Fisioter Bras
2021;22(2);249-60
ARTIGO
ORIGINAL
Influência
da micropuntura associada à micropigmentação
no tratamento de estrias albas
Influence of micropuncture
associated with micropigmentation on treatment of stretch marks
Ana
Luiza Costa Rêgo*, Beatriz Geovanna da Costa Soares*,
Hiago Venicius Góes de
Oliveira*, Caroline Siqueira Mendes, Ft.**, Larissa Salgado de Oliveira Rocha, D.Sc.***
*Discentes
em Fisioterapia no Centro Universitário do Estado do Pará, Belém, PA,
**Universidade da Amazônia, Especialista em Dermatofuncional
e Dermopigmentadora pela CPOS, Belém, PA, ***Docente
do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Estado do Pará, Belém, PA
Recebido
em 17 de dezembro de 2019; Aceito em 16 de abril de
2021.
Correspondência: Larissa Salgado de Oliveira Rocha, Rua
João Balbi, 1327 Umarizal 66060-280 Belém PA, E-mail: lari1980@gmail.com
Ana Luiza Costa Rêgo: analuizacr20@hotmail.com
Beatriz Geovanna da Costa Soares:
bia.soares.msn@hotmail.com
Hiago Venicius
Góes de Oliveira: hiago.goes@hotmail.com
Caroline Siqueira Mendes: fisiocarolsm@gmail.com
Larissa Salgado de Oliveira Rocha: lari1980@gmail.com
Resumo
Introdução: Estrias são alterações no tecido
tegumentar, principalmente nas fibras de elastina e colágeno. São
frequentemente acompanhadas de problemas psicossociais e de autoestima. Existem
diversas técnicas utilizadas, como o microagulhamento,
que estimula a produção de colágeno e a dermopigmentação,
que camufla as estrias por meio da pigmentação. Objetivo: Verificar a
influência do microagulhamento associado a micropigmentação em estrias albas de mulheres. Métodos:
Realizou-se um protocolo de Estriaderme em três
mulheres de fototipo de pele II a V, de idade média
de 27 ± 0,3 anos com estrias albas nos glúteos. O protocolo foi composto por 5
sessões com intervalos quinzenais, em quatro foram realizadas a micropuntura associada ao ácido hialurônico e em uma
realizou-se a micropigmentação. As participantes
foram avaliadas por fotografias e paquímetro. Resultados: No
pós-tratamento, observou-se uma melhora estética nas regiões de aplicação, o
tecido tegumentar demonstrou-se mais uniforme, homogêneo e com maior
jovialidade. Com redução na espessura das estrias e uma média de redução de 1,8
mm em relação ao pré-tratamento (média ± 3 mm). Conclusão: O protocolo Estriaderme demonstrou ter efeito positivo sobre a pele
estriada, no que se refere a sua vascularização, vitalidade, pigmentação,
relevo cutâneo, espessura e quantidade.
Palavras-chave: fisioterapia; estrias de distensão;
protocolos.
Abstract
Introduction: Stretch marks
are alterations in the integumentary tissue, mainly in the elastin and collagen
fibers. They are often accompanied by psychosocial and self-esteem problems.
Several techniques are used, such as micro-needling, which stimulates collagen
production and dermopigmentation, which camouflages
stretch marks by pigmenting the area. Objective: To verify the influence
of micropuncture associated with micropigmentation on
female striae alba. Methods: A Striaderm
protocol was performed on three women of skin phototype II to V according to
Fitzpatrick, mean age 27 ± 0.3 years with gluteus alba striae. The protocol
consisted of 5 sessions at biweekly intervals, four underwent micropuncture associated with hyaluronic acid and one
underwent micropigmentation. The participants were evaluated by photographs and
caliper. Results: Post-treatment showed an aesthetic improvement in the
application regions, the integumentary tissue was more uniform, homogeneous,
and more youthful. With reduction in stretch marks and an average reduction of
1.8 mm compared to pretreatment (mean ± 3 mm). Conclusion: The Striaderme protocol has been shown to have a positive
effect on striated skin with respect to its vascularity, vitality,
pigmentation, skin relief, thickness and quantity.
Keywords: physiotherapy; stretch marks;
protocols.
