ARTIGO
ORIGINAL
Avaliação
da qualidade de vida de idosos dependentes no município de Vitória da
Conquista/BA
Evaluation of quality of life of dependent elderly at Vitória da Conquista/BA
Marilene Almeida
Mendonça*, Maykon dos Santos Marinho**, Elaine dos
Santos Santana**, Renato Novaes Chaves**, Alessandra Souza de Oliveira***, Arianna Oliveira Santana Lopes**, Luciana Araújo dos Reis,
Ft., D.Sc.****
*Graduanda
do curso de fisioterapia da Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR),
**Enfermeiro, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e
Sociedade (PPGMLS), da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB),
Bolsista de Doutorado da CAPES, Membro do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e
Pesquisa sobre Envelhecimento Humano (UESB), ***Enfermeira, Mestranda do
Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade (PPGMLS), da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Membro do Núcleo
Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa sobre Envelhecimento Humano (UESB),
****Professora dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Memória:
Linguagem e Sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(PPGM/UESB), Professora do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia (UESB), Departamento de Saúde 1;
Grupo de Pesquisa: Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre o Envelhecimento e
Obesidade (UESB, CNPq)
Recebido em 30 de
março de 2018; aceito em 27 de junho de 2018.
Endereço
para correspondência:
Luciana Araújo dos Reis, Rua Erasthotenes Menezes,
16/502 Candeias 45028-105 Vitória da Conquista BA, E-mail:
lucianauesb@yahoo.com.br; Maykon dos Santos Marinho:
mayckon_ufba@hotmail.com; Elaine dos Santos Santana: elasantana13@gmail.com;
Renato Novaes Chaves: rnc_novaes@hotmail.com; Alessandra Souza de Oliveira:
bahiale23@yahoo.com.br; Arianna Oliveira Santana
Lopes: ariannasantana@bol.com.br
Resumo
Objetivo: Avaliar a qualidade
de vida de idosos dependentes do município de Vitória da Conquista/BA. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo
analítico transversal com abordagem quantitativa de tratamento e análise. O
estudo foi realizado nos domicílios dos (as) idosos (as) assistidos pelo
Programa de Atendimento Municipal Domiciliar ao Idoso com Limitação (PAMDIL),
desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista/BA, sendo a
amostra representada por 25 idosos. O instrumento de coleta foi constituído de
dados sociodemográficos, condições de saúde e Whoqol-bref. Os dados foram analisados por meio da
estatística descritiva. Resultados:
Constatou-se uma maior frequência do sexo feminino 76,0%, acima de 80 anos
(56,0%), sem companheiro (a) (72,0%), alfabetizado (a) (76,0%), do lar (28,0%),
aposentado (a) (24,0%), renda de até dois salários mínimos (100,0) e
aposentados (80,0%). A maioria (92,0%) apresentou algum tipo de problema de
saúde. Na avaliação da qualidade de vida constatou-se que os
domínios de menores médias foram os domínios físico (62,07 ± 14,74
pontos) e psicológico (63,08 ± 16,70 pontos). Conclusão: Constatou-se na avaliação da qualidade de vida que os
idosos obtiveram menores médias nos domínios físico e
psicológico.
Palavras-chave: idoso, idoso
dependente, qualidade de vida.
Abstract
Objective: To evaluate
the quality of life of dependent elderly at Vitória
da Conquista/BA. Methods: This was a
cross-sectional analytical study with a quantitative approach for treatment and
analysis. The study was carried out in the homes of the elderly assisted by the
Municipal Home Care Program for the Elderly with Limitation (PAMDIL), developed
by the city of Vitória da Conquista/BA, the sample
being represented by 25 elderly people. The collection instrument consisted of
socio-demographic data, health conditions and Whoqol-bref.
