II
Congresso Brasileiro de Osteopatia e Fisioterapia Manipulativa
Centro Universitário Tiradentes -
UNIT - Maceió/AL
16 a 18/05/2019
A osteopatia é a ciência que procura
entender o movimento sob todas as suas formas de expressão. Qualquer organismo
vivo precisa de função para manter sua fisiologia, portanto o termo homeostasia
vem sendo substituído pela homeodinâmica. Em um
sistema de adaptações constantes e caórdicas, o
movimento é a única forma de sobrevivência.
O II Congresso Brasileiro de Osteopatia e
Fisioterapia Manipulativa reuniu, na cidade de Maceió/AL, profissionais e
estudantes de Fisioterapia, que tiveram a oportunidade de conhecer mais
profundamente e atualizar conceitos sobre temas diversos, relacionados a
Osteopatia e ao movimento humano.
Foram realizados, cursos, minicursos,
workshops, palestras, mesas redondas e apresentados trabalhos científicos,
durante 3 dias de evento.
Prof.
Dr. Bruno Gonçalves Dias Moreno - bruno@ebrafim.com
Escola
Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM)
Prof.
Dr. Paulo Roberto Rocha Júnior - paulorochafisio@gmail.com
Centro
Universitário de Adamantina (Unifai)
Prof.
Dr. Paulo Umeno Koeke - pauloebrafim@gmail.com
Escola
Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM)
Prof.
Me. Thiago Lopes Barbosa de Morais - fisiotlopes@yahoo.com.br
Escola
Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM)
Prof. Me.
Cármino Sérgio Gasparini - carminogasparini@gmail.com
Escola
Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM)
Prof.
Me. Pablo Barbosa dos Santos - pablobsantos@yahoo.com.br
Escola
Brasileira de Fisioterapia Manipulativa (EBRAFIM)
Prof.
Dr. Francisco Fleury Uchoa Santos Júnior - drfleuryjr@gmail.com
Centro
Universitário Estácio do Ceará
A efetividade da manipulação visceral no tratamento da
dor: revisão de literatura
Jáder
Luis Coêlho Fernandes
Mendes*, Lúcia de Fátima da Silva Santos**, Sérgio Raimundo Bispo***
*Fisioterapeuta pela Faculdade do Piauí,
**Fisioterapeuta pela Universidade Estadual do Piauí, ***Fisioterapeuta pela
Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia
Introdução: Dor é uma experiência
sensorial e emocional desagradável, estando relacionada ao dano tecidual real
ou potencial. A manipulação visceral é uma técnica de terapia manual suave e
precisa que melhora a mobilidade e função das vísceras, modificando o seu
movimento e reduzindo a entrada de aferências excessivas no nível da coluna.
Desse modo, contribui para normalizar a condição de excitabilidade dos
neurônios aferentes do sistema nervoso central e reduzir condições dolorosas. Objetivo: Realizar uma revisão da
literatura acerca dos efeitos da manipulação visceral na dor crônica. Metodologia: Realizou-se uma busca nas
bases eletrônicas de dados Scielo, Pubmed e PeDro. Foram incluídos
nesta pesquisa ensaios clínicos com texto completo disponível, publicados no
período de 2009 a 2019, que documentassem a utilização de manipulações
viscerais no tratamento da dor em homens e mulheres adultos, nos idiomas inglês
e português. Utilizaram-se os descritores: effects, Visceral Manipulation, Visceral Pain and Chronic
pain isolados e combinados por operadores
booleanos. Os dados foram extraídos de forma padronizada de cada estudo. Resultados: Foram revisados cinco
estudos transversais, em inglês, sendo quatro internacionais e um nacional. Um
dos estudos analisados mostrou que a manipulação visceral e o placebo desta
intervenção apresentaram redução significativa nas dores abdominal e cervical.
Dois estudos analisados compararam os efeitos de intervenções combinadas
(exercício, terapia manual e manipulação visceral) e uso de intervenções
combinadas mais placebo na dor lombar, sendo que o primeiro apresentou melhoras
significativas em ambos os grupos, com pequena diferença para o grupo experimental
na 52° semana, e o segundo obteve melhoras em ambos os grupos, em mais um
artigo observaram a redução da dor abdominal nos dois grupos testados. Outro
artigo analisou o efeito da terapia neuromuscular e terapia farmacológica na
dor abdominal e observou que a TNM é tão eficaz quanto terapia farmacológica a
curto e longo prazo com uma ligeira vantagem para TNM. Conclusão: A manipulação visceral se mostrou importante recurso no
tratamento de queixas álgicas. Contudo, ainda necessita de mais estudos de relevância
para maior aceitação da técnica. Sugerimos, portanto a realização de estudos
longitudinais controlados com amostras maiores, além da utilização de
instrumentos de avaliação da dor para maior fidedignidade e especificidade dos
resultados.
Palavras-chave: efeitos, manipulação
visceral, dor visceral dor crônica.
A eficácia da técnica da osteopatia visceral na
diabetes tipo 2 (estudo de caso)
Teresa
Cristina de Freitas Nery*, Walter Bezerra da Silva**
*Universidade Estácio de Sá/RJ, **Universidade Salgado
de Oliveira/PE
Introdução: Atualmente a Diabetes
Mellitus é uma importante causa de morbidade e
mortalidade em diferentes grupos etários da população, seu predomínio é de
aproximadamente 6% da população, onde 90% é Tipo 2. Este estudo se justificou
pela pequena quantidade de pesquisa sistematizada sobre a eficácia da
Osteopatia no Diabetes. Objetivo:
Verificar a eficácia da Osteopatia Visceral num portador de Diabetes Mellitus
tipo 2, através dos valores coletados dos parâmetros glicêmicos antes e após o
estudo, como também avaliar a perturbação dos resultados após quatro meses do
término da pesquisa. Metodologia: O
estudo foi realizado com a participação de uma paciente do sexo feminino, 46
anos, encaminhada pelo setor de nutrição do Hospital de Guarnição do Exército
de Natal/RN, que a controla a glicemia apenas com alimentação. A voluntária foi
esclarecida sobre o propósito da pesquisa e assinou termo de consentimento
livre e esclarecido como exige o Comitê de Ética em pesquisas envolvendo seres
humanos conforme resolução 196/96. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em pesquisa da Universidade Potiguar - UNP (parecer nº 14252/2017). A mesma foi
submetida a uma sessão semanal de osteopatia visceral, durante dois meses
consecutivos, totalizando oito sessões; foram coletados dados da anamnese
segundo a abordagem Osteopática, e a paciente foi
submetido ao exame laboratorial de hemoglobina glicosada no início e final do
tratamento, como também quatros meses após o estudo; foram realizadas técnicas
viscerais de Manipulação Osteopática com o objetivo
de atuar na mobilidade e de motilidade visceral. Durante a sessão a paciente
foi conduzida à maca, permaneceu em decúbito dorsal. Devido a relação dos
órgãos com o pâncreas, foram realizadas as técnicas de estiramento do duodeno
descendentemente, como também a liberação do mesocólon
transverso através do alongamento de ambas flexuras cólicas, por estas se
encontrarem localizadas anteriormente ao pâncreas; em seguida foi feita a
técnica de motilidade do pâncreas (gangorra), que consiste em realizar
movimentos rítmicos da mão sobre o pâncreas, fazendo com que a cabeça do mesmo
se movimente para anterior e posterior, a fim de melhorar sua liberdade de
movimento. No início do estudo a hemoglobina glicada encontrava-se com o valor
6,3% e no final houve uma redução a redução para 5,5%, e quatro meses após o
estudo continuou caindo 5,2%, conforme atestam os resultados, o que sugere um
efeito positivo, pois este exame possui enorme importância na avaliação do
controle da Diabetes, resumindo para o especialista e para o indivíduo em
tratamento se o controle glicêmico foi eficaz, ou não. Conclusão: O presente estudo mostrou que através da manipulação osteopática, pode-se estimular as vísceras em questão e
promover alterações fisiológicas, o que foi corroborado com a análise
laboratorial do exame da hemoglobina glicada. Portanto, a Osteopatia visceral
mostra-se como uma alternativa de baixo custo e eficaz para o manejo da
Diabetes. Contudo faz-se necessário a realização de novos estudos com uma maior
amostragem para se observar a eficácia desta técnica nas diferentes populações.
Palavras-chave: diabetes mellitus,
hemoglobina glicada, manipulação osteopática.
