III Congresso Brasileiro de Fisioterapia
Aquática
Fisioterapia aquática, da clínica à evidência
científica
7 a 9 de setembro de 2018, Recife/PE
Associação Brasileira de Fisioterapia Aquática
(ABFA)
Presidente do III CBFA
Rogério Azevedo Antunes Pereira (PE)
rogerioantunes10@hotmail.com
Presidente da ABFA
Rômulo Nolasco de Brito (SC) romulonolascobrito@gmail.com
Presidente da comissão científica
Wellington Pinheiro de Oliveira (PA) wellfisio@yahoo.com.br
Comissão científica
Flávia Gomes Martinez (RS) fla.gmartinez@gmail.com
Jefferson Rosa Cardoso (PR) jeffcar@hotmail.com
Mariana Arias Ávila Vera (SP) maafisio01@gmail.com
Maurício Koprowski Garcia
(SP) mauriciokg@uol.com.br
Suraya Gomes Novais Shimano (MG) surayagnovais@gmail.com
Valéria C. Passos de Carvalho
(PE) valeriapassos@gmail.com
Wellington Pinheiro de Oliveira (PA) wellfisio@yahoo.com.br
Comissão organizadora
Giovana Linhares (MG)
João Douglas Gil (SP)
Lisiane Fabris (SC)
Maurício Koprowski Garcia (SP)
Rita de Cássia Paula Souza (SC)
Rogério Azevedo Antunes Pereira (PE)
Rômulo Nolasco de Brito (SC)
Avaliadores de trabalhos científicos
Modalidade Oral
Flávia Gomes Martinez (RS)
Rita de Cássia Paula Souza (SC)
Modalidade Pôster
Ana Paula de Lima Ferreira (PE)
Ediléa Monteiro de Oliveira
(PA)
Fábio Jakaitis (SP)
Fernando Calixto (DF)
Laisa Liane Paineiras
Domingos (RJ)
Mariana Arias Ávila Vera (SP)
Maurício Koprowski Garcia (SP)
Priscila Helena Vanin Alves de
Souza Matias (AL)
Raphael Fernando Soares Gonçalves (PR)
Rômulo Nolasco de Brito (SC)
Suraya Gomes Novais Shimano (MG)
Valéria C. Passos de Carvalho (PE)
Wellington Fabiano Gomes (MG)
Wellington Pinheiro de Oliveira (PA)
É com grande satisfação
que lhes apresentamos os Anais do III Congresso Brasileiro de Fisioterapia
Aquática. Os trabalhos apresentados neste suplemento representam o esforço e
dedicação dos profissionais, pesquisadores e acadêmicos empenhados no crescimento
e desenvolvimento da Fisioterapia Aquática no Brasil. Estamos honrados em
participar de mais esta etapa da construção e valorização do conhecimento
produzidos sobre a Fisioterapia Aquática e compartilhados por todos, ao
submeterem suas pesquisas e experiências. Agradecemos a todos pela participação
como congressista, palestrante, organizador ou apresentador, pois sua
contribuição foi fundamental para realização deste evento. Com o olhar na
Fisioterapia Aquática baseada nas evidências científicas e vivenciada na
clínica. Bem-vindos a Recife!
Wellington Pinheiro de
Oliveira
Presidente da Comissão
Científica do III CBFA
É com muita honra e
prazer que estou como presidente do III CBFA, e como anfitrião quero dizer que
não pouparemos esforços, eu e todas as comissões, para que todos os
participantes tenham uma experiência maravilhosa no Recife. Iremos da máxima
evidência científica à rotina de atendimentos em clínica e empreendedorismo,
porém, não poderia me furtar em não falar da parte social, momento ímpar de
troca de informações e estreitamento dos laços entre pessoas de todas as
regiões do Brasil. O Recife é muito rico culturalmente e estaremos na belíssima
praia de Boa Viagem, em um auditório panorâmico de frente para o mar. Não perca
esta grande oportunidade de se atualizar numa das áreas que mais cresce na
Fisioterapia. Estamos esperando vocês de braços abertos!
Rogério Azevedo Antunes
Pereira
Presidente do III CBFA
Caríssimas(os)
associados, profissionais, professores, alunos, pesquisadores e estudiosos em
Fisioterapia Aquática, com muita alegria apresentamos neste volume especial, os
resultados de toda a produção técnico-científica do III Congresso Brasileiro de
Fisioterapia Aquática (III CBFA, 2018, Recife/PE). Desta maneira, temos a
grande oportunidade de tornar ainda mais público e materializado neste rico
material, os assuntos abordados nas palestras e mesas redondas com um único
objetivo: firmar nosso compromisso com os associados e com a comunidade no
intuito de fortalecer o discurso acerca da caracterização da Fisioterapia
Aquática, indicações e recomendações terapêuticas do exercício aquático
terapêutico, aplicações de métodos e técnicas a luz da prática clínica e
evidências disponíveis, bem como de temas específicos relacionados ao ensino em
Fisioterapia e em Fisioterapia Aquática, gestão e infraestrutura de serviços de
Fisioterapia Aquática.
Estamos juntos neste
crescente e fantástico movimento da Fisioterapia Aquática e graças a sua
participação, estamos evoluindo e proporcionando à população e comunidade
acadêmica, publicações científicas e avanços significativos nesta especialidade
reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia Aquática desde 2014 (Res.
COFFITO n. 443/2014).
Aproveite o material!!!
Foi todo pensado e organizado para você!
E se ainda não é
associado(a) da ABFA, não deixe para depois. Acesse o site
www.abfaquatica.com.br, associe-se e comece a fazer parte desta associação, dos
benefícios, descontos em cursos de extensão, cursos de pós-graduações e eventos
apoiados pela ABFA. Quer mais? Além disto, sendo associado(a), terá a segurança
e apoio representativo da ABFA para todos assuntos e demandas relacionadas a
especialidade e exercício profissional. Continue contando conosco. Fraterno abraço!
Rômulo Nolasco De Brito
Presidente da ABFA
Associação Brasileira
de Fisioterapia Aquática
Exercícios aquáticos na
dor neuropática: evidências científicas
Rômulo Nolasco de Brito
Universidade do Sul de
Santa Catarina – UNISUL
A fisioterapia aquática
como especialidade tem sido reconhecida há décadas pelos seus resultados
científicos e clínicos. Pode-se se destacar 3 pilares: um relacionados aos
efeitos das propriedades físicas e respostas fisiológicas e terapêuticas; outro
pelos benefícios dos métodos e técnicas como Bad Ragaz, Watsu® e Halliwick, por exemplo; e, por fim, aos resultados obtidos
e relatados pela literatura quanto a recuperação funcional, equilíbrio,
mobilidade, marcha, força e no manejo da dor (analgesia). Considerando este
último resultado, tratamento da dor, e em especial a dor crônica / neuropática,
o objetivo desta palestra foi apontar as evidências da intervenção
fisioterapêutica em ambiente aquático, do exercício aquático terapêutico a
partir de estudos pré-clínicos e clínicos. Destaca-se aqui o efeito térmico,
que é o resultado do calor, atua de quatro maneiras, vasodilatação, mecanismo
de controle / comporta da dor, elevação dos níveis de beta-endorfina e
relaxamento muscular. O efeito mecânico pode ser descrito como estímulos
hidromecânicos da água adaptados às partes do corpo e à pressão hidrostática da
água na pele. Na imersão em água aquecida, o seu efeito anti-hiperalgésico
é mediado, pelo menos em parte, através dos receptores opióides
periféricos, adenosina (A1) e canabinoide (CB2). Em
relação ao exercício na água, libera opioides endógenos como encefalina, endorfina e outros que são responsáveis pela hiponocicepção. Exercício resulta em um aumento na ativação
de neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e serotonina) que tipicamente
são reduzidos nos pacientes com depressão. Exercício aquático de alta
intensidade evita a nocicepção e a hiperalgesia induzida por Glu e
que os receptores CB1, opióides e A1 da coluna
vertebral têm participação nesse efeito. Os receptores periféricos A1 e opióide, mas não CB1, também estão envolvidos no efeito hiponociceptivo do exercício. O exercício físico pode
ativar várias vias através que compartilham o mesmo mecanismo endógeno
(inibição da fosforilação da PKA). Identifica-se ainda, efeitos positivos do
exercício terapêutico aquático no tratamento da sintomatologia dolorosa nos
pacientes com fibromialgia, osteoartrite, hérnia de disco e dor lombar e
síndromes dolorosas pós afecções do SNP e SNC.
Exercícios em água
funda: evidências científicas e prática clínica
Flávia Gomes Martinez
Universidade Federal do
Rio Grande do Sul – UFRGS
A profundidade das
piscinas influencia a prescrição e execução de procedimentos em fisioterapia
aquática. Exercícios em água funda podem ser excelentes alternativas para a
fisioterapia aquática. A expansão do mercado de trabalho, a necessidade de
trabalhar com pacientes em grupos e o manejo de custos estimulam a utilização
de técnicas de caminhada e corrida em água funda (deep
water) para pacientes em tratamento com fisioterapia
aquática, bem como em sessões das modalidades conhecidas como Jogging Aquático
e Hidropostural. O Jogging Aquático ou Deep Water Running é uma
modalidade que foi utilizada inicialmente para indivíduos com problemas de
coluna e membros inferiores. Desenvolvida e divulgada na América do Norte na
década de 90 por Mary Sanders, ela vem sendo muito utilizada no Sul do Brasil
como programa de atividade física em grupos para idosos, pessoas com afecções
musculoesqueléticas, bem como problemas metabólicos crônicos, onde muitas
pesquisas fisiológicas, biomecânicas e funcionais são realizadas (Kruel, GPAT, UFRGS, década de 90). Recentemente pesquisas
com pacientes neurológicos e sujeitos com Parkinson foram iniciadas com essa
modalidade. Pesquisas demonstram que a água funda pode ser utilizada com êxito
em treinamento desportivo de alto rendimento, com menores frequências cardíacas
para gasto energético semelhante a atividades em ambiente seco. Um aspecto
importante para a execução de exercícios em água funda é a adaptação dos
pacientes ao meio líquido e a utilização de implementos seguros para flutuação.
Em geral são utilizados cinturões pélvicos flutuantes e/ou tubos de etaflon, mas sua instabilidade ou mal posicionamento
estimularam o desenvolvimento de vestes flutuantes que garantem mais
estabilidade estática e dinâmica do corpo. Muitas evidências científicas têm
auxiliado na compreensão de efeitos biomecânicos, fisiológicos e terapêuticos
dos exercícios em água funda, sobretudo a corrida e a caminhada com as técnicas
conhecidas como high knee e cross country. Investigações biomecânicas:
variáveis cinemáticas e neuromusculares (cinemetria e
EMG), com uso de variáveis fisiológicas (VO2, FC, FR, PAS, marcadores
bioquímicos), além de ensaios clínicos randomizados. s grupos de pesquisadores
mais frequentes em publicações na área são do: Japão, Brasil, EUA, Espanha, UK,
Itália e Portugal. Estudos dos anos 90 e 2000 buscavam entender as respostas
fisiológicas de atividades aquáticas em água funda e as possibilidades de
utilização como treinamento de alta performance. Já na última década, além de
pesquisas com marcadores bioquímicos e variáveis fisiológicas, biomecânicas e
neuromusculares, muitos ensaios clínicos foram realizados, demonstrando a
efetividade da caminhada ou corrida em água funda para a melhoria de qualidade
de vida, dor e funcionalidade de pacientes com fibromialgia, câncer,
osteoartrite, lombalgia e dor crônica. Dentre os achados agudos e crônicos da
corrida em água funda destacam-se: menores níveis de FC, VO2,
lactato e CK/menor resposta S. simpático, menores níveis de adrenalina,
cortisol e marcadores anti-fibrinogênicos, alterações
em respostas cinemáticas e neuromusculares, redução da PAS e melhora dos níveis
de marcadores imunoendócrinos: adiponectina
sérica, IL-10, TNF- CD8 e células T. Já as pesquisas que investigam efeitos
crônicos, citamos redução de dor, fadiga e risco de quedas e ganhos funcionais
(lombalgia, AVC, fibromialgia, câncer, hipertensão, síndrome metabólica,
diabetes, obesidade, osteoartrite), ganho de força, flexibilidade, equilíbrio e
qualidade de vida, bem como regulação da FC e PAS. As pesquisas com uso da
eletromiografia também têm tido destaque, sobretudo comparando técnicas de
caminhada e corrida em água funda, com resultados mostrando variação de
comportamento emg conforme técnica de DWR (HK ou CC)
e diferenças cinemáticas em tronco, pelve, quadris e joelhos entre elas. e
maior atividade de reto femoral, bíceps femoral, glúteo máximo, glúteo médio, paravertebrais, conforme a técnica e velocidade. Menor
atividade de sóleo e gastrocnêmios
(menor demanda de propulsão vertical) em relação à locomoção em ambiente seco
também foi encontrado. Embora existam perspectivas promissoras quanto á
aplicação de exercícios terapêuticos em água funda, ainda há problemas a serem
superados. Dentre eles, a execução de exercícios em água funda pode ser muito
variada e encontramos barreiras para a correção, há problemas com estabilidade
do corpo, o cinturão nem sempre fica bem posicionado, podendo haver diferentes
posições do corpo e cinemática articular de MsIs que
pode diferir muito de sujeito a sujeito, o que leva a diferentes ativações
musculares e diferentes estratégias de propulsão. Conforme o caso, a adequação
dessas variáveis deve ser realizada. Estratégias de correção devem ser melhor
desenvolvidas, enquanto a Escala de Borg segue sendo
um bom instrumento para obtenção do esforço subjetivo dos pacientes. As
alternativas de exercícios em água funda envolvem exercícios posturais, treinamento
em circuitos, treinamento intervalado, exercícios localizados compensatórios,
exercícios tônico-posturais e de estabilização, flexibilidade. Mais estudos são
necessários e a UFRGS tem desenvolvido estudos com cinemetria,
ergoespirometria, acelerometria,
termografia, US e EMG, além de Pesquisa multicêntrica para pacientes com
Parkinson, com diferentes intervenções: Caminhada nórdica, dança e jogging
aquático. Para essas pesquisas tem sido utilizadas variáveis dependentes
funcionais, qualitativas, biomecânicas e neuromusculares. Como perspectivas
futuras, mais ensaios clínicos, com diferentes populações, diferentes tipos de
exercícios, diferentes dispositivos de suporte e novos implementos são
necessários. Para modelos de periodização, pesquisas com modelos animais e
pesquisas básicas com marcadores bioquímicos, investigações robustas com
variáveis biomecânicas e neuromusculares são necessárias.
Fisioterapia aquática
postural
Lisiane Fabris
ProAcqua Fisioterapia Aquática,
Método Inteligência Postural
“Agradecimento ao
CREFITO-10 pelo apoio e incentivo ao crescimento científico”
Segundo o American Posture Institute (2018), a
postura é a forma como o corpo se orienta e se estabiliza no espaço,
independentemente se está estático ou realizando algum movimento dinamicamente.
Em suma, é como o corpo se equilibra. Assim, ao se analisar a postura, é
fundamental identificar como o corpo se sustenta em relação à força
gravitacional e como a musculatura antigravitacional realiza a sustentação das
estruturas ósseas, sobretudo, da coluna vertebral, pois o controle
neuromuscular é essencial à estabilidade de tronco e, consequentemente, à
produção de movimentos. Portanto, uma avaliação fisioterapêutica prévia à
Fisioterapia Aquática, deve abordar: o estado das estruturas ósseas, a marcha,
a palpação para identificação de disestesia, pele e
tecidos subcutâneos, dor, amplitudes de movimentos, capacidades funcionais e
exames diagnósticos por imagem. A boa postura ocorre quando há harmonia entre
as estruturas ósseas e musculares para que, em conjunto, suportem e protejam o
corpo contra lesões/ou deformidades que podem progredir ao longo do tempo,
causando complicações graves. Dentre as principais causas de alterações
posturais, estão: movimentos repetitivos ocupacionais, sedentarismo, períodos
prolongados na posição sentada, postura flexora dominante, carregamento
incorreto de pesos, sentar-se sobre a carteira e cruzar as pernas, traumas
físicos, sapatos inadequados, postura inadequada para dormir e as patologias
congênitas ou adquiridas. Todos esses fatores podem acarretar um desequilíbrio
entre as cadeias musculares anterior e posterior, as quais são conjuntos de
músculos de mesma direção e sentido, comportando-se como um músculo único. Como
complicações relevantes das alterações posturais encontram-se: sobrecarga
articular, enrijecimento das articulações vertebrais, retrações miofasciais,
encurtamento musculares, alterações, disfunções ou incapacidades funcionais. As
fibras musculares responsáveis pela manutenção postural são as vermelhas, S (slow), ou do tipo I. Como tais fibras são curtas e de
contração lenta, necessitam constantemente de relaxamento, alongamento e
fortalecimento, a fim de favorecer o equilíbrio entre as cadeias musculares.
Dessa forma, o ambiente aquático torna-se excelente para a promoção da saúde
postural, pois o empuxo alivia o peso corporal, o relaxamento da cadeia
muscular antigravitacional e a liberação miofascial quando na posição
horizontal do corpo. Já com o corpo na posição vertical, tem-se um recrutamento
das fibras tônicas, visto que a flutuação oportuniza instabilidade, de acordo
com o nível de profundidade, a qual recruta, para a manutenção do equilíbrio do
corpo ao “lutar” contra a flutuação, as fibras motoras tônicas
antigravitacionais, promovendo o fortalecimento muscular, sobretudo pela
ativação do “core”, o qual também pode ser obtido pela resistência ao movimento
proporcionada pela viscosidade da água. Dentre os preceitos, métodos e técnicas
fisioterápicas relevantes para o tratamento hidrocinesioterapêutico
das disfunções posturais estão: Bad Ragaz, as rotações do método Halliwick,
Water Pilates, a Hidroativação,
a tração vertebral horizontal com lastros, Watsu, os
alongamentos e as liberações miofasciais.
Fisioterapia aquática
em crianças com síndrome de Down
Priscila Helena Vanin Alves de Souza Matias
Mestre em Saúde da
Criança e do Adolescente - UNICAMP
Especialista em
Fisioterapia Neurofuncional na Criança e no
Adolescente - ABRAFIN
Introdução: As condições
genéticas da Síndrome de Down (SD) podem influenciar a estrutura e a função
cerebral interferindo no desenvolvimento de habilidades intelectuais e motoras
da criança. Basicamente, existem 3 aspectos na criança com SD que comprometem o
sistema nervoso central (SNC) ocasionando disfunções psicomotoras: alterações
na forma e volume cerebral, distúrbios na maturação e processos
fisiopatológicos do SNC. Estudos sobre a imagem do SNC de crianças com SD
revelam que os lobos frontais, temporais e cerebelo com menores tamanhos;
apresentando também, um menor volume no hipocampo, corpo caloso e tronco
encefálico com giro temporal superior diminuído. Consequentemente, conforme o
acometimento de cada área, a criança com SD pode apresentar déficits
cognitivos, distúrbios na fala, hipotonia, déficits de equilíbrio postural e
coordenação dos movimentos. Essas características dificultam a variabilidade de
experiências motoras e a exploração do ambiente, prejudicando o desenvolvimento
neuropsicomotor (DNPM) e, consequentemente, podendo interferir na
funcionalidade dessas crianças. Devido à importância e ao impacto dos atrasos
do DNPM, em relação às atividades funcionais da criança com SD, é fundamental
que se possa, o mais precocemente, direcionar uma possível intervenção. As
intervenções propostas para criança com SD devem enfatizar a abordagem
sensório-motora; buscando gerar movimento através da percepção, cognição e
ação. A Fisioterapia possui diversas formas de abordagens e recursos utilizados
como intervenção para as crianças com SD, no entanto, essas crianças solicitam
uma abordagem global que pode ser efetivada com a Fisioterapia Aquática. Descrição
da experiência e Impactos: Dentro deste contexto, conciliando o
entendimento das diversas disfunções da criança com SD, a compreensão das
propriedades físicas da água, dos efeitos fisiológicos no corpo em imersão, da
análise do movimento humano no ambiente aquático é possível obter os subsídios
necessários para elaboração de um plano de tratamento baseado na utilização da
água como meio de facilitação do movimento. O fisioterapeuta, através da
conduta proposta, pode direcionar o paciente a utilização da água como suporte,
assistência e resistência proporcionando o recrutamento muscular, treinamento do
equilíbrio e da marcha. Considerando as propriedades específicas da água como
pressão hidrostática, força de flutuação, viscosidade e fluxo turbulento a
fisioterapia aquática promove o estímulo do sistema sensório-motor, através do
feedback sensorial adequando o controle neuromuscular e, consequentemente o
equilíbrio postural. Portanto, buscando explorar os benefícios dos exercícios
terapêuticos na água, foi formada a Liga Acadêmica de Fisioterapia Aquática
(LAFA) do Centro Universitário Tiradentes, a fim de proporcionar a abordagem no
meio aquático em diversas disfunções, em especial, para as crianças com SD. A
cada semestre as crianças são avaliadas em relação ao DNPM e funcionalidade,
sendo gerado relatório para os pais estarem cientes do desenvolvimento
infantil. A abordagem terapêutica é baseada no Conceito Halliwick
almejando a promoção de estratégias diversas para o controle motor,
independência funcional, aprendizado sensorial e cognitivo utilizando
atividades lúdicas. Conclusão: As atividades da LAFA possibilitam o
atendimento em piscina terapêutica para pacientes da comunidade de Maceió que
necessitavam desse tipo de intervenção; sendo possível favorecer o DNPM e
funcional das crianças com SD do Instituto Amor 21. Em relação à vivência do
acadêmico possibilita a prática clínica, acesso à conteúdos que agregam na sua
formação profissional e a produção de estudos científicos.
