II Congresso Brasileiro de Osteopatia e Fisioterapia Manipulativa

 

Centro Universitário Tiradentes - UNIT - Maceió/AL

16 a 18/05/2019

 

 

Editorial

 

A osteopatia é a ciência que procura entender o movimento sob todas as suas formas de expressão. Qualquer organismo vivo precisa de função para manter sua fisiologia, portanto o termo homeostasia vem sendo substituído pela homeodinâmica. Em um sistema de adaptações constantes e caórdicas, o movimento é a única forma de sobrevivência.

O II Congresso Brasileiro de Osteopatia e Fisioterapia Manipulativa reuniu, na cidade de Maceió/AL, profissionais e estudantes de Fisioterapia, que tiveram a oportunidade de conhecer mais profundamente e atualizar conceitos sobre temas diversos, relacionados a Osteopatia e ao movimento humano.
Foram realizados, cursos, minicursos, workshops, palestras, mesas redondas e apresentados trabalhos científicos, durante 3 dias de evento. Os participantes puderam aproveitar apresentações de alto nível técnico e científico. Finalizamos este trabalho com a publicação destes anais, para apreciação de colegas ligados a esta Especialidade da Fisioterapia.

 

Comitê científico

 

Prof. Dr. Bruno Gonçalves Dias Moreno - bruno@ebrafim.com

Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM) 

 

Prof. Dr. Paulo Roberto Rocha Júnior - paulorochafisio@gmail.com  

Centro Universitário de Adamantina (Unifai

 

Prof. Dr. Paulo Umeno Koeke - pauloebrafim@gmail.com 

Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM)  

 

Prof. Me. Thiago Lopes Barbosa de Morais - fisiotlopes@yahoo.com.br  

Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM)   

 

Prof. Me. Cármino Sérgio Gasparini - carminogasparini@gmail.com  

Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM) 

  

Prof. Me. Pablo Barbosa dos Santos - pablobsantos@yahoo.com.br  

Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM)  

 

Prof. Dr. Francisco Fleury Uchoa Santos Júnior - drfleuryjr@gmail.com

Centro Universitário Estácio do Ceará 

 

 

Resumos

 

 

A efetividade da manipulação visceral no tratamento da dor: revisão de literatura

 

Jáder Luis Coêlho Fernandes Mendes*, Lúcia de Fátima da Silva Santos**, Sérgio Raimundo Bispo***

 

*Fisioterapeuta pela Faculdade do Piauí, **Fisioterapeuta pela Universidade Estadual do Piauí, ***Fisioterapeuta pela Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia

 

Introdução: Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, estando relacionada ao dano tecidual real ou potencial. A manipulação visceral é uma técnica de terapia manual suave e precisa que melhora a mobilidade e função das vísceras, modificando o seu movimento e reduzindo a entrada de aferências excessivas no nível da coluna. Desse modo, contribui para normalizar a condição de excitabilidade dos neurônios aferentes do sistema nervoso central e reduzir condições dolorosas. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura acerca dos efeitos da manipulação visceral na dor crônica. Metodologia: Realizou-se uma busca nas bases eletrônicas de dados Scielo, Pubmed e PeDro. Foram incluídos nesta pesquisa ensaios clínicos com texto completo disponível, publicados no período de 2009 a 2019, que documentassem a utilização de manipulações viscerais no tratamento da dor em homens e mulheres adultos, nos idiomas inglês e português. Utilizaram-se os descritores: effects, Visceral Manipulation, Visceral Pain and Chronic pain isolados e combinados por operadores booleanos. Os dados foram extraídos de forma padronizada de cada estudo. Resultados: Foram revisados cinco estudos transversais, em inglês, sendo quatro internacionais e um nacional. Um dos estudos analisados mostrou que a manipulação visceral e o placebo desta intervenção apresentaram redução significativa nas dores abdominal e cervical. Dois estudos analisados compararam os efeitos de intervenções combinadas (exercício, terapia manual e manipulação visceral) e uso de intervenções combinadas mais placebo na dor lombar, sendo que o primeiro apresentou melhoras significativas em ambos os grupos, com pequena diferença para o grupo experimental na 52° semana, e o segundo obteve melhoras em ambos os grupos, em mais um artigo observaram a redução da dor abdominal nos dois grupos testados. Outro artigo analisou o efeito da terapia neuromuscular e terapia farmacológica na dor abdominal e observou que a TNM é tão eficaz quanto terapia farmacológica a curto e longo prazo com uma ligeira vantagem para TNM. Conclusão: A manipulação visceral se mostrou importante recurso no tratamento de queixas álgicas. Contudo, ainda necessita de mais estudos de relevância para maior aceitação da técnica. Sugerimos, portanto a realização de estudos longitudinais controlados com amostras maiores, além da utilização de instrumentos de avaliação da dor para maior fidedignidade e especificidade dos resultados.

Palavras-chave: efeitos, manipulação visceral, dor visceral dor crônica.

 

 

A eficácia da técnica da osteopatia visceral na diabetes tipo 2 (estudo de caso)

 

Teresa Cristina de Freitas Nery*, Walter Bezerra da Silva**

 

*Universidade Estácio de Sá/RJ, **Universidade Salgado de Oliveira/PE

 

Introdução: Atualmente a Diabetes Mellitus é uma importante causa de morbidade e mortalidade em diferentes grupos etários da população, seu predomínio é de aproximadamente 6% da população, onde 90% é Tipo 2. Este estudo se justificou pela pequena quantidade de pesquisa sistematizada sobre a eficácia da Osteopatia no Diabetes. Objetivo: Verificar a eficácia da Osteopatia Visceral num portador de Diabetes Mellitus tipo 2, através dos valores coletados dos parâmetros glicêmicos antes e após o estudo, como também avaliar a perturbação dos resultados após quatro meses do término da pesquisa. Metodologia: O estudo foi realizado com a participação de uma paciente do sexo feminino, 46 anos, encaminhada pelo setor de nutrição do Hospital de Guarnição do Exército de Natal/RN, que a controla a glicemia apenas com alimentação. A voluntária foi esclarecida sobre o propósito da pesquisa e assinou termo de consentimento livre e esclarecido como exige o Comitê de Ética em pesquisas envolvendo seres humanos conforme resolução 196/96. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Potiguar - UNP (parecer nº 14252/2017). A mesma foi submetida a uma sessão semanal de osteopatia visceral, durante dois meses consecutivos, totalizando oito sessões; foram coletados dados da anamnese segundo a abordagem Osteopática, e a paciente foi submetido ao exame laboratorial de hemoglobina glicosada no início e final do tratamento, como também quatros meses após o estudo; foram realizadas técnicas viscerais de Manipulação Osteopática com o objetivo de atuar na mobilidade e de motilidade visceral. Durante a sessão a paciente foi conduzida à maca, permaneceu em decúbito dorsal. Devido a relação dos órgãos com o pâncreas, foram realizadas as técnicas de estiramento do duodeno descendentemente, como também a liberação do mesocólon transverso através do alongamento de ambas flexuras cólicas, por estas se encontrarem localizadas anteriormente ao pâncreas; em seguida foi feita a técnica de motilidade do pâncreas (gangorra), que consiste em realizar movimentos rítmicos da mão sobre o pâncreas, fazendo com que a cabeça do mesmo se movimente para anterior e posterior, a fim de melhorar sua liberdade de movimento. No início do estudo a hemoglobina glicada encontrava-se com o valor 6,3% e no final houve uma redução a redução para 5,5%, e quatro meses após o estudo continuou caindo 5,2%, conforme atestam os resultados, o que sugere um efeito positivo, pois este exame possui enorme importância na avaliação do controle da Diabetes, resumindo para o especialista e para o indivíduo em tratamento se o controle glicêmico foi eficaz, ou não. Conclusão: O presente estudo mostrou que através da manipulação osteopática, pode-se estimular as vísceras em questão e promover alterações fisiológicas, o que foi corroborado com a análise laboratorial do exame da hemoglobina glicada. Portanto, a Osteopatia visceral mostra-se como uma alternativa de baixo custo e eficaz para o manejo da Diabetes. Contudo faz-se necessário a realização de novos estudos com uma maior amostragem para se observar a eficácia desta técnica nas diferentes populações.

Palavras-chave: diabetes mellitus, hemoglobina glicada, manipulação osteopática.