Análise comparativa entre alongamento de tensão
mantida e mobilização neural da cadeia posterior para o tratamento de lombociatalgia
Catarina
Akiko Miyamoto*, Fábio dos
Santos Soler**, Jader Iury de Souza Mercante*
*Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS, **Escola
Brasileira de Fisioterapia Manipulativa – EBRAFIM
A
lombociatalgia caracteriza-se pela irradiação da dor
lombar para os membros inferiores (MMII), pois se admite que o nervo ciático
(isquiático) deve estar afetado. Dentre a população brasileira, a prevalência
anual da dor lombar é de 50% dos adultos (2015), destes, 4,2-14,7% se tornam
casos crônicos e principal motivo de absenteísmo no trabalho. Os estudos de lombociatalgias são complexos pela inexistência de
correlação confiável entre os achados clínicos e os de imagem, uma vez que a
região lombossacral possui uma difusa rede de nervos.
Isto torna difícil determinar com precisão o local de origem da dor (com
exceção dos comprometimentos radiculomedulares). Além
disso, as contraturas musculares dolorosas, normalmente, não apresentam lesão
histológica demonstrável. Considera-se a fisioterapia uma das modalidades mais
importantes para o tratamento da lombociatalgia, com
o foco principal na diminuição da dor. A terapia manual é um dos recursos mais
utilizados para restaurar as funções mecânicas nas zonas lombo-pélvicas e nos
MMII. Dentre as técnicas manuais incluem-se alongamento em forma de tensão
mantida (ACPMMIITM) e mobilização neural (MNMMII) nos MMII. Com o objetivo de
comparar as eficácias destes dois procedimentos para o tratamento paliativo da lombociatalgia, recrutaram-se dezoito voluntários com
sintomas lombociáticos que foram separados
aleatoriamente em dois grupos iguais. Um recebeu tratamento ACPMMIITM (grupo 1)
e o outro MNMMII (grupo 2). O grupo 1 foi submetido a uma sequência de
alongamentos dos músculos posteriores dos MMII, a saber, (i) rotadores externos
da articulação coxofemoral [piriforme, gêmeo superior, obturador interno, gêmeo
inferior e quadrado femoral]; (ii) posteriores da
coxa [ou ísquiotibiais – semitendíneo,
semimembranáceo e bíceps femoral] e (iii) posteriores da perna [gastrocnêmio,
sóleo e plantar]. O grupo 2 foi submetido, em
sequência, a (i) movimentos rítmicos de flexões dorsal e plantar do tornozelo
com o voluntário em posição decúbito dorsal, (ii)
flexão do quadril e extensão do joelho juntamente com (i) e (iii) adução e rotação interna de quadril, concomitante com
(i). Cada etapa dos dois procedimentos foi realizada nos dois MMII e mantida (2
min) em posição de limite de conforto do paciente, de forma passiva. Os dois
métodos foram avaliados pelo teste da inclinação anterior (slump
test) e escala visual analógica de dor (EVA).
Utilizou-se o slump test
para verificação da amplitude de inclinação anterior do tronco e de extensão do
joelho. Em seguida, avaliou-se o nível da dor durante o teste por meio de EVA.
Estas avaliações foram realizadas antes e depois de cada intervenção.
Observou-se que a maioria dos desvios padrões obtidos das médias das diferenças
de ângulos no slump test e
na EVA entre pré e pós intervenção, de cada sessão,
foi muito alto e dificultou a interpretação dos resultados. Optou-se então por
calcular os coeficientes de variação de Pearson dos mesmos. A averiguação da
eficácia dos dois procedimentos foi realizada pela comparação dos respectivos
valores de CVPs (ambos os lados). Após quatro
sessões, uma vez por semana, observou-se que ambos os procedimentos são
semelhantemente eficazes para o tratamento da lombociatalgia.
Palavras-chave: dor lombar, nervo
isquiático, modalidades de fisioterapia.
Associação da escoliose toraco-lombar
e peso da mochila em estudantes do ensino médio
Eurico
Solian Torres Liberalino*,
José Jaildo Lima Neto**, Luam
Lima Diniz**, Anderson Carlos Silva Vasconcelos**, Pâmela Caroline Raimundo
Santos Israel**
*Docente do Curso de Fisioterapia ASCES-UNITA,
**Graduado em Fisioterapia pela ASCES-UNITA, Caruaru/PE
Introdução: O aparecimento das
alterações posturais em escolares pode estar relacionado à prática de hábitos
posturais inadequados, como o transporte de peso excessivo nas mochilas
escolares. Objetivo: Verificar se
existe associação entre a utilização de mochilas pelos estudantes do ensino
médio e escoliose. Metodologia:
Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal com abordagem quantitativa,
realizada com 152 estudantes do ensino médio de duas escolas, que responderam a
um formulário de coleta de dados com objetivo de conhecer o perfil e
características quanto ao uso de mochilas, pesagem das mochilas, análise
postural por inspeção estática com auxílio de um simetrógrafo
e por meio da fotogrametria (Avaliação postural através de fotografias) sem
utilização de mochila e aplicação do teste especial de Adams, para analisar a
possível presença de escoliose estrutural toracolombar.
Resultados: A escoliose toracolombar estrutural foi a alteração postural mais
identificada após a avaliação postural (68%). Houve associação entre a presença
de escoliose e gênero feminino (p=0,02), peso da mochila maior que 10% do peso
do estudante (p= 0,01) e tipo de mochila unilateral (p=0,003). Conclusão: Houve associação
estatisticamente significante entre a escoliose toracolombar
e o peso mochila maior que 10% da massa corpórea na amostra analisada, além do
predomínio de mochila unilateral e gênero feminino.
Palavras-chave: escoliose, postura,
estudantes, fotogrametria.
Atuação fisioterápica no tratamento de lesão meniscal
Dheyson
Christian de Paula Lima, Patrícia Pereira Cristovão
Faculdades Integradas de Vitória de Santo Antão - Faintvisa
Introdução: A lesão de menisco
refere-se à ocorrência de muitos casos de rompimento em uma única região da
estrutura e outros em que o mesmo tem toda a sua estrutura anatômica danificada
corroborando para o atrito entre as extremidades distais do fêmur (côndilo
lateral e medial) e a extremidade proximal da tíbia (faceta medial e lateral),
gerando disfunção articular. Objetivo:
Descrever as condutas e o engajamento fisioterápico para o tratamento de lesões
meniscais. Metodologia:
Trata-se de uma revisão que consiste na elaboração de análise literária de
artigos científicos que correlacionam ao objetivo do estudo. Foram selecionados
por meio de busca eletrônica e artigos das bases de dados PUBMED, SCIELO e
Google Acadêmico no período de janeiro a abril de 2019. A estratégia de busca
utilizou os seguintes descritores: Lesion; Physiotherapy; “Meniscus; Rehabilitation. Os mesmos termos foram utilizados para
pesquisa em português. Os termos foram utilizados no campo de busca de cada
base de dados, sendo utilizadas as ferramentas de refinamento quando estas
estavam disponíveis. As combinações entre as palavras-chave foram realizadas em
cada base de dados utilizando o operador boleano AND,
introduzindo artigos na língua inglesa e portuguesa, publicados no período de
2014 a 2019. Foram excluídos da pesquisa, comentários, opiniões, editoriais e
temas que não abrangessem o objetivo proposto. Encontrou-se 9 artigos dos quais
apenas 4 responderam à questão norteadora: De que maneira as terapias e o
acompanhamento corroboram na reabilitação de pacientes com lesões de caráter meniscal? Resultados:
Se a ruptura meniscal for pequena, o tratamento será
apenas realizado por parte da fisioterapia ortopédica, que tem atuação no
processo de reabilitação ligada ao não cirúrgico e prioritariamente com
objetivo na diminuição das dores e edemas por meio de técnicas manuais e
instrumentais, por intermédio de exercícios que geram resistência,
fortalecimento e alongamentos, uso do peso corpóreo, praticas terapêuticas na
piscina, elásticos, bicicleta ergométrica e bolas terapêuticas, visando desta
maneira uma maior probabilidade de evitar complicações futuras na qualidade de
vida do resignado. Conclusão: Foi
notório a resultância positiva após a participação da
fisioterapia engajada na reabilitação dos acometimentos funcionais do menisco.
Palavras-chave: lesão, fisioterapia,
menisco, reabilitação.
