálica após acidente vascular encefálico: como auxiliar a abordagem fisioterapêutica?
Angela Salomão Macedo
Salinet*, Ricardo Nogueira **, Adriana Conforto**, Manoel Jacobsen*, Edson Bor-Seng-Shu**
*Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
**Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP)
angelasmacedo@yahoo.com.br
Introdução: Estudos clínicos sugerem
que a intervenção fisioterapêutica precoce melhora o desfecho funcional de pacientes
após o acidente vascular encefálico (AVE). Porém, o mecanismo que controla o fluxo
sanguíneo encefálico (autorregulação cerebral – AR) pode estar comprometido agudamente
no AVE podendo aumentar o risco de lesões secundárias.
Objetivo: Avaliar o status da AR no AVE agudo.Tipo de estudo: estudo observacional transversal.
Material e métodos: Foram incluídos pacientes
após o primeiro e único AVE isquêmico antes de 48 horas do ictus. O mesmo número
de participantes controle foram recrutados. A AR foi calculada a partir da correlação entre as velocidades
de fluxo sanguíneo encefálico bilateral (Doppler transcraniano de artérias cerebrais
médias) e pressão arterial batimento-a-batimento (Finometer). Resultados: Foram incluídos 40 pacientes
e 40 controles. Os exames foram feitos em média 30(±6) h após o ictus. A AR foi significativamente menor no hemisfério afetado (4.64±2.0)
comparado com o não afetado (5.0±1.6) e controles (6.0±1.9). Pacientes com AVE severo apresentaram piores índices de AR no hemisfério afetado
(3.0±2.0) do que os AVE moderado (5.0±1.7) e AVE leve (5.9±1.9). Conclusão: Os resultados mostram que a AR
está comprometida no AVE agudo, porém o comprometimento
hemodinâmico é maior no AVE grave. Isto influencia diretamente na elaboração do
plano de intervenção fisioterapêutica. Este estudo traz evidências que pacientes
pós AVE leve e (possivelmente) moderado terão maiores benefícios
de uma intervenção fisioterapêutica precoce e intensiva. Já um tratamento mais conservador
geraria menos alterações na hemodinâmica encefálica e consequentemente um menor
risco de lesões secundárias, até que os mecanismos hemodinâmicos se normalizem.
Palavras-chave: acidente vascular encefálico,
reabilitação, autorregulação cerebral
Análise
cinemática da marcha de um paciente com acidente vascular cerebral comparando órtese
elétrica e dinâmica
Beatriz Isola Cordeiro*,
Daniele Regina de Oliveira*, Luana dos Santos de Oliveira*, Pedro Claudio Gonsales
de Castro*, Maria Cecília dos Santos Moreira*, Denise Vianna
Machado Ayres
*Instituto
de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (IMREA-HCFMUSP)
biaisolacordeiro@gmail.com
Prometendo substituir
as órteses convencionais, foi lançada em 2006 uma órtese que promove ativação dos
dorsiflexores por estimulação elétrica, tendo como diferenciais acelerômetros e
inclinômetros. Porém não se sabe se esta tecnologia é realmente mais eficiente quando
comparada com a órteses dinâmicas (OD). Objetivo: Analisar e comparar a qualidade
da marcha de um indivíduo com sequela de AVC identificando mudanças da cinemática
linear. Métodos: Trata-se de um relato
de caso de um indivíduo com sequela de AVC isquêmico com hemiplegia à direita. Para
coleta dos dados foi utilizado um sistema de imagem para rastreamento optoeletrônico
tridimensional, composto de 8 câmeras de vídeo, com freqüência
de captação de 200 Hz. Para a intervenção fisioterapêutica utilizou-se OD e órtese
elétrica Walkaide® (OEW). As variáveis analisadas foram comprimento do passo (CPO),
da passada (CPA), velocidade (V), cadência (CD), tempo de apoio (TA), tempo de balanço
(TB) e largura do passo (LP). O protocolo experimental foi composto por 12 sessões:
5 treinos de marcha com OD; 5 treinos de marcha com OEW
e 2 avaliações pelo sistema de imagem. Resultados:
A marcha com OD apresentou valores mais próximos da normalidade no comprimento do
passo (OD: 45,31 cm; OEW: 41,02 cm), passada (OD: 75,74 cm; OEW: 74,91 cm), velocidade
(OD: 60,94 m/s; OEW: 59,06 m/s) e cadência (OD: 107,55 passos/min; OEW: 95,16 passos/min)
e a OEW aproximou-se da normalidade no tempo de apoio (OD: 63,25%; OEW: 60,38%)
e balanço (OD: 36,75%; OEW: 39,62%) e na largura do passo (OD: 15,52 cm; OEW: 12,36
cm). Conclusão: O tempo de apoio e balanço
com a OEW foram mais próximos da normalidade, porém os
restantes parâmetros lineares mostraram-se mais eficientes com a OD.
Palavras-chave: acidente vascular cerebral, marcha, estimulação elétrica.
Análise
da potência no pré-balanço da marcha após treino com órtese elétrica e dinâmica
em um paciente com acidente vascular cerebral
Daniele Regina de Oliveira*,
Luana dos Santos de Oliveira*, Beatriz Isola Cordeiro*, Pedro Claudio Gonsales de
Castro*, Maria Cecília dos Santos Moreira*, Denise Vianna
Machado Ayres*
*Instituto
de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (IMREA-HCFMUSP)
cecilia.moreira@hc.fm.usp.br
Introdução:
As órteses dinâmicas
(OD) auxiliam na marcha de pacientes após Acidente Vascular
Cerebral (AVC). Recentemente
foi lançada no mercado uma órtese elétrica (OE)
inovadora que atua por acelerômetros
e inclinômetros. Por ser um recurso novo, não se sabe qual
sua eficiência quando
comparada com as OD, principalmente sua ação e
geração de potência na fase do
pré-balanço.
Objetivo: Analisar a
potência (P) obtidas em joule por quilograma (J/kg) da articulação do tornozelo
na fase pré-balanço utilizando OE e OD em pacientes com AVC. Tipo de estudo: Trata-se do relato de caso
de um voluntário do sexo feminino (30 anos), com AVC. Material e métodos: As variáveis cinemáticas foram adquiridas por oito
câmeras de vídeo digitais (modelo Qualisys Track Manager 2.11) com frequência de
aquisição de 200 Hz; já as variáveis cinéticas formam obtidas por três plataformas
de força (modelo OR6-7-1000). Para a intervenção fisioterapêutica utilizou-se a
OD Dilepé e a órtese elétrica Walkaide® (OEW). O protocolo experimental foi composto
por 12 sessões: 5 treinos de marcha com OD; uma avaliação
biomecânica com OD; 5 treinos de marcha com OEW e uma avaliação biomecânica com
OEW. Resultados: O voluntário apresentou
potência máxima na fase de pré- balanço de 0,51 W/kg em 54% do ciclo da marcha com
OD enquanto com a OE, a potência máxima gerada foi de 0,06 W/kg em 53% do ciclo
da marcha. Conclusão: Por meio dos resultados
obtidos, conclui-se que a OD foi mais eficiente, quando comparada com a OEW, pois
gerou maior potência no pré-balanço.
Palavras-chave: stroke, orthoses, gait.
Instrumentos
clínicos funcionais e questionários aplicados na hospitalização para identificação
do risco de quedas em idosos
Deise Ferreira da Silva*,
Andreia Andre de Sousa*, Natalia Santos Lousada*, Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-HCFMUSP)
ftdeiseferreira@gmail.com
Introdução: A queda é um dos principais
acidentes e etiologia de morte acidental nos idosos, tendo seu risco agravado durante
a hospitalização. Deste modo, se faz necessário o uso de um instrumento de predição
de quedas com boas sensibilidade e especificidade. Objetivo: Reunir instrumentos
de avaliação do risco de quedas aplicados em idosos hospitalizados, verificando
a eficácia de questionários e instrumentos clínico funcionais
para esta população. Tipo de estudo: Revisão de literatura. Material e métodos: Foram feitas buscas eletrônicas
nas bases de dados Pubmed, Scopus, Scielo e Biomedcentral, com publicações no período
de 2006 a 2016. Após a leitura de 203 resumos em inglês e português, foram excluídos
estudos com população abaixo de 65 anos e não hospitalizados, e selecionados 15
estudos. Resultados: Os instrumentos avaliados
foram a Escala de Quedas de Morse, Medida de Independência Funcional, Avaliação
de Risco de Quedas Casa da Colina, St Thomas’s Risk Assessment Tool in Falling Elderly
Inpatients, Escala Conley, Escala de Equilíbrio de Berg, Balance Stability System,
Escala de Eficácia de Quedas, Escala Internacional de Eficácia de Quedas, Modelo
de Risco de Queda Hendrich II e Johns Hopkins Fall Risk Assessment Tool, que se
apresentaram como medidas confiáveis na avaliação do risco de queda. Conclusão: Há mais questionários do que instrumentos clínico-funcionais aplicados na avaliação do risco de queda
em idosos hospitalizados, e estas ferramentas apresentaram boa especificidade
e/ou sensibilidade para tal finalidade. Há necessidade de mais instrumentos clinico-funcionais
para avaliação do risco de quedas levando em consideração todas as alterações de
controle postural e mobilidade que o envelhecimento fisiológico promove.
Palavras-chave: hospitalização, quedas
e avaliação de risco, confiabilidade e validade.