As estrias são definidas como atrofias tegumentares que
causam alterações degenerativas em componentes do tecido epitelial e acometem
principalmente as fibras de elastina e colágeno. Sua patogênese é multifatorial
e envolvem aspectos endocrinológicos, mecânicos e genéticos [1].
Inicialmente, essas estrias se dispõem em tonalidade rubra,
altamente vascularizada por capilares na derme e em fase inflamatória, uma vez
que suas fibras estão apenas distendidas. Posteriormente a essa fase primária,
ocorre a progressão para brancas/nacaradas, apresentando a forma crônica do
quadro e ocorre o rompimento de grande parte das fibras elásticas e por
conseguinte evoluem com atrofia e fibrose das mesmas, que irão se dispor
perpendicularmente as Linhas de Langerhans [2].
Estudos histológicos mostram que as fibras de elastina se
exibem rompidas, entrelaçadas, desorganizadas, delgadas e em forma de fio
emergindo a derme adventícia, além disso é possível observar que as mudanças
ocorrem em toda a estrutura conjuntiva dérmica, com diminuição no número e
volume dos elementos da pele. As áreas mais acometidas são os seios, abdômen,
glúteos e coxas, principalmente em mulheres [3,4,5].
As estrias acometem uma significativa parcela da população,
em ambos os sexos, sendo que o feminino possui incidência aproximadamente 9
vezes maior que o masculino. Progressivamente ao crescimento de casos, a demanda
por procura por procedimentos estéticos aumenta, uma vez que é muito comum
observarmos problemas psicossociais e de autoestima nos indivíduos afetados
[6].
Sendo assim, inúmeras técnicas surgiram e estão cada vez
mais sendo exploradas no campo de pesquisa, com intuito de atender as
necessidades deste público. Um dos recursos que se pode citar é a Terapia de microagulhamento ou Indução percutânea de colágeno,
bastante utilizada atualmente devido a sua indicação abranger uma ampla
variedade de condições dermatológicas, como estrias cutâneas, cicatrizes de
acne e melasmas [7,8].
Esta técnica estimula a produção de colágeno na região de
aplicação de uma forma minimamente invasiva, onde pequenas lesões são
realizadas na derme, deixando a epiderme praticamente sem quaisquer lesões.
Dessa forma, os efeitos adversos a esta aplicação são mínimos, limitando a
ocorrência de sangramentos, inchaços e quadro álgicos locais. Além disso, a
técnica permite a sua associação a alguns produtos, como vitaminas e ácidos,
para potencializar os efeitos [9].
Outra técnica utilizada nessa afecção é a Dermopigmentação, também conhecida como Dermografia
ou Micropigmentação, utilizada desde a década de 90
para a reconstrução no pós-cirúrgico de mama, porém apenas recentemente
iniciou-se a aplicação desta em outras áreas corporais. Consiste na introdução
de um implante de pigmentação na derme reticular, permitindo criar na pele um
“desenho” permanente ou semipermanente [10]. Apesar de poucos achados
científicos acerca da técnica, esta apresenta grandes comprovações clínicas,
sendo indicada para áreas cutâneas danificadas, seja por traumas, malformações,
cicatrizes e casos de vitiligo [11].
Considerando os benefícios que o microagulhamento
associado a micropigmentação podem proporcionar sobre
as estrias albas, bem como a carência de estudos que abordem esta associação e
principalmente os resultados da micropigmentacão, é
que este estudo se propôs verificar a influência de um protocolo utilizando o microagulhamento associado a micropigmentação
em estrias albas de mulheres sobre uma análise qualitativa e quantitativa.
Neste estudo de caráter prospectivo, longitudinal,
quantitativo e qualitativo, uma série de casos foi desenvolvida no Centro
Caroline S. Mendes, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres
humanos do Centro Universitário do estado do Pará (CESUPA), com número de
parecer 3.226.249, de acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional
de Saúde e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e a
Declaração de Autorização de Fotografias pelas participantes.
