I Congresso
Brasileiro de Fisioterapia Pélvica e Saúde da Mulher
16 a 18 de março de 2018
Fortaleza - Ceará
Editorial
Foi com muita honra,
carinho e alegria que a Nacional Fisio, realizadora do evento, recebeu no I
Congresso Brasileiro de Fisioterapia Pélvica e Saúde da Mulher, todos os
congressistas, palestrantes e patrocinadores, reunindo-se num evento primaz e
divisor, os profissionais das duas especialidades crescentes e de incontestável
relevância social de nossa Fisioterapia.
Foi uma grande
satisfação congregar Fisioterapeutas de todas as regiões do Brasil, ávidos para
compartilhar suas experiências clínicas e, por conseguinte, disseminar o
conhecimento em pró de seus pacientes. O objetivo do Congresso transcendeu as
discussões clínicas baseadas em evidências. A união isenta de egos e, repleta
de harmonia e respeito, sim foi a tônica de seu
propósito.
Diante do atual
cenário mundial e, não diferente brasileiro, valores sempre discutidos como
honestidade e ética têm perdido sua denotativa interpretação. Portanto, os
fisioterapeutas de subsistência oriunda da prática profissional precisam ainda
mais de união, sobretudo agir verdadeiramente a favor dos necessitados de suas
intervenções e de sua profissão. E este evento conseguiu atingir seu objetivo,
união de todos, participação, integração... Um verdadeiro sucesso, em que não
poderíamos deixar de agradecer a todos os congressistas pela confiança imposta,
aos palestrantes que presentearam o evento abrilhantando com suas experiências,
e aos colaboradores, apoiadores e patrocinadores que acreditaram e deram
credibilidade ao nosso Congresso. Foi com muito carinho, dedicação, amor e
respeito ao nosso trabalho, que nos empenhamos em realizar este I Congresso
Brasileiro de Fisioterapia Pélvica e Sáude da Mulher.
Aprendemos muito, e com isso, esperamos que esse seja o primeiro de uma sequência
de futuros encontros, muito proveitoso e satisfatório para todos nós.
Patrícia Zaidan, Presidente do Congresso
patriciazaidan@gmail.com
Resumos
A
eficácia da eletroestimulação percutânea do nervo tibial posterior na
reabilitação de pacientes com bexiga hiperativa: uma revisão sistemática
Guilherme Pertinni de Morais Gouveia*, Jéssica Oliveira Lima**, Juhly Freitas Vieira**
*Doutor.Docente efetivo do curso de
Fisioterapia, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba/PI, **Acadêmica de
Fisioterapia, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba/PI
Correspondência:
gpfatufpi@gmail.com, jeskalima.jl@gmail.com, juhly130@gmail.com
Introdução: A síndrome da
bexiga hiperativa (BH) é caracterizada por um conjunto de sintomas que
ocasionam repercussões negativas, apresentando urgência urinária, geralmente
acompanhada por polaciúria e noctúria, com ou sem
incontinência urinária de urgência, na ausência de qualquer infecção do trato
urinário ou de outras patogenias [1]. Dentre os recursos utilizados pela
fisioterapia, a eletroestimulação percutânea do nervo tibial posterior vem
mostrando resultados mais significativos quando comparada com outros recursos,
minimizando bastante os sintomas ocasionados pela BH [2]. Sabe-se que a
eletroestimulação deste nervo tem a função de modular os estímulos que chegam à
bexiga por meio da inervação recíproca. O impulso elétrico gerado pela corrente
é conduzido de forma retrógrada através do nervo tibial posterior até o plexo
hipogástrico e, consequentemente ao detrusor, diminuindo assim, a sua
hiperatividade, promovendo a inibição da atividade vesical. Isso implica dizer
que, estimular uma área do sistema de inervação periférica parece alterar o
comportamento nervoso de outros sistemas, modificando a funcionalidade da
bexiga [3,4]. Objetivo: Analisar os
efeitos da eletroestimulação percutânea do nervo tibial posterior no tratamento
da bexiga hiperativa. Métodos:
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Os estudos utilizados foram
selecionados nas bases de dados eletrônicas: SciELO, PubMed, BVS, medline. Para o levantamento bibliográfico, utilizou-se o
cruzamento dos seguintes descritores: bexiga hiperativa, eletroestimulação,
fisioterapia e seus respectivos termos em inglês. Foram inclusos apenas artigos
publicados em português e inglês, entre 2016 e 2017. Artigos que divergiam da
temática proposta foram excluídos. Resultados:
Foram pesquisados no total 36 artigos, mas somente 10
atenderam aos critérios de inclusão do estudo. 26 artigos foram exclusos, 24
destes por se tratarem de estudos que adotaram a eletroestimulação transcutânea e 2 por serem
publicados antes de 2016. De modo geral os estudos evidenciaram uma melhora na
urgência urinária, redução dos episódios de polaciúria e noctúria
e diminuição da incontinência urinária. Além disso, também foi evidenciada uma
alteração significativa a nível psicológico e social, decorrentes da diminuição
da sintomatologia provenientes da bexiga hiperativa, o que favoreceu o aumento
da autoestima, da relação familiar, social e ocupacional, melhorando assim a
qualidade de vida. Conclusão:
Conclui-se que a eletroestimulação percutânea do nervo tibial posterior é um
recurso fisioterapêutico relevante no tratamento de pacientes com bexiga
hiperativa, uma vez que melhora a funcionalidade vesical, minimizando a
sintomatologia da patogenia. Além disso, é considerado um recurso minimamente
invasivo, facilmente aplicável e sem efeitos deletérios, proporcionando uma
melhor qualidade de vida para os pacientes e, consequentemente, promovendo
saúde. No entanto, ressalta-se que há escassez de estudos sobre a
eletroestimulação percutânea.
Abordagem
dos profissionais da saúde nos transtornos sexuais dolorosos femininos –
vaginismo
Maria Letícia Pereira
de Sousa*, Isabelle Siqueira Lima**, Sandra Rebouças Macedo, M.Sc.***
*Discente
do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Christus,
**Fisioterapeuta Egressa do Centro Universitário Christus,
***Docente do Centro Universitário Christus
Correspondência:
mleticia_pereira@yahoo.com.br,
bellinha.filha72@gmail.com,
sandrarmacedo@yahoo.com.br
Introdução: O transtorno sexual
doloroso feminino interfere de forma negativa na qualidade de vida da mulher
acometida e sua parceria [1]. Está o vaginismo inserido nestes transtornos e
trata-se de uma disfunção sexual (DS) caracterizada pela contração involuntária
persistente da musculatura perineal [2,3]. Objetivos:
Conhecer as implicações do vaginismo no cotidiano das mulheres, bem como a
abordagem e os intervalos entre diagnóstico, tratamento e cura na visão dos
profissionais. Material e métodos:
Estudo de campo, descritivo, transversal e quantitativo, aprovado por meio do
Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Christus
com parecer 1.801.869. Desenvolvido de setembro de 2016 a dezembro de 2017, no
“Grupo de apoio a mulheres com vaginismo” localizado em uma rede social, com
uma amostra de 52 profissionais. Foi utilizado um questionário online conduzido
pelo Formulário Google disponível no grupo através do link: https://goo.gl/forms/jRrrMBQu9JSP3DMy2.
Resultados: Dentre as participantes,
8,8% eram sexólogas, 10,5% ginecologistas, 10,5% psicólogas e 70,2%
fisioterapeutas. Das formas de abordagens e indicação de tratamento da
disfunção sexual, a mais elegida foi o esclarecimento sobre o tema (31%), 26%
indicam Fisioterapia Pélvica, 25% indicam acompanhamento de psicólogo/sexólogo,
12% sugerem terapias alternativas (yoga, relaxamento ou acupuntura), 5% indicam
outras formas de tratamento e 1% prescrevem medicamentos. No tratamento
fisioterapêutico, os recursos mais utilizados foram os dilatadores vaginais
(30,4%). Já, a abordagem dos psicólogos/sexólogos a conduta mais aplicada é a
terapia individual (29,6%). Observou-se que o intervalo de tempo entre as
primeiras tentativas de penetração até o relato ao profissional pelas mulheres
foi de 1 a 2 anos (66,7%). O intervalo de tempo predominante para a cura do
vaginismo foi de 1 a 3 meses (47,8%). Foi constatado que as mulheres com
vaginismo são frequentemente afetadas nos aspectos psicológicos e no cotidiano
77% e 71%, respectivamente. Conclusão:
Houve um predomínio de profissionais da Fisioterapia na abordagem do vaginismo
e os recursos mais utilizados foram os dilatadores vaginais. Existe uma grande
demora por parte das mulheres em relatar ao profissional suas queixas. O
intervalo de tempo prevalente para a cura do vaginismo foi cerca de um a três
meses. Pôde-se afirmar que o vaginismo interfere nos aspectos emocionais e
pessoais das mulheres, assim como nas atividades realizadas no cotidiano.
Abordando
aspectos físicos e psicológicos na gestação
Priscila da Silva
Barbosa*, Ana Lígia Maia da Silva Costa**, Antonio
Adriano Sousa Barros Filho***
*Fisioterapeuta
do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade,
Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), **Nutricionista do Programa de
Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, Escola de Saúde
Pública do Ceará (ESP-CE), ***Psicólogo do Programa de Residência
Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, Escola de Saúde Pública do
Ceará (ESP-CE)
Correspondência:
priscila_01804@hotmail.com,
analigiasc@hotmail.com,
antonioadrianobarros@hotmail.com
Introdução: A gestação é um
momento intenso de mudanças, descobertas, aprendizados e uma oportunidade para
os profissionais de saúde investirem em estratégias de
educação e cuidado em saúde. É fundamental abordar a história de vida dessa
mulher, seus sentimentos, medos, ansiedades e desejos, pois, nessa fase, além
das transformações no corpo há uma importante transição existencial [1]. A
melhora da qualidade de vida da mulher deve ser o foco das intervenções, que
devem abordar, além do controle do peso, as algias
posturais, o estresse, a diminuição do risco de depressão puerperal, a maior
autonomia no trabalho de parto [2]. A descrição das fases do trabalho de parto
e a discussão sobre os tipos possibilitam a tranquilidade em relação ao
processo parturitivo [3]. Objetivo: Descrever ação de educação em saúde realizada por
residentes em um grupo de gestantes. Material
e métodos: Foi realizada pelos residentes Fisioterapeuta e Psicólogo,
juntamente com as gestantes, a construção de um painel interativo intitulado
“Mente & Corpo”, com palavras-chave relacionadas ao período gestacional. As
participantes escolhiam as palavras conforme seu interesse na temática,
norteando, dessa forma, as orientações e o diálogo entre profissionais e
usuárias. As temáticas abordadas foram: postura, parto normal e cesáreo, melasma, estrias, edema, afeto, família, fatores de risco,
ansiedade e depressão pós-parto. Resultados:
No momento da ação foi percebido o interesse das gestantes na construção do
painel, que através da participação, perguntas e trocas de experiências,
mostraram-se envolvidas com as temáticas abordadas. As palavras-chave,
portanto, foram disparadoras de conhecimento, pois permitiam que as gestantes
entrassem em contato com diversos temas do universo feminino no período da
gravidez. Apesar de existirem assuntos pré-estabelecidos, as participantes se
mostraram à vontade para enveredarem por outras temáticas, dividirem seus
anseios e compartilharem seus medos. Conclusão:
A educação em saúde torna-se imprescindível
na condução de ações que visam à
promoção da saúde e a prevenção de
agravos posteriores. A ação possibilitou o
esclarecimento de dúvidas e a troca de experiências entre
as gestantes,
favorecendo o bem viver dessas mulheres nesse período marcado
por mudanças e
incertezas.
Brasil. Ministério da
Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde,
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Brasília; 2016
Surita FG, Nascimento SL,
Silva JLP. Exercício físico e gestação. Rev Bras Ginecol Obstet
2014;36(12)
Barbieri A, Fonseca
LM, Ceron MI, Fedosse E.
Análise da atenção pré-natal na percepção de puérperas. Distúrb
Comun 2012;24(1):29-39.
Alterações
cerebrais em imagem de ressonância magnética no transtorno do estresse
pós-traumático em vítimas de violência sexual: uma revisão de literatura
Maria Eduarda da
Silva Santana*, Julyanne Rodrigues da Silva*, Walquiria Medeiros dos Santos*, Luana Maria Silva Araújo*, Josepha Karinne de Oliveira
Ferro, M.Sc.**
*Discente
do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA),
Recife/PE, **Doutoranda em Neurociências pela Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), Fisioterapeuta especialista em Saúde da Mulher
Correspondência:
meduardasantana@hotmail.com, julyfstp.rodrigues@outlook.com,
walquiria-medeiros@hotmail.com, luana.maria.sa@outlook.com,
karinneferro@gmail.com
Introdução: Diversas situações
traumáticas são preditoras de psicopatologias, sendo
comprovadas alterações estruturais e funcionais em estruturas importantes na
regulação da emoção, do medo e do estresse, como hipocampo, amigdala e córtex
pré-frontal medial. O transtorno do estresse pós-traumático é desenvolvido após
a exposição a um evento estressor traumático com resposta emocional excessiva e
esse quadro psicopatológico é bastante associado ao abuso sexual e alterações
cerebrais relacionadas com falha no processamento da memória traumática e
avaliação persistente da ameaça. Objetivos:
avaliar quais são as alterações cerebrais visíveis em exames de ressonância
magnética funcional em mulheres com transtorno do estresse pós-traumático
vítimas de violência sexual. Material e
métodos: Trata-se de uma revisão de literatura de artigos indexados nas
bases de dados PubMed, Web of Science e Scopus, no período
de maio à agosto de 2017. Após a exclusão dos duplicados e dos que não se
adequavam aos critérios de elegibilidade, a amostra final foi composta por 4 artigos para a análise qualitativa. Resultados: As regiões cerebrais alteradas em exames de ressonância
magnética são: amígdala, ínsula, córtex cingulado anterior, córtex pré-frontal
e na junção temporoparietal esquerda. Há um aumento
da conectividade funcional da amígdala centro-medial
com o córtex órbito-frontal e subcaloso,
bem como alterações da região basolateral com a
porção dorsal e ventral do córtex cingulado anterior e córtex pré-frontal
medial. Além disso, o córtex cingulado anterior, giro frontal médio e a junção temporoparietal esquerda estão
alteradas quando relacionado fatos de experiência social negativa ou predição
social. Conclusão: Há alterações
cerebrais visíveis em estruturas cerebrais que são importantes
para o processamento, expressão e regulação de estados emocionais,
dificultando a regulação do medo.