 

 

Análise comparativa entre alongamento de tensão mantida e mobilização neural da cadeia posterior para o tratamento de lombociatalgia

 

Catarina Akiko Miyamoto*, Fábio dos Santos Soler**, Jader Iury de Souza Mercante*

 

*Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS, **Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa – EBRAFIM

 

A lombociatalgia caracteriza-se pela irradiação da dor lombar para os membros inferiores (MMII), pois se admite que o nervo ciático (isquiático) deve estar afetado. Dentre a população brasileira, a prevalência anual da dor lombar é de 50% dos adultos (2015), destes, 4,2-14,7% se tornam casos crônicos e principal motivo de absenteísmo no trabalho. Os estudos de lombociatalgias são complexos pela inexistência de correlação confiável entre os achados clínicos e os de imagem, uma vez que a região lombossacral possui uma difusa rede de nervos. Isto torna difícil determinar com precisão o local de origem da dor (com exceção dos comprometimentos radiculomedulares). Além disso, as contraturas musculares dolorosas, normalmente, não apresentam lesão histológica demonstrável. Considera-se a fisioterapia uma das modalidades mais importantes para o tratamento da lombociatalgia, com o foco principal na diminuição da dor. A terapia manual é um dos recursos mais utilizados para restaurar as funções mecânicas nas zonas lombo-pélvicas e nos MMII. Dentre as técnicas manuais incluem-se alongamento em forma de tensão mantida (ACPMMIITM) e mobilização neural (MNMMII) nos MMII. Com o objetivo de comparar as eficácias destes dois procedimentos para o tratamento paliativo da lombociatalgia, recrutaram-se dezoito voluntários com sintomas lombociáticos que foram separados aleatoriamente em dois grupos iguais. Um recebeu tratamento ACPMMIITM (grupo 1) e o outro MNMMII (grupo 2). O grupo 1 foi submetido a uma sequência de alongamentos dos músculos posteriores dos MMII, a saber, (i) rotadores externos da articulação coxofemoral [piriforme, gêmeo superior, obturador interno, gêmeo inferior e quadrado femoral]; (ii) posteriores da coxa [ou ísquiotibiaissemitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral] e (iii) posteriores da perna [gastrocnêmio, sóleo e plantar]. O grupo 2 foi submetido, em sequência, a (i) movimentos rítmicos de flexões dorsal e plantar do tornozelo com o voluntário em posição decúbito dorsal, (ii) flexão do quadril e extensão do joelho juntamente com (i) e (iii) adução e rotação interna de quadril, concomitante com (i). Cada etapa dos dois procedimentos foi realizada nos dois MMII e mantida (2 min) em posição de limite de conforto do paciente, de forma passiva. Os dois métodos foram avaliados pelo teste da inclinação anterior (slump test) e escala visual analógica de dor (EVA). Utilizou-se o slump test para verificação da amplitude de inclinação anterior do tronco e de extensão do joelho. Em seguida, avaliou-se o nível da dor durante o teste por meio de EVA. Estas avaliações foram realizadas antes e depois de cada intervenção. Observou-se que a maioria dos desvios padrões obtidos das médias das diferenças de ângulos no slump test e na EVA entre pré e pós intervenção, de cada sessão, foi muito alto e dificultou a interpretação dos resultados. Optou-se então por calcular os coeficientes de variação de Pearson dos mesmos. A averiguação da eficácia dos dois procedimentos foi realizada pela comparação dos respectivos valores de CVPs (ambos os lados). Após quatro sessões, uma vez por semana, observou-se que ambos os procedimentos são semelhantemente eficazes para o tratamento da lombociatalgia.

Palavras-chave: dor lombar, nervo isquiático, modalidades de fisioterapia.

 

 

Associação da escoliose toraco-lombar e peso da mochila em estudantes do ensino médio

 

Eurico Solian Torres Liberalino*, José Jaildo Lima Neto**, Luam Lima Diniz**, Anderson Carlos Silva Vasconcelos**, Pâmela Caroline Raimundo Santos Israel**

 

*Docente do Curso de Fisioterapia ASCES-UNITA, **Graduado em Fisioterapia pela ASCES-UNITA, Caruaru/PE

 

Introdução: O aparecimento das alterações posturais em escolares pode estar relacionado à prática de hábitos posturais inadequados, como o transporte de peso excessivo nas mochilas escolares. Objetivo: Verificar se existe associação entre a utilização de mochilas pelos estudantes do ensino médio e escoliose. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal com abordagem quantitativa, realizada com 152 estudantes do ensino médio de duas escolas, que responderam a um formulário de coleta de dados com objetivo de conhecer o perfil e características quanto ao uso de mochilas, pesagem das mochilas, análise postural por inspeção estática com auxílio de um simetrógrafo e por meio da fotogrametria (Avaliação postural através de fotografias) sem utilização de mochila e aplicação do teste especial de Adams, para analisar a possível presença de escoliose estrutural toracolombar. Resultados: A escoliose toracolombar estrutural foi a alteração postural mais identificada após a avaliação postural (68%). Houve associação entre a presença de escoliose e gênero feminino (p=0,02), peso da mochila maior que 10% do peso do estudante (p= 0,01) e tipo de mochila unilateral (p=0,003). Conclusão: Houve associação estatisticamente significante entre a escoliose toracolombar e o peso mochila maior que 10% da massa corpórea na amostra analisada, além do predomínio de mochila unilateral e gênero feminino.

Palavras-chave: escoliose, postura, estudantes, fotogrametria.

 

 

Atuação fisioterápica no tratamento de lesão meniscal

 

Dheyson Christian de Paula Lima, Patrícia Pereira Cristovão

 

Faculdades Integradas de Vitória de Santo Antão - Faintvisa

 

Introdução: A lesão de menisco refere-se à ocorrência de muitos casos de rompimento em uma única região da estrutura e outros em que o mesmo tem toda a sua estrutura anatômica danificada corroborando para o atrito entre as extremidades distais do fêmur (côndilo lateral e medial) e a extremidade proximal da tíbia (faceta medial e lateral), gerando disfunção articular. Objetivo: Descrever as condutas e o engajamento fisioterápico para o tratamento de lesões meniscais. Metodologia: Trata-se de uma revisão que consiste na elaboração de análise literária de artigos científicos que correlacionam ao objetivo do estudo. Foram selecionados por meio de busca eletrônica e artigos das bases de dados PUBMED, SCIELO e Google Acadêmico no período de janeiro a abril de 2019. A estratégia de busca utilizou os seguintes descritores: Lesion; Physiotherapy; “Meniscus; Rehabilitation. Os mesmos termos foram utilizados para pesquisa em português. Os termos foram utilizados no campo de busca de cada base de dados, sendo utilizadas as ferramentas de refinamento quando estas estavam disponíveis. As combinações entre as palavras-chave foram realizadas em cada base de dados utilizando o operador boleano AND, introduzindo artigos na língua inglesa e portuguesa, publicados no período de 2014 a 2019. Foram excluídos da pesquisa, comentários, opiniões, editoriais e temas que não abrangessem o objetivo proposto. Encontrou-se 9 artigos dos quais apenas 4 responderam à questão norteadora: De que maneira as terapias e o acompanhamento corroboram na reabilitação de pacientes com lesões de caráter meniscal? Resultados: Se a ruptura meniscal for pequena, o tratamento será apenas realizado por parte da fisioterapia ortopédica, que tem atuação no processo de reabilitação ligada ao não cirúrgico e prioritariamente com objetivo na diminuição das dores e edemas por meio de técnicas manuais e instrumentais, por intermédio de exercícios que geram resistência, fortalecimento e alongamentos, uso do peso corpóreo, praticas terapêuticas na piscina, elásticos, bicicleta ergométrica e bolas terapêuticas, visando desta maneira uma maior probabilidade de evitar complicações futuras na qualidade de vida do resignado. Conclusão: Foi notório a resultância positiva após a participação da fisioterapia engajada na reabilitação dos acometimentos funcionais do menisco.

Palavras-chave: lesão, fisioterapia, menisco, reabilitação.