Funcionalidade
em longevos internados para colonoscopia num hospital terciário
Deise Ferreira da Silva*,
Patricia Harry Lavoura*, Debora Martins Meira*, Celso Carvalho*, Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-FMUSP)
ftdeiseferreira@gmail.com
Introdução: O avanço da idade é
um importante fator de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal, sendo
este a segunda causa de mortalidade relacionada ao câncer em todo o mundo.Além da idade, comorbidades, expectativa de vida, estado
funcional, são fatores considerados para decisão de rastreio ou vigilância pela
colonoscopia e o preparo intestinal é mais difícil e impactante em indivíduos longevos;
entretanto, seu impacto na funcionalidade permanece pouco conhecido. Objetivo: Verificar os efeitos do processo
de preparo e realização da colonoscopia nas alterações da funcionalidade em idosos
longevos. Tipo de estudo: Coorte Observacional
Prospectivo. Material e métodos: A funcionalidade
foi avaliada, na admissão e alta hospitalar, através do equilíbrio (MiniBESTest), qualidade de vida (SF-12) e força de preensão palmar
(dinamometria) em idosos internados para rastreio de câncer colorretal. Resultados:
Foram incluídos 31 idosos (20
mulheres) com idade de 83 (±3,0) anos, internados por
7±4,0 dias, índice de Charlson
3,24±3,0 pontos. Na alta hospitalar, não foram observadas
alterações no equilíbrio
(17,6±4,8 vs. 18,2±4,2 score), força muscular
(12,3±7,3 vs. 13,2±6,8 kgf), qualidade
de vida (domínio físico: 45,0±7,9 vs.
43,0±9,2 e domínio mental: 45,3±10,9 vs.
45,5±10,3)
quando comparado com antes da hospitalização (p>0,05).
Conclusão: Apesar do preparo da colonoscopia apresentar muitas alterações
metabólicas nos idosos longevos, nossos resultados mostram que os pacientes não
tiveram alterações na funcionalidade significativas decorrentes do preparo no período
de hospitalização, apesar do período de internação para a realização do exame.
Palavras-chave: idoso, colonoscopia,
octogenários.
Comparação
do desempenho motor entre recém-nascidos prematuros cirúrgicos e clínicos em uma
UTI Neonatal de um Hospital Universitário
Glaucia Yuri Shimizu*,
Nathalia Lima Videira*, Lucia Candida Soares de Paula*,Carla
Marques Nicolau*, Regina Célia Turola Passos Juliani*, Maria Esther Jurfest Riveiro
Ceccon*
*Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (ICr-FMUSP)
glaucia.shimizu@hc.fm.usp.br
Introdução: A abordagem cirúrgica
pode ser um fator de risco para o atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM),
como a prematuridade e o baixo peso de nascimento. A aplicação do Test of Infant Motor Performance
(TIMP) nos recém-nascidos (RNs) cirúrgicos é escassa, assim como a atuação da fisioterapia
nesta população. Objetivo: Comparar o
desempenho motor entre os RNs prematuros (RNPT) com doenças cirúrgicas com os que
apresentaram doenças clínicas. Tipo de estudo: Estudo retrospectivo do tipo transversal.
Material e métodos: RNPT estáveis clinicamente
foram avaliados por 2 fisioterapeutas treinadas para aplicação
do teste segundo critérios do TIMP e divididos em 2 grupos: Cirúrgicos (Grupo I)
e Clínicos (Grupo II). Para a análise estatística foram utilizados os testes t-Student
e Mann–Whitney sendo considerada estatisticamente significante p <0,05. Resultados: Foram avaliados 36 RNs cirúrgicos
e 33 clínicos. O Grupo I apresentou idade gestacional (IG) média 34,00±2,1 sem e
o Grupo II 32,00±2,5 sem (p<0,001); Foram maiores para o Grupo I: peso de nascimento
(p< 0,001), tempo em Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) (p=0,002), IG corrigida
e peso no momento da avaliação TIMP (p<0,001) e o tempo de internação (p=0,009).
O diagnóstico principal no Grupo I foi a Gastrosquise (63,8%) e no Grupo II a Síndrome
do Desconforto Respiratório (45,4%). Em relação à pontuação TIMP nos grupos houve
diferença significativa (P=0,012), mas ambos foram classificados “Abaixo da média”
de acordo com a IG corrigida, não diferindo o escore z (P=0,518). Conclusão: O desempenho motor dos dois grupos
foi semelhante, sendo classificados “abaixo da média” conforme o TIMP.
Palavras-chave: intervenção precoce,
unidades de terapia intensiva neonatal, cirurgia.
Influência
da ingestão crônica de álcool sobre as funções motoras do indivíduo
Joyce Karoline Friosi
de Carvalho*
*Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP)
joycekcarvalho@hotmail.com
O alcoolismo é uma doença
crônica recidiva progressiva que acarreta prejuízos à saúde, e seu desenvolvimento
é caracterizado por frequentes episódios de intoxicação, sensibilizando mecanismos
cerebrais podendo levar à neurodegeneração. Danos neurais causados pelo consumo
do álcool se apresentam de forma aguda ou crônica e são relacionados aos padrões
individuais de consumo, envolvendo dentre outras, as regiões neurológicas associadas
à função motora do indivíduo. Este estudo transversal tevecomo objetivo avaliar
a função motora de idosos com uso crônico de álcool (AC), em comparação a um grupo
controle (CO) de idosos não dependentes de álcool, para analisar os possíveis déficits
funcionais motores que poderiam ocorrer em decorrência do uso do álcool. Foram utilizados uma Entrevista Inicial (EI), o AUDIT, o Teste
de Caminhada de 6 Minutos (TC6), a Escala Motora para Terceira Idade (EMTI) e o
SF-36. Na EI o grupo indivíduos CO relataram o não consumo de álcool ou um tempo
de uso de álcool variando de 44 à 70 anos de consumo de
forma moderada, O grupo AC teve seu tempo de consumo variando de 7 a 60 anos, associado
ou não a outras drogas. No AUDIT o grupo CO teve sua classificação
em Zona I (padrão de consumo de baixo risco), e grupo AC foi classificado em Zona
III (uso nocivo). No TC6 o grupo CO percorreu 422 metros
e o grupo AC percorreu 393 metros. Na EMTI o grupo CO apresentouuma
pontuação total, uma aptidão motora geral e uma
classificação superior em relação
ao grupo AC. No SF-36 o grupo AC apresentou uma pontuação
total maior do que a do
grupo CO. Assim, concluiu-se que o grupo CO apresentou
melhores resultados em todos os testes aplicados, exceto no SF-36. Fonte de financiamento:
FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Palavras-chave: alcoolismo, funções
motoras, idoso.
Os efeitos
da estimulação motora no sintomas de crianças com transtorno
de déficit de atenção/hiperatividade
Juliana Cristina Fernandes
Bilhar Marques**, Juliana Barbosa Goulardins*, Roseane Oliveira do Nascimento**,
Ludinalva Oliveira Mendes**, Jorge Alberto de Oliveira**
*Universidade
Nove de Julho (UNINOVE), **Universidade de São Paulo (USP)
jubilhar@terra.com.br
Introdução: Dentre os transtornos
do neurodesenvolvimento, o de maior prevalência na infância, é o transtorno de déficit
de atenção/hiperatividade (TDAH). Este possui como característica um padrão persistente
de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade. Os indivíduos com o TDAH apresentam
prejuízos em várias áreas de sua vida, indicando ser necessária uma maior atenção
por meio de serviços e profissionais da saúde e educação. Atualmente já existem
apontamentos da estimulação motora como abordagem terapêutica, visando a melhora dos sintomas do TDAH. Objetivos: Analisar o efeito de um programa de estimulação motora nos
sintomas de desatenção e hiperatividade das crianças com o TDAH. Material e métodos: Um total de 199 crianças,
com idade entre 4 e 6 anos, foram avaliadas por meio do
questionário SNAP-IV. Este instrumento foi respondido por pais e professores para
a triagem do TDAH e após a identificação do transtorno, para monitoramento da intensidade
dos sintomas. Destas, nove crianças foram identificadas com critérios para o transtorno.
No total foram realizadas 19 sessões de estimulação motora, por meio de atividades
lúdicas, com frequência de duas vezes por semana e duração de 45 minutos cada. Todas
as sessões foram realizadas dentro do ambiente escolar. Resultados: As crianças com o TDAH apresentaram, de acordo com as respostas
dos pais, minimização dos sintomas de hiperatividade após a realização das sessões
de estimulação (p = 0,044). Em relação a visão do professor,
as crianças com o TDAH apresentaram minimização dos sintomas de hiperatividade (p
= 0,044) e dos sintomas combinados de desatenção e hiperatividade (p = 0,029). Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem
que os programas de estimulação motora podem minimizar a intensidade dos sintomas
do TDAH.
Palavras-chave: Transtorno do déficit
de atenção, hiperatividade, criança, intervenção precoce.
Cinemática
angular da dorsiflexão após treino com órtese
dinâmica e elétrica em um paciente
com acidente vascular encefálico
Luana dos santos de Oliveira*,
Beatriz Isola Cordeiro*, Daniele Regina de Oliveira*, Pedro Claudio Gonsales de
Castro*, Maria Cecília dos Santos Moreira*, Denise Vianna
Machado Ayres
*Instituto
de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (IMREA-HCFMUSP)
luanafisio93@gmail.com
Introdução: Uma órtese elétrica
(OE) inovadora com acelerômetro e inclinômetro foi lançada
em 2006 para auxiliar a marcha de pacientes com Acidente Encefálico (AVE), porém,
não se sabe se este tipo de órtese é tão ou mais eficiente que as órteses dinâmicas
(OD). Objetivo: Analisar a cinemática
angular do movimento de dorsiflexão do tornozelo parético, após treino de marcha
utilizando OD e OE.Tipo de estudo: Trata-se de um relato
de caso de um voluntário do sexo feminino (40 anos), comprometimento motor à direita,
força muscular grau 2 de dorsiflexores e espasticidade grau 1+. Material e métodos:
O ângulo do tornozelo
durante a marcha foi adquirido por oito câmeras de vídeo
digitais (marca Qualisys
Track Manager – QTM, modelo 2.11) que utilizam os softwares Ortho
Track 6.3.1 e
QTM para análise, com frequência de
aquisição de 200 Hz. Para a intervenção
fisioterapêutica
utilizou-se uma OD e a órtese elétrica Walkaide®
(OEW). O protocolo experimental
foi composto por 12 sessões com duração de 60
minutos: inicialmente foi realizado
5 sessões de treino de marcha com OD; após o treino, uma
avaliação biomecânica descalça (SO1) e com a OD; após isto foi realizado mais 5
treinos sessões de marcha com OEW finalizando com outra avaliação biomecânica descalça
(SO2) e com a OEW. Resultados:
O pico ângulo de dorsiflexão na condição SO1 no apoio foi de 9,76° (±1,93) e, no
balanço 4,3° (±0,24). Em SO2 o pico diminuiu para 7,25°(±2,00) na fase
de apoio e para 2,1° (±0,69) no balanço. Com a OD o pico foi de 13,14° (±2,99) no
apoio e 9,36° (±0,62) no balanço.Com a OE o pico foi de
15,17° (±0,48) no apoio e 12,32° (±2,28) no balanço. Conclusão: Ambas as órteses são eficientes, porém, com a OEW o pico
do ângulo do tornozelo na fase de apoio e balanço é mais próximo da normalidade.
