ARTIGO
ORIGINAL
Depressão
em pacientes com sequela neurológica de acidente vascular encefálico
Depression in patients with neurological sequel of stroke
Hyalle Maria Militão Vieira*, Luma Letícia Santos Brilhante Borges**,
Samara Campos de Assis***
*Discente
do Curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos-FIP,
**Fisioterapeuta graduada pelas Faculdades Integradas de Patos-FIP, ***Docente
do Departamento de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos
Endereço
para correspondência:
Hyalle Maria Militão
Vieira, Rua Pedro Inácio Liberalino, 46 Ouro Branco,
Piancó PB, E-mail: hyallemilitaovieira@hotmail.com; Luma Letícia Santos
Brilhante Borges: lumaleticiaborges@hotmail.com; Samara Campos de Assis: samaracamposdeassis@gmail.com
Resumo
A depressão é um dos
transtornos de humor caracterizado por lentificação
dos processos psíquicos, humor depressivo, desinteresse, apatia, dificuldade de
concentração e pensamentos de cunho negativo. É a complicação psiquiátrica mais
frequente nos pacientes com acidente vascular encefálico (AVE). Esta pesquisa
teve como objetivo identificar a possível existência de depressão e o seu
índice nos pacientes que sofreram AVE atendidos em uma
Clínica Escola de Fisioterapia e em um Centro de Reabilitação para Pessoas
Portadoras de Deficiência de um município do sertão paraibano. Para
isso, foi realizada uma pesquisa do tipo transversal, com abordagem
quantitativa, no período de fevereiro a abril de 2013, utilizando o
questionário clínico-epidemiológico e a Escala Geriátrica de depressão. Foram
entrevistados 14 pacientes com sequela neurológica de AVE, com faixa etária
acima de 30 anos, com maioria do gênero masculino. Após a aplicação da escala
de depressão nestes pacientes, concluiu-se que a grande maioria 71,4% dos
pacientes com sequela neurológica de AVE possuíam sinais depressivos. O impacto
psicológico gerado pelas limitações impostas pelo AVE
pode ser condição suficiente para originar um quadro de depressão. A presença
dos transtornos psicológicos é determinante na qualidade de vida do indivíduo.
Palavras-chave: acidente vascular
encefálico, depressão, epidemiologia.
Abstract
Depression is one of the mood disorders characterized by slowing down of
psychic processes, depressed mood, lack of interest,
apathy, difficulty concentrating, and negative thoughts. It is the most
frequent psychiatric complication in patients with stroke. This research aimed
to identify the possible existence of depression and its index in patients who
suffered from stroke attended in a Clinic Physiotherapy School and a
Rehabilitation Center for People with Disabilities in a municipality of Paraíba. For this, a cross-sectional survey was conducted
with a quantitative approach from February to April 2013, using the
clinical-epidemiological questionnaire and the Geriatric Depression Scale.
Methods: We interviewed 14 patients with a neurological sequel of stroke, with
ages above 30 years, majority males. After the application of the depression
scale in these patients, it was concluded that a large majority of patients
with a neurological sequel of stroke presented depressive signs (71.4%). The
psychological impact generated by the limitations imposed by the AVE can be
sufficient condition to give rise to a depression picture. The presence of psychological
disorders is determinant in the individual quality of life.
Key-words: vascular
brain accident, depression, epidemiology.
O termo Acidente
Vascular Encefálico (AVE) é designado como um quadro neurológico de origem
vascular, caracterizando pelo rápido desenvolvimento de sinais e sintomas
clínicos, decorrentes de alterações focais ou globais da função cerebral com
duração maior que 24 horas [1].
Segundo Radanovic [2], o AVE pode ser
classificado como: hemorrágico (AVEh) e/ou isquêmico
(AVEi). O AVEh,
é compreendido por hemorragias subaracnóides (HSA),
em geral, decorrentes de ruptura de aneurismas. O AVE isquêmico (AVEi), é resultante de déficit
neurológico devido a insuficiência de suprimento sanguíneo cerebral, que pode
ser temporário, chamado episódio isquêmico transitório (EIT) ou permanente.