Bases anatômicas dos pontos-gatilho do músculo
masseter
Roberto
Procópio Pinheiro, Flavia Akamatsu, Matheus Acquesta Gaubeur, Flávio Hojaij, Samir Saleh, Ana Itezerote, Alfredo Jacomo, Mauro
Andrade
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Síndrome
da dor miofascial é uma causa comum de dor crônica musculoesquelética e é
caracterizada pelos pontos-gatilho miofasciais (PGM). PGM são identificados
clinicamente pela palpação de uma banda tensa de músculo ou fáscia. A
fisiopatologia do PGM não está clara e tem sido sugerido que PGM ocorre quando
receptores dolorosos coincidem com a placa motora do músculo. O músculo
masseter tem sido referido na dor miofascial mastigatória, tendo uma
significância clínica pelas desordens temporomandibulares, bruxismo e
hipertrofia do músculo. Estudos têm reportado que pacientes com dores no
pescoço apresentam sintomas na região orofacial. No músculo masseter
localizam-se áreas-gatilho e pontos-gatilho em várias regiões do músculo. São
descritos seis pontos-gatilho centrais na camada superficial e dois na camada
profunda do músculo, mas inexiste a correlação anatômica. O objetivo deste
trabalho é fornecer substrato anatômico para os PGM (pontos-gatilho
miofasciais) do músculo masseter auxiliando no melhor entendimento da
fisiopatologia e nos tratamentos oferecidos tanto na prática clínica quanto na
cirúrgica. Músculo masseter de dezesseis cadáveres adultos de ambos os sexos
foram dissecados desde sua origem para observar o ponto exato onde o nervo
massetérico entra no ventre do músculo. A partir das dimensões do músculo
masseter foram medidos os pontos de inserção do nervo massetérico no músculo masseter
em relação aos diâmetros transversal médio e longitudinal, delimitando um plano
cartesiano em abscissa e ordenada, respectivamente. Como esses valores variam
de acordo com o tamanho do músculo, foram calculados os valores relativos do
ponto de inserção em relação à dimensão transversal média e longitudinal. Dessa
forma, essas dimensões compõem 100% do tamanho do músculo, enquanto os valores
de inserção do músculo compõem o valor relativo. Por convenção, adotou-se a
intersecção dos eixos como origem e ponto zero; quadrante supero-anterior com
ordenada e abscissa positivos; quadrante ínfero-posterior com ordenada e
abscissa negativo; quadrante supero-posterior com abscissa negativa e ordenada
positiva; quadrante ínfero-anterior com abscissa positivo e ordenada negativo e
categorizados em seis áreas: I, II e III superior; IV, V e VI inferior, no
sentido posterior para anterior, respectivamente. Os pontos de entrada do nervo
foram submetidos à análise através dos testes de Poisson Loglinear
com post-hoc de Bonferroni para comparação entre os
grupos (sextantes), os dados foram expressos em média ± desvio padrão. O nível
de significância foi ajustado para 5% (p<0,05). Descobrimos que em média o
número de pontos do masseter difere estatisticamente entre os sextantes
avaliados (p < 0,001). As áreas central superior
com 35,6%, póstero superior com 22,7% e Antero superior 14,1% concentram a
maioria dos pontos. Encontramos correlação anatômica dos PGM e deve ser útil
para um melhor entendimento da fisiopatologia da síndrome e prover uma base
para seu tratamento.
Palavras-chave: pontos gatilho,
músculo masseter, anatomia, nervos, miofascial.
Capsulite adesiva e osteopatia – relato de
caso
Leonardo
Bordignon Pires*, Thiago Lopes Barbosa de Morais**,
Ivan Luiz Pavanelli*
*Ebrafim - Escola Brasileira
de Fisioterapia Manipulativa, **Departamento de Saúde Coletiva – UNESP Botucatu
Introdução: Capsulite
adesiva ou ombro congelado consiste em uma condição de dor e alto grau de
rigidez da articulação do ombro, muitas vezes de longa duração. Sua causa ainda
é desconhecida, porém várias teorias são propostas quanto a seu acontecimento e
métodos de tratamento. Pacientes com tal patologia apresentam alterações na
cápsula articular que são consideradas possíveis causas da doença. Essas
alterações são espessamento e retração da cápsula articular, associado a
processo inflamatório local. O tratamento de CA geralmente é realizado com
medicamentos anti-inflamatórios não esteroides e analgésicos, associado a
trabalho fisioterapêutico de mobilização articular, alongamentos e exercícios
específicos para essa condição. Como se trata de uma doença considerada
idiopática é difícil a resolução rápida do problema. Com o princípio da
globalidade podemos argumentar que, como se trata de uma zona sintomática, o
ombro acometido é resultado de uma disfunção primária, desse modo, a osteopatia
busca nesses pacientes uma possível restrição a distância que esteja
sobrecarregando esse segmento. Objetivo: Avaliar a eficácia do atendimento osteopático sobre dor, amplitude de movimento e função
vascular através de termografia de paciente portadora de capsulite
adesiva. Metodologia: Paciente, sexo
feminino, 55 anos, apresentou-se para atendimento com diagnóstico médico de capsulite adesiva do ombro direito. Queixa principal de dor
no ombro principalmente no movimento de abdução e rotação interna e, limitação
de amplitude de movimento em todos os planos. Relatou que há seis meses
apresentou pequena dor na mesma região, sendo diagnosticada em atendimento
médico com tendinite, realizou tratamento medicamentoso e 20 sessões de
fisioterapia convencional, porém não obtendo sucesso. Há dois meses voltou a
sentir fortes dores na região do ombro e grande redução de amplitude de
movimento do mesmo, sendo diagnosticada a capsulite
adesiva em consulta médica. Na avaliação osteopática
foi percebido grande redução de ADM em todos os planos e eixos do ombro D, com
dor intensa presente nos movimentos, na ausculta geral foi percebido tensão
aumentada em bexiga que foi comprovada por ausculta local, foram ainda
realizadas as análises térmicas pré e pós intervenção
na região sintomática e de bexiga. Foram realizados oito atendimentos com
técnicas viscerais específicas para a bexiga, mobilização de todo complexo
articular do ombro e técnicas para liberação metamérica
da região cervical. Resultados: Após
os atendimentos a ADM da paciente evoluiu com grande melhora e sua dor reduziu
na EVA de 9 para 3. A variação térmica em ambos os locais avaliados foi de
0,6ºC, sendo que a temperatura se elevou no local. Conclusão: Conclui-se que o atendimento osteopático
foi eficaz no tratamento de paciente com capsulite
adesiva no que se diz respeito a ADM, dor e função vascular.
Palavras-chave: dor de ombro,
funcionalidade, terapia manual, capsulite adesiva do
ombro.
Correlação entre disfunções temporomandibulares e
coluna cervical alta: relevância na prática clínica
Pâmela
Caroline Raimundo Santos Israel, Anderson Carlos Silva Vasconcelos, José Jaildo de Lima Neto, Luam Lima
Diniz, Eurico Solian Torres Liberalino
Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa –
EBRAFIM
Introdução: Os movimentos do
crânio e coluna cervical ocorrem concomitantemente à ativação dos músculos
mastigatórios e movimentos mandibulares, ou seja, todo mecanismo postural que
atua na cabeça, participa também do controle da postura mandibular. Devido essa
íntima relação, vários estudos foram propostos com o intuito de verificar como
as relações entre alterações posturais da cabeça e restante do corpo poderiam
levar a um processo de desvantagem biomecânica da articulação temporomandibular
(ATM), gerando quadro de disfunção temporomandibular (DTM). Objetivo: Caracterizar a correlação
entre DTM e coluna cervical alta e sua relevância na prática clínica por meio
de uma revisão da literatura. Metodologia:
Trata-se de uma Revisão da literatura com pesquisa de artigos publicados no
período de 2008 a 2019 em língua portuguesa, inglesa e espanhola, nas bases de
dados: Medline, PEDro e Scielo. Utilizou-se os descritores: Manipulation, Spinal; Temporomandibular Joint Disorders; Manipulação da coluna; Transtornos da
Articulação Temporomandibular; Manipulación Espinal; Trastornos de la Articulación Temporomandibular. Foram encontrados 34
artigos dentre eles foram selecionados apenas 11 do tipo caso controle, estudos
transversais e de coorte. Resultados: Os estudos analisavam a aplicação de
diferentes técnicas de terapia manual e cinesioterapia tais como: Manipulação atlanto-occipital, técnica de inibição dos músculos
suboccipitais, técnicas de mobilização articular, liberação miofascial e
exercícios de estabilização cervical. Os instrumentos de avaliação mais usados
foram: Fonseca Amamnesis Index, questionário RDC/TMD,
Eletromiógrafo de superfície e Algômetro
de pressão. No estudo que utilizou a manipulação da atlanto-occipital
houve significância estatística para melhora na abertura de boca, diminuição da
dor a pressão e melhora de algumas funções mandibulares como a mastigação. Em
relação a mastigação, boa parte dos estudos mostra que, durante as atividades
mastigatórias, há movimentos na coluna cervical alta relacionados à abertura e
ao fechamento da boca, e dependem da coordenação dos músculos mastigatórios e
cervicais. Consequentemente, a hipomobilidade da
coluna cervical alta ou alteração da posição da cabeça pode afetar os
movimentos mandibulares. Conclusão:
Através dessa revisão da literatura foi possível caracterizar a correlação
existente entre as disfunções temporomandibulares e a coluna cervical alta.
