ARTIGO
ORIGINAL
Função
sexual e qualidade de vida em mulheres climatéricas
Climacteric women’s sexual function and quality of life
Laís Figuerêdo Meira*, Karla Cavalcante Silva de Morais, M.Sc.**, Nayara Alves de Sousa, D.Sc.***, Juliana Barros Ferreira, M.Sc****
*Graduanda
em Fisioterapia pela Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), **Docente da
Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR) e da Faculdade UNINASSAU,
***Especialista em Saúde Pública/Facinter, Docente
Adjunta do Curso de Fisioterapia/UESB, ****Docente da Faculdade Independente do
Nordeste (FAINOR) e da Faculdade de Tecnologias e Ciência (FTC/BA)
Recebido em 24 de
novembro de 2018; aceito em 17 de janeiro de 2019.
Endereço
para correspondência:
Laís Figuerêdo Meira, Av
Cláudia Botelho, Condomínio Alfa Park 1065, casa 147, Vitória da Conquista BA,
E-mail: lai_meira@hotmail.com, Karla Cavalcante Silva de Morais:
karlinhakau@hotmail.com; Nayara Alves de Sousa: nayara.sousa1@hotmail.com;
Juliana Barros Ferreira: julibarros78@hotmail.com
Resumo
Introdução: O climatério é um
período marcado por transformações no corpo feminino, desse modo, diversos
problemas como: redução da lubrificação vaginal, anorgasmia e dispareunia podem surgir ou se agravar e, como
consequência, favorece uma diminuição na qualidade de vida. Objetivo: Analisar a relação da função
sexual e a qualidade de vida em mulheres climatéricas. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal,
analítico. A coleta de dados foi realizada com 20 mulheres climatéricas com
faixa etária de 38 a 60 anos. Como instrumentos foram utilizados questionários
contendo dados sociodemográficos, o Female Sexual Function
Index para avaliar a função sexual e o World
Health Organization Quality
of Life WHOQOL-BREF para analisar a qualidade de
vida. Resultados: Foi observado que
nas mulheres que possuem disfunção sexual no domínio excitação, a média está
abaixo do ponto de corte, o que não ocorre com mulheres que não possuem
disfunção (p = 0,03), o mesmo ocorre com os domínios orgasmo e satisfação. Na
correlação da função sexual com a qualidade de vida, há significância
estatística nos domínios físico (p = 0,023) e meio ambiente (p = 0,049). Conclusão: Constatou-se que nas mulheres
que possuem uma qualidade de vida reduzida os impactos da disfunção sexual são
maiores.
Palavras-chave: climatério,
menopausa, mulheres, saúde sexual, qualidade de vida.
Abstract
Introduction: The climacteric period is characterized by changes in women's bodies,
and numerous issues like decrease of vaginal lubrication, anorgasmia
and dyspareunia may come up and be aggravated, promoting a reduction in the
quality of life. Objective: To assess
the relation between sexual functioning and quality of life in climacteric
women. Methods: This is an
observational and analytical study, with a cross-sectional design. The data
were carried out with 20 climacteric women 38 to 60 years old. We used
questionnaires including sociodemographic data, the
Female Sexual Function Index to examine the sexual function and the World
Health Organization Quality of Life WHOQOL-BREF to assess quality of life. Results: We noted that for women who
have had sexual dysfunction in the excitation domain, the mean was below the
cutoff point what does not happen with women who did not have dysfunction (p =
0,03), the same happens with orgasm and satisfaction domains. Correlating
sexual function with quality of life, the physical (p = 0,023) and
environmental domains (p = 0,049) present statistical significance. Conclusion: In women with a reduced
quality of life the sexual dysfunction impacts are larger.
Key-words: climacteric,
menopause, women, sexual health, quality of life.
O climatério ou a
menopausa é uma fase de transição da vida reprodutiva, caracterizado por
mudanças hormonais e metabólicas que podem causar mudanças na vida emocional e
psicossocial da mulher [1-4]. Esta fase está associada a alterações que podem
afetar o bem-estar físico, social, psicológico e urogenital das mulheres [3].