Palavras-chave: stroke, orthotic devices,
gait.
Análise
do efeito da terapia virtual no equilíbrio de indivíduos pós-AVC
Pedro Claudio Gonsales
de Castro*, Andriette Camilo Turi*, Nathany Matheus Teixeira de Azevedo*
*Instituto
de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (IMREA- HCFMUSP)
pedro.castro@hc.fm.usp.br
Introdução: O déficit de equilíbrio
está entre as sequelas mais comuns após acidente vascular cerebral (AVC) e videogames
com plataforma de equilíbrio podem auxiliar na recuperação. Objetivos: Avaliar o efeito da terapia virtual
(TV) no equilíbrio de indivíduos pós-AVC. Tipo de estudo: Ensaio clínico randomizado
simples cego. Material e métodos: 29 voluntários
com diagnóstico de AVC isquêmico ou hemorrágico crônico de ambos os sexos, divididos
em grupo controle (GC) e intervenção (GI). No GI, os voluntários realizaram 48 sessões
de fisioterapia convencional de 60 minutos (min) acrescido de 60 min de TV. No GC
os voluntários realizaram 48 sessões de fisioterapia convencional. Ambos os grupos
realizaram intervenções 2 vezes por semana. Para a intervenção
de TV utilizou-se o console Wii® da Nintendo® com os jogos Wii Fit. Para a quantificação
do estudo foi aplicada a Escala de Equilíbrio de BERG (EEB) no início e ao final
do protocolo de 48 sessões. Para a análise estatística foi utilizado o software
SPSS v.22. Para o teste de normalidade foi utilizado o Shapiro-Wilk (p<0,05).
Não obedecendo a uma distribuição normal, utilizou-se o teste de Wilcoxon (p<0,05)
para dados pareados e o teste de Mann-Whitney para dados não pareados. Resultados: Não houve diferença estatística
na comparação entre GI e GC, tanto nos testes iniciais (p=0,906), quanto nos finais
(p=0,813). Na análise intragrupo, houve diferença estatística no GC (p=0,010), mas
não no GI (p=0,123). Conclusão: A TV não
contribuiu para o aumento do equilíbrio avaliado pela EEB pós-avc. São necessários
outros testes mais sensíveis como a análise biomecânica.
Palavras-chave: stroke, balance, videogames.
Comparação
da pontuação obtida por videogame com variáveis biomecânicas em pacientes com AVC
Pedro Claudio Gonsales
de Castro*, Fernanda Botta Taralli*
*Instituto
de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (IMREA-HCFMUSP)
pedro.castro@hc.fm.usp.br
Introdução:
Videogames com plataforma
de equilíbrio (VG) fornecem no final de cada jogo uma
pontuação, porém não há
evidências
se essa pode ser utilizada como parâmetro de
quantificação do centro de pressão
(CP). A proposta do presente estudo é comparar a
pontuação obtida por um jogo de
VG com variáveis estabilométricas. Material
e métodos: Trata-se dos resultados preliminares de um ensaio clínico de quatro
indivíduos com AVC participaram DO protocolo experimental utilizando o jogo Penguim
Slide do Nintendo Wii, (repetido por 18 vezes, 2 vezes/semana,
durante 24 semanas). Foi coletada a pontuação obtida no jogo na primeira e na última
sessão do protocolo experimental. Para a avaliação (pré e pós) utilizou-se a plataforma
de força AMTI 2.0 com frequência de aquisição de 100 Hz. Os voluntários foram posicionados
com um pé sobre cada plataforma, estando de olhos abertos (OA) e fechados (OF) na
postura ereta durante 60 segundos. As variáveis quantificadas pelo Matlab foram:
área COP total (ACOPt), área COP x (ACOPx), área COP y
(ACOPy), velocidade do DOT (DOTv), distância COPxCOG (COPXCOGd). Devido ao tamanho
da amostra, foi realizado teste de Wilcoxon pareado (p<0,05) para comparar os
resultados iniciais e finais da pontuação do Jogo Penguim Slide e os dados pré e
pós-intervenção obtidos pela plataforma de força nas condições OA e OF. Resultados: Comparação inicial e final da
pontuação (p=0,125). Na condição OA, comparação inicial e final de: ACOPt (p=0,625), ACOPx (p=0,875), ACOPy (p=0,625), DOTv (p=0,875)
e COPXCOGd (p=1,0). Na condição OF, comparação inicial e final de: ACOPt (p=1,0), ACOPx (p=0,625), ACOPy (p=0,625), DOTv (p=0,125)
e COPXCOGd (p=1,0). Conclusão: A pontuação
obtida em jogo de VG não pode ser utilizada como método de quantificação do equilíbrio.
Palavras-chave: stroke, video-game,
balance.
Correlação
da pontuação em jogos de equilíbrio do videogame Nintendo WII com a pontuação das
escala de Berg em paciente pós AVE
Pedro Claudio Gonsales
de Castro*, Mayara Luz Alcantara dos Santos*
*Instituto
de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (IMREA-HCFMUSP)
pedro.castro@hc.fm.usp.br
Introdução: Videogames com plataforma
de equilíbrio (VGP) tem ganhado destaque na aquisição do controle postural em pacientes
pós AVE. No final de cada jogo o VGP promove uma pontuação,
de acordo com a habilidade de cada usuário, porém não se sabe se está pontuação
pode ser utilizada como parâmetros de ganhos de equilíbrio. Objetivo: Correlacionar a pontuação em jogos
de equilíbrio de um VGP com a pontuação da escala de equilíbrio de Berg em paciente
pós AVE. Material
e Métodos: Trata-se dos resultados preliminares de um ensaio clínico realizado
com o VGP Wii® da Nintendo® duas vezes por semana durante vinte e três semanas associada
a Fisioterapia Convencional nos dias das
intervenções.
Participaram do experimento 06 voluntários de ambos os sexos,
idade média de 48,33
(± 12,58) anos, com diagnóstico de AVE isquêmico
e/ou hemorrágico a mais de seis
meses. Para intervenção utilizou-se o jogo Penguin
Slide® no VGP, onde foi obtida
a média da pontuação de cinco
intervenções inicialmente e após vinte e
três semanas
assim como a EEB. Foi realizado o Coeficiente de Pearson para obter a
correlação
da média das pontuações com a EEB. Posteriormente
comparou-se a pontuação inicial
e após vinte e três semanas pelo teste t Student. Resultados: Pelo coeficiente de Pearson observou-se correlação moderada
(p= 0,56) entre as pontuações iniciais do Jogo Penguim Slide e da EEB, assim como
correlação moderada (p=0,59) com as pontuações finais. Houve diferença significativa
entre as pontuações da EEB antes e após a intervenção (p=0,006) assim como na média
das pontuações do Jogo Penguim Slide (p=0,002). Conclusão: A pontuação do VGP não apresentou correlação com a EEB, sugerindo
que a pontuação não pode ser utilizada como indicativo de ganhos de equilíbrio.
Palavras-chave: stroke, video-game,
balance.
Estimulação
motora ou sensorial no tratamento de paciente com acidente vascular cerebral?
Vanessa Aparecida da Silva*,
Ana Lúcia Yaeko da Silva Santos*, Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-FMUSP)
anayaneko@gmail.com
Introdução: O acidente vascular
cerebral (AVC) causa alterações funcionais devido aos distúrbios de equilíbrio.
A abordagem terapêutica até o momento visava aprimorar a força muscular, restrição
articular, tônus muscular, transferência de carga no membro parético entretanto sabe-se que alteração da integração sensorial pode
levar ao desequilíbrio. Há escassez na literatura quanto a estudos que visem melhorar
o equilíbrio pela estimulação sensorial. Objetivo:
Propor um programa de estimulação sensorial no equilíbrio postural e funcionalidade
pós AVC. Métodos:
Trata-se uma proposta com base em um projeto piloto realizado no Instituto de Psiquiatria
(HCFMUSP), aprovado pela CAPPesp-005/17. O equilíbrio foi
avaliado na plataforma de força nas condições: plataforma fixa olhos abertos (1),
plataforma fixa olhos fechados (2), plataforma móvel olhos abertos (3), plataforma
móvel olhos fechados (4) através da variável oscilação do centro de pressão (COP),
e sua funcionalidade pelo tempo do teste Timed
Up and Go
(TUG). Posteriormente, foi realizada uma
sessão de estimulação sensorial por 10 minutos
sobre a plataforma de força, na condição
plataforma móvel olhos fechados. Ao fim da
estimulação houve a reavaliação. Resultados: Houve redução da oscilação do
COP em direção ântero posterior pós intervenção
em todas
as condições, redução em
direção médio lateral pós
intervenção nas condições 3 e
4, com tendência à simetria de carga de peso em membros
inferiores nas condições
3 e 4. A funcionalidade também apresentou discreta melhora. Conclusão: A estimulação sensorial proporcionou
melhora do equilíbrio postural e integração sensorial. Nosso estudo sugere a inclusão
da estimulação sensorial no tratamento de pacientes pós AVC.