 

 

Bases anatômicas dos pontos-gatilho do músculo masseter

 

Roberto Procópio Pinheiro, Flavia Akamatsu, Matheus Acquesta Gaubeur, Flávio Hojaij, Samir Saleh, Ana Itezerote, Alfredo Jacomo, Mauro Andrade

 

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

 

Síndrome da dor miofascial é uma causa comum de dor crônica musculoesquelética e é caracterizada pelos pontos-gatilho miofasciais (PGM). PGM são identificados clinicamente pela palpação de uma banda tensa de músculo ou fáscia. A fisiopatologia do PGM não está clara e tem sido sugerido que PGM ocorre quando receptores dolorosos coincidem com a placa motora do músculo. O músculo masseter tem sido referido na dor miofascial mastigatória, tendo uma significância clínica pelas desordens temporomandibulares, bruxismo e hipertrofia do músculo. Estudos têm reportado que pacientes com dores no pescoço apresentam sintomas na região orofacial. No músculo masseter localizam-se áreas-gatilho e pontos-gatilho em várias regiões do músculo. São descritos seis pontos-gatilho centrais na camada superficial e dois na camada profunda do músculo, mas inexiste a correlação anatômica. O objetivo deste trabalho é fornecer substrato anatômico para os PGM (pontos-gatilho miofasciais) do músculo masseter auxiliando no melhor entendimento da fisiopatologia e nos tratamentos oferecidos tanto na prática clínica quanto na cirúrgica. Músculo masseter de dezesseis cadáveres adultos de ambos os sexos foram dissecados desde sua origem para observar o ponto exato onde o nervo massetérico entra no ventre do músculo. A partir das dimensões do músculo masseter foram medidos os pontos de inserção do nervo massetérico no músculo masseter em relação aos diâmetros transversal médio e longitudinal, delimitando um plano cartesiano em abscissa e ordenada, respectivamente. Como esses valores variam de acordo com o tamanho do músculo, foram calculados os valores relativos do ponto de inserção em relação à dimensão transversal média e longitudinal. Dessa forma, essas dimensões compõem 100% do tamanho do músculo, enquanto os valores de inserção do músculo compõem o valor relativo. Por convenção, adotou-se a intersecção dos eixos como origem e ponto zero; quadrante supero-anterior com ordenada e abscissa positivos; quadrante ínfero-posterior com ordenada e abscissa negativo; quadrante supero-posterior com abscissa negativa e ordenada positiva; quadrante ínfero-anterior com abscissa positivo e ordenada negativo e categorizados em seis áreas: I, II e III superior; IV, V e VI inferior, no sentido posterior para anterior, respectivamente. Os pontos de entrada do nervo foram submetidos à análise através dos testes de Poisson Loglinear com post-hoc de Bonferroni para comparação entre os grupos (sextantes), os dados foram expressos em média ± desvio padrão. O nível de significância foi ajustado para 5% (p<0,05). Descobrimos que em média o número de pontos do masseter difere estatisticamente entre os sextantes avaliados (p < 0,001). As áreas central superior com 35,6%, póstero superior com 22,7% e Antero superior 14,1% concentram a maioria dos pontos. Encontramos correlação anatômica dos PGM e deve ser útil para um melhor entendimento da fisiopatologia da síndrome e prover uma base para seu tratamento.

Palavras-chave: pontos gatilho, músculo masseter, anatomia, nervos, miofascial.

 

 

Capsulite adesiva e osteopatia – relato de caso

 

Leonardo Bordignon Pires*, Thiago Lopes Barbosa de Morais**, Ivan Luiz Pavanelli*

 

*Ebrafim - Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa, **Departamento de Saúde Coletiva – UNESP Botucatu

 

Introdução: Capsulite adesiva ou ombro congelado consiste em uma condição de dor e alto grau de rigidez da articulação do ombro, muitas vezes de longa duração. Sua causa ainda é desconhecida, porém várias teorias são propostas quanto a seu acontecimento e métodos de tratamento. Pacientes com tal patologia apresentam alterações na cápsula articular que são consideradas possíveis causas da doença. Essas alterações são espessamento e retração da cápsula articular, associado a processo inflamatório local. O tratamento de CA geralmente é realizado com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides e analgésicos, associado a trabalho fisioterapêutico de mobilização articular, alongamentos e exercícios específicos para essa condição. Como se trata de uma doença considerada idiopática é difícil a resolução rápida do problema. Com o princípio da globalidade podemos argumentar que, como se trata de uma zona sintomática, o ombro acometido é resultado de uma disfunção primária, desse modo, a osteopatia busca nesses pacientes uma possível restrição a distância que esteja sobrecarregando esse segmento. Objetivo: Avaliar a eficácia do atendimento osteopático sobre dor, amplitude de movimento e função vascular através de termografia de paciente portadora de capsulite adesiva. Metodologia: Paciente, sexo feminino, 55 anos, apresentou-se para atendimento com diagnóstico médico de capsulite adesiva do ombro direito. Queixa principal de dor no ombro principalmente no movimento de abdução e rotação interna e, limitação de amplitude de movimento em todos os planos. Relatou que há seis meses apresentou pequena dor na mesma região, sendo diagnosticada em atendimento médico com tendinite, realizou tratamento medicamentoso e 20 sessões de fisioterapia convencional, porém não obtendo sucesso. Há dois meses voltou a sentir fortes dores na região do ombro e grande redução de amplitude de movimento do mesmo, sendo diagnosticada a capsulite adesiva em consulta médica. Na avaliação osteopática foi percebido grande redução de ADM em todos os planos e eixos do ombro D, com dor intensa presente nos movimentos, na ausculta geral foi percebido tensão aumentada em bexiga que foi comprovada por ausculta local, foram ainda realizadas as análises térmicas pré e pós intervenção na região sintomática e de bexiga. Foram realizados oito atendimentos com técnicas viscerais específicas para a bexiga, mobilização de todo complexo articular do ombro e técnicas para liberação metamérica da região cervical. Resultados: Após os atendimentos a ADM da paciente evoluiu com grande melhora e sua dor reduziu na EVA de 9 para 3. A variação térmica em ambos os locais avaliados foi de 0,6ºC, sendo que a temperatura se elevou no local. Conclusão: Conclui-se que o atendimento osteopático foi eficaz no tratamento de paciente com capsulite adesiva no que se diz respeito a ADM, dor e função vascular.

Palavras-chave: dor de ombro, funcionalidade, terapia manual, capsulite adesiva do ombro.

 

 

Correlação entre disfunções temporomandibulares e coluna cervical alta: relevância na prática clínica

 

Pâmela Caroline Raimundo Santos Israel, Anderson Carlos Silva Vasconcelos, José Jaildo de Lima Neto, Luam Lima Diniz, Eurico Solian Torres Liberalino

 

Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa – EBRAFIM

 

Introdução: Os movimentos do crânio e coluna cervical ocorrem concomitantemente à ativação dos músculos mastigatórios e movimentos mandibulares, ou seja, todo mecanismo postural que atua na cabeça, participa também do controle da postura mandibular. Devido essa íntima relação, vários estudos foram propostos com o intuito de verificar como as relações entre alterações posturais da cabeça e restante do corpo poderiam levar a um processo de desvantagem biomecânica da articulação temporomandibular (ATM), gerando quadro de disfunção temporomandibular (DTM). Objetivo: Caracterizar a correlação entre DTM e coluna cervical alta e sua relevância na prática clínica por meio de uma revisão da literatura. Metodologia: Trata-se de uma Revisão da literatura com pesquisa de artigos publicados no período de 2008 a 2019 em língua portuguesa, inglesa e espanhola, nas bases de dados: Medline, PEDro e Scielo. Utilizou-se os descritores: Manipulation, Spinal; Temporomandibular Joint Disorders; Manipulação da coluna; Transtornos da Articulação Temporomandibular; Manipulación Espinal; Trastornos de la Articulación Temporomandibular. Foram encontrados 34 artigos dentre eles foram selecionados apenas 11 do tipo caso controle, estudos transversais e de coorte. Resultados: Os estudos analisavam a aplicação de diferentes técnicas de terapia manual e cinesioterapia tais como: Manipulação atlanto-occipital, técnica de inibição dos músculos suboccipitais, técnicas de mobilização articular, liberação miofascial e exercícios de estabilização cervical. Os instrumentos de avaliação mais usados foram: Fonseca Amamnesis Index, questionário RDC/TMD, Eletromiógrafo de superfície e Algômetro de pressão. No estudo que utilizou a manipulação da atlanto-occipital houve significância estatística para melhora na abertura de boca, diminuição da dor a pressão e melhora de algumas funções mandibulares como a mastigação. Em relação a mastigação, boa parte dos estudos mostra que, durante as atividades mastigatórias, há movimentos na coluna cervical alta relacionados à abertura e ao fechamento da boca, e dependem da coordenação dos músculos mastigatórios e cervicais. Consequentemente, a hipomobilidade da coluna cervical alta ou alteração da posição da cabeça pode afetar os movimentos mandibulares. Conclusão: Através dessa revisão da literatura foi possível caracterizar a correlação existente entre as disfunções temporomandibulares e a coluna cervical alta. Conclui-se que, abordagens terapêuticas voltadas para a coluna cervical alta podem resultar em melhora na sintomatologia presente em pacientes com disfunção na articulação temporomandibular.