Um mergulho na
escuridão: fisioterapia aquática para deficientes visuais
Suraya Gomes Novais Shimano
Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, ABFA.
“Agradecimento ao
Crefito-4 pelo apoio, patrocínio e incentivo ao crescimento científico”
Introdução: É considerado
portador de cegueira, o indivíduo com acuidade visual igual ou menor que 3/60
(0,05) no olho de melhor visão, com a melhor correção óptica, até ausência de
percepção de luz, já a visão subnormal ou baixa visão corresponde à acuidade visual
igual ou menor que 6/18 (0,3) e igual ou maior do que 3/60 (0,05). Estes têm
mais propensão a apresentar alterações de postura e equilíbrio, o que pode
aumentar o risco de queda. Em um mundo visual, estas disfunções provocam um
comportamento de reclusão e sedentarismo que irão culminar em diminuição de
impulsos provenientes da ação muscular e posição articular, com um quadro
clínico de perda de força e flexibilidade musculares, falta de condicionamento
cardiorrespiratório, exclusão social e diminuição de qualidade de vida. A
hipótese de que um programa de exercícios aquáticos desenvolvido
especificamente para deficientes visuais pudesse melhorar as condições físicas e
a qualidade de vida deles. Objetivo: Adaptar um programa adaptado de
exercícios aquáticos para deficientes visuais. Métodos: estudo de
adaptação. Para o processo de adaptação do protocolo de intervenção foi
necessária a participação de diversos profissionais, incluindo pedagogos
especialistas em deficiência visual e fisioterapeuta cega. Resultados:
Um protocolo de 15 exercícios com comando áudio-táteis. Discussão: O
protocolo vem sendo aplicado há mais de 36 meses com resultados significativos
já divulgados em revistas científicas da área e novos exercícios vem sendo
adaptados pela mesma equipe de profissionais, permitindo maior leque de opções
para fisioterapeutas utilizarem em sua prática clínica, garantindo evidências
científicas para tanto. Conclusão: Um protocolo de exercícios aquáticos
terapêuticos foi adaptado para deficientes visuais.
Conceito Halliwick: inclusão e participação através das atividades
aquáticas funcionas
Maurício Koprowski Garcia
Instituto de Medicina
Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da USP
O controle da
respiração, do equilíbrio e a liberdade de movimentos são os principais
objetivos do Conceito Halliwick. Quando adquirida a
habilidade para manter ou mudar a posição do corpo, de forma controlada, o
participante torna-se capaz de responder com flexibilidade a diferentes
situações, estímulos e tarefa criando ou solicitando movimentos com eficiência
e independência. Os participantes são divididos em grupos de acordo com o nível
de suas habilidades na água e não pela deficiência: 1º nível – Vermelho –
habilidades ligadas à adaptação ao meio líquido, independência e controle da
respiração, 2º nível – Amarelo – habilidades ligadas ao controle do equilíbrio
e rotações do corpo em seus diversos eixos: transversal, sagital e
longitudinal, 3º nível – Verde - habilidades ligadas a movimentos, onde o
nadador desloca-se na água em progressões simples e os nados adaptados. O
trabalho em grupos oferece ao “nadador” a possibilidade de aumentar o
aprendizado, pois motiva e oportuniza o aprender uns com os outros, melhorando
a comunicação e a socialização. Jogos também são aplicados, pois escondem
habilidades específicas em sessões lúdicas focadas no aprendizado pela
brincadeira, tornando a sessão muito mais prazerosa. O Programa dos Dez Pontos
é um processo de aprendizagem estruturado através do qual o nadador, mesmo sem
experiência prévia, progride à independência na água controlando movimentos
corporais, melhorando capacidades cardiorrespiratórias, equilíbrio e
motricidade. Tornando-se mais confiante e participativo física e socialmente.
Para muitos é a oportunidade de ser competente e independente na água e
aprender a nadar, enquanto para outros permite a participação e inclusão
através de atividades aquáticas diversas. Durante 12 meses acompanhamos: 398
nadadores (n=398) do Nível Vermelho através de questionário específico e
avaliações mensais, mesmo observador, verificamos quantos, em percentual,
adquiriram cada uma das 15 habilidades específicas deste nível.
Independentemente da deficiência, notamos que as habilidades de controle da
respiração e equilíbrio estático e dinâmico foram conseguidas por um grupo
maior de sujeitos. Em contrapartida, habilidades mais complexas, como: entradas
e saídas da água a partir da borda, e posição de flutuação tiveram percentual
menor de participação. No Nível de Habilidades Amarelo, acompanhamos um grupo
de 186 nadadores (n=186) e as habilidades específicas adquirida deste nível:
Controle do equilíbrio e rotações do corpo em seus diversos eixos: transversal,
sagital e longitudinal, empuxo, equilíbrio e imobilidade. Notamos que habilidades
já abordadas no nível anterior facilitam o processo de aprendizagem neste
nível. Isso era esperado, pois o Programa dos Dez Pontos do Conceito Halliwick é um processo de aprendizagem estruturado em
pré-requisitos. Achamos ainda que, como no nível anterior, novas habilidades e
as mais complexas demandam tempo maior para serem alcançadas. No Nível Verde
são habilidades com movimentos básicos de propulsão onde o nadador recruta e
associa atividades com braços, pernas ou mesmo com o tronco, deslocando-se na
água em progressões simples e os nados adaptados. Neste grupo acompanhamos 90
usuários (n=90). Concluímos que o sucesso dos resultados do Conceito Halliwick deve-se ao Programa dos Dez Pontos que estrutura
o trabalho a ser desenvolvido na água de forma lógica e fácil de seguir.
Através dele o participante melhora e adquire habilidades para iniciar e
executar movimentos e muitas atividades, difíceis de serem realizadas em solo, tornan-se possíveis na água. Assim, respostas a maiores e
melhores movimentos e sua organização foram observadas consistentemente. Em
imersão processos sensório/perceptivo são estimulados repercutindo em
coordenação eficaz, orientação especial e compreensão geral. Atividades em
grupos promovem habilidades sociais, conversas, comunicação e oportunidade para
aprender regras, ganhar e perder através de jogos e competições. Ir para a
piscina proporciona estímulo a um número de atividades distintas antes e depois
de entrar na água. Por exemplo: fazer a mala, o deslocamento, despir-se e vestir-se.
Segundo Harris [1], Adams& McCubbin [2], Broach & Datillo [3], Hutzler et al. [4], Cole & Becker [5], Getz [6], o Halliwick introduz um
novo fator ambiental para se trabalhar estratégias no movimento e controle do
equilíbrio de forma diferente. Os atributos do ambiente aquático, mais
especificamente das propriedades físicas de água, ajudam as pessoas a promover
suas habilidades físicas, emocionais e integração social. A qualidade de vida
individual está no centro da abordagem holística de saúde usados no modelo
Biopsicossocial da Classificação Internacional de Funcionalidade Deficiência e
Saúde (CIF) da Organização Mundial de Saúde [7]. A abordagem holística do Halliwick de ensinar as pessoas a participar de atividades
aquáticas, mover com independência e a nadar adapta-se bem à estrutura da CIF.
O Conceito Halliwick é um guia ou uma ferramenta para
intensificar e implementar programas de abordagens múltiplas. A água é lúdica,
excitante e tranquilizante, permite a liberdade de movimento, experimentar o
corpo de uma forma diferente, desenvolver o contato social. Isso é extremamente motivador!
Referências
Fisioterapia Aquática
na qualidade de vida de idosos
Clara Maria Crispim
Muniz
Fisioterapeuta e
Professora da Unifacisa em Campina Grande-PB
Agradecimento aos egressos
da Unifacisa que participaram do projeto "Fonte
da Juventude"
Introdução: O processo natural de
envelhecimento promove várias alterações fisiológicas no organismo que podem
exigir novas adaptações do indivíduo para esta fase da vida, bem como predispor
o corpo para a instalação de quadros patológicos crônicos. A fisioterapia
aquática é capaz de estimular o corpo humano a desenvolver respostas para estas
adaptações, como o alívio da dor, manutenção e melhora do equilíbrio, encorajamento
das atividades funcionais e aumento do condicionamento cardiorrespiratório. Objetivo:
Avaliar a qualidade de vida (QV), pré e
pós-intervenção da fisioterapia aquática, em um grupo de idosos. Metodologia:
Esta pesquisa da qualidade de vida dos idosos (CAAE-0111.0.405.000-11) foi
parte integrante de um estudo longitudinal com intervenção terapêutica
intitulado “Fonte da Juventude” (CAAE-0013.0.405.000-11); no qual os idosos
foram assistidos por duas sessões semanais de 50 mim, no setor de hidroterapia
da Clínica Escola da Unifacisa. A amostra constou por
15 idosos. Os instrumentos de coleta de dados foram fichas de avaliação e o
Questionário de Qualidade de Vida WHOQOL-abreviado. As análises e comparações
do WHOQOL-abreviado total, bem como dos domínios físico, psicológico e
ambiental, foram consideradas variáveis paramétricas sendo, portanto, utilizado
o teste t de Student, para comparação de suas médias pré e pós-intervenção. O domínio social foi classificado
como variável não-paramétrica e, por isto, foi analisado através do teste Wilcoxon, ambos com o software estatístico Statistical Package of Social Sciences (SPSS Statistics 20). Resultados: Os resultados constaram
que os escores totais da qualidade de vida aumentaram significativamente (p =
0,026), assim como o domínio psíquico (p = 0,023); os domínios ambiental e
social apresentaram um aumento não significativo no escore após a iniciação do
programa terapêutico, com p = 0,875 e 0,138 respectivamente. O domínio físico
(p = 0,053) apresentou um resultado muito próximo a significativo, entretanto,
o consideramos significante em virtude do auto relato do WHOQOL-abreviado e
achados físicos importantes em outros estudos do Projeto “Fonte da Juventude”. Conclusão:
Pode-se concluir que a prática da fisioterapia aquática no grupo “Fonte da
Juventude” evidenciou melhora da qualidade de vida, segundo a opinião dos
idosos, no estado físico, mental, ambiental e social, e a análise estatística
evidenciou que o aumento no escore geral da qualidade de vida foi significante
e influenciado principalmente pelo domínio psíquico.
Benefícios da
Fisioterapia Aquática no período gestacional: evidências científicas
Valéria C. Passos de
Carvalho
Universidade Católica
de Pernambuco, Coordenação da Pós-graduação de Fisioterapia em Urologia, Ginecologia
e Obstetrícia/IDE/ Faculdade Redentor
Introdução: A gestação é um
período na único na vida da mulher, que traz diversas alterações biomecânicas e
fisiológicas iniciando-se no sistema reprodutivo, no qual o crescimento uterino
em direção a região abdominal irá repercutir nos demais sistemas para acomodar
e garantir o crescimento fetal, trazendo alguns queixas neste período como por
exemplo: quadros de iu e aumento na frequência
miccional; câimbras; desconforto respiratório; edema nos membros inferiores;
lombalgia gestacional, entre outros. A fisioterapia aquática se apresenta como
escolha de tratamento e/ou prevenção para os desconfortos advindos da gravidez,
pois é evidente os benefícios fisiológicos desta terapia são bem fundamentados
no princípio científica, mas há uma escassez de pesquisa sobre os desfechos
relacionados a saúde da grávida. Objetivo: Analisar as evidências
científicas sobre os benefícios fisiológicos da fisioterapia aquática no
período gestacional. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da
literatura dos últimos 10 anos, com os seguintes descritores do Decs: fisioterapia aquática, exercícios aquáticos,
gravidez, gestação de forma isolada e em combinação, nas línguas: inglês,
espanhol e português, nas seguintes bases de dados: Pubmed,
Science Direct, Scielo e Pedro. Como critérios de
inclusão: artigos dos últimos 10 anos e que incluísse a temática a ser
avaliada. Para a análise da qualidade dos artigos foram utilizados os critérios
adotados por Gray [1], no artigo de evidências com cuidados com a saúde. Resultados:
Foram selecionados 30 artigos nas bases de dados pesquisadas, deste, 7 foram
incluídos na nossa revisão. Pereira et al. [2], realizou um ensaio
clínico randomizado, no qual avaliou a associação entre os exercícios aeróbicos
e as variáveis cardiovasculares maternas durante a gravidez, parto e resultados
neonatais, de acordo com os autores os exercícios moderados não influenciaram
na saúde da mãe ou da criança, e que houve menos pedidos de analgesia durante o
trabalho de parto no grupo que realizou terapia aquática quando comparada ao
controle. Waller et al. [3], realizou uma
revisão sistemática avaliando a eficácia da fisioterapia aquática no tratamento
da dor lombar, dizendo que existem evidências suficientes de que o tratamento
aquático é potencialmente benéfico para as gestantes que sofrem de do lombar.
Cavalcante et al. [4], realizaram um estudo randomizado e controlado com
71 gestantes sedentárias e de baixo risco, e demonstraram que o protocolo
utilizado se mostrou seguro e sem associação nenhuma alteração na composição
corporal materna, tipo de parto, taxa de nascimento prematuro e bem-estar ou
peso neonatal. Costa e Assis [5], realizaram uma revisão narrativa, para
comprovar os efeitos da hidrocinesioterapia na
gestação e observou que os principais efeitos estão relacionados a eliminação
de edema nos membros inferiores e alívio da dor na região lombar, mostrando-se
como uma modalidade prazerosa, de baixo custo e eficaz. Vallim
et al. [6], realizaram um ensaio clínico para avaliar os efeitos de um
programa de exercícios na qualidade de vida das gestantes, no qual a maioria
delas relatou benéfica a intervenção. Em 2012, Souza e Singer [7] realizaram
uma revisão entre os protocolos utilizados para o tratamento da lombalgia
gestacional, destacam que a fisioterapia aquática se mostrou eficaz. Silva Jr
et al. [8], realizaram um ensaio clínico com 36 gestantes diabéticas, relatando
que houve um melhor controle glicêmico e que as propriedades físicas da água
tornam os exercícios ideais para as grávidas. Conclusão: Os resultados
apontam principalmente para os benefícios relacionados a lombalgia gestacional.
Encontramos poucas evidências com boa qualidade metodológica sobre o tema. Se
faz necessário mais pesquisas em diferentes contextos socioculturais para
avaliar adequadamente os benefícios da fisioterapia aquática associada aos
desfechos maternos.
Referências
Efeitos do método Watsu sobre o nível de estresse pós-traumático (TEPT) em
vítimas de escalpelamento
Wellington Pinheiro de
Oliveira
Centro Universitário do
Estado do Pará - CESUPA
Introdução: As mulheres são as
principais vítimas de escalpelamento, perdendo além do cabelo, o couro cabeludo
e até parte do rosto nos eixos de motores das embarcações amazônicas e entram
em estado de choque devido ao trauma. O medo e a ansiedade causados pelo trauma
liberam os hormônios cortisol e adrenalina, que em excesso, podem ocasionar
alterações cardiorrespiratórias compatíveis com transtorno de estresse
pós-traumático (TEPT). O Watsu proporciona um canal
para interromper esses ciclos de disfunções físicas e psicológicas. Metodologia:
Participou deste estudo uma mulher, vítima de escalpelamento, com tempo de
lesão de 18 anos, atendida pela organização não governamental dos ribeirinhos
vítimas de acidente de motor (ORVAM). Para coleta de dados, antes e depois de
cada sessão foram aferidas a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica
(PAD), as frequências cardíacas (FC) e respiratória (FR) e a concentração de
cortisol salivar, que foi analisada pelo laboratório de análises clínicas do
CESUPA. Antes da primeira sessão e ao final da última foram aplicados os
questionários para avaliar a qualidade de vida (WHOQOL-BREF) e qualidade de
sono (PSQI). A participante foi submetida a 8 sessões do método Watsu com água a 35ºC, 2 vezes por semana, seguindo o protocolo
de Fluxo Básico descrito por Dull, na clínica escola
de fisioterapia do CESUPA. Resultados: A intervenção obteve redução
estatisticamente significante para um P<0,05, nos níveis de PAS (8,0%), PAD
(7,6%), FC (13,5%), FR (24,4%) e concentração de Cortisol (65,5%) e apresentou
também melhora na qualidade de vida, quanto aos domínios psicológico (17,23%) e
do meio ambiente (27,25%), bem como a melhora de 66% na qualidade de sono. Conclusão:
O Método Watsu, mostrou-se positivo para a
participante, com melhora estatisticamente significante em todos os
aspectos fisiológicos relacionados ao estresse avaliados, proporcionando maior
bem-estar e melhor qualidade de vida e sono.
Fisioterapia aquática
aplicada ao paciente crítico/alta complexidade
Gustavo Balieiro de
Freitas
Albert Einstein
Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa
Introdução: A Fisioterapia Aquática
é uma modalidade terapêutica que vem crescendo muito ao longo dos anos e
expandindo cada vez mais a sua área de atuação, abrangendo uma gama grande de
possibilidade de atendimentos nas mais diversas patologias, desde
musculoesqueléticas, cardiopulmonares, geriatria, neurológicos bem como
pacientes complexos e em estado crítico muitas vezes com uma ou mais patologias
associadas. Entretanto para o tratamento em ambiente aquático o terapeuta conta
com algumas técnicas descritas em literatura (Bad Ragaz, Halliwick, Watsu, Water Pilates, Aquadinamic e hidrocinesioterapia)
que auxiliam os atendimentos. Porém nem sempre o paciente apresenta condições
clínicas para que seja realizado um manejo tão avançado. Desta forma o
terapeuta deve considerar como um fator importante a imersão aquática, pois
possui efeitos fisiológicos relevantes que se estendem sobre todos os sistemas
além da homeostase. Estes efeitos podem ser tanto imediatos quanto tardios,
permitindo assim, que a água seja utilizada para fins terapêuticos em uma
grande variedade de problemas orgânicos. Tornando assim a água e suas
propriedades físicas uma importante ferramenta quando associados a exercícios
no meio líquido desta forma para que possamos compreender este recurso
fisioterapêutico faz-se necessário o amplo conhecimento sobre as propriedades
hidrostáticas, hidrodinâmicas e termodinâmica da água (mecânica de fluidos). Objetivo:
Avaliar os trabalhos científicos de Reabilitação Aquática, com abordagem
terapêutica para pacientes críticos/Alta complexidade, através da busca em
bases eletrônicas para averiguarmos se existem evidências científicas sobre os
efeitos da fisioterapia aquática para estes pacientes; avaliar o efeito no
quadro do paciente pós Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), em estado de coma vigil, com a intervenção precoce da fisioterapia aquática. Métodos:
O estudo consiste em um relato de caso, realizado no Hospital Israelita Albert
Einstein, analisando paciente pós TCE em estado de coma vigil,
nível cognitivo II (Rancho Los Amigos), estabilizado clinicamente, com um ano
de internação, realizando somente fisioterapia aquática. Resultados:
Observou-se melhora do potencial sensorial através da conscientização espacial
e do potencial motor através do controle cervical, ajuste tônico e postural e
conservação das Amplitudes de Movimento (ADMs), além
da redução do reflexo do membro inferior esquerdo. Conclusão: existem
fracas evidências na literatura dos benefícios da fisioterapia aquática quando
aplicada à pacientes com doenças neurológicas, sendo fundamental a elaboração
de um ensaio clínico aleatório de grande amostra para avaliar o efeito da
fisioterapia aquática em pacientes com doença neurológica específica. Porém
através do presente estudo, conclui-se que o paciente em coma vigil, beneficiou-se com a intervenção da fisioterapia
aquática. Devemos levar em consideração, no entanto, que em se tratando de um
estudo de caso, analisamos um único paciente, desta forma não podemos nos
certificar que haja benefício com um percentual significante de uma população.