Data were analyzed using descriptive statistics. Results: There was a higher frequency of female, 76.0%, older than
80 years old (56.0%), without a partner (72.0%), a literate (76.0%), of the
household (28.0%), retired (24.0%), income of up to two minimum wages (100%)
and retirees (80.0%). The majority (92.0%) presented some type of health
problem. In the evaluation of quality of life we found that the domains of
lower averages were the physical (62.07 ± 14.74 points) and psychological
domains (63.08 ± 16.70 points). Conclusion:
In the evaluation of the quality of life the elderly obtained smaller averages
in the physical and psychological domains.
Key-words: elderly,
elderly dependent, quality of life.
O envelhecimento
populacional representa um desafio para a saúde pública. O rápido crescimento
da população idosa devido a queda da taxa de fecundidade e aumento da
expectativa de vida [1] representa grandes impactos no futuro, exigindo que o
estado implemente políticas públicas que ofereçam uma
saúde com melhor qualidade [2], pois o surgimento Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT) que ocasionem limitações físicas e mentais nessa fase da
vida é inevitável. Essas alterações são de caráter gradual e progressivo de
acordo o avanço da idade [3].
Estima-se que até
2050 o número de pessoas idosas acima de 80 anos tenha um aumento de 26 vezes
[4]. Esse aumento na expectativa de vida se dá pelo aumento das tecnologias e
melhorias no sistema de saúde, porém a maioria da população idosa envelhece com
uma ou várias doenças crônicas não transmissíveis [5], que podem gerar
limitações aos idosos, comprometendo sua qualidade de vida e aumentando gastos
com a saúde. Essas doenças não levam o indivíduo a óbito, mas causam limitações
que interferem na independência do idoso, comprometendo suas interações em
domínios físicos, psicológicos, relações sociais, ambientais [6].
Diante dessa nova
realidade inquestionável das transformações, evidencia-se a importância de
garantir aos idosos não só uma sobrevida maior, mas também uma boa qualidade de
vida (QV). A QV na terceira idade tem sido motivo de amplos debates não apenas
no Brasil, mas em todo o mundo, haja vista que atualmente existe uma
preocupação em preservar a saúde e o bem-estar das pessoas idosas para que
estas tenham um envelhecimento com dignidade. A definição de QV é bastante
complexa e está relacionada a vários fatores como o bem-estar físico,
psicológico, emocional, familiar, social, cognitivo, assim como nos outros
eventos do dia a dia [7].
O conceito de QV
também está relacionado à autoestima e ao bem-estar pessoal e abrange uma série
de aspectos, tais como: a capacidade funcional, o nível socioeconômico, o
estado emocional, a interação social, a atividade intelectual, o autocuidado, o
suporte familiar, o estado de saúde, os valores culturais, éticos e a
espiritualidade, o estilo de vida, a satisfação com o emprego e/ou com as
atividades diárias e o ambiente em que se vive [8].
A longevidade implica
diretamente na qualidade de vida dos idosos e pode ocasionar uma série de
consequências dadas não só pela imagem corporal e dependência física, fatores
sociais como: analfabetismo, aposentadoria dentre outros podem comprometer a QV
dos idosos. A família, para tentar suprir as necessidades e aumentar os recursos
financeiros, tende a sair de suas residências e os idosos acabam ficando
sozinhos e incapazes de assegurar os cuidados que necessitam, com isso são
direcionados para lugares que prestam assistência multiprofissional [9].
Os idosos, quando são
distanciados de suas famílias, podem ter um comprometimento do seu nível de
independência, pois perdem a percepção acerca de sua posição no meio social em
relação aos seus planos e expectativas de vida. A qualidade de vida representa
um conjunto de satisfações que abrange vários aspectos que variam de acordo a
idade do idoso, estilo de vida, ambiente em que vive,
relação com a família, são fatores internos e externos [9].
