ARTIGO
ORIGINAL
Comparação
da atividade eletromiográfica em músculos do powerhouse no roll up e roll back
no solo e no Cadillac do método Pilates
Comparison of electromyographic activity of
powerhouse muscles performing the roll up and roll back on the floor and on the
Cadillac Pilates method
Eduardo Freitas da
Rosa*, Debora Cantergi*, João Pereira Neto**, Bruno
Gilberto Dias Morem*, Jefferson Fagundes Loss*
*Laboratório
de Pesquisa do Exercício, Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Sul
(UFRGS), Porto Alegre/RS, **Coordenador do curso de Fisioterapia da Anhanguera,
Porto Alegre/RS
Recebido em 3 de agosto de 2017; aceito em 20 de janeiro de 2018.
Endereço
de correspondência:
Eduardo Freitas da Rosa, Rua dos Andradas, 1091, conj
73, 90200-007 Porto Alegre RS, E-mail: eduardo@institutogolden.com.br; Debora Cantergi: debora.cantergi@gmail.com; João Pereira Neto:
jpn.23@hotmail.com; Bruno Gilberto Dias Morem: bmorem@gmail.com; Jefferson
Fagundes Loss: jefferson.loss@ufrgs.br
Resumo
Introdução: A lombalgia é um
problema de saúde pública que acomete grande parte da população em algum
momento da vida. Exercícios físicos realizados pelo método Pilates
são descritos na literatura como uma opção de tratamento. Entretanto, existem
poucos estudos que elucidam movimentos adequados para este fim. Objetivo: Comparar a ativação elétrica
dos músculos oblíquo externo, oblíquo interno e multífido
durante exercícios abdominais no solo e no Cadillac,
para identificar diferenças na atividade neuromuscular da musculatura flexora e
extensora do tronco. Material e métodos:
Onze mulheres realizaram oito repetições dos exercícios The Roll Up e Roll Back. Durante os movimentos, foi avaliada a
extensão e flexão do quadril a partir da análise eletromiográfica
de superfície. Resultados: A ativação
eletromiográfica do músculo oblíquo externo foi
estatisticamente significativo, nas duas fases do movimento, no exercício The Roll Up em comparação ao exercício Roll Back. Contudo, oblíquo interno e multífido
não apresentaram diferenças quando comparados os exercícios. Conclusão: O exercício realizado no solo
(The Roll Up) apresentou maior demanda da musculatura flexora e
extensora. Esse achado representa um passo importante na compreensão de
critérios objetivos para a elaboração de programas de reabilitação nas
lombalgias e para o condicionamento físico utilizando o método Pilates.
Palavras-chave: cinesioterapia,
eletromiografia, postura, lombalgia.
Abstract
Introduction: Low back pain is a public health problem and a large number of people
suffer from it at some point in life. Physical exercises performed by the
Pilates method are described in the literature as a treatment option. However,
there are few studies that allow the development of appropriate actions for
this purpose. Objective: Compare the
electrical activation of external oblique, internal oblique and multifidus muscles during abdominal exercises on the floor
and on the Cadillac, in order to identify the neuromuscular activity of the
flexor and extensor musculature of the trunk. Methods: Eleven women performed eight repetitions of “The Roll Up”
and “Roll Back” exercises. During the movements, the electromyographic
surface analysis was used to measure the hip extension and flexion. Results: The electromyographic
activation of the external oblique muscle was statistically significant, in the
two stages of movement, The Roll Up exercise in comparison with the Roll Back
exercise. However, internal oblique and multifidus
did not show significant differences when exercises were compared. Conclusion: The exercise performed on
the floor (The Roll Up) showed greater demand of the flexor and extensor
muscles. This finding represents an important step in the understanding of
objective criteria for the elaboration of rehabilitation programs in low back
pain and for physical conditioning using the Pilates method.
Key-words: kinesiotherapy, electromyography, posture, low back pain.