Pesquisas realizadas no Brasil constatam que 32% das mulheres com idade entre
45 e 65 anos encontram-se no período do climatério [2-5].
Algumas mulheres
desencadeiam sintomatologias durante o período do climatério, devido ao hipoestrogenismo, dentre estes sintomas há queixas de dispareunia, redução da lubrificação vaginal, anorgasmia,
incontinência urinária e instabilidade emocional [1-4,6]. Estes fatores levam a
uma disfunção sexual e interferem no prazer e na resposta sexual [5-7]. Dados
estatísticos mostram que no Brasil 60% das mulheres menopausadas
relatam redução da prática e do desempenho [2].
As mulheres menopausadas estão em busca de conhecimentos com a
sexualidade e com os padrões corporais, e esta procura tem a finalidade de
melhoria da qualidade de vida (QV) [3,8]. A qualidade de vida é considerada
como compreensão da vida e de seus objetivos, e é citada como fator primordial
de saúde e satisfação [9].
No que se refere à
qualidade de vida no período da menopausa, é de fundamental importância à
informação em relação aos sintomas, as mudanças hormonais, e o atendimento
especializado para informações e compreensão das possíveis alterações que
ocorrem nesse período [1].
Atualmente,
há uma
baixa investigação científica em
relação à função sexual e qualidade
de vida de
mulheres climatéricas. Neste aspecto, mostra-se
necessária a realização de
novas pesquisas, no intuito de levantar dados mais precisos, e
proporcionar um
maior conhecimento epidemiológico e possíveis
intervenções. Portanto, o
presente estudo propõe analisar a relação da
função sexual e qualidade de vida
em mulheres climatéricas.
Trata-se de um estudo
observacional, de corte transversal, analítico com abordagem quantitativa.
Aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o parecer de aprovação 2.824.919.
Este estudo faz parte do projeto maior intitulado: “Programa interdisciplinar
de estudos e pesquisa sobre disfunções do assoalho pélvico: assistência
fisioterapêutica”. A pesquisa foi realizada em um núcleo de estudos em
fisioterapia de uma instituição privada localizada no município de Vitória da
Conquista na Bahia/BA. É válido ressaltar que o processo de coleta de dados não
interferiu na rotina de trabalho e obedeceu a um cronograma acordado com o
referido local. A amostra deste estudo é não probabilística por conveniência. O
estudo foi composto por 20 mulheres no período climatérico, com idade entre 38
e 60 anos, usuárias do atendimento fisioterapêutico da referida cidade, e
também as acompanhantes de pacientes que estavam em atendimento.
O teste de
Mann-Whitney foi utilizado com o intuito de testar a heterogeneidade de duas
amostras ordinais. Como o teste qui-quadrado de
Pearson é um teste estatístico aplicado a dados categóricos para avaliar o quão
provável é que qualquer diferença observada aconteça ao acaso, não exige uma
quantidade mínima para a coleta [10]. Assim, diante de uma amostra não
probabilística de conveniência, exige-se o mínimo de 20 indivíduos.
As participantes
foram selecionadas seguindo os critérios: mulheres no período climatérico e com
vida sexual ativa. Foram excluídas mulheres que apresentassem dificuldade visual,
comprometimento cognitivo e que se recusaram a participar do estudo.
Em relação aos
procedimentos, as mulheres foram abordadas e informadas sobre os objetivos do
estudo, inclusive seus riscos e benefícios, posteriormente foi
disponibilizado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),
que foi assinado, deixando comprovada sua participação. Para aquelas que
aceitaram participar, aplicou-se um questionário sociodemográfico,
seguido dos questionários autoaplicáveis: o Female Sexual Function Index (FSFI) e,
posteriormente, o questionário de qualidade de vida- WHOQOL-Bref.
Estes foram depositados em uma pasta que ficaram sob os cuidados da
pesquisadora.
Os dados sociodemográficos foram coletados através de um
questionário específico, desenvolvido pela pesquisadora, constando: idade,
escolaridade, estado civil, número de filhos e nível econômico.
