IV Congresso Brasileiro de Fisioterapia no Trauma
Ortopédico (CBFTO)
17 e 18 de maio de 2018
Belo Horizonte MG
Presidente
Adriana Carvalho Gomes da Silva
Comissão científica
Adriana Carvalho Gomes da Silva:
carvalhogs.adriana@gmail.com
Tania Clarete Vieira Sampaio: tania@sportsmed.com.br
Débora Pinheiro Lédio Alves:
debpfisio@gmail.com
Jaqueline de Faria Oliveira Villani:
jacquefaria@yahoo.com.br
Lucas Simões Arrebola:
lucasarrebola@gmail.com
Mauriciane Andrade Ribeiro: mauriribeiro@hotmail.com
Resumos
Qualidade
de vida e capacidade laboral em trabalhadores pós trauma ortopédico
Uchoa JF, Sauer J, Carvalho A, Andrade-Silva FB, Kojima
KE, Silva JS, Casarotto R
Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP
Introdução: Dentre as afecções
que mais acometem os trabalhadores estão os ferimentos, traumas e fraturas da
região de mão e punho, dorsalgias, lesões ligamentares de tornozelo, fraturas
de osso da perna e fraturas de pé. As fraturas podem causar impactos funcionais
nos indivíduos acometidos. Objetivos:
Quantificar o nível de impacto na qualidade de vida e atividade laboral dos
indivíduos que sofreram fraturas de ossos da perna. Métodos: Participaram do estudo pacientes submetidos a tratamento
cirúrgico por fratura de tíbia (diáfise, platô e pilão). Após aceite via
telefone, os sujeitos foram submetidos a aplicação dos questionários SF-36 e
WPAI. As variáveis categóricas foram comparadas por meio do teste c2. As variáveis
contínuas foram analisadas com o teste de Kruskal-Wallis.
Entre os sujeitos que retornaram ou não ao trabalho foi realizada análise das
variáveis contínuas com o teste U de Mann-Whitney. O nível de significância
estatística estabelecida foi p. Resultados:
A média de idade dos sujeitos foi de 39 anos, a maioria do sexo masculino. O
tempo médio pós-fratura na data da entrevista foi de 17 meses, com 41 sujeitos
tendo retornado ao trabalho neste período. O mecanismo de fratura mais
frequente foi trauma de alta energia causado por acidente com motocicleta. A
qualidade de vida encontra-se reduzida nos três grupos, não havendo diferença
entre eles. As fraturas de diáfise, platô e pilão também causam impacto no
trabalho e na capacidade laboral, mas sem diferença entre elas. A capacidade
funcional dos sujeitos está diretamente relacionada ao retorno ao trabalho
enquanto o tipo de trabalho “blue collar” está
relacionado ao não retorno. Conclusão: As fraturas da tíbia diminuem a
qualidade de vida dos indivíduos e impactam negativamente na capacidade
laboral.
Palavras-chave: retorno ao trabalho,
qualidade de vida, fratura de tíbia.
Quality
of life and work capacity in workers after an orthopedic trauma
Background:
Among the injuries that most affect the workers, there are the wounds, traumas
and fractures of the hand and wrist, back pain, ankle ligament injuries and
fractures of the leg and foot. Fractures can cause functional impacts on
affected individuals. Purpose: To
quantify the level of impact on the quality of life and work activity of
individuals who suffered fractures of leg bones. Methods: Patients submitted to surgical treatment for tibial
fracture (diaphysis, plateau and pilon) were included in the study. After
acceptance by phone, the subjects were submitted to the SF-36 and WPAI
questionnaires. Categorical variables were compared using the c2 test. Continuous variables were analyzed using the
Kruskal-Wallis test. Among the subjects who returned to work or not, continuous
variables were analyzed using the Mann-Whitney U test. The level of statistical
significance established was p. Results: The mean age of the subjects was 39
years, and the majority was male. The mean post-fracture time at the interview
date was 17 months, with 41 subjects returning to work in this period. The most
frequent fracture mechanism was high energy trauma caused by a motorcycle
accident. Quality of life was reduced in all three groups, with no difference
between them. The fractures of diaphysis, plateau and pilon also have an impact
on work and work capacity, but with no difference between them. The functional
capacity is directly related to the return to work rate while the "blue
collar" type of work is related to the non-return. Conclusion: Tibial fractures decrease the quality of life of these
individuals and negatively impact the labor capacity.