Conclui-se que, abordagens terapêuticas voltadas para a coluna cervical alta
podem resultar em melhora na sintomatologia presente em pacientes com disfunção
na articulação temporomandibular.
Palavras-chave: disfunção da
articulação temporomandibular, manipulação da coluna, coluna cervical.
Efeito da terapia manual na qualidade de vida,
funcionalidade e condição psíquica de pacientes com síndrome do impacto do
ombro
José
Eduardo Corrente*, Carlos Roberto Valêncio**, Ivan
Luiz Pavanelli***, Thiago Lopes Barbosa de Morais****, Leonardo Bordignon Pires***, Cármino Sérgio Gasparini****
*Departamento de Bioestatística – UNESP Botucatu,
**Departamento de Ciência da Computação e Estatística – UNESP São José do Rio
Preto, ***Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa – EBRAFIM,
****Departamento de Saúde Coletiva – UNESP Botucatu
Introdução: O complexo articular
do ombro consiste em um segmento da extremidade superior que realiza uma série
de movimentos complexos, com o intuito de permitir a realização de funções do
membro superior. Os movimentos realizados pelo ombro são extremamente variados
e seguem planos bem definidos, devido a isso mínimas alterações podem acometer
sua estrutura e função, tornando-a, deste modo, uma articulação altamente
acometida por moléstias musculoesqueléticas. A dor presente na articulação do
ombro afeta, aproximadamente 20% da população, independente de gênero e, principalmente
em indivíduos acima dos 50 anos. Indivíduos com dor possuem sua funcionalidade
reduzida, ou seja, restringem-se de atividades laborais e de lazer, dessa forma
afetando de maneira direta seu estado emocional, com consequente declínio da
qualidade de vida. Alguns estudos demonstram elevados níveis de sofrimento
psíquico em pacientes com doenças musculoesqueléticas. O uso da terapia manual
em sintomas musculoesqueléticos, tais como os da SIO, mostra-se de grande
eficiência, por agir melhorando a mobilidade dos tecidos musculares e
articulares. A visão global do fisioterapeuta permite que ele utilize técnicas
manuais levando em conta a anatomia e biomecânica do segmento, desta forma
restaurando a fisiologia local. A osteopatia é um sistema de cuidado com a
saúde que reconhece alguns princípios para sua utilização, como a autocura e a
habilidade de auto regulação do corpo. Porém tem consciência de que tais
princípios necessitam de certos fatores, sejam eles internos ou externos, para
que possam funcionar de maneira eficiente. Se tratando de uma filosofia e não
uma técnica, pode ser uma estratégia eficaz para diagnóstico e tratamento de
pacientes com SIO. Objetivo: Avaliar o impacto da terapia manual na qualidade
de vida e condições psíquicas de pacientes com SIO, submetidos a atendimentos osteopáticos. Metodologia:
Trata-se de um estudo de intervenção pré e pós
tratamento por terapia manual de pacientes com diagnóstico médico de SIO,
atendidos no serviço de Fisioterapia de uma clínica particular da cidade de São
José do Rio Preto/SP. Foram atendidos 21 acima de 40 anos, que receberam oito
atendimentos em um período de dois meses por um fisioterapeuta de modo
individualizado, cada atendimento teve média de 50 minutos. Os questionários
utilizados na avaliação pré e pós-atendimentos foram
o da University of California of Los Angeles
(UCLA), para verificar a funcionalidade, o questionário SF-36 para denominar a
qualidade de vida e a Escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS) para
verificar o aspecto psicológico. Após a coleta de dados os resultados foram
tabulados em planilha Excel para posterior análise descritiva. Resultados:
Apenas os aspectos “Estado geral de saúde” e “Vitalidade” não apresentaram
melhora significativa, todos os outros aspectos avaliados obtiveram melhora
estatisticamente significativa. Conclusão:
Conclui-se que a osteopatia foi eficaz no tratamento de pacientes com SIO no
que diz respeito a qualidade de vida e condições psíquicas.
Palavras-chave: dor de ombro,
qualidade de vida, funcionalidade terapia manual.
Efeitos da associação de recursos terapêuticos na
saúde laboral de um hospital público: relato de experiência
Vanessa
Santos Balbino, Lanuza Mikaelly
da Silva Sobrinho, Flávia de Jesus Leal Faria, Ana Carolina Remígio Barros, Eliana
Gabrielle dos Santos Silva
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
- Uncisal
Introdução: Trabalho hospitalar
envolve estresses constantes como sobrecarga de trabalho, grandes
responsabilidades e inconformidades ergonômicas, podendo ocasionar dores e
desconfortos musculares constantes. Também, situação de insalubridade
permanente aumenta os riscos de doenças físicas e psicológicas. Logo, torna-se
importante desenvolver ações de bem-estar e relaxamento, minimizando tensões e
dores associadas ao trabalho, prevenindo adoecimento e melhorando a qualidade
de vida laboral. Objetivo: Proporcionar
relaxamento e bem-estar aos servidores de Hospital público, através da
aplicação de recurso terapêutico manual e exercício. Metodologia: Relato de experiência de acadêmicas do 2º ano do curso
de Fisioterapia, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas -
UNCISAL, baseado na ação “Cuidando do Servidor - Alívio das Tensões”, realizada
em novembro/2018, no Hospital Geral do Estado Professor Osvaldo Brandão Vilela
(HGE), desenvolvida na disciplina “Recursos Terapêuticos I”. O atendimento ocorreu
em 4 estações, com cada uma durando cerca de 10-15 minutos, para uma maior
efetividade dos recursos, sendo realizado por 4 acadêmicos em cada estação,
revezando-se nelas a cada 30 minutos, com os servidores passando por todas; na
1ª estação foi realizada massagem relaxante corporal posterior, na 2ª Quick massage na cervical e
trapézio superior, na 3ª exercícios de alongamento para a cervical (flexão,
extensão, inclinação direita e esquerda e rotação), membros superiores e coluna
vertebral (na postura em pé: flexão, extensão, inclinação e rotação de tronco;
em decúbito dorsal: ênfase na coluna lombar com flexão de membros inferiores).
A cada alongamento foi associado inspiração e expiração controladas.
Finalizadas as estações anteriores, na 4ª estação foram ministradas orientações
posturais em grupo, com entrega de folhetos explicativos. Nas três primeiras
estações, o atendimento foi individual e na última, coletivamente. Resultados: Observação pelas acadêmicas
dos relatos dos servidores em relação à ação, o que as possibilitou identificar
discurso preventivo com relação à saúde dos trabalhadores e percepção da
importância de maior monitoramento da saúde laboral, como forma de legitimar a
prevenção e a promoção da saúde no ambiente laborativo,
principalmente, com ações de bem-estar e educativas. Os servidores que passaram
pela massoterapia relataram bem-estar físico geral e relaxamento, reduzindo
tensões musculares e dores corporais. Os alongamentos contribuíram para redução
de tensões causadas pela adoção de posturas inadequadas e/ou repetitivas nos
diferentes setores de trabalho. Quanto à orientação postural, houve grande
participação dos funcionários, com os próprios, após a demonstração,
conscientizando e identificando posturas incorretas realizadas durante turno
laboral, comprometendo-se a adotar posturas mais adequadas, para evitar ou
reduzir os possíveis danos à saúde. Conclusão:
Ação mostrou-se importante pelo caráter preventivo e educativo, sendo possível
para as acadêmicas observar, após sua realização, a eficácia das ações de
prevenção e conscientização na saúde, concluindo-se, conforme os resultados
obtidos, que a associação de recursos terapêuticos como massoterapia,
alongamento e orientações posturais, é capaz de promover relaxamento e bem-estar
aos servidores da unidade hospitalar em questão. Além disso, promoveu
articulação entre ensino e demanda da área da saúde do trabalhador, sendo
instrumento de aplicação teórico-prática.
Palavras-chave: manipulações
musculoesqueléticas, saúde do trabalhador, relaxamento.