A dor nas costas é um
fenômeno que acomete de 65 a 80% da população mundial em algum momento da vida
[1]. Este fato representa um problema de saúde pública que mantém cerca de 10
milhões de brasileiros afastados das suas atividades laborais. Em países
desenvolvidos, como no Reino Unido, a dor lombar é a maior causa de
incapacidade [2] laboral em adultos jovens, somando mais de cem milhões de dias
de trabalho perdidos por ano [3], assim como é a disfunção de maior custo ao
sistema de saúde dos Estados Unidos [4]. Diversos esforços têm sido remetidos
no sentido de amenizar este problema, e o exercício físico está entre as opções
mais seguras e baratas [5].
Fatores mecânicos,
como posturas inadequadas, longos períodos em posição sentada, obesidade e
fatores ambientais, são responsáveis pelo estabelecimento ou agravamento de 90%
dos casos de dores nas costas [1]. Exercícios para os músculos do tronco com
resistência progressiva têm sido indicados como uma opção para melhora da
capacidade de contração muscular assim como para a diminuição da dor nas costas
[6].
A incapacidade de
estabilização da coluna vertebral causada pelo desequilíbrio entre a função dos
músculos extensores e flexores do tronco é um importe fator que contribui para
o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar. Existem evidências que
sugerem a inclusão de exercícios voltados para o fortalecimento dos músculos
envolvidos na flexão e extensão do tronco nos programas de prevenção e
reabilitação da dor na região da coluna lombar, classificada como lombalgia
[7,8]. Além disso, exercícios de estabilização do tronco já são amplamente
utilizados no meio clínico com a finalidade de reduzir a dor nas costas, embora
haja apenas moderada evidencia de que estes exercícios sejam realmente
eficientes [9,10].
O método Pilates é um programa sistematizado de exercícios com
ênfase na estabilização do tronco que é largamente utilizado em pessoas com dor
nas costas [11]. No método Pilates, os exercícios
podem ser executados no solo ou em aparelhos desenvolvidos especificamente para
o método [12]. Enquanto os movimentos de solo possuem a carga externa advinda
essencialmente pela ação da gravidade, nos aparelhos de Pilates
as cargas externas também são compostas por meio de molas e polias [13]. Não
obstante, os critérios de escolha dos exercícios são bastante subjetivos,
dependendo em grande parte da experiência do avaliador [2].
Dentro do método Pilates, um movimento que trabalha a musculatura do tronco,
é a flexoextensão de quadril e da coluna realizada a
partir da posição sentada. O executante deve iniciar o exercício na posição
sentada, e iniciar o movimento flexionando a coluna e estendendo o quadril até
a posição deitada (Fase I) e retornar flexionando o tronco e quadril até
retornar à posição inicial (fase II). Quando este exercício é realizado no solo
recebe o nome de The Roll
Up e quando realizado com auxilio de molas no
aparelho Cadillac recebe o nome de Roll Back. Não há dúvidas que o exercício The Roll Up trabalha mais intensamente a musculatura anterior do
tronco, tanto durante a extensão, de forma excêntrica, quanto durante a flexão,
de forma concêntrica. O estudo com uso da eletromiografia será fundamental para
compreensão da atividade muscular nas etapas, pois não está claro qual será o
efeito da mola na ativação da musculatura do tronco durante esse exercício.
Conhecer o comportamento dessa musculatura durante o exercício, permite auxiliar, de modo mais objetivo, a seleção dos
exercícios em um programa de reabilitação a fim de evitar o uso de regulagens
ou posições do exercício que ative, de forma indesejada, determinada
musculatura em período de recuperação, ou ainda, eleger condições de exercício
que privilegiem a ativação de grupos musculares específicos conforme o objetivo
do programa.
Nesta perspectiva, o
objetivo deste estudo foi comparar a atividade eletromiográfica
de músculos oblíquo externo, oblíquo interno e multífidos
entre os exercícios The Roll Up e Roll Back nas fases excêntrica e concêntrica, realizados no solo e no
aparelho. A hipótese é de que durante o exercício Roll Back ocorra diminuição da atividade da musculatura anterior e
aumento da atividade da musculatura posterior, neste caso aumentando a
vulnerabilidade para a sintomatologia dolorosa na lombalgia.