Palavras-chave: disfunção da articulação temporomandibular, manipulação da coluna, coluna cervical.

 

 

Efeito da terapia manual na qualidade de vida, funcionalidade e condição psíquica de pacientes com síndrome do impacto do ombro

 

José Eduardo Corrente*, Carlos Roberto Valêncio**, Ivan Luiz Pavanelli***, Thiago Lopes Barbosa de Morais****, Leonardo Bordignon Pires***, Cármino Sérgio Gasparini****

 

*Departamento de Bioestatística – UNESP Botucatu, **Departamento de Ciência da Computação e Estatística – UNESP São José do Rio Preto, ***Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa – EBRAFIM, ****Departamento de Saúde Coletiva – UNESP Botucatu

 

Introdução: O complexo articular do ombro consiste em um segmento da extremidade superior que realiza uma série de movimentos complexos, com o intuito de permitir a realização de funções do membro superior. Os movimentos realizados pelo ombro são extremamente variados e seguem planos bem definidos, devido a isso mínimas alterações podem acometer sua estrutura e função, tornando-a, deste modo, uma articulação altamente acometida por moléstias musculoesqueléticas. A dor presente na articulação do ombro afeta, aproximadamente 20% da população, independente de gênero e, principalmente em indivíduos acima dos 50 anos. Indivíduos com dor possuem sua funcionalidade reduzida, ou seja, restringem-se de atividades laborais e de lazer, dessa forma afetando de maneira direta seu estado emocional, com consequente declínio da qualidade de vida. Alguns estudos demonstram elevados níveis de sofrimento psíquico em pacientes com doenças musculoesqueléticas. O uso da terapia manual em sintomas musculoesqueléticos, tais como os da SIO, mostra-se de grande eficiência, por agir melhorando a mobilidade dos tecidos musculares e articulares. A visão global do fisioterapeuta permite que ele utilize técnicas manuais levando em conta a anatomia e biomecânica do segmento, desta forma restaurando a fisiologia local. A osteopatia é um sistema de cuidado com a saúde que reconhece alguns princípios para sua utilização, como a autocura e a habilidade de auto regulação do corpo. Porém tem consciência de que tais princípios necessitam de certos fatores, sejam eles internos ou externos, para que possam funcionar de maneira eficiente. Se tratando de uma filosofia e não uma técnica, pode ser uma estratégia eficaz para diagnóstico e tratamento de pacientes com SIO. Objetivo: Avaliar o impacto da terapia manual na qualidade de vida e condições psíquicas de pacientes com SIO, submetidos a atendimentos osteopáticos. Metodologia: Trata-se de um estudo de intervenção pré e pós tratamento por terapia manual de pacientes com diagnóstico médico de SIO, atendidos no serviço de Fisioterapia de uma clínica particular da cidade de São José do Rio Preto/SP. Foram atendidos 21 acima de 40 anos, que receberam oito atendimentos em um período de dois meses por um fisioterapeuta de modo individualizado, cada atendimento teve média de 50 minutos. Os questionários utilizados na avaliação pré e pós-atendimentos foram o da University of California of Los Angeles (UCLA), para verificar a funcionalidade, o questionário SF-36 para denominar a qualidade de vida e a Escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS) para verificar o aspecto psicológico. Após a coleta de dados os resultados foram tabulados em planilha Excel para posterior análise descritiva. Resultados: Apenas os aspectos “Estado geral de saúde” e “Vitalidade” não apresentaram melhora significativa, todos os outros aspectos avaliados obtiveram melhora estatisticamente significativa. Conclusão: Conclui-se que a osteopatia foi eficaz no tratamento de pacientes com SIO no que diz respeito a qualidade de vida e condições psíquicas.

Palavras-chave: dor de ombro, qualidade de vida, funcionalidade terapia manual.

 

 

Efeitos da associação de recursos terapêuticos na saúde laboral de um hospital público: relato de experiência

 

Vanessa Santos Balbino, Lanuza Mikaelly da Silva Sobrinho, Flávia de Jesus Leal Faria, Ana Carolina Remígio Barros, Eliana Gabrielle dos Santos Silva

 

Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - Uncisal

 

Introdução: Trabalho hospitalar envolve estresses constantes como sobrecarga de trabalho, grandes responsabilidades e inconformidades ergonômicas, podendo ocasionar dores e desconfortos musculares constantes. Também, situação de insalubridade permanente aumenta os riscos de doenças físicas e psicológicas. Logo, torna-se importante desenvolver ações de bem-estar e relaxamento, minimizando tensões e dores associadas ao trabalho, prevenindo adoecimento e melhorando a qualidade de vida laboral. Objetivo: Proporcionar relaxamento e bem-estar aos servidores de Hospital público, através da aplicação de recurso terapêutico manual e exercício. Metodologia: Relato de experiência de acadêmicas do 2º ano do curso de Fisioterapia, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL, baseado na ação “Cuidando do Servidor - Alívio das Tensões”, realizada em novembro/2018, no Hospital Geral do Estado Professor Osvaldo Brandão Vilela (HGE), desenvolvida na disciplina “Recursos Terapêuticos I”. O atendimento ocorreu em 4 estações, com cada uma durando cerca de 10-15 minutos, para uma maior efetividade dos recursos, sendo realizado por 4 acadêmicos em cada estação, revezando-se nelas a cada 30 minutos, com os servidores passando por todas; na 1ª estação foi realizada massagem relaxante corporal posterior, na 2ª Quick massage na cervical e trapézio superior, na 3ª exercícios de alongamento para a cervical (flexão, extensão, inclinação direita e esquerda e rotação), membros superiores e coluna vertebral (na postura em pé: flexão, extensão, inclinação e rotação de tronco; em decúbito dorsal: ênfase na coluna lombar com flexão de membros inferiores). A cada alongamento foi associado inspiração e expiração controladas. Finalizadas as estações anteriores, na 4ª estação foram ministradas orientações posturais em grupo, com entrega de folhetos explicativos. Nas três primeiras estações, o atendimento foi individual e na última, coletivamente. Resultados: Observação pelas acadêmicas dos relatos dos servidores em relação à ação, o que as possibilitou identificar discurso preventivo com relação à saúde dos trabalhadores e percepção da importância de maior monitoramento da saúde laboral, como forma de legitimar a prevenção e a promoção da saúde no ambiente laborativo, principalmente, com ações de bem-estar e educativas. Os servidores que passaram pela massoterapia relataram bem-estar físico geral e relaxamento, reduzindo tensões musculares e dores corporais. Os alongamentos contribuíram para redução de tensões causadas pela adoção de posturas inadequadas e/ou repetitivas nos diferentes setores de trabalho. Quanto à orientação postural, houve grande participação dos funcionários, com os próprios, após a demonstração, conscientizando e identificando posturas incorretas realizadas durante turno laboral, comprometendo-se a adotar posturas mais adequadas, para evitar ou reduzir os possíveis danos à saúde. Conclusão: Ação mostrou-se importante pelo caráter preventivo e educativo, sendo possível para as acadêmicas observar, após sua realização, a eficácia das ações de prevenção e conscientização na saúde, concluindo-se, conforme os resultados obtidos, que a associação de recursos terapêuticos como massoterapia, alongamento e orientações posturais, é capaz de promover relaxamento e bem-estar aos servidores da unidade hospitalar em questão. Além disso, promoveu articulação entre ensino e demanda da área da saúde do trabalhador, sendo instrumento de aplicação teórico-prática.

Palavras-chave: manipulações musculoesqueléticas, saúde do trabalhador, relaxamento.

