ARTIGO
ORIGINAL
Pressões
inspiratória e expiratória máximas: confiabilidade intra
e interexaminadores
Maximal
inspiratory and expiratory pressures: intra- and inter-rater reliability
Fabio Dutra Pereira, D.Sc.*, Patrícia Zaidan de
Barros, D.Sc.**, Elirez
Bezerra da Silva, D.Sc.***
*Doutorado
em Ciências do Exercício e do Esporte / UERJ, METANGRUPO, **Doutorado em
Ciências do Exercício e do Esporte / UERJ), Universidade Estácio de Sá,
***Doutorado em Educação Física / UGF, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Recebido em 26 de junho
de 2019; aceito em 27 de novembro de 2019.
Correspondência: Fabio Dutra Pereira,
Rua Professor Gabizo 252/402, bl
5, 20271-062 Rio de Janeiro RJ
Fabio Dutra Pereira:
m.g@metangrupo.com
Patrícia Zaidan de Barros: patriciazaidan@gmail.com
Elirez Bezerra da Silva: elirezsilva@cosmevelho.com.br
Resumo
Introdução: Pressões estáticas
ventilatórias máximas são mensuradas pelo manômetro/ manovacuômetro,
expressam a força dos músculos ventilatórios em cmH2O. Objetivos: Verificar a confiabilidade intra e interexaminadores das PImáx e PEmáx. Métodos: Constituiu-se amostra
randomicamente (n=70). Dois examinadores independentes, executaram três
medições intradia (consistência interna) e duas interdias (estabilidade). O instrumento utilizado para
medir as PImáx e PEmáx foi
um manovacuômetro digital MDV®300 (MDI/Brasil) de
intervalo operacional de ±300 cmH2O. Calcularam-se o coeficiente de
correlação intraclasse e o erro típico da medida, a
significância adotada foi de P ≤ 0,05 e o pacote estatístico usado foi
SPSS 20.0. Resultados: Consistência
interna: intra examinador PImáx
CCI = 0,97 e ETM(ETM%) = 6,71(6) e PEmáx CCI = 0,95 e
ETM(ETM%) = 10,92(8); interexaminadores da PImáx CCI = 0,98 e ETM(ETM%) = 5,41(5) e PEmáx CCI = 0,96 e ETM(ETM%) = 8,82(7). Estabilidade: intra examinador da PImáx CCI =
0,95 e ETM (ETM%) = 7,92(7) e PEmáx CCI = 0,93 e
ETM(ETM%) = 12,34(9); interexaminadores da PImáx CCI = 0,96 e ETM(ETM%) = 6,36(6) e PEmáx CCI = 0,93 e ETM(ETM%) = 11,75(9). Todas as análises
estatísticas foram (P = 0,0001). Conclusão:
PImáx e PEmáx têm
confiabilidade intra e interexaminadores
adequada à prática clínica.
Palavras-chave: força muscular,
músculos respiratórios, correlação de dados, fisioterapia, diagnóstico.
Abstract
Introduction:
Maximal static respiratory pressures, measured using a manometer, express the
strength of respiratory muscles in cmH2O. Objective:
To assess the intra- and inter-rater reliability of MIP and MEP. Methods: A random sample was used
(n=70). Two independent raters performed three intraday (internal consistency)
and two interdays (stability) measurements. The instrument
used to measure the MIP and MEP was a digital manometer MDV®300 (MDI/Brazil),
with a pressure range of ±300 cmH2O. The intraclass correlation
coefficient (ICC) and the standard error of measurement (SEM) were calculated,
the significance was P ≤ 0.05 and the statistical package used was SPSS
20.0. Results: Internal consistency:
intra-rater MIP ICC = 0.97 and SEM (SEM%) = 6.71(6) e MEP ICC = 0.95 and
SEM(SEM%) = 10.92(8); inter-rater MIP ICC = 0.98 and SEM(SEM%) = 5.41(5) and
MEP ICC = 0.96 and SEM(SEM%) = 8.82(7). Stability: intra-rater MIP ICC = 0.95
and SEM (SEM%) = 7.92(7) and MEP ICC = 0.93 and SEM(SEM%) = 12.34(9);
inter-rater MIP ICC = 0.96 and SEM(SEM%) = 6.36(6) and MEP ICC = 0.93 and
SEM(SEM%) = 11.75(9). All statistical analyses were (P = 0.0001). Conclusion: MIP and MEP have adequate
intra-and inter-rater reliability for clinical practice.