Palavras-chave: acidente vascular cerebral,
equilíbrio postural, fisioterapia.
Lesões musculoesqueléticas
em atletas do gênero feminino praticantes de patinação artísticas na modalidade
livre
Ana Francisca Rocha Feio
Ribeiro*, Carvalho G P *, Francine Lopes Barreto Gondo*, Alvarenga E F M *, Alessandra
Narciso Garcia*
*Centro
Universitário São Camilo
kika.feio@hotmail.com
Introdução: A patinação artística
sobre rodas oferece alto risco de lesão. Fatores como risco
de queda favorecem esta tendência. A literatura evidencia escassez de publicações,
em geral estrangeiras, com poucos estudos recentes. Objetivo: identificar a distribuição de frequência e os mecanismos das
lesões musculoesqueléticas em atletas praticantes de patinação artística, modalidade
livre. Tipo de estudo: observacional descritivo transversal. Material e métodos: Foram entrevistadas 77
atletas do gênero feminino (41 amadoras e 36 de alto rendimento), com idades entre
10 e 25 anos, praticantes patinação artística da modalidade livre há mais de 1 ano. Foram excluídas atletas que sofreram lesão em decorrência
de atividade não relacionada à prática do esporte. Os dados foram coletados em 6 locais de treinamento da cidade de São Paulo, utilizando o
modelo adaptado de Pastre et al (2004) do Inquérito de Morbidade Referida (IMR).
Resultados: A população estudada tem como
características: altura de 1,5±0,1m, peso 47,7±9,2, tempo de prática do esporte
55.5 ±43.5 meses, tempo de prática diária 126,0 ±69.,4
minutos, meses de férias 1.5 ±0.8, frequência de treino semanal de 2,7±1,4 dias.
Os resultados demostraram que 48% das participantes sofreram lesão musculoesquelética,
com predomínio de tendinopatia (27%), em joelho (54%), ocorridas na fase pré-temporada
(61%), decorrente de mecanismo por sobrecarga (40,7%) e com retorno à prática esportiva
sintomática (61%). Conclusão: A partir
dos achados concluiu-se que a patinação é uma modalidade com predomínio de lesões
por sobrecarga na articulação do joelho e retorno sintomático à prática, evidenciando
a necessidade de análise aprofundada para viabilizar atuação preventiva, assim como
retorno assintomático à prática da modalidade.
Palavras-chave: patinação sobre rodas,
incidências, lesões.
Dor e funcionalidade
de paciente com hérnia de disco lombar praticantes do método Pilates
Francisco Dimitre Rodrigo
Pereira Santos*, Arlete Mendes de Oliveira*, Guilherme Carlos Malagutti*, Larissa
Carvalho Coelho*, Maria Tereza Aquino Avelar*, Raisa Ramos dos Anjos*
*Unidade
de Ensino Superior do Sul do Maranhão (UNISULMA)
franciscodimitre@hotmail.com
Introdução: A dor lombar provocada
pela hérnia de disco lombar (HDL), leva na maioria das vezes os pacientes a um grau
de incapacidade funcional, o que traz grandes limitações nas atividades de vida
diária. O método Pilates proporciona um fortalecimento dos músculos estabilizadores
da coluna lombar e consequentemente uma redução das dores provocadas pela HDL. Objetivo:
Identificar a repercussão dos benefícios do método Pilates nos sintomas provocados
pela hérnia de disco lombar. Tipo de estudo:
Pesquisa qualitativa. Material e métodos:
a amostra foi composta por quatro pacientes, de ambos os sexos, diagnosticados com
HDL, que estivessem realizando tratamento baseado no método Pilates de forma regular
e maior de 18 anos. Foi realizada uma entrevista semiestruturada e os dados foram
analisados pela técnica da análise de conteúdo, surgindo as seguintes categorias
de análises: Dor lombar e funcionalidade, antes do tratamento e Repercussão do método
Pilates na saúde, atividades de vida diárias e qualidade de vida dos pacientes com
HDL. Resultados: Devido às dores provocas
pela HDL, os pacientes que vivem com HDL sofrem alterações em suas atividades funcionais.
Os pacientes relataram uma melhora significativa no que se refere à redução dos
quadros álgicos, após o tratamento com o método Pilates, deixando até mesmo de fazer
o uso de remédios analgésicos. Como resposta a ausência da dor, os pacientes apresentaram
uma melhora na realização e no retorno às atividades de vida diárias, antes não
executadas devido à dor provocada pela HDL. Conclusão:
Os pacientes com HDL apresentaram dores acentuadas, que levaram a uma limitação
na execução das atividades do cotidiano; no entanto, após prática do método Pilates,
tiveram ausência do quadro doloroso e melhoras na funcionalidade.
Palavras-chave: deslocamento do disco
intervertebral, |técnicas de exercício e de movimento, reabilitação.
Efeitos
do composto de sulfato de glicosamina e sulfato de condroitina e/ ou da LLLT na
cartilagem articular em modelo de transecção do LCA em ratos
Cyntia Criniti*, Assis
L*, Sanches M*, Fernandes D*, Cruz M*, Renno AC*
*Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP)
cy.criniti@hotmail.com
Introdução: A osteoartrite (OA)
é caracterizada como uma doença crônica progressiva mundialmente frequente, sendo
o joelho a articulação mais acometida. O composto de sulfatos de glicosamina e condroitina
(SGC) e a terapia laser de baixa intensidade (LLLT) têm sido utilizados como estratégias
terapêuticas não invasivas que visam amenizar e prevenir a evolução da OA. Objetivos: Avaliar os efeitos do composto
de sulfatos de glicosamina e condroitina, da LLLT e da associação de ambos sobre
a cartilagem articular de joelho de ratos submetidos a um modelo de OA induzida
através da secção do ligamento cruzado anterior. Tipo de Estudo: Experimental. Material e métodos: Quarenta ratos da linhagem
Wistar, machos, subdivididos em 4 grupos: indução da osteoartrite
(OAC); OA + LLLT (OAL); OA + SGC (OAS); OA + SGC + LLLT (OASL). Os tratamentos tiveram
início 24 horas após a cirurgia durante 30 dias consecutivos. Foi administrado a
combinação de sulfato de glicosamina 500 mg/kg e sulfato
de condroitina 400 mg/kg (via oral). Ademais, foi utilizado irradiação com laser
em 2 pontos da pata traseira esquerda (linha articular
medial e lateral). Resultados: Os resultados
mostraram que os animais tratados apresentaram melhor organização estrutural da cartilagem articular, menor dano tecidual (graduação da OARSI)
e densidade celular. Entretanto, não foi possível observar alteração nos valores
da espessura da cartilagem. Adicionalmente, OASL apresentou a menor expressão de
IL-1β quando comparado ao OAC. Conclusão:
Concluímos que o composto de sulfatos de glicosamina e
condroitina foi eficaz na
prevenção da degeneração da cartilagem,
assim como sua associação com LLLT, apresentando
efeitos anti-inflamatórios na OA de joelhos de ratos. Apoio
Financeiro: Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Palavras-chave: osteoartrite, cartilagem
articular.
Comparação
da qualidade de vida e capacidade funcional de pacientes com hérnia de disco lombar
praticantes do método pilates e fisioterapia convencional
Francisco Dimitre Rodrigo
Pereira Santos*, Nátalia Cardoso Brito*, Eronilde Silva Gonçalves*, Waueverton Bruno
Wyllian Nascimento Silva*, Poliene Tavares Cantuaria*, Vanessa Lima Barbosa Alves*
*Unidade
de Ensino Superior do Sul do Maranhão (UNISULMA)
franciscodimitre@hotmail.com
Introdução: A Hérnia de Disco Lombar
é uma disfunção que ocasiona quadros exacerbados de dor, que por sua vez acarreta
alterações negativas na qualidade de vida dos pacientes deixando-os na maioria das
vezes com limitações funcionais. Objetivo: Comparar a qualidade de vida e capacidade
funcional de pacientes com hérnia de disco lombar praticantes do método Pilates®
e de fisioterapia convencional. Tipo de estudo:
Quantitativo, com uma amostra não problemática. Material e métodos: A pesquisa foi composta por 30 indivíduos diagnosticados
com hérnia de disco lombar. Grupo I, constituído por pacientes praticantes do método
Pilates® e o Grupo II, por pacientes que recebem tratamento de fisioterapia convencional.
Para a coleta de dados foi utilizado questionário de qualidade de vida SF-36, a
avaliação da funcionalidade foi realizada por meio do questionário de Roland Morris
e Oswestry. Os dados foram analisados por meio do programa BioEstat
5.0, utilizando o test t student, considerado um nível de significância 5% (p =
0,05). Resultados: No que se refere à
qualidade de vida o Grupo I apresentou melhores escores em seis dos oito domínios,
quando comparado ao Grupo II. Com relação à incapacidade ocasionada pela dor lombar
o Grupo II apresentou uma maior limitação funcional. Conclusão: O Grupo I apresentou melhores resultados na qualidade de
vida e funcionalidade, quando comparado ao Grupo II.
Palavras-chave: dor lombar, fisioterapia,
exercícios de alongamento muscular.