 

 

Efeitos da técnica de inibição dos músculos suboccipitais na dor, qualidade do sono e incapacidade em pessoas com cefaleia tensional

 

Dayane Caixeta*, Kaio Vinícius Lima**, Nara Lígia Leão Casa, M.Sc.***, Adroaldo José Casa Junior, D.Sc.****

 

*Fisioterapeuta, com Formação em Osteopatia e Terapia Manual pela Ebrafim, **Discente do Curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás/GO, ***Docente do Curso de Fisioterapia das Faculdades Objetivo, ****Docente do Curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

 

Introdução: A fisioterapia manual e, neste contexto, a Osteopatia, objetiva corrigir, aliviar e recuperar as lesões musculoesqueléticas e disfunções orgânicas. Objetivo: Avaliar o efeito da técnica de inibição dos músculos suboccipitais na dor, qualidade do sono e incapacidade de indivíduos com diagnóstico clínico de cefaleia tensional. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico, descritivo e quantitativo, A amostra foi composta por 10 participantes, sendo 7 mulheres e 3 homens. A média de idade foi de 28,30 ± 7,47 anos, de peso 63,12 ± 12,75 kg, de altura 1,66 ± 0,13 m e de Índice de Massa Corporal (IMC) 22,80 ± 2,43 kg/m2. Foram incluídos homens e mulheres com idade entre 18 e 40 anos. Os mesmos foram submetidos à Escala Visual Analógica para obtenção da intensidade da dor antes, durante e após o tratamento, ao Questionário de Qualidade de Sono de Pittsburg, a fim de avaliar a qualidade do sono, e ao Headache Impact Test para verificar o impacto da cefaleia nas atividades funcionais. A intervenção consistiu em 4 sessões, sendo os participantes avaliados antes, imediatamente após a intervenção e 7 dias subsequentes as mesmas. Resultados: A melhora dor foi altamente significativa e com efeito prolongado por até 7 dias (p < 0,001). A qualidade de sono e incapacidade também apresentaram melhora significativa (p = 0,007) e (p = 0,008) Conclusão: Obteve-se melhora altamente significativa da dor e incapacidade, com resultados prolongados por 7 dias. Sugere-se, então, a importância desta técnica para as variáveis citadas e que a mesma deve ser incluída no plano de tratamento de pessoas com cefaleia tensional.

Palavras-chave: cefaleia do tipo tensional, técnicas de fisioterapia, dor de cabeça, manipulação.

 

 

Efeitos da técnica manipulativa articular na lombalgia: uma revisão de literatura

 

Tamara Martins da Cunha, Vitória Dias Ferreira, Bruno Gonçalves Dias Moreno

 

EBRAFIM - Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa

 

Objetivo: revisar estudos sobre a manipulação articular manual (MAM) e seus efeitos em indivíduos com lombalgia. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura, realizada pela seleção de artigos nas bases de dados Periódico da CAPES, Scielo e PubMed Central, publicados nos últimos 5 anos (2015 - 2019). As palavras-chave usadas em várias combinações foram: “dor lombar”, “manipulações musculoesqueléticas”, “manipulações da coluna” e “dor aguda”, como também suas versões na língua inglesa. A pesquisa foi limitada à língua portuguesa e inglesa, com estudos realizados em humanos, foram excluídos resumos de dissertações ou teses acadêmicas, artigos de revisão e de opinião. Os desfechos considerados foram: efeito da manipulação na dor lombar aguda ou crônica, na qualidade de vida (QV), na amplitude de movimento da coluna (ADM) e na incapacidade. A seleção dos artigos foi inicialmente através da apreciação dos títulos e em seguida dos resumos, que tinham potencial relevância, assim na sequência foi analisado cautelosamente em relação a elegibilidade através da leitura do artigo completo. E esta revisão foi realizada por meio de dois revisores independentes. Resultados: Diante das buscas foram encontrados 102 artigos, desses, apenas 8 foram incluídos no estudo. Conclusão: Os resultados obtidos nesta revisão descrevem efeitos positivos da técnica MAM em sintomas de lombalgias, como dor, ADM e incapacidade, entretanto seus efeitos em QV permaneceram sem conclusões específicas neste caso.

Palavras-chave: dor lombar, manipulação musculoesquelética, manipulação da coluna.

 

 

Efeitos da terapia craniossacral na melhora dos sintomas da cervicobraquialgia – relato de caso

 

Valdirene Franzo Nascimento, May Lee Fares de Queiroz Lourenço

 

EBRAFIM - Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa

 

Introdução: A cervicobraquialgia pode ser definida como um quadro de dor que afeta a coluna cervical e o membro superior. O início das manifestações de uma crise pode ser muito variável, podendo instalar-se de forma lenta e progressiva ou de forma abrupta. Ocorre mais frequentemente em idade laboral. Em estudo foi encontrado uma prevalência de 46,7% de indivíduos com sintomas em nível acadêmico universitário, já a prevalência ao longo da vida pode atingir 71%, indicando que, possivelmente, dois terços da população podem experimentar um episódio de cervicobraquialgia. As causas mais frequentes de cervicobraquialgia são os processos degenerativos da coluna cervical, que são evidenciados através de exame de imagem, porém a avaliação funcional é a melhor forma de diagnóstico, pois assim conseguimos identificar o tecido que manifesta o sintoma de forma precisa, já que sabemos que tensões musculares, fasciais e alterações biomecânicas de toda região de passagem do plexo braquial podem repercutir com esse tipo de sintoma. Habitualmente, trata-se a cervicobraquialgia com medicamentosos e fisioterapia, que pode ser feita através de intervenção manual, instrumental ou por exercício como no Pilates. Em muitos casos os tratamentos convencionais não apresentam sucesso, dessa forma torna-se de grande importância o uso e comprovação de novas técnicas que atuem sobre tal sintoma. A terapia craniossacral atua sobre o sistema como um todo e, liberando tensões meníngeas como da Dura-máter Como sabemos que os nervos espinhais passam através desta estrutura, é valido o pensamento de que tal técnica possa ser utilizada para o tratamento de sintomas neurais. Objetivo: Avaliar a eficácia da terapia craniossacral em paciente com diagnóstico de cervicobraquialgia quanto à dor e parestesia. Metodologia: Paciente A.F, mulher de 56 anos, contadora e terapeuta holística. Procurou ortopedista com queixas de dor na região de pescoço e membro superior. Em exame de imagem realizado foram encontrados pinçamentos importantes na região cervical e osteófitos marginais locais. Paciente apresentou-se para o atendimento com queixas de dor cervical com irradiação para MSD e parestesia no mesmo, bem como sensação de dormência na face homolateral, classificando esses sintomas na escala EVA como oito inicialmente. Ao exame físico foi possível avaliar retificação da região cervical e hipercifose torácica, bem como alteração no alinhamento dos ombros. Para a intervenção foram realizados cinco atendimentos de terapia craniossacral, com duração de 1 hora cada, seguindo o método completo, avaliando o ritmo craniossacral em sua simetria, qualidade, amplitude e frequência do movimento (SQAF). Os 10 passos de tratamento foram utilizados em todas os cinco atendimentos, seguindo a sequência descrita para o tratamento craniossacral. Resultados: Paciente relatou melhora dos sintomas de dor irradiada e parestesia de MSD, também relatou melhora do adormecimento da face após os cinco atendimentos com utilização de terapia craniossacral. Inicialmente seus sintomas na escala EVA eram classificados com nota oito, posteriormente ao tratamento a paciente classificou a intensidade dos sintomas como nota um. Conclusão: Conclui-se que a terapia craniossacral é uma ferramenta eficaz no tratamento de pacientes com cervicobraquialgia em relação aos sintomas de dor e parestesia.

Palavras-chave: cervicalgia, amplitude de movimento articular, terapia manual.