Key-words: muscle
strength, respiratory muscles, correlation of data, physical therapy specialty,
diagnosis.
As pressões
inspiratória e expiratória máximas (PImáx e PEmáx) são mensuradas pelo manômetro/manovacuômetro
e expressam a força dos músculos ventilatórios em cmH2O [1,2]. Tais
medidas são utilizadas clinicamente para identificar e acompanhar a dinapenia dos músculos ventilatórios frente ao
envelhecimento [3,4], predizer o risco cirúrgico por complicação respiratória
[5-7] e identificar o efeito de uma intervenção terapêutica sobre a força desta
musculatura [8-10].
Quanto à confiabilidade
das referidas medidas em abril de 2017, as bases de dados Pubmed,
Cochrane, PEDro, Scirus, Lilacs e Scielo disponibilizaram
dez pesquisas [3,11-19] publicadas entre 1987 e 2011. Dessas, 60%
[3,13,15,17-19] buscaram verificar a confiabilidade da PImáx
ou de ambas pressões em indivíduos saudáveis, também população de interesse da
presente pesquisa. Identificaram-se nas seis pesquisas vieses que comprometem
sua validade externa, onde se destacam: n ≤ 15 [3,13,15,18,19]; amostra
constituída por ambos os sexos em blocos desiguais e especificamente composta
por jovens ou idosos [13,15,17-19]; periféricos de conexão não descritos
[13,15,17-19]; calibração não informada [13,15,17,19]; reprodução dos
procedimentos inviabilizada [13,18]; número de examinadores não evidenciado
[13,15,17-19]; intervalo entre as medidas não discriminado [3,13,19]; se elas
foram intra ou interexaminadores
[13,15,17-19]; erro típico da medida não calculado [3,13,15,17-19].
Para aqueles que
dependem da PImáx e PEmáx
em sua prática clínica e aos pesquisadores que as utilizam na produção do
conhecimento, sobretudo aos gerontólogos que
investigam a dinapenia dos músculos ventilatórios, a
confiabilidade destas medidas é fundamental para suas conclusões. Portanto, o
objetivo desta pesquisa foi verificar a confiabilidade, em consistência interna
e estabilidade, intra e interexaminadores
das PImáx e PEmáx.
Esta pesquisa foi
desenvolvida no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do
Exercício e do Esporte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ/RJ –
Brasil. Redigida de acordo com Guidelines for Reporting Reliability and Agreement Studies
(GRRAS) [20]. Todos os procedimentos seguiram as diretrizes e normas
brasileiras regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos previstas na
Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde [21] e
sua aprovação se deu pelo parecer consubstanciado de protocolo nº 283.141.
Amostra
Considerando as
limitações na constituição amostral das pesquisas [3,13,15,17-19] e buscando
maior abrangência à validade externa da presente pesquisa, estimou-se um
tamanho amostral (n > 50) [22]. Para isso, inicialmente tornou-se público
uma convocatória para voluntariado de participação à pesquisa, seguido por
amostragem randômica e constituição de amostra estratificada por sexo e faixas
etárias 20-29; 30-39; 40-49; 50-59; 60-69 e 70-79 anos.
Em um contato inicial,
realizou-se a triagem dos voluntários à participação na referida pesquisa, na
qual os mesmos tinham que atender aos critérios de inclusão: ter idade entre 20
e 79 anos; não possuir histórico passado ou presente de tabagismo; não
apresentar pectus carinatum
ou excavatum; se declarar não portador de doenças
crônico degenerativas, cardíacas, respiratórias e nem das contraindicações
relativas e absolutas para a medição das PImáx e PEmáx [1,2].
