ARTIGO
ORIGINAL
Análise
da capacidade funcional de idosos atendidos em uma clínica-escola de
fisioterapia de uma instituição de ensino superior: estudo retrospectivo
Analysis of the functional capacity of elderly at a clinical school of
physiotherapy of a higher education institution: retrospective study
Anielly de Oliveira
Medeiros*, Hilda Tunú da Costa Neta*, Crislainy da Silva Ribeiro*, Mayara Leal Almeida Costa**;
Eva Jemine de Lucena Araújo***
*Acadêmica
do Curso de Bacharelado em Fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos -
FIP, Patos/PB, **Professora Mestra e Doutoranda do Curso de Fisioterapia das
Faculdades Integradas de Patos- FIP, ***Professora Mestranda do Curso de
Fisioterapia das Faculdades Integradas de Patos - FIP
Endereço
para correspondência:
Anielly de Oliveira Medeiros, Rua Titico Gomes, 20
Belo Horizonte Patos PB, Email: anielly1926@hotmail.com
Resumo
O crescimento do
número de idosos no mundo vem modificando a estrutura demográfica de diversos
países, incluindo o Brasil. A manutenção da capacidade funcional (CF) do idoso
é importante para realização das atividades básicas e instrumentais de vida
diária, sendo imprescindível a avaliação da CF para detectar possíveis riscos
de dependência dos idosos. O objetivo desse estudo foi descrever a capacidade
funcional dos idosos atendidos em uma Clínica-Escola de Fisioterapia de uma
Instituição de Ensino Superior da Paraíba. Trata-se de um estudo retrospectivo
e descritivo, realizado por meio de coleta de dados de prontuários dos
pacientes idosos de uma clínica escola de fisioterapia, envolvendo os pacientes
atendidos no período de 2016.1 à 2017.1. Constou de 54 prontuários
fisioterapêuticos de pacientes atendidos no setor. Foram coletados os dados biodemográficos e a CF pelo Índice de Katz. Quanto aos
resultados, a média de idade dos idosos foi de 73,11 anos (±6,76), houve
predominância do sexo feminino (90,7%) e viúvos (48,1%). Considerando a CF, os
idosos pesquisados apresentaram-se independentes em sua maioria (85,2%) e uma
proporção menor (9,3%) de idosos mostraram-se dependentes para “continência”.
Portanto, houve uma predominância de idosos com CF independente, sendo capazes
de realizarem suas atividades do dia a dia.
Palavras-chave: saúde do idoso,
capacidade funcional, fisioterapia, geriatria.
Abstract
Population aging encompasses one of the world's most prominent
phenomena. The growth in the number of elderly people in the world has been
changing the demographic structure of several countries, including Brazil. The
maintenance of functional capacity of the elderly is of fundamental importance
for performing the basic and instrumental activities of daily living, being
essential the evaluation of the functional capacity to detect possible risks of
future dependence of the elderly. Thus, the purpose of this study was to
describe the functional capacity of the elderly attending a Clinic-School of
Physiotherapy of a Higher Education Institution of Paraíba.
This is a retrospective and descriptive study, which was carried out by means
of data collection of medical records of the elderly patients of a clinical
school of physiotherapy, in the city of Patos/PB of
all patients attended in the period from 2016.1 to 2017.1. It consisted of 55
physiotherapeutic records of patients attended in the sector. The biodemographic and CF data were collected by the Katz
Index. Regarding the results, the mean age of the elderly was 73.11 years (±
6.76), women (90.7%) and widows (48,1%) predominated.
Considering functional capacity, the elderly individuals were mostly
independent (85,2%) and a lower proportion (9,3) of
elderly individuals were dependent for "continence". In this way,
there was a predominance of independent elderly, being, therefore, able to
adequately perform their daily activities.
Key-words: Health of
the Elderly; Functional capacity; Physiotherapy; Geriatrics.