 

 

Efeitos da terapia manual no tratamento de atletas de futebol com pubalgia

 

Débora Suellen Santos Pessoa, Jéssica Carolyne Tenório Moreira, Cesário Da Silva Souza

 

Centro Universitário Tiradentes - UNIT

 

Introdução: A pubalgia é a dor que ocorre na região púbica desencadeada pela pubeíte (inflamação no osso do púbis) caracterizada pelo acometimento da articulação da sínfise púbica, bem como dos tendões dos músculos que estão inseridos nesta região, como reto abdominal (localizados na porção superior do púbis) e adutores da coxa (localizados na porção inferior do púbis). Os sinais e sintomas para este diagnóstico incluem: dor persistente na virilha durante a corrida, exercícios abdominais, agachamentos e dor na virilha que se desenvolve gradualmente, podendo ser confundida com uma lesão muscular e esses sintomas podem ser tanto unilateral como bilateral com prevalência no sexo masculino. Objetivo: O objetivo do presente estudo é identificar eficácia do tratamento fisioterapêutico com uso de terapia manual aplicado no atleta de futebol com diagnóstico de pubalgia. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura com artigos existentes nas bases de dados Scielo e PubMed, e Pedro, selecionando os trabalhos publicados de 2007 a 2018 nas línguas portuguesa e inglesa. Foram escolhidos 3 descritores (Pubalgia, Fisioterapia e atletas). Resultados: Foram encontrados 1835 artigos em português, ao final apenas cinco artigos foram elegíveis para o estudo, onde estes estavam analisando o tratamento fisioterapêutico da pubalgia em atletas de Futebol. Este presente artigo, encontrou efeitos proporcionados pelos exercícios de alongamentos associados a técnicas de mobilização articular, mobilização neural e manipulação em indivíduos com pubalgia, que foi efetivo no tratamento. Conclusão: Portanto, esta revisão de literatura mostrou que as técnicas manuais são benéficas para o tratamento da pubalgia em atletas de futebol, visto que, os artigos revisados consistiram em diminuir a dor e aumentar a resistência dos tendões acometidos, melhorar a mobilidade articular, correção de alterações biomecânicas, restabelecer o equilíbrio muscular e melhorar a estabilidade do quadril e da coluna. além disso, é necessário a realização de mais estudos específicos em relação aos efeitos das técnicas manuais que deem respaldo ao tratamento fisioterapêutico na pubalgia.

Palavras-chave: terapia manual, pubalgia, atletas de futebol.

 

 

Efeitos do conceito mulligan na dor e incapacidade em pessoas com síndrome do ombro doloroso

 

Dayane Caixeta*, Italla Cristina Rocha Lima**, Letícia Gonçalves Dias**, Brenda Perdigão**, Nara Lígia Leão Casa, M.Sc***, Adroaldo José Casa Junior, D.Sc.****

 

*Fisioterapeuta com Formação em Osteopatia e Terapia Manual pela Ebrafim, **Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira, ***Docente do Curso de Fisioterapia das Faculdades Objetivo, ****Docente do Curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)

 

Introdução: A síndrome do ombro doloroso (SOD) é caracterizada por dor e incapacidade funcional em vários graus. O Conceito Mulligan, dispõe de recursos que podem melhorar a mobilidade, minimizar a recidiva do quadro e otimizar a qualidade de vida e retorno às atividades diárias. Objetivo: Avaliar a efetividade da técnica de Mobilização com Movimento (MWM) do Conceito Mulligan na dor e incapacidade de pessoas com SOD. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico, descritivo e quantitativo, com 75 participantes. Os mesmos foram submetidos a uma Ficha de Avaliação, para obtenção de dados pessoais e relacionados à disfunção do ombro; Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) para avaliar a capacidade funcional de indivíduos com SOD nas AVDs; e a Escala Visual Analógica (EVA) para quantificar a intensidade e a percepção do indivíduo sobre a dor. A intervenção consistiu em uma sessão, sendo os participantes avaliados antes, imediatamente após e 7 dias subsequentes a esta aplicação. O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: A média de idade foi de 24,4 ± 6,26 anos. A dor foi significativamente reduzida e com efeito prolongado por até 7 dias (p < 0,001). A incapacidade funcional teve melhora altamente significativa (p < 0,001). Conclusão: A técnica de MWM de ombro ocasionou melhora significativa da dor e incapacidade funcional de pessoas com SOD, inclusive com benefícios que se prolongaram por 7 dias. Assim, acredita-se que o Conceito Mulligan deveria ser incluído no tratamento fisioterapêutico da SOD, haja vista que proporciona efeitos interessantes nas restrições e incapacidades destes pacientes.

Palavras-chave: lesões do ombro, dor de ombro, incapacidade funcional, terapia por manipulação.

 

 

Efetividade da técnica de liberação diafragmática na dor e limitação de movimento lombar em adultos jovens com lombalgia inespecífica

 

Dayane Caixeta*, Juliana N. de Sousa**, Lorrayne P. da Silva**, Lucas Matheus P. Castro**, Adroaldo José Casa Junior, D.Sc.***

 

*Fisioterapeuta com Formação em Osteopatia e Terapia Manual pela Ebrafim, **Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira, ***Docente do Curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)

 

Introdução: Lombalgia é definida como dor localizada abaixo da margem das últimas costelas (margem costal) e acima das linhas glúteas inferiores. A Osteopatia apresenta inúmeras formas eficazes de tratamento, sendo a liberação diafragmática uma delas. Objetivo: Avaliar os efeitos da técnica de liberação diafragmática na dor e limitação de movimento de adultos jovens com lombalgia inespecífica. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico descritivo, em que participaram 20 indivíduos com queixa de dor lombar não específica, sendo submetidos a uma Ficha de Avaliação, para obtenção de dados pessoais, antropométricos, sociodemográficos e relacionados à lombalgia; Escala Visual Analógica (EVA) para verificação da intensidade da dor; Teste de Schöber para avaliar a mobilidade lombar. Cada participante foi submetido a uma aplicação da técnica de liberação diafragmática. A reavaliação foi realizada logo após a técnica osteopática, assim como 7 dias após a intervenção. Resultados: A liberação diafragmática foi capaz de reduzir significativamente a dor (p < 0,01) e ampliar a mobilidade lombar (p < 0,001), com resultados mantidos 7 dias após a aplicação da técnica. Conclusão: Sugere-se a inclusão da técnica liberação diafragmática no plano de tratamento fisioterápico de pacientes com lombalgia, para obtenção de melhores resultados diante das restrições e incapacidades.

Palavras-chave: lombalgia, manipulação osteopática, limitação de mobilidade, terapias manuais.

 

 

Eficácia da terapia manual no quadro de cervicalgia: relato de caso

 

Maria Letícia de Souza Vitor*, Vanessa Santos Balbino*, Maria Jackeline da Silva*, Danyella Caroline do Couto Almeida**, André Soares de Araújo Filho**

 

*Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, **Instituto de Tratamento de Coluna - Unidade Farol

 

Introdução: A cervicalgia acomete um número considerável de indivíduos, com uma média de 12% a 34% de uma população adulta em alguma fase da vida, tendo maior incidência no sexo feminino, trazendo prejuízos nas suas atividades de vida diária. Esta patologia raramente se inicia de maneira súbita, em geral pode estar relacionada com movimentos bruscos, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma. Objetivo: Mostrar a eficácia da terapia manual no quadro de cervicalgia através de um relato de caso. Metodologia: Paciente J.J.S.F, sexo masculino, 49 anos, militar, relata dor cervical de escala nove, segundo a Escala Analógica de Dor, sem razão aparente com frequência constante, apresentando melhora em decúbito e piora em sedestação. Realizou tomografia computadorizada de coluna cervical apresentando diagnóstico clínico de protrusões discais cervical póstero-mediano de C2 - C3, C3-C4 e C4-C5 comprimindo face anterior de saco dural. Realizou tratamento medicamentoso, porém sem sucesso. Iniciou o tratamento fisioterapêutico apresentando sintomas de compressão nervosa, crise na flexão de cervical, dor a palpação, parestesia em MMSS, amplitude de movimento diminuída, algia na extremidade superior e no meio da escápula. Resultados: Foram 2 meses de tratamento fisioterápico, iniciou em 25 agosto de 2017, totalizando 24 sessões, com duração média de 50 minutos cada sessão. Foram realizadas técnicas manuais, tração eletrônica, RPG, evoluindo com mulligan cervical e exercício específico a partir da décima terceira sessão. O paciente realizou exercícios de prancha na bola, inclinação lateral do tronco, extensão de tronco, inclinação cervical com resistência elástica, estabilização cervical, ponte, extensão de joelho e estabilização de tronco. Na décima terceira sessão apresentou melhora de 80% da algia e na décima sexta sessão já não apresentou mais queixa dolorosa. Conclusão: Os dados foram obtidos por meio de revisão do prontuário, registro de todos os métodos diagnósticos aos qual o paciente foi submetido. O paciente obteve melhora da sintomatologia e por consequência obtive um efeito positivo na qualidade de vida, por meio da conduta traçada pelo fisioterapeuta, com enfoque na terapia manual.

Palavras-chave: cervicalgia, terapia manual, efetividade.