Relação
entre dor lombar crônica e os músculos da respiração: uma revisão de literatura
Maristela Chaya Tikhomiroff*,
Francine Lopes Barreto Gondo*
*Centro
Universitário São Camilo
marichaya@gmail.com
Introdução: Muitos músculos utilizados
para o controle postural também atuam na respiração, manter um equilíbrio destes
músculos tanto para a demanda respiratória quanto postural é desafiador e entender
a relação dos músculos respiratórios com a dor lombar é imprescindível. Objetivo: Verificar a relação entre a dor
lombar crônica e os músculos da respiração. Tipo
de estudo: Revisão de literatura Métodos:
Busca bibliográfica nas bases de dados eletrônicas PUBMED, BVS, SCIELO e LILACS.
Critérios de inclusão: ensaios clínicos e revisões sistemáticas, nos idiomas português,
inglês e espanhol, em 15 anos, relacionando dor lombar crônica e músculos da respiração.
Critérios de exclusão: Artigos contemplando
comorbidades associadas, gestantes ou terapias que não são respiratórias. Descritores: Dor lombar (low back pain),
respiração (breathing) e músculos respiratórios (respiratory muscles). Resultados: Foram localizados 184 artigos
e 18 foram incluídos. Três estudos analisaram especificamente o músculo diafragma;
um induziu a dor lombar em indivíduos saudáveis analisando a influência da dor na
estabilização da coluna; cinco utilizaram exercícios respiratórios como tratamento
em indivíduos com dor lombar crônica, seis discutiram os padrões respiratórios durante
tarefas motoras, dois a fadiga dos músculos respiratórios e um a presença de desordens
respiratórias nesses indivíduos. Conclusão:
Verificou-se que indivíduos com dor lombar crônica podem apresentar alteração na
sincronia do movimento da coluna vertebral com a respiração, na estratégia motora
para a estabilidade da coluna, no volume inspiratório e no padrão respiratório.
Verificou-se também relação da dor lombar com desordens respiratórias e que, exercícios
respiratórios podem ser benéficos para esses pacientes.
Palavras-chave: dor lombar, músculos
respiratórios, respiração.
Amplitude
de movimento rotacional do ombro e velocidade do saque em atletas de voleibol: um
estudo transversal
Rafael Telles*, Renato
Rozemblit Soliaman*, Ronaldo Alves da Cunha*, André Lima Yoshimura*, Alberto de
Castro Pochini*, Benno Einisman*
*Centro
de Traumato-Ortopedia do Esporte(CETE ) - Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP)
telles.rf@gmail.com
Introdução: Pouco se sabe sobre
a relação das alterações de amplitude de movimento (ADM) rotacional do ombro com
o desempenho de praticantes de voleibol. Objetivo: Comparar ADM de rotação medial
(RM) e lateral (RL) e o arco total de movimento rotacional (ATMR) entre os ombros
de atletas de voleibol e investigar a relação dessas medidas, de variáveis antropométricas
e de histórico da modalidade com as velocidades do saque com e sem precisão (dentro
e fora de quadra). Tipo de estudo: Observacional
transversal. Material e métodos: 57 atletas
de voleibol do sexo masculino (idade média: 17,11±1,88 anos; massa: 74,68±9,7 kg;
e altura: 1,87±0,09 m) passaram por avaliação da RM e RL dos ombros (goniometria)
e das velocidades dos saques dentro e fora de quadra (radar de velocidade). Análises
de regressão linear simples e múltipla investigaram associações das amplitudes,
dos dados antropométricos e de histórico da modalidade com as velocidades do saque.
Resultados: O ombro dominante mostrou
menor RM em comparação com o contralateral
(59,1º±16.7º e 66,4º±16,9º;
p<0,001)
e menor ATMR (173,5º±31,8º e
179,1º±29.9º; p<0,001). A regressão simples
evidenciou
associação negativa entre RL dominante e a velocidade do
saque fora de quadra e
associações positivas de idade, IMC e tempo de
prática competitiva com as duas velocidades
do saque. Porém, no modelo múltiplo apenas idade
(p<0,001) e IMC (p=0,034 dentro
e p=0,031 fora de quadra) confirmaram essas associações. Conclusão: Diminuição da RM e do ATMR são as principais alterações musculoesqueléticas
vistas no ombro dominante de atletas jovens de voleibol. A velocidade do saque está
positivamente associada à idade e IMC, enquanto que as amplitudes passivas de movimento
de rotação parecem não ter relação com esta medida de desempenho.
Palavras-chave: amplitude de movimento,
articulação do ombro, voleibol.
Caracterização
do trauma ortopédico num ambulatório de fisioterapia especializado em ortopedia
e traumatologia
Silvia Ferreira Andrusaitis*
*Instituto
de Ortopedia e Traumatologia (IOT- HCFMUSP)
silvia.andrusaitis@hc.fm.usp.br
Introdução: O trauma pode ser definido
como um evento inesperado que produz uma lesão no indivíduo que independente da
sua magnitude causa impacto social e econômico. Estudos epidemiológicos são necessários
para que esses eventos possam ser entendidos e minimizados. Objetivos: Verificar a ocorrência e caracterização
de lesões ortopédicas de origem traumática dentre os pacientes encaminhados ao ambulatório
de fisioterapia especializado em ortopedia e traumatologia. Tipo de estudo: Epidemiológico observacional,
retrospectivo, descritivo. Material e métodos:
Foram analisadas fichas de encaminhamento ao Ambulatório de Fisioterapia do Instituto
de Ortopedia e Traumatologia (IOT-HCFMUSP), durante os meses de março a dezembro
do ano de 2016, quanto à idade, gênero, diagnóstico. Foram excluídas fichas com
erros ou com dados incompletos. Resultados:
As lesões ortopédicas de origem traumática corresponderam a 47,7% de todos os encaminhamentos
para o Serviço de Fisioterapia do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT-HCFMUSP),
sendo as mais recorrentes as fraturas fechadas e expostas dos ossos da perna (12,9%)
e as fraturas de úmero (11,7%). Os homens jovens foram os mais acometidos pelas
fraturas na perna, enquanto as fraturas de úmero acometeram mais mulheres entre
40 e 50 anos. Conclusão: Lesões de membros
inferiores em homens jovens estão de acordo com eventos traumáticos causados por
agentes externos como acidentes automobilísticos, enquanto as lesões de membros
superiores em mulheres maduras podem estar relacionadas a fatores ambientais, ocupacionais
e de condições gerais de saúde. Financiamento:
Serviço de Fisioterapia do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOTHCFMUSP)
Palavras-chave: epidemiologia, trauma,
fisioterapia.
Desenvolvimento
de um programa de uroterapia para crianças com enurese noturna
Ana Jackeline da Silva
Resende*, Rita Pavione Rodrigues Pereira*, Juliana Barbosa Goulardins**, Clarice
Tanaka*, Marcos Giannetti Machado*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-FMUSP), **Universidade Nove de Julho (UNINOVE)
jackelines220@gmail.com
Introdução: A enurese noturnais
afeta 10% das crianças em idade escolar e tem impacto psicossocial e funcional significativas
para as crianças e suas famílias. Diferentes abordagens são utilizadas no tratamento
da enurese noturna, incluindo a uroterapia que consiste em um conjunto de orientações
e treinamento vesical, com taxa de resposta de 30%. Objetivo: Desenvolver um programa de uroterapia informatizado destinado
aos pais e crianças com enurese noturna. Métodos:
Foi realizada uma busca na literatura cientifica e informal (sites de acesso aberto,
redes sociais e bibliotecas) para identificar todas as recomendações de uroterapia.
Os aspectos mais importantes foram listados. Resultados: Na literatura científica e informal foram encontradas diversas
recomendações de uroterapia, com grande variabilidade das informações, além da escassez
de materiais disponíveis para os pais e as crianças. A literatura informal trás
recomendações bem pontuais a respeito de desfralde e habituação ao banheiro. O documento
mais completo e padronizado foi publicado pela International Children's Continence Society com foco nos profissionais
atuantes na área e serviram de base para o desenvolvimento do programa de uroterapia
informatizado, que consiste em: informações sobre anatomia e função do trato urinário
e intestinal, monitoramento da ingestão de água e alimentos, micção de horário,
posicionamento e condições adequadas para micção, monitoramento das condições de
sono e hábitos de micção. Conclusão: O
programa de uroterapia informatizado é promissor porque pode ser implementado em casa, sem treinamento especial, e fornece estratégias
simples e direções para o tratamento das enurese noturna, padronizadas e baseadas
na literatura cientifica.
Palavras-chave: uroterapia, enurese
noturna, criança.
Mapping out an interdisciplinary framework for the management
of women with vaginismus
Claudia Brown, PT, B.Sc*. Nicol Korner-Bitensky, OT, Ph.D. Yitzchak M. Binik, Ph.D. Samir Khalifé,
M.D. Marie-Andrée Lahaie, Ph.D. Talli Y. Rosenbaum, PT, M.Sc.
*Clinical Physiotherapist
claudia@tgfhbn.com
Vaginismus is characterised by the persistent or recurrent difficulty in
allowing vaginal penetration, in spite of an expressed desire to do so. Because
vaginismus involves significant physical and psychological components, current recommendations
for the management of vaginismus encourage the use of a multi-modal, multidisciplinary
approach to treatment. Almost no literature is available to describe the collaborative
approach to vaginismus nor how to operationalise such an
approach. The objective of this study was to establish preliminary international
recommendations for best-practice interdisciplinary management of women with vaginismus,
where vaginismus is defined as a lifelong inability to have penetrative sexual intercourse.
A two-fold methodological approach was used: Phase 1 – An international multidisciplinary
focus group meeting of expert health professionals was held to establish an initial
set of recommendations for the interdisciplinary management of women with vaginismus
Phase 2 – A two-Round Delphi electronic survey of expert health professionals was
executed, to validate the initial recommendations and to gather more information
on the subject. A mixed method analysis including qualitative methods and quantitative
statistics was used to analyze the results, and a set of nine recommendations for
best-practise interdisciplinary management of women with lifelong vaginismus was
gleaned from the data analysis. The results may serve to improve the quality and
the delivery of care to the patient with vaginismus.