Efeitos da técnica de inibição dos músculos
suboccipitais na dor, qualidade do sono e incapacidade em pessoas com cefaleia
tensional
Dayane
Caixeta*, Kaio Vinícius Lima**, Nara Lígia Leão Casa,
M.Sc.***, Adroaldo José
Casa Junior, D.Sc.****
*Fisioterapeuta, com Formação em Osteopatia e Terapia
Manual pela Ebrafim, **Discente do Curso de
Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás/GO, ***Docente do
Curso de Fisioterapia das Faculdades Objetivo, ****Docente do Curso de Fisioterapia
da Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução: A fisioterapia manual
e, neste contexto, a Osteopatia, objetiva corrigir, aliviar e recuperar as
lesões musculoesqueléticas e disfunções orgânicas. Objetivo: Avaliar o efeito da técnica de inibição dos músculos
suboccipitais na dor, qualidade do sono e incapacidade de indivíduos com
diagnóstico clínico de cefaleia tensional. Metodologia:
Trata-se de um ensaio clínico, descritivo e quantitativo, A amostra foi
composta por 10 participantes, sendo 7 mulheres e 3 homens. A média de idade
foi de 28,30 ± 7,47 anos, de peso 63,12 ± 12,75 kg, de altura 1,66 ± 0,13 m e
de Índice de Massa Corporal (IMC) 22,80 ± 2,43 kg/m2. Foram
incluídos homens e mulheres com idade entre 18 e 40 anos. Os mesmos foram
submetidos à Escala Visual Analógica para obtenção da intensidade da dor antes,
durante e após o tratamento, ao Questionário de Qualidade de Sono de Pittsburg, a fim de avaliar a qualidade do sono, e ao Headache Impact Test para
verificar o impacto da cefaleia nas atividades funcionais. A intervenção
consistiu em 4 sessões, sendo os participantes avaliados antes, imediatamente
após a intervenção e 7 dias subsequentes as mesmas. Resultados: A melhora dor
foi altamente significativa e com efeito prolongado por até 7 dias (p <
0,001). A qualidade de sono e incapacidade também apresentaram melhora
significativa (p = 0,007) e (p = 0,008) Conclusão:
Obteve-se melhora altamente significativa da dor e incapacidade, com resultados
prolongados por 7 dias. Sugere-se, então, a importância desta técnica para as
variáveis citadas e que a mesma deve ser incluída no plano de tratamento de
pessoas com cefaleia tensional.
Palavras-chave: cefaleia do tipo
tensional, técnicas de fisioterapia, dor de cabeça, manipulação.
Efeitos da técnica manipulativa articular na
lombalgia: uma revisão de literatura
Tamara
Martins da Cunha, Vitória Dias Ferreira, Bruno Gonçalves Dias Moreno
EBRAFIM - Escola Brasileira de Fisioterapia
Manipulativa
Objetivo: revisar estudos sobre
a manipulação articular manual (MAM) e seus efeitos em indivíduos com
lombalgia. Metodologia: Trata-se de
uma pesquisa de revisão de literatura, realizada pela seleção de artigos nas
bases de dados Periódico da CAPES, Scielo e PubMed
Central, publicados nos últimos 5 anos (2015 -
2019). As palavras-chave usadas em várias
combinações foram: “dor lombar”,
“manipulações musculoesqueléticas”,
“manipulações da coluna” e “dor
aguda”,
como também suas versões na língua inglesa. A
pesquisa foi limitada à língua portuguesa
e inglesa, com estudos realizados em humanos, foram excluídos
resumos de
dissertações ou teses acadêmicas, artigos de
revisão e de opinião. Os desfechos
considerados foram: efeito da manipulação na dor lombar
aguda ou crônica, na
qualidade de vida (QV), na amplitude de movimento da coluna (ADM) e na
incapacidade. A seleção dos artigos foi inicialmente
através da apreciação dos
títulos e em seguida dos resumos, que tinham potencial
relevância, assim na
sequência foi analisado cautelosamente em relação a
elegibilidade através da
leitura do artigo completo. E esta revisão foi realizada por
meio de dois
revisores independentes. Resultados:
Diante das buscas foram encontrados 102 artigos, desses, apenas 8 foram
incluídos no estudo. Conclusão: Os
resultados obtidos nesta revisão descrevem efeitos positivos da técnica MAM em
sintomas de lombalgias, como dor, ADM e incapacidade, entretanto seus efeitos
em QV permaneceram sem conclusões específicas neste caso.
Palavras-chave: dor lombar,
manipulação musculoesquelética, manipulação da coluna.
Efeitos da terapia craniossacral
na melhora dos sintomas da cervicobraquialgia –
relato de caso
Valdirene
Franzo Nascimento, May Lee Fares de Queiroz Lourenço
EBRAFIM - Escola Brasileira de Fisioterapia
Manipulativa
Introdução: A cervicobraquialgia
pode ser definida como um quadro de dor que afeta a coluna cervical e o membro
superior. O início das manifestações de uma crise pode ser muito variável,
podendo instalar-se de forma lenta e progressiva ou de forma abrupta. Ocorre
mais frequentemente em idade laboral. Em estudo foi encontrado uma prevalência
de 46,7% de indivíduos com sintomas em nível acadêmico universitário, já a
prevalência ao longo da vida pode atingir 71%, indicando que, possivelmente,
dois terços da população podem experimentar um episódio de cervicobraquialgia.
As causas mais frequentes de cervicobraquialgia são
os processos degenerativos da coluna cervical, que são evidenciados através de
exame de imagem, porém a avaliação funcional é a melhor forma de diagnóstico,
pois assim conseguimos identificar o tecido que manifesta o sintoma de forma
precisa, já que sabemos que tensões musculares, fasciais
e alterações biomecânicas de toda região de passagem do plexo braquial podem
repercutir com esse tipo de sintoma. Habitualmente, trata-se a cervicobraquialgia com medicamentosos e fisioterapia, que
pode ser feita através de intervenção manual, instrumental ou por exercício
como no Pilates. Em muitos casos os tratamentos convencionais não apresentam
sucesso, dessa forma torna-se de grande importância o uso e comprovação de
novas técnicas que atuem sobre tal sintoma. A terapia craniossacral
atua sobre o sistema como um todo e, liberando tensões meníngeas como da
Dura-máter Como sabemos que os nervos espinhais passam através desta estrutura,
é valido o pensamento de que tal técnica possa ser utilizada para o tratamento
de sintomas neurais. Objetivo: Avaliar a eficácia da terapia craniossacral em paciente com diagnóstico de cervicobraquialgia quanto à dor e parestesia. Metodologia: Paciente A.F, mulher de 56
anos, contadora e terapeuta holística. Procurou ortopedista com queixas de dor
na região de pescoço e membro superior. Em exame de imagem realizado foram
encontrados pinçamentos importantes na região
cervical e osteófitos marginais locais. Paciente
apresentou-se para o atendimento com queixas de dor cervical com irradiação
para MSD e parestesia no mesmo, bem como sensação de dormência na face
homolateral, classificando esses sintomas na escala EVA como oito inicialmente.
Ao exame físico foi possível avaliar retificação da região cervical e hipercifose torácica, bem como alteração no alinhamento dos
ombros. Para a intervenção foram realizados cinco atendimentos de terapia craniossacral, com duração de 1 hora cada, seguindo o
método completo, avaliando o ritmo craniossacral em
sua simetria, qualidade, amplitude e frequência do movimento (SQAF). Os 10
passos de tratamento foram utilizados em todas os cinco atendimentos, seguindo
a sequência descrita para o tratamento craniossacral.
Resultados: Paciente relatou melhora
dos sintomas de dor irradiada e parestesia de MSD, também relatou melhora do
adormecimento da face após os cinco atendimentos com utilização de terapia craniossacral. Inicialmente seus sintomas na escala EVA
eram classificados com nota oito, posteriormente ao tratamento a paciente
classificou a intensidade dos sintomas como nota um. Conclusão: Conclui-se que a terapia craniossacral
é uma ferramenta eficaz no tratamento de pacientes com cervicobraquialgia
em relação aos sintomas de dor e parestesia.
Palavras-chave: cervicalgia,
amplitude de movimento articular, terapia manual.
Efeitos da terapia manual no tratamento de atletas de
futebol com pubalgia
Débora
Suellen Santos Pessoa, Jéssica Carolyne Tenório
Moreira, Cesário Da Silva Souza
Centro Universitário Tiradentes - UNIT
Introdução: A pubalgia
é a dor que ocorre na região púbica desencadeada pela pubeíte
(inflamação no osso do púbis) caracterizada pelo acometimento da articulação da
sínfise púbica, bem como dos tendões dos músculos que estão inseridos nesta
região, como reto abdominal (localizados na porção superior do púbis) e
adutores da coxa (localizados na porção inferior do púbis). Os sinais e
sintomas para este diagnóstico incluem: dor persistente na virilha durante a
corrida, exercícios abdominais, agachamentos e dor na virilha que se desenvolve
gradualmente, podendo ser confundida com uma lesão muscular e esses sintomas
podem ser tanto unilateral como bilateral com prevalência no sexo masculino. Objetivo: O objetivo do presente estudo
é identificar eficácia do tratamento fisioterapêutico com uso de terapia manual
aplicado no atleta de futebol com diagnóstico de pubalgia.