O FSFI contêm 19
questões que avaliam a função sexual nas últimas quatro semanas à aplicação do
questionário e apresentam escores em cada componente. Para cada questão existe
um padrão de resposta. As opções de respostas recebem pontuação entre 0 e 5 de forma crescente em relação à presença da função
questionada. Apenas nas questões sobre dor, a pontuação é definida de forma
invertida. Deve-se notar que, se o escore de algum domínio for igual à zero,
significa que não foi referida pela entrevistada relação sexual nas últimas
quatro semanas. Ao final é apresentado um escore total, resultado da soma dos
escores de cada domínio multiplicada por um fator que homogeneíza a influência
de cada domínio no escore total. O ponto de corte do escore total definido como
26 para a população de origem do instrumento discrimina a população com maior e
menor risco de apresentar disfunção sexual [11].
A análise é realizada
reunindo as respostas em seis domínios diferentes: Desejo - itens 1 e 2 x(0,6); Excitação - itens 3, 4, 5 e 6 x (0,3);
Lubrificação - itens 7, 8, 9, e 10 x (0,3); Orgasmo - itens 11, 12 e 13x (0,4);
Satisfação - itens 14, 15 e 16 x (0,4); Dor - itens 17, 18 e 19x (0,4). Para
escores dos domínios, somam-se os escores individuais e multiplica-se pelo
fator correspondente. Para obter o escore total da escala somam-se os escores
para cada domínio. O escore varia de 2 a 36 pontos, se ele for menor ou igual a
26 designa disfunção sexual [11].
Para avaliar a
qualidade de vida foi aplicado o questionário World Health Organization
Quality of Life
WHOQOL-BREF. Este questionário é constituído de 26 perguntas (sendo 1 e 2 referente a qualidade de vida geral), as respostas
seguem uma escala de Likert (de 1 a 5, quanto maior a
pontuação melhor a qualidade de vida). Fora as questões (1
e 2), o instrumento tem 24 facetas as quais compõem quatro domínios, são eles:
Domínio físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Neste
instrumento faz-se necessário recodificar o valor das questões 3, 4, 26 (1=5)
(2=4) (3=3) (4=2) (5=1). As perguntas 1 e 2 deverão
aparecer da seguinte forma: 1) Percepção da qualidade de vida (resultado em
média 1 a 5); 2) Satisfação com a saúde (resultado em média 1 a 5) [12-13].
Todos os resultados
vão ser em média tanto no domínio quanto nas facetas. Com domínio, as facetas,
as perguntas um e dois e a classificação necessita melhorar (quando for 1 até 2,9); regular (3 até 3,9); boa (4 até 4,9) e muito boa
(5) ) e resumido com os resultados das questões um e dois necessita melhorar
(quando for 1 até 2,9); regular (3 até 3,9); boa (4 até 4,9) e muito boa (5)
[12-13].
A análise descritiva
e comparativa de dados deu-se através do software Statistical Package for Social Sciences
22.0 para Windows. As correlações existentes foram avaliadas com o uso dos
testes U de Mann Whitney e o teste Qui-quadrado de
Pearson com a significância fixada em 0,05. A plotagem de gráficos e tabelas
foi realizada com o auxílio do programa Microsoft Excel 2016.
A amostra dessa
pesquisa foi composta por 20 mulheres com idade entre 38 e 60 anos, média
etária prevalente de 46 a 52 anos com 8 indivíduos
(42,1%). Em relação às características sociodemográficas,
foi observada a predominância das mulheres que se declaram de cor parda (55%),
casadas (65%) e que moram com o companheiro (65%).
Tabela
I - Características sociodemográficas
da amostra. Vitória da Conquista/BA, 2018.
Fonte: Dados da
pesquisa.
Em relação à função
sexual, as entrevistadas foram inicialmente classificadas com disfunção sexual
e ausência da disfunção. Das que possuem disfunção sexual representou 85% (n =
17) do total de entrevistados, enquanto as que tinham ausência de disfunção
representaram 15% da amostra (n = 3).