Palavras-chave: delitos sexuais,
transtornos de estresse pós-traumáticos, imagem por ressonância magnética,
Análise
da função sexual masculina de pacientes com paraparesia espástica
tropical/mielopatia associada ao HTLV-1: relato de
caso
Juliana de Jesus
Balieiro*, Kassio de Nazaré Furtado Tavares*, Yana Mendonça Fonseca*, Leonardo Brynne
Ramos de Souza*, Denise da Silva Pinto**
*Graduando
em Fisioterapia pela UFPA, **Doutora em Doenças Tropicais pela UFPA
Correspondência:
julianabalieiro.13@gmail.com
Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) é endêmico em vários países. No Brasil o vírus é
considerado de alta endemia na região norte e nordeste [1]. O HTLV-1 é o agente
etiológico da Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia associada ao HTLV-1 (PET/MAH), essa mielopatia leva a um processo inflamatório de desmielinização, crônico e progressivo, a inflamação
envolve a medula espinhal, provocando comprometimentos motores, sensitivos, distúrbios
esfincterianos vesicais, intestinais e disfunção erétil (DE) no homem [2].
Embora a DE tenha sido frequentemente relatada em pacientes com PET/MAH esse
problema foi negligenciado no passado, assim, a frequência desse acometimento
nesta população não foi estabelecida [3]. Objetivo:
Avaliar a função sexual de homens infectados pelo HTLV-1 com diagnóstico de
PET/MAH. Material e métodos: Estudo
do tipo relato de caso realizado com dois pacientes com diagnóstico de PET/MAH.
O instrumento utilizado para realizar a avaliação da função sexual foi o
questionário Quociente Sexual – Versão Masculina (QS-M), composto por dez
questões auto-aplicáveis, que avalia as diversas
etapas do ciclo sexual, que são: desejo (questão 1),
autoconfiança (2), qualidade da ereção (5 a 7), controle da ejaculação (8),
capacidade de atingir o orgasmo (9) e satisfação geral do indivíduo (3, 4 e 10)
e de sua parceira (3 e 10) com as preliminares e o intercurso. Cada questão é
respondida numa escala gradual de 0 a 5, com 0
indicando “nunca” e 5 indicando “sempre”, o resultado varia de 0 a 100, quanto
maior a pontuação melhor desempenho/satisfação sexual. Após aplicação do
questionário os dados foram analisados de forma observacional. Resultados: Foram avaliados 2 pacientes, com sorologia positiva para HTLV-1 e
diagnóstico de PET/MAH, ambos do sexo masculino, casados com vida sexual ativa,
a idade do Paciente 1 e 2 eram 57 e 59 anos, respectivamente. O Paciente 1 obteve um resultado de 14 pontos e o Paciente 2 um
resultado de 20 pontos, classificando-os com padrão de desempenho sexual nulo a
ruim. Ambos deram 0 para sua autoconfiança, qualidade
da ereção, controle da ejaculação e capacidade de atingir o orgasmo. Conclusão: A partir dos resultados
observou-se que os pacientes com PET/MAH apresentam uma função sexual nula a
ruim, onde os aspectos mais afetados estão relacionados a
DE. Entretanto, faz-se necessário estudos futuros com
maior amostra para evidenciar o comprometimento do desempenho sexual de homens
infectados pelo HTLV-1 e portadores de PET/MAH.
Análise
do grau deconstipação intestinal em mulheres com
sintomas de incontinência urinária e sua relação com a severidade da perda
urinária
Anna Caroline Ribeiro
de Moura*, Daniele Alves Ferreira*, Sara Aguiar Vasconcelos Pinto*, Isabella
Parente Ribeiro Frota**, Rayanne Moreira da Cunha***
*Acadêmicas
do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, **Fisioterapeuta em
Saúde da Mulher (MEAC/EBSERH); Mestre em Ciências Médico Cirúrgicas,
***Fisioterapeuta Especialista em Saúde da Mulher, Docente do Curso de
Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará
Correspondência:
annacarolinerm@hotmail.com, daniele.alves.f@gmail.com, saraaguiar18@gmail.com,
isabellaparente@yahoo.com.br, rayanne.fisio@gmail.com
Introdução: A International Continence Society (ICS) define incontinência urinária de esforço
(IUE) como perda involuntária de qualquer quantidade de urina associada à esforços; e incontinência urinária mista como presença
concomitante de IUE e incontinência urinária de urgência (IUU) [1]. Dentre os
tipos de esforço relacionados a IUE, que sobrecarregam
a musculatura do assoalho pélvico e favorecem o surgimento da incontinência
urinária (IU) está a constipação intestinal crônica. Em decorrência do esforço
evacuatório crônico ocorre o estiramento retal brusco, o qual leva a distensão
da musculatura pélvica [2-4]. Objetivos:
Analisar o grau da constipação intestinal em mulheres com sintomas de
Incontinência Urinária e comparar a severidade da IU com o grau de constipação.
Material e métodos: Estudo analítico,
de caráter transversal, realizado no Serviço de Fisioterapia Pélvica da
Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) em parceria com o Projeto de
Fisioterapia na Saúde da Mulher (PROFISM) da Universidade Federal do Ceará
(UFC). A coleta dos dados ocorreu de janeiro a dezembro de 2017. Os
instrumentos utilizados foram a ficha de avaliação do
serviço, a Escala de Constipação de Jorge & Wexner
e o Incontinence Severity
Index (ISI) para quantificar a severidade da IU. Foram incluídas mulheres acima
de 18 anos, com sintomas de IU mista e de esforço. Foram excluídas aquelas que
apresentavam incontinência urinária de urgência. As análises foram feitas por
meio do software Epi-Info versão 7.2.2.2 e adotou-se
o nível de significância em 5%. Resultados:
85 mulheres foram incluídas no estudo. A idade média foi de 52,9 (±12,23) e
47,22% obtiveram grau de severidade moderada da IU. Quanto a
presença de constipação 87,95% a apresentaram, sendo a discreta mais prevalente
(55,42%). A maioria da amostra, 43 mulheres (58,90%), apresentou frequência
intestinal de uma a duas vezes ao dia, esforço evacuatório doloroso (65,75%) e
54,79% apresentou dor abdominal. Cerca de 34% realizou
entre uma e três tentativas para evacuar sem sucesso no período 24 horas e
42,47% levavam em torno de 5 a 10 minutos no lavatório. Quanto ao sintoma de
evacuação dolorosa, 73% apresentaram, porém não fazendo uso de qualquer tipo de
auxílio para evacuar (76,71%). Do total das participantes, 12,5% referiram que
a constipação intestinal teve início há mais de 20 anos. A comparação da
severidade da IU com o grau de constipação, não mostrou relevância estatística
entre as variáveis (p=0,3), porém das pacientes com IU moderada (47,22%), 50%
apresentaram índices de constipação discreta e 47,06% moderada. Conclusão: Apesar de não ser possível
estabelecer relação entre o grau de constipação com a severidade da IU,
observou-se a presença expressiva de constipação leve a moderada entre paciente
com IU moderada. É importante atentar para a necessidade de investigação e
tratamento de sintomas intestinais em pacientes com perdas urinárias aos
esforços.
Fatores
preditivos para insatisfação sexual em homens pós-lesão medular traumática
Josepha Karinne
de Oliveira Ferro*, Daniella Araújo de Oliveira**, Maria Eduarda da Silva
Santana***, Andrea Lemos****
*Doutoranda
em Neurociência, Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de
Pernambuco, **PhD em Neuropsiquiatria pela Universidade Federal de Pernambuco,Recife, ***Discente do
curso de Fisioterapia do Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA), Recife-PE,
****PhD em Saúde Materno Infantil pelo Instituto de Medicina Integral Prof.
Fernando Figueira, Recife
Correspondência:
karinneferro@gmail.com, sabinodaniellaufpe@gmail.com,
meduardasantana@hotmail.com
Introdução: Além das perdas
motoras e sensitivas, o trato urinário e a função sexual são também afetados
pela lesão medular, sendo a disfunção sexual um dos problemas mais comuns
nestes pacientes e sua gravidade depende no nível e da complexidade da lesão.
Essa alteração da função sexual acontece devido às mudanças no processo
neurofisiológico, mas este mecanismo e sua associação com a satisfação sexual
ainda não está bem estabelecido. Objetivos:
analisar fatores preditivos para insatisfação sexual de pacientes com lesão
medular traumática. Métodos: Estudo
observacional (CCAE 41221414.5.0000.5208) realizado com 45 homens, com lesão medular traumática e sexualmente ativos. A função sexual foi
avaliada pelo Índice Internacional de Função Erétil e o nível e grau da lesão
foram determinados seguindo as diretrizes da International
Standards for Neurological Examination
and Functional Classification of Spinal Cord Injury. Análise bi e
multivariada foi aplicada para observar a associação entre fatores, com nível
de significância de 0,05. Resultados:
45 indivíduos com tempo de lesão médio em anos 7,5 (IC 5,2 – 9,9) foram
avaliados. Frequência de relação sexual mensal é um fator de risco (OR: 11,69;
IC 95%: 2,16 – 63,19) da insatisfação sexual, bem como disfunção orgástica (OR:
10,13; IC 95%: 1,33 – 77,18). Conclusão:
Relações sexuais infrequentes e disfunção orgástica são preditores
de insatisfação sexual após lesão medular.
Palavras-chave: sexualidade,
traumatismos da medula espinhal, ereção peniana, disfunção erétil, disfunções
sexuais psicogênicas.
Atuação
da terapia aquática em mulheres com lombalgia gestacional: uma revisão de
literatura
Vanessa Cristóvão da
Silva*, Jéssica Alcilene da Silva*, Julyanne Rodrigues da Silva*
*Discente
do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA), Recife/PE
Correspondência:
vanessa.cristovao20@hotmail.com, jesfisio.j@gmail.com,
julyfstp.rodrigues@outlook.com
Introdução: A lombalgia é uma
queixa constante durante a gestação, sendo considerado um sintoma que envolve
diversos fatores onde há um acometimento da região lombar que pode irradiar-se
para os membros inferiores. A terapia aquática é um recurso utilizado para o
tratamento da lombalgia no período gestacional. A realização dos movimentos com
o corpo submerso em água reduz o estresse articular, diminuindo o impacto sob
as articulações e o risco de lesões, auxiliando a movimentação e favorecimento
do trabalho respiratório e vascular, trazendo alívio dos sintomas e melhorando
a qualidade de vida das gestantes. Objetivo:
Descrever a atuação da terapia aquática em mulheres com lombalgia gestacional. Métodos: Trata-se de uma revisão de
literatura realizada nas bases de dados: Medline e Bireme, no período de agosto à
outubro de 2017. Foram encontrados 08 artigos dos quais utilizamos 05 e
excluímos 03 por não disponibilizarem o conteúdo adequado para a pesquisa. Resultados: A gravidez é um processo
fisiológico onde ocorrem várias alterações a partir da fertilização, diante
disso, o corpo da mulher passa por ajustes em vários sistemas:
cardiorrespiratório, músculo-esquelético e
metabolismo em geral. A flutuação na água fornece suporte completo às
gestantes, que ajuda a aumentar a ADM sem a resistência do atrito, auxiliando a
movimentação. A terapia aquática promove maior controle sobre a frequência
cardíaca materna e fetal, reduz a ocorrência de varizes, melhora o condicionamento
físico, aumenta a resistência muscular e a diurese, diminuindo a formação de
edemas, além de promover um ótimo controle postural que proporciona redução da
dor lombar. A imersão causa efeito sobre o sistema nervoso simpático, reduzindo
a produção de noradrenalina que leva ao bem-estar da gestante pós-terapia. A
terapia aquática também traz benefícios psicológicos para as gestantes
aliviando a tensão e o estresse, proporcionando sensação de prazer estimulando
a autoconfiança. As gestantes relatam redução da dor lombar durante horas,
dias, ou mesmo o alívio total da dor, elas dormem melhor nas noites após a
terapia aquática, percebem uma melhora na função intestinal que se dá através
da massagem que a água faz na parede abdominal, estimulando os movimentos
peristálticos. Conclusão: O meio
aquático reduz à sensibilidade a dor, melhora a estabilidade postural e
consequentemente o equilíbrio, melhora a amplitude de movimento, aumenta
resistência muscular, traz conforto e segurança na prática dos exercícios até o
final da gestação, além de proporcionar bem-estar e promover a qualidade de
vida das mulheres com lombalgia gestacional.
Palavras-chave: lombalgia
gestacional, terapia aquática, reabilitação.