As transformações
ocorridas ao chegarmos ao século XXI foram significativas, as condições
socioeconômicas e de saúde das populações em todo o mundo, levaram a uma
alteração na estrutura etária, caracterizada pelo envelhecimento populacional,
ou seja, aumento na proporção de idosos [1].
O envelhecimento
populacional define-se pelo aumento da participação das faixas etárias mais
avançadas na estrutura etária da população. Pode ser resultado da emigração da
população jovem em idade reprodutiva, ou da queda das taxas de mortalidade,
natalidade e fecundidade [2].
Além da diminuição
das taxas de natalidade e mortalidade, o outro fator responsável pelo número
crescente de idosos é o aumento da expectativa de vida. Ela pode ser calculada
a partir de dois pontos: ao nascimento e em uma época próxima à morte [3].
O crescimento é um
fenômeno mundial e, no Brasil, as modificações se dão de forma radical e
bastante acelerada. As projeções mais conservadoras indicam que, em 2020, já
seremos o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior
a 30 milhões de pessoas. Isso se deve à alta fecundidade observada nos anos 50
e 60 e à queda da mortalidade que beneficiou todos os grupos populacionais [2,5,6].
No Brasil, segundo as
projeções estatísticas da Organização Mundial de saúde (1985), entre 1950 e
2025, a população de idosos crescerá 16 vezes contra o aumento de cinco vezes
da população total, colocando o Brasil, em termos absolutos, como a sétima
população de idosos do mundo, isto é, com mais de 32 milhões de pessoas com 60
anos ou mais [1].
Com o aumentar da
idade também aumenta a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis, não
sendo incomum os idosos possuírem concomitantemente
mais de uma condição crônica, elevando assim, o risco de complicações. Segundo dados do estudo SABE (Saúde Bem Estar e Envelhecimento na
América Latina e Caribe), realizado na cidade de São Paulo em 2000, a
prevalência de doenças crônicas concomitantes entre os idosos foi de 48% entre
as mulheres e 33% entre homens [7].
O envelhecimento é um
considerável fator de risco para doenças crônicas degenerativas, assim como o
sedentarismo, o tabagismo, o alcoolismo e hábitos alimentares inadequados. As
doenças crônicas mais comuns a essa faixa etária são: Parkinson, Demência
(Alzheimer), Acidente Vascular Cerebral, Osteoporose, Catarata, Hipertensão,
Diabetes Mellitus, Incontinência Urinaria, Depressão, entre outras
incapacidades [8].
Segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os idosos apresentam mais
problemas de saúde que a população geral. Em 1999, dos 86,5 milhões de pessoas
que declararam ter consultado um médico nos últimos 12 meses, 73,2% eram
maiores de 65 anos. Esse também foi o grupo de maior coeficiente de internação
hospitalar (14,8 por 100 pessoas no grupo) no ano anterior. Mais da metade dos
idosos apresentava algum problema de saúde (53,3%), sendo 23,1% portadores de
doenças crônicas [9,10].
De acordo com Camargos, Perpetuo e Machado [11] à medida que aumenta a
idade, a porcentagem de anos a serem vividos livres de incapacidade funcional
diminui, ao passo que os anos com incapacidade funcional e dependência
aumentam.
Para Alves et al. [12] o comprometimento da capacidade funcional e
desempenho ocupacional do idoso tem implicações importantes para a família, a
sociedade, a comunidade, para o sistema de saúde e para a vida do próprio
idoso, uma vez que a incapacidade ocasiona maior vulnerabilidade e dependência
na velhice, contribuindo para a diminuição do bem-estar e da qualidade de vida
dos idosos.
O conceito de
capacidade funcional (CF) pode ser definido como a eficiência do idoso em
corresponder às demandas físicas do cotidiano, que compreende desde as
atividades básicas para uma vida independente até as ações mais complexas da
rotina diária [13, 14].
Na velhice costuma-se
observar baixos níveis de CF, principalmente devido à depreciação das funções
físicas, como a diminuição da função dos sistemas osteo-muscular,
cardiorespiratório e nervoso, situação que pode
impedir os idosos de realizar suas atividades cotidianas com [13].