O estudo se
caracterizou como observacional, do tipo transversal, foi aprovado pelo n°
21866 do CEP da instituição onde foi realizado, seguindo todos os critérios da
resolução 499/12, de ética e pesquisa, do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Sujeitos
Participaram do
estudo 11 indivíduos do sexo feminino, fisicamente ativas e não praticantes do
Método Pilates, sem histórico de lesão, e que não
apresentaram relatos de dor nos últimos 30 dias (Tabela I). Considerando que
indivíduos treinados no método Pilates tendem a
utilizar menos o auxílio das molas, optou-se por utilizar uma amostra sem
prática no método no sentido de melhor identificar a diferença entre as
situações com e sem mola.
Tabela
I - Caracterização da amostra.
Exercícios
realizados
Os exercícios The Roll Up, no solo, e Roll Back, no
aparelho Cadillac, são realizados na posição sentada,
com os joelhos em extensão. O movimento consiste da flexoextensão
do quadril e de tronco. O exercício inicia com noventa graus de flexão de
quadril e curvatura normal da coluna. O gesto inicia com a elevação dos braços
e extensão do quadril ao mesmo tempo em que ocorre uma flexão inicial da
coluna, que vai ser estendida a medida que a coluna
encosta no solo ou aparelho, até a posição deitada. Na segunda fase do
exercício, o indivíduo retorna a posição inicial. A partir da posição deitada,
os braços são levados a frente e gradativamente a
coluna é retirada do chão, à medida que o quadril é flexionado, até 90º, quando
a coluna retorna a curvatura normal (Figura 1).
Figura
1 - Movimento The Roll
Up realizado no solo.
O exercício Roll Back, realizado no Cadillac,
diferencia-se do realizado no solo por utilizar um bastão que está preso ao
aparelho por duas molas, que o indivíduo segura ao realizar o exercício (Figura
2). Para este estudo, as molas foram fixadas na mesma posição para todos os
indivíduos e a carga não foi alterada. Os movimentos foram realizados,
com velocidade contínua e controlada de acordo com ritmo respiratório natural
de cada indivíduo, não havendo um tempo pré-determinado para cada
repetição.
Figura
2 - Movimento Roll
Back realizado no aparelho Cadillac.
Instrumentos
de coleta de dados
Para coleta de dados EMG, foi utilizado um eletromiógrafo de 4 canais, modo
de rejeição comum de 110 db (a 60 Hz), impedância de
entrada do sistema de 100 Gohms e conversor A/D de 14
bits (Miotool 400, Miotec).
O sinal foi coletado com uma frequência de amostragem de 2000 Hz por canal.
Além disso, foi utilizada uma webcam sincronizada ao eletromiógrafo para posterior identificação das fases do
gesto.
Coleta
de dados
A preparação da pele
e o posicionamento dos eletrodos foi realizada de
acordo com as orientações do projeto SENIAM [14] e pela Sociedade Internacional
de Eletrofisiologia e Cinesiologia,
como depilação, limpeza do local com álcool e colocação dos eletrodos. Os
eletrodos foram posicionados paralelos a direção das
fibras dos músculos, monitorados unilateralmente sempre do lado direito, pois
foi assumida a simetria do gesto.
Os músculos
monitorados foram: oblíquo externo, oblíquo interno e multífidos.
Para o oblíquo externo, os eletrodos foram posicionados no ponto médio entre a
crista ilíaca e o ponto mais inferior da margem costal, ao nível de L3. Para o
oblíquo interno, os eletrodos foram fixados 2 cm
ínfero-medial à espinha ilíaca antero-superior,
dentro de um triângulo desenhado pelo ligamento inguinal, borda lateral do
músculo reto abdominal e linha conectando as EIASs.