Desafios e
contribuições da reabilitação aquática na recuperação funcional de militares do
exército brasileiro
Laisa Liane Paineiras
Domingos
Fisioterapeuta da
Policlínica Militar do Rio de Janeiro, Exército Brasileiro, Ministério de
Defesa, Brasil, Faculdade Bezerra de Araújo (FABA), Programa de Pós-graduação
em Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Introdução: A crescente demanda
da presença de militares das forças armadas, em especial do exército brasileiro
(EB), frente às situações de controle da ordem atualmente ocorre na mesma
proporção em que estes militares estão expostos às condições de perigo,
enfrentamento, violência e conflitos. Soma-se a isto, as atividades usuais do
militar do EB, que envolvem sobrecarga, impacto articular, e total exigência de
suas capacidades físicas. Tal cenário reflete nas mais diversas alterações de
suas condições clínicas que culmina num quadro de dor e tensão, associado às
lesões musculares, ortopédicas, alterações posturais e, ainda mais
preocupantes, quadros clínicos neurológicos graves. Isso gera o afastamento de
seus postos de trabalho, trazendo com isto a sensação de impotência e, em
alguns casos, levando ao quadro de depressão. Dentre as modalidades de
tratamento que vem se tornando fundamental na busca de um olhar integralizador (corpo e mente), promovendo uma intervenção
preventiva e dinâmica, possibilitando uma recuperação eficaz e assertiva,
destacamos a reabilitação aquática (RA), ideal para esses militares, uma vez
que conceitua-se numa abordagem prazerosa, com benefícios como a diminuição da
sobrecarga nas articulações, uma ação analgésica e um efeito de relaxamento
muscular global pela temperatura da água e uma rápida resposta terapêutica. No
entanto, há alguns desafios a enfrentar na manutenção desta modalidade,
sobretudo a necessidade do aquecimento ideal e constante da água, cuja
literatura vem revelando ser um dos maiores desafios neste setor. Objetivo:
Apontar os desafios e as contribuições da RA na recuperação funcional de
militares do EB. Métodos: Apresentação de 4 casos clínicos com
diagnósticos como: ruptura do tendão de Aquiles; lesão do manguito rotador por
PAF, amputação transfemural e pós-operatório de artroplastia de quadril, que foram tratados através da RA. Resultados:
Por meio de instrumentos de avaliação, validados e comprovados cientificamente,
os efeitos benéficos da RA foram encontrados em todos os casos clínicos,
atendidos na Policlínica Militar do Rio de Janeiro (PMRJ), aonde funciona o
setor de RA desde outubro de 2014. Num aspecto geral, houve redução da dor e
melhora da qualidade de vida de todos os pacientes relatados, repercutindo numa
recuperação funcional e condições de retorno precoce às suas atividades
laborativas. Tudo isto, sem comprometer sua performance física e melhorando os
aspectos emocionais ligados ao retorno ao trabalho. Conclusão: Mesmo com
os desafios de manutenção que a piscina terapêutica requer, podemos considerar
que a RA é uma modalidade de tratamento adequado para a recuperação funcional
de militares. Seus benefícios favorecem o empenho do fisioterapeuta em buscar a
adequada manutenção deste setor e promover a estes pacientes, uma recuperação
dinâmica, precoce, com qualidade e completa, para o corpo e para a mente.
Eletromiografia e acelerometria para análise da marcha aquática no Parkinson
Caroline de Cássia
Batista de Souza
Grupo de Pesquisa
Engenharia Biomédica, UFPE, Recife/PE, Brasil
Introdução: A Doença de Parkinson
(DP) é uma das doenças degenerativas mais frequentes do sistema nervoso
central, resultante da disfunção dos sistemas dopaminérgicos, colinérgicos,
serotoninérgicos e noradrenérgicos, entretanto o
padrão básico neuropatológico é decorrente da alteração da via nigro-estriatal, com diminuição da concentração de dopamina
ao nível dos receptores dopaminérgicos situados no corpo estriado. As
características motoras básicas da DP são: bradicinesia, tremor de repouso,
instabilidade postural, perda dos reflexos posturais e o congelamento ou Freezing que é marcado por uma repentina incapacidade de
iniciar ou continuar a andar. A análise eletromiográfica
da atividade muscular durante a locomoção tem sido estudada por alguns autores.
O registro eletromiográfico corresponde à aquisição
de sinal bioelétrico resultante da atividade muscular, sobre uma função ou
resposta fisiológica A técnica da identificação de movimentos através da acelerometria pode ser usada para medir a atividade física
ou seu impacto nas estruturas do corpo humano, como nos exercícios de marcha. Objetivo:
Analisar e comparar a caminhada dentro e fora da água em pessoas com Doença de
Parkinson através da eletromiografia de superfície em conjunto com acelerometria. Métodos: O estudo foi dividido em
duas partes. A primeira parte foi o desenvolvimento e adaptação de um
equipamento com eletromiografia e acelerometria para
utilização dentro da água. Visando essa atividade, foi desenvolvido um sistema
composto por um canal de eletromiografia e dois sensores de acelerometria
integrados a um microcontrolador com comunicação a um computador realizada
através do protocolo Bluetooth. A finalidade dessa comunicação sem fio é de
visualizar os resultados e armazená-los para uma possível análise estatística,
em um computador pessoal. Para impermeabilização e selagem dos acelerômetros
para o funcionamento dentro da água, foi utilizado um verniz impermeabilizante
e cola epoxi Araldite®. A
segunda parte foi a aplicação do instrumento através de um estudo piloto na
Clínica Rogério Antunes - Unidade Torreão/PE. Os acelerômetros foram colocados
na face interna do pé, embaixo do maléolo medial e o EMG foi colocado no
músculo tibial anterior e o eletrodo referência no maléolo lateral. A coleta de
dados foi realizada através do projeto previamente autorizado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa sob CAAE 86285418.7.0000.5208, onde foi analisada a caminhada
dentro e fora da água, por um percurso de 8 metros, de um indivíduo com
diagnóstico de Doença de Parkinson. Resultados: Com a eletromiografia
foi possível observar uma atenuação do sinal dentro da água devido ao contato
direto do eletrodo com a água, além da diminuição do esforço muscular
proporcionado pelas propriedades físicas da água. Com a acelerometria
foi observado a cadência e o comprimento, velocidade e altura do passo, bem
como o tempo para realização do teste dentro do ambiente aquático e fora dele.
Dentro da água, houve um acréscimo de aproximadamente 45,34% no comprimento do
passo e 20% na altura do passo do paciente. Houve uma redução de 33,33% da
velocidade da caminhada e uma redução de 63% na cadência. O tempo utilizado
para execução da caminhada dentro da água aumentou 51%. Conclusão: A
partir dos dados analisados foi possível observar que a caminhada em ambiente
aquático proporcionou um aumento no comprimento e altura do passo e uma redução
da velocidade e cadência comparada a caminhada em solo. A velocidade reduzida
na caminhada dentro da água proporciona uma maior estabilidade para o paciente
durante a caminhada e melhora na qualidade do passo. Além destes resultados,
foi possível também validar a impermeabilização do instrumento, mostrando que
uma resina de uso cotidiano é efetiva.
Fisioterapia aquática
em lesões complexas de membros inferiores
Artur Vinicius de A. Magnavita
Especialista em Ortopedia
e Traumatologia, Especialista em Fisioterapia Aquática, Professor da
Pós-Graduação UCSal e Diretor Rede Fluir
A
Fisioterapia Aquática
é uma especialidade amplamente utilizada em tratamentos das mais
variadas
especialidades da Fisioterapia. Muito já se conhece e reconhece
sobre os
benefícios da Fisioterapia Aquática na
reabilitação, aceleração e
prevenção de
Lesões. As vantagens e benefícios do tratamento da
Fisioterapia Aquática se
deve graças a interação do indivíduo com as
propriedades físicas da água somado
aos exercícios terapêuticos feitos durante a
imersão. As Lesões Complexas de
Membros Inferiores representam um grande desafio a equipe de
fisioterapia pela
característica de impactar profundamente na capacidade funcional
do paciente e
possuir recuperação lenta com prognóstico
reservado. A Fisioterapia Aquática
possui destaque dentro do processo de reabilitação deste
grupo de pacientes,
sendo grande a prevalência deste tipo de encaminhamento e pela
unanimidade nos
benefícios para melhora funcional, melhorando o
prognóstico da recuperação
destes pacientes. O Objetivo deste tema é discutir as abordagens
terapêuticas
da Fisioterapia Aquática em pacientes portadores de
Lesões Complexas de Membros
Inferiores. Resultados: Foram apresentados uma serie de casos clínico e
artigos, discutindo as abordagens terapêuticas de técnicas da Fisioterapia
Aquática como Bad Ragaz e Halliwick, e da releitura de conceitos de Fisioterapia como
PNF, Liberação Miofascial Stecco, Mackenzie, Maitland quando associados e potencializados seus
benefícios pela interação do paciente com as propriedades físicas da água. Conclusão:
Os resultados clínicos e científicos sinalizam a fisioterapia aquática como
especialidade indispensável na composição das terapias de reabilitação em
pacientes com Lesões Complexas de Membros Inferiores para aumento da capacidade
funcional, redução da dor, redução do tempo de recuperação, melhora da
qualidade de vida e melhor prognóstico destes pacientes.
Panorama da
Fisioterapia Aquática em Pernambuco na assistência às crianças com síndrome
congênita do Zika vírus
Cinthia Rodrigues de
Vasconcelos1, Rodrigo Marinho Falcão Pinto2, Stella
Guerra de Amorim3, Ana Carla Gomes Botelho4, Anna
Catarina Soares dos Santos Melo2
1Professora Associada do
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco, 2Fisioterapeuta
do Setor de Fisioterapia Aquática da Associação de Assistência à Criança com
Deficiência (AACD-Recife), 3Fisioterapeuta da Fundação Altino
Ventura (FAV), 4Fisioterapeuta do Centro de Reabilitação do
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)
Introdução: Pernambuco (PE) foi
um dos estados mais atingidos pela epidemia da Síndrome Congênita do Zika Vírus
(SCZV), representando 15,18% das notificações do Brasil, despertando a
necessidade de intervenções em nível governamental e da sociedade civil, que
pudessem garantir a integralidade do cuidado às crianças acometidas. Frente a
esse contexto, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª
Região (CREFITO-1), instituiu no estado de PE, um Grupo de Trabalho (GT) no
âmbito da Fisioterapia para construir ações voltadas ao enfrentamento da SCZV,
tendo como objetivo a garantia à sociedade pernambucana de uma assistência
fisioterapêutica de excelência. Objetivo: Traçar o perfil da assistência
da fisioterapia aquática (FA) em PE na assistência às crianças com a SCZV. Métodos:
a identificação dos serviços de fisioterapia aquática em PE foi conseguida
através da consulta à Coordenação da Pessoa com Deficiência da Secretaria
Estadual de Saúde de PE, ao Departamento de Fiscalização do CREFITO-1, às
instituições de ensino superior (IES) que ofertam cursos de graduação em
Fisioterapia no estado, à Associação Pernambucana de Empresas Prestadoras de
Serviços de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional (APESFITO) e às associações
de usuários. A partir da identificação dos serviços, o GT enviou aos mesmos um
questionário digital (Google Forms), contendo
perguntas que buscavam a identificação das características da assistência
prestada, como também dos profissionais envolvidos. Resultados: em PE
foram identificados 16 serviços de FA, destes, três, são vinculados à rede de
atenção à saúde da pessoa com deficiência do Estado de Pernambuco (SUS), dois
vinculados à instituições filantrópicas, quatro
vinculados às clínicas escola de IES públicas e privadas, e 07 serviços de
natureza privada. Foram registrados acompanhamento de 80 crianças com a SCZV A
localização geográfica destes serviços, em sua maioria, está centrada na
capital do Estado, mas há distribuição nas regiões do agreste e sertão de
Pernambuco (Arcoverde, Caruaru, Garanhuns, Serra Talhada e Petrolina). Além da
FA, 81,3% dos serviços oferecem outras intervenções que garantem a
integralidade no cuidado ao usuário, como Fisioterapia (diversas outras
especialidades), Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Pedagogia e
Psicopedagogia, Psicologia, Nutrição, Profissional de Educação Física,
Odontologia, Biomedicina, Assistente Social, Medicina (traumato-ortopedia,
pediatria e uroginecologia), além de acupuntura. A
frequência dos atendimentos realizados, em sua maioria, é de uma a duas vezes
por semana, com duração média de 30 minutos. A maioria dos profissionais tem
mais de 5 anos de formado, 20% tem algum curso de aperfeiçoamento para
assistência fisioterapêutica pediátrica e 25% tem algum curso de Capacitação ou
Especialização em métodos aquáticos. Quando perguntados se utilizavam algum
método de intervenção na assistência da FA, todos responderam que sim, sempre
associando mais de um método: Halliwick, Bad Ragaz, Watsu,
Hidrocinesioterapia e manobras do Conceito Bobath. Quanto aos objetivos terapêuticos das crianças com
a SCZV ao início do tratamento, tem-se: desenvolver habilidades funcionais,
promovendo o máximo de independência possível, baseando-se nos marcos do
Desenvolvimento Infantil; adequar tônus muscular, especialmente dos membros
inferiores; ganhar mobilidade articular e promover alongamentos musculares;
proporcionar integração sensorial; favorecer à socialização; melhorar a
qualidade de vida. Apenas 7,1% destes profissionais consideram “excelente” o
alcance dos objetivos terapêuticos traçados ao início do tratamento para as
crianças com a SCZV. Dentre as crianças que não estão mais sendo atendidas nos
serviços de FA, 7,1% deve-se ao fato de terem recebido alta fisioterapêutica e
87,5% foram desligadas pelos serviços devido à baixa assiduidade ao tratamento.
Considerações Finais: a assistência com a FA em Pernambuco existe, mas ainda
precisa ser descentralizada para o interior do estado e precisa ser ampliada,
visto que dos 421 casos notificados com a SCZV, menos de 20% das crianças estão
sendo acompanhadas na Fisioterapia Aquática.
Uso da acelerometria na quantificação de carga durante o exercício
aquático
Rogério Azevedo Antunes
Pereira
CEPRA - Centro de
estudo e pesquisa Rogério Antunes
Introdução:
A utilização da água
como recurso para a atividade física e principalmente como meio
terapêutico é
muito antiga. Atualmente, muito utilizada para
reabilitação de pacientes nas
diversas áreas da saúde, bem como em atividades
físicas e nos esportes em
geral, vem apresentando uma grande lacuna no que diz respeito a
mensuração da
carga (esforço) durante o exercício. Segundo alguns
princípios da hidrodinâmica
(mecânica de fluidos), o esforço do indivíduo
durante o exercício é alterado
por alguns fatores como o sentido do movimento do corpo, a
utilização de
resistores, que aumentam a resistência frontal pela área
de arrasto, bem como a
velocidade na execução dele. Com relação a
velocidade, esta é trabalhada de
forma empírica por não haver um equipamento
aquático que correlacione o esforço
à velocidade e à possível carga que o
indivíduo está utilizando durante o
exercício aquático. Acelerômetros são
aparelhos portáteis que são sensíveis à
aceleração do corpo e transformam esta
informação em unidades de gasto
energético. A acelerometria pode ser utilizada como
identificadora da velocidade durante o exercício aquático, sinalizando com
luzes de led (verde, azul e vermelha), o movimento de
baixa, média e alta velocidade respectivamente. Objetivo: Desenvolver/adaptar
um equipamento de acelerometria, com luzes de led, a uma escala de cores (verde, amarela e vermelha) para
determinar o nível de velocidade (leve, moderada e intensa respectivamente) do
exercício aquático. Métodos: O desenvolvimento do acelerômetro com luzes
de LED e escala de cores que identifique em tempo real, a velocidade do
movimento (exercício) executado no meio aquático foi realizado no Departamento
de Eletrônica e Sistemas, Sala 412, Laboratório de Interface Homem-Máquina da
Universidade Federal de Pernambuco.
Atuação da Fisioterapia
Aquática na vertigem postural paroxística benigna (VPPB)
Fabio Jakaitis
Hospital Israelita
Albert Einstein, Universidade Kroton Anhanguera,
ABFA.
Agradecimento ao
Crefito-3 pelo apoio, patrocínio e incentivo ao crescimento científico”
Introdução: A expectativa de vida
da população aumentou, e com isso o número de idosos com mais de 60 anos vem
crescendo rapidamente, envolvendo doenças crônicas e degenerativas que geram
sintomas e problemas como tonturas, quedas, doenças neurológicas e
incapacidades físicas. Como resultado, ocorre o acometimento das atividades
diárias e o piora da qualidade de vida desses indivíduos. A Vertigem Postural Paroxística
Benigna (VPPB) é um distúrbio vestibular no qual os pacientes relatam breves
momentos de vertigem e/ou leve instabilidade postural, ocasionados por uma
mudança brusca na movimentação cefálica ou corporal. Desde os tempos remotos, a
hidroterapia tem sido utilizada como recurso para tratar doenças reumáticas,
ortopédicas e neurológicas; entretanto, só recentemente é que essa tem se
tornado alvo de estudos científicos para tratamento de enfermidades
vestibulares e principalmente a VPPB, favorecendo a melhora do equilíbrio,
diminuição das crises vestibulares agudas. Objetivo: Avaliar uma nova
proposta de Reabilitação Aquática, com abordagem terapêutica para as disfunções
vestibulares. Métodos: 22 pacientes com VPPB. A avaliação diagnóstica
foi realizada pelo c-VEMP, prova calórica e vectonistagmografia,
desequilíbrio e risco de queda, pelo Dynamic Gait Index (DGI), BERG e teste Romberg.
Resultados: Após a avaliação os pacientes foram submetidos a protocolo
de Reabilitação Vestibular comporto por exercícios específicos para tratamento
da VPPB (Adaptação do Protocolo de Cawthorne & Cooksey (1940) e Norré (1988) ao
meio líquido) Discussão: A Reabilitação Vestibular aplicada aos 22
sujeitos com VPPB apresentaram melhora de 76,48 % nas crises vestibulares e
23,52% sem significaria estatística. Na comparação do DGI em vestibulopatas com risco e sem risco de queda, 80%
apresentaram melhora do teste nos com risco queda e 58,80% nos sem risco. Conclusão:
A Reabilitação aquática aplicada ao VPPB, mostra bastante relevância em relação
ao processo de melhora clínica e espaçamento maior das crises, favorecendo na
melhora da qualidade de vida e menor risco de queda, onde novos estudos são
necessários para maior comprovação estatística dos dados supra-citados
neste estudo.
Fisioterapia Aquática
na prevenção e recovery de atletas paralímpicos
Ana Paula de Lima
Ferreira
Universidade Federal de
Pernambuco, Recife-PE
Introdução: O Voleibol sentado
surgiu na Holanda (1956), a partir da combinação do voleibol tradicional e com
o Sitzball, que é um jogo de origem alemã em que o
atleta fica sentado no chão e não há uso de rede. O esporte foi incluído nas
Paraolimpíadas em 1980 e no Brasil, a prática dessa modalidade teve início em
2002. Deve-se reconhecer a escassez de estudos sobre o voleibol sentado, mas
sabe-se que existe uma alta prevalência de lesões musculoesqueléticas sobretudo
aquelas que atingem o complexo articular do ombro. Cerca de 70% dos atletas
realizam tratamento fisioterapêutico no solo com abordagem na reabilitação,
contudo, não é uma prática comum a realização de procedimentos preventivos e recovery através da Fisioterapia Aquática. Objetivo:
Avaliar os efeitos de um protocolo de Fisioterapia Aquática para reduzir
número/gravidade de lesões musculoesqueléticas e acelerar a recuperação
muscular pós treino de alta intensidade em atletas da seleção brasileira
masculina de voleibol sentado no ano de 2018. Métodos: Série de casos de
12 atletas que foram acompanhados no Centro de Treinamento Paralímpico (SP) nas
4 semanas de treinamento pré-competição e durante o
Campeonato Mundial de Volei Sentado realizado na
Holanda. A Fisioterapia aquática incluiu procedimentos de cinesioterapia
aquática com e sem o auxílio de flutuadores, métodos de Bad
Ragaz e Watsu e massagens
subaquáticas. Para análise dos resultados, os atletas foram avaliados antes da
primeira e após a última semana de treinamento, utilizando-se: Termografia
Infravermelha, Escala de Esforço Percebido, Escala Visual Analógica de Dor,
Relato de queixas desconforto físico/Dor. Para avaliar a melhoria da condição
do atleta pós protocolo Fisioterapêutico foi aplicado o Patient
Global Impression of Change (PGIC). Para análise dos dados obtidos foi usado
o teste t pareado com nível de significância de 5%. Resultados: A
amostra apresentou idade em anos (32,6±5,35, min 24 e máx
43), peso em quilogramas (91,26 ± 21,65, min 69,5 e máx
132,3), altura em centímetros (185,06 ± 8,85, min 175 e máx
202) e IMC em kg/m2 (26,52 ± 4,89, mín
20,8 e máx 36,3). As análises termográficas
demonstraram redução de 0,40C ± 0,10C, a Escala de Esforço Percebido (antes 8 ±
2,6 e depois 4,56 ± 0,62 p < 0,005), EVA (antes 7,34 ± 1,82 depois 1,36 ±
0,14 p < 0,001), relato de queixas desconforto físico/dor (antes positivo em
80% dos atletas (n=12) e após 13,33% (n = 2). Após as quatro semanas de treinamento
pré-competição, 100% dos atletas encontravam-se
fisicamente disponíveis para que o técnico os colocasse em quadra. Ao término
da competição, não houve relato de lesões musculoesqueléticas, apenas fadiga
muscular comum da modalidade praticada. O PGIC revelou escore médio 6,25 ± 0,72
(qualitativamente considerado como experiência positiva e importante). Discussão:
Acredita-se que o elevado número de atendimentos fisioterapêuticos (média de 40
sessões/semana) pré-competição foi imprescindível no
monitoramento, controle e redução de queixas dolorosas viabilizando a prática
esportiva plena. Conclusão: A Fisioterapia Aquática contribuiu para o
reduzido número e gravidade de lesões musculoesqueléticas, além de acelerar a
recuperação muscular pós treino.