O questionário FSFI,
mostra a relação sexual da mulher nas últimas quatro semanas. Analisando os
domínios que compõem o FSFI, nota-se que os maiores contribuintes para os
baixos números nos escores nas médias das mulheres são: excitação (0,03),
orgasmo (0,036) e satisfação (0,012). Em mulheres que possuem disfunção sexual
e que não possuem disfunção o domínio desejo se apresenta abaixo do ponto de
corte (4,58) (p = 0,282). No domínio excitação em mulheres com disfunção
sexual, a média está abaixo do ponto de corte, o que não ocorre com mulheres
que não possuem disfunção sexual (p = 0,03), o mesmo ocorre com os domínios
orgasmo, satisfação e média geral do instrumento que foram significantes. Nos
domínios lubrificação e dor em mulheres com disfunção sexual as médias não
possuem correlação estatísticas significantes.
Tabela
II -
Função sexual em mulheres climatéricas.
Vitória da Conquista/BA, 2018.
¹Female Sexual Function Index; * Teste Mann Whitney; Fonte: Dados da
pesquisa.
Por meio da
utilização do método WHOQOL-BREF, foi realizado o estudo da qualidade de vida
de mulheres climatéricas sendo aplicados 20 questionários, que nos permite
avaliar a qualidade de vida destas numa totalidade e também mais específicos.
Destaca-se que nas questões gerais sobre a qualidade de vida tanto para
qualidade de sua própria vida e satisfação com a saúde apresenta-se regular, o
que também é visto na classificação dos domínios físicos (60%), psicológicos
(70%), e relações sociais (65%), no que se refere ao domínio meio ambiente
(60%) apresentam a classificação de que necessita melhorar.
Tabela
III
- Qualidade vida de mulheres
climatéricas. Vitória da Conquista/BA, 2018.
¹Desvio Padrão Fonte:
dados da pesquisa.
Na correlação da
função sexual com a qualidade de vida, há significância estatística nos
domínios físico (0,023) e meio ambiente (0,049). A média de qualidade de vida
para mulheres que não possuem disfunção sexual são maiores o que permite dizer
que a disfunção sexual prejudica a qualidade de vida. Nos demais domínios não
apresentou relevância significativa, no entanto há diferenças entre a qualidade
de vida de mulheres com disfunção e as que não possuem disfunção, elevando-se o
valor das que não possuem.
Tabela
IV -
Tabela de referência cruzada entre a
qualidade de vida e a função sexual. Vitória da Conquista/BA, 2018.
¹The World Health Organization Quality of Life - bref; * teste ANOVA;Fonte: Dados da pesquisa.
Há poucos estudos no
Brasil que avaliam a função sexual e qualidade de vida em mulheres no período
climatérico. Um estudo realizado com mulheres com média de idade de 50 anos
mostrou que a maioria apresenta ensino médio completo, são casadas e tem vida
sexual ativa [3]. Outro estudo realizado em um hospital privado de Goiânia, que
avaliou a presença de disfunções sexuais com 21 funcionárias climatéricas, com
vida sexual ativa, trouxe a mesma faixa de idade e estado civil [14].
No presente estudo as
mulheres entrevistadas responderam que quase nunca ou nunca sentem desejo
sexual, orgasmo e excitação. Analisando os achados do estudo e os da
literatura, aponta-se que as disfunções mais encontradas são a redução do
orgasmo e lubrificação [15]. As queixas durante o climatério aumentam devido a
vários fatores, tais como a atrofia vaginal que interfere na função sexual,
deficiência de estrogênio levando a uma redução da libido, redução da
lubrificação e à dispareunia, são sintomas da
síndrome geniturinária da menopausa (GSM), muito comuns nessa fase [16-17].
Acredita-se que o hipoestrogenismo interfira de forma
direta na função sexual e QV destas mulheres.
No estudo
multicêntrico realizado com mulheres espanholas, menopausadas,
os resultados com maior prevalência foram: vagina ressecada, lubrificação
reduzida e dispareunia [18]. Outra pesquisa
multicêntrica, com 3768 mulheres climatéricas, trouxe como resultados, que o
ressecamento vaginal foi o sintoma mais comum, seguida de irritação vaginal e dispareunia [19].