Métodos: Foi realizada uma revisão de
literatura com artigos existentes nas bases de dados Scielo
e PubMed, e Pedro, selecionando os trabalhos
publicados de 2007 a 2018 nas línguas portuguesa e inglesa. Foram escolhidos 3
descritores (Pubalgia, Fisioterapia e atletas). Resultados: Foram encontrados 1835
artigos em português, ao final apenas cinco artigos foram elegíveis para o
estudo, onde estes estavam analisando o tratamento fisioterapêutico da pubalgia em atletas de Futebol. Este presente artigo,
encontrou efeitos proporcionados pelos exercícios de alongamentos associados a
técnicas de mobilização articular, mobilização neural e manipulação em
indivíduos com pubalgia, que foi efetivo no tratamento.
Conclusão: Portanto, esta revisão de
literatura mostrou que as técnicas manuais são benéficas para o tratamento da pubalgia em atletas de futebol, visto que, os artigos
revisados consistiram em diminuir a dor e aumentar a resistência dos tendões
acometidos, melhorar a mobilidade articular, correção de alterações
biomecânicas, restabelecer o equilíbrio muscular e melhorar a estabilidade do
quadril e da coluna. além disso, é necessário a realização de mais estudos
específicos em relação aos efeitos das técnicas manuais que deem respaldo ao
tratamento fisioterapêutico na pubalgia.
Palavras-chave: terapia manual, pubalgia, atletas de futebol.
Efeitos do conceito mulligan
na dor e incapacidade em pessoas com síndrome do ombro doloroso
Dayane
Caixeta*, Italla Cristina Rocha Lima**, Letícia
Gonçalves Dias**, Brenda Perdigão**, Nara Lígia Leão Casa, M.Sc***, Adroaldo José Casa
Junior, D.Sc.****
*Fisioterapeuta com Formação em Osteopatia e Terapia
Manual pela Ebrafim, **Discente do Curso de
Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira, ***Docente do Curso de
Fisioterapia das Faculdades Objetivo, ****Docente do Curso de Fisioterapia da
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)
Introdução: A síndrome do ombro
doloroso (SOD) é caracterizada por dor e incapacidade funcional em vários
graus. O Conceito Mulligan, dispõe de recursos que
podem melhorar a mobilidade, minimizar a recidiva do quadro e otimizar a
qualidade de vida e retorno às atividades diárias. Objetivo: Avaliar a efetividade da técnica de Mobilização com
Movimento (MWM) do Conceito Mulligan na dor e
incapacidade de pessoas com SOD. Métodos:
Trata-se de um ensaio clínico, descritivo e quantitativo, com 75 participantes.
Os mesmos foram submetidos a uma Ficha de Avaliação, para obtenção de dados
pessoais e relacionados à disfunção do ombro; Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) para avaliar a capacidade
funcional de indivíduos com SOD nas AVDs; e a Escala
Visual Analógica (EVA) para quantificar a intensidade e a percepção do indivíduo
sobre a dor. A intervenção consistiu em uma sessão, sendo os participantes
avaliados antes, imediatamente após e 7 dias subsequentes a esta aplicação. O
nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: A média de idade foi de 24,4 ± 6,26 anos. A dor foi
significativamente reduzida e com efeito prolongado por até 7 dias (p <
0,001). A incapacidade funcional teve melhora altamente significativa (p <
0,001). Conclusão: A técnica de MWM
de ombro ocasionou melhora significativa da dor e incapacidade funcional de
pessoas com SOD, inclusive com benefícios que se prolongaram por 7 dias. Assim,
acredita-se que o Conceito Mulligan deveria ser
incluído no tratamento fisioterapêutico da SOD, haja vista que proporciona
efeitos interessantes nas restrições e incapacidades destes pacientes.
Palavras-chave: lesões do ombro, dor
de ombro, incapacidade funcional, terapia por manipulação.
Efetividade da técnica de liberação diafragmática na
dor e limitação de movimento lombar em adultos jovens com lombalgia
inespecífica
Dayane
Caixeta*, Juliana N. de Sousa**, Lorrayne P. da
Silva**, Lucas Matheus P. Castro**, Adroaldo José
Casa Junior, D.Sc.***
*Fisioterapeuta com Formação em Osteopatia e Terapia
Manual pela Ebrafim, **Discente do Curso de
Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira, ***Docente do Curso de
Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)
Introdução: Lombalgia é definida
como dor localizada abaixo da margem das últimas costelas (margem costal) e
acima das linhas glúteas inferiores. A Osteopatia apresenta inúmeras formas
eficazes de tratamento, sendo a liberação diafragmática uma delas. Objetivo: Avaliar os efeitos da técnica
de liberação diafragmática na dor e limitação de movimento de adultos jovens
com lombalgia inespecífica. Métodos:
Trata-se de um ensaio clínico descritivo, em que participaram 20 indivíduos com
queixa de dor lombar não específica, sendo submetidos a uma Ficha de Avaliação,
para obtenção de dados pessoais, antropométricos, sociodemográficos e
relacionados à lombalgia; Escala Visual Analógica (EVA) para verificação da
intensidade da dor; Teste de Schöber para avaliar a
mobilidade lombar. Cada participante foi submetido a uma aplicação da técnica
de liberação diafragmática. A reavaliação foi realizada logo após a técnica osteopática, assim como 7 dias após a intervenção. Resultados: A liberação diafragmática
foi capaz de reduzir significativamente a dor (p < 0,01) e ampliar a
mobilidade lombar (p < 0,001), com resultados mantidos 7 dias após a
aplicação da técnica. Conclusão:
Sugere-se a inclusão da técnica liberação diafragmática no plano de tratamento
fisioterápico de pacientes com lombalgia, para obtenção de melhores resultados
diante das restrições e incapacidades.
Palavras-chave: lombalgia,
manipulação osteopática, limitação de mobilidade,
terapias manuais.
Eficácia da terapia manual no quadro de cervicalgia:
relato de caso
Maria
Letícia de Souza Vitor*, Vanessa Santos Balbino*, Maria Jackeline da Silva*, Danyella Caroline do Couto Almeida**, André Soares de
Araújo Filho**
*Universidade Estadual de Ciências da Saúde de
Alagoas, **Instituto de Tratamento de Coluna - Unidade Farol
Introdução: A cervicalgia acomete
um número considerável de indivíduos, com uma média de 12% a 34% de uma
população adulta em alguma fase da vida, tendo maior incidência no sexo
feminino, trazendo prejuízos nas suas atividades de vida diária. Esta patologia
raramente se inicia de maneira súbita, em geral pode estar relacionada com
movimentos bruscos, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma. Objetivo: Mostrar a eficácia da terapia
manual no quadro de cervicalgia através de um relato de caso. Metodologia: Paciente J.J.S.F, sexo
masculino, 49 anos, militar, relata dor cervical de escala nove, segundo a
Escala Analógica de Dor, sem razão aparente com frequência constante,
apresentando melhora em decúbito e piora em sedestação.
Realizou tomografia computadorizada de coluna cervical apresentando diagnóstico
clínico de protrusões discais cervical póstero-mediano de C2 - C3, C3-C4 e
C4-C5 comprimindo face anterior de saco dural.
Realizou tratamento medicamentoso, porém sem sucesso. Iniciou o tratamento
fisioterapêutico apresentando sintomas de compressão nervosa, crise na flexão
de cervical, dor a palpação, parestesia em MMSS, amplitude de movimento
diminuída, algia na extremidade superior e no meio da
escápula. Resultados: Foram 2 meses
de tratamento fisioterápico, iniciou em 25 agosto de 2017, totalizando 24
sessões, com duração média de 50 minutos cada sessão. Foram realizadas técnicas
manuais, tração eletrônica, RPG, evoluindo com mulligan
cervical e exercício específico a partir da décima terceira sessão. O paciente
realizou exercícios de prancha na bola, inclinação lateral do tronco, extensão
de tronco, inclinação cervical com resistência elástica, estabilização
cervical, ponte, extensão de joelho e estabilização de tronco. Na décima
terceira sessão apresentou melhora de 80% da algia e
na décima sexta sessão já não apresentou mais queixa dolorosa. Conclusão: Os dados foram obtidos por
meio de revisão do prontuário, registro de todos os métodos diagnósticos aos
qual o paciente foi submetido. O paciente obteve melhora da sintomatologia e
por consequência obtive um efeito positivo na qualidade de vida, por meio da
conduta traçada pelo fisioterapeuta, com enfoque na terapia manual.
Palavras-chave: cervicalgia, terapia
manual, efetividade.