É preciso reinserir o
idoso que se encontra dependente em seu domicilio, na comunidade, priorizar sua
autonomia e buscar a recuperação de sua independência funcional, tornando-o
ativo, participativo [10], impedir a dependência funcional desses indivíduos
torna-se função da equipe de saúde e o cuidado deve ser um trabalho em conjunto
dos profissionais de saúde, familiares e idoso. É
preciso aprofundar estudos sobre essa temática [10].
Dessa forma, toda a
problemática vivenciada pelo idoso dependente pode comprometer de várias
maneiras sua qualidade de vida. Torna-se assim de suma importância a
investigação sobre a qualidade de vida de idosos dependentes em domicílio, pois
os resultados deste estudo podem contribuir para o levantamento de medidas
importantes, que podem ser determinantes para a prevenção ou melhora da
qualidade de vida dessa população.
Sob essa perspectiva,
o presente estudo tem por objetivo avaliar a qualidade de vida idosos
dependentes do município de Vitória da Conquista/BA.
Trata-se de uma
pesquisa do tipo analítico transversal com abordagem quantitativa, oriunda do
projeto: “Qualificação dos cuidadores e aspectos relacionados à qualidade de
vida dos idosos dependentes na atenção primária e terciária: proposição, implementação e avaliação de protocolo”. Esta investigação
foi realizada nos domicílios dos (as) idosos (as) assistidos pelo Programa de
Atendimento Municipal Domiciliar ao Idoso com Limitação – PAMDIL, desenvolvido
pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista/BA.
Foram adotados como
critério de inclusão: ter condições mentais de responder aos instrumentos da
pesquisa; apresentar dependência funcional e obter pontuação acima de 24 pontos
no Mini Exame do Estado Mental/MEEM, e como critérios de exclusão: não possuir
um cuidador informal; não residir junto ao cuidador. A amostra foi constituída
por 25 idosos.
O instrumento de
pesquisa foi constituído de dados sociodemográficos
[sexo (feminino ou masculino), faixa etária (61-70 anos, 71-80 anos e acima de
80 anos), estado civil (com companheiro (a), sem companheiro (a)), escolaridade
(não alfabetizado, alfabetizado), profissão, renda individual (1-2 salários
mínimos) e fonte de renda (aposentadoria ou pensão)]. Condições de saúde
(Problema de saúde - sim ou não), tendo sido estes instrumentos elaborados
pelos próprios autores da pesquisa.
Utilizou-se ainda
como instrumento de pesquisa o Whoqol-bref para
avaliar a qualidade de vida, criado pelo World
Health Organization Quality
of Life e validado por pesquisadores da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É recomendado pela Organização
Mundial da Saúde para avaliação da qualidade de vida. O instrumento é composto
por 26 questões, as duas primeiras referem-se à
percepção individual da QV e da percepção de saúde e as 24 seguintes são
subdivididas em quatro domínios, sendo eles: físico, psicológico, relações
sociais e meio ambiente. Cada domínio pode alcançar escores de 4 a 20, e quanto mais próximo de 20 melhor a qualidade de
vida do indivíduo no domínio avaliado. Somando-se os escores dos quatro
domínios e das duas questões referentes à percepção do indivíduo, pode-se
chegar a escores mínimos de 20 e máximo de 100. Valores mais altos indicam
melhor qualidade de vida.
Inicialmente foi
realizado um contato inicial com os idosos junto aos Agentes Comunitários de
Saúde (ACS). Durante a primeira visita foi feito o convite para a participação
da pesquisa. A partir desta abordagem, foram explicados os objetivos, riscos e
benefícios da pesquisa e conferido se o participante se enquadra nos critérios
de seleção da pesquisa. Após consentimento em participar da pesquisa foi
entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sendo respeitados
os princípios éticos que constam na resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde. Somente após a assinatura do termo, a pesquisa foi iniciada com os
idosos cadastrados no PAMDIL. Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Protocolo
parecer nº 1.875.418).
Os dados coletados
foram organizados em uma planilha Excel® 2015 e em seguida transportados e
analisados no programa Statistical Package for the Social Science SPSS® versão 21.0, sendo então
realizada análise estatística descritiva.