Key-words: return to
work, quality of life, tibial fracture
Análise
dos fatores que influenciam na capacidade de deambulação intra-hospitalar
em pacientes com fratura proximal do fêmur – estudo coorte prospectivo
Lucas Simões Arrebola, PT, M.Sc.1,2, Elissa
Hanayama Dottori, PT1,
Vanessa Gonçalves Coutinho de Oliveira, PT1,2, Paloma Yan Lam Wun, PT1, Mariana
da Costa Aguiar Ventura, PT2, Carlos Eduardo Pinfildi,
PT, PhD2
1Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público
Estadual (IAMSPE), 2Programa de Pós-Graduação em Ciências do
Movimento Humano e Reabilitação - UNIFESP
Introdução: As fraturas proximais
de fêmur por trauma de baixa energia em idosos crescem anualmente. O tratamento
preconizado é o cirúrgico e a deambulação nas primeiras 48h de pós-operatório
levam a maior independência e sobrevida. Devido à escassez de estudos, faz-se
necessário avaliar quais fatores influenciam na capacidade de deambulação de
idosos submetidos ao tratamento da fratura proximal do fêmur. Objetivos: Verificar os fatores que
influenciam na capacidade de deambulação intra-hospitalar
após o tratamento da fratura proximal do fêmur em idosos. Métodos: Os dados foram coletados por meio de questionário e
consulta de prontuário no período de agosto a dezembro de 2017. Os critérios de
inclusão foram: Idade superior a 60 anos e fratura proximal de fêmur por trauma
de baixa energia. Os critérios de exclusão foram: diagnóstico de fratura de
qualquer outra parte do fêmur ou do corpo. Os dados coletados foram idade,
sexo, data da fratura, da internação e da cirurgia, número prévio de quedas,
índice de Katz, tipo de cirurgia e a capacidade de deambulação no período intra-hospitalar. Utilizou-se a análise de regressão
simples e múltipla para verificar a influência dos fatores avaliados na
capacidade de deambulação intra-hospitalar. Resultados: Participaram da pesquisa 108
indivíduos. As fraturas mais comuns foram as transtrocantéricas
(54%). O tratamento cirúrgico mais comum foi a haste cefalomedular
(35%); 20% dos pacientes receberam tratamento conservador. Do total, somente
27% deambulou, embora 97% apresentassem marcha prévia à fratura. Observou-se
que quanto maior a idade (p=0,0001) e maior tempo de internação (p=0,01), menor
a capacidade de deambulação intra-hospitalar. Conclusão: A idade e o tempo de
internação influenciam na capacidade de deambulação intra-hospitalar
em idosos com fratura proximal do fêmur.
Palavras-chave: fraturas femorais,
intervenção cirúrgica, deambulação, pacientes internados, serviço hospitalar de
fisioterapia
Which
factors can contribute to in-patient ambulation capability after surgical
treatment of a hip fracture? A prospective study
Background:
The incidence of hip fracture in elder people are growing worldwide and
surgical treatment is the first option for this kind of impairment. Ambulation
in the first 48 hours after surgery is vital and lead to greater independence
and survival. Due to the impact of a hip fracture in quality of life and
survival ratings in this population, it is necessary to evaluate which factors
can influence in the ambulation capability of the elderly submitted to the
surgical treatment of a hip fracture. Purpose:
To analyze which factors can contribute to the in-patient ambulation capability
after surgical treatment of a hip fracture. Design:
Cohort prospective study. Methods:
Patients of both sex aged ≥ 60 years, with a hip fracture caused by fall,
were included in this study. Patients with a fracture of any other part of the
femur or lower limb were excluded. Data assessed by questionnaire: age, sex,
date of fracture, number of previous falls and Katz index. Data assessed by
patient’s chart: date of hospitalization, time to surgery, type of surgery,
length of stay, and ambulation capability in the in-hospital period. Linear
regression analyzes, and multiple regression analyzes were used to verify the
influence of the factors assessed through questionnaire and patient’s chart,
with a significance level of p<0.05. Results:
108 patients (63.9% women and 36.1% men) were evaluated within August 2017 and
April 2018. The mean of age was 80 years (9.1), the mean of time to surgery was
21.2 days (8.1), the mean of Katz index was 4.67 (1.78), with a death rate of
11%. Although 97% of the total were capable to walk before the hip fracture,
only 27% could ambulate after the surgical treatment of the hip fracture in the
in-hospital period. Higher age (p=0.0001) and length of stay (p=0.01) can
influence negatively in the in-patient ambulation capability after surgical
treatment of a hip fracture. Conclusion:
Higher age and length of stay can influence negatively in the in-patient
ambulation capability after surgical treatment of a hip fracture.