Avaliação
da função urinária em primíparas pós-parto vaginal: estudo transversal
Hellen Batista de
Carvalho*, Suyane Waneide
Macêdo de Medeiros**, Lorena Carneiro de Macêdo***, Melania
Maria Ramos de Amorim****, Leila Katz*****
*Mestre
em Saúde Materno-Infantil, IMIP, Instituto de Pesquisa Prof. Joaquim Amorim
Neto (IPESQ), **Discente da Universidade Estadual da Paraíba, ***Mestre em
Saúde Materno-Infantil, IMIP, Instituto de Pesquisa Prof. Joaquim Amorim Neto
(IPESQ), ****Doutora em Tocoginecologia, Unicamp, Docente da Universidade
Federal da Paraíba, Instituto de Pesquisa Prof. Joaquim Amorim Neto (IPESQ),
*****Doutora em Tocoginecologia, Unicamp, Docente da pós-graduação em Saúde
Materno Infantil, IMIP
Correspondência:
hellenbcar@hotmail.com, suy.macedom@gmail.com lorenacmacedo@gmail.com
melania.amorim@gmail.com katzleila@yahoo.com.br
Introdução: A gestação é um
momento que vem acompanhado de intensas mudanças necessárias para a adaptação e
crescimento do feto. Ao longo da gestação e no parto, as modificações
estruturais musculoesqueléticas e funcionais do assoalho pélvico podem prejudicar
a capacidade dos músculos do assoalho pélvico de desempenhar suas funções de
forma eficiente. Dessa forma, podem predispor o desenvolvimento das disfunções
do assoalho pélvico (DAP), como incontinência urinária (IU). No ciclo
gravídico-puerperal, a IU é frequente e a perda urinária no pós-parto tem um
forte impacto na qualidade de vida das mulheres acometidas, já que limita suas
atividades diárias. Objetivo: avaliar
a função urinária em primíparas pós-parto vaginal. Material e métodos: estudo
transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEPB (CAAE
44775015.1.0000.5175). A amostra foi composta por 40 mulheres, sendo 20
primíparas com episiotomia e 20 sem episiotomia. A pesquisa foi realizada no Instituto de
Pesquisa Prof. Joaquim Amorim Neto (IPESQ), em Campina Grande/PB. Os critérios
de inclusão foram: faixa etária de 16 a 39 anos, gestação a termo e
recém-nascido vivo. Os critérios de exclusão foram: parto instrumental,
gestação gemelar, história prévia de cirurgia
abdominal ou urogenital, praticantes de exercícios para os MAP ou pompoarismo. Para a coleta dos dados foi realizado o
contato com as primíparas, atendidas numa maternidade pública da cidade de
Campina Grande, no período de internação do pós-parto e as primíparas que
concordaram em participar da pesquisa, assinaram o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE). Em seguida, foram colhidas informações de identificação,
endereço e contato das participantes. Três meses após o parto, por meio de
contato telefônico, as mulheres foram convidadas a ir ao IPESQ. No IPESQ, foram
coletadas informações sobre as características biológicas, sociodemográficas
e uroginecológicas. As características uroginecológicas foram avaliadas através do International Consultationon Incontinence Questionnaire
(ICIQ-SF). Resultados: foi encontrada
uma frequência de 35% (n=7) de IU em mulheres com episiotomia
e 20% (n=4) em mulheres sem episiotomia. De acordo
com a pontuação total do ICIQ-SF, o grupo de primíparas com episiotomia
(5,35 ± 7,04 pontos) apresentou IU mais grave, comparando ao grupo de
primíparas sem episiotomia (1,07 ± 3,70). Numa escala
de 0 a 10 pontos, foi verificada interferência da IU de 3,14 ± 4,11 pontos na
vida diária de primíparas após episiotomia, enquanto
no grupo de mulheres sem episiotomia foi verificada
interferência de 1 ± 2,33 pontos. Conclusão:
as primíparas com episiotomia apresentaram maior
frequência de incontinência urinária e maior gravidade na IU, comparadas às
primíparas sem episiotomia.
Palavras-chave: assoalho pélvico,
incontinência urinária, episiotomia.
Avaliação
da gravidade da perda urinária em mulheres com incontinência urinária e o
impacto na qualidade de vida de acordo com a atividade sexual
Glaucia Nunes Diniz
de Oliveira Esmeraldo*, Clara Taína Silva Lima**, Rayanne Moreira da Cunha***, Mayle
Andrade Moreira****, Simony Lira do Nascimento****
*Acadêmica
do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Extensionista do Projeto de extensão Fisioterapia na Saúde
da Mulher (PROFISM) da UFC, **Fisioterapeuta, Pós-Graduada em Fisioterapia
Pélvica, Preceptora do PROFISM, ***Especialista em Saúde da Mulher, Docente do
Curso de Fisioterapia da UFC, ****Doutora Docente do Curso de Fisioterapia da UFC
Correspondência:
dinizglaucia@yahoo.com.br; clarataina@alu.ufc.br; rayanne.fisio@gmail.com;
mayleandrade@gmail.com; simonylira@yahoo.com.br
Introdução: A Sociedade
Internacional de Continência (ICS) define incontinência urinária (IU) como
perda involuntária de urina. Essa condição afeta a qualidade de vida (QV) e
sexualidade das mulheres [1]. Objetivo:
Avaliar a gravidade da perda urinária em mulheres com IU e o impacto na QV de
acordo com a atividade sexual. Metodologia:
Estudo transversal realizado com os questionários Incontinence
Severity Index (ISI) e King’s
Health Questionnaire (KHQ) que avaliam a gravidade da
perda urinária e QV de mulheres com IU. A coleta de dados foi realizada de
julho a outubro de 2016, no ambulatório de Uroginecologia
da Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Os critérios de inclusão foram
mulheres acima de 18 de anos com IU e os de exclusão foram mulheres com dor
pélvica crônica, submetidas a cirurgias ginecológicas em menos de um ano,
prolapso dos órgãos pélvicos maior
que estágio III,
comprometimento neurológico ou cognitivo. O ISI é
composto por duas questões
sobre frequência e quantidade da perda urinária, sendo uma
forma de avaliar a
perda em pessoas com IU [2]. O KHQ avalia a QV de mulheres com IU sendo
composto por 21 questões em oito domínios:
percepção geral de saúde, impacto da
IU, limitações de atividades diárias,
limitações físicas e sociais
relações
pessoais, emoções, sono e disposição. Os
escores variam de 0 a 100 e quanto
maior a pontuação, pior é a QV relacionada ao
domínio [3]. Para a análise
estatística foi assumido o nível de significância
de 5%. A pesquisa foi
aprovada pelo comitê de ética em pesquisa pelo parecer de
número 1.565.340. Resultados: 32 mulheres participaram do
estudo. A média de idade das participantes foi de (59,09±10,37anos); quanto ao
peso, a média foi de (70,9 ±13,58 kg); quanto à escolaridade 56,7% apresentaram
ensino fundamental incompleto, 83,3% eram consideradas pardas e 56,2% tinham
parceria sexual. Com o KHQ observou-se maiores escores nos domínios “Impacto da
IU na QV” em mulheres ativas (35,7±20,26 escores) e “Limitações físicas” (48,3
±34,64 escores) nas inativas. Das 32 participantes, 3,1% (1) não apresentou
perda de urina, 3,1% (1) apresentou perda de urina menos de uma vez ao mês,
9,4% (3) perdas urinárias algumas vezes ao mês, 43,8% (14) algumas vezes na
semana e 40,6% (13) todos os dias e/ou noites. Com relação à quantidade de
urina, 3,1% (1) não apresentou perda de urina, 31,2% (10) consideraram ter
perda urinária em gotas, 46,9% (15) apresentaram perdas urinárias em pequenos jatos
e 18,8% (6) relataram perder urina em muita quantidade. Segundo o escore total
do ISI 3,1% (1) apresentou perda urinária leve, 53,1% (17) moderada, 21,9% (7)
grave e 12,5% (4) muito grave. Conclusão:
A IU interfere negativamente no cotidiano das pessoas em seus aspectos físicos,
emocionais e afetivos, independente da mulher ser ou não ativa sexualmente. A
amostra apresentou gravidade moderada a grave nas perdas urinárias sendo
necessário chamar atenção para essa condição de saúde que interfere negativamente
na qualidade de vida dessa população. Por fim, são necessárias mais estudos e
ações em busca de prevenção e promoção da saúde.
Avaliação
do conhecimento de puérperas acerca do parto humanizado com intervenção
fisioterapêutica
Hellen Batista de
Carvalho*, Elannia Delannia
Brito de Araújo Silva**, Jéssica Martins Silva***, Yulle
De Queiroz Sousa****, Morganna Pollynne
Nóbrega Pinheiro*****
*Mestre
em Saúde Materno-Infantil pelo IMIP e Docente da Faculdade Uninassau
de Campina Grande, **Discente da Faculdade Uninassau
de Campina Grande, ***Discente da Faculdade Uninassau
de Campina Grande, ****Discente da Faculdade Uninassau
de Campina Grande, *****Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal
Rural de Pernambuco e Docente da Faculdade Uninassau
de Campina Grande
Correspondência:
hellenbcar@hotmail.com; elannia_b@hotmail.com; jessicamartiins1@gmail.com;
yulleipr2013@hotmail.com; morgannapollynne@yahoo.com.br
Introdução: O momento do
nascimento é um dos acontecimentos mais significativo para a vida de uma mulher
[1], por isso a humanização do parto tem como finalidade extenuar o parto
convencional e violento, permitindo a diminuição da dor e procurando estimular as práticas e procedimentos biomecânicos cabíveis a fisiologia
do parto, tornando-o menos agressivo e o mais fisiológico possível [2]. Porém,
torna-se um desafio às instituições e aos profissionais de saúde mudar essa
visão e os costumes predominantes [3]. Objetivo:
Analisar o conhecimento das puérperas sobre o parto humanizado. Material e
métodos: Caracterizou-se como estudo transversal,
quantitativo e descritivo, realizado em uma maternidade pública da cidade de
Campina Grande/PB, sendo composta por 100 puérperas. Os critérios adotados para
selecionar a amostra compreenderam a faixa etária de 18 a 35 anos, primíparas
ou multíparas atendidas na maternidade pesquisada e puérperas até 48h
pós-parto. Já os critérios adotados para exclusão da pesquisa foram: cirurgia
cesárea, mulheres com problemas psicoemocionais e psicossociais, alguma
intercorrência ou desistência que ocorreu durante a aplicação do questionário
ou aquelas que se recusaram a participar. Para a coleta dos dados foi realizado
um contato verbal com as mulheres no pós-parto imediato, no qual foram
informadas sobre os objetivos da pesquisa e aquelas que concordaram em
participar, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em seguida,
foi aplicado o questionário semiestruturado contendo questões fechadas
desenvolvidas pelas pesquisadoras, contendo perguntas sobre as características
biológicas, sociodemográficas, hábitos de vida e
conhecimento a cerca do parto humanizado. Foi também realizado explicações
sobre a importância das práticas humanizadas para a mãe e para o bebê. Resultados: As participantes
apresentavam uma média de 24,96 ± 5,66 anos e uma média de 13,70 ± 2,02 anos
estudados. De acordo com as características sociodemográficas,
41% delas eram solteiras e 74% tinham uma renda per capita de até um salário
mínimo. Das 100 puérperas entrevistadas, 94% tiveram direito a acompanhante
durante o trabalho de parto e parto. O contato pele a pele com o bebê na sala
de parto foi relatado por 89% das participantes e 86% relataram que amamentaram
na primeira hora de vida do bebê. Porém, 69% não tiveram o acompanhamento de doulas e 64% não tiveram acompanhamento fisioterapêutico,
como também, 83% não sabiam da importância da fisioterapia no parto humanizado.
Conclusão: Conclui-se que as algumas
práticas humanizadas durante o trabalho de parto e parto aumentou
consideravelmente, mostrando que é possível a realização de uma assistência
diminuindo as intervenções desnecessárias. Por outro lado, a
maioria das mulheres participantes ainda não possuíam conhecimento sobre
a importância da fisioterapia no parto humanizado.
Palavras-chave: parto humanizado,
saúde da mulher, obstetrícia, fisioterapia.
Distância
inter-retos do abdome e sua correlação com a
autoimagem corporal no puerpério
Raiana Fernandes
Mariz Simões, Esp*, Maíra Creusa Farias Belo, M.Sc.*, Calina do Bonfim Miranda,
Ft.*, Claudia Rita dos Santos, Ft.*, Thaís Nunes Miranda, Ft.*
*Uninassau, Campina Grande/PB
Correspondência:
raianamariz@hotmail.com; mairacf.belo@hotmail.com; calinamaia@hotmail.com;
claudiasantos95@hotmail.com; ;
thaysmiranda_@hotmail.com
Introdução: Os músculos retos
do abdome (MRA) são modificados durante a gestação, eles se alongam até seu
ponto limite de elasticidade, além do estiramento, os MRA sofrem afastamento a
partir da linha alba com o evoluir da gravidez,
aumentando a distância inter-retos (DIR) [1-2].
Quando isso ultrapassa os limites de distensibilidade
muscular e da pele, ocorre flacidez e pregas no abdome
[3]. Quando se soma a flacidez ao aumento da DIR, percebe-se uma alteração
importante no abdome que para muitas mulheres não se resolve espontaneamente no
puerpério, essas alterações no abdome vão impactar negativamente na maneira
como a mulher observa o seu próprio corpo refletindo assim na sua autoimagem
corporal [4]. Objetivo: Avaliar a
correlação entre o aumento da distância inter-retos
do abdome e a autoimagem corporal em mulheres no puerpério. Material e métodos: Trata-se de um
estudo de corte transversal, realizado nas Unidades Básicas de Saúde da Família
(UBSF), em Campina Grande/PB. A amostra foi composta por 27 puérperas obtidas
de forma probabilística, através da realização do cálculo amostral. Foram
incluídas mulheres no período puerperal, com faixa etária de 18 a 40 anos e que
frequentavam alguma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) da cidade de
Campina Grande/PB, e foram excluídas puérperas com mais de 12 meses de
pós-parto, que realizassem tratamento para flacidez e/ou aumento da distância inter-retos do abdome, que praticassem algum
tipo de atividade física e obesas. Inicialmente as elegíveis assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e em seguida foram questionadas
quanto aos dados sociodemográficos, epidemiológicos e
obstétricos através de um questionário elaborada pelas pesquisadoras,
posteriormente foi analisada a autoimagem corporal através de um questionário
de atitude corporal que teve como principal objetivo avaliar a insatisfação
corporal e logo em seguida a avaliação da flacidez abdominal que foi aferida
através do teste da prega (para isso todas essas avaliações foram realizadas
pelo mesmo avaliador), por último foram medidas as DIR
através do paquímetro digital devidamente calibrado, essas medições foram
realizadas por dois avaliadores, independentes, cegos e previamente treinados. Resultados: a pesquisa mostra que em
relação aos dados sociodemográficos 85,2% eram
casadas, 44,4% eram donas de casa, 59,2% tinham entre 10 e 12 anos de estudo e
em 55,6% predominou a via de de
parto cesariana. A amostra apresentava média de 24,8 anos, com número médio de
gestações de 1,56 e o tempo de puerpério apresentou média de 5
em meses. Em relação a DIR o ponto de maior
afastamento foi o supraumbilical com média do
avaliador 1 de 2,91cm e do avaliador 2 de 2,90 com o valor de (p=0,25). Já na
região IU a média das 3 medições do avaliador 1 foi
2,72 e do avaliador 2 foi 2,61 com o valor de p = 0,25. O que significa dizer
que a média do avaliador 1 é estatisticamente igual a
média do avaliador 2. Ao analisar a flacidez 51,9% apresentou flacidez,
enquanto 48,1% não apresentou. A média da autoimagem
foi de 2,25 o que mostrou que a satisfação corporal
das puérperas estava boa. Não foi encontrada correlação da DIR com a autoimagem
(p>0,05) e não foi verificada correlação entre flacidez e autoimagem
(p=0,093). Conclusão: Não houve
correlação entre o aumento da DIR e a autoimagem corporal no puerpério e não
foi verificado correlação entre a flacidez e a autoimagem corporal no
puerpério. A grande limitação do estudo foi a
dificuldade de aceitaçãomdas mulheres em participarem
do estudo. Recomenda-se que seja realizado um estudo com maior amostra, para
resultados mais satisfatórios.