Elaboração de processo hierárquico de tomada de
decisões clínicas em terapia manual para dor lombar crônica
Yusseff
Oliveira Zoghbi, Kátia Nunes Sá
Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública
Introdução: Apesar dos inúmeros
estudos científicos, a dor lombar crônica (DLC) ainda é o principal desafio
para a saúde pública mundial. A terapia manual tem sido utilizada empiricamente
por fisioterapeutas no tratamento da DLC sem relação com a prática baseada em
evidências. Pesquisas inspiradas pelo uso podem auxiliar na translação do
conhecimento científico a casos reais. Objetivo:
Desenvolver um processo hierárquico de tomada de decisões para o tratamento
manual da DLC. Metodologia: Estudo de
modelagem teórica a partir de um ensaio clínico aberto em uma clínica
especializada realizado em pessoas com DLC com ou sem irradiação. Serão
aplicados, por meio de um protocolo de avaliação padronizado, testes e
questionários validados para o diagnóstico cinético funcional da região sacroilíaca, lombar, intestino grosso e tensão neural
adversa, além de medidas da intensidade da dor (EVA-D), do nível de capacidade
funcional (Oswestry Questionnaire)
e de satisfação do cliente. Não haverá um protocolo de tratamento pré-determinado,
mas as seções terapêuticas serão minuciosamente detalhadas. Os indivíduos serão
avaliados, tratados e reavaliados com técnicas de mascaramento, sem alteração
da rotina de tratamento. Os casos serão selecionados randomicamente. As
variáveis dos casos clínicos selecionados serão tratadas por técnicas de machine learning. Os
achados serão confrontados com o grau de recomendações e níveis de evidência da
literatura. Será proposto um algoritmo a partir de um modelo hierárquico de
raciocínio clínico. Resultados esperados: Espera-se fornecer uma sistematização
da prática de terapia manual baseada em evidências clínicas que proporcionam
alívio de sintomas em pessoas que sofrem com DLC.
Palavras-chave: lombalgia, low back pain,
osteopatia, sciatica, ciática.
Estabilização segmentar vertebral para o tratamento da
lombalgia crônica: revisão integrativa da literatura
Eurico
Solian Torres Liberalino,
Anderson Carlos de Vasconcelos Silva, José Jaildo
Lima Neto, Pâmela Caroline Raimundo Israel dos Santos, Luam
Lima Diniz
Pós-graduando(a) em Osteopatia pela Escola Brasileira
de Fisioterapia Manipulativa - EBRAFIM
Introdução: Considerada uma das
principais causas de incapacidade funcional na sociedade moderna, a dor lombar
pode ser definida como uma fonte de alterações nociceptivas a nível neuromusculoesquelética, quando cronificada
observa-se uma redução significativa da independência da funcionalidade
interferindo assim no convívio social e familiar. Como uma das alternativas
para o controle álgico, regressão da lombalgia e retorno da funcionalidade,
têm-se a aplicação da Estabilização Segmentar Vertebral (ESV), um método de
fortalecimento baseado na conscientização da contração muscular. Objetivo: Identificar na literatura
científica a correlação dos exercícios da estabilização segmentar com a
diminuição do quadro da dor crônica advindas do segmento lombar. Metodologia: Trata-se de uma revisão
integrativa da literatura, cujo levantamento de dados foi realizado nas bases
de dados: Scielo, Pubmed e PEDro, compreendendo os anos de 2010 a 2018. Os descritores
foram elencados a partir do DeCS, sendo eles:
Estabilização, Dor Crônica, Dor Lombar, Região Lombossacral,
após o cruzamento a amostra resultou em 7 artigos que atendiam aos seguintes
critérios de inclusão: artigos publicados na íntegra e artigos escritos nos idiomas português ou inglês. Foram excluídos do estudo:
artigos nos quais havia associação da ESV com outras intervenções; pesquisas
relacionadas com o controle da dor aguda e outras revisões da literatura, teses
e/ou monografias. Resultados: Diante
a análise criteriosa do material selecionado notou-se que há uma resposta
efetiva no controle da dor lombar crônica e consequentemente uma diminuição da
incapacidade funcional do indivíduo, visto que, o papel dos estabilizadores
consiste em fornecer suporte e proteção às articulações por meio do controle
translacional excessivo do movimento, controle motor através do treinamento
resistido dos multífidos, transverso do abdome e da
estimulação proprioceptiva, diminuindo consequentemente o limiar de dor devido
a diminuição do estresse biomecânico, entretanto os resultados da ESV a longo
prazo ainda são pouco conhecidos. Conclusão:
Nesse contexto, as evidências científicas retratam a efetividade da Estabilização
Segmentar Vertebral na redução da dor em pacientes que apresentam lombalgia
crônica, tendo em vista uma fundamentação para prática clínica adequada e com
alto percentual de sucesso, tornando-se assim mais uma ferramenta para o
fisioterapeuta utilizar no manejo da dor lombar de seus pacientes, contudo
faz-se necessário estudos mais aprofundados com o intuito de demonstrar os
efeitos da ESV a longo prazo.
Palavras-chave: estabilização, dor
crônica, dor lombar região lombossacral.
O efeito da intervenção fisioterapêutica em grupo na
qualidade de vida, funcionalidade e condição psíquica de pacientes com síndrome
do impacto do ombro
Leonardo
Bordignon Pires*, Cármino Sérgio Gasparini**, Thiago
Lopes Barbosa de Morais**, Ivan Luiz Pavanelli*, José Eduardo Corrente***, Ana
Elisa Luiz Marques ****, Pâmela Cristina de Souza Giatti****, Eliana Tuzi Rodas Coelho*****
*Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa –
EBRAFIM, **Departamento de Saúde Coletiva - UNESP Botucatu, ***Departamento de
Bioestatística - UNESP Botucatu, ****FAMERP - Faculdade de Medicina de São José
do Rio Preto, *****Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto
Introdução: O quadro álgico
ligado ao complexo articular do ombro, afeta aproximadamente 26% da população,
acarretando danos laborais e de qualidade de vida. O ombro é um complexo
articular móvel e instável, devido sua própria anatomia, pois ele permite
amplos movimentos em todos os planos corporais, mas com possíveis
instabilidades atribuídas à frouxidão capsular associada à anatomia de forma
arredondada e maior da cabeça umeral e a rasa superfície da fossa glenóide. O principal causador de dor no ombro é a síndrome
do impacto do ombro (SIO), com 44 a 65% das queixas, constituindo uma das
maiores razões de incapacidade crônica. Trata-se de uma compressão que provoca
atrito dos tendões do manguito rotador, do cabo longo do bíceps braquial e da bursa subacromial. Como
consequências dessa síndrome haverá diminuição ou perda da capacidade
funcional. A qualidade de vida relaciona-se com a percepção do indivíduo de sua
posição na vida em relação aos seus objetivos, valores, expectativas, padrões e
preocupações, indivíduos com patologias musculoesqueléticas tendem a perder
grande parte de sua qualidade de vida. Os acometidos pela SIO, normalmente,
apresentam de forma insatisfatória grave, diminuição da atividade laboral,
recreação, esporte e atividades de vida diária. Ansiedade e depressão são os
principais fatores de comprometimento para a qualidade de vida do paciente e os
sintomas associados podem influenciar a sua capacidade de se beneficiar dos
programas de tratamento e reabilitação. Estudos relatam níveis elevados de
sofrimento psíquico entre os pacientes com doenças musculoesqueléticas em
particular, sendo assim é de relevância para os clínicos envolvidos em
programas de reabilitação musculoesqueléticas. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida, a funcionalidade e o
comprometimento psicológico pré e pós intervenção
fisioterapêutica de indivíduos com Síndrome do Impacto do Ombro, em uma
instituição pública de reabilitação de São José do Rio Preto, com atendimento
realizado em grupo. Metodologia:
Trata-se de um estudo de intervenção fisioterapêutica em grupo com avaliações pré e pós intervenção. O estudo foi realizado em pacientes
do Núcleo Integrado de Reabilitação na cidade de São José do Rio Preto – SP.
Foram atendidos 33 pacientes de ambos os sexos, com faixa etária acima de 40
anos, com diagnóstico clínico de Síndrome do Impacto do ombro e encaminhamento
médico para tratamento fisioterapêutico. Os questionários utilizados na
avaliação pré e pós-atendimentos foram o University of California of Los Angeles
(UCLA), para verificar a funcionalidade, o questionário SF-36 para denominar a
qualidade de vida e, a Escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS) para
verificar o aspecto psicológico. Foi realizado atendimento fisioterapêutico em
grupo de 5 participantes, com técnicas de cinesioterapia em grupo e
acompanhamento em sessões de 30 minutos. Foram realizadas 8 sessões de atendimento
fisioterapêutico, sendo 1 sessão semanal. Foi realizada comparação da evolução
no tempo dos resultados da intervenção desde o início e após 60 dias. Resultados: Todos os itens avaliados
obtiveram melhora estatisticamente significativa após o atendimento em grupo. Conclusão: Conclui-se que o tratamento
em grupo para portadores de SIO é eficaz quanto à qualidade de vida,
funcionalidade e comprometimento psicológico.