Key-words: hip fractures,
surgical procedures, early ambulation, aged, inpatients
Fratura diafisária de úmero: tratamento cirúrgico ou não-cirúrgico?
Uma avaliação da capacidade funcional
Wun PYL, Arrebola, LS, Pimenta LSM, Heitzmann
LG, Rodrigues AF, Magri EA, Lestingi JV, Torres AAP,
de Oliveira VGC
IAMSPE –
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, Rua Pedro de
Toledo, 1800 São Paulo SP
Introdução: As fraturas diafisárias representam 20 % dentre as fraturas do úmero. O
manejo desta fratura cirúrgico ou não cirúrgico, sendo o tratamento conservador
padrão ouro para esse tipo de fratura. Objetivo:
Verificar a capacidade funcional e a amplitude de movimento (ADM) de sujeitos
com fratura diafisária de úmero tratados de forma
não-cirúrgica ou cirúrgica. Método: Estudo observacional retrospectivo de 19
pacientes com fratura diafisária de úmero, oito foram
tratados cirurgicamente (G1) e 11 tratados de forma não-cirúrgica (G2). Todos
os pacientes foram submetidos ao mesmo protocolo de reabilitação com duração
média de 20 semanas, tendo como objetivo o ganho de ADM e força muscular. Os
instrumentos de avaliação foram: escala numérica de dor (END) ao repouso e ao
esforço, ADM através da goniometria manual,
questionários DASH e UCLA. As avaliações foram realizadas pré e pós o protocolo
de reabilitação. Resultados: A
significância da diferença entre os escores dos questionários DASH, UCLA e END
nos G1 e G2, bem como as ADMs de elevação e rotação
lateral de ombro e a flexo-extensão do cotovelo foram
avaliadas com o teste t-Student para amostras
independentes. Foi considerada como diferenças estatisticamente significativas
p<0,05. Dos 19 pacientes avaliados, 58% eram do sexo feminino e 42% do sexo
masculino. A idade média dos pacientes foi de 46,55 (14,30) anos. Ambos os
grupos apresentaram melhora significativa em relação ao momento inicial para
todas as variáveis avaliadas (p<0,01), exceto END ao repouso (p>0,05).
Não houve diferença significante entre os grupos para todas as variáveis
avaliadas (p>0,05). Conclusão: O
tratamento cirúrgico nas fraturas diafisárias de
úmero não é superior ao não-cirúrgico quando observada a capacidade funcional e
amplitude de movimento de membro superior nos pacientes submetidos ao
tratamento fisioterapêutico.
Palavras-chave: fratura, úmero, diafisária, não-cirúrgico, cirúrgico, fisioterapia
Humeral
shaft fractures – surgical or non-surgical treatment? An assessment of
functional capacity
Background:
Humeral shaft fractures represent 20% of fractures of the humerus.