Palavras-chave: pelvic floor, vaginismus,
pelvic floor disorders.
Técnicas
de fisioterapia no tratamento da enurese noturna e outras disfunções miccionais:
revisão sistemática
Juliana Yano Petena*,
Rita Pavione Rodrigues Pereira*, Marcos Giannetti Machado*, Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-HCFMUSP)
rita.pavione@hc.fm.usp.br
Introdução: A Enurese noturna, de
acordo com a ICCS, é a definida como incontinência urinária durante o sono. É classificada
em não-monossintomática ou monossintomática baseada, respectivamente em presença
ou ausência de sintomas de trato urinário inferior. Pode ser classificada também
como primária quando há ausência de período seco prolongado; e secundária, presença
de período seco por mais de 6 meses, com recidiva dos sintomas
após esse período. Várias alterações como fatores hormonal e comportamental, genética,
distúrbios de sono, déficits sensoriais e neuromotores, alterações posturais são
associadas à enurese. Objetivo: Buscar,
conhecer e entender técnicas de fisioterapia, bem como sua efetividade no tratamento
da enurese noturna e outras disfunções miccionais. Material e métodos: Foi realizada uma abrangente revisão de literatura
dos anos de 1996 a 2016, com estratégia de busca elaborada utilizando artigos indexados
nas bases de dados Lilacs, Pedro, Scopus, e Pubmed. Resultados: Um total de 1262 artigos foi identificado na pesquisa, sendo
elegíveis para esta revisão 18 estudos. Dentre as técnicas descritas estão eletroterapia,
exercícios da musculatura do assoalho pélvico, biofeedback e uroterapia. A intervenção
mais frequente nos estudos foi a eletroterapia se mostrando
eficaz na maioria deles, assim como os exercícios do assoalho pélvico e o biofeedback.
Conclusão: As técnicas de fisioterapia
encontradas se mostraram na maior parte dos estudos como intervenções eficazes para
o tratamento das disfunções miccionais em crianças. Porém, as evidências disponíveis
são escassas, com estudos e aplicações das técnicas de forma aleatória dificultando
o achado de evidência concreta que possa confirmar e qualificar a efetividade dessas
técnicas.
Palavras-chave: enurese noturna, criança,
fisioterapia.
Aplicação
da eletroterapia no nervo tibial posterior e cinesioterapia no tratamento da incontinência
fecal: estudo piloto
Eliana de Nascimento*, Débora Tacon
da Costa*, Mariana Akiko Facchinatto*
*Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo - FMUSP
eliananascimentofisio@gmail.com
Introdução: A incontinência fecal
é definida como a incapacidade de manter a continência resultando em perda involuntária
de fezes sólidas/líquidas. Para manutenção da continência
é necessária integridade e bom funcionamento muscular e esfincteriano, bom volume
e consistência das fezes, trânsito cólico, distensibilidade retal, sensibilidade
e reflexos anorretais. Diversos tratamentos conservadores e cirúrgicos são propostos
para tal patologia, entretanto a literatura é escassa. Objetivos: Investigar a eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea
e da cinesioterapia no tratamento de incontinência fecal. Tipo de estudo: Estudo piloto comparativo, prospectivo e randomizado.
Materiais e métodos: O estudo foi submetido ao comitê de Ética
nº 1.268.532 e após aprovação, nove mulheres incontinentes fecais foram distribuídas
em dois grupos G1=5 e G2=4, sendo G1 grupo de intervenção com cinesioterapia e o
grupo G2 de intervenção com cinesioterapia e eletroestimulação do nervo tibial posterior.
Foi comparada antes e após o protocolo a qualidade de vida através do Questionário
de Qualidade de Vida (FIQL) e a severidade da incontinência com o Índice de Wexner.
Os dados foram tabulados e as variáveis foram comparadas intragrupo, intergrupo
e da amostra como um todo. Resultados:
A análise intragrupo e intergrupo da qualidade de vida foi estatisticamente significante. Para o score da Escala wexner a comparação intragrupo
obteve uma diferença estatisticamente significativa, assim como na análise da amostra
total. Conclusão: O estudo não foi capaz
de mensurar o cerne significativo de uma ou ambas as técnicas, tão pouco da sobreposição
das duas devido ao número amostral escasso, entretanto, individualmente manifestou
elucidações encorajadoras.
Palavras-chave: incontinência fecal,
exercício físico, eletroestimulação nervosa transcutânea.
Benefícios
da atuação da fisioterapia no período puerperal: uma revisão sistemática
Thais Karoline Moura Dias*,
Ana Beatriz Toniolli Costa*, Ebe dos Santos Monteiro Carbone*,
*Centro
Universitário São Camilo
thais-luka@hotmail.com
Introdução: O puerpério é o período
de pós-parto, com duração média de 6 a 8 semanas, sendo dividido em três momentos:
imediato (1° ao 10° dia), tardio (11° ao 45° dia) e remoto (>45 dias). A atuação
da fisioterapia neste período é crucial, pois consiste na recuperação, prevenção
e tratamento de alterações que ocorrem nos diversos sistemas.
Um melhor conhecimento sobre a área e os recursos existentes para o tratamento é
de suma importância para que seja possível atingir um maior número de mulheres que
queiram e possam aderir a este cuidado. Objetivos:
Avaliar os benefícios da atuação da fisioterapia no período puerperal. Tipo de estudo:
Revisão sistemática. Material e métodos:
Foi realizado um levantamento bibliográfico onde foram selecionados os artigos científicos
publicados na última década, utilizando-se as bases de dados Lilacs, Medline, SciELO e Registro Cochrane, com os descritores fisioterapia,
período pós-parto e terapia por exercício, em português e inglês, com operador booleano
and. Foram incluídos para esse estudo ensaios clínicos que abordassem a atuação
da fisioterapia e seus benefícios no período puerperal. Resultados: Dos 40 artigos encontrados apenas 6preencheram
os critérios e foram detalhados na revisão, sendo ensaios
clínicos controlados
randomizados. Dentre estes, quatro artigos descreveram um aumento
significativo
da força e resistência da musculatura do assoalho
pélvico (MAP), contribuindo para
a prevenção da incontinência urinária e
fecal, dois relataram a prevenção de
disfunções
do assoalho pélvico por meio do treinamento da MAP. Conclusão: Há benefícios da atuação fisioterapêutica no período puerperal.
Dentre eles: a manutenção da integridade da MAP, e o auxílio no retorno a condições
pré-gravídicas, benefícios que melhoram a qualidade de vida.
Palavras-chave: fisioterapia, período
pós-parto, terapia por exercício.
Perfil epidemiológico
e atuação da fisioterapia nos pacientes internados de longa permanência
Carlos Alberto dos Santos*,
Ana Rita Freire Soares Ivanovici*,Luiz Antônio Fidalgo*,
Laércio dias dos Santos*, Elisa Mayume Sugimoto*, José Carlos Aredes Araújo*
*Hospital
Auxiliar de Suzano do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo - (HAS-HCFMUSP)
carlos.s@hc.fm.usp.br
Introdução: Embora os avanços nos
cuidados intensivos tenham permitido maiores sobreviventes a uma doença crítica
grave, eles também aumentaram a população de pacientes que necessitam de longa permanência
de internação. Estes pacientes compreendem uma população em crescimento rápido,
com níveis elevados de cuidados especializados por meses ou anos. A gestão desta
população requer uma combinação especial de cuidados intensivos e habilidades de
reabilitação. A Fisioterapia desempenha um papel de extrema importância na recuperação
física e respiratória, assim como na retirada da ventilação mecânica e prevenção
dos efeitos de repouso no leito. Objetivo:
Traçar o perfil epidemiológico e os atendimentos e procedimentos fisioterapêuticos
realizados nos pacientes internados em um hospital de longa permanência. Material e Métodos: Estudo retrospectivo
do perfil epidemiológico dos pacientes internados em um hospital de longa permanência
na cidade de Suzano, que receberam atendimentos fisioterapêuticos entre o período
de maio de 2016 a janeiro de 2017, assim como os atendimentos e procedimentos fisioterapêuticos
realizados. Resultados: Os resultados
demonstraram que 88,73% destes pacientes, apresentavam patologias neurológicas,
70,6% respiratórias e apenas 8,72% ortopédicas e traumatológicas. A média de pacientes
atendidos foi de 85,25, com média de 1958,75 atendimentos e 6903,75 procedimentos
fisioterapêuticos, destacando-se entre os procedimentos, a fisioterapia respiratória
com média de 1632,5 e motora com 1577,5. Conclusão:
A atuação da fisioterapia em disfunções neurológicas e respiratória destes pacientes
é de extrema importância, por mais de 90% dos pacientes internados, necessitarem
da sua intervenção.
Palavras-chave: serviço hospitalar de
fisioterapia, perfil epidemiológico, sobreviventes de longa duração.
O uso da
técnica de brainstorming para avaliação do modelo de gestão assistencial da Divisão
de Fisioterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (ICHC-FMUSP)
Carolina Mendes do Carmo*,
Guadalupe Nery de Sant'Anna*, Priscila de Carvalho*, Rita Pavione Rodrigues Pereira*,
Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-HCFUSP)
carolina.carmo@hc.fm.usp.br
Introdução: Na Divisão de Fisioterapia
do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (ICHC-HCFMUSP) as mudanças e a necessidade de reestruturação dos processos
da gestão assistencial é uma constante na qual visa qualidade do atendimento prestado
aos pacientes, do trabalho dos colaboradores e da valorização profissional. O brainstorming
é uma ferramenta bastante disseminada para levantamento das ideias e das necessidades
de melhorias permitindo que as tomadas de decisões sejam estruturadas e consensuais.