Fisioterapia Aquática
nos diversos tipos de encefalopatia crônica não progressiva
Cristina de Fatima
Martins Germano
Professora Adjunta
Aposentada do Departamento de Fisioterapia da UFPB
Implantação e
Coordenação do Atendimento de Crianças e Adolescentes em Piscina Terapêutica na
UFPB
Introdução: A Encefalopatia
Crônica Não Progressiva (ECNP) é uma das causas mais frequentes de distúrbios
do desenvolvimento neuropsicomotor na infância. É o resultado de uma lesão ou
mau funcionamento do cérebro, de caráter não progressivo existindo desde a
infância. A deficiência motora expressa-se em padrões anormais de movimentos,
associado com tônus postural anormal. De acordo com a área cerebral lesada e a
extensão da lesão, pode-se apresentar vários graus de comprometimento e tipos
diversos de ECNP, ocasionando múltiplas sequelas no funcionamento
motor-perceptivo-cognitivo-emocional-afetivo-social da criança. Objetivo:
observar a evolução dessas crianças no aprimoramento dos automatismos básicos
das reações de ajustes posturais. Métodos: Foram avaliadas 20 crianças
com ENCP no Serviço de Fisioterapia Infantil da UFPB, com ênfase nas reações
básicas automáticas. Um grupo de 10 crianças foi submetido a 1 sessão de
hidroterapia e 2 sessões cinesioterapia especial. Outro grupo foi submetido a 3
sessões de cinesioterapia especial, durante 6 meses. As técnicas de Hidro
empregadas atuaram em conjunto com os princípios hidrodinâmicos e reações
corporais desenvolvidas no meio líquido. Conclusão: No grupo de crianças
que foram submetidas aos 2 recursos terapêuticos, houve melhora nas reações
cervical, corporal e labiríntica de retificação e na extensão protetora dos
braços.
Nada melhor:
estimulação aquática para bebês
Wellington Fabiano
Gomes
Docente do Departamento
de Fisioterapia e do Programa de Pós-graduação em Reabilitação e Desempenho
Funcional, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri,
Diamantina, Minas Gerais.
CREFITO-4 e Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PROEXC-UFVJM)
Introdução:
O projeto de extensão
“Nada Melhor: estimulação aquática para
bebês” atende em média 80 crianças da
região de Diamantina-MG. Este projeto foi idealizado com
finalidade de permitir
o acesso precoce às crianças na faixa etária de 0
a 2 anos à atividade
aquática. E ainda, possibilitar a vivência dos discentes
dos cursos de Educação
Física e Fisioterapia da UFVJM no atendimento ao público
infantil. A atividade
aquática tem como base alguns eixos principais: A) Afetivo:
pautado no
estreitamento das relações afetivas entre o bebê e
o(a) cuidador(a). Além da
interação com os(as) monitores(as) extensionistas e na
socialização com outras
famílias. B) Brincadeiras e Jogos: uso de jogos lúdicos,
brincadeiras, músicas
e atividades coletivas. C) Estimulação Aquática:
utilizando o efetivo estímulo
da água (temperatura, pressão, tato, controle da
respiração) para aprimoramento
dos processos de aprendizagem. Objetivo: O objetivo geral do projeto
Nada Melhor é o desenvolvimento das habilidades aquáticas dos bebês e crianças
por meio da exploração da movimentação corporal e controle da respiração na
piscina. Metodologia: O projeto de extensão Nada Melhor está devidamente
registrado na PROEXC/UFVJM e completou 10 anos em 2017. A cada semestre letivo
uma rotina é executada para o pleno funcionamento das atividades, a saber:
Divulgação: continuamente é feita a divulgação do projeto destacando o
público-alvo e suas características básicas. Utiliza-se para isso o portal da
universidade, as mídias sociais (www.facebook.com/nadamelhorufvjm),
cartazes e a própria divulgação oral realizada pelos usuários. Uma lista de
espera controla os que aguardam para entrar no projeto e um grupo no whatsapp coordena a comunicação entre os usuários facilitando
o controle de faltas e o fornecimento e trocas de informações. Seleção dos
monitores: a cada início de semestre letivo são selecionados os monitores
voluntários do projeto, dando-se prioridade àqueles que já fazem parte da
equipe. Na hipótese de vaga, novos alunos de Fisioterapia e Educação Física são
inseridos ao grupo. Treinamento dos monitores: antes do início das atividades
com as famílias os monitores, mesmo os veteranos, passam por um treinamento
visando discutir o histórico do projeto, seus objetivos e as formas de execução
das atividades com base na literatura mais atual. Seleção das crianças:
as famílias que já fazem parte do projeto são comunicadas sobre a data de início.
Na existência de vagas, crianças da lista de espera são avaliadas e incluídas e
seus cuidadores recebem as orientações para o processo de acolhimento. Já para
as crianças veteranas no projeto, que completaram 3 anos de idade, suas
famílias são orientadas a procurarem um serviço de natação infantil com a
devida supervisão de Professores de Educação Física. Execução das atividades:
a estimulação aquática é realizada na piscina terapêutica da Clínica-escola de
Fisioterapia (campus JK), uma vez por semana para cada turminha. Essas
turminhas são compostas por 10 crianças/cada, por seus cuidadores (que
executarão a atividade na piscina) e uma equipe de monitores extensionistas
(geralmente 4 discentes de graduação) responsáveis por planejar e coordenar a
atividade a cada semana. Encerramento do semestre: ao final de cada
semestre letivo o grupo escolhe a forma de encerramento (aulinha temática
especial e fornecimento de diploma às crianças) visando reforçar os laços entre
todos os envolvidos no projeto e fornecer orientações específicas para os
cuidados no período de férias (risco de afogamento doméstico ou em locais
públicos). Interação com a pesquisa: vários trabalhos de conclusão de
curso (TCC) e projetos de pesquisas estão vinculados ao projeto Nada Melhor,
sendo continuamente iniciados ou concluídos respeitando a legislação específica
para pesquisa com humanos. Resultados: O “Nada Melhor” a cada semestre
supera seu quantitativo de famílias atendidas, com demandas cada vez maiores,
mas, principalmente cumprindo sua principal meta que é desenvolver uma
atividade de extensão qualificada com a participação efetiva das comunidades
acadêmica e externa. Desde 2007, este projeto extensionista da UFVJM, vem se
aprimorando e fornecendo um serviço de qualidade à comunidade e reforçando sua
conexão com o ensino e pesquisa. Destaca-se a enorme quantidade de depoimentos
positivos dos usuários quanto aos benefícios da atividade, como o prazer que o
bebê e/ou criança tem em participar da atividade, a melhora nas ações de cuidados
como o banho, o estreitamento afetivo, a melhora na qualidade do sono e a
qualificação do desempenho motor do bebê na piscina. Conclusão: O Nada
Melhor vem sendo um projeto de extensão de fluxo contínuo e que retorna em
serviço de qualidade o investimento da sociedade na universidade pública
(UFVJM). Ao estabelecer laços fortes entre a comunidade acadêmica e a
comunidade externa, dá empoderamento a esta última tanto no aspecto da
percepção de um ambiente universitário para todos(as) quanto nos desfechos
relacionados à estimulação aquática infantil, como a segurança (prevenção de
afogamento) e a habilidade para conduzir uma atividade com seu filho(a) no meio
aquático (brincar na água).
A Fisioterapia Aquática
aplicada ao atleta de alto rendimento
Fernando Calixto
Especialista em
Fisioterapia Aquática, Professor de Watsu nível 1 e 2
(WABA)
Introdução:
O esporte de alto
rendimento apresenta uma infinidade de nuances que devemos considerar
ao
trabalharmos com atletas profissionais. Os aspectos mentais,
físicos e
econômicos podem influenciar diretamente o desempenho. A
atuação do
Fisioterapeuta Esportivo se caracteriza pelo exercício
profissional em todos os
níveis de atenção à saúde, em todas
as fases do desenvolvimento ontogênico, e
nos diversos grupos populacionais e atenção aos que
necessitam do enfoque
esportivo adaptado, com ações de prevenção,
promoção, proteção, educação,
intervenção terapêutica e recuperação
funcional do atleta amador e
profissional, nos mais diversos ambientes. A modalidade esportiva,
sendo ela
individual ou coletiva pode ter influência direta nos tipos de
lesões que
possam acometer esse atleta. As lesões traumáticas
são mais comuns em esportes
de contato enquanto as lesões crônicas em esportes que
exijam uma postura mantida
para a realização dele. A fisioterapia aquática
poderá atuar com o alto
rendimento nos diversos tipos de lesões, como também, nas
diversas fases da
reabilitação, podendo ser fundamental nas fases iniciais,
como um acelerador do
processo, e nas fases finais na manutenção do
fortalecimento, condicionamento
físico global e prevenção. Um dos papéis
importantes da fisioterapia aquática
está direcionado aos trabalhos de prevenção de
lesões e recuperação deste
atleta após treinamentos e/ou competições. Contextualização: Para que
tenhamos um trabalho bem-sucedido do ponto de vista preventivo de lesões, como
também na reabilitação propriamente dita, é de suma importância que este atleta
seja submetido previamente por avaliação fisioterapêutica global prévia. Para
alcançarmos os objetivos de tratamento em fisioterapia aquática, temos diversas
técnicas e conceitos como abordagens a serem utilizadas em diversas fases do
trabalho fisioterapêutico. O Watsu pode contribuir
com os objetivos de reequilíbrio muscular através do trabalho das cadeias
musculares, na recuperação muscular após treinamentos e competições como também
atuando no controle da ansiedade e estresse. O Conceito Halliwick
por sua vez, na adaptação de pessoas portadoras de deficiência que possam vir a
se tornar atletas de alto rendimento, como nos trabalhos de propriocepção,
coordenação motora e estabilização muscular. Com o foco direcionado para o
fortalecimento muscular e estabilização articular temos as técnicas de Bad Ragaz. Os exercícios
aquáticos terapêuticos nos dão diversos recursos passivos, ativos-assistidos,
ativos-resistidos e de relaxamento corporal que vão proporcionar ao atleta
benefícios em todas as fases da reabilitação, como também na prevenção e
recuperação corporal. Conclusão: O fisioterapeuta deve dominar o
conhecimento dos princípios físicos e efeitos fisiológicos da imersão para
optar pelos métodos e materiais aquáticos mais indicados, conforme os objetivos
terapêuticos. Ainda que seja oportuna a escolha como principal recurso de
tratamento, a Fisioterapia Aquática precisa ser considerada como adjuvante aos
outros recursos utilizados em solo, dependendo da fase de reabilitação.
A Fisioterapia Aquática
do futuro
João Douglas Gil
Clínica de Fisioterapia
Douglas Gil - São Paulo - SP
CEFIT - Centro de
Estudos em Fisiologia do Exercícios - São Paulo - SP
Com a intensão de
apresentar as futuras tecnologias da Fisioterapia Aquática, foi mostrado um
vídeo no início da aula com piscinas tecnológicas, hidrodinâmicas, com alturas
de pisos reguláveis, correntes aquáticas, jatos, esteiras rolantes, entre
outras tecnologias, porém o grande objetivo foi convidar os participantes a uma
grande reflexão sobre como será o profissional do futuro. Ao apresentar a
necessidade deste profissional ter importantes qualidades como, conhecimento
teórico baseado em evidências científicas, habilidade de manuseio,
aplicabilidade da tecnologia na prática de fisioterapia aquática, a mensagem a
refletir foi de que nada adiantará de toda tecnologia do futuro se o
profissional não for humano o suficiente para atender o outro ser humano com
compaixão, respeito, cumplicidade, responsabilidade, conhecimento e
principalmente amor ao paciente, a profissão e a si mesmo. Foi registrado os
trabalhos de John Sarno, médico e pesquisador americano da Universidade de Nova
York, um dos primeiros a falar sobre a relação dor e emoção de forma
científica, explicando a relação dos neurotransmissores e respostas
bioquímicas, sentimentos e emoções nos quadros álgicos de coluna lombar. Após
sensibilizar os presentes com um vídeo sobre as relações pessoais e familiares,
ficou a mensagem final da aula, encorajar os fisioterapeutas do futuro a
desenvolverem proposta de trabalho baseadas em honestidade, respeito, ética,
simplicidade, amor, sem esquecer que o verdadeiro profissional do futuro, está
sendo formado, construído nos dias de hoje.
Aos oito melhores trabalhos apresentados
no III Congresso Brasileiro de Fisioterapia Aquática
1º Lugar
Aferição da força
aplicada sobre um protótipo humano durante diferentes técnicas de tração lombar
em ambiente aquático
Belmar José Ferreira Andrade
Filho¹, André Ivaniski Mello¹, Marcela Zimmermann
Casal², Jefferson Fagundes Loss³, Flávia Gomes Martinez³
¹Grupo de Pesquisa em
Comportamento Motor e Fisioterapia Aquática, ²Programa de Pós-Graduação em
Ciências do Movimento Humano, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre/RS, ³Professor Doutor adjunto da Escola de Educação Física, Fisioterapia
e Dança, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Belmar José Ferreira Andrade
Filho: belmar.fisio@gmail.com
Introdução: A terapia por tração
da coluna tem sido largamente utilizada para o tratamento de dores lombares há
milhares de anos. Existem diversas técnicas descritas de tração da coluna, tais
como técnicas manuais, suspensão ou com auxílio de máquinas e pesos,
objetivando o aumento do espaço e hidratação dos discos intervertebrais,
reduzindo o material herniado. Estas técnicas podem ser aplicadas também em
ambiente aquático, somadas aos benefícios conhecidos da água aquecida, com um
consequente aumento do relaxamento muscular e elasticidade dos tecidos moles.
Estudos que utilizaram pesos conhecidos ou máquinas mostraram os efeitos e
benefícios da tração da coluna, porém ainda pouco se sabe sobre a aplicação das
técnicas manuais, como a força exercida sobre o corpo e o tempo de aplicação
necessários para atingir tais benefícios. Objetivo: Aferir e comparar as
forças aplicadas por diferentes terapeutas sobre um protótipo humano e o tempo
de manutenção das mesmas durante diferentes técnicas de tração lombar em
ambiente aquático. Métodos: Trata-se de um estudo misto, do tipo Ex Post Facto comparativo, com análise quantitativa e
questionário de qualidade do protótipo. A amostra foi composta por 13
profissionais experientes em fisioterapia aquática, que executaram cinco
diferentes técnicas de tração manual em um protótipo humano. Dentre elas, três
técnicas individuais e duas em duplas. Um protótipo foi construído a partir de
um manequim humano masculino, confeccionado de material plástico, o qual foi
articulado e instrumentalizado com uma célula de carga impermeabilizada
posicionada na região lombar para obtenção dos dados. Durante a realização de
cada técnica foi aferida da força máxima (FM) de tração e, após esta etapa, foi
registrado o tempo de manutenção de cada técnica a 70% da FM, com auxílio de
software para obter feedback visual. Também foi aplicado um questionário sobre
a qualidade do protótipo para a reprodutibilidade das técnicas. Para o cálculo
da FM de tração foi utilizado o valor do pico máximo de força atingido durante
a realização de cada técnica. Após, foi mensurado o tempo máximo mantido em
cada técnica a 70% da FM, considerando variações de até 10%. Os dados foram
apresentados em média e desvio padrão. A comparação destas variáveis nas diferentes
situações foi realizada por ANOVA de uma via e post test
de Bonferroni ou por test
t, sendo considerado significativo diferenças com p<0,05. Resultados:
as FMs
encontradas variaram entre 22 kgf e 72,3 kgf
entre as diferentes técnicas e terapeutas, sendo a
técnica com pegada pelos
tornozelos a que atingiu os maiores picos de força,
significativamente maior do
que a pegada pelo tórax (p < 0,001). O tempo de
manutenção durante as
diferentes técnicas variou entre 6 segundos e 3 minutos e 16
segundos, onde a
técnica com pegada pelos tornozelos apresentou o maior tempo de
manutenção,
sendo significativamente maior do que a técnica com pegada pelo
tórax (p <
0,05) e maior que a técnica com pegada pela cabeça
(p<0,001). A qualidade do
protótipo foi considerada satisfatória pelo
questionário, porém com
deficiências em relação à aderência
das mãos do terapeuta com a superfície corporal
do protótipo. Conclusão: Tais achados indicam que estas técnicas manuais
de tração da coluna são capazes de gerar forças suficientes para provocar
efeitos benéficos sobre a coluna e podem auxiliar na construção de programas
terapêuticos.
Palavras-chave: tração lombar,
fisioterapia aquática, protótipo humano.
2º Lugar
Efeitos da fisioterapia
aquática na cognição e motricidade do indivíduo portador de demência senil - um
estudo de caso
Ana Paula Radies Adames¹,², Christye Ramos da
Silva¹, Erica Cardaretti do Nascimento Vieira¹,
Marina Fortuna Lucas¹,³, Juliana Bittencourt¹,²,³,
Fernanda Manaia Gonçalves Chaves¹,³, João
Pedro Delgado de Almeida¹, Igor da Silva Diniz Brauns¹,³
¹Centro de Saúde Veiga
de Almeida (CSVA/UVA), Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro/RJ,
²Instituto de Neurociências Aplicadas (INA), Rio de Janeiro/RJ, ³Laboratório de
mapeamento Cerebral de Integração Sensório Motora, Instituto de Psiquiatria da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ), Rio de Janeiro/RJ
Email:
ana.adames712@gmail.com
Introdução: De acordo com a
Organização Mundial de Saúde [1]] a demência é um problema de saúde pública,
representando uma das principais causas de incapacidade e dependência na vida
adulta. Embora afete principalmente pessoas idosas, não é uma etapa normal do
envelhecimento. A Fisioterapia Aquática pode ser uma abordagem extremamente
promissora no tratamento de quadros demenciais por sua gama de recursos
hidrodinâmicos e repercussões fisiológicas que incluem processos de
enriquecimento ambiental, estimulação sensório-motora, aumento do fluxo sanguíneo
cerebral, facilitação da motricidade e intensificação da neuroproteção
em resposta a atividade muscular em meio líquido. Objetivo: Verificar os
efeitos da Fisioterapia Aquática na função cognitiva e motora de um indivíduo
idoso com diagnóstico de demência, e, secundariamente, analisar sua influência
em parâmetros específicos como marcha, equilíbrio dinâmico, memória, atenção,
organização visuoespacial, controle inibitório e
função executiva. Metodologia: A paciente foi submetida a sessões de
Fisioterapia Aquática com duração de uma hora e vinte minutos, aplicadas duas
vezes por semana durante o período quatro meses, totalizando 32 atendimentos. A
terapia incluiu exercícios aeróbicos, atividades cognitivas e psicomotoras, e
técnicas da terapia específica da água através dos conceitos Halliwick e Bad Ragaz. Foram avaliadas habilidades cognitivas e
cinético-funcionais através da utilização dos Testes de Avaliação Funcional nas
Atividades da Vida Diária, Teste de Alcance Funcional, Mini
Exame do Estado Mental, Teste de Stroop, Teste
do Relógio e Teste de Fluência Verbal. A primeira bateria avaliativa foi
realizada em um momento pré-tratamento e as baterias subsequentes foram
aplicadas a cada 8 sessões ao longo dos 4 meses de intervenção, totalizando
assim, 5 baterias avaliativas. Ao final das 32 sessões, foi feita uma análise
comparativa de todos resultados encontrados para quantificar a eficácia do
tratamento e a evolução da paciente. Resultados: A paciente apresentou
aumento progressivo dos escores do Teste do Relógio, Teste de Fluência Verbal e
dos Testes de Avaliação Funcional das Atividades de Vida Diária até a Quarta
Avaliação, mantendo estes resultados na Avaliação Final. No Teste de Stroop os resultados foram ascendentes em todas as
avaliações. Houve uma pequena queda dos escores do Teste de Alcance Funcional e
do Mini Exame do Estado Mental na Quarta Avaliação,
que foi superado na Avaliação Final. Discussão: A termodinâmica, a
flutuabilidade e a viscosidade são princípios capazes de promover efeitos neuroterapêuticos importantes, possibilitando que
indivíduos com dificuldade de locomoção aumentem sua percepção proprioceptiva,
ampliem a aquisição de força, e consigam executar atividades funcionais com
maior facilidade e segurança em meio aquático, o que favorece a criação de um engrama motor [2-4]. Além disso, a imersão em água é uma
forma de estimulação sensorial multimodal capaz de modular a integração
sensório-motora e otimizar o processamento cerebral, facilitando assim a
reabilitação motora e cognitiva [5,6]. De forma complementar, o exercício
físico em meio aquático parece superar o terrestre em termos de secreção de
citocinas e neurotrofinas, em especial do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro [7]. Este, por sua vez tem
sido correlacionado com a melhora da cognição e ao aumento volumétrico do
hipocampo, região cerebral fortemente vinculada à memória e ao aprendizado
espacial [8]. Por fim, Sherlock et al. [9] sugere que o exercício
aquático conta com mecanismos de enriquecimento ambiental podendo ter maior
impacto sobre a cognição do que o exercício em solo. Esses achados justificam e
corroboram com os resultados expostos no presente estudo, uma vez que os testes
demonstram melhora dos parametros avaliados.
Conclusão: Conclui-se que a utilização de um programa específico de
Fisioterapia Aquática que envolva exercícios aeróbicos, atividades cognitivas e
psicomotoras, e técnicas de terapia específica da água foi capaz de melhorar a
motricidade geral e a cognição global do indivíduo portador de demência, assim
como aspectos pontuais das duas vertentes. Apesar da ausência de estudos que
revelem diretamente os motivos pelos quais a Fisioterapia Aquática mostrou-se
tão benéfica no quadro demencial exposto, uma vasta literatura se complementa
ao mostrar seu potencial no processo de reabilitação neurológica. Diante da
positiva repercussão do tratamento, sugere-se as futuras pesquisas sejam feitas
com amostras maiores, utilizem recursos de neuroimagem e investiguem os níveis
séricos de neurotrofinas em resposta a essa abordagem
na população com demência.
Palavras-chave: fisioterapia
aquática, demência, neurologia.