Para o multífido, os eletrodos foram fixados no nível
de L5 e alinhados paralelamente entre a linha das espinhas ilíacas póstero-superiores
e o espaço interespinhoso de L1 e L2. O eletrodo de
referência foi colocado sobre processo espinhoso de C7 conforme recomendação
[14]. Para posterior normalização do sinal, foram coletadas duas tentativas de
contração voluntária máxima de cada músculo [14].
Análise
dos dados
Os sinais de EMG
foram processados utilizando o software SAD32 (Sistema de aquisição de dados
32, desenvolvido pela escola de Engenharia – UFRGS). Inicialmente foi utilizado
um filtro digital passa-banda Butterworth, terceira
ordem, com frequência entre 20 e 500Hz. Com base nas
informações obtidas pela webcam, as curvas da EMG
foram divididas em cada fase do movimento de flexo-extensão
de quadril. O valor RMS de cada fase recortada foi calculado e normalizado pelo
valor RMS da CVM de maior valor.
Análise
estatística
Foi verificada a
equivalência das variâncias e normalidade dos dados com os testes de Levene e Shapiro-Wilk. Como não
foi encontrada a normalidade, foi utilizado o teste de Wilcoxon
para verificar as diferenças na ativação elétrica de cada músculo (oblíquo
externo, oblíquo interno e multífido) entre os
exercícios Roll Up no solo
e Roll Back no cadillac em
cada uma das fases do gesto. Para todos os testes foi adotado o nível de
significância de 5%.
A ativação elétrica
do músculo oblíquo externo foi maior no exercício Roll
Up no solo, tanto na fase de excêntrica, quanto na
fase concêntrica, quando comparado ao exercício Roll
Back no Cadillac. Os músculos
oblíquo interno e multífidus não apresentaram
diferença em qualquer uma das fases quando comparados os exercícios Roll Up no mat e Roll Back no cadillac (Tabela II).
Tabela
II -
Comparação da EMG entre exercícios.
*diferenças
significativas (p ≤ 0,05).
O presente estudo
teve como objetivo comparar a atividade eletromiográfica
de músculos oblíquo externo, oblíquo interno e multífidos,
entre os exercícios The Roll Up e Roll Back nas fases excêntrica e concêntrica, realizados no solo e no
aparelho. A hipótese do artigo, de que ocorreria maior ativação elétrica dos músculos oblíquo externo e oblíquo interno
durante o exercício Roll Up
e dos multifidos no exercício Roll
Back foi confirmada apenas no caso do oblíquo externo.
Provavelmente, a
menor ativação do oblíquo externo no exercício realizado no aparelho deve-se à
contribuição das molas fixadas ao bastão, que estavam colocadas de modo a
auxiliar na fase de subida do exercício. Paralelamente, na fase de descida
esperava-se que ocorreria maior ativação dos músculos posteriores do tronco
devido a resistência imposta pelas molas, o que não
ocorreu. É possível que a carga final das molas escolhidas não tenha sido
suficiente para sobrecarga dos multífidos e, sim,
manteve as mesmas características do exercício realizado sem carga, e por isso
a característica do exercício no aparelho foi semelhante aquela do exercício no
solo. Isso indica uma importância da ação dos músculos abdominais na estabilidade
da coluna lombar [15].
Os
músculos oblíquo interno e multifido não apresentaram
diferenças na ativação entre os exercícios realizados no solo e no aparelho.
Exercícios
tradicionais de fortalecimento dos músculos abdominais e extensores do tronco têm sido alvo de críticas por submeter à coluna vertebral a
altas cargas de trabalho, o que representa risco de lesão [16]. Considerando
que próximo à L4-L5, o multífido contribui com 2/3 do
aumento da rigidez segmentar resultante da contração e que qualquer lesão no
segmento pode comprometer estabilização segmentar lombar na lombalgia, os
exercícios estudados não produziram atividade neuromusculares diferentes entre
os exercícios na sua comparação, não expondo esta estrutura a maior carga entre
os exercícios [16].
Esse resultado
corrobora com a literatura, pois alterações mecânicas em um exercício de Pilates, como a variação do posicionamento das molas, ou a
sua não utilização ocasiona diferentes estratégias de recrutamento muscular nos
motores primários do movimento [2] e também na musculatura estabilizadora de tronco
[17].