Objetivo: Realizar o brainstorming sobre
o modelo de gestão assistencial da Fisioterapia nas unidades de internação (UI),
urgência e emergência (UUE) e de terapia intensiva (UTI). Tipo de estudo: Exploratório descritivo. Metodologia: Foram realizadas reuniões com o grupo de liderança da fisioterapia
utilizando o brainstorming de forma ordenada e estruturada. Os itens norteadores
da discussão foram: recursos humanos; tipo de assistência; desenvolvimento de ensino
e pesquisa de fisioterapia nas unidades; perfil de pacientes atendidos; dimensionamento
da equipe nas unidades; diretrizes e planejamento estratégico da instituição. Todos
os dados foram registrados em planilhas para registro e análise das informações.
Resultados: Foram identificados pontos
fortes e fracos referentes aos itens norteadores nas unidades estudadas (UI, UUE
e UTI). Em seguida, o grupo destacou os pontos principais a serem trabalhados, considerados
prioritários para melhorar a qualidade assistencial: padronização dos processos
e rotinas, treinamento e capacitação dos colaboradores, definição e medição dos
indicadores fisioterapêuticos e informatização dos dados em tempo real. Conclusão: O brainstrorming contribuiu para
avaliação do atual modelo de gestão e direcionou as necessidades de melhorias.
Palavras-chave: administração hospitalar,
serviço hospitalar de fisioterapia, indicadores de serviços.
Coaching
como estratégia de desenvolvimento de líderes e equipe na relação de trabalho
Carolina Mendes do Carmo*,
Walmir Cedotti*, Amanda Coelho Fernandes*, Caroline Gomes Mól*, Cassio Stipanich*,
Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-HCFMUSP)
carolina.carmo@hc.fm.usp.br
Introdução: Instituto Central do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICHC-HCFMUSP)
tem investido no desenvolvimento dos líderes com a perspectiva de trabalhar o modelo
de gestão focado em pessoas. Este modelo tem mostrado bons resultados na instituição
e na motivação das equipes. O desenvolvimento de líderes e pessoas aborda aspectos
comportamentais, com ênfase no relacionamento e autoconhecimento e permite caminhos
para o desenvolvimento profissional. O coaching é uma das técnicas adotadas por
organizações de sucesso no desenvolvimento de pessoas. Objetivo: Introduzir o coaching como estratégia de desenvolvimento de
pessoas nas relações de trabalho entre líderes e liderados da equipe de Fisioterapia
do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (ICHC-HCFMUSP). Tipo de Eestudo:
Estudo de caso gerencial. Metodologia:
O estudo foi realizado na Divisão de Fisioterapia de novembro/2015 a dezembro/2016.
Participaram do estudo o apoio administrativo, a liderança e a equipe assistencial.
Foram realizados 3 encontros conduzidos por um psicanalista,
coach do Programa de Desenvolvimento de Líderes do Instituto Central do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICHC-HCFUSP)
com a proposta: construir relações entre a equipe de liderança e seus liderados
e despertar os valores pessoais e propósitos de vida. O perfil de arquétipos foi
identificado através de questionário e retratou as necessidades individuais de desenvolvimento.
O questionário é composto por 24 questões pontuados de 1 a 10, sendo 1 pouco relacionado e 10 muito relacionado com a pessoa. O escore
final identifica 4 arquétipos. Resultados: O perfil predominante da liderança e da equipe foi o “batalhador”,
seguido do “estratégico”, “apoiador” e “visionário”. Conclusão: O coaching se mostrou uma ferramenta viável para o desenvolvimento
da equipe e as ações para desenvolver o perfil visionário na Divisão de Fisioterapia
do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (ICHC-HCFUSP) deverão ser consideradas.
Palavras-chave: liderança, administração
organizacional, gestão de pessoas em saúde.
Análise
do processo de extubação de unidades de terapia intensiva (UTI) de hospital público,
geral e de ensino da Cidade de São Paulo
Clarice Tanaka*, Caroline
Gomes Mól*, Nathalia Antunes Sacco*, Simone Ribeiro Rodrigues*, Iago Jean de Araújo
Rocha*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-HCFMUSP)
caroline.mol@hc.fm.usp.br
Introdução: O desmame ventilatório
é um processo importante nas UTIs, que envolve a implementaçãode
protocolos a fim de diminuir os impactos negativos ocasionados pelo
tempo prolongado
de intubação e ventilação mecânica
invasiva (VMI). A interrupção precoce do suporte
ventilatório pode levar a falha e retorno à VMI, e em
contrapartida, o atraso no
processo pode levar ao aumento desnecessário da
duração da ventilação artificial,
repercutindo de forma negativa na evolução clínica
do paciente, aumentando os riscos
de complicações, tempo de internação e
custos hospitalares. Objetivo: Analisar o processo de extubação
nas UTIs do Instituto Central do Hospital das Clínicas. Tipo de Estudo: Transversal,
observacional e descritivo. Metodologia:
Foram incluídos pacientes não traqueostomizados, submetidos ao protocolo de desmame
no período de outubro a dezembro de 2016. Foram analisados os índices de sucesso
de extubação; tempo de VMI e dias desnecessários de VMI, nos quais, os pacientes
preencheram todos os critérios para o desmame, porém não foram extubados. Resultados: Das 288 extubações realizadas
no período, 39 (13,54%) apresentaram insucesso; índice aceitável pela literatura.
Os pacientes extubados com sucesso apresentaram tempo médio de VMI de 3,48 dias
e os que falharam, 9 dias em média. Dos pacientes extubados
com sucesso, foram identificados 30 dias desnecessários de VMI. Conclusão: Foi verificado um índice de sucesso
desejável no período. Entretanto, 30 dias desnecessários de VMI para o período colocam
o paciente em risco clínico, e tem impacto nos custos hospitalares. . Esses resultados
ressaltam a importância da gestão e vigilância detalhada deste processo para evitar
eventos adversos e custos hospitalares desnecessários.
Palavras-chave: desmame do respirador,
desmame, extubação.
Comparação
de custos nos processos de disponibilização de materiais de terapia respiratória
em um hospital público
Cassio Stipanich*,Francisca Pires de Maria*, Marion Elke Sielfeld Araya de Medeiros*,
Clarice Tanaka*,Bruna Peruzzo Rotta**
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-FMUSP), **Hospital do Servidor Público Estadual-(IAMSPE)
cassio.s@hc.fm.usp.br
Introdução:
As contínuas inovações
tecnológicas promoveram a ampliação dos recursos
para a prestação na área de atendimento
a pacientes críticos, incluindo produtos para saúde, em
especial aqueles de suporte
respiratório requerendo gestão da
manutenção dos equipamentos, de suprimento e
processamento
de materiais de consumo. Nesse âmbito, o conhecimento dos
processos e custos relativos
ao suprimento dos produtos é imprescindível,
principalmente nas instituições onde
os recursos são escassos. O Centro de Material e
Esterilização (CME) é a unidade
funcional destinada ao processamento dos materiais respiratórios
e possui impacto
estratégico nas diversas unidades hospitalares. Justifica-se,
portanto, analisar
a adequação técnica e comparar os custos dos
processos destes materiais. Objetivo: Comparar os custos dos processos
de abastecimento de materiais de terapia respiratória. Tipo de estudo: Observacional,
de análise crítica documental. Métodos:
Comparação de três processos para abastecimento de materiais respiratórios: aquisição
de materiais permanentes com processamento em CME institucional; com processamento
em CME contratada; e aquisição de materiais descartáveis, tendo como base o 1° semestre/2014.
Resultados: o custo anual do processamento
em CME própria foi de US$ 92.740,65*, com suprimento em materiais descartáveis temos
a despesa de US$ 382.419,90*, com uma diferença de US$ 289.679,26*. Com o recurso
aplicado em CME terceira a redução da diferença chega a US$ 257.041,11*. Conclusão: A prática da aquisição de materiais
permanentes para assistência respiratória e processamento em CME institucional mostrou-se
de menor custo quando comparada ao processamento em CME contratado ou ao custo da
aquisição dos materiais descartáveis (*cotação do dia 22/01/2016).
Palavras-chave: desinfecção, análise
de custos, CME.
Implementação da gestão
de risco nas UTI de um hospital público terciário - a experiência da divisão de
Fisioterapia
Guadalupe Nery de Sant’anna*,
Clarice Tanaka*
*Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (ICHC-HCFMUSP)
guadalupe.nery@hc.fm.usp.br
Introdução: A internação pode expor
os pacientes a eventos adversos não relacionados a causa
primária da internação. O fisioterapeuta, profissional integrante da equipe multidisciplinar,
pode atuar na melhoria da segurança do paciente através do acompanhamento da incidência
dos eventos e suas causas. Objetivo: Relatar
as fases da implementação da Gestão de Risco pela Divisão
de Fisioterapia nas UTI’s do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (ICHC-HCFMUSP). Métodos: Fase 1: Identificação dos eventos
a serem monitorados. Fase 2: Acompanhamento mensal da incidência
do evento, obtida através da razão da ocorrência do evento pelo tempo de exposição
ao risco, multiplicada por 100. Estes dados foram extraídos do sistema informatizado
da Divisão de Fisioterapia e do Formulário Institucional de Notificação de Evento
Adverso. Fase 3: Desenvolvimento e/ou acompanhamento de
planos de ação. Resultados: Fase 1: os eventos considerados relevantes baseados na incidência
e gravidade foram: Extubação não Planejada (ENP), Decanulação não planejada (DNP),
Úlcera de Pressão de Face (UPF) e Broncoaspiração. Fase 2:
A incidência dos eventos adversos nos meses: novembro e dezembro de 2016 e janeiro
de 2017, foram, respectivamente: ENP: 0,87; 0,74 e 1,08; Broncoaspiração: 0,24;
0,44 e 0,2; DNP: 0,11; 0,0 e 0,0; UPF: 0,05; 0,22 e 0,0. Fase 3: Devido a incidência de ENP, foi proposto o Protocolo de Sedação
(em elaboração - equipe multidisciplinar), e o Treinamento de Transferência do Paciente
(desenvolvido pela Divisão de Fisioterapia). Conclusão: A implementação
da Gestão de Risco
promove uma análise sistematizada dos eventos adversos que,
focada nos processos,
permite a elaboração de planos de ação
visando a diminuição da incidência dos eventos.