Palavras-chave: síndrome do impacto
do ombro, fisioterapia, qualidade de vida.
Revisão sobre a importância da shantala
em crianças portadoras de microcefalia
Priscillane
da Silva Castro*, Líbina de Oliveira Irmão da Silva*,
Eduardo Felix de Menezes*, Adeline Soraya de Oliveira
da Paz Menezes**, Cláudia Mychelle Marques dos
Santos*, Thainá Almeida Pimentel*
*Discente do Centro Universitário Tiradentes - Unit,
Maceió/AL, **Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário
Tiradentes - Unit, Maceió/AL
Introdução: A microcefalia é uma
doença congênita ou adquirida, em que o bebê nasce com o crânio do tamanho
menor que o normal influenciando, em cerca de 90% dos casos, no seu
desenvolvimento neuropsicomotor. Porém não há uma cura definitiva para estar
patologia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos de vida melhoram
o desenvolvimento psicomotor e a qualidade de vida desses pacientes. A Shantala é uma massagem milenar indiana adequada para
crianças, responsável pelo relaxamento e por estimular o sistema imunológico. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica,
a fim de observar os efeitos da Shantala, em
pacientes portadores de microcefalia. Métodos: Foi realizada uma busca de
artigos científicos disponíveis nas bases de dados eletrônicas SciELO e Pubmed envolvendo os
descritores: Microcefalia, Crianças, Fisioterapia, Massagem e Relaxamento, e
descritos na língua inglesa: Microcephaly, children, Physiotherapy, Massage and Relaxation.
Os artigos incluídos nesta pesquisa foram publicados em português/inglês,
referentes ao uso da Shantala em pacientes portadores
de microcefalia. Foram excluídos artigos que não apresentavam essa terapia como
método de reabilitação, pacientes portadores de outras patologias neurológicas
e artigos que não estavam disponíveis na íntegra. Resultados e discussão: Inicialmente uma busca foi realizada
através do cruzamento das palavras-chaves, sendo encontrado um total de 14
estudos. Em seguida houve uma leitura crítica dos títulos e resumos onde 7
atenderam aos critérios de inclusão e foram analisados na íntegra. Os estudos observaram
que através do uso da massagem houve melhorias no bem-estar geral das crianças,
aumento de horas de sono, alívio de cólicas, relaxamento e fortalecimento do
vínculo entre a mãe e o filho (a). Conclusão:
De acordo com os estudos, foi possível observar que a através do toque que
acontece durante a aplicação da Shantala, ocorre
relaxamento e redução da irritabilidade, podendo fazer com que o bebê produza
hormônios que aumentam a imunidade, tornando a aplicação do método na
microcefalia de grande importância, sendo indicado fazer a massagem a partir do
primeiro mês de vida, mas, se for bem orientado, é possível realiza-la a partir
dos primeiros dias de vida.
Palavras-chave: microcefalia,
crianças, fisioterapia, massagem, relaxamento.
Tratamento fisioterapêutico na cefaleia tensional em
mulheres
Fhelício
Sampaio Viana, Genivalda de Andrade Alves, Carla
Francielly Santos Chaves, Sabrina da Silva Caires, Andressa dos Santos França,
Rodrigo Novaes Santos
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Introdução: A cefaleia do tipo
tensional caracteriza-se como uma dor em forma de aperto na cabeça de
intensidade leve a moderada, sendo a mais frequente dentre as cefaleias e de
maior prevalência em mulheres. Nesse sentido, a fisioterapia atua por meio de
condutas, como as técnicas manuais, a fim de minimizar os sintomas advindos das
tensões. Métodos: Trata-se de um
estudo descritivo e intervencionista realizado entre agosto e novembro de 2018
na Unidade Básica de Saúde na cidade de Jequié/BA. Como critério de inclusão,
foram selecionadas cinco mulheres com histórico de Cefaleia Tensional sendo
avaliadas no início das sessões, e que frequentaram no mínimo oito sessões de
tratamento fisioterapêutico. As intervenções foram realizadas 3 vezes na semana
com duração de 15 a 30 minutos cada atendimento, sendo executadas técnicas de
terapia manual constituído por liberação da fáscia sub-occipital
e das suturas cranianas, tração e mobilização articular manual da coluna
cervical, alongamento muscular cervical, mobilização neural e fortalecimento
isométrico dos músculos extensores e rotadores cervicais. A mensuração da dor
foi realizada através da Escala Visual Analógica (EVA). A pesquisa foi aprovada
pelo CEP/UESB nº 295583.1666.47900.09032018. Resultados: A terapia manual mostrou-se como uma conduta positiva
na redução da intensidade da cefaleia tensional, a média das notas relatadas
pelas participantes foi de seis no início e zero ao final dos atendimentos,
sendo mensurada por meio da EVA. Foi relatado por três mulheres que a cefaleia
se intensificava no período menstrual e que houve melhoras com a intervenção
fisioterapêutica. Além disso, apesar do estudo não ter como objetivo, foi
relatado por 4 participantes que a técnica mostrou-se
benéfica na qualidade do sono e na diminuição da utilização de fármacos. Conclusão: Em síntese, concluiu-se que o
tratamento fisioterapêutico realizado por meio da terapia manual apresentou-se
satisfatória, visto que promoveu diminuição da intensidade da dor e contribuiu
para melhorias no bem-estar das pacientes.
Palavras-chave: terapia manual,
cefaleia tensional, fisioterapia.
Tratamento não cirúrgico para herniação
lombar discal: relato de caso
André
Soares de Araújo Filho*, Vanessa Santos Balbino**, Maria Jackeline da Silva**,
Maria Letícia de Souza Vitor**, Danyella Caroline do
Couto Almeida*
*Instituto de Tratamento de Coluna - Unidade Farol,
**Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
Introdução: A hérnia de disco é
uma patologia extremamente comum, que causa seria inabilidade em seus
portadores. Estima-se que 2 a 3% da população sejam acometidas por esse
processo, sendo mais comum em indivíduos do sexo masculino. São fatores de
risco, causas ambientais, posturais, desequilíbrios musculares e,
possivelmente, a influência genética. A terapia conservadora tem sido a
primeira escolha de tratamento, cujos objetivos são o alívio de dor, o aumento
da capacidade funcional e o retardamento da progressão da doença. Objetivo: Este estudo visa identificar
os principais efeitos do tratamento não cirúrgico na herniação
lombar discal. Metodologia: Paciente,
P.J.O.P, sexo masculino, bancário, 35 anos, procurou serviço especializado de
tratamento de coluna, relatando dor na região lombar há mais de dois anos,
dormência, déficit na extensão de MID e e dificuldade
para deambular devido a irradiação da dor para nádegas e região posterior da
coxa, o que impedia a realização de suas AVDs e
atividade laboral. O mesmo realizou Ressonância Magnética sendo diagnosticado
com hérnia de disco no nível vertebral L4 e L5. Inicialmente, o sujeito foi
submetido a uma avaliação cinético funcional e testes específicos, como o teste
de Lasegue. A avaliação da dor foi realizada através
da Escala Analogica de Dor, antes e após a
intervenção fisioterapêutica. O paciente iniciou o tratamento fisioterapêutico
em 25 de outubro de 2017, sendo realizados durante dois meses, cada sessão com
cerca de 50 minutos, três vezes por semana, totalizando 24 sessões. Foi feita
liberação miofascial nos músculos psoas, piriforme, quadrado lombar e glúteo
máximo para melhorar a ADM e promover relaxamento, ja
que apresentaram-se com espasmos devido a tensão na
região. Paciente relatou diminuição da algia e
parestesia nas primeiras sessões. Foi realizado também manipulação lombar e
dissociação de cintura pélvica para melhorar a mobilidade. E mobilização neural
e cyriax para diminuição da algia
e parestesia. A cada sessão o paciente relatava diminuição da percepção de dor,
referindo ao final do tratamento melhora significativa do quadro álgico. Resultados: O protocolo de tratamento
nos portadores de hérnia discal lombar proporcionou melhora no quadro álgico,
na funcionalidade e na mobilidade articular, diminuição da parestesia,
permitindo que o paciente voltasse ao trabalho e a realizar suas AVDs com qualidade demonstrando eficácia no tratamento
aplicado. Conclusão: Após a
realização deste trabalho, conclui-se conforme os resultados obtidos, que o
tratamento conservador/ fisioterapêutico demonstrou resultados positivos para
pacientes com hérnia de disco lombar, evitando assim que sejam submetidos a
procedimentos cirúrgicos.
Palavras-chave: lombalgia, hérnia de
disco, terapia manual, tratamento conservador.