C10 = Teste de caminhada
de 10 metros; TUG = Timed up
and Go test; SL5 = Teste de
Sentar e Levantar de 5 repetições; LPDV = Levantar de Pé
partindo do Decúbito Ventral
Referências
3º Lugar
Análise da caminhada
dentro d’água em pessoas com doença de Parkinson: um estudo com acelerometria
Caroline de Cássia
Batista de Sousa1, Erico Leite Cavalcante1, Ana Vitória
de Morais Inocêncio1, Gustavo Ribeiro Porpino
Esteves1, Rafael José Rodrigues Silva Lucena1, Kétura Rhammá Cavalcante Ferreira1,
Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano2, Marco Aurélio
Benedetti Rodrigues1
1Grupo de Pesquisa
Engenharia Biomédica, UFPE, Recife/PE, 2Departamento de Anatomia
Humana, UFPE, Recife/PE, Brasil
Caroline de Cássia
Batista de Sousa: carolinecbsouza@gmail.com
Introdução: A doença de Parkinson
(DP) é uma doença neurodegenerativa, resultante de disfunções nos núcleos da
base, localizados no cérebro, relacionados com o controle da motricidade
automática. As características motoras básicas da DP são: bradicinesia, tremor
de repouso, instabilidade postural, perda dos reflexos posturais e o congelamento
ou Freezing que é marcado por uma repentina incapacidade
de iniciar ou continuar a andar. A técnica da identificação de movimentos
através da acelerometria pode ser usada para medir a
atividade física ou seu impacto nas estruturas do corpo humano, como nos
exercícios de marcha. Objetivo: Analisar e comparar a caminhada dentro e
fora da água em pessoas com Doença de Parkinson através da acelerometria.
Métodos: O estudo foi dividido em duas partes. A primeira parte foi a
adaptação de um equipamento para trabalhar com acelerometria
e utilização dentro da água. Visando essa atividade foi desenvolvido um sistema
composto por dois sensores de acelerometria
integrados a um microcontrolador com comunicação a um computador realizada
através do protocolo Bluetooth. A finalidade dessa comunicação sem fio é de
visualizar os resultados e armazená-los para uma possível análise estatística,
em um computador pessoal. Para impermeabilização e selagem do equipamento de
hardware, para o funcionamento dentro da água, foi utilizado um verniz
impermeabilizante e cola epoxi Araldite®.
A segunda parte foi a aplicação do instrumento através de um estudo piloto na
Clínica Rogério Antunes - Unidade Torreão/PE. Os acelerômetros foram colocados
na face interna do pé, embaixo do maléolo medial. A coleta de dados foi
realizada através do projeto previamente autorizado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa sob CAAE 86285418.7.0000.5208, onde foi analisada a caminhada dentro e
fora da água, por um percurso de 8 metros, de um indivíduo com diagnóstico de
Doença de Parkinson, com o auxílio da acelerometria. Resultados:
Com a acelerometria foi possível observar a cadência
e o comprimento, velocidade e altura do passo, bem como o tempo para realização
do teste dentro do ambiente aquático e fora dele. Quando comparado com a água,
houve um acréscimo de aproximadamente 14% na largura do passo do paciente e uma
redução de 52,8% da velocidade da caminhada. Houve também um aumento de 96,51%
no tempo utilizado para execução do teste. Durante o teste fora da água a
cadência observada foi de 46,31 passos por minuto e dentro da água foi de 20,73
passos por minuto. Conclusão: A partir dos dados analisados foi possível
observar que a caminhada em ambiente aquático proporcionou um aumento na
largura do passo e uma redução da velocidade do paciente comparada a caminhada
em solo. A cadência reduzida na caminhada dentro da água proporciona uma maior
estabilidade para o paciente durante a caminhada. Além destes resultados, foi
possível também validar a impermeabilização do instrumento, mostrando que uma
resina de uso cotidiano é efetiva.
Palavras-chave: hidroterapia, doença
de Parkinson, acelerometria.
4º Lugar
Efeitos da Fisioterapia
Aquática no índice de massa magra na síndrome de Guillain-Barré (SGB)- estudo de
caso
Maria Cristina
Parisotto¹, Adriana Maria Bufo², Antonio
Marcos Castro², Fernanda Campana¹, Bruna Plassa²
¹Universidade
Paulista-UNIP, Assis/SP, ²Clínica Spazio Plathanus, departamento de Hidroterapia, Marilia/SP
Email: que.mais@hotmail.com
Introdução: Paciente P.P.P.,
D.N.08/06/1971, sexo masculino, com história previa de Síndrome de
Guillain-Barré (SGB) diagnosticada em maio de 2013, que evolui para
tetraparesia flácida grau IV. Em 2015 procurou o serviço de Hidroterapia, em
cadeira de rodas, com maior comprometimento de hemicorpo a esquerda. Objetivo:
Comparar e analisar a eficácia de um programa de reabilitação aquática no
índice de massa magra, e consequente melhoria da independência funcional na
fase crônica após da SGB. Métodos: Trata-se de um estudo de caso
comparativo, através de analise sequenciada de janeiro de 2015 a julho de 2018,
do índice de massa livre de gordura (IMLG) total e por segmento corporal, e
taxa metabólica basal com exame de Bioimpedância elétrica (BIA) InBody230, escala
de Medida de Independência Funcional (MIF), e Escala de severidade de Fadiga
(ESF). Foi submetido a protocolo de fisioterapia aquática na Clínica Spazio Plathanus, até julho de
2018, com sessões de 50 minutos em média, alternando trabalho de alta intensidade,
em 2 dias da semana. Resultados: Após período de tratamento, observou-se
melhora da força muscular em MMII, e do equilíbrio, com adequação do andador
para a marcha, evoluindo para muleta canadense. O reflexo foi observado nos
resultados de BIA, e nas escalas MIF e ESF. No que se refere ao trabalho de
alta intensidade (HIIT) e baixo volume, que usa intensidades próximas do máximo
em sessões de curta duração, ele parece gerar maior estimulação periférica
local do músculo esquelético, melhorar a composição corporal e aumentar a saúde
cardiorrespiratória, porém deve ser utilizado com critérios de execução, uma
vez que a fadiga pode sobrecarregar a unidade motora, que pode resultar em
reversões no IMLG. Conclusão: A análise constante do quadro evolutivo do
paciente, balizou a utilização de recursos no processo de reabilitação aquática
para aumentar IMLG, facilitando a melhora da independência nas atividades da
vida diária e a aptidão muscular. No entanto, a literatura apresenta lacunas, e
essa área requer mais estudos, de maior qualidade metodológica.
Palavras-chave: Fisioterapia
aquática, síndrome de Guillain-Barré, treinamento intervalado de alta
intensidade.
5º Lugar
Avaliação do equilíbrio
em ambiente aquático através da acelerometria em
paciente pós acidente vascular cerebral (AVC)
Amanda Maria da Conceição1,
Caroline de Cássia Batista de Souza2, Maria Clara Porfirio de Souza2,
Kétura Rhammá Cavalcante
Ferreira1, Leiliane Patrícia Gomes de
Macêdo2, Malki-çedheq Benjamim Celso da
Silva Silva1, Ana Vitória de Morais Inocêncio1, Marco
Aurélio Benedetti Rodrigues3
1Grupo de Pesquisa
Engenharia Biomédica, UFPE, Recife, 2Fisioterapeuta; Faculdade São
Miguel, Recife, 3Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Amanda Maria da
Conceição: amanda.1fisio@hotmail.com
Introdução: O Acidente Vascular
Cerebral (AVC) é caracterizado como um déficit focal neurológico, de causa
presumida vascular, com início súbito, de duração superior a 24 horas ou que
leve o paciente a óbito. O AVC Compromete o Sistema Nervoso Central (SNC) sendo
responsável por uma série de lesões que podem ser transitórias ou permanentes e
que comumente deixam sequelas como o déficit de equilíbrio. O acelerômetro é um
instrumento utilizado para mensurar a aceleração, onde pode-se calcular a
velocidade dos movimentos, a partir das oscilações do corpo, podendo ser
empregado na avaliação do equilíbrio. Objetivo: Avaliar o equilíbrio
após um AVC, através da acelerometria em ambiente
aquático. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo piloto. A pesquisa foi
composta por duas etapas sendo a primeira o desenvolvimento e adaptação de um
equipamento para a aquisição e o armazenamento dos sinais através de
acelerômetros, realizado em um laboratório devidamente equipado. O sistema é
composto por dois sensores de acelerometria
integrados a um microcontrolador com comunicação a um computador através do
protocolo Bluetooth. A segunda parte foi a aplicabilidade do instrumento dentro
da água. e a sua verificação de funcionamento. Para impermeabilização e selagem
do sistema foi utilizado um verniz impermeabilizante e cola epóxi Araldite®. O Acelerômetro foi colocado na região lombar da
paciente, o equilíbrio foi avaliado mediante uma caminhada de 8 metros na água
e em solo através da análise do sinal de acelerometria.
A coleta de dados foi realizada através do projeto previamente autorizado pelo
comitê de ética sob CAAE 86285418.7.0000.5208. O estudo foi realizado na
clínica Rogério Antunes, unidade Torreão Recife/PE, em parceria com a
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Resultados: Diante das
disfunções encontradas na caminhada decorrente do déficit de equilíbrio,
comumente observado após um AVC, realizou-se uma caminhada em ambiente aquático
a fim de avaliar o equilíbrio. O diferencial da pesquisa foi a utilização do
acelerômetro para verificar sua usabilidade como ferramenta de auxílio na
avaliação do equilíbrio dentro da água. O equipamento utilizado possibilitou
observar a velocidade do passo e o deslocamento do centro de massa da paciente
durante a caminhada dentro da água através da variação da acelerometria
nos três eixos (XYZ). EM relação ao equilíbrio pode-se identificar que a
variação do centro de massa é menor durante o exercício dentro da água que fora
da água, tornando a caminhada mais constante, sem variações abrutas ou
desequilíbrios rápidos. A caminhada dentro da água foi realizada durante 8m,
perfazendo um tempo médio de 23,24 segundos para completar o percurso. Assim a
velocidade média para esse percurso foi de 0,344 m/s. Conclusão: Após a
análise dos dados pôde-se concluir que o instrumento, utilizando acelerômetros,
pode ser eficaz na avaliação do equilíbrio durante a caminhada em ambiente
aquático. Conclui-se com a utilização do equipamento, que o exercício dentro da
água proporciona ao paciente um exercício mais estável e com menores variações
em relação ao centro de massa.
Palavras-chave:
acidente vascular cerebral, equilíbrio, acelerometria.
6º Lugar
Reabilitação aquática
em criança com miosite ossificante:
relato de caso
Kétura Rhammá
Cavalcante Ferreira1, Izaura Muniz Azevedo2,
Rogério Azevedo Antunes Pereira3
1Mestranda do Programa
de Pós-graduação em Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Pernambuco,
2Mestranda do Programa de Pós-graduação em Gerontologia da Universidade
Federal de Pernambuco, 3Especialista em traumato-ortopedia
(COFFITO), docente do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia Aquática
Kétura Rhammá
Cavalcante Ferreira: ketura.cavalcante@hotmail.com
Introdução: Uma situação
patológica onde há formação de tecido ósseo, no qual não deveria existir é
chamada de ossificação heterotópica e pode ser
ocasionada por traumas ou distúrbios genéticos. A miosite
ossificante decorrente de traumas em músculos estriados
esqueléticos, desencadeiam um processo de calcificação e posterior ossificação.
Levando a atrofia muscular, rigidez, dor e consequentemente diminuição da
amplitude de movimento. Comumente sua manifestação corresponde de 60 a 70
porcento dos casos, havendo predominância no gênero masculino e em membros inferiores.
A fisioterapia aquática aponta como estratégia para os achados clínicos de
pacientes com miosite ossificante,
em detrimento de seus efeitos fisiológicos e propriedades físicas da água,
auxiliando no processo de reabilitação. Objetivo: Relatar o caso de uma
criança com miosite ossificante
traumática, submetida ao atendimento fisioterapêutico em meio aquático,
apresentando as manifestações clínicas antes da intervenção e os ganhos
advindos da reabilitação através da análise dos ângulos (goniometria).
Métodos: Trata-se de um relato de caso realizado com uma criança do
gênero masculino, com sintomatologia álgica, diminuição de amplitude de
movimento e edema em membro inferior, ocasionados após evento traumático. A
criança não recebeu nenhum tipo de intervenção fisioterápica no período de seis
meses após a lesão. O menor foi atendido na Clínica Rogério Antunes, em
Recife/PE, onde passou por uma avaliação inicial no serviço de fisioterapia e
foi encaminhado ao setor de fisioterapia aquática. A intervenção com a
fisioterapia aquática ocorreu por um período aproximado de três meses, uma vez
por semana, com duração de trinta minutos cada sessão. Durante as sessões, o
limiar de dor e desconforto do paciente foi respeitado, levando em consideração
a escala analógica de dor. Foram atribuídos exercícios com enfoque na amplitude
de movimento, mobilizações, manipulações, estimulação sensorial, fortalecimento
de membros inferiores, treino proprioceptivo e treino de marcha, com o
equilíbrio estático e dinâmico. Resultados: O trauma, como fator causal,
repercutiu em: edema, alteração sensorial, rigidez e alterações biomecânicas,
ocasionando uma precária funcionalidade da articulação do joelho esquerdo do
menor. Com a reabilitação aquática, houve ganho na amplitude de movimento para
110° de flexão no joelho esquerdo, equiparando-se ao joelho direito,
fortalecimento muscular e ausência de edema. Conclusão: Em decorrência
das propriedades físicas da água e dos efeitos fisiológicos da imersão, os
quais favorecem a redistribuição do fluxo sanguíneo e diminuição da
sensibilidade nas terminações nervosas, o meio aquático possibilitou minimizar
o quadro álgico durante os manuseios, estimular sensorialmente, aumentar a
flexibilidade e amplitude do movimento, assim como, aquisições na propriocepção
e fortalecimento muscular do paciente. Evidenciou-se a contribuição da
fisioterapia aquática gerando impacto direto na diminuição da sobrecarga
articular e amenizando as atitudes compensatórias, oferecendo maior mobilidade
e funcionalidade ao menor.
Palavras-chave: hidroterapia, miosite ossificante
7º Lugar
Influência da Fisioterapia
Aquática no risco de queda em idosos: ensaio clínico
Christye Ramos da Silva¹, Ana
Paula Radies Adames¹, Bianca Muniz¹, João Pedro Delgado de Almeida¹, Marina
Fortuna Lucas², Erica Cardaretti do Nascimento
Vieira¹, Fernanda Manaia Gonçalves Chaves², Igor da
Silva Diniz Brauns²
¹Centro de Saúde Veiga
de Almeida (CSVA/UVA), Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro/RJ,
²Laboratório de mapeamento Cerebral de Integração Sensório Motora, Instituto de
Psquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(IPUB/UFRJ), Rio de Janeiro/RJ.
Christye Ramos da Silva: christyeramos@yahoo.com.br
Introdução: Ao
envelhecermos, nosso corpo passa por algumas alterações. Essa mudança sistêmica
reflete em um aumento na predisposição de queda em indivíduos com idade mais
avançada, segundo o Datasus 2012 [1] a internação
hospitalar por queda na população idosa foi a mais elevada especialmente em
indivíduos com 70 anos ou mais, alcançando uma taxa de 57,53 a cada 10.000
habitantes brasileiros. Visto que, a queda é uma consequência da incapacidade
dos sistemas de controle postural em adequarem-se a uma perturbação em decorrência
da deterioração ocasionada nos sistemas sensoriais, neurais e/ou
musculoesquelético ocasionados pelo envelhecimento [2]. Objetivo: Verificar
a influência do protocolo de Fisioterapia aquática no risco de queda em idosos
e analisar as diferenças dos valores dos testes funcionais (Timed
up and go test, sentar e levantar em 30
segundos e alcance funcional) após 6 meses de acompanhamento. Metodologia: Estudo
experimental, ensaio clínico. Realizado no Centro de Saúde da Universidade
Veiga de Almeida (CSVA). Participaram do estudo idosos acima de 60 anos que
relataram queda nos 6 meses antecedentes a intervenção e que concordaram em
participar voluntariamente do estudo através da assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, CAAE 80453417.8.0000.5291. Foram excluídos
indivíduos que realizavam outros tipos de tratamentos paralelos a Fisioterapia
Aquática, doenças neurológicas, incontinência fecal e/ou urinária. O grupo foi
submetido a 30 sessões de Fisioterapia Aquática, com duração de 50 minutos cada
e frequência de 2 vezes/semana. O tratamento consistiu em exercícios aeróbios
nos primeiros 16 minutos e técnicas da terapia específica da água ao decorrer
dos 34 minutos que consistiram em Controle de Rotação de Halliwick
e Método de Anéis de Bad Ragaz.
A piscina manteve-se com a temperatura de 33° graus em todos os atendimentos. A
análise estatística foi realizada através do MedCalc
Software versão 14.0. A distribuição dos dados foi analisada pelo teste
Shapiro-Willk (p<0,05), assumindo a normalidade.
Foi utilizado o Teste Anova para medidas repetidas para avaliar as diferenças
de variância para o grupo em momentos distintos (4 avaliações com intervalo de
10 sessões) através das variáveis Timed Up and Go, Alcance Funcional e Sentar e Levantar em 30 segundos. Resultados: Os
resultados encontrados apontaram diferença significativa (p>0,05) entre as
avaliações para todos os testes aplicados. No teste de alcance funcional, foi
observada uma média inicial (média ± dp 22,23 ± 9,33)
apresentando aumento constante e significativo em centímetros na segunda (média
± dp 26,76 ± 11,12) e na terceira avaliação (média ± dp 29,88 ± 8,99), com maior diferença na quarta avaliação,
intervalo de 30 sessões, onde os pacientes atingiram uma média (média ± dp 34,47 ± 9,19). No teste de sentar e levantar em 30
segundos, foi observada uma média inicial (média ± dp
9,11 ± 10,76) repetições, também com evolução crescente de desempenho na
segunda (média ± dp 10,76 ± 3,88) e terceira
avaliação (média ± dp 12,05±3,54) e na quarta avaliação
os pacientes atingiram o maior valor de repetições (média ± dp
13 ± 4,25). No Timed Up and Go Test, foi observada uma média inicial (média ± dp 15,64±9,88) segundos que apresentou redução para o
segundo e terceiro teste e na quarta avaliação os pacientes atingiram o menor
tempo em segundos (média ± dp 9,17 ± 5,51) o que
significa melhor execução do teste, ou seja, percorreram o mesmo trajeto em
menos tempo. Conclusão: Através desse ensaio clinico podemos
evidenciar a eficácia da Fisioterapia aquática na redução do risco de queda dos
participantes, baseado na melhora dos testes funcionais e da correlação dos
valores de predição de queda de cada teste utilizado que, antes incluíam os
indivíduos em valores preditos a alto risco de quedas e ao final das 30 sessões
os participantes alcançaram valores de classificação para baixo risco de
quedas, acreditamos que a Fisioterapia Aquática proporcionou melhora na
velocidade da marcha, maior força em membros inferiores e melhora do controle
de tronco contribuindo para a integridade do equilíbrio estático e dinâmico.
Consequentemente acreditamos que a reintegração desses indivíduos às suas
atividades pode ser influenciada positivamente, amenizando assim, os efeitos do
envelhecimento, reduzindo a morbidade, mortalidade e patologias secundárias à
queda. O ambiente aquático demonstrou grande efetividade no potencial para
facilitar o controle de movimento durante as transferências através da
lentificação dos movimentos dentro desse meio promovido pelas propriedades físicas
da água, permitindo que os indivíduos errassem e acertassem, estimulando o
efeito aprendizagem, possibilitando uma melhora da experimentação e programação
motora.
Palavras-chave: Fisioterapia
aquática, redução de queda, idosos.
Referências
8º Lugar
Efeitos da Fisioterapia
Aquática no tratamento da síndrome da fibromialgia em mulheres: uma revisão
Rubenyta Podmelle1, Veridiane Freitas1, Edleuza
Cabral Silva1, Amanda Maria Conceição2
1Faculdade São Miguel,
Recife/PE, 2Grupo de Pesquisa Engenharia Biomédica, Recife/PE, UFPE
Email: rmartins63@hotmail.com
Introdução: A Síndrome da
Fibromialgia é uma síndrome não inflamatória muito frequente, caracterizada por
dor muscular difusa associada à dor em pontos superficiais específicos (tender
points) e fadiga. Os sintomas mais frequentes são distúrbios do sono, rigidez articular
matinal, ansiedade e depressão. A população acometida por essa síndrome é
composta, em sua maioria, por mulheres, numa proporção de 6-10, atingindo
principalmente pacientes adultos jovens e idosos, com idade entre 30 e 60 anos.
A fisioterapia aquática mostra-se eficaz, no controle do quadro álgico e na
manutenção da funcionalidade dos pacientes. apresentando efeitos benéficos,
pois trata-se de uma abordagem terapêutica que utiliza exercícios em meio
aquático aquecido proporcionando o alívio dos sintomas. Objetivo:
Avaliar os benefícios da fisioterapia aquática no tratamento de mulheres com a
Síndrome da Fibromialgia. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo revisão
de literatura, utilizando as bases de dados LILACS, SCIELO, PubMed,
o portal de dados Biblioteca Virtual em Saúde. Para as buscas das referências
foram selecionados artigos publicados no período entre 2009 e 2018.