A amostra foi composta de 3 participantes, cujo critérios
foram mulheres de fototipo de pele II a V de acordo
com a classificação de Fitzpatrick, com idade entre
20 e 30 anos e com estrias albas na região dos glúteos. Foram exclusas as
participantes que apresentavam diabetes mellitus, síndrome de Cushing,
neoplasias, epilepsia, tendência a cicatrizes inestéticas ou queloidianas, gestantes e/ou que estivessem utilizando
corticoides e/ou anti-inflamatórios, que apresentem alguma disfunção hormonal,
hipersensibilidade aos equipamentos de microagulhamento
e micropigmentação, assim como, alergia ao pigmento
utilizado.
O procedimento foi realizado no período de março a julho de
2019. Para isso, se utilizou o protocolo do Estriaderme,
método composto por duas etapas, a primeira delas é a aplicação do microagulhamento realizado em 4 sessões com intervalos de
15 dias cada e a segunda etapa é a de micropigmentação
aplicado 15 dias após o último procedimento de microagulhamento.
Após a triagem, as avaliações das participantes foram realizadas em dois
momentos, uma no pré-tratamento antes do início da aplicação do protocolo e
outra no pós-tratamento que consistiu 7 dias após o procedimento de micropigmentação. Os instrumentos avaliativos adotados
foram imagens realizadas nestes dois momentos, na vista posterior em decúbito
ventral e vista lateral direita e esquerda com câmera de Iphone 10X, além de um
paquímetro da marca Digimess®, para calcular a média
a cada 5 estrias na determinada área. As avaliações foram realizadas pelo mesmo
pesquisador em todas as participantes e o protocolo de tratamento de microagulhamento e micropigmentação
(Estriaderme) foi realizado por outro pesquisador
sendo o mesmo que aplicou em todas as participantes para não haver viés na
pesquisa e padronizar a forma de aplicação.
O protocolo de tratamento Estriaderme,
o qual é composto de microagulhamento e micropigmentacão, seguiu as seguintes etapas de aplicação:
com as participantes em decúbito ventral em uma maca foi realizado o preparo da
região glútea para iniciar a técnica com álcool à 70% para assepsia, seguida de
esfoliação com creme esfoliante da marca Bel Col® -
esfoliante físico corporal por meio de movimentos circulares para a retirada de
células residuais do local. Após esta etapa, a divisão da área foi realizada
com fita métrica e demarcada com lápis dermográfico
para facilitar a aplicação e consistiu na divisão de 4 quadrantes (superior D/E
e inferior D/E). Ao final do procedimento,
observou-se atenciosamente a região para verificar se todas as estrias foram
incluídas e realizou-se novamente a assepsia com álcool à 70% na região interna
de cada quadrante.
Procedeu-se então após preparo da pele e demarcação da
área, o protocolo de tratamento que dispôs de 5 sessões, sendo, 4 para microagulhamento, com intervalos de 15 dias entre elas e 1
sessão de micropigmentação após 15 dias da última
sessão de microagulhamento. Para o procedimento de microagulhamento foi utilizado o aparelho dermógrafo de agulha de 3 pontas, de 1 mm, da marca GR
Plus® associado a aplicação de ácido hialurônico, da marca Victa®
(Figura 1), na região dos glúteos em cada quadrante com aplicação perpendicular
à área da estria, fazendo deste modo uma varredura com movimentos em espiral ao
longo das estrias, onde as estrias estavam mais presentes nas participantes.
Figura
1 - Execução da
técnica de microagulhamento associada à ácido
hialurônico com Dermógrafo
A micropigmentação foi realizada
após 15 dias do último procedimento de microagulhamento.
Para início da técnica fez-se a assepsia do local com álcool a 70%, logo após
foram demarcadas as áreas, conforme o procedimento anterior. Em seguida se
utilizou o aparelho dermógrafo, com pigmento de pele
da marca Mag® para a realização da camuflagem das
estrias remanescentes (figuras 2A e 2B). O pigmento foi selecionado de acordo
com o fototipo de pele de cada participante. Após a
sessão foi orientado ao participante utilizar na região a pomada Bepantol Derma® por 5 dias seguidos. No sétimo dia
após a micropigmentação, as participantes foram
reavaliadas nas mesmas condições que a inicial.
Figuras
2 - (A) Material
utilizado para a técnica de micropigmentação; (B)
Execução da técnica de micropigmentação.