Como consequência da
perda das habilidades motoras, poderão surgir co-morbidades metabólicas e cardiovasculares, gerando
um decréscimo importante na prática das AVDs, cuja
maior dificuldade é na locomoção, interferindo diretamente na aquisição da
independência funcional, causando grande impacto no retorno social do paciente
[3,4].
Os sintomas
depressivos têm sido observados, em 20% a 50% dos pacientes que sofreram (AVE),
variando de acordo com o critério estabelecido, bem como com a população
estudada [5]. É uma alteração do humor, identificada por demora dos processos
psíquicos, humor depressivo ou árdego, redução da
energia (desânimo) apatia ou agitação psicomotora, concentração complexa,
pensamentos negativos, com perda de capacidade de planejar o futuro e mudança
do juízo da realidade [6].
Os pacientes com
lesões do hemisfério esquerdo apresentam depressão mais frequente e mais grave
que as dos pacientes com AVE do hemisfério direito ou do tronco cerebral [7].
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) [8], saúde não é apenas a ausência de
doenças ou enfermidades, mais sim um estado de completo bem estar físico,
mental e social.
Diante disso o
presente estudo justifica sua importância devido ao grande acometimento dos
pacientes pós-AVE por disfunções físico-funcionais que acarretam transtornos
psicológicos e consequentemente a depressão, que por sua vez altera
significativamente a qualidade de vida desses indivíduos, visto que as
incapacidades 15 resultantes destes distúrbios alteram a independência e
autonomia para realização das atividades de vida diária.
Material
e métodos
Trata-se de uma
pesquisa aplicada, descritiva e quantitativa desenvolvida com pacientes com disgnóstico de AVE, atendidos na Clínica Escola de
Fisioterapia Dr. Aderban Martins de Medeiros das FIP
e no Centro de Reabilitação para Pessoas Portadoras de Deficiência (CERPPOD),
compreendendo o período de fevereiro a abril de 2013, com a aprovação do comitê
de ética. A população para o desenvolvimento da pesquisa foi composta de 14
pacientes. A amostra foi do tipo não probabilística e
a seleção dos participantes foi feita por acessibilidade.
Foi aplicado um
questionário contendo questões biodemográficas para
avaliar o perfil clínico-epidemiológico dos portadores de AVE e em seguida foi
aplicada a escala sobre depressão Yesavage (GDS- 15),
para identificar a presença de depressão nestes pacientes. Como critérios de
inclusão da pesquisa, estavam aptos a participar todos os pacientes de todos os
gêneros, portadores de sequelas neurológicas de AVE atendidos
na Clínica Escola de Fisioterapia e no Centro de Reabilitação para Pessoas
Portadoras de Deficiência (CERPPOD), no período de fevereiro a abril de 2013,
seguido de consentimento dos mesmos assinando o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. Como critério de exclusão estavam isentos de participar os
que não se enquadraram dentro dos critérios acima citados, e que não tenha
apresentado capacidade cognitiva para participar.
Os dados foram
sistematizados, digitados e arquivados utilizando-se do Microsoft Excel versão
2010 e utilizando análise estatística descritiva para avaliar o índice de
depressão. Os resultados foram apresentados em forma de figuras e tabelas.
Através da realização Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que
rege sobre a ética da pesquisa envolvendo seres humanos direta ou
indiretamente, assegurando a garantia de que a privacidade do sujeito da
pesquisa foi preservada. Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética em
Pesquisa das Faculdades Integradas de Patos. Após a concessão de sua aprovação,
sob o protocolo:112-2012, todos os sujeitos envolvidos
na pesquisa assinaram ao TCLE, que foi impresso em duas vias, uma para o
pesquisado e outra para o pesquisador. A preservação da privacidade dos
sujeitos foi garantida por meio do Termo de Compromisso do Pesquisador.
Os resultados desta pesquisa
foram obtidos a partir dos dados coletados de uma amostra de 14 indivíduos com
sequela neurológica de Acidente Vascular Encefálico (AVE). Os dados foram
colhidos através dos seguintes instrumentos de avaliação: o questionário de
dados sociodemográficos, clínicos e a escala sobre
depressão Yesavage (GDS-15). No questionário biodemográfico foram analisadas as seguintes variáveis:
faixa etária mais incidente, gênero, estado civil, profissão, renda familiar.