Definiram-se como descritores: sistema musculoesquelético, fibromialgia,
hidroterapia e seus correlatos nos idiomas, inglês espanhol. Tivemos como
critérios de inclusão: estudos que abordaram a Fisioterapia Aquática como
tratamento para a fibromialgia em mulheres. Foram adotados como critérios de
exclusão: estudos que abordassem outras patologias associadas à fibromialgia
nas quais os sintomas se confundam, bem estudos que abordaram fibromialgia em
outro tipo de população. Resultados: Foram encontradas 160 referencias
na combinação dos descritores, das quais 54 foram selecionadas após a leitura
dos títulos e dos resumos, após serem aplicados os critérios de elegibilidade 8
referencias permaneceram para análise final. As pesquisas realizadas para o
presente estudo mostraram que a fisioterapia aquática melhora a qualidade de
vida de mulheres acometida pela fibromialgia. A imersão no ambiente aquático
promove uma melhora na circulação sanguínea e diminuição dos espasmos, além de
minimizar os sintomas dolorosos. Conclusão: Diante do exposto,
constatou-se que a fisioterapia aquática proporciona uma melhora relevante do
quadro clínico da fibromialgia. A melhora do quadro deve-se aos vários
benefícios obtidos, como: a promoção do alívio das dores e relaxamento
muscular, a redução da rigidez articular, atenuação dos níveis de ansiedade e
auxílio no controle do sono. Como limitação, vale ressaltar que os estudos
encontrados não apresentaram com clareza os exercícios realizados durante as
sessões de fisioterapia aquática. Sugere-se novos estudos de intervenção em que
os exercícios aquáticos utilizados sejam descritos com clareza, para, assim,
permitir a construção de uma prática baseada em evidências.
Palavras-chave:
Hidroterapia, sistema musculoesquelético, fibromialgia
Análise autonômica
cardíaca (domínio frequência) em idosos submetidos a exercícios na água
Sousa EGD¹, Gouveia GPM2,
Castro LTG1, Silva PA¹, Araújo RL1, Oliveira TR¹
1Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI, 2Coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisioterapia
Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT
Email:
laryssatheodora@hotmail.com
Introdução: A variabilidade da
frequência cardíaca (VFC) é um importante marcador da atividade cardíaca
neural. Como ocorre com a capacidade aeróbia, a VFC diminui durante o processo
de envelhecimento devido a alterações do SNA. Alguns fatores, incluindo a
prática de exercício físico regular, parecem atenuar essas adaptações. Tem sido
referido que a prática de exercício físico em nível moderado pode aumentar a
modulação vagal. Objetivo: Analisar a influência do exercício aquático
em piscina aquecida na variabilidade da frequência cardíaca no domínio
frequência: Transformada Rápida de Fourier (FFT). Métodos: O presente
trabalho tratou-se de um estudo intervencionista, descritivo, transversal de
caráter quantitativo. Estiveram envolvidos 12 sujeitos com idade média de 67,77
± 5,94 (60-78) anos, residentes no município de Parnaíba-PI, sob aprovação do
Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí/PI, com parecer número
2.379.589. Verificou-se a VFC domínio frequência nos voluntários, sendo
monitorada por um frequencímetro Polar Rs800x® antes e após cada intervenção,
utilizando-se da técnica de análise espectral da variabilidade cardíaca. O
protocolo constituiu-se de uma série de alongamento, exercícios resistidos para
membros superiores e inferiores, equilíbrio e relaxamento, executados duas
vezes por semana durante seis semanas. O protocolo consistiu em aquecimento
(caminhada frontal, lateral e estacionária) por 5 minutos, alongamentos por 30
segundos de cada grupamento muscular e fortalecimento deles, equilíbrio e
propriocepção com apoio unipodal em superfície
instável, marcha estática, um pé a frente do outro sobre uma superfície
instável durante 30 segundos e relaxamento por 5 minutos. Realizou-se o teste descritivo
e o de normalidade de Shapiro-Wilk que confirmou uma distribuição normal para
as variáveis em estudo, obtendo p > 0,05, sendo utilizado o teste t pareado.
Resultados: Ao inferir dados da variabilidade da frequência cardíaca,
antes e após, o protocolo de exercícios resistidos, quanto às variáveis LF, HF
e a relação LF/HF da transformada rápida de Fourier, por meio do teste t
pareado, não obteve significância estatística para referidas variáveis,
apresentando valores de p = 0,088; 0,372 e 0,569, respectivamente. Conclusão:
Conclui-se que o protocolo realizado não refletiu na redução do tônus vagal
cardíaco, não havendo aumento da frequência cardíaca, possibilitando
atendimento seguro ao grupo estudado.
Palavras-chave: Idosos, sistema
nervoso, hidroterapia.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática para alívio da dor no período pós-operatório do paciente com paralisia
cerebral grave: série de casos
Barbosa JLR1,
Castro CR2, Braga DM3
1Fisioterapeuta do setor
de fisioterapia aquática da AACD, São Paulo/SP, 2Fisioterapeuta do
setor de fisioterapia aquática da AACD, São Paulo, SP, 3Coordenador
do serviço de fisioterapia aquática da AACD, São Paulo/SP
Email
jluis-fisio@hotmail.com
Introdução: A Paralisia Cerebral
(PC) descreve um grupo de desordens permanentes do movimento e da postura. A
prevalência de luxação do quadril na PC varia entre 3 e 60% nos pacientes
tetraparéticos ou GMFCS (Gross Motor Function Classification System) níveis III, IV, e V. Entre os
problemas desencadeados pela luxação do quadril se destaca o aumento da
morbidade em termos de dor. A fisioterapia aquática é uma modalidade
terapêutica a mais para atuar no quadro álgico e os efeitos da imersão podem
influenciar nos níveis de dor. Objetivo: Avaliar a eficácia da
fisioterapia aquática no controle da dor em pacientes com PC no pós-operatório
de cirurgia ortopédica de quadril. Métodos: Foi realizado um estudo
clínico na AACD, no setor da fisioterapia aquática aprovado pelo comitê de
ética, sob o Parecer: 1.936.086/2017. A amostra foi constituída por pacientes
com diagnóstico de PC do tipo tetraparesia espástica GMFCS V, submetidos a
cirurgias ortopédicas de quadril. Foram excluídos pacientes que apresentavam
instabilidade clínica e não consolidação óssea. Inicialmente os pais
responderam 03 questionários: a Escala Visual Analógica (EVA) relacionado a
impressão dos pais quanto a intensidade da dor durante o manuseio da criança
após o procedimento cirúrgico, questionário Child
Health Questionnare (CHQ – PF50) relacionado à
qualidade de vida e NOPPAIN um instrumento utilizado para avaliar a dor em
pacientes não comunicativos. Foi monitorado os itens de dor a cada 2 semanas
até o término das 12 semanas. O programa de intervenção na fisioterapia aquática
consistia em sessões de 35 minutos, 2 vezes por semana durante 12 semanas, a
temperatura da água entre 33,5C° e 34,5C°. Foi aplicado um protocolo composto
por massagem, mobilização articular dos membros inferiores, alongamento
muscular dos flexores e adutores de quadris. Para caracterização da amostra foi
utilizada media e porcentagem, para as variáveis intensidade da dor na opinião
dos pais mensuradas através das escalas: EVA da dor e Noppain
no momento pré, na segunda semana e pós-período de
intervenção foi utilizado o teste de Wilcoxon (p <
0,05), o tamanho do efeito (d de Cohen) foi calculado para verificar o impacto
do Programa de intervenção nos parâmetros intensidade da dor (EVA/Noppain) e qualidade de vida (CHQ – PF50). Resultados:
Participaram do estudo 3 pacientes de ambos os sexos, duas mulheres e um homem,
com faixa etária média de 15 anos de idade que iniciaram a fisioterapia
aquática após 77 dias, todos já recebiam medicação para dor, mas apresentavam
queixa de dor relatado pelos cuidadores após cirurgia. A dor é o principal
desfecho desta pesquisa, pois muitos pacientes relatam no pós-operatório de
quadril, sendo está responsável por alterações fisiológicas e emocionais, se
não adequadamente controlado, pode resultar em sofrimento e exposição dos
doentes a riscos desnecessários. Achados na literatura reforçam a ideia de que
um dos principais efeitos do corpo em imersão é a analgesia. Nesse estudo
verificou-se através da EVA que ocorreu uma redução gradativa da dor após 12
semanas (p = 0,043) de fisioterapia aquática (cohen =
0,99), sendo o pico de percepção de queixa álgica após duas semanas (p = 0,033;
cohen = 0,98). Dados estes que coincidem com os
resultados da NOPPAIN inicial e após 12 semanas (p= 0,046; cohen
= 0,99), e após duas semanas observamos diminuição do pico de percepção de queixa
álgica de 45,4% porém não sensível no Noppain (p = 0,01; cohen = 0,95).
Podemos relacionar a alguns fatores, a modulação da dor é influenciada pelo
aumento do limiar da dor, acreditamos que este benefício ocorreu devido às
propriedades físicas da água como a temperatura e a turbulência. Além disso, há
um efeito de relaxamento do tônus muscular, que pode ocorrer devido à
vasodilatação e diminuição da sobrecarga corporal, que atuam na tensão muscular
exacerbada. Observamos melhora da qualidade de vida (55,49%), CHQ – PF50
inicial e final (cohen = 0,33), que impacta
significativamente na Saúde global (cohen = 0,55),
Comportamento (cohen = 0,51) e Alteração de saúde (cohen = 0,72). O item 5 da escala, que avalia a dor
corporal (p = 0,463; cohen = 0,97), vai de encontro
com os resultados da escala EVA e NOPPAIN, fatores estes que interferiram
positivamente nos itens Impacto emocional nos pais (cohen=
0,47) e Impacto no tempo dos pais (cohen 0,45), pois
acreditamos que a redução da dor repercutiu na redução do tempo de cuidados dos
responsáveis dedicados as crianças. Conclusão: Verificamos que a
fisioterapia aquática foi eficaz no controle da dor em pacientes com PC GMFCS V
no pós-operatório de cirurgia ortopédica de quadril influenciando na qualidade
de vida.
Palavras-chave: paralisia cerebral,
hidroterapia.
Efeitos de exercícios
aquáticos adaptados no equilíbrio e na qualidade de vida de deficientes
visuais: série de casos
Sarah Santiago Lenci1,
Nuno Miguel Lopes Oliveira2, Suraya Gomes
Novais Shimano3
1Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, 2Departamento de Fisioterapia
Aplicada, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG
Email:
sarahsantiagolenci@gmail.com
Introdução: A deficiência visual
somada ao sedentarismo resulta em alterações, como perda de equilíbrio e
consequentemente gera impactos na qualidade de vida. Objetivos: Avaliar
o efeito de um programa adaptado de fisioterapia aquática no equilíbrio e na
qualidade de vida de deficientes visuais. Métodos:
Este estudo foi realizado
no Instituto de Cegos do Brasil Central, aprovado pelo comitê de
ética local
(no 2.496.643). Participaram desta série de casos quatro
deficientes visuais
considerados ativos pelo IPAQ que realizaram fisioterapia
aquática por um
período de 12 semanas, duas vezes por semana, com tempo de 60
minutos por
sessão. O protocolo de exercícios foi elaborado contendo
comandos verbais e
táteis, divididos em três etapas: 20 minutos de
aquecimento, 30 minutos de exercícios
para equilíbrio e coordenação e 10 minutos de
alongamento. Foi realizada uma
avaliação inicial(AI), uma avaliação
após 6 semanas de intervenção(AV6) e após
12 semanas (AV12), para avaliar o equilíbrio e a qualidade de
vida foram
utilizados o teste de Berg, Romberg, Alcance
funcional e o questionário Whoqol-bref que considera
os domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Os dados
foram organizados e uma análise descritiva dos resultados das variáveis foi
realizada e apresentada em valores percentuais. A relevância clínica foi avaliada
utilizando o teste D de Cohen para grupos dependentes. Resultados: No
equilíbrio corporal, todos apresentaram pontuação máxima em todas as avaliações
que foram realizadas, não evidenciando déficit de equilíbrio, que é esperado em
pessoas com deficiência visual, e havendo manutenção deste. O mesmo ocorreu no
equilíbrio avaliado pelo teste de Romberg. Já no
teste de Alcance Funcional houve um aumento de 5,28% na AV6 e 11,75% na AV12,
porém apresentando pouca relevância clínica. A qualidade de vida pode sofrer
influência de fatores externos, não relacionados diretamente ao tipo de
exercício realizado. Isto ocorreu em alguns domínios, que apresentaram piora
nos resultados. Porém o domínio social, que demonstrou melhora reflete os
ganhos obtidos em um trabalho, que apesar de ter acompanhamento individualizado
é realizado em grupo. Com relação à qualidade de vida, o domínio físico teve
declínio na AV6 e AV12 em relação à AI, sendo clinicamente relevante. O domínio
psicológico manteve-se inalterado. No domínio social houve melhora nos
resultados na AV6 e na AV12, porém com pequena relevância clínica. No domínio
ambiental ocorreu piora na AV6 e na AV12, com grande relevância clínica. Estes
resultados refletiram na qualidade de vida total, que obteve declínio na AV6,
mas melhorou na AV12. Conclusão: Sugere-se que a fisioterapia aquática
adaptada para pessoas com deficiência visual promove a manutenção do equilíbrio
corporal e melhora na percepção das relações sociais.
Palavras-chave:
fisioterapia aquática, deficiência visual, equilíbrio.
Os benefícios da
Fisioterapia Aquática para crianças portadoras do transtorno do espectro
autista: uma revisão sistemática
Lambertucci MS1, Araújo
TM1, Borin PLH2
¹Programa de pós-graduação
em reabilitação aquática no Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo/SP,
2Fisioterapeuta aquática no Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo/SP
Email:
marianasivieri@gmail.com
Introdução: O transtorno do
espectro autista é um transtorno do neurodesenvolvimento que possui como características
dificuldades na comunicação e interação social. Atualmente a literatura mostra
que esses indivíduos também apresentam alterações motoras como a alteração
postural, dispraxia, distribuição de peso anormal,
atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, alterações em tônus muscular, e de
movimentos sincronizados de marcha. O meio líquido é descrito como um ambiente
que permite várias sensações e ações favorecendo tanto a percepção sensorial e
ambiental como também favorece a ação motora. A fisioterapia aquática através
de suas propriedades físicas é aplicável aos distúrbios motores e cognitivos,
trazendo componentes motores e lúdicos, tornando-se uma indicação para
tratamentos a pacientes com autismo. Objetivo: Evidenciar os benefícios
da fisioterapia aquática no tratamento de crianças autistas. Métodos: Os
estudos foram selecionados por meio de pesquisa bibliográfica eletrônica no
browser Google Scholar e nas bases de dados PubMed e
SciELO, incluindo publicações feitas entre janeiro de 2008 a março de 2018
limitando a busca para artigos em inglês, espanhol e português. Resultados:
Usando os descritores de saúde foi realizada a busca ampla totalizando 1.289
artigos. Excluídos 1.276 por título, 7 artigos por serem estudos de caso e
revisões, foram selecionados 7 artigos para leitura na íntegra. Segundo
critérios de inclusão e exclusão, 1 artigo foi excluído totalizando assim 6
artigos inclusos no presente estudo. Todos os artigos apresentaram resultados
positivos em aspectos motores como força muscular, melhora cardiovascular,
melhora de equilíbrio. Nos aspectos comportamentais observou-se melhora da
interação social, estilo e qualidade de vida. Além disso, em todos os artigos
houve melhora também nas habilidades aquáticas. Conclusão: os estudos
selecionados mostram que a fisioterapia aquática é de grande valia para
pacientes autistas devido aos seus impactos em todos os âmbitos motores,
sociais e cognitivos, trazendo maior funcionalidade e qualidade de vida a estes
pacientes.
Palavras-chave: hidroterapia,
criança, autismo.
Efetividade da
Fisioterapia Aquática no tratamento da dor lombar crônica inespecífica em
idosos: revisão sistemática com metanálise
Soares ML1,
Pinheiro F2
1Programa de Pós-Graduação
em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal de Pernambuco,
Recife/PE, 2Centro Universitário Brasileiro, Recife/ PE
E-mail:
luanatsousa@gmail.com
Introdução: A dor lombar crônica
inespecífica pode ser definida como a dor contínua ou recorrente com duração
mínima de três meses estendendo-se da região infra-glútea
à 12ª vértebra torácica. De etiologia idiopática, não desaparece com
procedimentos terapêuticos convencionais, sendo causa de incapacidades e
inabilidades prolongadas. A fisioterapia aquática compõe um dos recursos do
tratamento conservador utilizado na reabilitação desses pacientes. Objetivo:
Verificar a efetividade da fisioterapia aquática no tratamento da dor lombar
crônica inespecífica em idosos. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática
nas bases de dados Medline, Lilacs, PEDro e Web of Science, incluindo
publicações nos idiomas inglês, português e espanhol. A pesquisa nas bases de
dados foi realizada no período de maio à junho de 2018, sem restrição temporal,
avaliando os desfechos: dor, amplitude de movimento, rigidez e capacidade
aeróbica; Como critérios de elegibilidade, os artigos incluídos foram do tipo
ensaio clínico randomizado e que abordassem a fisioterapia aquática como
recurso de tratamento para dor lombar crônica inespecífica em idosos; Foram
excluídos artigos que abordavam intervenções cirúrgicas, artigos de revisão e
artigos experimentais. A estratégia de busca foi efetuada baseada nas
recomendações do The Prisma Statement, onde cada
etapa do estudo foi realizada por dois revisores de forma independente e, posteriormente,
comparada. A qualidade metodológica dos artigos selecionados foi avaliada
segundo critérios da Cochrane Colaboration, com
análise do risco de viés pela Cochrane Risk of Bias
Assessment Tool (aleatorização, sigilo de alocação,
cegamento de participantes, mascaramento do avaliador e intenção de tratar) e
da qualidade da evidência pelo sistema de avaliação proposto por Tugwell (Platinum, Gold, Silver e Bronze). Para avaliar o
percentual de concordância entre os revisores foi utilizado o coeficiente de
Kappa e para a Metanálise a diferença média ou a
diferença média padronizada, com intervalo de confiança de 95%. Para as
análises foi utilizado o programa SPSS e para a Metanálise
o RevMan 5.1, apresentando significância estatística
quando p < 0,05. Resultados: Foram encontrados 342 artigos, 20 foram
excluídos por estarem duplicados. Dos 322 selecionados 302 foram excluídos por
não se adequarem aos critérios de inclusão. Dos 40 artigos elegíveis, 21 foram
excluídos pelo título/resumo e 19 lidos na íntegra. Destes, 4 foram excluídos
por não se tratar de ensaio clínico e 3 por associar a fisioterapia aquática a
intervenção cirúrgica. Os programas de fisioterapia aquática variavam de 3 a 32
semanas, 2 a 5 vezes por semana, com uma maior prevalência do gênero feminino.
De acordo com risco de viés, quanto ao item alocação 4 apresentaram alto risco
de viés, 2 risco indeterminado e 6 baixo risco; Quanto ao item sigilo de
alocação 8 apresentaram alto risco, 2 risco indeterminado e 2 baixo risco;
Quanto ao item mascaramento do avaliador 7 apresentaram alto risco de viés, 3
risco indeterminado e 2 baixo risco; Quanto ao item intenção de tratar 5
apresentaram alto risco e 7 baixo risco. A concordância intra-avaliadores
variou de 0,63 a 0,84, com índice de Kappa de 0,8. Para o desfecho dor foi
encontrado uma diferença da média de -1,58 (p<0,002) e para o desfecho
amplitude de movimento uma diferença da média de 2,54 (p<0,03), não
apresentando significância para os demais desfechos avaliados. A evidência
dessa revisão foi classificada como Silver. A aplicabilidade da fisioterapia
aquática aponta que a mecânica dos fluidos, a temperatura da água, o tipo de
exercício (adequado a sua intensidade, duração e frequência) e a experiência do
profissional são os principais itens que explicam como a hidrocinesioterapia
promove o reparo tecidual, promovendo a melhora da sensibilidade central e uma
inibição adequada do quadro álgico. Conclusão: A fisioterapia aquática é
um dos recursos amplamente empregados na reabilitação de pacientes com dor
lombar crônica inespecífica. Nas suas implicações para a prática clínica os
artigos demonstraram que a utilização da hidrocinesioterapia
promoveu uma melhora significativa na dor e na amplitude de movimento em idosos
com dor lombar crônica. Os demais desfechos não apresentaram resultados
estatisticamente significantes e podem ter sido influenciados pelo baixo rigor
metodológico dos estudos incluídos na metanálise.
Desfechos como força muscular, melhora na funcionalidade e na qualidade de vida
são um bom ponto de partida para novas pesquisas e, mesmo que alguns riscos de
viés diminuam a relevância dos achados, não se tira o mérito do recurso ser
benéfico para o público em questão.
Palavras-chave: dor crônica,
hidroterapia, modalidades de fisioterapia
Efeitos do método Watsu em crianças em idade escolar com asma moderada:
ensaio clínico randomizado controlado
Soares ML¹, Lima PF²
1Programa de
Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal de
Pernambuco, Recife/PE, 2Centro Universitário Brasileiro, Recife/PE
Email: luanatsousa@gmail.com
Introdução: A asma é uma doença
inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade
das vias aéreas inferiores e por limitação variável do fluxo aéreo, reversível
espontaneamente ou com tratamento específico, manifestando-se clinicamente por
episódios recorrentes de sibilância, dispnéia e tosse normalmente à noite ou ao amanhecer.