Desta forma, a
manutenção da capacidade funcional possui um papel fundamental na qualidade de
vida dos idosos por estar relacionada com a possibilidade de manter um estilo
de vida saudável, uma função no ambiente familiar e social em que vive e de
estar inserido em uma rede social [15].
A
avaliação da CF do
idoso tem sido explorada intensamente, tornando-se ferramenta quase que
indispensável no que tange à determinação
do perfil dessa população, ao desenvolvimento
de programas de intervenção, para o delineamento de
estudos epidemiológicos e,
por conseguinte, para a determinação de níveis de
morbidade e mortalidade desse
público [16].
Diante disto, o
presente estudo tem como objetivo de identificar a partir dos dados contidos
nos prontuários a capacidade funcional de idosos atendidos em uma
Clínica-Escola de Fisioterapia de uma Instituição de Ensino Superior da
Paraíba.
Trata-se de um estudo
retrospectivo e descritivo, que foi realizado por meio de coleta de dados de
prontuários dos pacientes idosos, abordados pela avaliação geriátrica, de uma
clínica escola de fisioterapia da cidade de Patos/PB de todos os pacientes
atendidos no período de 2016.1 à 2017.1.
A população do estudo
foi constituída pelos idosos atendidos no serviço de fisioterapia, de uma
clínica escola, que apresentaram preenchimento completo do seu prontuário.
Para o levantamento
da população, foi realizada uma consulta nas fichas de avaliação e
acompanhamento dos pacientes no setor e após análise utilizando os critérios de
inclusão, a presente pesquisa constou de 54 prontuários fisioterapêuticos de
pacientes atendidos no setor de geriatria da Clínica Escola de Fisioterapia do
Sertão Paraibano.
Foram considerados
como critérios de inclusão: paciente com idade superior a 60 anos e que foram
acompanhados pelos alunos da disciplina de geriatria e que tivesse sido
atendido no período de 2016.1 a 2017.1. Foram excluídos os prontuários de pacientes
que apresentaram dados incompletos, e/ou ilegíveis.
A coleta de dados
aconteceu no mês de outubro de 2017. Foram coletados os dados biodemográficos como sexo, idade e estado civil e aspectos
relacionados a funcionalidade dos idosos baseado no Índice
de Katz. O Índice de Kartz, é um instrumento de
medida de das atividades de vida diária hierarquicamente
relacionadas e organizado para mensurar independência no desempenho
dessas seis funções (Banhar-se, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência
e alimentação). O formulário de avaliação possui três categorias de
classificação: independente (6 pontos), dependência
moderada (4) ou muito dependente (2 ou menos) [17].
Para análise
estatística e elaboração do banco de dados das fichas de coletas, foi utilizado
o Software Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS – versão 21.0) para Windows. Nesse
software foi realizada análise estatística quantitativa, em porcentagem, média,
desvio padrão. As variáveis categóricas foram expressas em números totais e
percentagens. Todos os dados foram comparados por semestres (2016.1, 2016.2 e
2017.1).
Os preceitos
ético-legais foram estabelecidos de acordo com a Resolução CNS nº 466, de 12 de
dezembro de 2012, que trata de recomendações éticas quando da realização de
pesquisa que envolva seres humanos. O projeto foi encaminhado para apreciação
do Comitê de Ética das Faculdades Integradas de Patos, recebendo a aprovação
com o número de protocolo CAAE: 77355317.2.0000.5181.
Com base na
metodologia utilizada e na amostra determinada para este estudo, a presente
pesquisa constou de 54 prontuários fisioterapêuticos de pacientes atendidos no
setor de geriatria da Clínica Escola de Fisioterapia do Sertão Paraibano nos
respectivos semestres, 2017.1, 2016.2 e 2016.1.
Com relação a quantidade de pacientes atendidos em cada semestre, os
resultados demostraram que 19 pacientes foram atendidos em 2017.1, 16 pacientes
em 2016.2 e 19 pacientes em 2016.1.