Nos dados clínicos, com questões sobre a patologia que o paciente apresenta,
foram analisados o tipo mais frequente de AVE entre os entrevistados, se faz
acompanhamento com neurologista e há quanto tempo faz tratamento de
fisioterapêutico.
Com relação à faixa
etária, os pacientes encontravam-se 21,4% (3) entre 30 a 40 anos, 7,1% (1) de
41 a 50 anos, 14,3% (2) 51 a 60 anos, 42,9% (6) de 61 a 70 anos e 14,3% (2) de
71 a 80 anos.
Figura
1 - Relação da faixa etária dos pacientes com
sequela neurológica de AVE em porcentagem.
Referente ao gênero
dos pacientes pode-se observar prevalência do gênero masculino, com 78,6% (11)
dos casos e 21,4% (3) eram do gênero feminino.
Figura
2 - Distribuição do gênero dos pacientes com
sequela neurológica de AVE em porcentagem.
Na variável
estado civil, percebe-se que 85,7% (12) dos pacientes são casados.
Figura
3 - Relação do estado civil dos pacientes com
sequela neurológica de AVE em porcentagem.
Com relação à
profissão 7,14% (1) era agricultor, 21,42% (3) motoristas, 14,3% (2) donas de
casa, 7,14% (1) eletricista, 7,14% (1) inspetor escolar, 7,14% pedreiro (1),
7,14% (1) servente de pedreiro, 7,14% (1) dentista, 7,14% (1) contador e 14,3%
(2) eram comerciantes. Hoje 100% (14) dos pacientes são aposentados, devido o AVE.
Tabela
I - Relação da profissão que já foram exercidas
pelos pacientes com AVE em porcentagem.
Baseando-se na renda
familiar dos entrevistados, 57,144% (8) recebiam até um salário mínimo, 28,57%
(4) de 1 à 3 salários mínimos, 7,143% (1) de 3 à 5
salários mínimos e 7,143% (1) acima de 5 salários mínimos.
Tabela
II -
Renda familiar dos pacientes com AVE.
Quanto ao tipo do AVE analisou-se que 71,4% (10) tiveram AVE do tipo
isquêmico e 28,6% (4) apenas, apresentaram AVE do tipo hemorrágico.
Figura
4 - Distribuição da amostra quanto ao tipo de
AVE em porcentagem.
Os dados agora referem-se aos pacientes que faziam acompanhamento com
neurologista, constatou-se que 71,4% (10) realizavam acompanhamento e a minoria
28,6% (4) não faziam acompanhamento neurológico.
Figura
5 - Pacientes acompanhados por neurologista em
porcentagem.
A figura 6 trata do
acompanhamento fisioterapêutico por parte dos pacientes. Dos entrevistados foi
analisado há quanto tempo realizavam tratamento fisioterapêutico, foi visto que
7,1% (1) realizavam há menos de 6 meses, 7,1% (1) de 6
meses à 1 ano, 42,9% (6) de 1 ano à 2 anos e 42,9% (6) realizavam fisioterapia
há mais de 2 anos.
Figura
6 - Período do tratamento fisioterapêutico.
No que diz respeito à
prevalência de depressão nos pacientes pós- AVE, conclui-se que 71,4% (10)
apresentam suspeita de depressão e 28,6% (4) não apresentam.
Figura
7 - Confirmação da suspeita de depressão nos
pacientes com AVE em porcentagem.
Com a escala geriátrica
de depressão (YESAVAGE, 1983), no que diz respeito à prevalência de depressão
nos pacientes pós- AVE, conclui-se que 71,4% (10) apresentam suspeita de
depressão e 28,6% (4) não apresentam.
Tabela
III
- Referente à escala de depressão dos
pacientes com AVE e suspeita de depressão.
Em relação às outras
indagações, pode-se observar que 80% desses pacientes se sentem inúteis,
intranquilos e possuem dificuldades para começar novos projetos.