 

 

Elaboração de processo hierárquico de tomada de decisões clínicas em terapia manual para dor lombar crônica

 

Yusseff Oliveira Zoghbi, Kátia Nunes Sá

 

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

 

Introdução: Apesar dos inúmeros estudos científicos, a dor lombar crônica (DLC) ainda é o principal desafio para a saúde pública mundial. A terapia manual tem sido utilizada empiricamente por fisioterapeutas no tratamento da DLC sem relação com a prática baseada em evidências. Pesquisas inspiradas pelo uso podem auxiliar na translação do conhecimento científico a casos reais. Objetivo: Desenvolver um processo hierárquico de tomada de decisões para o tratamento manual da DLC. Metodologia: Estudo de modelagem teórica a partir de um ensaio clínico aberto em uma clínica especializada realizado em pessoas com DLC com ou sem irradiação. Serão aplicados, por meio de um protocolo de avaliação padronizado, testes e questionários validados para o diagnóstico cinético funcional da região sacroilíaca, lombar, intestino grosso e tensão neural adversa, além de medidas da intensidade da dor (EVA-D), do nível de capacidade funcional (Oswestry Questionnaire) e de satisfação do cliente. Não haverá um protocolo de tratamento pré-determinado, mas as seções terapêuticas serão minuciosamente detalhadas. Os indivíduos serão avaliados, tratados e reavaliados com técnicas de mascaramento, sem alteração da rotina de tratamento. Os casos serão selecionados randomicamente. As variáveis dos casos clínicos selecionados serão tratadas por técnicas de machine learning. Os achados serão confrontados com o grau de recomendações e níveis de evidência da literatura. Será proposto um algoritmo a partir de um modelo hierárquico de raciocínio clínico. Resultados esperados: Espera-se fornecer uma sistematização da prática de terapia manual baseada em evidências clínicas que proporcionam alívio de sintomas em pessoas que sofrem com DLC.

Palavras-chave: lombalgia, low back pain, osteopatia, sciatica, ciática.

 

 

Estabilização segmentar vertebral para o tratamento da lombalgia crônica: revisão integrativa da literatura

 

Eurico Solian Torres Liberalino, Anderson Carlos de Vasconcelos Silva, José Jaildo Lima Neto, Pâmela Caroline Raimundo Israel dos Santos, Luam Lima Diniz

 

Pós-graduando(a) em Osteopatia pela Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa - EBRAFIM

 

Introdução: Considerada uma das principais causas de incapacidade funcional na sociedade moderna, a dor lombar pode ser definida como uma fonte de alterações nociceptivas a nível neuromusculoesquelética, quando cronificada observa-se uma redução significativa da independência da funcionalidade interferindo assim no convívio social e familiar. Como uma das alternativas para o controle álgico, regressão da lombalgia e retorno da funcionalidade, têm-se a aplicação da Estabilização Segmentar Vertebral (ESV), um método de fortalecimento baseado na conscientização da contração muscular. Objetivo: Identificar na literatura científica a correlação dos exercícios da estabilização segmentar com a diminuição do quadro da dor crônica advindas do segmento lombar. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cujo levantamento de dados foi realizado nas bases de dados: Scielo, Pubmed e PEDro, compreendendo os anos de 2010 a 2018. Os descritores foram elencados a partir do DeCS, sendo eles: Estabilização, Dor Crônica, Dor Lombar, Região Lombossacral, após o cruzamento a amostra resultou em 7 artigos que atendiam aos seguintes critérios de inclusão: artigos publicados na íntegra e artigos escritos nos idiomas português ou inglês. Foram excluídos do estudo: artigos nos quais havia associação da ESV com outras intervenções; pesquisas relacionadas com o controle da dor aguda e outras revisões da literatura, teses e/ou monografias. Resultados: Diante a análise criteriosa do material selecionado notou-se que há uma resposta efetiva no controle da dor lombar crônica e consequentemente uma diminuição da incapacidade funcional do indivíduo, visto que, o papel dos estabilizadores consiste em fornecer suporte e proteção às articulações por meio do controle translacional excessivo do movimento, controle motor através do treinamento resistido dos multífidos, transverso do abdome e da estimulação proprioceptiva, diminuindo consequentemente o limiar de dor devido a diminuição do estresse biomecânico, entretanto os resultados da ESV a longo prazo ainda são pouco conhecidos. Conclusão: Nesse contexto, as evidências científicas retratam a efetividade da Estabilização Segmentar Vertebral na redução da dor em pacientes que apresentam lombalgia crônica, tendo em vista uma fundamentação para prática clínica adequada e com alto percentual de sucesso, tornando-se assim mais uma ferramenta para o fisioterapeuta utilizar no manejo da dor lombar de seus pacientes, contudo faz-se necessário estudos mais aprofundados com o intuito de demonstrar os efeitos da ESV a longo prazo.

Palavras-chave: estabilização, dor crônica, dor lombar região lombossacral.

 

 

O efeito da intervenção fisioterapêutica em grupo na qualidade de vida, funcionalidade e condição psíquica de pacientes com síndrome do impacto do ombro

 

Leonardo Bordignon Pires*, Cármino Sérgio Gasparini**, Thiago Lopes Barbosa de Morais**, Ivan Luiz Pavanelli*, José Eduardo Corrente***, Ana Elisa Luiz Marques ****, Pâmela Cristina de Souza Giatti****, Eliana Tuzi Rodas Coelho*****

 

*Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa – EBRAFIM, **Departamento de Saúde Coletiva - UNESP Botucatu, ***Departamento de Bioestatística - UNESP Botucatu, ****FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, *****Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto

 

Introdução: O quadro álgico ligado ao complexo articular do ombro, afeta aproximadamente 26% da população, acarretando danos laborais e de qualidade de vida. O ombro é um complexo articular móvel e instável, devido sua própria anatomia, pois ele permite amplos movimentos em todos os planos corporais, mas com possíveis instabilidades atribuídas à frouxidão capsular associada à anatomia de forma arredondada e maior da cabeça umeral e a rasa superfície da fossa glenóide. O principal causador de dor no ombro é a síndrome do impacto do ombro (SIO), com 44 a 65% das queixas, constituindo uma das maiores razões de incapacidade crônica. Trata-se de uma compressão que provoca atrito dos tendões do manguito rotador, do cabo longo do bíceps braquial e da bursa subacromial. Como consequências dessa síndrome haverá diminuição ou perda da capacidade funcional. A qualidade de vida relaciona-se com a percepção do indivíduo de sua posição na vida em relação aos seus objetivos, valores, expectativas, padrões e preocupações, indivíduos com patologias musculoesqueléticas tendem a perder grande parte de sua qualidade de vida. Os acometidos pela SIO, normalmente, apresentam de forma insatisfatória grave, diminuição da atividade laboral, recreação, esporte e atividades de vida diária. Ansiedade e depressão são os principais fatores de comprometimento para a qualidade de vida do paciente e os sintomas associados podem influenciar a sua capacidade de se beneficiar dos programas de tratamento e reabilitação. Estudos relatam níveis elevados de sofrimento psíquico entre os pacientes com doenças musculoesqueléticas em particular, sendo assim é de relevância para os clínicos envolvidos em programas de reabilitação musculoesqueléticas. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida, a funcionalidade e o comprometimento psicológico pré e pós intervenção fisioterapêutica de indivíduos com Síndrome do Impacto do Ombro, em uma instituição pública de reabilitação de São José do Rio Preto, com atendimento realizado em grupo. Metodologia: Trata-se de um estudo de intervenção fisioterapêutica em grupo com avaliações pré e pós intervenção. O estudo foi realizado em pacientes do Núcleo Integrado de Reabilitação na cidade de São José do Rio Preto – SP. Foram atendidos 33 pacientes de ambos os sexos, com faixa etária acima de 40 anos, com diagnóstico clínico de Síndrome do Impacto do ombro e encaminhamento médico para tratamento fisioterapêutico. Os questionários utilizados na avaliação pré e pós-atendimentos foram o University of California of Los Angeles (UCLA), para verificar a funcionalidade, o questionário SF-36 para denominar a qualidade de vida e, a Escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS) para verificar o aspecto psicológico. Foi realizado atendimento fisioterapêutico em grupo de 5 participantes, com técnicas de cinesioterapia em grupo e acompanhamento em sessões de 30 minutos. Foram realizadas 8 sessões de atendimento fisioterapêutico, sendo 1 sessão semanal. Foi realizada comparação da evolução no tempo dos resultados da intervenção desde o início e após 60 dias. Resultados: Todos os itens avaliados obtiveram melhora estatisticamente significativa após o atendimento em grupo. Conclusão: Conclui-se que o tratamento em grupo para portadores de SIO é eficaz quanto à qualidade de vida, funcionalidade e comprometimento psicológico.