Quanto ao sexo, no
total da amostra, foi observado uma predominância no sexo
feminino (90,7%; n=49) em relação ao sexo masculino (9,3%; n=5). No
semestre de 2017.1 os pacientes do sexo feminino corresponderam a 78,9% (n=15)
e do sexo masculino a 21,1% (n=4) dos participantes da pesquisa. No semestre
2016.2, o sexo feminino equivale a 93,7% (n=15) dos pacientes e o sexo
masculino a 6,3% (n=1). Sobre o semestre de 2016.1, 100% (n=19) dos pacientes
foram do sexo feminino.
Verificou-se que a
idade média dos idosos foi de 73,41 anos (±6,45), com idade mínima de 62 anos e
máxima de 88 anos. Em relação ao semestre 2017.1, a média de idade foi de 73,84
(±6,60), com idade variando de 65 à 88 anos; no
semestre 2016.2 a média foi 75,31 (±6,53), variando de 62 à 88 anos de idade e
no semestre 2016.1, média de 71,37 (±5,97), com idade variando de 62 à 82 anos
de idade.
O gráfico I apresenta
os dados referentes ao estado civil dos pacientes, observando-se que nos três
semestres, predominou o estado civil viúvo com 48,1% (n=26), em seguida casados
com 35,2% (n=19), solteiro com 14,8% (n=8) e separado/divorciado com 1,9%
(n=1). Quando distribuídos por semestre, em 2017.1, 42,1% (n=8) dos pacientes
eram viúvos, 31,6% (n=6) eram casados e 26,3% (n=5) eram solteiros. Com relação
ao semestre de 2016.2, 50,0% (n=8) dos pacientes eram viúvos, 43,7% (n=7)
casados e 6,3% (n=1) eram solteiros. No semestre de 2016.1, 52,6% (n=10) dos
pacientes atendidos eram viúvos, 31,6% (n=6) eram casados, 10,5% (n=2) eram
solteiros e 5,3% (n=1) era separado/divorciado.
Fonte: Dados da
pesquisa, 2017.
Gráfico
I - Distribuição dos pacientes quanto ao estado
civil, por semestre.
De acordo com a
Tabela I, a escala de Katz apresentou o número e o percentual de idosos que
realizavam as atividades básicas que constituem o índice levando em
consideração cada semestre. No total da amostra, a maioria dos idosos mostrou-se
ser independentes para as AVDs com 85,2% (n=46),
apenas 9,3% (n=5) apresentaram dependência parcial e 5,6% (n=3) apresentaram
dependência importante para as AVDs. De acordo com
cada semestre, os idosos atendidos no semestre de 2017.1 apresentaram maior
dificuldade para “transferência” (n=3; 15%). Durante o semestre de 2016.2, os
idosos apresentaram maiores dificuldades para “continência” (n=4; 25%) e
“transferência” (n=2; 12,5%). Sobre os idosos atendidos em 2016.1, os mesmos
apresentaram dificuldades para “continência” (n=5; 26,3%), “banhar-se” (n=4;
21,1%), “vestir-se” (n=3; 15,8%) e “higiene pessoal” (n=3; 15,8%).
Tabela
I - Itens do Índice de Katz.
Fonte: Dados da
pesquisa, 2017
O gráfico II
apresenta a funcionalidade dos pacientes quanto à realização de suas AVDs pelo Índice de Katz. No semestre de 2017.1, 89,4%
(n=17) dos pacientes eram independentes para realização de suas AVDs, enquanto 5,3% (n=1) dos pacientes eram dependentes
parciais e os outros 5,3% (n=1) eram dependentes importantes. Sobre o semestre
de 2016.2, os pacientes que eram independentes corresponderam a 81,3% (n=13), e
os outros pacientes (8,7%; n=3) apresentavam dependência parcial. Quanto ao
semestre 2016.1, 84,2% (n=16) dos pacientes eram independentes e 5,3% (n=1)
apresentavam dependência parcial e 10,5% (n=2) eram dependentes importantes.