Tabela
IV -
Referente à escala de depressão dos pacientes
com AVE e suspeita de depressão.
Com relação à faixa
etária, os achados vão de acordo com os estudos elaborados por Scalzo et al. [9], que em
pesquisa realizada com 96 indivíduos, mostrou quanto à faixa etária uma
predominância de indivíduos idosos com idade igual ou superior a 60 anos,
totalizando (57,4%) 55 dos pacientes. Cerca de 75% dos
pacientes com AVE possuem idade acima dos 65 anos e sua incidência dobra a
partir de cada década após os 55 anos [10].
Segundo os estudos de
Perline e Faro [11], o avanço da idade é um fator de
risco predisponente para o AVE, pois na terceira
idade, os capilares ficam mais firmes e próximos, exigem, portanto, maior
esforço do coração para bombear o sangue, resultando assim em elevação da pressão
arterial. Além de outros fatores ambientais reunidos ao longo da idade, eleva
significativamente a possibilidade para o desenvolvimento do
AVE, pois quanto maior for a quantidade de fatores de risco, maior será
a ocorrência da doença e de problemas associados.
Em relação a variável
estado civil, a maioria são casados, igualmente demonstrados nos estudos por Fleck et al. [12], no qual um percentual de 57%
dos sujeitos estudados eram casados. As características da população estudada
também se assemelham com outros estudos, onde são demonstrados nos estudos
realizados por Pereira et al. [13], mostrando que 46% dos
pacientes também eram casados.
Observando que 100%
(14) dos pacientes são aposentados, isso devido a
idade e aos comprometimentos neurológicos que os impedem de trabalhar. Os dados
mencionados estão de acordo com Oliveira [14], em cujo estudo pode verificar em
sua amostra 50% (5) dos pacientes são aposentados e os outros 50% são do lar. A
produtividade ocupacional costuma estar prejudicada, notadamente nas profissões
intelectualmente exigentes [15].
Baseando-se na renda
familiar dos entrevistados, 57,144% recebiam até um salário mínimo. Nota-se que
mais da metade dos pacientes, ou seja 57,1% deles
relatam possuir renda de até um salário mínimo, igualmente demonstrado nos
estudos realizados por Galhado, Mariosa
e Takata [16], concluindo-se que dos entrevistados
72% viviam apenas com 1 salário mínimo. O baixo poder aquisitivo é um fator que
interfere negativamente na vida de pessoas com sequela neurológica de AVE, já
que estes necessitam de cuidados em longo prazo, dificultando o acesso a bons
serviços de saúde. A qualidade de vida aparenta abranger desde as necessidades
humanas básicas, como condições de moradia, saneamento básico, acesso à saúde e
situação econômica. [17].
Para Minayo et al. [18],
qualidade de vida é um tema acima de tudo humanitário, referente ao grau de
satisfação do ser humano, em diversas esferas de sua vida (familiar, amorosa,
social e ambiental). Quanto ao tipo do AVE analisou-se
que 71,4% (10) tiveram AVE do tipo isquêmico e 28,6% (4) apenas, apresentaram
AVE do tipo hemorrágico.
Esses estudos foram
corroborados por Falavigna et al. [19], que em sua pesquisa 80% dos AVE foram devidos a isquemia
e 20% causados por hemorragia intracraniana. O AVE
isquêmico relaciona-se ao surgimento de trombos no território carotídeo e
basilar ou embolia cardíaca; a maior parte dos AVE’s
é ocasionada por trombose vascular, que surge quando a formação de um coágulo
ocasiona a um estreitamento gradual do vaso ou alteração no revestimento
laminar do vaso, isso explica por que o AVE isquêmico tem maior probabilidade
em relação ao hemorrágico [20].
Os dados referentes
aos pacientes que faziam acompanhamento com neurologista constatou-se que 71,4%
realizavam acompanhamento e a minoria 28,6% não faziam acompanhamento
neurológico. Não foram encontrados dados na literatura que possam ser
discutidos com a figura 5.