Efeito
de um protocolo de fisioterapia pélvica em paciente de lipomeningocele
com incontinência urinária
Carla Iasmin Lima
Lemos*, Lorena Vidal Almeida Reis**, Mônica de Moura Ferreira***, Camila
Moreira Martins***
*Graduanda
em Fisioterapia, Universidade Federal do Pará (UFPA), **Graduanda em
Fisioterapia, Universidade do Estado do Pará (UEPA), ***Fisioterapeuta
Correspondência:
lemos.carla10@gmail.com
Introdução: Lipomeningocele
é a formação de gordura induzida pela migração prematura das células mesenquimais. É resultado de uma disjunção prematura,
quando o ectoderma epitelial se separa do ectoderma neural [1]. Sendo comum
durante a infância a realização de diversas cirurgias corretivas. Entre elas, a
derivação ventricular peritoneal e cateterização
intermitente que gera uma melhora na expectativa de vida, de modo que 85%
atingiram a idade adulta. No entanto, as gestões dos tratos urinário e
gastrointestinal continua a ser um desafio significativo e os pacientes encontram-se em quadro de incontinencia
urinária [2]. Sendo definido incontinência urinária (IU) como
toda perda involuntária de urina [3]. Objetivo: Verificar se um protocolo de fisioterapia pélvica exerce
influência positiva no tratamento de incontinência urinária em paciente com lipomeningocele. Material
e métodos: Trata-se de um estudo de caso, em que foi avaliada a força
muscular e função do pavimento pélvico com o esquema PERFECT. A mensuração da
quantidade de urina perdida com o Pad-Test e o King's Health Questionnaire (KHQ)
para avaliação da qualidade de vida. Concluída a fase de avaliação, iniciou-se
o protocolo de tratamento com Terapia comportamental (TCOM) - água 200 ml a
cada 1h e 30 min + cateterismo a cada 3h - Cinesioterapia perineal e
Eletroestimulação Terapia Combinada (EETC), utilizando Estimulação Elétrica
Nervosa Transcutânea (TENS) via raízes parassacrais e nervo tibial posterior utilizando os
seguintes parâmetros: frequência 10 Hertz, largura de pulso 200 us e intensidade conforme tolerância. Foram realizadas
vinte sessões de quarenta e cinco minutos, três vezes na semana. Resultados: Paciente do sexo feminino,
18 anos, histórico de lipomeningocele, com
incontinência urinária e bexiga neurogênica. Tendo como queixa principal a
perda de urinária involuntária, ausência de percepção do enchimento vesical e
falta de desejo urinário. Realiza cateterismo de 3-3h, dorme com fralda,
urgência urinária sempre presente com perda. No exame físico, observa-se
reflexo bulbo-cavernoso ausente, vulva aberta, presença de secreção uretral,
genitália externa sem demais alterações. Apresenta contração perineal
imperceptível ao comando com uso de musculatura acessória, valsalva
compreendida e funcional. A mensuração da força pelo centro tendineo
do períneo foi P0 E0 R0 F0 E0 C+ T+. No Pad-Test
inicial teve perde de 56g (IU severa) e o questionário KHQ teve todos os
domínios afetados. Após a realização do protocolo a paciente relatou melhora da
consciência corporal conseguindo perceber a contração e relaxamento dos
músculos do assoalho pélvico, progresso na percepção do enchimento vesical e
evolui com desejo urinário presente. Além da força muscular com P2 E3 R6 F7 E7
C+ T-, Pad-Test com perda de 33g (IU moderada) e no
KHQ melhora nos domínios de desempenho de tarefas, relações pessoais e
sono/energia. Conclusão: o protocolo
de fisioterapia pélvica com Terapia comportamental, Cinesioterapia perineal e
Eletroestimulação terapia combinada parassacral +
tibial posterior, mostrou-se uma opção terapêutica eficaz no retorno da
continência urinaria e melhora da qualidade de vida em pacientes com lipomeningocele.
Efeito
do isostretching na funcionalidade do assoalho
pélvico de mulheres com incontinência urinária
Guilherme Pertinni de Morais Gouveia*, Daniela Farias de Carvalho**,
Marcia Emanuelle da Costa Silva**
*Doutor,
Docente efetivo do curso de Fisioterapia, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI, **Bacharel em Fisioterapia,Universidade
Federal do Piauí, Parnaíba/PI
Correspondência:
gpfatufpi@gmail.com; danicarvalho_15@hotmail.com; emanuellephb11@hotmail.com
Introdução: A incontinência
urinária de esforço (IUE) consiste na perda involuntária de urina quando a
pressão intra-abdominal excede a pressão vesical, na ausência da atividade do
detrusor. Diante disso, se fazimportante tratar esta
disfunção que acomete a função da musculatura do assoalho Pélvico (MAP). Objetivos: Analisar o efeito do método Isostretching na funcionalidade do assoalho pélvico
feminino com incontinência urinária, por meio da eletromiografia. Métodos: O presente estudo
caracterizou-se por ser estudo intervencionista, descritivo e analítico, de
abordagem quantitativa. Foram incluídas 11 voluntárias com diagnóstico clínico
de IUE. A força da MAP foi avaliada através da Eletromiografia antes e após a
aplicação do método postural. Foram realizados 12 atendimentos, três vezes por
semana, utilizando alguns exercícios do método postural Isostreching
associado à contração do MAP. Resultados:
Após a intervenção apenas 36,4% das mulheres apresentaram incontinência,
havendo diferença estatisticamente significante da musculatura do assoalho
pélvico após a intervenção com o método Isostretching.
Conclusão: Conclui-se que o método Isostretching é eficaz no tratamento da incontinência
urinária, mostrando que, apesar da musculatura ter melhorado sua função,
independentemente da postura, a mesma não entrou em contração sinérgica durante
o trabalho do assoalho pélvico, perceptível em todos os testes. Todavia,
torna-se perceptível uma melhora da funcionalidade do assoalho pélvico,
inclusive na redução da incontinência urinária na maioria das pesquisadas.
Efeitos
da estabilização segmentar no alívio da dor lombopélvica
no puerpério
Raiana Fernandes
Mariz Simões, Esp.*, Maíra Creusa Farias Belo, M.Sc.*
Débora Oliveira Ferreira, Ft.*, Kilvia Jussara Silva
Gomes, Ft.*
*Uninassau, Campina Grande/PB
Correspondência:
raianamariz@hotmail.com; mairacf.belo@hotmail.com;
debora.oliveira_f@hotmail.com; kilvia.jussara@hotmail.com
Introdução: O puerpério é um
período vivenciado pela mulher após o parto em que acontecem as transformações involutivas dos órgãos reprodutivos para o estado pré-gravídico, ou seja as mudanças
que aconteceram para que a gestação evoluísse saudável vão voltar como eram
antes da gravidez, e isso pode acontecer desde as primeiras horas após o parto
até o 40º dia, sendo dividido em puerpério imediato, tardio e remoto [1]. Neste
período, acontecem alterações biomecânicas decorrentes do período gestacional,
que ocasionam vários problemas, inclusive a dor lombopélvica,
queixa comum apresentada [2]. Estudos mostram que 20% das mulheres que
apresentam a dor lombopélvica gestacional continuam
com a dor até 3 anos após o parto, ultrapassando até
mesmo o período puerperal, o que tem limitado a qualidade de vida dessas
mulheres [3]. Objetivo: Verificar os efeitos da estabilização segmentar no
alívio da dor lombopélvica no puerpério. Material e métodos: Tratou-se de um
estudo do tipo ensaio clínico, realizado com 24
puérperas, as quais foram subdivididas em grupo de estudo (GE=12) e grupo controle
(GC=12). Foram incluídas mulheres que faziam parte da UBSF, com faixa etária de
18 aos 35 anos, com 1 mês até 10 meses de pós parto,
que apresentavam dor lombopélvica. Foram excluídas as
puérperas com intercorrências pós-parto, que cursassem com limitações para os
exercícios, que faziam fisioterapia convencional ou que praticavam alguma
atividade física, aquelas que utilizaram algum medicamento para alívio da dor e
que tinham dor prévia à gestação. O protocolo de tratamento foi realizado
durante 5 semanas, composto de 2 intervenções
semanais, sendo um total de 10 sessões de tratamento para a dor lombopélvica, subdivididas em 4 fases de evolução. Resultados: Após a análise estatística
dos dados, de acordo com o questionário Oswestry a
estabilização segmentar demonstrou redução da dor lombopélvica
de 9% no grupo de estudo, em comparação ao grupo controle que obteve 0,61%,
contudo não foi estatisticamente significativo (p>0,05), o valor de p foi
verificado por regressão múltipla, sendo um valor mais alto que o esperado. Conclusão: Houve redução da dor lombopélvica nas puérperas do grupo de estudo, embora não
tenha sido estatisticamente significativa, pois o curto período de tempo na
coleta de dados e o tamanho amostral pequeno, não foram favoráveis para a obtenção
de resultados mais satisfatórios. São necessários, portanto, mais estudos nesta
área para preencher essas lacunas, visto que, ainda há uma significativa
escassez de estudos sobre este tipo de tratamento na literatura, para que
assim, possamos entender os efeitos da estabilização segmentar no
controle/redução da dor lombopélvica no puerpério.
Palavras-chave: fisioterapia,
pós-parto, puerpério, dor lombopélvica, estabilização
segmentar.
Eficácia
das intervenções conservadoras para portadores de dor pélvica crônica: uma metanalise
Patrícia Zaidan*, Ana Paula Fernandes**, Janaína Pacheco***, Érica Wardini****, Elirez Silva*****
*Doutoranda
em Ciências do Exercício e do Esporte UERJ, **Mestranda em Ciências do
Exercício e do Esporte UERJ, ***Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia
Pélvica UCB, ****Mestre em Saúde da Criança e da Mulher IFF, *****Doutor em
Educação Física UGF
Correspondência:
patriciazaidan@gmail.com, unifisiodantas@gmail.com;
janaina.c.pacheco@gmail.com; ericawardini@gmail.com;
elirezsilva@cosmevelho.com.br
Introdução: A fisiopatologia da
Dor Pélvica Crônica (DPC) ainda é obscura e o tratamento limita-se ao alívio
dos sintomas. Objetivo: desta revisão foi investigar a eficácia do tratamento
conservador em portadores de DPC. Material
e métodos: Realizou-se uma busca nas bases de dados eletrônicos por
experimentos controlados randomizados que avaliaram o tratamento conservador da
DPC. Os estudos selecionados foram avaliados por 6
avaliadores independentes. A qualidade metodológica foi avaliada de acordo com
a escala Jadad. Para análise do risco de viés foi
utilizada a ferramenta de colaboração Cochrane. Dados extraídos: intervenção,
duração da sessão e do tratamento e resultado da dor Pélvica Crônica. Resultados: dos 7309; estudos
encontrados 36 foram elegíveis de acordo com o critério de inclusão. A maioria
dos estudos apresentou qualidade metodológica baixa e alto risco de viés. O
nível de evidência foi muito baixo. Conclusão:
as intervenções conservadoras se mostraram eficazes na diminuição da DPC.
Estudo eletromiográfico do assoalho pélvico de mulheres com
incontinência urinária
Guilherme Pertinni de Morais Gouveia*, Samara Sousa Vasconcelos
Gouveia**, Susan Christian Santos da Silva***, Cataryna
Costa de Almeida***, George Coêlho dos Reis Júnior***
*Doutor,
Docente efetivo do curso de Fisioterapia, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI, **Mestre, Docente efetivo do curso de Fisioterapia, Universidade
Federal do Piauí, Parnaíba/PI, ***Bacharel em Fisioterapia, Universidade
Federal do Piauí, Parnaíba/PI
Correspondência:
gpfatufpi@gmail.com; samaragouveia@ufpi.edu.br; susancssilva@gmail.com;
cataryna-almeida@hotmail.com; g_j_dm@hotmail.com
Contextualização: As disfunções do
Assoalho Pélvico (AP) são condições que não ameaçam a vida, mas causam
importante morbidade. A Incontinência Urinária (IU) é considerada um distúrbio
multifatorial do AP, ocasionando perda de força e funcionalidade do mesmo.
Sendo definida como toda e qualquer perda involuntária de urina, sua
prevalência em adultas jovens vem crescendo afetando aspectos físicos, sociais,
ocupacionais e/ou sexuais. Para início do tratamento, diagnóstico e prognóstico
da IU, o AP pode ser avaliado por meio da eletromiografia de superfície (EMGS).