Fonte: Dados da
pesquisa, 2017.
Gráfico
II -
Classificação da funcionalidade, pelo
Índice de Katz, por semestre.
O presente estudo
revelou que os idosos atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia de uma
Faculdade no Sertão Paraibano, nos semestres de 2017.1, 2016.2 e 2016.1 são, em
sua maioria, do sexo feminino, com idade média de 73,11 anos, casados ou
viúvos. Em relação aos aspectos ligados a saúde, a maior
parte dos pacientes apresentam um perfil de independência para
realização de AVDs.
Uma característica
importante do envelhecimento da população brasileira é a feminização
nos atendimentos clínicos, durante a velhice, no qual vários estudos apontam
esse fenômeno, que correspondem aos resultados da pesquisa [18]. Em um estudo
realizado [19], que entrevistaram idosos de uma Estratégia Saúde da Família em
um município da região Nordeste do Brasil verificou-se um maior percentual de
mulheres, estando atribuído à sua maior longevidade, que ocorre em consequência
de uma menor exposição a fatores de riscos, como tabagismo e etilismo, e um
maior cuidado com a saúde.
A média de idade
encontrada no estudo e o predomínio de idosos mais jovens tanto para sexo
feminino quanto para o masculino podem ser característica do recente processo
de envelhecimento que está acontecendo com a população brasileira [20].
Nesse estudo foi observado
uma maior prevalência de idosos viúvos, que corrobora com o estudo de Silva et al. [21] que avaliaram o perfil
epidemiológico de idosos frequentadores de grupos de convivência no município
de Iguatu-CE, que evidencia essa alta frequência de viúvas pela elevação
progressiva na expectativa de vida da população feminina em detrimento da
masculina.
Em relação ao grau de
dependência para as AVDs, a maioria dos idosos deste
estudo eram independentes, enquanto a proporção de
idosos dependentes e dos parcialmente dependentes variaram de acordo com cada
semestre, no qual no semestre de 2017.1 o percentual foi igual, em 2016.2 a
proporção de idosos dependentes foi menor que os dos parcialmente dependentes,
e 2016.1 a proporção de idosos dependentes foi maior que dos parcialmente
dependentes. O percentual de idosos independentes foi semelhante ao registrado
na literatura, na qual mais da metade dos idosos era totalmente independente
para a realização das atividades básicas da vida diária, estando em concordância
com os achados do presente trabalho [22].
A prevalência de
idosos mais independentes e ativos é cada vez maior, podendo ser explicado pelo
maior número de atividades que são desenvolvidas e pelos avanços de estudos que
buscam promover mais qualidade de vida para os idosos [23].
A atividade mais
crítica dos itens do índice de Katz é a continência, no qual todos os semestres
apresentaram indivíduos com incontinência. Tal situação pode levar o indivíduo
ao isolamento social, pelo constrangimento causado. No entanto, é considerada
uma repercussão natural que ocorre durante o processo de envelhecimento [7].
Verificou-se que a
atividades como banho, vestuário e transferência, evidenciaram certa
dificuldade para alguns idosos da pesquisa. [24] relaciona esses fatos à teoria
de que ocorre primeiro o declínio de habilidades mais complexas, preservando
habilidades importantes para sobrevivência.
A maior proporção de
idosos que foram atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia do Sertão
Paraibano, nos respectivos semestres, 2017.1, 2016.2 e 2016.1 foram considerados independente para a realização de atividades básica de
vida diária. No entanto, uma proporção menor já demonstra necessidade de
cuidado diferenciado por apresentar comprometimento do estado funcional,
podendo acarretar em prejuízos físicos, psicológicos e sociais.
Portanto, é necessário a utilização de medidas preventivas e terapêuticas que
minimizem os fatores de riscos que interferem diretamente na capacidade
funcional dos idosos promovendo mais independência, autonomia e
consequentemente, qualidade de vida a essa população.