Management of this fracture may be surgically or non-surgically, being the
conservative treatment the gold standard for this fracture. Purpose: To verify the functional
capacity and the range of motion (ROM) of subjects with humeral shaft fracture
treated on both ways (surgically or non-surgically). Methods: Retrospective observational study of 19 patients with
humeral shaft fractures, eight treated surgically (G1) and 11 treated
non-surgically (G2). All patients were submitted to the same rehabilitation
protocol, lasting an average of 20 weeks and the objectives were increasing ROM
and muscular strength. The assessment tools were numeric rating pain scale
(NRPS), ROM through manual goniometry, UCLA and DASH questionnaires. The evaluations
were performed pre and post rehabilitation protocol. Results: The significance of the difference between the DASH, UCLA
questionnaires and NRPS scores in G1 and G2, as well shoulder scapular plane
elevation, lateral rotation and elbow flexion-extension ROM were evaluated
using the t-Student Test for independent samples. It was considered as
statistically significant differences p<0,05. Of the 19 patients evaluated,
58% were female and 42% male. The mean age was 46.55 (14.30) years. Both groups
showed significant improvement over the pre-rehabilitation protocol for all the
variables evaluated (p <0.01), except the NRPS during rest (p>0.05).
There was no significant difference between the groups for all the categories
evaluated (p> 0.05). Conclusion:
Surgical treatment in humeral shaft fracture is not superior to non-surgical
treatment when functional capacity and range of motion of the upper limb is
observed in patients submitted to a rehabilitation protocol treatment.
Key-words: fracture,
humeral, shaft, non-surgical, surgical, rehabilitation.
Identificação
dos fatores determinantes do sucesso na reintegração ao mercado de trabalho
após a reabilitação de pacientes com amputação de membros inferiores
Schattner, P, Kageyama ERRO, Yogi LS, Carvalho
A, Andrade-Silva FB, Silva JS, Kojima KE
Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP
Introdução: Os traumas de origem
civil por violência ou acidentes de trânsito constituem as principais causas de
amputações traumáticas (AP). Afetam uma faixa etária jovem, gerando a
interrupção da escola e trabalho na fase mais produtiva. Pouco se sabe sobre o
impacto dos diferentes programas de tratamento sobre a recuperação da função e
retorno ao trabalho. Objetivos: O
objetivo do estudo foi identificar os fatores determinantes para o mercado de
trabalho de pacientes amputados de membros inferiores, em decorrência de
trauma, após a reabilitação. Métodos:
Foram recrutados os pacientes reabilitados pelo grupo de órtese e prótese do
IOT-HCFMUSP no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2012 com AP unilateral
ou bilateral, seguida de colocação de prótese no período mínimo de 6 meses. Foi
aplicado o Questionário Medida Funcional para Amputados (QMF) e o questionário
das atividades laborativas. Foram avaliados 13 participantes distribuídos em:
G1: Grupo dos participantes que retornaram ao mercado de trabalho (6) e G2:
Grupo dos participantes que não retornaram ao trabalho (7). Resultados: A média de idade do G2 foi
de 39 anos, já o G1 de 29 anos. A média do score obtido no QMF do G1 foi de 42
pontos e o G2 de 38, O maior nível de escolaridade alcançada do G2 foi o ensino
médio, 6 participantes do G2 tinham amputação no nível transfemoral.
Conclusão: Os participantes com AP de
membro inferior que retornaram ao mercado de trabalho foram indivíduos mais
jovens, com nível mais baixo de amputação e com maior nível de escolaridade.
Palavras-chave: amputação traumática,
extremidade inferior, mercado de trabalho
Identification
of the determinants of success in reintegration into the job market after
rehabilitation of the patient with lower limb amputation
Background:
Trauma of civil origin due to violence or traffic accidents are the main causes
of traumatic amputations (TA). They affect a young age group, causing
interruption of school and work at the most productive stage. Little is known
about the impact of different treatment programs on recovery from function and
return to work. Purpose: The goal of
the study was to identify the factors that determinate the return to work of
lower limb amputees, because of trauma, after rehabilitation. Methods: Patients were recruited from
the IOT-HCFMUSP orthosis and prosthesis rehabilitation group from January 2008
to December 2012 with unilateral or bilateral TA, followed by prosthesis
placement in the minimum period of 6 months. The Functional Measured
Questionnaire for Amputees (QMF) and the questionnaire on labor activities were
applied. Thirteen participants were evaluated: G1: Group of participants
returning to work (6) and G2: Group of participants who did not return to work
(7). Results: The age of G2 was
around 39 years, and the G1 was around 29 years old. The average score of G1
QMF was 42 points and the G2 was 38, the highest level of schooling reached in
G2 was high school, 6 G2 participants had transfemoral amputation. Conclusion: Participants with lower limb
TA who returned to work were younger individuals with a lower level of
amputation and a higher level of schooling.