Esta é um importante recurso não invasivo que avalia a ação da musculatura
esquelética por meio da atividade bioelétrica gerada
pelas fibras musculares captada por um eletrodo, que mensura a atividade de
várias unidades motoras ao mesmo tempo. Objetivo: Avaliar a atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico e do reto
abdominal em adultas jovens incontinentes. Material
e métodos: Foram avaliadas no Campus Ministro Reis Velloso, 14 mulheres com
idade de 21 a 29 anos com diagnóstico de IU, que realizaram um protocolode avaliação com comando verbal para análise eletromiográfica por meio de dois testes (um para fibra fásica e outro para tônica) em cada uma das duas posições
propostas (decúbito dorsal e ortostatismo). Para registro
eletromiográfico, foram utilizados quatro eletrodos
de superfície, autoadesivos e descartáveis (dois eletrodos sobre o músculo
elevador do ânus e dois sobre o músculo reto abdominal, ambos do lado direito)
e um eletrodo de referência (tornozelo direito, na região de maléolo lateral),
conectados ao equipamento, no qual os sinais foram captados em uma frequência
de 1000 Hz com tratamento por meio de passa baixa. Resultados: O estudo contou com mulheres com idade média de 24±2,39
anos, das quais a maioria (85,7%) era sedentária, com IMC médio de 26,56 ±7,35,
sendo que 50% das avaliadas se encontrava na
classificação de sobrepeso ou obesidade. Todas eram sexualmente ativas, sendo
que 85,7% referiram pouca perda de urina. Quanto aos tipos de incontinência
urinária apresentada 50% tinha IU mista, 21,4% IU de urgência e, 28,6%, IU de
esforço. Os resultados eletromiográficos dos testes
para fibras tônicas e fásicas quando comparadas as
duas posições, as contrações fásicas (rms 31,03) e tônicas (rms 30,44)
na posição ortostática foram significativamente superiores em relação ao
decúbito dorsal (fásicas rms
20,08 e tônicas rms 17,59). Nos achados eletromiográficos não houve diferença significativa da ação
do reto abdominal concomitante à contração do MAP nas diversas posições
avaliadas, como se observa no teste para fibra tônica, no qual rms em decúbito dorsal é 46,53 (±7,25) e em ortostatismo 46,81 (±4,11) e, para fibra fásica em decúbito dorsal 48,90 (±10,98) e ortostatismo 45,31 (±3,75). Conclusão: O presente estudo demonstrou que a atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico foi maior
em ortostatismo e diminuiu na posição de decúbito
dorsal.
Exercícios
dos músculos do assoalho pélvico associados a técnica
de fisioterapia respiratória “huffing” sobre a
incontinência urinária de esforço em uma grávida: estudo de caso
Fabio Dutra Pereira*,
Patrícia Zaidan de Barros**
*Mestre
em Ciência da Motricidade Humana, Metafisio/UCB,
**Mestre em Ciência do exercício do Esporte, GPCES/UERJ
Correspondência:
patriciazaidan@gmail.com
Introdução: a incontinência
urinária evidencia-se com elevada prevalência e incidência durante o período
gestacional ([1-3]. Entretanto, tal acometimento pode ser prevenido se uma
intervenção fisioterapêutica for prescrita [4,5]. Objetivo: verificar o efeito crônico dos exercícios do assoalho
pélvico associados a técnica de fisioterapia
respiratória “huffing” sobre a incontinência urinária
de esforço (I.U.E) em uma grávida. Material
e métodos: grávida nulípara (I.U.E) de 31 anos em
3º trimestre gestacional. Submeteu-se ao tratamento de 3 sessões por 4 semanas:
3 séries de 15 repetições de contração dinâmica positiva do assoalho pélvico,
seguida de 5 segundos de isometria associada a execução da técnica huffing, a partir da sétima sessão ajustou-se a sobrecarga
para 5 séries e 10 segundos de isometria. Para medir a força muscular do
assoalho pélvico utilizou-se um perineômetro da marca
peritron (PFX 9300®, Cardio-Design
Pty. Ltd, Baulkham Hills, Austrália, 2153) e a avaliação funcional
(AFA). Resultados: (Perineometria pré = 23,2 e pós =
63,7 cmH2O) e (AFA pré = 1 e pós = 3), recuperando a
continência urinária na 8 sessão do tratamento. Conclusão: a partir da evolução clínica apresentada é possível
admitir tanto a eficácia da proposta terapêutica quanto sua eficiência, que foi
relada no 17º dia do tratamento. Portanto, sugere-se na prática clínica a
reprodução da referida proposta para as grávidas (I.U.E), solicita-se que seja
produzido um experimento controlado randomizado com o mesmo objetivo presente
e, consequentemente, possa dar maior robustez a estes achados.
Fisioterapia
pélvica pré-operatória na recuperação da continência urinária de pacientes
submetidos à prostatectomia radical
Jennifer Rego
Pereira*, Mayane Carneiro Alves Pereira**, Fernando
Henrique do Amaral Barbieri***
*Fisioterapeuta,
Especialista em Cancerologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará, Preceptora
do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio do Ceará,
**Fisioterapeuta, Mestre em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do
Piauí, Professora Substituta Universidade Federal do Piauí, ***Fisioterapeuta,
Pós-graduando em Gestão Pública pela Unifor,
Fortaleza/CE
Introdução: O câncer de
próstata é o sexto tipo de câncer mais comum no mundo e o mais prevalente em
homens, representando cerca de 10% de todos os cânceres [1]. A prostatectomia radical (PR) é o método mais eficaz para
tratamento do câncer de próstata localizado e dentre suas complicações
cirúrgicas, a incontinência urinária (IU) é a sequela pós-operatória mais comum
e deve-se a insuficiência esfincteriana causada por mudanças anatômicas e/ou
funcionais na uretra, gerando maior exigência do músculo esfíncter uretral
externo [2]. O tratamento fisioterapêutico atualmente é considerado como
tratamento de primeira linha para a IU, devido à sua alta efetividade, baixo
custo e riscos [3]. Pode ser realizado com cinesioterapia, terapia
comportamental, eletroestimulação e biofeedback e tem
como objetivo melhorar tônus e a resistência uretral através do fortalecimento
do musculo do assoalho pélvico (MAP), diminuindo os episódios de perda urinária
e uma menor frequência de troca de absorventes auxiliando um retorno mais
rápido da continência [3]. Objetivo:
Avaliar os efeitos da fisioterapia pélvica pré-operatória na recuperação da
continência urinária em pacientes submetidos à prostatectomia
radical. Material e métodos: Trata-se
de uma revisão integrativa de literatura realizada por meio de um levantamento
bibliográfico a partir das bases de dados BVS, SciELO, PubMed e Cocrhane Library. Os descritores utilizados foram: “Prostatectomia”, “Fisioterapia”, “Incontinência Urinária” e
“Cuidados Pré-Operatórios” utilizados de forma cruzada ou isolada. A busca por
artigos ocorreu no período de Dezembro de 2016 à Junho de 2017. Foram inclusos
apenas artigos intervencionistas com texto completo disponível dos últimos
cinco anos (2011 a 2016). Resultados:
Dos 14 artigos selecionados, apenas 8 contemplaram os
critérios de elegibilidade. Desses, 6 envolvem estudo
com grupos de intervenção em comparação com grupos controle e 2 compararam os
resultados do programa pré-operatório entre pacientes continentes e
incontinentes no pós-operatório. De uma forma geral, todos analisaram o impacto
de um programa de exercícios pélvicos pré-operatórios na recuperação da IUPPR.
Os estudos mostraram que um protocolo de fisioterapia objetivando o treinamento
da musculatura do assoalho pélvico (TMAP) no pré-operatório de PR foi favorável
na redução da incidência de IU, na diminuição da gravidade de sintomas e
diminuição do tempo de uso de absorvente, desencadeando uma recuperação da
continência. Independente do protocolo utilizado, esses estudos observaram que
uma ativação muscular precoce resulta em uma melhor capacidade de realizar os
exercícios após a cirurgia. Além disso, características tônico-tróficas do MAP
também podem estar relacionadas com a IU, sugerindo que, um MAP mais forte é
importante no controle dos sintomas de perda urinária nos momentos de aumento
de pressão abdominal. Conclusão: De
acordo com a literatura, foi possível observar que uma intervenção
fisioterapêutica pré-operatória pode trazer benefícios no que se diz ao
conhecimento e melhora da força muscular perineal, favorecendo a diminuição da
incidência e gravidade dos sintomas da IUPPR.
Função
sexual e qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária
Glaucia Nunes Diniz
de Oliveira Esmeraldo*, Clara Taína Silva Lima**, Rayanne Moreira da Cunha***, Mayle
Andrade Moreira****, Simony Lira do Nascimento****
*Acadêmica
do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Extensionista do Projeto de extensão Fisioterapia na Saúde
da Mulher (PROFISM) da UFC, **Fisioterapeuta Pós-Graduada em Fisioterapia
Pélvica, Preceptora do PROFISM, ***Especialista em Saúde da Mulher, Docente do
Curso de Fisioterapia da UFC, ****Doutora Docente do Curso de Fisioterapia da UFC
Correspondência:
dinizglaucia@yahoo.com.br; clarataina@alu.ufc.br; rayanne.fisio@gmail.com;
mayleandrade@gmail.com; simonylira@yahoo.com.br.
Introdução: A Sociedade
Internacional de Continência (SIC) define incontinência urinária (IU) como a
perda involuntária de urina. Essa condição afeta a qualidade de vida (QV) [1] e
está relacionada à abstinência sexual [2]. Objetivo:
Avaliar a QV e função sexual em mulheres com IU, bem como a relação entre essas
variáveis. Metodologia: Estudo
observacional analítico de caráter transversal, realizado com os questionários King’s Health Questionnaire (KHQ)
e Female Sexual Function
Index (FSFI), que avaliam a QV de mulheres com IU e função sexual, além de
prontuários e fichas de avaliação fisioterapêutica. A coleta de dados foi
realizada de julho a outubro de 2016, no ambulatório de Uroginecologia
da Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Os critérios de inclusão foram
mulheres acima de 18 de anos diagnosticadas com IU, e os de exclusão foram
mulheres que apresentavam o hímen não rompido, com dor pélvica crônica,
submetidas a cirurgias ginecológicas há menos de um ano, prolapso dos órgãos
pélvico maior que estágio III, comprometimento neurológico e/ou cognitivo. O
KHQ avalia a QV de mulheres com IU, sendo composto por 21 questões em oito
domínios: percepção geral de saúde, impacto da IU, limitações de atividades
diárias, limitações físicas e sociais relações pessoais, emoções, sono e
disposição. Os escores variam de 0 a 100 e quanto maior a pontuação, pior é a
QV relacionada ao domínio [3]. O FSFI avalia a função sexual feminina através
de seis domínios: desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dispareunia. A pontuação varia de 2 a 36 escores, e quanto
mais alto melhor à função sexual. A pontuação de 26,55 é definida como ponto de
corte para distinguir mulheres com ou sem disfunção sexual [4]. Para análise
estatística o nível de significância assumido foi de 5%. A pesquisa foi
aprovada pelo comitê de ética em pesquisa pelo parecer de número 1.565.340. Resultados: 21 mulheres participaram do
estudo sendo todas ativas sexualmente. A amostra apresentou média de idade de 51,2 (±9,59) anos, paridade 3,04 (±1,80), e IMC 25,7 (±12,6)
kg/m² classificado em sobrepeso e/ou obesidade. Quanto à escolaridade a maioria
63,1% apresentou ensino fundamental incompleto, 84,2% eram consideradas pardas
e 52,3% tinham parceria sexual. A amostra apresentou no KHQ maior pontuação no
domínio “Impacto da IU na QV” (35,71±20,26 escores). Quanto à função sexual, a
média do escore final do FSFI foi de (21,29 ±7,95), indicando disfunção sexual
feminina de acordo com o ponto de corte estabelecido na literatura. Todos os
domínios do FSFI apresentaram baixos escores, sendo que o domínio “excitação”
apresentou o pior escore (2,90±1,33). Pode-se observar que houve correlação do
escore total do FSFI com o domínio impacto da IU do KHQ, indicando relação
entre disfunção sexual e pior qualidade de vida. Conclusão: A amostra apresenta indicativo da presença de disfunção
sexual de acordo com o FSFI. Além disso, a função sexual tem impacto
significativo interferindo negativamente na QV de mulheres incontinentes. Este
estudo contribui para investigação da relação entre função sexual e QV, bem
como chama atenção para que medidas preventivas sejam adotadas acerca dessa
temática, buscando a melhor qualidade de vida dessas mulheres.
Influência
dos exercícios baseados em realidade virtual na intensidade e nível de incapacidade
da dor lombopélvica no terceiro trimestre da
gravidez: estudo piloto
Laiane Santos Eufrásio*,
Silvia Oliveira Ribeiro Lira**, Vanessa Patrícia Soares de Sousa***, Elizabel de Souza Ramalho Viana****
*Doutora,
Profa. UFPI, Parnaíba/PI, **Mestre, Profa
FACISA-UFRN, Santa Cruz/RN, ***Doutora, Profa.FACISA-UFRN,Santa
Cruz/RN, **** Doutora, Profa UFRN, Natal/RN
Correspondência:
laieufrasio@hotmail.com; oliveira.silviaribeiro@gmail.com;
vanessafisio@gmail.com; elizabelviana@gmail.com.
Introdução: Diversas alterações
hormonais, fisiológicas e anatômicas da gravidez podem resultar no
desenvolvimento de patologias musculoesqueléticas e sintomatologia dolorosa
[1,2], principalmente na região lombar [3]. Exercícios nesse período podem
reduzir dor e/ou desconforto. Objetivo:
Analisar efeitos de um protocolo de exercícios baseados em realidade virtual
sobre intensidade e nível de incapacidade da dor lombopélvica
em mulheres grávidas. Material e métodos:
Estudo piloto realizado no Departamento de Fisioterapia-Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, entre abril-maio/2015.Amostra:18
mulheres no terceiro trimestre gestacional com dor lombopélvica,
alocadas e randomizadas em: Grupo Controle (GC) e Grupo Experimental (GE),
avaliadas com Ficha de Avaliação, Escala Visual Analógica(EVA) e Oswestry Disability Índex. Intervenção:
12 sessões, 3 vezes/semana, por 30 minutos, sem contar
tempo de repouso,5 jogos de equilíbrio do Nintendo Wii Fit Plus®. Aprovado sob
parecer nº719.939 e aspectos éticos preservados. Análise
estatística: software SPSS(20.0), ANOVA 2x2,
significância estatística 5%. Resultados:
Média da idade de GC: 28,88±4,13 e GE:29,22±3,30 anos.