Já uma pesquisa
italiana, envolvendo 913 mulheres, 100% das mulheres com diagnóstico de
GSM apresentaram secura vaginal, seguida de dispareunia,
queimação, prurido e disúria [20]. Em outra pesquisa multicêntrica, de
sete países europeus, houve uma prevalência geral de dor vaginal e
ressecamento, em 4201 mulheres na pós-menopausa [21]. Acredita-se que a maioria
das mulheres deste estudo possa não estar tendo assistência adequada, como
informações e orientações, dos profissionais de saúde para estes sintomas.
Nesta pesquisa, as
mulheres climatéricas apresentaram qualidade de vida regular. Estudos mostram
que mulheres neste período precisam ser mais participativas e estarem
incorporadas em ambientes especializados, para que direcione a uma vivência
mais efetiva e satisfatória, o que irá favorecer uma qualidade de vida superior
[22-24]. Um estudo que envolveu 430 mulheres espanholas, na pós-menopausa,
avaliou o impacto dos sintomas genitais na qualidade de vida. O instrumento
utilizado foi o questionário de envelhecimento vaginal (DIVA), mostrou que a QV
foi classificada como baixa a moderada nos domínios: atividade sexual, autopercepção e na imagem corporal [18]. Outro estudo com
2160 mulheres pós-menopáusicas com e sem atrofia vulvovaginais
(AVV), que frequentavam centros de convivência e consultórios ginecológicos,
trouxe como resposta que as participantes com AVV apresentaram uma qualidade de
vida menor, avaliada pelo EQ-5D3L (p=0,012) e pela DIVA (p<0,001) [19]. Nappi et al. [19] relataram que
mulheres na pós-menopausa com GSM apresentam um impacto emocional e físico
diminuídos. Infere-se que um acompanhamento e diagnósticos adequados para o
tratamento dos sintomas do período climatérico são de grande importância para
manutenção da qualidade de vida dessas mulheres.
Em um estudo
realizado num centro universitário em São Paulo, utilizando um questionário que
avalia a qualidade de vida o Short Form Health Survey- SF-36 e o
FSFI observou-se moderada sintomatologia climatérica [17]. No presente estudo,
as médias da QV para as mulheres climatéricas com ausência de disfunção sexual
são maiores. Outra pesquisa identificou que a menopausa atinge as mulheres de
formas distintas e influenciam no declínio da QV [9]. Ao analisar os dados da
literatura com os deste estudo acredita-se que mulheres que não tem disfunção
sexual, possuem maior QV. Desta forma, por mais que as médias das participantes
apresentam-se regular, existe uma diferença entre aquelas que possuem disfunção
e aquelas que não possuem. Fato que pode ser notado quando não há disfunção as
médias se elevam.
Quando se aproxima o
período climatérico, as mulheres sentem modificações físicas e com elas muitas
dúvidas de como conviver com essas mudanças, nesta fase precisam de um
acompanhamento amplo e humanizado em todos os contextos, por esse motivo faz-se
necessário um atendimento interativo e multidisciplinar para prevenção e
tratamento das disfunções sexuais [14].
As limitações deste
estudo foram: a coleta de dados foi realizada em um único local, e não ter a
comparação de um grupo controle e não ter sido realizada uma análise
qualitativa para avaliar a percepção da qualidade de vida das mulheres no
período climatério.
A qualidade de vida
para mulheres que não possuem disfunção sexual são maiores, o que permite dizer
que a disfunção sexual prejudica a qualidade de vida. Destaca-se que a
qualidade de vida apresenta-se regular. A função sexual apresenta-se baixa nos
domínios excitação, orgasmo e satisfação.
É de suma importância
à realização de novos estudos voltados para o período climatérico, e como é
possível a intervenção para melhorar a qualidade de vida e a função sexual
dessas mulheres, pois com a chegada dessa fase muitas dúvidas surgem, e estas
devem ser sanadas por uma equipe multidisciplinar e apoio especializado.