ARTIGO ORIGINAL
Função sexual e
qualidade de vida em mulheres climatéricas
Climacteric women’s sexual function and quality of life
Laís Figuerêdo Meira*, Karla Cavalcante Silva de Morais, M.Sc.**, Nayara Alves de Sousa, D.Sc.***,
Juliana Barros Ferreira, M.Sc.****
*Graduanda em
Fisioterapia pela Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), **Docente da
Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR) e da Faculdade UNINASSAU,
***Especialista em Neurofuncional/UGF, Especialista
em Saúde Pública/Facinter, Docente Adjunta do Curso
de Fisioterapia/UESB, ****Docente da Faculdade Independente do Nordeste
(FAINOR) e da Faculdade de Tecnologias e Ciência (FTC/BA)
Recebido em 24 de
novembro de 2018; aceito em 30 de março de 2020.
Correspondência: Laís Figuerêdo Meira, Av Cláudia
Botelho, Condomínio Alfa Park 1065, casa 147 Primavera, Vitória da Conquista/BA
Laís Figuerêdo
Meira: lai_meira@hotmail.com
Karla Cavalcante Silva
de Morais: karlinhakau@hotmail.com
Nayara Alves de Sousa:
nayara.sousa1@hotmail.com
Juliana Barros Ferreira:
julibarros78@hotmail.com
Resumo
Introdução: O climatério é um
período marcado por transformações no corpo feminino, desse modo, diversos
problemas como: redução da lubrificação vaginal, anorgasmia e dispareunia podem surgir ou se agravar e, como
consequência, há uma diminuição na qualidade de vida. Objetivo: Analisar
a relação da função sexual e a qualidade de vida em mulheres climatéricas. Métodos:
Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, analítico. A coleta
de dados foi realizada com 20 mulheres climatéricas com faixa etária de 38 a 60
anos. Como instrumentos foram utilizados questionários contendo dados
sociodemográficos, o Female Sexual Function Index para avaliar a função sexual e o World
Health Organization Quality
of Life (WHOQOL-BREF) para analisar a qualidade
de vida. Resultados: Foi observado que nas mulheres que possuem
disfunção sexual no domínio excitação, a média está abaixo do ponto de corte, o
que não ocorre com mulheres que não possuem disfunção (p = 0,03), o mesmo
ocorre com os domínios orgasmo e satisfação. Na correlação da função sexual com
a qualidade de vida, há significância estatística nos domínios físico (p =
0,023) e meio ambiente (p = 0,049). Conclusão: Constatou-se que nas
mulheres que possuem uma qualidade de vida reduzida os impactos da disfunção
sexual são maiores.
Palavras-chave: climatério,
menopausa, mulheres, saúde sexual, qualidade de vida.
Abstract
Introduction: The climacteric period is a stage characterized by changes in women's
bodies this way, numerous issues such as the decrease of vaginal lubrication,
anorgasmia and dyspareunia may come up and be aggravated consequently promoting
a reduction in the quality of life. Objective: To assess the relation
between sexual functioning and life's quality in climacteric women. Methods:
It is an observational and analytical study, with a cross-sectional design. The
data collection was carried with 20 climacteric women aged from 38 to 60 years
old. As instruments were used questionnaires that comprised sociodemographic
data, the Female Sexual Function Index to examine the sexual function and the
World Health Organization Quality of Life WHOQOL-BREF to assess life's quality.
Results: It was noted that for women who have had sexual dysfunction in
the excitation domain, the mean was below the cutoff point what does not happen
with women who did not have dysfunction (p = 0,03), the same happens with
orgasm and satisfaction domains. Correlating sexual function with life’s
quality, the physical (p = 0,023) and environmental (p = 0,049) present
statistical significance. Conclusion: It was determined that for women
who have a reduced quality of life the sexual dysfunction impacts are larger.
Keywords: climacteric stage, menopause, women, sexual health, life’s quality.
O climatério ou a
menopausa é uma fase de transição da vida reprodutiva, caracterizado por
mudanças hormonais e metabólicas que podem causar mudanças na vida emocional e
psicossocial da mulher [1-4]. Esta fase está associada a alterações que podem
afetar o bem-estar físico, social, psicológico e urogenital das mulheres [3].