Na avaliação inicial: média da intensidade pela EVA foi GC:4,22±1,56
e GE:4,55±2,17; nível de incapacidade relatada foi incapacidade mínima
(GC-88,9%;GE-77,8%)e moderada (GC-11,1% e GE-22,2%). Não houve mudança na
avaliação final. Na análise da intensidade da dor nas duas avaliações não houve
diferença significativa (F=1,03; p=0,32; Efeito=0,095; Power=0,5). Conclusão: Sugere-se que exercícios
baseados em realidade virtual não interferem na intensidade e nível de
incapacidade gerada pela dor lombopélvica.
Limitações: número amostral; gestantes apenas no 3ºtrimestre; exercícios pouco
específicos para a região lombar. A saber, esse estudo é pioneiro
no tema, logo, novos estudos devem ser realizados para possibilitar
avaliar aplicabilidade da wiireabilitação na
assistência à mulher grávida.
O
impacto da incontinência urinária na qualidade de vida de pacientes com
paraparesia espástica tropical/mielopatia
associada ao HTLV-1
Juliana de Jesus
Balieiro*, Kassio de Nazaré Furtado Tavares*, Yana Mendonça Fonseca*, Leonardo Brynne
Ramos de Souza*, Denise da Silva Pinto**
*Graduando
em Fisioterapia pela UFPA, **Doutora em Doenças Tropicais pela UFPA.
Correspondência:
julianabalieiro.13@gmail.com
Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) é endêmico em vários países. No Brasil o vírus
encontra-se em todas as regiões brasileiras, sendo considerado de alta endemia
na região norte e nordeste [1]. O HTLV-1 é o agente etiológico da Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia
associada ao HTLV-1 (PET/MAH), as queixas urinárias estão presentes em todos os
portadores de PET/MAH e em cerca de 30% dos indivíduos assintomáticos com
sintomas iniciais de mielopatia [2]. Podendo causar
sequelas graves para o trato urinário inferior e um grande impacto na qualidade
de vida (QV) desses indivíduos [3]. Objetivo:
Avaliar o impacto da incontinência urinária (IU) na QV e a qualificação da IU
de pacientes infectados pelo HTLV-1. Material
e métodos: Trata-se de um estudo do tipo série de casos. Foram incluídos
indivíduos com diagnóstico de PET/MAH, acometidos por IU, de ambos os sexos,
com maioridade, que não estejam coinfectados com
outros vírus ou outras situações clínicas que levem à IU, com concordância
voluntária do indivíduo na participação do estudo. A
avaliação do impacto da IU na QV e a qualificação da IU foi feita
através do instrumento “International Consultation on Incontinence Questionnaire -
Short Form (ICIQ-SF)”, questionário auto-administrado, composto de quatro questões que avaliam
a frequência, a gravidade e o impacto da IU, além de um conjunto de oito itens
de autodiagnóstico, relacionados às causas ou a
situações de IU vivenciadas pelos indivíduos. Os dados foram registrados no
Excel para analise observacional. O estudo teve aprovação do comitê de ética
sobre o parecer 063-2011-CEP/NMT/UFPA. Resultados:
Foram avaliados 4 pacientes, com queixa de IU e
diagnóstico de PET/MAH, sendo 2 do sexo feminino e 2 do sexo masculino. A idade
média foi de 54,75, variando de 47 a 59 anos. A média do score final do ICIQ-SF
foi de 13,75, mostrando um alto impacto na QV, sendo que 50% dos sujeitos
perdem urina o tempo todo, em pequena quantidade e relataram interferir muito
em sua vida diária. As principais causas encontradas foram perda de urina antes
de chegar ao banheiro (75%) e enquanto estão dormindo (75%), sugerindo sintomas
urinários de urge-incontinência e noctúria. Conclusão: Com os resultados obtidos
observa-se que os pacientes com PET/MAH possuem grande impacto na QV e faz-se necessários estudos futuros com maior amostra de
sujeitos para comprovar a real evidência desse achado.
Percepção
das parturientes quanto a assistência fisioterapêutica
na sala de parto
Natany Santos Martins*,
Bruna Alexsandra Lima Silva**, Scarllety Soares
Matos**, Milena Sampaio Magalhães***, Ticiana
Mesquita de Oliveira****
*Fisioterapeuta
Residente em Cancerologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará,
**Fisioterapeuta, ***Fisioterapeuta, Mestre em Saúde Pública pela Universidade
Federal do Ceará (UFC), ****Fisioterapeuta, Mestre em Saúde Coletiva, Docente
do curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
Correspondência:
natanysantosm@hotmail.com; bruna.alexsandrash@gmail.com
scarlletysoares@gmail.com; milenasampaio.fisio@gmail.com;
ticimesquita@unifor.br
Introdução: No século XX a
maioria dos partos eram realizados no domicílio da
mulher [1], porém com o avanço tecnológico, estes passaram a ocorrer com mais
frequência em ambiente hospitalar, tornando-se conhecido como parto cesáreo
[2]. Dentro da equipe interdisciplinar, a assistência fisioterapêutica visa
conscientizar a mulher de que ela é responsável pelo parto, utilizando seu
corpo de forma ativa, facilitando o processo e proporcionando a satisfação com
esta experiência [3]. Objetivo: O
presente estudo objetivou analisar a percepção das parturientes quanto a assistência fisioterapêutica na sala de parto. Material e métodos: Tratou-se de uma
pesquisa de natureza descritiva e qualitativa, realizada em um Hospital e
maternidade de referência em Fortaleza. Participaram dessa pesquisa 20
parturientes que realizaram parto vaginal e que
receberam atendimento fisioterapêutico na sala de parto. Foram excluídas do
estudo aquelas que apresentaram complicações clínicas no transcorrer do parto.
Os dados foram coletados no período de julho a setembro de 2017. Foi realizada
uma entrevista semiestruturada, que foi transcrita e analisada por meio da
técnica de análise de conteúdo de Bardin. Foram
escolhidas as categorias recursos utilizados, efeitos das técnicas
fisioterapêuticas no parto e presença do profissional de fisioterapia. Resultados: Foram identificadas falas
positivas a respeito da assistência fisioterapêutica, pois as participantes
relataram sentimento de alívio, conforto, confiança e relaxamento com o uso
dessas técnicas. Conclusão:
Concluiu-se que a percepção das puérperas quanto as
técnicas fisioterapêuticas realizadas foi de alívio da dor e evolução do
trabalho de parto e parto. Quanto a assistência do
fisioterapeuta, elas sentiram-se confiantes e seguras.
Perfil
de parturientes atendidas em uma maternidade pública do nordeste brasileiro
Laiane Santos Eufrásio*,
Thais Sousa Rodrigues Guedes**, Ana Raylla de Lima
Figueiredo***, Maria Juliana Barbosa Dantas***
*Doutora,
Profa. UFPI, Parnaíba/PI, **Mestre, Profa. Universidade Maurício de Nassau,
Natal/RN, ***Fisioterapeuta
Correspondência: laieufrasio@hotmail.com;
thais.sousarodrigues@gmail.com; rayllaana@gmail.com;
julianaa.dantas19@gmail.com
Introdução: O parto é uma
experiência única e um dos eventos mais importantes para uma mulher, podendo
afetá-la de maneira positiva ou não, dependendo de suas vivências [1]. Para
garantir a integridade da mulher, o Ministério da Saúde, junto a outros órgãos,
criou: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Rede Cegonha e
Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal [2-4].Para
implementação de ações que contemplam essas políticas é necessário considerar
características de mulheres em cada região ,já que a população brasileira não
se molda a um único perfil sociodemográfico. Objetivo: Identificar o perfil de
parturientes atendidas em uma maternidade pública do nordeste brasileiro. Material e métodos: Estudo observacional
transversal, com 80 mulheres atendidas na maternidade pública Dr.Araken Irerê Pinto, Natal/RN. Foi aplicado questionário
para avaliar características socioeconômicas e clínicas. Análise dos dados:
software SPSS(22.0) e dados apresentados por
estatística descritiva, valores absolutos e relativos. Resultados: Das 80 parturientes, 59,3%tinham 18-26 anos de idade,
53,8% se autodeclaravam pardas, 42,5% possuíam ensino médio completo,
56,3%tinham união estável, 51,2% eram do lar, 40% tinha atividade remunerada e
38,8% com renda familiar de um salário mínimo, 50% eram primíparas, 63,7%
realizaram mais de 6 consultas pré-natais e 61,3%
tiveram seu parto cesárea enquanto 38,8%vaginal. Conclusão: Primiparidade em mulheres
jovens com baixa renda familiar, baixo nível de escolaridade e via cirúrgica de
parto prevaleceram. Limitação: carência de literatura no tema. Sugere-se estudos com maior amostra e em mais maternidades
da região, a fim de servir para formulação de novas políticas que respeitem as
peculiaridades das mulheres.
Perfil sociodemográfico e funcional do assoalho pélvico em
mulheres com dor pélvica crônica
Larissa Antunes
Miranda*, Roberta Luana da Conceição de Araújo Silva*, Marta Quézia Silva Fontenele*, Thayná
Larissa Rodrigues Silveira*, Rayanne Moreira da Cunha**
*Acadêmica
de Fisioterapia, Universidade Federal do Ceará (UFC), **Fisioterapeuta, Docente
do Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal do Ceará (UFC)
Correspondência:
lari.antunesm12@gmail.com; robertaluanacas@gmail.com; martaquezia@hotmail.com;
thaynarodrigues0511@hotmail.com; rayanne.fisio@gmail.com
Introdução: A dor pélvica
crônica (DPC) é definida por uma dor na região das estruturas da pelve que
persiste por mais de 6 meses além do período menstrual
[1,2]. Sua condição debilitante, complexa e multifatorial necessita de uma
avaliação precisa de diversos fatores [2]. Dentre eles, os músculos do assoalho
pélvico e as características sociodemográficas devem
ser analisados, uma vez que já é reconhecida a influência significativa dessas
condições em pacientes com DPC [3,4]. Objetivos:
Apresentar o perfil sociodemográfico e funcional do
assoalho pélvico em mulheres com DPC atendidas na Maternidade Escola Assis
Chateaubriand - MEAC. Material e métodos:
Trata-se de um estudo retrospectivo com caráter descritivo quantitativo, de
fevereiro a novembro de 2017 no ambulatório uroginecológico
da MEAC vinculado ao Projeto de Fisioterapia na Saúde da Mulher (PROFISM) com
mulheres diagnosticadas com DPC. A coleta dos dados baseia-se nos prontuários e
fichas de avaliação fisioterapêutica referente a dados sociodemográficos
e exame físico. Para análise dos dados, utilizou-se o EPI-info™7. Resultados: De
um total de 14 mulheres incluídas, todas apresentavam idade inferior a 60 anos,
60% cor parda, 45,45% índice de massa corporal (IMC) na categoria sobrepeso,
46,15% escolaridade até o ensino fundamental, 50% parceria e 64,29% alguma
atividade remunerada. A avaliação do assoalho pélvico pelo esquema PERFECT
evidenciou uma força (Power) média de 2,15 ± 1,06, sendo a maioria da amostra
com força graduada em 2 (38,46%), tempo de sustentação
da contração (Endurance) médio de 2,72 ± 2,05
segundos, variando de 0 a 8 segundos, número de contrações sustentadas (Resistence) de 3,90 ± 2,80 repetições e um número médio de
contrações rápidas de 6,00 ± 3,74. Além disso, a maioria das pacientes
apresentava relaxamento completo ou incompleto (36,36% da amostra cada), dor à
palpação (76,92%) e condição funcional normal (37,50%), seguido de hiperativo e
hipoativo (25% da amostra cada). Conclusão:
Diante da avaliação dos músculos do assoalho pélvico, foi
demonstrado condições tais como dor a palpação, relaxamento incompleto e
fraqueza muscular, fazendo-se necessário para compreender o perfil das
pacientes atendidas e assim promover um atendimento adequado em mulheres com
DPC.
Perfil
urinário e alimentar de mulheres com incontinência urinária e/ou prolapsos de
órgãos pélvicos: a importância do tratamento por terapia comportamental
Marta Quézia Silva Fontenele*, Larissa Antunes Miranda*, Anna
Caroline Ribeiro de Moura*, Rayanne Moreira da
Cunha**, Mayle Andrade Moreira**
*Acadêmica
de Fisioterapia, Universidade Federal do Ceará (UFC), **Fisioterapeuta, Docente
do Departamento de Fisioterapia (UFC)
Correspondência:
martaquezia@hotmail.com; lari.antunesm12@gmail.com; annacarolinerm@hotmail.com;
rayanne.fisio@gmail.com; mayleandrade@gmail.com
Introdução: Diferentes hábitos
de vida influenciam no desenvolvimento da incontinência urinária (IU) [1].