Este estudo teve um total de 3 participantes, participante
1 apresentou fototipo de pele IV e nas participantes
2 e 3 identificou-se fototipo III. Durante a
avaliação, todas as participantes não apresentaram nenhuma alteração hormonal e
sensorial, além de não ter sido desenvolvido nenhum tipo de alergia aos procedimentos
e ao pigmento utilizado, bem como foi relatado que tais estrias na região
glútea apareceram na fase da adolescência após menarca.
Na figura 3, observa-se o pré e
pós-tratamento da participante 1, de fototipo de pele
IV, com idade de 40 anos, duas gestações, praticante de atividade física e de
alimentação saudável com aparecimento de suas estrias somente na adolescência.
Anteriormente a aplicação do protocolo no pré-tratamento (3A), foi identificada
a presença de estrias albas na região de glúteos, com média quantidade,
variados comprimentos e larguras, além disso, observa-se um tecido com pouca
vitalidade. Ao final das etapas do protocolo – pós-tratamento (3B) notou-se
mudanças quanto ao aspecto do tecido, que se apresentou com maior vitalidade e
brilho na área. A espessura das estrias reduziu, bem como algumas áreas se
mostraram imperceptíveis e a coloração destas modificaram para um tom mais
próximo ao tom de cor da pele da participante.
Figura
3 – (A)
Pré-tratamento; (B) Pós-tratamento
Na figura 4, observa-se o pré e
pós-tratamento da participante 2, com fototipo de
pele III, com idade de 30 anos, sem gestações, praticante de atividade física e
de alimentação saudável. Neste caso, ao verificar a imagem de pré-tratamento
(4A), as estrias dispõem-se em média quantidade na região lateral e posterior
de glúteos. São variáveis os tamanhos e espessuras, mas, em geral são compridas
e espessas. No pós-tratamento (4B) nitidamente foi possível observar a melhora
estética do tecido epitelial, que está bem mais uniforme ao tom de pele da
participante, bem como observou-se redução nos números e na espessura das
estrias.
Figura
4 - (A)
Pré-tratamento; (B) Pós-tratamento
Na figura 5, observa-se o pré e
pós-tratamento da participante 3, que apresentou fototipo
de pele III, com idade de 32 anos, sem gestações, praticante de atividade
física e de alimentação saudável. No pré-tratamento (5A), notou-se que as
estrias se dispõem em grande quantidade, na região lateral e posterior de
glúteos, são compridas, espessas e o relevo cutâneo é heterogêneo. No
pós-tratamento (5B) observou-se que se tornaram imperceptíveis pelo protocolo
aplicado e a área se mostrou com um tom de pele mais próximo ao da
participante, além da melhora epitelial quanto à vitalidade e possivelmente a
vascularização.
Figura
5 – (A)
Pré-tratamento; (B) Pós-tratamento
Portanto, com a aplicação do protocolo de Estriaderme, observou-se qualitativamente que as três
participantes obtiveram resultados positivos, além dos descritos acima e da
nítida melhora estética na região, demonstrando-se regiões mais homogêneas, com
maior vitalidade e jovialidade, resultados decorrentes do processo de
neovascularização do tecido, maior aporte de oxigênio e nutricional, renovação
celular e proliferação na quantidade de fibroblastos.
Quantitativamente houve redução no diâmetro das estrias de
todas as participantes, que ao final, se demonstraram mais delgadas. Foi possível
reafirmar de forma numérica a redução na espessura das estrias, pois no
pré-tratamento a espessura média inicial das estrias entre as participantes foi
de 3 mm, enquanto ao final foi de 1,2 mm, demonstrando uma redução de 1,8 mm da
média. Na palpação do tecido foi possível observar uma superfície mais
homogênea, com diminuição do aspecto depressivo da pele comum estriada.
A etiologia das estrias ainda é pouco compreendida, porém,
sabe-se que um dos inúmeros fatores contribuintes para o rápido alongamento
mecânico excessivo das fibras é a influência hormonal sobre o tecido
tegumentar. Sabe-se de algumas condições relacionadas, como na gestação,
obesidade, síndrome de Cushing e principalmente na adolescência, como no caso
das participantes desta pesquisa [12,13].