Pesquisas realizadas no Brasil constatam que 32% das mulheres com idade entre
45 e 65 anos encontram-se no período do climatério [2-5].
Algumas mulheres
desencadeiam sintomatologias durante o período do climatério, devido ao hipoestrogenismo, dentre estes sintomas há queixas de dispareunia, redução da lubrificação vaginal, anorgasmia,
incontinência urinária e instabilidade emocional [1-4,6]. Estes fatores levam a
uma disfunção sexual e interferem no prazer e na resposta sexual [5-7]. Dados
estatísticos mostram que no Brasil 60% das mulheres menopausadas
relatam redução da prática e do desempenho [2].
As mulheres menopausadas estão em busca de conhecimentos com a
sexualidade e com os padrões corporais, e esta procura tem a finalidade de
melhoria da qualidade de vida (QV) [3,8]. A qualidade de vida é considerada
como compreensão da vida e de seus objetivos, e é citada como fator primordial
de saúde e satisfação [9].
No que se refere à
qualidade de vida no período da menopausa, é de fundamental importância à
informação em relação aos sintomas, as mudanças hormonais, e o atendimento
especializado para informações e compreensão das possíveis alterações que
ocorrem nesse período [1].
Atualmente,
há uma
baixa investigação científica em
relação à função sexual e qualidade
de vida de
mulheres climatéricas. Neste aspecto, mostra-se
necessária a realização de
novas pesquisas, no intuito de levantar dados mais precisos, e
proporcionar um
maior conhecimento epidemiológico e possíveis
intervenções. Portanto, o
presente estudo propõe analisar a relação da
função sexual e qualidade de vida
em mulheres climatéricas.
Trata-se de um estudo
observacional, de corte transversal, analítico com abordagem quantitativa.
Aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o parecer de aprovação 2.824.919.
Este estudo faz parte do projeto maior intitulado: “Programa interdisciplinar
de estudos e pesquisa sobre disfunções do assoalho pélvico: assistência
fisioterapêutica”. A pesquisa foi realizada em um núcleo de estudos em
fisioterapia de uma instituição privada localizada no município de Vitória da
Conquista/BA. É válido ressaltar que o processo de coleta de dados não interferiu
na rotina de trabalho e obedeceu a um cronograma acordado com o referido local.
A amostra deste estudo é não probabilística por conveniência. O estudo foi
composto por 20 mulheres no período climatérico, com idade entre 38 e 60 anos,
usuárias do atendimento fisioterapêutico da referida cidade, e as acompanhantes
de pacientes que estavam em atendimento.
O teste de Mann-Whitney
foi utilizado com o intuito de testar a heterogeneidade de duas amostras
ordinais. Como o teste qui-quadrado de Pearson é um
teste estatístico aplicado a dados categóricos para avaliar o quão provável é
que qualquer diferença observada aconteça ao acaso, não exige uma quantidade
mínima para a coleta [10]. Assim, diante de uma amostra não probabilística de
conveniência, exige-se o mínimo de 20 indivíduos.
As participantes foram
selecionadas seguindo os critérios: mulheres no período climatérico e com vida
sexual ativa. Foram excluídas mulheres que apresentassem dificuldade visual,
comprometimento cognitivo e que se recusaram a participar do estudo.
Em relação aos
procedimentos, as mulheres foram abordadas e informadas sobre os objetivos do
estudo, inclusive seus riscos e benefícios, posteriormente foi disponibilizado
um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que foi assinado,
deixando comprovada sua participação. Para aquelas que aceitaram participar,
aplicou-se um questionário sociodemográfico, seguido dos questionários
autoaplicáveis: o Female Sexual Function Index (FSFI) e, posteriormente, o questionário
de qualidade de vida WHOQOL-Bref. Estes foram
depositados em uma pasta que ficaram sob os cuidados da pesquisadora.