A figura 6 trata do
acompanhamento fisioterapêutico por parte dos pacientes. Dos entrevistados, foi
visto que a maioria composta de 42,9% de 1 ano à 2
anos e 42,9% realizavam fisioterapia há mais de 2 anos. A qualidade de vida do
paciente sequelado de AVE fica limitada, porém, com o
tratamento fisioterápico, estes pacientes tendem a melhorar a sua capacidade
funcional, facilitando o retorno às suas AVDs, bem como,
à sua reintegração à sociedade [21].
A escala geriátrica
de depressão foi desenvolvida por Yesavage (1983), é
um dos instrumentos mais para
detectar sintomas depressivos. Essa escala consiste em 30 itens capazes de
avaliar satisfatoriamente o humor dos pacientes entrevistados. A pontuação
dá-se através de questões fechadas onde o entrevistado irá responder “sim e
não” (algumas estarão em negrito), quando a resposta for diferente a resposta
em negrito a pontuação será 0 (zero), e quando for
igual a resposta em negrito será 01. O resultado será maior que 10 suspeitando
de depressão e quando for menor que 10 não suspeitamos de depressão.
A depressão é
caracterizada por perda de energia ou interesse, humor deprimido, dificuldade
de concentração, alteração do apetite e do sono, sentimento de fracasso e lentificação das atividades físicas e mentais [22].
A depressão pode
diminuir o estímulo do indivíduo para a reabilitação e reduzir a interação
social. Baixo suporte social pode elevar os sentimentos de solidão e a falta de
esperança, repercutindo na sua recuperação. Em contrapartida, indivíduos com
bom humor, se engajam mais em relacionamentos sociais, e tornam-se mais
otimistas em relação ao futuro, estes têm mais êxito no enfrentamento, ao
sentir-se no controle de suas vidas [23].
Uma nova estratégia
para se estudar o processamento de tomada de decisão estima-se que, em pessoas
normais, a emoção auxilia o processo de tomada de decisão, conduzindo a
cognição. Este processo tem grande destaque em pacientes deprimidos, levando-se
em consideração, que estes frequentemente têm dificuldades em tomar decisões
[24].
O Acidente Vascular
Encefálico (AVE) é uma das principais doenças crônicas e incapacitantes, que
levam a perda da autonomia funcional. Pode deixar sequelas importantes nos
pacientes acometidos, que influenciarão de forma negativa para a sua
recuperação funcional, consequentes à perda das habilidades motoras e
cognitivas, além das possíveis comorbidades.
A depressão pode ser
decorrente a disfunções funcionais adquiridas como no caso do
AVE, onde o indivíduo passa a depender de outras pessoas para realizar
atividades que anteriormente ao AVE praticavam, alterando negativamente a
qualidade de vida dos mesmos.
O perfil dos
pacientes com sequela neurológica de AVE investigados nesta pesquisa
identificou que a maioria dos entrevistados, eram do gênero masculino, estavam
na faixa etária a cima de 30 anos,eram
casados, tinham o 1º grau incompleto, aposentados, possuíam renda familiar de 1
salário mínimo, moravam com a família, 71,4% tiveram AVE do tipo isquêmico,
variando o tempo de AVE de 1 a 2 anos e mais de 2 anos, faziam acompanhamento
com neurologista e realizavam tratamento fisioterapêutico de 1 ano a 2 anos.
Após a aplicação da
escala de depressão nestes pacientes, conclui-se que a grande maioria 71,4% dos
pacientes com sequela neurológica de AVE possuíam sinais depressivos e acometia
mais o gênero feminino, devido a todas as mulheres da amostra apresentarem sinais depressivos.
No Brasil a depressão
vem ocupando uma posição de destaque no rol dos problemas de saúde pública,
apresentando grande incidência, principalmente no que se refere às complicações
que necessitam de um tratamento adequado e que haverá uma assistência e cuidado
centrados na recuperação e reabilitação do indivíduo. A depressão pode causar
muita debilidade ao paciente, ocasionando prejuízos relevante, em que muitas
vezes não se é dado a atenção necessária pelas
autoridades e profissionais da saúde, com pouca qualidade e especificidade de
tratamento.