Resultados recentes de Cordeiro et al. [14] mostram
que, em condições de influência hormonal acentuada, a qual pode ocorrer por
diversos motivos, as atividades do receptor hormonal também se encontram
aumentadas, interferindo diretamente sobre o metabolismo da matriz extracelular
epitelial. Os receptores de estrogênio encontravam-se aumentados na pele
estriada quando comparados a pele saudável, sugerindo, então, que a atividade
receptora hormonal está diretamente ligada a presença de estrias, o que
possivelmente corrobora o aparecimento das estrias na fase da adolescência no
presente estudo.
As alterações nos receptores hormonais ocorrem dentro de
períodos bem definidos durante a formação das estrias distensivas,
em pacientes jovens, como no caso das participantes envolvidas neste estudo, a
presença delas está relacionada ao fato que, nesse período da vida, os níveis
de estrógeno podem se apresentar mais altos, além de apresentarem uma estrutura
dérmica mais suscetível ao rápido alongamento mecânico [13].
Segundo Bandral et al.
[15], o microagulhamento surgiu como uma opção
terapêutica eficiente no tratamento de vários tipos de condições, incluindo
para estrias albas e tem sido uma técnica bastante utilizada atualmente por profissionais,
pois, além de apresentar excelentes resultados, com mínimos efeitos colaterais,
sua aplicação é simples e minimamente invasiva ao paciente, por isso a escolha
para utilizá-lo neste estudo.
Para Alster e Graham [8], esta
técnica tem melhor eficácia e resultados clínicos quando analisados e ajustados
os tamanhos das agulhas para aplicação, portanto, analisam-se as especificações
de cada local e a espessura. Assim, para a região glútea é necessário tamanho
maior de agulha, como o usado neste estudo. Assim como foi delimitado de 3 a 5
sessões ideais de tratamento, com intervalos de 2 a 4 semanas, corroborando
este estudo que teve 5 sessões, com intervalos de 15 dias.
Poucos estudos foram encontrados sobre a aplicação do microagulhamento em estrias albas, como o de Mazzella et al. [4], que relatamos resultados do microagulhamento no tratamento de estrias rubras, o qual
possui uma boa durabilidade, fortalecimento de feixes de colágeno, dispostos em
rede reticulada sem direção precisa. A outra pesquisa encontrada foi a de Ismall et al. [9] que observaram melhoras da textura
e do brilho da pele após o procedimento de microagulhamento.
Ambos corroboram a análise feita anteriormente por esta pesquisa, que obteve
resultados semelhantes de melhora das participantes, contudo tais indícios
poderiam ser comprovados no presente estudo caso as participantes tivessem
realizado biópsia.
Assim como sobre o microagulhamento,
artigos científicos sobre micropigmentação são
bastante escassos, ainda mais com aplicação em estrias. Mas, segundo Brandão,
Carmo e Menegat [11], a dermopigmentação,
como também é conhecida, além de promover bem-estar também melhora desconfortos
inestéticos, utilizando pigmentos do mesmo tom de pele realizando uma
camuflagem por estética ou reconstrução. Estes pigmentos, com duração variável
de 5 a 15 anos, obtêm resultados de uniformização do tom de pele, assim como os
achados do presente estudo.
Os resultados obtidos das técnicas utilizadas neste estudo
podem ser comparados a outras condutas, como a galvanopuntura
e a dermoabrasão, como no estudo de Ferreira et
al. [16], que quando aplicadas as estrias apresentaram melhoras quanto ao
comprimento e largura das estrias após 10 sessões, além de aumento da
temperatura local significativa no grupo da galvanopuntura.
Atualmente são vários os tratamentos que vêm surgindo para
minimizar o desconforto inestético que as estrias causam no ser humano. Porém,
é necessário o avanço das pesquisas nesse campo. O estudo apresentado vem com o
intuito de ocupar essa lacuna, no qual foi utilizada a terapia de microagulhamento ou indução percutânea de colágeno,
associada a micropigmentação. Com isso foi utilizado
o do protocolo do Estriaderme que estimula a produção
de colágeno e a micropigmentação da estria na região
afetada de forma minimamente invasiva.
Através dos resultados alcançados no estudo aqui
apresentado, concluiu-se que o protocolo de Estriaderme
demonstrou melhoria na rugosidade das estrias, no viço de todo o tecido adjacente,
assim como na coloração das estrias.