Os dados
sociodemográficos foram coletados através de um questionário específico,
desenvolvido pela pesquisadora, constando: idade, escolaridade, estado civil,
número de filhos e nível econômico.
Utilizou-se o FSFI, que
contêm 19 questões que avaliam a função sexual nas últimas quatro semanas à
aplicação do questionário e apresentam escores em cada componente. Para cada questão
existe um padrão de resposta. As opções de respostas recebem pontuação entre 0
a 5 de forma crescente em relação à presença da função questionada. Apenas nas
questões sobre dor, a pontuação é definida de forma invertida. Deve-se notar
que, se o escore de algum domínio for igual a zero, significa que não foi
referida pela entrevistada relação sexual nas últimas quatro semanas. Ao final
é apresentado um escore total, resultado da soma dos escores de cada domínio
multiplicada por um fator que homogeneíza a influência de cada domínio no
escore total. O ponto de corte do escore total definido como 26 para a
população de origem do instrumento discrimina a população com maior e menor
risco de apresentar disfunção sexual [11].
A análise é realizada
reunindo as respostas em seis domínios diferentes: Desejo itens 1 e 2 x (0,6);
Excitação itens 3, 4, 5 e 6 x (0,3); Lubrificação itens 7, 8, 9, e 10 x (0,3);
Orgasmo itens 11, 12 e 13x (0,4); Satisfação itens 14, 15 e 16 x (0,4); Dor
itens 17, 18 e 19x (0,4). Para escores dos domínios, somam-se os escores
individuais e multiplica-se pelo fator correspondente. Para obter o escore
total da escala somam-se os escores para cada domínio. O escore varia de 2 a 36
pontos, se ele for menor ou igual a 26 designa disfunção sexual [11].
Para avaliar a
qualidade de vida foi aplicado o questionário World Health Organization Quality of Life WHOQOL-BREF. Este questionário é constituído de
26 perguntas (sendo a 1 e 2 referentes a qualidade de vida geral), as respostas
seguem uma escala de Likert (de 1 a 5, quanto maior a
pontuação melhor a qualidade de vida). Fora as questões (1 e 2), o instrumento
tem 24 facetas as quais compõem quatro domínios, são eles: Domínio físico,
psicológico, relações sociais e meio ambiente. Neste instrumento faz-se
necessário recodificar o valor das questões 3, 4, 26 (1=5) (2=4) (3=3) (4=2)
(5=1). As perguntas 1 e 2 deverão aparecer da seguinte forma: 1) Percepção da
qualidade de vida (resultado em média 1 a 5); 2) Satisfação com a saúde (resultado
em média 1 a 5) [12-13].
Todos os resultados vão
ser em média tanto no domínio quanto nas facetas. Com domínio, as facetas, as
perguntas um e dois e a classificação necessita melhorar (quando for 1 até
2,9); regular (3 até 3,9); boa (4 até 4,9) e muito boa (5) e resumido com os
resultados das questões um e dois necessita melhorar (quando for 1 até 2,9);
regular (3 até 3,9); boa (4 até 4,9) e muito boa (5) [12-13].
A análise descritiva e
comparativa de dados deu-se através do software Statistical
Package for Social Sciences
22.0 para Windows. As correlações existentes foram avaliadas com o uso dos
testes U de Mann Whitney e o teste Qui-quadrado de
Pearson com a significância fixada em 0,05. A plotagem de gráficos e tabelas
foi realizada com o auxílio do programa Microsoft Excel 2016.
A amostra desta
pesquisa foi composta por 20 mulheres com idade entre 38 e 60 anos, média
etária prevalente de 46 a 52 anos com 8 indivíduos (42,1%). Em relação às
características sociodemográficas, foi observada a predominância das mulheres
que se declaram de cor parda (55%), casadas (65%) e que moram com o companheiro
(65%).
Tabela I - Características
sociodemográficas da amostra. Vitória da Conquista/BA, 2018.
Fonte: dados da
pesquisa.
Em relação à função
sexual, as entrevistadas foram inicialmente classificadas com disfunção sexual
e ausência da disfunção. Das que possuem disfunção sexual representou 85% (n =
17) do total de entrevistados, enquanto as que tinham ausência de disfunção
representaram 15% da amostra (n =3).