Familiarização
Neste mesmo encontro,
os elegíveis que se ratificavam como voluntários à pesquisa já eram submetidos
à familiarização com as medidas da PImáx e PEmáx. Primeiramente explicava-se os protocolos específicos
propostos pelas diretrizes para testes de função pulmonar [1,2] e, em seguida,
submetia-os a ambas medições das pressões estáticas máximas, sendo cinco
medições realizadas da PImáx e PEmáx,
respeitando o intervalo de um e três minutos de recuperação intramedições
e inter pressões, respectivamente. Finalizada esta etapa,
os já familiarizados recebiam as orientações das condições preparatórias e
operacionais para os procedimentos propriamente ditos e eram agendados para um
segundo encontro 2 - 14 dias, agora de iniciação dos procedimentos de medição
das PImáx e PEmáx para
verificação da consistência interna das medidas.
Alocação
randômica
No
dia das referidas
medições, a partir de uma lista de números
aleatórios gerada pelo software
Microsoft Excel 2010 e pelo método de randomização
simples, os voluntários foram
alocados para a realização das medições
pelos examinadores A e B. Neste mesmo
dia considerou-se como critérios de exclusão: as
declarações da prática de
atividade física nas doze últimas horas, o consumo de
refeição completa nas
três horas antecedentes as mesmas, a submissão
farmacoterapêutica de
corticoides, barbitúricos ou relaxantes musculares, a
incapacidade de
compreensão e/ou realização das
medições e a não utilização da
vestimenta à
prática de ginástica [1-3,23,24], todos constantes nas
orientações às condições
preparatórias e operacionais pré-estabelecida no dia da
familiarização. Em
seguida recapitulou-se toda sequência sistematizada dos
procedimentos,
retirando qualquer dúvida possivelmente existente.
Para a identificação da
consistência interna intra e interexaminadores
A e B, os voluntários submeteram-se a três medições intercaladas por 60 - 90
minutos em um mesmo dia, sendo alocados aletoriamente para sequência A - B - A
ou B - A - B. Para a determinação da estabilidade da medida intra
e interexaminadores intercalaram-se as medições em 2
- 14 dias, sendo necessárias apenas duas medições e, dando continuidade a
sequência aleatória da consistência interna, agora B - A ou A - B,
respectivamente. Todas as medidas foram realizadas no horário das 13:00 às
22:00.
Em ambas medidas
repetidas, os dois examinadores com experiência mínima de 300 medições de PImáx e PEmáx executaram os
testes e retestes em condições independentes, cega em
relação a alocação dos voluntários e ao resultado do seu companheiro
examinador. Tais condições foram garantidas pelo subcoordenador do presente
estudo que utilizou-se de envelopes papel kraft Ouro 240 x 340 mm para lacrar os registros
imediatamente após ao término das medições e que somente foram deslacrados para
tabulação dos dados e encaminhamento ao estatístico, que realizou sua análise
cega.
PImáx e PEmáx
Durante a medição, o
voluntário ficou sentado em uma cadeira tipo escritório que permitia o seu
tronco permanecer em contato com o encosto da mesma, formando um ângulo de ≅ 90° em relação ao quadril, os membros superiores
estendidos ao longo do tronco, joelhos fletidos também em ≅ 90° e os pés apoiados no solo [1-3,23,24].
Com intuito de
potencializar a acurácia da medida, o voluntário era instruído a manter o bocal
firmemente comprimido entre seus lábios e utilizava um clipe nasal, evitando
assim um possível escapamento de gás e, consequentemente, a perda de pressão
durante a medição [1-3,23,24]. Ainda neste sentido, um auxiliar do examinador,
manualmente comprimia a musculatura facial do voluntário não permitindo que a
contração dos músculos bucinadores aumentasse a
pressão intraoral e interferisse no resultado da
medição [25].