Key-words: amputation,
traumatic, lower extremity, job market.
Funcionalidade
após reabilitação ambulatorial de pacientes com fratura diafisária
de úmero associada a lesão do nervo radial: relatos de caso
Marília Novaes
AMEB -
AME BARRADAS/SECONCI-SP
Introdução: A incidência de
lesões do nervo radial varia de 2 a 17%, sendo a fratura de úmero a principal
causa. Casos assim são um desafio para a reabilitação e suscetíveis a piores
resultados funcionais. Objetivos:
Apresentar os resultados funcionais de três casos (P1, P2 e P3) de fratura diafisária de úmero com lesão do nervo radial, considerando
o tratamento fisioterapêutico. Métodos:
As fraturas foram fixadas com placa e parafusos, com manutenção da neuropraxia do nervo radial. P1: Homem, 33 anos, acidente
de moto. P2: Homem, 21 anos, acidente de moto. P3: Mulher, 65 anos, queda da
própria altura. As avaliações, realizadas no início (Aval 1) e após 60 dias de
reabilitação (Aval 2), consistiam de: testes manuais de função muscular,
questionário DASH, goniometria e a EVA para dor. A
reabilitação consistia de cinesioterapia e estimulação elétrica funcional. Resultados: No membro acometido, P1, P2
e P3 apresentaram os seguintes resultados, respectivamente: Aval 1: DASH
(pontos) 75, 70 e 96; Função muscular(grau): ombro 3, 4 e 2 e extensores de
punho 1, 1 e 0; EVA: 5, 6 e 8. ADM passiva do membro superior completa em todos
os pacientes. Aval 2: DASH 0, 0 e 31; Função muscular: ombro e extensores de
punho 5, 5 e 4; EVA: 0, 0 e 2. Após 1 mês de reabilitação, o exame de
eletroneuromiografia apontou sinais de recuperação motora do nervo radial em
todos. Conclusão: Houve melhora
funcional em todos os casos, apontada pelo DASH, provavelmente relacionada ao
aumento da força dos extensores de punho. Houve melhora clínica da dor em todos
pacientes. A fisioterapia foi eficaz em aumentar a funcionalidade do paciente.
Palavras-chave: fratura de úmero,
reabilitação, nervo radial, neuropraxia.
Functionality
after ambulatorial rehabilitation of patients with diaphyseal humerus fracture associated with a radial nerve palsy: case
reports
Background:
The incidence of radial nerve lesions varies from 2 to 17%, with the humerus fracture being the main cause. Such cases are a
challenge for rehabilitation and are susceptible to worse functional outcomes. Purpose: To present the functional
outcomes of three cases (P1, P2 and P3) of diaphyseal humerus
fracture with a radial nerve palsy, considering the physiotherapeutic
treatment. Methods: The fractures
were fixed with a plate and screws. After surgery, the radial nerve palsy
remained. P1: Male, 33 years old, motorcycle accident. P2: Male, 21 years old,
motorcycle accident. P3: Female, 65 years old, fall from the standing height.