O questionário FSFI
mostra a relação sexual da mulher nas últimas quatro semanas. Analisando os
domínios que compõem o FSFI, nota-se que os maiores contribuintes para os
baixos números nos escores nas médias das mulheres são: excitação (0,03),
orgasmo (0,036) e satisfação (0,012). Em mulheres que possuem disfunção sexual
e que não possuem disfunção o domínio desejo se apresenta abaixo do ponto de
corte (4,58) (p = 0,282). No domínio excitação em mulheres com disfunção
sexual, a média está abaixo do ponto de corte, o que não ocorre com mulheres
que não possuem disfunção sexual (p = 0,03), o mesmo ocorre com os domínios
orgasmo, satisfação e média geral do instrumento que foram significantes. Nos
domínios lubrificação e dor em mulheres com disfunção sexual as médias não
possuem correlação estatísticas significantes.
Tabela II - Função sexual em
mulheres climatéricas. Vitória da Conquista/BA, 2018.
¹Female Sexual Function Index; * Teste Mann Whitney; Fonte: Dados da
pesquisa.
Por meio da utilização
do método WHOQOL-BREF, foi realizado o estudo da qualidade de vida de mulheres
climatéricas sendo aplicados 20 questionários. Destaca-se que nas questões
gerais sobre a qualidade de vida tanto para qualidade de sua própria vida e
satisfação com a saúde apresenta-se regular, o que também é visto na
classificação dos domínios físicos (60%), psicológicos (70%), e relações
sociais (65%), no que se refere ao domínio meio ambiente (60%) apresentam a
classificação de que necessita melhorar.
Tabela III - Qualidade vida de
mulheres climatéricas. Vitória da Conquista/BA, 2018.
¹Desvio Padrão; Fonte:
Dados da pesquisa
Na correlação da função
sexual com a qualidade de vida, há significância estatística nos domínios
físico (0,023) e meio ambiente (0,049). A média de qualidade de vida para
mulheres que não possuem disfunção sexual são maiores o que permite dizer que a
disfunção sexual prejudica a qualidade de vida. Nos demais domínios não
apresentou relevância significativa, no entanto há diferenças entre a qualidade
de vida de mulheres com disfunção e as que não possuem disfunção, elevando-se o
valor das que não possuem.
Tabela IV - Tabela de
referência cruzada entre a qualidade de vida e a função sexual.
Fonte: Dados da
pesquisa. ¹The World Health Organization Quality of Life - bref; * teste ANOVA.
Há poucos estudos no
Brasil que avaliam a função sexual e qualidade de vida em mulheres no período
climatérico. Um estudo realizado com mulheres com média de idade de 50 anos
mostrou que a maioria apresenta ensino médio completo, são casadas e tem vida
sexual ativa [3]. Outro estudo realizado em um hospital privado de Goiânia, que
avaliou a presença de disfunções sexuais com 21 funcionárias climatéricas, com
vida sexual ativa, trouxe a mesma faixa de idade e estado civil [14].
No presente estudo, as
mulheres entrevistadas responderam que quase nunca ou nunca sentem desejo
sexual, orgasmo e excitação. Analisando os achados do estudo e os da
literatura, aponta-se que as disfunções mais encontradas são a redução do
orgasmo e lubrificação [15]. As queixas durante o climatério aumentam devido a
vários fatores, tais como a atrofia vaginal que interfere na função sexual,
deficiência de estrogênio levando a uma redução da libido, redução da
lubrificação e a dispareunia, são sintomas da
síndrome geniturinária da menopausa (GSM), muito comuns nessa fase [16-17].
Acredita-se que o hipoestrogenismo interfira de forma
direta na função sexual e QV destas mulheres.
No estudo multicêntrico
realizado com mulheres espanholas, menopausadas, os
resultados com maior prevalência foram: vagina ressecada, lubrificação reduzida
e dispareunia [18]. Outra pesquisa multicêntrica, com
3768 mulheres climatéricas, trouxe como resultados, que o ressecamento vaginal
foi o sintoma mais comum, seguida de irritação vaginal e dispareunia
[19].