Na caracterização sociodemográfica verificou-se uma maior frequência de
idosos do sexo feminino (76,0%), acima de 80 anos (56,0%), sem companheiro (a)
(72,0%) e com escolaridade referente a alfabetizado (a) (76,0%), conforme dados
da tabela I.
Tabela
I - Caracterização sociodemográfica
de idosos dependentes. Vitória da Conquista/BA, 2018.
Fonte: Dados da
pesquisa.
Quanto a profissão e renda, verificou-se que uma maior frequência
de idosos com profissão do lar (28,0%), renda individual de 1 a 2 salários
mínimos (100,0%) e fonte de renda referente à aposentadoria (80,0%), segundo
dados da tabela II.
Tabela
II -
Caracterização dos idosos dependentes
quanto à profissão e renda. Vitória da Conquista/BA, 2018.
Fonte: Dados da
pesquisa.
Em relação às
condições de saúde, observou-se que 92,0% dos idosos
dependentes apresentaram problemas de saúde, sendo mais frequentes a HAS
(32,0%) e HAS associada ao diabetes mellitus (16,0%), dados apresentados na
tabela III.
Tabela
III
- Caracterização das condições de saúde
de idosos dependentes. Vitória da Conquista/BA, 2018.
Fonte: Dados da
pesquisa.
Na avaliação da
qualidade de vida constatou-se que os domínios de menores
médias foram os domínios físico (62,07 ± 14,74 pontos) e psicológico
(63,08 ± 16,70 pontos), segundo dados da tabela IV.
Tabela
IV -
Distribuição dos idosos dependentes
segundo os domínios do Whoqol-bref. Vitória da
Conquista/BA, 2018.
Fonte: Dados da
pesquisa.
Ao analisar os
resultados obtidos no presente estudo, pode-se perceber uma maior participação
do sexo feminino evidenciando que as mulheres têm uma maior tendência a
alcançar a longevidade, dados semelhantes na literatura afirmam que as mulheres
são mais ativas, procuram mais assistência médica e apoio social [11,12].
A faixa etária mais
prevalente foi acima de 80 anos corroborando outros estudos de Novais et al. e Nobre et al. [13,14] que afirmam que com o aumento da atenção à saúde
essas pessoas têm mais acessos a esses serviços que contribuem para um
envelhecimento com mais qualidade e idades cada vez mais avançadas. Segundo os
autores supracitados, o avançar da idade aumenta as situações de dependência
por conta de diversos fatores; surgimento de doenças, declínios físico e
mental.
Em relação ao estado
civil, os dados mostram que a maioria dos idosos apresenta uma condição civil
“sem parceiro”. Uma pesquisa realizada por Lini et al. [12] também indica dados similares
aos encontrados em nosso estudo; apontando que 90,5% dos idosos não possuem
parceiro. De acordo com Lini [12] essa opção de se
manter sem companheiro(a) aumenta o risco de institucionalização,
em que os homens apresentam 70% de chances de se tornar um institucionalizado e
as mulheres 30%. Outros estudos apontam que o estado conjugal representa um
elemento de apoio social a essa população e que fatores sociais e clínicos
possam ser comprometidos [12-14].
De acordo os dados
obtidos, houve uma maior distribuição de idosos alfabetizados. Uma pesquisa
realizada por Andrade et al. [15] mostra que o nível de
alfabetização é um importante fator na qualidade de vida dos idosos, modifica
hábitos e promove uma melhor adaptação à nova realidade. Uma baixa escolaridade
compromete a qualidade de vida dos idosos, pois o entendimento de orientações
dadas pelas Estratégias de Saúde da Família, seguimento de um tratamento
torna-se difícil, compromete relações sociais, impacta diretamente no
autocuidado à saúde [16].