Dentre eles, a alimentação é capaz de interferir na ação vesical, uma vez que
alguns alimentos são irritantes vesicais [1-3]. Sabe-se ainda que maus hábitos
de esvaziamento da bexiga e de urgência miccional podem favorecer à incontinência urinária [1]. Diante de tais situações, a
terapia comportamental (TC) vem sendo abordada como tratamento de primeira
linha com objetivo de promover educação em saúde, modificando hábitos de vida
que influenciem nos sintomas urinários [4]. Objetivo:
Descrever o perfil urinário e alimentar de mulheres com IU e/ou prolapsos de
órgãos pélvicos (POP) como justificativa para realização da TC. Material e métodos: Estudo retrospectivo
de caráter descritivo quantitativo, desenvolvido no período de fevereiro a
novembro de 2017 com mulheres com IU e/ou POP, atendidas pelo serviço de
Fisioterapia Uroginecológica da Maternidade Escola
Assis Chateaubriand (MEAC). A coleta dos dados foi realizada por meio dos
prontuários e fichas de avaliação fisioterapêutica. Para análise dos dados,
utilizou-se o EPI-info™7. Resultados: De um total de 94 incluídas, 70,21% apresentavam
Incontinência Urinária Mista, perda aos esforços (90,43%) na fase de enchimento
vesical e sensação de esvaziamento incompleto (72,34%) na fase de esvaziamento
vesical, frequência urinária diurna de 8,26 ± 3,87, normal em apenas 32,93% da
amostra, frequência noturna de 2,96 ± 2,14, classificação moderada (46,74%) no
questionário Incontinence Severity
Index (ISI) e escore de 39,85 ± 23,44 no questionário King's
Health Questionnaire. O perfil alimentar por sua vez
mostrou uma alta ingestão de café (88,30%) mais de uma vez ao dia (67,07%) e
frutas ácidas (75,53%) semanalmente (39,44%). Conclusão: A TC como primeira linha de tratamento mostra-se
necessária, visto que se identificou frequência urinária diurna e noturna fora
do padrão de normalidade, além da adoção de hábitos alimentares que promovem
irritação vesical.
Prevalência
da incontinência urinária em mulheres que praticam atividade física em academia
de Fortaleza
Natalia Magalhães
Tavares, Talita Rodrigues Santiago, Vasco Pinheiro Diógenes Bastos
UFC
Correspondência:
vascodiogenes@yahoo.com.br
Introdução: A incontinência
urinária (IU) é definida como qualquer perda involuntária de urina, é um
problema que acomete principalmente o sexo feminino e apesar de ser recorrente em pessoas com a idade mais avançada, estudos
recentes demonstram um índice elevado de jovens nulíparas
que apresentam queixa de perda urinária durante a realização de atividade
física, o que pode afetar sua qualidade de vida, podendo ser determinante de
depressão e baixa autoestima, levando muitas vezes essas mulheres a abandonarem
a prática da atividade física. Objetivo:
verificar a prevalência da incontinência urinária em mulheres que praticam
atividade física, tendo como objetivos específicos Traçar o perfil sociodemográfico da amostra em estudo, verificar se a
atividade física tem relação com a incontinência urinária e analisar o impacto
que a incontinência urinária causa na qualidade de vida dessas mulheres. Material e Métodos: Trata-se de um
estudo de campo de caráter exploratório, transversal, de revisão descritiva da
literatura e de análise qualitativa dos dados coletados, a amostra foi
constituída por 123 mulheres com idade entre 18 e 50 anos com média de
34,3±10,99 anos que frequentam a Clube do Vôlei Multisports
em suas duas sedes na cidade de Fortaleza/CE. Para a coleta de dados foram se
utilizados dois questionários um com o objetivo de se identificar idade,
profissão, se eram nulíparas ou multíparas, atividade
física praticada, conhecimento sobre IU e o King´s
Health Questionnaire com intuito de avaliar qualidade
de vida das mulheres que possuíam IU. Resultados:
Os resultados obtidos revelam uma baixa prevalência de IU nas mulheres
pesquisadas, chegando um total de 4,87% (n=6) das participantes com idade média
de 39,16±9,57 anos. Destas 50% (n=3) eram nulíparas e
50% (n=3) eram multíparas. As atividades mais praticadas por elas eram
musculação, Jump e treinamento funcional. Das
mulheres incontinentes 50% (n=3) declararam ter conhecimento e 50% (n=3) não
ter conhecimento sobre IU. Verificou-se ainda que a IU não interfere
na qualidade de vida dessas mulheres. Conclusão:
Sendo assim conclui-se que apesar da baixa prevalência da IU em mulheres que
praticam atividade física, exercícios de alto impacto pode ser um fator que
contribui para IU
Prevalência
de incontinência urinária em idosas residentes no município do Natal/RN: estudo
piloto
Thais Sousa Rodrigues
Guedes*, Laiane Santos Eufrásio**, Sílvia Oliveira
Ribeiro***, Pâmella Sabrina Cavalcanti de
Oliveira****, Lorena da Costa Pereira****
*Mestre,
profa. Faculdade Uninassau Natal/RN, **Doutora,
profa. UFPI, Parnaiba/PI, ***Mestre, Profa Facisa/UFRN, Natal/RN, ****Fisioterapeuta
Correspondência:
thais.sousarodrigues@gmail.com; laieufrasio@hotmail.com,
oliveira.silviaribeiro@gmail.com; pamellasabrina2009@hotmail.com, loreninha_costa15@hotmail.com
Introdução: A incontinência
urinaria (IU) afeta pessoas em todo o mundo, principalmente mulheres,
aumentando sua incidência na população idosa [1,2]. É definida como queixa de
qualquer perda involuntária de urina [3]. Objetivo: Verificar a prevalência de
incontinência urinária (IU) e observar o impacto desta na qualidade de vida de
mulheres idosas residentes do Município de Natal/RN. Metodologia: Trata-se de um estudo piloto do tipo observacional
transversal, cuja a unidade de análise é a mulher
idosa. A amostra do estudo foi de conveniência não probabilística composta por
34 idosas participantes de grupos de convivência. A coleta de dados ocorreu por
meio de questionário estruturado para análise dos dados Socioeconômico, histórico
clínico e ginecológico. International Consultation on Incontinence Questionnaire -
Short Form (ICIQ) foi utilizado para avaliar a
prevalência de IU e o King’s Health Questionnaire (KHQ) avaliou o impacto da IU na qualidade de
vida das idosas. A análise estatística foi realizada por meio de análise
descritiva variáveis, analise bivariada, por meio do teste Qui-quadrado
de Pearson e Exato de Fisher. Foi considerado o nível de significância
estatística de 0,05. Resultados:
Verificou-se uma prevalência de IU de 67,6% entre as idosas. Não houve
associação estatistivcamente significativa entre as
variáveis do estudo e a qualidade de vida das idosas. Conclusão: O presente estudo obteve alta prevalência de IU, com
baixo comprometimento daqualidade de vida das idosas.
No entanto, observa-se a necessidade de implantação de novas práticas de
atuação que visem a prevenção e tratamento da IU,
melhorando a qualidade de vida das idosas. Limitações: podemos destacar a
amostragem por conveniência, e o tamanho da amostral reduzido, por se tratar de
um estudo piloto. Sugere-se, medidas de intervenção devem ser adotadas, na
tentativa de minimizá-las ou combatê-las.
Protocolo
fisioterapêutico aplicado em paciente com incontinência urinária após tratamento
oncológico
Lorena Vidal Almeida
Reis*, Carla Iasmin Lima Lemos*, Mônica de Moura Ferreira**
*Graduanda
em Fisioterapia, Universidade do Estado do Pará, **Fisioterapeuta
Correspondência:
lorena.vidaa@gmail.com
Introdução: O câncer é uma das
principais causas de morte na população feminina, especialmente nos países
menos desenvolvidos. O câncer de colo do útero é a terceira neoplasia maligna
mais comum entre as mulheres no Brasil. As estimativas para o período de
2016/2017 na região Norte foram de 1.970 novos casos, ocorrendo em Belém, 330
novos casos para cada 100 mil habitantes. Dependendo do grau de comprometimento
a histerectomia é realizada sendo geralmente a associada a
radioterapia, quimioterapia e a mais agressiva, braquiterapia,
usada em tumores localmente avançados. Uma das sequelas encontradas no sistema uroginecológico da mulher é a incontinência urinária (IU),
definida pela International Continence
Society como a queixa de qualquer perda involuntária
de urina. Objetivo: Verificar a influência de um protocolo fisioterapêutico em
paciente com incontinência urinária após tratamento oncológico. Material e métodos: Trata-se de um
estudo de caso, realizado na Clínica de Atendimento Médico e Fisioterapêutico em
Belém do Pará, a respeito de uma paciente submetida a procedimentos oncológicos
que lhe causaram queimaduras na região perineal, além de queixar-se de IU de
urgência e de esforço, com perdas em jato e noctúria.
Na realização do PAD Teste mensurou-se 16g de urina perdida, classificada em IU
moderada. No exame físico apresentou abdômen hipotônico, dor a palpação em toda
a região abdominal com EVA 10, dor púbica, contração perineal fraca,
intolerante ao toque bidigital intracavitário e dor
intensa nos MAPS. Após avaliação, traçou-se um protocolo inicial de tratamento
utilizando a Terapia Comportamental, Massagem perineal e a Cinesioterapia
perineal. A partir da 16ª sessão, o tratamento evoluiu utilizando a Massagem
perineal e a Eletroestimulação com Corrente Interferencial
(EEIN) utilizando os parâmetros: frequência de 4 Hz,
largura de pulso de 2000 µs, modo contínuo, com duração de 30 minutos,
utilizando quatro eletrodos adesivos posicionados na região supra pubiana e
região inguinal. Foram realizadas 30 sessões de quarenta e cinco minutos, duas
vezes na semana, com 3 reavaliações realizadas ao
longo do tratamento. Resultados: A
paciente relatou na primeira reavaliação que obteve melhora significante na
escala de dor EVA 7, observou-se ganho de
contratilidade perineal mas a perda de urina mensurada pelo PAD Teste
continuava com 16g. Na segunda reavaliação houve ganho
na amplitude do intróito vaginal e perda de urina de
8g, mensurado pelo terceiro PAD teste realizado. E na última reavaliação a
paciente relatou EVA 5, ganho de 90 minutos entre as
micções, PAD Test com perda de 6g, classificada como IU leve, além do ganho de
amplitude do intróito vaginal e maior tolerância ao
toque intracavitário. Conclusão: A
realização do protocolo fisioterapêutico proposto em paciente com incontinência
urinária após tratamento oncológico foi eficaz, trazendo resultados relevantes
de diminuição da dor, aumento do intervalo entre as micções e da continência
urinária juntamente com a melhora da qualidade de vida.
Henkes DF, Andréia Fiori A,
Carvalho JAM, Tavares KO, Frare JC. Incontinência
urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o significado do
tratamento fisioterapêutico. Semina: Ciências
Biológicas e da Saúde, 2015.
Menezes ETT,
Rodrigues RDS, Pontes LS, Dias GAS, Latorre GFS,
Nunes EFC. Avaliação fisioterapêutica nas disfunções do assoalho pélvico
consequente ao tratamento de câncer do colo do útero. Fisioter
Bras 2017;18:189-96.
Moura MF. Guia
Prático de Fisioterapia Pélvica; 2015.
Protocolo
fisioterapêutico aplicado em paciente com tenesmo retal
Lorena Vidal Almeida
Reis*, Carla Iasmin Lima Lemos*, Mônica de Moura Ferreira**
*Graduanda
em Fisioterapia, Universidade do Estado do Pará, **Fisioterapeuta
Correspondência: lorena.vidaa@gmail.com
Introdução: Constipação
intestinal (CI) é uma síndrome baseada em sintomas e diagnosticada através dos
critérios de Roma III. Definida como defecação insatisfatória, caracterizada
por dificuldade na passagem das fezes ou fezes infrequentes, fezes duras ou
sensação de evacuação incompleta, que pode ocorrer isolada ou secundariamente a
uma doença subjacente. O Tenesmo é a sensação de defecação incompleta, de
incapacidade ou dificuldade de esvaziar o intestino na defecação, sensação de
um resíduo e nem sempre está correlacionado com a presença real de matéria
fecal residual no reto. A prevalência de CI varia entre 2,6% e 30,7% na
população mundial, associando aos fatores: sexo feminino, idade avançada, baixo
nível socioeconômico, baixa escolaridade, dieta inadequada, disfunções
endócrinas e metabólicas, inatividade física, distúrbios psiquiátricos, uso de
medicamentos, causas idiopáticas, além do estilo de vida dos países
industrializados. A prevalência em mulheres ocorre devido aos danos causados nos
músculos pélvicos e suas inervações, decorrentes de partos e cirurgias
ginecológicas, além dos prolapsos genitais, mais frequentes após a menopausa. O
reconhecimento desse sintoma, o tratamento precoce e atenção especial são
indispensáveis para se evitar complicações e melhorar a qualidade de vida dos
pacientes. Objetivo: Verificar a influência de um protocolo fisioterapêutico em
paciente com tenesmo retal. Material e
métodos: Estudo de caso, realizado na Clínica de Atendimento Médico e
Fisioterapêutico em Belém do Pará. A paciente queixava-se da presença de fezes
em síbalos, tenesmo, cólicas associadas e aumento de
gases, sendo assim desde os 13 anos de idade e piorando à
mais ou menos 3 anos de pós cirúrgico de megaesôfago. No Critério de Roma III
(CR3) apresentou os domínios afetados de esforço evacuatório, presença de fezes
endurecidas, sensação de evacuação incompleta e manobras manuais para facilitar
evacuação. Após avaliação inicial optou-se pelo protocolo de Cinesioterapia
Perineal e Eletroestimulação Terapia Combinada Parassacral
e Tibial (EETC), modelo Phênix, utilizando
Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea.
Posicionando o eletrodo adesivo nas raízes parassacrais
S2 e S4 e sobre o nervo tibial posterior. Foram realizadas vinte e três sessões
de trinta minutos, duas vezes na semana, utilizando os seguintes parâmetros:
frequência de 10 Hertz, largura de pulso de 200 µs, modo contínuo e intensidade
independente, conforme tolerado pelo paciente. Resultados: Após a realização do protocolo de Reabilitação perineal
e EETC foi relatado pela paciente melhora na força evacuatória, sem presença de
tenesmo. Na reaplicação do questionário CR3 observou-se melhora em todos os
domínios, obtendo valores normais esperados. Constatando-se melhora
significativa e indicação de alta, a paciente foi liberada e orientada a seguir
com exercícios domiciliares. Conclusão:
Conclui-se que a realização de um protocolo fisioterapêutico em paciente com
tenesmo retal onde o protocolo de reeducação do paciente e sessões de EETC apresenta-se
eficaz, trazendo resultados considerados normais e melhorando a qualidade de
vida desses pacientes.