Já uma pesquisa italiana,
envolvendo 913 mulheres, 100% das mulheres com diagnóstico de GSM
apresentaram secura vaginal, seguida de dispareunia,
queimação, prurido e disúria [20]. Em outra pesquisa multicêntrica, de
sete países europeus, houve uma prevalência geral de dor vaginal e
ressecamento, em 4201 mulheres na pós-menopausa [21]. Acredita-se que a maioria
das mulheres deste estudo possam não estar tendo assistência adequada, como
informações e orientações dos profissionais de saúde para estes sintomas.
Nesta pesquisa, as
mulheres climatéricas apresentaram qualidade de vida regular. Estudos mostram
que mulheres neste período precisam ser mais participativas e estarem
incorporadas em ambientes especializados, para que direcione a uma vivência
mais efetiva e satisfatória, o que irá favorecer uma qualidade de vida superior
[22-24]. Um estudo que envolveu 430 mulheres espanholas, na pós-menopausa,
avaliou o impacto dos sintomas genitais na qualidade de vida. O instrumento
utilizado foi o questionário de envelhecimento vaginal (DIVA) que mostrou que a
QV foi classificada como baixa a moderada nos domínios: atividade sexual,
autopercepção e na imagem corporal [18]. Outro estudo com 2160 mulheres
pós-menopáusicas com e sem atrofia vulvovaginais
(AVV), que frequentavam centros de convivência e consultórios ginecológicos,
trouxe como resposta que as participantes com AVV apresentaram uma qualidade de
vida menor, avaliada pelo EQ-5D3L (p = 0,012) e pela DIVA (p < 0,001) [19]. Nappi et al. [19] reportam que mulheres na pós-menopausa
com GSM apresentam um impacto emocional e físico diminuídos. Infere-se que um
acompanhamento e diagnósticos adequados para o tratamento dos sintomas do
período climatérico são de grande importância para manutenção da qualidade de
vida dessas mulheres.
Em um estudo realizado
num centro universitário em São Paulo, utilizando um questionário que avalia a
qualidade de vida, o Short Form Health Survey- SF-36 e o FSFI, observou-se moderada
sintomatologia climatérica [17]. No presente estudo, as médias da QV para as
mulheres climatéricas com ausência de disfunção sexual são maiores. Outra
pesquisa identificou que a menopausa atinge as mulheres de formas distintas e
influenciam no declínio da QV [9]. Ao analisar os dados da literatura com os
deste estudo, acredita-se que mulheres que não tem disfunção sexual possuem
maior QV. Desta forma, por mais que as médias das participantes apresentam-se
regular, existe uma diferença entre aquelas que possuem disfunção e aquelas que
não possuem. Fato que pode ser notado quando não há disfunção as médias se
elevam.
Quando se aproxima o
período climatérico, as mulheres sentem modificações físicas e com elas muitas
dúvidas de como conviver com essas mudanças, nesta fase precisam de um
acompanhamento amplo e humanizado em todos os contextos, por esse motivo faz-se
necessário um atendimento interativo e multidisciplinar para prevenção e
tratamento das disfunções sexuais [14].
As limitações deste
estudo foram: a coleta de dados foi realizada em um único local, e não ter a
comparação de um grupo controle e não ter sido realizada uma análise
qualitativa para avaliar a percepção da qualidade de vida das mulheres no
período climatério.
As mulheres que não
possuem disfunção sexual têm uma melhor qualidade de vida, o que permite dizer
que a disfunção sexual prejudica a qualidade de vida. Destaca-se que a
qualidade de vida se apresenta regular. A função sexual apresenta-se baixa nos
domínios excitação, orgasmo e satisfação.
É de suma importância a
realização de novos estudos voltados para o período climatérico, e como é
possível a intervenção para melhorar a qualidade de vida e a função sexual
dessas mulheres, pois com a chegada dessa fase muitas dúvidas surgem, e estas
devem ser sanadas por uma equipe multidisciplinar e apoio especializado.