Ainda com respeito à atividade EMG
durante os exercícios realizados na fase concêntrica, ao contrário da
expectativa teórica de que houvesse um maior recrutamento de unidades motoras
do multífido enquanto extensor de quadril para que o
tronco pudesse chegar ao solo no movimento ao realizar uma força contrária ao
vetor de ação da mola, o mesmo não sofreu alteração significativa quando
comparado ao movimento no Cadillac. Considerando que
o movimento foi realizado de forma lenta e controlada,
acredita-se que a respiração ativa e intencional da musculatura do powerhouse, já que o indivíduo é orientado a não diminuir a
contração abdominal durante a inspiração, colaborou para manter a atividade
muscular similar em ambos movimentos. Loss et al. [18] já haviam identificado na respiração intencional
uma possibilidade de erro sistemático na atividade EMG dos músculos do powerhouse, na medida em que todas as variantes dos
exercícios estariam sujeitas à mesma iniciativa individual.
Com relação a prevenção e tratamento das lesões da coluna vertebral, o
estudo realizado por Kolyniak et al. [7] concluíram que existem evidências convincentes de que a
realização de um programa de exercícios com ênfase no fortalecimento da
musculatura extensora do tronco restaura a função da coluna lombar e pode
prevenir o surgimento da lombalgia. Neste sentido, os exercícios utilizados no
presente estudo apresentaram atividade similar dos músculos extensores de
tronco, podendo os exercícios exigirem menor demanda
dos extensores de tronco no Cadillac e maior
atividade elétrica no solo.
Estudos anteriores
mostraram a influência das forças externas na demanda da atividade muscular
realizada por meio de técnicas biomecânicas, permitindo a sua utilização na
prescrição de exercícios durante programas de reabilitação e condicionamento físico
através do método Pilates [2,13]. Nesta direção os
exercícios devem ter cargas progressivas e respeitar a mecânica das
articulações para o sucesso de programas de reabilitação [13].
O estudo contou com
as limitações referentes ao não monitoramento dos demais músculos posturais,
como o reto abdominal, longuíssimo e iliocostais,
assim como a utilização do mesmo par de molas para coleta dos dados no
aparelho, não expondo a maiores variações de força externa nos exercícios do Cadillac.
Apesar das limitações
metodológicas supracitadas, a investigação sobre a atividade elétrica da
musculatura envolvida em resposta a diferentes situações de carga externa nos
exercícios de Pilates se torna valiosa para o sucesso
de programas de tratamento e condicionamento físico, uma vez que este tipo de
estudo auxilia na escolha entre exercícios similares de forma mais segura e
objetiva através da compreensão da participação muscular nestas diferentes
situações.
Com base na análise
da atividade EMG dos músculos estudados, é possível concluir que na realização
dos exercícios de flexoextensão do quadril realizados
no solo (Roll Up) e no Cadillac (Roll Back), a maior
demanda muscular foi exigida no exercício de solo para o músculo oblíquo
externo nas duas fases do movimento. Para os músculos oblíquo
interno e multífido não houve diferença
significativa da atividade muscular em nenhuma das fases do movimento. Neste
sentido, é possível concluir que a realização do exercício realizado no
aparelho, utilizando da demanda externa das molas, a atividade elétrica com
menor necessidade de recrutamento de fibras musculares torna o exercício de
maior facilidade de execução para a musculatura flexora de tronco, embora não
interfira significativamente na atividade neuromuscular dos extensores de
tronco quando o movimento é comparado com o realizado no solo. Por fim, o
presente estudo representa um passo importante na compreensão de critérios
objetivos para a elaboração de programas de reabilitação e condicionamento físico
para a estabilização da musculatura de tronco e coluna lombar utilizando o
método Pilates, porém é recomendado que sejam desenvolvidos novos estudos para avaliar a atividade
EMG em diferentes situações de carga externa imposta.