Resulta de interação entre genética e exposição ambiental a alérgenos e
irritantes levando ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas, conduzindo a
limitações na interatividade social e na qualidade de vida das crianças. O Watsu é uma técnica que atua em todos os níveis do ser
humano, seja ele físico, emocional ou psicológico. Objetivo: Avaliar os
efeitos do método Watsu na função pulmonar e na
qualidade de vida em crianças em idade escolar com asma moderada. Métodos:
O estudo foi do tipo ensaio clínico randomizado controlado; A pesquisa foi
realizada no serviço de Função Pulmonar do Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Pernambuco, no período de janeiro à junho
de 2018, autorizado pelo CEP sob o nº 14273913.3.0000.5207/2018. Como critérios
de elegibilidade foram incluídas crianças com diagnóstico de asma clinicamente
moderada e estar dentro da faixa etária entre 7 à 12 anos; Foram excluídas as
crianças com VEF1 basal < 60% do predito, incapazes de realizar manobras de
expiração forçada, com outras co-morbidades que
poderiam afetar a função pulmonar ou com história de infecção pulmonar ? 30
dias. O estudo foi composto por 86 crianças, divididas em dois grupos: controle
(n=40) e intervenção (n=46) acompanhadas em um programa de tratamento de 10
sessões, duas vezes por semana durante 60 minutos; As crianças foram
encaminhadas do ambulatório de alergia e pediatria do HC/UFPE, após leitura e
assinatura pelos pais do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Foram submetidas ao questionário padrão de asma do serviço de alergia e
imunologia do HC/UFPE, além do questionário de qualidade de vida na asma (QQV),
inventário de depressão de Beck (IDB) e o inventário de ansiedade IDATE-TRAÇO
de Spielberger (AIT). Foi realizada uma avaliação
inicial com cirtometria torácica, espirometria e oscilometria de impulso, além da mensuração de dados bioantropométricos. No início de cada sessão eram aferidos
a frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação periférica de
oxigênio. Ao término das dez sessões se repetiu a avaliação inicial. Para
variáveis contínuas foi utilizada média e desvio-padrão e para natureza
categórica foi utilizada proporção. A análise univariada
foi usada para avaliar efetividade entre as intervenções e correção de Bonferroni para as comparações múltiplas. Para intenção de
tratar foram realizadas imputações por meio de regressão sequencial. Todas as
análises foram conduzidas no SPSS com nível de significância de 5%. Resultados:
A cirtometria torácica pré
e pós-tratamento aumentou a medida axilar, sendo na 1ª expiração de 2 cm, na
inspiração de 3 cm e na 2ª expiração de 5 cm. Na medida xifóide
ocorreu um aumento na 1ª expiração de 7 cm, na inspiração de 5,5 cm e na 2ª
expiração de 6,5 cm. Na medida umbilical, ocorreu apenas de 0,5 cm na 2º
expiração. Nos valores espirométricos, pré e pós-tratamento, pode-se observar um aumento de 300 ml
no VEF1 (12%), aumento de 8,29 L no VEF1/CVF (11%) e aumento de 102,1 L/min no
PFE (39%). A CVF apresentou uma pequena diminuição (-0,3%).A Oscilometria de impulso apresentou redução nos volumes de R5
e R5-R20; No AIT, ocorreu queda de 9 pontos na 1ª sessão, na 6ª sessão queda de
14 pontos e na 10ª sessão uma diminuição de 11 pontos modificando o escore do
estado de ansiedade para de não ansiedade ao final das sessões. Para o QQV, no
mesmo período, pode-se notar a diminuição de 6,5% na limitação das atividades
físicas devido aos sintomas da asma, diminuição de 33,4% na frequência e
gravidade dos sintomas, aumento de 16,7% na adesão ao tratamento, aumento de
8,3% no domínio socioeconômico e diminuição de 7,1% no domínio psicossocial. O Watsu trouxe benefícios nos parâmetros avaliativos,
funcionalidade e na qualidade de vida das crianças com asma moderada. Conclusão:
O método Watsu promove benefícios clínicos com
relação à mobilidade torácica, ventilação, ansiedade e qualidade de vida em
crianças em idade escolar; Utilizar por um maior número de sessões em outros
fenótipos da asma seria um bom ponto de partida para novas pesquisas e, mesmo
que alguns riscos de viés diminuam a relevância dos achados, não se tira o
mérito do recurso ser benéfico para o público em questão.
Palavras-chave: hidroterapia, asma,
ansiedade, modalidades de fisioterapia, qualidade de vida.
Associação entre
objetivo funcional e nível de lesão de pacientes diagnosticados com mielomeningocele – um enfoque na CIF
Gouvêa JXM1,
Scontri CMCB2, Werneck MS1,
Braga DM1
1Departamento de
Fisioterapia Aquática, Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) –
Unidade Ibirapuera, São Paulo/SP, 2Programa de Aperfeiçoamento em
Fisioterapia nas Disfunções Neurológicas da Criança e do Adulto - AACD, São
Paulo/SP
Email: jgouvea@aacd.org.br
Introdução: A mielomeningocele
(MMC) se caracteriza pela presença de uma bolsa extrusa
que contém em seu interior medula espinhal e raízes nervosas envoltas por
líquido cerebrorraquidiano com consequente paraplegia flácida e alteração
sensitiva abaixo do nível de lesão. Pode ser classificada em níveis funcionais
de acordo com seu comprometimento neurológico. O tratamento inclui a atuação
multidisciplinar com enfoque no desempenho funcional. A fisioterapia aquática
fornece estímulos motores e sensoriais, facilitando a aquisição das etapas
motoras de acordo com o nível da lesão. Objetivo: Traçar o perfil dos
pacientes com MMC de seus verificando se os objetivos funcionais estão de
acordo com o componente de Atividade e Participação da Classificação
Internacional de Função, Deficiência e Saúde (CIF) e com o esperado para o
nível da lesão. Métodos: Estudo clínico retrospectivo, aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Associação de Assistência à Criança Deficiente
(2.682.491/2018). Foram coletados dados dos prontuários dos pacientes, com
diagnóstico de MMC, atendidos no setor de fisioterapia aquática na
AACD-Ibirapuera entre 2013 e 2018. Foram coletados: dados demográficos e
clínicos, objetivos funcionais, tempo de permanência em terapia e código da
CIF. Um total de 150 prontuários foram analisados, sendo 97 excluídos por
estarem incompletos, com código CIF ausente, pelos pacientes ainda estarem em
terapias e/ou apresentam outra doença neurológica associada e complicações
clínicas, sendo analisados 53 prontuários que apresentaram critérios de
elegibilidade. A caracterização da amostra e os dados foram apresentados por
meio da média, desvio padrão e porcentagem; posteriormente, foi observada a
porcentagem associada com as variáveis dos níveis da lesão, objetivos
funcionais e códigos da CIF. Resultados: Dos 53 prontuários (média de
idade esteve em 1 ano e 4 meses), 41 (77,3%) apresentaram o objetivo funcional,
na alta do setor da fisioterapia aquática, de acordo com o nível da lesão. Dos
10 prontuários com nível torácico, todos atingiram o objetivo de arrastar-se
como forma de deslocamento e/ou a transferência de deitado para sentado; 6
códigos do componente de Atividade e Participação da CIF foram usados para classificar
os objetivos funcionais propostos, sendo que 3 códigos tentavam classificar o
arrastar em prono; os mais utilizados foram: (3) d4558 deslocar-se, outro
especificado (arrastar em prono) e (3) d4153 permanecer sentado. Dos 23
analisados no nível lombar alto, 14 (60,8%) alcançaram os objetivos de
engatinhar e/ou manter ortostatismo com apoio e o código mais utilizado foi
(12) d4550 engatinhar. Oito (72,7%) dos 11 prontuários de nível lombar baixo,
alcançaram os objetivos de realizar a marcha lateral e anterior com apoio; dos
5 códigos utilizados, os principais foram (2) d4500 Andar distâncias curtas,
(2) d4602 deslocar-se fora de casa e de outros prédios e (2) d465 deslocar-se
utilizando algum tipo de equipamento. No nível sacral, os 8 alcançaram o objetivo
de treino de marcha sem apoio; dos 5 códigos mais utilizados, os principais
foram: (3) d4500 Andar distâncias curtas e (2) d4501
Andar distâncias longas. No nível de lesão classificado como misto - lombar
baixo/ sacral, foi considerado o objetivo do nível mais alto e este foi
alcançado, o código utilizado foi o d4508 Andar, outro
especificado (andar longas distâncias na marcha com andador). Conclusão:
Os objetivos funcionais traçados no setor de fisioterapia aquática foram
alcançados, em sua maioria, de acordo com o esperado para o nível da lesão.
Observou-se que a maioria dos objetivos propostos também estavam de acordo com
os códigos da CIF do domínio de Atividade e Participação.
Palavras-chave: meningomielocele,
hidroterapia, reabilitação, Classificação Internacional de Funcionalidade,
incapacidade e saúde.
Protocolo de controle
de tronco no ambiente aquático para crianças com paralisia cerebral: ensaio
clínico randomizado
Oliveira LMM1,
Kakihata AM2, Albuquerque CP3,
Braga DM4, Branco FR5, Oliveira LC6, Kanashiro
MS7, Ramalho VM8
1,6Fisioterapeutas
referência da clínica de Paralisia Cerebral do setor da Fisioterapia Aquática
da Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD, São Paulo/SP, 2,8Fisioterapeutas
Aprimorandas da AACD em 2015, São Paulo/SP, 3Terapeuta
Ocupacional do setor da Terapia Ocupacional da AACD, São Paulo/SP, 4Fisioterapeuta
supervisor do setor da Fisioterapia Aquática da AACD, São Paulo/SP, 5Fisioterapeuta
Gerente da Reabilitação da AACD, São Paulo/SP, 6Fisioterapeuta que
atuou no setor da Fisioterapia Aquática da AACD, São Paulo/SP
Email:
lucianammag@hotmail.com
Introdução: O controle de tronco
é essencial para atividades funcionais e muitas vezes se encontra prejudicado
em crianças com paralisia cerebral (PC). A reabilitação em ambiente aquático
pode estimular o controle de tronco favorecendo a funcionalidade em solo. Objetivo:
Avaliar os efeitos de um protocolo de controle de tronco em ambiente aquático
em indivíduos com PC diparesia espástica
classificados no nível IV do Gross Motor Function Classification System (GMFCS). Métodos: Trata-se
de um ensaio clínico controlado, randomizado, cego, de caráter
descritivo-analítico, quantitativo. O estudo foi realizado na AACD. Aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da AACD (43791215.0.0000.0085/2015), conforme
a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Aprovado pelo Registro
Brasileiro de Ensaios Clínicos, parecer RBR-5rh6cg. Foram triados 92
prontuários dos quais 24 crianças foram incluídas e 22 finalizaram o estudo.
Dentre os critérios de inclusão, encontram-se: pacientes com diagnóstico
clínico de PC do tipo diparesia espástica,
classificados nos níveis IV do GMFCS, com idade entre 4 a 10 anos e 11 meses.
Os critérios de exclusão se restringiam a pacientes não colaborativos,
incapazes de compreender as atividades propostas, submetidos à cirurgia
ortopédica a menos de 12 meses e a bloqueios periféricos a menos de 6 meses. Os
pacientes foram alocados por estratificação pelo GMFCS em grupo controle (GC),
que realizou terapias convencionais e grupo intervenção (GI) que realizou o
protocolo de exercícios aquáticos. Os grupos foram avaliados pré e pós intervenção através das seguintes escalas e instrumentos:
Trunk Control Measurement Scale (TCMS), Pediatric Reach Test
(PRT), Eletromiografia de Superfície (EMG) dos músculos reto abdominal e grande
dorsal, Mapeamento de pontos de pressão sentado e Flexômetro
de Wells. A análise estatística foi realizada através dos testes Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, teste de Wilcoxon e Correlação de Spearman.
Para análises dos testes foi considerado um intervalo de confiança (IC) de 95%,
o nível de significância de p<0,05 e os dados apresentados em mediana. Foram
utilizados os softwares SPSS V17, Minitab 16 e Excel
Office 2010. Resultados: Na análise intra-grupo
constatou-se melhora na reação de equilíbrio, o GI (p=0,019) melhorou 30% a
mais em relação ao GC. No mapeamento de pressão, observou-se diminuição da pressão
no GI em membros inferiores durante a realização dos itens 07 (p=0,032) e 13
(p=0,005) da TCMS. No PRT, o GC apresentou maior deslocamento pós intervenção
(p=0,006) que o GI. Houve melhora da flexibilidade de cadeia posterior e
membros inferiores em ambos os grupos. Neste estudo observou-se que o ganho
principal nessas crianças, estava relacionado ao controle de tronco. Os
exercícios do protocolo foram fundamentados para a estabilização do tronco
durante as atividades funcionais, pois estudos demonstram que exercícios com
enfoque em tronco auxiliam a estabilização proximal, principalmente ao redor do
quadril, resultando assim em maior controle de tronco na posição sentada e
maior qualidade nas funções de MMSS em crianças com PC. Conclusão: No
presente estudo, observamos que a fisioterapia aquática traz resultados positivos
e ganhos motores relacionados ao controle de tronco e funcionalidade para
crianças PC diparéticas espásticas GMFCS nível IV,
sendo esta uma importante colaboração para a
literatura e uma opção de tratamento para a prática clínica.
Palavras-chave: paralisia cerebral,
hidroterapia, tronco, reabilitação.
A importância da
Fisioterapia Aquática na melhora da qualidade de vida de mulheres fibromiálgicas: uma revisão de literatura
Kamila Steffanie Farias Barreto1, Luana Feitosa Calado1,
Nathaly Thays Silva Farias1,
Clarissa Pessoa Lopes1, Carlos Eduardo Alves de Souza1,
Clara Beatriz Torres Maciel2
1Graduanda em
Fisioterapia, Centro Universitário Tabosa de Almeida, Caruaru/PE, 2Docente
do curso de Fisioterapia, Centro universitário Tabosa de Almeida, Caruaru/PE
Email:
kamila-steffanie@hotmail.com
Introdução: A fibromialgia é uma
síndrome de característica crônica, considerada de origem idiopática que causa
grandes transtornos na vida do paciente que convive com a
mesma. Causa dores constantes em várias regiões anatômicas. Afeta
mulheres acima dos 35 anos, ademais, pode estar associada a outros sinais e
sintomas que ajudam dar um melhor diagnostico ao paciente, como por exemplo;
fadiga muscular, distúrbio do sono, rigidez durante o dia, limitação na funcionalidade,
distúrbio psicológicos e distúrbio no sono, geralmente, as pacientes apresentam
uma característica comum entre elas, quadros de ansiedade e depressão. A doença
causa um grande impacto social as pacientes, pois além de afetar o estado
físico das mesmas, também afeta o psicológico, e, causa grandes repercussões
sobre a qualidade de vida delas, visto que, muitas são impossibilitadas de
realizar sua atividade do dia-a-dia, e a dificuldade em manter sua vida ativa
pode gerar problemas no ponto de vista psicossocial, e é diante desse olhar que
vem a importância de se buscar novos recursos para assim minimizar o impacto
que a fibromialgia causa em suas portadoras. Objetivo: Descrever, de
forma sintetizada, a importância da fisioterapia aquática em mulheres fibromiálgicas. Métodos: Trata-se de uma revisão de
literatura do tipo narrativa. A busca foi realizada nas bases de dados SciELO,
Bireme, Medline. Os critérios de inclusão foram artigos científicos brasileiros
e estrangeiros dotados em até 15 anos, com pacientes portadoras da síndrome com
faixa etária de idade acima dos 35 anos, como critérios de exclusão os artigos
que relatassem a fisioterapia aquática associada a outro recurso. Resultados:
A hidrocinesioterapia no tratamento de fibromialgia é
praticada em água aquecida entre 32° e 34°C, e é um recurso recomendado para o
tratamento da fibromialgia, o mesmo apresenta muitos efeitos terapêuticos, pois
a água proporciona um efeito de relaxamento muscular pela redução da tensão e a
sua ação faz com que ocorra a diminuição da rigidez articular, além disso, o
aumento da temperatura promove uma redução da sensibilidade à dor, pois durante
a imersão os estímulos nervosos sensoriais agem sobre os estímulos nociceptivos.
Outro efeito importante da água aquecida, é a facilidade da execução de
movimentos das articulações. Este recurso promove uma redução da sintomatologia
e na melhora da realização de atividade de vida diária e profissional de mulheres
portadoras, no seu estudo, o mesmo verificou que o
programa preestabelecido de exercícios aquáticos terapêuticos durante a sua
avaliação muitos pacientes tiveram uma melhora significativa do sono e também
aumento da flexibilidade articular. O método Watsu
traz consigo grandes benefícios pela sua alternância de massagem, alongamento e
flutuação. As pacientes que passaram pelo tratamento com Watsu
relataram redução da intensidade da dor, além disso houve também diminuição do
quadro depressivo delas. Conclusão: A fisioterapia aquática traz grandes
benefícios as pacientes portadoras desta síndrome, uma vez que o recurso
proporciona uma melhora na qualidade do sono, diminuição da dor, ganho de
flexibilidade muscular, melhora da sua postura e bem-estar de forma global das
pacientes.
Palavras-chave: fibromialgia,
fisioterapia, hidroterapia.
Caracterização dos
pacientes com lesão medular atendidos no setor de Fisioterapia Aquática da
associação de assistência à criança deficiente (AACD)
Baccaro VM1, Ramalho
VM2, Lourenço MA3, Braga DM4, Lima PN5,
Barbosa JLR6, Cristante AR7
1Fisioterapeuta do setor
de fisioterapia aquática da Associação de Assistência à Criança Deficiente
(AACD), São Paulo, SP, Brasil, 2Residente de fisioterapia da AACD,
São Paulo/SP, 3Fisioterapeuta do setor de fisioterapia aquática da
AACD, São Paulo/SP, 4Coordenador do setor de fisioterapia aquática
da AACD, São Paulo/SP, 5Fisioterapeuta do setor de fisioterapia
aquática da AACD, São Paulo/SP, 6Fisioterapeuta do setor de
fisioterapia aquática da AACD, São Paulo/SP, 7Médica da AACD, São
Paulo/SP
Email jluis-fisio@hotmail.com
Introdução: A lesão medular (LM)
é definida como qualquer agressão à medula espinhal, dentro do programa de
reabilitação, a fisioterapia aquática é mais um recurso visando favorecer as atividades
funcionais do indivíduo com LM. Porém são escassos os trabalhos que traçam a
características destes pacientes relacionados com o perfil de funcionalidade. Objetivo:
Caracterizar os pacientes com diagnóstico de LM atendidos no setor de
fisioterapia aquática de um centro de reabilitação e relacionar estas
características com a funcionalidade. Métodos: Estudo retrospectivo
descritivo baseado na análise de prontuários de pacientes atendidos entre o ano
de 2010/2015. Aprovado pelo Comitê de Ética da AACD sob o parecer:
1.834.990/2016. Elaborou-se uma ficha contendo informações como: sexo, idade,
diagnóstico clínico e quadro motor segundo a American Spinal
Injury Association
(ASIA); etiologia e data da lesão; pontuação inicial e final da Medida de
Independência Funcional (MIF) e informações sobre os atendimentos na Fisioterapia
Aquática. Análise estatística: Foi feita a caracterização da amostra e
os dados estão apresentados em média, desvio padrão e porcentagem que foi
correlacionada com as variáveis ASIA e MIF. Analisamos os objetivos funcionais
e a relação destes com o grau de independência (MIF) e utilizado o programa
Excel Office 2010. Resultados: Foram analisados 95 prontuários, a média
de idade (44,5 anos) foi maior em relação a outros estudos, os quais a idade
permaneceu em 30 anos. Acredita-se que essa diferença se dá em decorrência das
causas da lesão, pois a maior parte da população tem como a principal causa à
traumática e no nosso estudo ocorreu 64,2% causa não traumática. A paraplegia
foi prevalente em 64,9% dos casos que vai de encontro com este estudo 62,1% (lesão
incompleta 98,9% e ASIA D 57,9%). Os objetivos funcionais mais trabalhados
estavam relacionados à ativação muscular de membros inferiores (81,8%), treino
de equilíbrio tanto na postura sentada quanto de pé (72,7%), treino de marcha
(52,7%) e ortostatismo (32,7%) estes dados refletem na funcionalidade observada
através da MIF, pois 55 pacientes finalizaram o tratamento no setor, tendo alta
por objetivos atingidos. Destes 27 realizaram MIF inicial (média de 90,4
pontos) e final (média de 100,2 pontos), observamos aumento dos pacientes
considerados independentes. Foram descartadas 28 MIF por falha no procedimento
de aplicação. Após o tratamento proposto, os pacientes apresentaram aumento da
pontuação da MIF este achado reflete na ASIA dos pacientes, apresentando
incremento na pontuação final dos pacientes (ASIA C e D). Diante disso,
considera-se que o indivíduo melhorou a capacidade de desempenhar as atividades
de vida diária após o tratamento. Como sugestão acreditamos que se faz necessário
investigar protocolos mais detalhados direcionados a uma função específica. Conclusão:
Neste estudo prevaleceram os pacientes do sexo masculino e adultos jovens,
causa não traumática e paraplégicos. A fisioterapia Aquática pode exercer
influência positiva na funcionalidade do paciente LM.