Na medição da PImáx o voluntário realizava a manobra de Müller, que se
caracteriza por um esforço inspiratório máximo a partir do volume residual (VR)
e para a PEmáx um esforço expiratório máximo a partir
da capacidade pulmonar total (CPT), denominada por manobra de Valsalva [1-3,23,24]. Nos referidos procedimentos o
examinador deu o estímulo verbal de incentivo “Força senhor (a)”.
O número mínimo de
medições reprodutíveis da PImáx e PEmáx
foi de três e cinco o máximo, respeitando o intervalo de um e cinco minutos de
recuperação intramedições e inter
pressões, respectivamente. Considerou-se como reprodutível aquela que não
apresentava escapamento de gás e quando a variação entre as medidas não
superava 10% [1-3,23,24]. Se não reprodutível, esta condição também foi tratada
como um dos critérios de exclusão da presente pesquisa. Na tabulação para a
análise de dados considerou-se a medição de maior valor.
O instrumento utilizado
nas medições das PImáx e PEmáx
foi um manovacuômetro digital MDV®300 (MDI/Brasil)
com resolução de 1 cmH2O, intervalo operacional de ±300 cmH2O
e com certificação anual de calibração Nº 0350/2017. Para conectar o bocal
plástico tipo voldyne com orifício de fuga de 2 mm ao
manovacuômetro foram utilizados: um conector rescal plástico padrão; um isolador de contaminação
bacteriana e umidade no transdutor de pressão; um tubo liso transparente de
silicone com 37 cm de comprimento e 5mm de diâmetro externo.
Ao finalizar a medição
do reteste interdias, o
voluntário era conduzido ao subcoordenador do estudo e este, a fim de garantir
os princípios éticos da pesquisa envolvendo seres humanos, disponibilizava os
resultados obtidos pelo mesmo, pois até o momento encontrava-se cego de seus
resultados e o convidava a participar de um programa de treinamento específico
para o fortalecimento da musculatura ventilatória.
Análise
dos dados
Rodou-se o coeficiente
de correlação intraclasse (CCI) intra
e interexaminadores das PImáx
e PEmáx nos teste-retestes intradia e interdias,
utilizando-se o modelo de efeitos misto com duas entradas. O erro típico da
medida foi obtido pela fórmula ETM = s / raiz quadrado de 2 para todas as condições das referidas
medidas, sendo "s" o desvio padrão dos desvios e desvio o teste menos o reteste. Foram utilizados os limites de confiança de Bland & Altman para a exclusão dos outliers (= média
dos desvios ± 1,96 desvio padrão dos desvios) [22]. Para as análises realizadas
a significância estatística estabelecida foi de P ≤ 0,05, usando-se o
pacote estatístico (SPSS 20.0, SPSS Inc. Chicago/EUA). Na representação gráfica
dos limites de confiança de Bland & Altman,
utilizou-se o programa (MedCalc Statistical
14.12.0, MedCalc Software bvba. Ostend/ Belgium).
Em 12 de maio de 2017,
iniciou-se a triagem dos 133 voluntários para a presente pesquisa. Destes, 107
foram elegíveis e familiarizados. O intervalo de tempo até a execução das
medições de consistência interna foi 5,5 ± 2,5 dias e, dos 86 testados, 70
seguiram às medições de estabilidade após o intervalo de 5,6 ± 3,3 dias. No dia
01 de dezembro do mesmo ano finalizou-se a coleta de dados, cumprindo toda
sistematização preestabelecida 64 sujeitos.
Figura 1 - Diagrama de fluxo.
Tabela I - Informações sociodemográficas amostral.
(FA/FR%) = frequências
absoluta e relativa; () = média e desvio padrão; IMC = índice de massa
corporal; F = feminino; M = masculino.
Figura 2 - Limites de confiança de Bland & Altman.
A Figura 2 evidência que a confiabilidade e o erro típico da medida
da PImáx e PEmáx são homocedásticos, tanto na consistência interna quanto na
estabilidade, porque, a partir da observação dos diagramas de dispersão dos
limites de confiança de Bland & Altman, tanto os
baixos como os altos valores de PImáx e PEmáx apresentaram tendência para o mesmo erro.