Palavras-chave: segurança do paciente,
gestão de risco, dano ao paciente.
Perfil dos
pacientes encaminhados ao ambulatório de fisioterapia do IOT-HCFMUSP – Estudo preliminar
Silvia Ferreira Andrusaitis*
*Instituto
de Ortopedia e Traumatologia - HCFMUSP
silvia.andrusaitis@hc.fm.usp.br
Introdução: O aumento da população
idosa e os agentes externos de trauma fizeram com que o perfil dos pacientes atendidos
no Instituto de Ortopedia e Traumatologia se modificasse com o decorrer dos anos.
Traçar um perfil epidemiológico dos pacientes tornou-se ferramenta importante para
compreender as necessidades atuais do Serviço. Objetivos: Verificar o perfil epidemiológico dos pacientes encaminhados
ao ambulatório de fisioterapia do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT-HCFMUSP).
Tipo de estudo: Epidemiológico observacional,
retrospectivo, descritivo. Material e métodos:
Foram analisadas fichas de encaminhamento ao Ambulatório de Fisioterapia do Instituto
de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (IOT-HCFMUSP), durante os meses de Março a Junho do ano
de 2016, quanto à idade, gênero, diagnóstico comparecimento à primeira consulta
de fisioterapia e grupo de origem. Foram excluídos fichas com erros ou com
dados incompletos. Resultados: O Grupo
do Trauma de Membros Inferiores foi o grupo com mais encaminhamentos (37,61%), seguido
pelo Grupo de Membros Superiores (18,94%) e Coluna (11.65%). O gênero masculino
(58,41%) foi o de maior prevalência com faixa etária entre 20 e 30 anos. As lesões
mais comuns no membro inferior foram às fraturas do fêmur (25,70%) e ossos da perna
(21,12%), enquanto que no membro superior foram as fraturas de úmero (60,13%). Na
coluna, as lesões de maior incidência foram as discopatias (21,59%). A taxa de absenteísmo
foi de 17,51%. Conclusão: O perfil dos
pacientes encaminhados à fisioterapia é constituído por homens jovens, com fratura
de membros inferiores, encaminhados pelo grupo de Trauma. Esses dados auxiliarão
em melhor gerenciamento do Serviço de Fisioterapia ambulatorial. Financiamento: Serviço de Fisioterapia do
Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (IOT-HCFMUSP).
Palavras-chave: epidemiologia, fisioterapia,
saúde pública.
Dor no ombro
em idosos e sua correlação com equilíbrio e qualidade de vida
Amanda Veronica de Souza*,
Adriana Guaraldo*, Gustavo Reis Ribeiro*, Deise Ferreira da Silva*, Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-HCFMUSP)
ft.amandasouza@gmail.com
Introdução: A dor no ombro é comumente
relatada entre idosos, tornando-se importante a compreensão de sua correlação com
a qualidade de vida (QV) e equilíbrio nesta população. Objetivo: Verificar a correlação entre dor no ombro com QV e equilíbrio
em idosos. Tipo de estudo: Prospectivo
transversal. Métodos: Foram incluídos
indivíduos com idade ≥ 60 anos com dor no ombro há mais de 3 meses, sem limitação cognitiva ou motora ou doença reumatológica
ativa. A dor no ombro foi avaliada através do Shoulder Pain and Disability Index
(SPADI); o equilíbrio pelo Balance Evaluation Systems Test (Mini-BesTest) e a e
QV pelo The medical outcome study 36 (SF-36). Foi realizado o teste de correlação
de Pearson ou Sperman entre os valores finais do SPADI com os outros testes aplicados.
Resultados: Foram incluídos 21 idosos
com idade média de 68,39±6,67 anos, com acometimento moderado do ombro pela pontuação
do SPADI (55,05/100), variando de 66,95/100 no domínio dor e de 47,51/100 para funcionalidade.
A correlação com o SF-36 foi dada como moderada nos seguintes domínios: capacidade
funcional (média=59,05±21,43; r=0,55), dor (média=42,14±21,73; r=0,51) e limitação
por aspectos físicos (média=40,48±43,64; r=0,52). Os indivíduos tiveram um bom desempenho
no Mini-BestTest (24,09/28) e sua correlação com o SPADI foi fraca (r=0,15). Conclusão: A dor no ombro pode trazer impacto
negativo na QV pois acomete aspectos físicos que levam
a limitações na execução de tarefas funcionais como alcance e manuseio de objetos.
Embora exista uma ação sinérgica entre os músculos do tronco e dos membros superiores
não houve correlação da dor no ombro com equilíbrio em nosso estudo.
Palavras-chave: dor de ombro, envelhecimento,
qualidade de vida.
O efeito
do treinamento com vídeo game no controle postural e equilíbrio de idosos
André Issao Kunitake*,
Emília Cardoso Martinez**, Fernanda Ishida Correa*
*Universidade
Nove de Julho ( UNINOVE ), **Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)
issaokun@gmail.com
Introdução: As alterações decorrentes
do envelhecimento afetam diretamente o equilíbrio e favorecem quedas em idosos.
Estudos têm demonstrado efeitos promissores de jogos de vídeo game como recurso
terapêutico para melhora de equilíbrio em idosos, porém ainda precisando de maiores
comprovações. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi: avaliar os efeitos do treino
com o Nintendo Wii Fit e o treino convencional na melhora
da estabilidade postural de idosos. Metodologia:
Estudo do tipo longitudinal, randomizado. Participaram 14 idosos (12 mulheres e
2 homens), divididos em dois grupos randomizados: grupo
controle (GC) - treinamento convencional (n=7) e grupo experimental (GE) – treino
com Nintendo Wii (n=7), idade 71,21 ± 5,562 anos, com histórico de quedas e independente
para marcha e bipedestação. Para avaliação pré e pós-tratamento utilizou-se: Berg
Balance Scale (BBS), Timed Up & Go (TUG) e Activities-specific
Balance Confidence Scale (ABCS). Foram realizadas 8 sessões
para ambos os grupos, 2 vezes por semana. GC realizou exercícios de equilíbrio estático
em bipedestação em solo com pranchas de equilíbrio e o grupo experimental (GE) realizou
exercícios de equilíbrio com o Nintendo Wi Fit. Os dados
foram analisados pré e pós tratamento, utilizando teste
t de student para amostras independentes. Foi considerado p ≤0,05. Resultados: Houve melhora para ambos os grupos
tratados, com resultados significantes sendo, Grupos GC: BBS (p=0,0007); ABCS
(p=0,024), TUG (p=0,001) e GE: BBS (p=0,00001), ABCS (p=0,04); BSS (TUG =0,03).
Conclusão: Houve melhora no equilíbrio
dos idosos tratados para ambos os grupos.
Palavras-chave: idosos, equilíbrio,
vídeo game.
Evolução
da funcionalidade de idosos hospitalizados
Maria Macarena Ruiz Pacheco
Troster*, Thais Martins Caires*, Anna Maria Barros Gonçalves*, Caroline Gil de Godoy*,
Clarice Tanaka*
*Instituto
Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (ICHC-HCFMUSP)
troster@uol.com.br
Introdução: A hospitalização pode
contribuir para o declínio da funcionalidade de idosos. Identificar este risco permite
ações precoces e individualizadas. Objetivo:
Verificar a evolução funcional de pacientes idosos durante sua internação. Tipo de estudo: Longitudinal
retrospectivo. Material e métodos: Analisou-se
os dados diários da internação por 3 meses, de um banco
de dados alimentado por um fisioterapeuta na enfermaria de geriatria. Coletou-se
o Índice de Barthel (IB) adaptado (0 a 50 pnts) e a avaliação das posturas (AP):
marcha (MA), bipedestação (BP), sedestação à beira leito (SBL), troca de decúbito
(TD) e realização de ponte e/ou manipulação de objetos (PM) através de uma escala
(0 a 10 pnts), onde quanto maior a pontuação, mais independente (IDP). Foram incluídos
54 pacientes com idade ≥ 60 anos classificados com risco
de perda funcional. Resultados:
A média de idade foi de 79,72 anos e de internação 11 dias. Sobre a AP inicial e
final (respectivamente): da MA 13 e 11% não realizavam,
24% mantiveram o auxílio, e 63 e 65% eram IDP; da BP, 9,3% continuaram não realizando,
20 e 22% com auxílio e 70 e 69% eram IDP; da SBL, 3,7% continuaram não realizando,
19 e 22% com auxílio e 78 e 87% eram IDP; da TD, 3,7 e 5,6% não realizavam, 9,3%
mantiveram o auxílio e 87 e 85% eram IDP, e da PM, 5.6 e 7,4% não realizavam, 9,3
e 5,6% com auxílio e 85 e 87% eram IDP. Médias inicial e final do IB e da AP foram
40,56 e 40,09; 8,48 e 8,43, respectivamente. 66,66% da amostra manteve a pontuação do IB e o total da AP; 14,81% pioraram o
IB e 7,4% a AP; já 9,35% melhoraram o IB e 7,4% a AP. Conclusão: O acompanhamento da funcionalidade pela fisioterapia pode
ter contribuído para a manutenção da capacidade funcional, por permitir ações imediatas
e individualizadas.
Palavras-chave: envelhecimento, hospitalização,
funcionalidade.