Em relação à
profissão e renda, o estudo aponta uma maior distribuição para aposentados e do
lar, com renda de até dois salários mínimos. Esses dados mostram que essa
população idosa teve menos acesso à educação no passado e por serem
predominantemente do sexo feminino reflete diretamente nas oportunidades de
trabalho, pois tendem a ocupar cargos de nível mais baixo e dedicar-se às
atividades domésticas, o que pode determinar menores rendimentos e pior
qualidade de vida [17,18].
O presente estudo
evidencia também uma maior distribuição de idosos com problemas de saúde,
sabe-se que quanto mais avançada a idade maior a
probabilidade de surgimento de doenças crônicas não transmissíveis que podem
gerar limitações aos idosos [5]. Os dados obtidos nessa pesquisa corrobora
outro estudo de Novais et al. [13] que aponta que 86,3% dos
idosos relataram possuir algum tipo de doença crônica e que essa tendência a
longevidade vem acompanhada de doenças que comprometem a independência
funcional dessa população, dificultando o seu desempenho nas atividades do
cotidiano [13,19].
Observou-se que os
idosos avaliados apresentaram melhor média da qualidade de vida nos domínios
relações sociais seguidas do domínio meio ambiente. Outros estudos que também
utilizaram o Whoqol-bref na avaliação da qualidade de
vida em idosos apontaram um melhor score para esses domínios [19,20].
O domínio relações
sociais está diretamente ligado à satisfação que os idosos têm com seus
familiares, amigos, ao suporte e apoio e sua atividade sexual, outros estudos
evidenciam uma melhor QV nesse domínio [19,20]. O ambiente em que o idoso está
inserido também deve ser considerado, uma vez que o domínio meio ambiente apresentou
a segunda maior influência na qualidade de vida dos idosos pesquisados.
Por outro lado, os
idosos apresentaram pior QV nos domínios físicos e domínio psicológico, o que
indica que a qualidade de vida precisa melhorar, o baixo desempenho nesses
domínios pode estar relacionado com o avanço da idade, alterações funcionais,
ao impacto que uma doença possa causar na vida do idoso, refletindo nas suas
atividades diárias, comprometimentos físicos, psicológicos, emocionais [12].
A qualidade de vida
de idosos dependentes está diretamente ligada a vários fatores, o nível de
escolaridade é um fator determinante para uma melhor QV, pois reflete no tipo
de trabalho que exerceram, no salário que recebem, o
tipo de relação social, ambiente que vivem, presença de alguma doença crônica
não transmissível, percebe-se que gera uma cascata de problemas, comprometendo
o bem-estar dessa população, já que qualidade de vida é algo complexo que está
diretamente ligado a vários fatores [12].
Algumas limitações foram
encontradas na realização do presente estudo, como: o número reduzido da
amostra e o delineamento transversal, que impossibilita o estabelecimento de
relações de causalidade. Como limitação do presente estudo, destaca-se ainda o
fato de ter sido avaliada a qualidade de vida isolada sem levar em consideração
os fatores associados, pois é preciso conhecer as condições de vida, de saúde,
econômicas e de suporte social dos idosos, para que se possa estar preparado
para atender às demandas sociais, sanitárias, econômicas e afetivas dessa
parcela da população, que, atualmente, é a que mais cresce mundialmente. Sendo
assim, sugere-se que novos estudos sejam realizados levando em consideração os
fatores relacionados ao comprometimento da qualidade de vida.
Ressaltamos que a
importância da realização do presente é fundamental incentivar a realização de
novos estudos sobre qualidade de vida em idosos, de modo que os resultados
destes estudos possam subsidiar políticas de saúde voltadas a essa população.
Constatou-se na
avaliação da qualidade de vida que os idosos obtiveram menores
médias nos domínios físico e psicológico. Desta forma, faz-se necessária
a adoção de políticas públicas direcionadas à promoção do envelhecimento
saudável por meio principalmente da educação da em saúde.