The evaluations, performed at baseline (E1) and after 60 days of rehabilitation
(E2), consisted of: manual muscle function tests, DASH questionnaire,
goniometry and VAS for pain. Rehabilitation consisted of kinesiotherapy and
functional electrical stimulation. Results:
In the affected limb, P1, P2 and P3 presented the following results,
respectively: E1: DASH (points) 75, 70 and 96; Muscular function (degree):
shoulder 3, 4 and 2 and wrist extensors 1, 1 and 0; VAS: 5, 6 and 8. The
passive ROM of the upper limb was complete in all patients. E2: DASH 0, 0 and
31; Muscular function: shoulder and wrist extensors 5, 5 and 4; VAS: 0, 0 and
2. After 1 month of rehabilitation, the electromyography examination showed
signs of motor recovery of the radial nerve in all patients. Conclusion: There was functional
improvement in all cases, indicated by the DASH results, probably related to
the increase in the wrist extensors strength. There was clinical improvement of
pain in all patients. Physiotherapy was effective in increasing patient
functionality.
Key-words: humeral
fractures, rehabilitation, radial nerve injury.
Avaliação
clínica e funcional de pacientes com fratura do planalto tibial submetidos a
tratamento cirúrgico
Arouca MM, Leonhardt MC, Costa GHR, Castro LM, Franco Filho DM,
Carvalho A, Andrade-Silva FB, Barbosa D, Novaes M, Silva JS, Kojima KE
Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP
Introdução: O tratamento das
fraturas graves do planalto tibial transcende uma boa redução anatômica e
escolha adequada do implante. Além disso, o resultado dependerá da reabilitação
precoce. Objetivos: Avaliar os
principais déficits cinético funcionais apresentados pelos indivíduos que
sofreram fratura do planalto tibial. Métodos:
As avaliações foram realizadas no Laboratório de Estudos do Movimento do
IOT-HCFMUSP: função muscular extensora e flexora do joelho por dinamometria isocinética;
funcionalidade pelas escalas Hospital Special Surgery (HSS) e Lysholm;
amplitude de movimento (ADM) dos joelhos; dor pela escala visual analógica
(EVA). Resultados: Foram incluídos 14
indivíduos, 10 do gênero masculino e quatro do feminino; com média de idade de
52 anos. Destes, 28,5% (4) praticavam algum tipo de atividade física regular,
os demais eram sedentários. Toda a amostra apresentou dominância à direita,
sendo que 42,8% (6) fraturaram o planalto tibial esquerdo e o restante fraturou
o lado direito. O principal mecanismo de trauma foi acidente motociclístico, correspondendo a 57,14% (8). A média de
tempo pós-operatório foi de 45±17,7 meses; EVA 3±3,25; tempo médio de
reabilitação foi de 4±3 meses e 85,7% (12) iniciaram logo na primeira semana
após a cirurgia. A ADM funcional foi restabelecida e os escores funcionais
apresentaram-se bons e excelentes. Quanto a avaliação da função muscular,
observou-se uma redução da mesma, representada pelo PT/PC extensor e flexor e
trabalho total de ambos, tanto a 60°/s quanto a 120°/s. Conclusão: No pós-operatório tardio, os indivíduos apresentaram
redução da função muscular do joelho, sem prejuízo da funcionalidade.
Palavras-chave: fraturas, planalto
tibial, resultado funcional.
Tibial
plateau fractures submitted to surgical treatment: clinical and functional
evaluation
Introduction:
A good treatment result of severe fractures of the tibial plateau includes not
only a good anatomical reduction and an adequate choice of implant, but also an
early rehabilitation. Purpose: To
evaluate the main functional deficits after a tibial plateau fracture submitted
to surgical treatment. Methods: The
following assessments were carried out at the Movement Studies Laboratory of
IOT-HCFMUSP: knee flexor and extensor muscles strength measured by isokinetic
dynamometry; functionality by the Hospital Special Surgery (HSS) scale and Lysholm scale; knee range of motion (ROM) and the Visual
Analog Scale (VAS) to measure the pain. Results:
Fourteen cases were included, 10 males and 4 females, with an average age of 52
years. 28.5% (4) of these patients practiced regular physical activity and the
others were sedentary. The entire sample was right handed. 42.8% (6) fractured
the left leg. The main injury mechanism was trauma with a motorcycle,
corresponding to 57.14% (8). The mean postoperative time at follow up was 45 ±
17.7 months; the mean VAS score was 3 ± 3.25; mean rehabilitation time was 4 ±
3 months and 85.7% (12) started it at the first week after surgery. The
functional ROM was restored, and the functional scores were good and excellent.