Relação
entre força do assoalho pélvico e função sexual de mulheres portadoras do vírus
linfotrópico de células t humanas do tipo 1 (HTLV-1)
Carla Iasmin Lima
Lemos*, Carolyne Barbosa Peniche*,
Andreza Soares Nogueira*, Cibele Nazaré Câmara Rodrigues**
*Graduanda
em Fisioterapia, Universidade Federal do Pará (UFPA), **Doutora em Teoria e
Pesquisa do Comportamento (UFPA)
Correspondência:
lemos.carla10@gmail.com
Introdução: O vírus linfotrópico da célula T humana tipo 1é o agente etiológico
da mielopatia/ paraparesia espástica
tropical (TSP/HAM) e da leucemia/ linfoma de células T adultas (ATL). A mielopatia associada ao HTLV-1 é um estágio progressivo de mielopatia inflamatória e desmielinizante
que tem como consequências o déficit de força muscular, espasticidade, hiperreflexia e distúrbios da sensibilidade profunda que
são sintomas que repercutem também nos músculos do assoalho pélvico (AP) [1].
Sendo que o AP têm por função controlar as excretas,
suportar o peso das vísceras e proteger órgãos pélvicos como bexiga, útero,
reto e também propiciar a atividade sexual. Porém, se estes estiverem
fragilizados, podem levar a disfunções tais como prolapso genital, incontinência
urinária e anal e ainda disfunções sexuais [2]. Objetivos: Verificar se mulheres com HTLV-1 tem alteração da força
dos músculos do AP e na função sexual. Material
e métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, a qual foi iniciada a
partir da aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário
João de Barros Barreto (HUJBB), Número do Parecer: 2.026.582. Aplicou-se aos
participantes o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o
questionário Female Sexual Function
Index (FSFI). O qual é composto por 19 questões, que informam sobre cinco
domínios da resposta sexual: desejo, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor ou
desconforto; Ao final é apresenado um score total,
sendo 26 o ponto de corte [3]. Verificou-se também o AFA - Avaliação funcional
do Assoalho pélvico - que consiste na avaliação dos músculos do AP através da
visualização da atividade contrátil e do toque bidigital
com comando para contrair a musculatura ao redor dos dedos do examinador e
sustente essa contração segundo o comando do terapeuta. Esse teste envolve a
habilidade de elevar o assoalho pélvico, tanto quanto a manutenção da força, endurance e coordenação muscular. Resultados: Participaram da pesquisa seis mulheres infectadas pelo
HTLV-1, com idade média de 56 anos, com tempo de exposição ao vírus superior a
cinco anos e cinco participantes encontravam-se no período da menopausa. Em
relação, a capacidade de contração aferida pelo AFA, três mulheres apresentaram
contração perceptiva e funcional com graduação 4, uma
apresentou contração perceptiva e funcional com graduação 3 e duas não
apresentaram contração perceptiva dos músculos do assoalho pélvico tendo
graduação 0. Quanto ao índice de função sexual feminina (FSFI), três
apresentaram se acima do ponto de corte que caracteriza a disfunção sexual e
três abaixo do ponto de corte com média de 25,5 pontos. Conclusão: Desta forma, percebe-se que há disfunção do assoalho
pélvico relacionada com a diminuição da força muscular do AP. Porém, não é
possível afirmar que essa disfunção é causada pela exposição ao vírus HTLV-1,
visto que, a amostra foi composta por mulheres no período da menopausa. Porém,
sabe-se que esses fatores desencadearam uma série de problemas urogenitais que
afetaram diretamente a função sexual das pacientes.
Resultados
das ações educativas sobre o conhecimento da anatomia funcional do assoalho
pélvico em mulheres
Glaudiane Silva Paiva*, Sandra
Rebouças Macêdo**
*Acadêmica
do 9° semestre do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Christus, **Docente do Centro Universitário Christus, Mestre em Psicologia Unifor
Correspondência:
dianefisio21@gmail.com; sandrarmacedo@yahoo.com.br
Introdução:
Além do
conhecimento da anatomia, é indispensável que haja um
entendimento claro das
funções dos elementos anatômicos, considerando a
complexidade do assoalho
pélvico [1]. A sala de espera das clínicas pode funcionar
como um espaço para
realização de práticas educativas voltadas para a
atenção básica em promoção da
saúde, gerando espaços para discussões
críticas acerca da qualidade de vida e manutenção
da saúde, tonando real a participação ativa do
individuo [2,3]. Objetivo: avaliar os resultados das
ações educativas sobre o conhecimento da anatomia funcional do assoalho pélvico
em mulheres, bem como verificar o grau de satisfação destas na participação das
ações educativas. Material e métodos:
estudo de campo, descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido no
período de setembro a dezembro de 2017, aprovado pelo comitê de ética em
pesquisa da Unichristus, com parecer nº 2.198.514. A
amostra foi composta por 30 mulheres que aguardavam consulta médica em sala de
espera de uma clínica escola de saúde. Foi aplicado um questionário contendo
dados sociodemográficos, questões sobre anatomia
feminina, antes e após as ações educativas e um questionário de satisfação da
participação. Resultados: as mulheres
do estudo apresentaram média de idade 44,27 anos ± 12,44. Quanto à profissão,
Do lar (26,7%) e estudante (13,3%) predominaram, 60% residiam em Fortaleza,
46,7% tinham ensino médio completo. Quanto ao conhecimento da anatomia, 70%
afirmaram já terem ouvido falar sobre o períneo. Sobre a localização do
assoalho pélvico, 56,7% acertaram antes e 93,3% depois (p ≤ 0,001) das
ações educativas. Sobre a composição do assoalho pélvico, apenas 10% acertaram
antes e 66,7% depois (p ≤ 0,000). Na identificação das estruturas da
genitália externa, antes das ações educativas, 26,7% não souberam identificar
nenhuma estrutura, enquanto após 36,7% conseguiram acertar as cinco estruturas
propostas (p ≤ 0,000). Ao serem abordadas se a ação educativa ajudou no
entendimento sobre assoalho pélvico, todas as mulheres responderam sim (p ≤
0,001). A média de satisfação na participação das ações educativas foi 9, em uma escala visual análoga de 0 a 10. Conclusão: as ações educativas
contribuíram significantemente para melhorar o nível de conhecimento das
mulheres sobre anatomia funcional do assoalho pélvico e a satisfação na
participação das ações educativas foi extremamente satisfatória.
Tratamento
fisioterapêutico da diástase do músculo reto abdominal no puerpério imediato e
remoto: uma revisão sistemática
Thais Sousa Rodrigues
Guedes*, Laiane Santos Eufrásio*, Lidiane Costa Neris***, Rayssa de Souza Neves***
*Mestre,
Profa. Faculdade Uninassau, Natal/RN, Doutora, Profa.
UFPI, Parnaíba/PI, ***Fisioterapeuta
Correspondência:
thais.sousarodrigues@gmail.com; laieufrasio@hotmail.com;
lidiane_costa_10@yahoo.com.br; rayssasouza222@gmail.com
Introdução: O puerpério é o
período em que as modificações ocorridas durante a gestação voltam ao estado pré-gravídico [1]. A diástase do músculo reto abdominal é
causada pelo estiramento da musculatura abdominal que se inicia na gravidez e
pode permanecer no período pós-parto, o que pode gerar desvantagens
biomecânicas relacionadas a esses músculos [2,3]. Objetivo: Descrever a intervenção fisioterapêutica na diástase do
musculo reto abdominal no puerpério imediato e remoto. Material e métodos: Revisão de literatura a partir das bases de
dados: Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (Scielo),
Biblioteca Virtual em Saúde (Bireme), National Library of Medicine (PubMed), Web of
Science e Scopus, no período de fevereiro à
novembro/2017. Descritores utilizados: Puerpério, Diástase, intervenção
fisioterapêutica, reabilitação, ginástica hipopressiva,
na língua portuguesa e inglesa. Foram incluídos: ensaios clínicos, estudos de
caso e estudos descritivos, dos últimos 5 anos (2012 a 2017). Excluídos
revisões de literatura de qualquer natureza e estudos qualitativos. Resultados: Após triagem, foram
selecionados 10 artigos para leitura do resumo, desses, 2
foram excluídos pelos critérios de elegibilidade e, dos artigos incluídos
(n=8), 6 abordavam sobre a eficácia dos exercícios isométricos e isotônico, 1
sobre efeito da ginastica hipopressiva e 1 sobre o
efeito da estimulação elétrica neuromuscular. Conclusão: De acordo com a literatura disponível a intervenção
fisioterapêutica, pode promover uma redução das medidas da diástase,
interferindo positivamente na recuperação dos músculos retos abdominais em
mulheres no puerpério imediato e remoto submetidas a programas de exercícios
abdominais. Limitações: escassez de estudos sobre a temática. Sugere-se
elaboração de mais estudos para ratificar a importância da inclusão do
fisioterapeuta na equipe multidisciplinar, para melhor assistência a puérpera
desde o pós-parto imediato até o remoto.
Tratamento
fisioterapêutico da incontinência urinária em homens submetidos à prostatectomia radical
Antônio Hiago do Nascimento Cunha*, Jorge Hiago
da Silva Oliveira*, Raimunda Rosilene Gadelha**, Dyely
de Carvalho Oliveira Campos**
*Discente
do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Católica de Quixadá, **Docente
do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Católica de Quixadá
Homens submetidos à prostectomia radical como forma de tratamento para o câncer
de próstata pode apresentar complicações como a disfunção erétil, incontinência
fecal e urinaria, podendo ser de formas separadas ou associadas. A
incontinência urinária masculina é presente na sociedade como um forte preditor de diminuição da qualidade de vida influenciando,
também, nas atividades diárias dos portadores desta disfunção. A fisioterapia é
uma forma de tratamento conservador que apresenta resolutividade, por isso é
relevante conhecer os recursos dentro dessa terapêutica que são utilizados na
incontinência urinaria masculina. O objetivo deste estudo é descrever os
recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento da incontinência urinaria
em homens que foram submetidos à prostectomia
radical. Foi realizada uma busca nas bases de dados acadêmicos (Scielo, Pubmed e Google
Acadêmico) no mês de dezembro deste ano, totalizando 11 (onze) artigos e um
livro, sendo três no idioma inglês. Esses artigos foram publicados entre os
anos de 2006 a 2015. A incontinência urinaria esforço é uma das consequências
deixadas por essa cirurgia, refletindo negativamente na vida dos homens
acometidos. Problemas miccionais após esse tipo de cirurgia estão presentes de
5 a 80% dos casos. Na fisioterapia os recursos utilizados como tratamento são:
o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, eletroestimulação, biofeedback, terapia comportamental. Pelo processo
cirúrgico a musculatura pélvica pode apresentar-se inibida, sendo necessários
exercícios, podendo citar os exercícios de Kegel, para
recuperar a força desses músculos. A eletroestimulação é utilizada para
pacientes que não possui uma consciência corporal, fraqueza dos músculos do
assoalho pélvico e para inibir a atividade indesejada do detrusor, a corrente
utilizada depende do tipo de incontinência urinaria que o paciente apresenta.
Quando se associa o treinamento dos músculos do assoalho pélvico com a
eletroestimulação é potencializado o tratamento. a
terapia comportamental utiliza-se da educação passada para paciente sobre os
exercícios e hábitos que melhorará sua saúde e o tratamento. A fisioterapia
mostra sua eficácia no tratamento da incontinência urinaria em homens,
melhorando os sintomas e a qualidade de vida dos mesmos. Com a busca realizada
na literatura foi comprovado que os recursos fisioterapêuticos (treinamento dos
Músculos do assoalho pélvico, eletroestimulação, Biofeedback
e terapia comportamental) melhoram os sinais e sintomas urinários de homens com
incontinência urinaria pós-prostatectomia radical.
Utilização
de orientações sobre disfunção erétil e sexualidade em grupo de apoio para
pacientes de casos câncer de próstata: um relato de experiência
Natany Santos Martins*, Ana
paula Bezerra Portela*,
Érica Vieira Nojoza**, Cândida Otília Braga Silva*
*Fisioterapeuta
Residente em Cancerologia, **Fisioterapeuta especialista em neurofuncional
Correspondência:
natanysantosm@hotmail.com; paulabportela@hotmail.com; ericaafisio@hotmail.com;
candidaotilia@hotmail.com
Introdução: O câncer de
próstata é uma doença bastante comum, e a prostatectomia
está entre os principais e mais eficazes tratamentos
[1]. Porém, este trás consigo diversos acometimentos, dentre eles a disfunção
erétil [2]. Diante desta, os contatos físicos tendem a ser evitados, causando
muitas vezes isolamento social [3]. Objetivo:
Relatar a experiência da utilização de orientações sobre sexualidade e
disfunção erétil em Grupo de Apoio no Centro Regional Integrado em Oncologia
(CRIO). Métodos: Durante as
avaliações fisioterapêuticas de casos de câncer de próstata, passou-se a
utilizar o instrumento validado International Index of Erectile Functionpara
diagnóstico e classificação de
disfunção erétil. Após
obtenção do
resultado e encaminhamento do paciente para grupo de apoio, buscou-se oaprofundamento literário para que em seguida fossem
organizadas e realizadas orientações sobre educação sexual, sexualidade,
autoestima e autoconhecimento, feitas reuniões mensais, objetivando obter
melhora na adesão ao tratamento fisioterapêutico, bem como na qualidade vida
dos participantes. Resultados:
Pode-se observar a satisfação dos indivíduos a respeito das orientações
prestadas, já que estas favoreceram a descoberta de aspectos que envolvem a
sexualidade e a autodescoberta que por muitas vezes eram desconhecidos ou
estigmatizados, além do favorecimento da identificação e envolvimento com
outros sujeitos no ambiente do grupo, tornando-se estimuladores uns dos outros.
Conclusão: Ações educativas sobre
estes aspectos pouco abordados constam de importante ferramenta para a promoção
da saúde sexual. Pode-se observar que a implantação de orientações sobre a
disfunção erétil para pacientes de câncer de próstata em grupo de apoio, foi benéfico para formação de ciclo social fortalecido e
disseminação de informação, resultando em melhora na adesão ao tratamento
fisioterapêutico.