A Figura 2 evidencia a
confiabilidade, em consistência interna e estabilidade, intra
e interexaminadores das PImáx
e PEmáx. Em todas as condições expressas, a
confiabilidade apresentada pode ser adequada para a prática clínica, pois além
de estatisticamente significativa (P = 0,0001), todos os CCIs
foram superiores a 0,93 e os ETMs% inferiores a 9,
pontos de corte admitidos como baixo risco à referida prática [20].
Neste sentido, aos gerontólogos que investigam a força muscular ventilatória
frente ao envelhecimento, ainda que os resultados da presente pesquisa indiquem
relativa segurança diagnóstica e para avaliação de causa efeito de uma
intervenção, torna-se oportuno sugerir que um aquecimento composto por 2 sets
de 30 incursões ventilatórias com carga de 40% das pressões estáticas
ventilatórias pré-estabelecidas seria uma possibilidade de potencializar em
0,02 a 0,09 a confiabilidade obtida no presente estudo [18].
Especificamente sobre a
confiabilidade das condições intra e interexaminadores parece não haver diferença entre elas na
consistência interna, porque os CCIs e os ETMs da PImáx apresentados nas
Figuras “2a" e “2c” expressaram diferenças de 0,01 entre os CCIs e de 1,3 cmH2O (1) entre os ETM (ETM%). Para a PEmáx, as Figuras “2b" e “2d” expressaram 0,01 entre
os CCIs e de 2,1 cmH2O (1) entre os ETM
(ETM%). Na estabilidade, as Figuras “2e" e “2g” expressaram diferenças de
0,01 entre os CCIs e de 1,56 cmH2O (1)
entre os ETM (ETM%). Para a PEmáx, as Figuras
“2f" e “2h” expressaram apenas a diferença de 0,59 cmH2O entre
os ETMs.
Os resultados
apresentados na Figura 2 se tornam uma interessante referência àqueles que
dependem das pressões estáticas ventilatórias. Entretanto, deve-se considerar
algumas interveniências controladas, nas quais destacam-se a realização da
familiarização com o integral cumprimento do protocolo de medição adotado
[1,2], a utilização de um manovacuômetro digital com
capacidade de registro de pico de pressão automático, a compressão manual
realizada na musculatura facial do voluntário durante as medições e o estímulo
verbal na execução das mesmas [25].
Em relação às pesquisas
[3,13,15,17-19] que já haviam verificado a confiabilidade da PImáx e/ou da PEmáx em indivíduos
saudáveis, a presente pesquisa destaca-se por: ter realizado amostragem
randômica; possuir superioridade no tamanho amostral com estratificação
generalista; viabilizar a reprodução dos procedimentos metodológicos; ter
verificado tanto a confiabilidade da PImáx quanto da PEmáx em consistência interna e estabilidade intra e interexaminadores; ter
calculado o erro típico da medida com representação gráfica dos limites de
confiança de Bland & Altman.
Admite-se
como
limitações da presente pesquisa: o não cegamento
do examinador quanto aos
resultados das medições por ele realizadas; o relativo
curto espaço de tempo
entre as medições de consistência interna e
estabilidade (5,6 ± 3,3 dias); não
ter testado o estado cognitivo dos voluntários das faixas
etárias 60 - 69 e 70
- 79 anos; não ter incluído na amostra indivíduos
com idade inferior a 20 e
superior a 79 anos; ter composto a faixa etária 70 - 79 anos em
blocos
desiguais (9 mulheres e 2 homens); possíveis
interveniências não controladas
advindas da utilização de órteses e prótese
dentárias; a própria condição das
medidas PImáx e PEmáx serem
obtidas por um teste volitivo.
A partir dos resultados
e da discussão realizada na presente pesquisa é possível concluir que as
medidas PImáx e PEmáx de
indivíduos saudáveis, de ambos os sexos, com idade compreendida de 20-79 anos
têm confiabilidade intra e interexaminadores
adequada à prática clínica e à produção do conhecimento, tanto em consistência
interna quanto em estabilidade.