There was a decrease in the muscular function, represented by the extensor and
flexor PT / PC and total work of both, observed at both 60°/s and 120°/s. Conclusion: There was a decrease in the
muscular function in the late postoperative period, without impairing the
functionality.
Key-words: fractures,
tibial plateau, functional outcome.
Tratamento
fisioterapêutico de um paciente com fratura de acetábulo esquerdo e diáfise do
fêmur direito: relato de caso
Alves AL, Alves DPL
Faculdade
de ciências médicas da Santa Casa de São Paulo – FCMSCSP
Introdução: As fraturas de
diáfise do fêmur resultam em desalinhamento, encurtamento e provocam grande
incapacidade pela dor e imobilidade. As fraturas de acetábulo assim como as de
diáfise de fêmur ocorrem comumente em traumas de alta energia, e estão
associados em grande parte dos casos a politraumatismos,
geralmente são fraturas complexas e de difícil tratamento, levando o paciente a
um prolongado tempo de imobilismo. Considerando a gravidade das fraturas, a
fraqueza e a inatividade da musculatura julga-se importante a mobilização
precoce e fortalecimento muscular. Objetivos:
Relatar o caso de um paciente com fratura de diáfise de fêmur e acetábulo
contralateral e acompanhar o desfecho. Métodos:
Foi utilizado para o desenvolvimento deste trabalho um goniômetro, aparelho de
eletroterapia, fita crepe, gel condutor incolor, além da elaboração de uma
ficha de avaliação, questionários de qualidade de vida e o protocolo de
tratamento pré-estabelecido pelo serviço de fisioterapia da FMSCSP. Resultados:
Paciente A.A.S do sexo
masculino, vítima de acidente de moto versus moto, diagnosticado
com fratura de
acetábulo esquerdo e diáfise de fêmur direito.
Passou por procedimento
cirúrgico para redução da fratura do
acetábulo e fixação com placa de
reconstrução. E redução do fêmur com
fixação interna usando uma haste
intramedular retrógrada. Realizou acompanhamento
fisioterapêutico em três
momentos, sendo no pré-operatório,
pós-operatório (enfermaria) e na fase
ambulatorial. Na fase ambulatorial o paciente apresentava
diminuição da força
muscular em vários grupos musculares, além de
déficit funcional avaliado pelo
questionário de avaliação de função
musculoesquelética (SMFA). Conclusões: Após
18 semanas de acompanhamento evolui com melhora da força
muscular e
funcionalidade.
Palavras-chave: fratura, diáfise de
fêmur, acetábulo, fisioterapia.
Physiotherapeutic
treatment of a patient with acetabular fracture and right femoral dialysis: case report
Background:
Femoral shaft fractures result in misalignment, shortening, and lead to severe
disability due to pain and immobility. Acetabulum fractures as well as femoral
shaft fractures commonly occur in high energy trauma, and are associated in
many cases with polytrauma, complex fractures and difficult treatment, leading
the patient to a prolonged time of immobility. Considering the severity of the
fractures, weakness and inactivity of the musculature, it is important to
consider early mobilization and muscular strengthen. Objectives: To report the case of a patient with a femoral
diaphysis fracture and contralateral acetabulum and the follow-up. Case report: Patient A.A.S male, victim
of motorcycle versus motorcycle accident, diagnosed with left acetabulum
fracture and right femur diaphysis. He has undergone surgical procedure for
reduction of the acetabular fracture and fixation with reconstruction plate and
reduction of the femur with internal fixation using a retrograde intramedullary
nail. Physiotherapy has held in three stages, with the preoperative,
postoperative (nursery) and outpatient phase. In the ambulatory phase, the
patient had decreased strength in multiple muscle groups, furthermore with
functional deficit, evaluated by Short Musculoskeletal Function Assessment
(SMFA). Conclusion: After 18 weeks of
follow-up the patient has improved his muscle strength and functionality.
Key-words: Fracture,
femoral diaphysis, acetabulum, physiotherapy