Palavras-chave: síndrome do impacto do ombro, fisioterapia, qualidade de vida.

 

 

Revisão sobre a importância da shantala em crianças portadoras de microcefalia

 

Priscillane da Silva Castro*, Líbina de Oliveira Irmão da Silva*, Eduardo Felix de Menezes*, Adeline Soraya de Oliveira da Paz Menezes**, Cláudia Mychelle Marques dos Santos*, Thainá Almeida Pimentel*

 

*Discente do Centro Universitário Tiradentes - Unit, Maceió/AL, **Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes - Unit, Maceió/AL

 

Introdução: A microcefalia é uma doença congênita ou adquirida, em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor que o normal influenciando, em cerca de 90% dos casos, no seu desenvolvimento neuropsicomotor. Porém não há uma cura definitiva para estar patologia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos de vida melhoram o desenvolvimento psicomotor e a qualidade de vida desses pacientes. A Shantala é uma massagem milenar indiana adequada para crianças, responsável pelo relaxamento e por estimular o sistema imunológico. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica, a fim de observar os efeitos da Shantala, em pacientes portadores de microcefalia. Métodos: Foi realizada uma busca de artigos científicos disponíveis nas bases de dados eletrônicas SciELO e Pubmed envolvendo os descritores: Microcefalia, Crianças, Fisioterapia, Massagem e Relaxamento, e descritos na língua inglesa: Microcephaly, children, Physiotherapy, Massage and Relaxation. Os artigos incluídos nesta pesquisa foram publicados em português/inglês, referentes ao uso da Shantala em pacientes portadores de microcefalia. Foram excluídos artigos que não apresentavam essa terapia como método de reabilitação, pacientes portadores de outras patologias neurológicas e artigos que não estavam disponíveis na íntegra. Resultados e discussão: Inicialmente uma busca foi realizada através do cruzamento das palavras-chaves, sendo encontrado um total de 14 estudos. Em seguida houve uma leitura crítica dos títulos e resumos onde 7 atenderam aos critérios de inclusão e foram analisados na íntegra. Os estudos observaram que através do uso da massagem houve melhorias no bem-estar geral das crianças, aumento de horas de sono, alívio de cólicas, relaxamento e fortalecimento do vínculo entre a mãe e o filho (a). Conclusão: De acordo com os estudos, foi possível observar que a através do toque que acontece durante a aplicação da Shantala, ocorre relaxamento e redução da irritabilidade, podendo fazer com que o bebê produza hormônios que aumentam a imunidade, tornando a aplicação do método na microcefalia de grande importância, sendo indicado fazer a massagem a partir do primeiro mês de vida, mas, se for bem orientado, é possível realiza-la a partir dos primeiros dias de vida.

Palavras-chave: microcefalia, crianças, fisioterapia, massagem, relaxamento.

 

 

Tratamento fisioterapêutico na cefaleia tensional em mulheres

 

Fhelício Sampaio Viana, Genivalda de Andrade Alves, Carla Francielly Santos Chaves, Sabrina da Silva Caires, Andressa dos Santos França, Rodrigo Novaes Santos

 

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

 

Introdução: A cefaleia do tipo tensional caracteriza-se como uma dor em forma de aperto na cabeça de intensidade leve a moderada, sendo a mais frequente dentre as cefaleias e de maior prevalência em mulheres. Nesse sentido, a fisioterapia atua por meio de condutas, como as técnicas manuais, a fim de minimizar os sintomas advindos das tensões. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e intervencionista realizado entre agosto e novembro de 2018 na Unidade Básica de Saúde na cidade de Jequié/BA. Como critério de inclusão, foram selecionadas cinco mulheres com histórico de Cefaleia Tensional sendo avaliadas no início das sessões, e que frequentaram no mínimo oito sessões de tratamento fisioterapêutico. As intervenções foram realizadas 3 vezes na semana com duração de 15 a 30 minutos cada atendimento, sendo executadas técnicas de terapia manual constituído por liberação da fáscia sub-occipital e das suturas cranianas, tração e mobilização articular manual da coluna cervical, alongamento muscular cervical, mobilização neural e fortalecimento isométrico dos músculos extensores e rotadores cervicais. A mensuração da dor foi realizada através da Escala Visual Analógica (EVA). A pesquisa foi aprovada pelo CEP/UESB nº 295583.1666.47900.09032018. Resultados: A terapia manual mostrou-se como uma conduta positiva na redução da intensidade da cefaleia tensional, a média das notas relatadas pelas participantes foi de seis no início e zero ao final dos atendimentos, sendo mensurada por meio da EVA. Foi relatado por três mulheres que a cefaleia se intensificava no período menstrual e que houve melhoras com a intervenção fisioterapêutica. Além disso, apesar do estudo não ter como objetivo, foi relatado por 4 participantes que a técnica mostrou-se benéfica na qualidade do sono e na diminuição da utilização de fármacos. Conclusão: Em síntese, concluiu-se que o tratamento fisioterapêutico realizado por meio da terapia manual apresentou-se satisfatória, visto que promoveu diminuição da intensidade da dor e contribuiu para melhorias no bem-estar das pacientes.

Palavras-chave: terapia manual, cefaleia tensional, fisioterapia.

 

 

Tratamento não cirúrgico para herniação lombar discal: relato de caso

 

André Soares de Araújo Filho*, Vanessa Santos Balbino**, Maria Jackeline da Silva**, Maria Letícia de Souza Vitor**, Danyella Caroline do Couto Almeida*

 

*Instituto de Tratamento de Coluna - Unidade Farol, **Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

 

Introdução: A hérnia de disco é uma patologia extremamente comum, que causa seria inabilidade em seus portadores. Estima-se que 2 a 3% da população sejam acometidas por esse processo, sendo mais comum em indivíduos do sexo masculino. São fatores de risco, causas ambientais, posturais, desequilíbrios musculares e, possivelmente, a influência genética. A terapia conservadora tem sido a primeira escolha de tratamento, cujos objetivos são o alívio de dor, o aumento da capacidade funcional e o retardamento da progressão da doença. Objetivo: Este estudo visa identificar os principais efeitos do tratamento não cirúrgico na herniação lombar discal. Metodologia: Paciente, P.J.O.P, sexo masculino, bancário, 35 anos, procurou serviço especializado de tratamento de coluna, relatando dor na região lombar há mais de dois anos, dormência, déficit na extensão de MID e e dificuldade para deambular devido a irradiação da dor para nádegas e região posterior da coxa, o que impedia a realização de suas AVDs e atividade laboral. O mesmo realizou Ressonância Magnética sendo diagnosticado com hérnia de disco no nível vertebral L4 e L5. Inicialmente, o sujeito foi submetido a uma avaliação cinético funcional e testes específicos, como o teste de Lasegue. A avaliação da dor foi realizada através da Escala Analogica de Dor, antes e após a intervenção fisioterapêutica. O paciente iniciou o tratamento fisioterapêutico em 25 de outubro de 2017, sendo realizados durante dois meses, cada sessão com cerca de 50 minutos, três vezes por semana, totalizando 24 sessões. Foi feita liberação miofascial nos músculos psoas, piriforme, quadrado lombar e glúteo máximo para melhorar a ADM e promover relaxamento, ja que apresentaram-se com espasmos devido a tensão na região. Paciente relatou diminuição da algia e parestesia nas primeiras sessões. Foi realizado também manipulação lombar e dissociação de cintura pélvica para melhorar a mobilidade. E mobilização neural e cyriax para diminuição da algia e parestesia. A cada sessão o paciente relatava diminuição da percepção de dor, referindo ao final do tratamento melhora significativa do quadro álgico. Resultados: O protocolo de tratamento nos portadores de hérnia discal lombar proporcionou melhora no quadro álgico, na funcionalidade e na mobilidade articular, diminuição da parestesia, permitindo que o paciente voltasse ao trabalho e a realizar suas AVDs com qualidade demonstrando eficácia no tratamento aplicado. Conclusão: Após a realização deste trabalho, conclui-se conforme os resultados obtidos, que o tratamento conservador/ fisioterapêutico demonstrou resultados positivos para pacientes com hérnia de disco lombar, evitando assim que sejam submetidos a procedimentos cirúrgicos.

Palavras-chave: lombalgia, hérnia de disco, terapia manual, tratamento conservador.