Palavras-chave: medula espinal,
hidroterapia.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática em face dos comprometimentos neurológicos apresentados por crianças
portadoras da síndrome congênita do Zika vírus
Barros TA1,
Santos JAA2, Costa VAA2, Santana AFSG3
1Discente em
Fisioterapia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT, Maceió/AL, 2Fisioterapeuta
pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT, Maceió/AL, 3Docente do
Centro Universitário Tiradentes – UNIT, Maceió/AL
Email: tati—tatiane@hotmail.com
Introdução: As crianças com
microcefalia decorrente da infecção pelo vírus da Zika apresentam várias
deficiências simultâneas, que incluem hipertonia global grave com hiperreflexia, irritabilidade, hiperexcitabilidade,
choro excessivo, crises epilépticas e atrasos no desenvolvimento
neuropsicomotor que variam de acordo com o grau de acometimento cerebral. Essas
alterações afetam de maneira adversa o desenvolvimento motor, levando a
posturas e padrões de movimentos anormais, deformidades musculoesqueléticas e
atrasos na aquisição das habilidades motoras. Neste sentido, a fisioterapia
aquática pode ser um método terapêutico eficaz para essas crianças, uma vez que
proporciona a normalização do tônus temporariamente, permitindo o manuseio
adequado para a reeducação motora e reabilitação funcional. Objetivo:
Analisar os efeitos da fisioterapia aquática em face dos comprometimentos
neurológicos apresentados por crianças portadoras da Síndrome Congênita do Zika
Vírus. Metodologia: Tratou-se de um ensaio clínico, com amostra por
conveniência, uma abordagem transversal e quantitativa que se desenvolveu na
Clínica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes. As crianças
antes de iniciarem o tratamento por meio da fisioterapia aquática passaram por uma
avaliação da função motora, através da escala GMFM-66. Posteriormente, antes e
após cada sessão de fisioterapia aquática as crianças foram submetidas à
aplicação da Escala modificada de Ashworth para
avaliar o grau de espasticidade. As sessões aconteceram 1 vez por semana, com
duração de 40 minutos, totalizando 12 sessões de tratamento. Ao final do
procedimento, as crianças foram reavaliadas, comparando-se o quadro inicial com
o final. Estes resultados foram analisados após uma nova aplicação da escala GMFM-66.
Resultados: Participaram do estudo 2 crianças, do sexo masculino, com
idade entre 6 e 20 meses. Na avaliação da função motora e do desempenho
funcional antes da intervenção da fisioterapia aquática, as crianças
apresentaram no GMFN, Dimensão A, a média de 17,6% e na Dimensão B a média de
6,6%, totalizando 4,9%. Na reavaliação, após as 12 sessões de fisioterapia
aquática, as crianças apresentaram na Dimensão A, a média de 11,7% e na
Dimensão B a média de 15%, totalizando 5,74%. Com base nesses resultados as
crianças foram classificadas no nível 5 do GMFN (nível mais severo), por serem
totalmente dependentes. Com relação ao grau de espasticidade, às crianças no
início de cada sessão apresentaram no MMID a média 2,3 ± 1,08, no MMIE 2,2 ±
1,0, no MMSD 2,1 ± 1,07 e no MMSE 2,2 ± 1,07. No final das sessões as crianças
apresentaram a média do grau de espasticidade no MMID de 1,5 ± 0,85, MMIE 1,7 ±
1,0, MMSD 1,6 ± 0,6 e no MMSE 1,7 ± 0,6. Conclusão: A fisioterapia
aquática representa uma grande promessa como recurso complementar às terapias
já existentes para o tratamento dos distúrbios de desenvolvimento das crianças
portadoras da Síndrome Congênita do Zika Vírus, fazendo com que se tenham resultados
benéficos no que diz respeito à normalização do tônus muscular, aumento da
amplitude de movimento e controle de movimentos involuntários.
Palavras-chave: Hidroterapia,
Microcefalia, Zika vírus.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática no tratamento da fibromialgia
Macedo AM1,
Oliveira AJ2, Soares ML2
1Graduandas em
Fisioterapia, Centro Universitário Brasileiro, Recife/PE, 2Pós-graduação
em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal de Pernambuco,
Recife/PE
Email: anadancamil@gmail.com
Introdução: A Fibromialgia é uma
síndrome reumatológica de natureza crônica com etiologia multifatorial,
apresentando um quadro clínico de dor difusa, rigidez articular, matinal, que
provoca diminuição da funcionalidade e das atividades desempenhadas pelo indivíduo.
A Fisioterapia aquática possui técnicas e propriedades físicas que podem
proporcionar ao fibromiálgico melhora no quadro
clínico e na qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: Descrever,
através de uma revisão narrativa, os efeitos da fisioterapia aquática em
pacientes com fibromialgia. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa
nas bases de dados Medline, Lilacs, Scielo e PEDro, com artigos
científicos publicados entre os anos de 2008 a 2018, sem restrição linguística,
utilizando junto aos Descritores em Ciências da Saúde: Fibromialgia,
Hidroterapia e Qualidade de vida o operador booleano AND. Foi utilizado como
estratégia de busca o The Prisma Statement e como
critérios de elegibilidade os artigos foram incluídos por abordar a terapia aquática
pra reabilitação de pacientes com fibromialgia e publicados nos últimos 10 anos
e excluídos por serem artigos de revisão, artigos duplicados ou aqueles que
abordavam outras formas de tratamento. Resultados: Foram incluídos 05
artigos que apontavam condutas de tratamento com pacientes fibromiálgicos
submetidos à prática de exercícios aquáticos de forma comparativa com outras
práticas terapêuticas e artigos que observaram resultados isolados da prática
de exercícios aquáticos. Foram encontrados 15 artigos sobre o tema e 05 foram
incluídos sendo 60% em português e 40% em inglês. Dentre os incluídos 40% foram
de intervenção (ensaio clínico) e 60% foram observacionais. A literatura
científica aponta efeitos benéficos para o tratamento da hidroterapia em relação
à sintomatologia da fibromialgia tanto no aspecto da diminuição da dor, quanto
ao acréscimo da funcionalidade dos acometidos por essa síndrome, porque
relatavam melhora de flexibilidade articular, relaxamento da musculatura após
as sessões de hidroterapia resultando no aumento da qualidade de vida. Além da
melhora da autopercepção do fibromiálgico acontece
também melhora na qualidade do sono que também são apontados como efeitos
positivos do tratamento. Conclusão: Apesar do número reduzido de artigos
encontrados, a ausência de um protocolo definido na literatura científica sobre
exercícios aquáticos a serem aplicados nessa população, pode-se afirmar que a
fisioterapia aquática proporciona aos pacientes com fibromialgia melhora nos
sintomas dessa síndrome à medida que promove amenização no quadro álgico, na
rigidez muscular e articular colaborando para o aumento da funcionalidade do
corpo resultando em uma melhora significativa da saúde desses pacientes como um
todo. Como ponto de partida para novas pesquisas, a padronização no diagnóstico
e o uso de técnicas associadas poderão ser utilizadas para aumentar a
quantidade de literatura disponível e a qualidade da evidência dentro do
público em questão.
Palavras-chave: fibromialgia,
hidroterapia, qualidade de vida.
Utilização da
Fisioterapia Aquática no tratamento da osteoartrite
Cabral W1,
Silva J1, Melo L1, Evangelista N1, Bomfim R1,
Soares ML2
1Graduando em
Fisioterapia, Centro Universitário Brasileiro, Recife/PE, 2Pós-graduação
em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal de Pernambuco,
Recife/PE
Email: lanavmelo@hotmail.com
Introdução: A osteoartrite é uma
doença típica das articulações sinoviais, com acometimento cartilagíneo das
grandes articulações, responsáveis pela sustentação do peso corporal como a
coluna lombar, joelhos e quadris. A fisioterapia aquática é bastante utilizada
na reabilitação de diversas enfermidades, principalmente em pacientes
reumáticos, devido aos benefícios oferecidos pelas propriedades físicas da água
e seus efeitos terapêuticos e fisiológicos, sendo indicada para pacientes com
osteoartrite para melhora do quadro sintomático e restabelecimento funcional. Objetivo:
Descrever, através de uma revisão narrativa, a utilização da fisioterapia
aquática no tratamento de pacientes com osteoartrite. Métodos: Foi
realizada uma revisão narrativa, através das bases de dados Medline, Lilacs e Scielo, realizada no
período de dezembro de 2017 a julho de 2018, sem restrição temporal. Foram
utilizados como estratégia de busca, com o operador booleano AND, os Descritores
em Ciências da Saúde (DECS): Hidroterapia, Fisioterapia Aquática, Osteoartrite.
Como critérios de elegibilidade foram incluídos os artigos dos últimos 10 anos
nos idiomas português e inglês e que abordavam a utilização da terapia aquática
na osteoartrite e foram excluídos os artigos de revisão, os artigos duplicados
e os artigos que abordavam o tratamento cirúrgico e os estudos com animais. Resultados:
Foram encontrados quinze artigos dos quais dez foram selecionas, sendo oito
incluídos e dois excluídos. A hidroterapia é um tratamento favorável para os
pacientes com AO, devido aos exercícios com carga pois aceleram o processo
degenerativo. A flutuação é uma das mais importantes para a reabilitação
utilizadas pela fisioterapia aquática, onde diminui o peso corpóreo e reduz
impacto sobre as articulações e o risco de lesões. Uma das técnicas bastante
benéfica na prática da fisioterapia na água é a Hidrocinesioterapia,
tratamento individualizado, onde promove rapidez na reabilitação, adequado para
cada paciente, buscando aprimorar o condicionamento físico e o
reestabelecimento da funcionalidade dele. Exercícios na água traz alguns
benefícios aos efeitos fisiológicos, como no sistema respiratório, onde durante
as atividades na água a um aumento do fluxo sanguíneo pulmonar, contribuindo
para uma troca gasosa. Conclusão:
A utilização da fisioterapia aquática
no tratamento osteoartrite vêm sendo muito satisfatório
demonstrando melhora da
dor, aumento da amplitude de movimento, e da capacidade funcional e da
qualidade de vida do paciente. Como ponto de partida para novas
pesquisas, a
utilização de novas técnicas de
reabilitação aquática para o público em
questão
parece ser um ponto importante, aumentando a literatura ofertada e a
qualidade
da evidência disponível.
Palavras-chave: osteoartrite;
fisioterapia aquática; hidroterapia.
A Fisioterapia Aquática
como escolha de tratamento para crianças com síndrome de Down: uma revisão de
literatura
Araújo TM1, Lambertucci MS1, Borin
PLH2
1Departamento de Pós-Graduação
em Reabilitação Aquática no Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo/SP, 2Fisioterapeuta
Aquática Plena no Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo/SP
Email: thais@araujo.fst.br
Introdução: A Síndrome de Down
(SD) é uma alteração causada pela existência de um cromossomo extra no par 21
da célula genética. O cromossomo é uma pequena parte da célula que carrega
informações como cor dos olhos, formato do nariz, entre outras características.
As crianças com SD podem desenvolver incapacidades motoras, que levam ao
desenvolvimento de algumas deficiências como a frouxidão ligamentar, a
hipotonia muscular, a deficiência intelectual, as cardiopatias e os problemas
respiratórios. A água estimula e facilita o desenvolvimento motor, sensorial e
afetivo da criança. Favorecendo maior confiança e autoestima e estimulando os
sistemas (cardíaco, respiratório, esquelético e muscular) a se desenvolverem e
adaptar-se. Através dos princípios físicos da água, dos seus efeitos fisiológicos
e do exercício, a fisioterapia aquática torna-se bastante aplicável a
distúrbios motores e cognitivos, formando um ambiente lúdico e estimulante e
acrescentando significativamente na reabilitação de crianças com síndrome de down. Objetivo: Verificar a eficácia da fisioterapia
aquática em crianças de 0 a 10 anos com síndrome de Down através de uma revisão
sistemática. Metodologia: Realizou-se uma busca bibliográfica eletrônica
nas bases de dados SciELO, PubMed e Lilacs, no período de 2013 a 2018. As estratégias dos
critérios de inclusão foram: 1- população (crianças com SD), 2- intervenção
(hidroterapia, hidroterapia com fisioterapia ou fisioterapia aquática), 3-
desfecho (melhora ou piora do tratamento). Foram excluídos artigos publicados antes
de 2013, artigos que não se enquadravam no enfoque do estudo, revisões
bibliográficas e os que não apresentavam detalhamento metodológico. Resultados:
Foram encontrados 175 artigos. A partir dos critérios de exclusão e inclusão
170 estudos foram excluídos por não se tratar da amostra escolhida e 1 por não
utilizar humanos em sua pesquisa. Foram analisados 4 estudos. Os estudos
mostraram melhorias significativas na qualidade de vida, equilíbrio e tônus de
crianças com síndrome de Down. Em crianças de até 18 meses os exercícios
aquáticos associados à fisioterapia motora, aprimorou a aquisição das posturas
antigravitacionais. E na faixa etária de 8 a 10 anos houve maior independência
para AVDs e melhora do estado mental e psicológico. Conclusão:
A fisioterapia aquática é um recurso a ser recomendado e considerado para
tratamento desta população visto que a água é um meio privilegiado para o
desenvolvimento infantil. Deste modo, considera-se pertinente realizar novos
estudos com esta população visto que o número de artigos publicados ainda é reduzido.
Palavras-chave: hidroterapia,
síndrome de Down, fisioterapia.
Os benefícios da
Fisioterapia Aquática no tratamento de hérnia de disco lombar: uma revisão de
literatura
Kamila Steffanie Farias Barreto, Luana Feitosa Calado, Maytta Rochelly Lopes da Silva,
Carlos Eduardo Alves de Souza, Nathaly Thays Silva Farias, Clarissa Pessoa Lopes, Clara Beatriz
Torres Maciel
Centro Universitário
Tabosa de Almeida - ASCES/UNITA, Caruaru/PE
Email:
luanafcalado@outlook.com
Introdução: A hérnia de disco
lombar é uma condição reumatológica muito frequente, que afeta os discos intervertebrais
da coluna. Quando há rompimento do anel fibroso e o conteúdo gelatinoso
interno, chamado de núcleo pulposo, se desloca através de uma fissura nessa
membrana. As raízes nervosas que passam pelo espaço intervertebral atingido,
comprimem-se, causando os sintomas clínicos característicos da hérnia discal:
fortes dores na região lombar, normalmente associadas à irradiação para os
membros inferiores, diminuição da força muscular destes membros e formigamento
nas pernas. As doenças da coluna estão entre as que mais incapacitam a
população economicamente ativa. A intervenção da Fisioterapia Aquática, busca
diminuir a sintomatologia dolorosa, mantendo a funcionalidade desses pacientes.
As propriedades físicas da água, diminuem o impacto articular, promovendo
relaxamento e permitindo a realização dos exercícios. Objetivo:
Descrever, através de revisão literária, os benefícios da fisioterapia aquática
no tratamento de pacientes com hérnia discal lombar, associando aos ganhos
relacionados à melhora da independência funcional deles. Métodos:
Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa. A busca foi realizada
nas bases de dados SciELO, Bireme, Scholar, com temática central acerca da
fisioterapia aquática no tratamento da hérnia de disco lombar, como critérios
de inclusão foram artigos científicos brasileiros e estrangeiros datados em até
10 anos, adultos com idade acima de 30 anos e como critérios de exclusão foram
artigos científicos publicados há mais de 10 anos e que não estavam dentro do
assunto pesquisado. Resultados: De acordo com as literaturas
investigadas, foi possível analisar os benefícios da fisioterapia aquática. A
redução considerável da gravidade no ambiente aquático torna o meio ideal para
a reabilitação nos casos de hérnia de disco lombar, visto que, diminui a
sobrecarga, promovendo relaxamento e permitindo a realização de exercícios. A
Fisioterapia em ambiente aquático, por meio das propriedades físicas da água, é
favorável para aumentar o espaço intervertebral e aliviar a dor, possibilitando
melhorias na funcionalidade, diminuindo de forma quantitativa as queixas dos
pacientes acometidos pela compressão do disco intervertebral. Conclusão:
Diante dos dados mencionados, conclui-se que, o tratamento com fisioterapia
aquática ,foi considerado como o mais adequado, pois as propriedades físicas da
água, principalmente, a flutuação e temperatura da água, possuem repercussões
positivas em relação aos pacientes com hérnia discal, proporcionando alívio da
dor, melhora da postura e mobilidade além da normalização dos sinais
neurológicos e da funcionalidade.
Palavras-chave: Hérnia de disco,
hidroterapia, tratamento.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática no tratamento de osteoartrites: uma revisão sistemática
Oliveira FA1,
Gouveia GPM2, Costa BC1, Lopes TS1, Silva RL1,
Sousa ATS1, Souza LM1, Fernandes LBO1
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Avaliativa e
Terapêuticas - GPFAT, Parnaíba/PI
Email: feandoli@outlook.com
Introdução: a Osteoartrite (OA)
também denominada osteoartrose ou artrose, é uma doença crônico-degenerativa
caracterizada por alterações na integridade da cartilagem articular e do osso subcondral. Tornando-se a causa mais frequente de doença
crônica musculoesquelética, sendo sem dúvida a maior causa de limitação das
atividades diárias entre a população idosa. Não há cura para osteoartrose.
Recomenda-se uma abordagem múltipla que envolve alternativas farmacológicas e
não-farmacológicas. O tratamento em água aquecida tem importante papel na reabilitação,
auxiliando tanto no alívio dos sintomas quanto na execução das atividades de
vida diária, melhorando a funcionalidade e contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida (QV), proporcionada pelos efeitos físicos, fisiológicos e
terapêuticos da água aquecida. Objetivo: identificar os efeitos da
fisioterapia aquática (FA) no tratamento de osteoartrites. Métodos: o
estudo trata-se de uma revisão sistemática, desenvolvida através de uma busca
bibliográfica nas bases de dados eletrônicas Pubmed e
PEDro, além de pesquisa em capítulos de livros e
revistas especializadas. Os descritores foram selecionados a partir da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), usados no idioma inglês, sendo eles physiotherapy, hydrotherapy e osteoarthritis. Realizou-se a leitura dos títulos dos
trabalhos, do resumo e foram selecionados aqueles que incluíam o tratamento com
FA, a comparação da hidroterapia com outras abordagens de reabilitação, estudos
com a população adulta mais velha, osteoartrites em regiões específicas e de modo
geral. Resultados: A busca somou-se em 127 artigos, desses, 55 eram
artigos de revisão e 53 mostraram relação distinta de tratamento e outra
abordagem de estudo, no final selecionou-se 19 artigos para leitura na íntegra
e serem introduzidos no trabalho. Os ensaios clínicos selecionados mostraram
efeitos positivos quanto as diferentes abordagens da FA. As intervenções
duraram de semanas à meses com métodos específicos
para indivíduos com osteoartrite de joelho, quadril ou extremidade inferior de
modo geral por ter impacto na mobilidade e acaba incapacitando a realização das
atividades diárias. Conclusão: diante dos estudos avaliados pode-se
observar que a FA apresenta efeitos benéficos no tratamento de pacientes
portadores de osteoartrites. As abordagens da FA demonstraram benefícios sobre
a dor e função física, permitindo uma melhora no equilíbrio e na QV. Programas
e exercícios aquáticos oferecem uma boa opção terapêutica e pragmática para
promover uma melhora da capacidade funcional e QV.
Palavras-chave: hidroterapia,
tratamento, osteoartrite.
Aplicabilidade da
Fisioterapia Aquática na lombalgia gestacional: uma revisão integrativa
Damasceno ILM1,
Viana GC1, Barbosa VK1, Teles PKS1, Matias PHVS2
1Discente do Centro
Universitário Tiradentes - UNIT, Maceió/AL, 2Docente das disciplinas
recurso cinesioterapêutico e funcional, fisioterapia
aquática e administração em fisioterapia do curso de fisioterapia do Centro
Universitário Tiradentes - UNIT, Maceió/AL
Email:
isis_larissa96@outlook.com
Introdução: Durante o período
gestacional ocorre uma série de mudanças fisiológicas no corpo da mulher para
adaptar-se ao desenvolvimento do feto, como aumento do útero, alteração do
centro de gravidade, mudanças hormonais, frouxidão ligamentar e muscular. Essas
modificações podem causar uma lordose excessiva, gerando um processo doloroso,
denominado lombalgia, definida por uma dor localizada na região lombar e/ou
irradiada para os membros inferiores. A ocorrência de dor lombar no período
gestacional é considerada uma queixa comum, podendo ser um fator limitante das
atividades diárias das gestantes. Entre os recursos utilizados para alívio da
dor, a fisioterapia aquática busca promover o relaxamento da musculatura, a redução
da carga corporal, do impacto articular e do risco de lesões, devido a ação da
gravidade. Objetivos: Realizar uma revisão de literatura integrativa
sobre a aplicabilidade da Fisioterapia Aquática no tratamento da lombalgia
gestacional. Métodos: Foi realizada buscas de artigos científicos
disponibilizados nas bases eletrônicas SciELO, Lilacs,
PEDro e Pubmed através dos
descritores: hidroterapia, gestantes, dor lombar, fisioterapia. Os critérios de
inclusão desta pesquisa foram artigos publicados em português e inglês, entre
os anos de 2008 a 2018, referentes a aplicabilidade da fisioterapia aquática na
lombalgia gestacional. Foram excluídos artigos que não apresentavam conteúdos
de acordo com o tema proposto ou não estavam disponibilizados na íntegra. Resultados:
Foram encontrados 78 artigos relacionados aos descritores, porém apenas 10
atenderam os critérios de inclusão. Os estudos demonstraram que a lombalgia
gestacional possui alta prevalência, principalmente, nos últimos meses de gestação,
levando a limitações físicas, sendo a fisioterapia aquática de grande
relevância na redução do quadro álgico. Conclusão: A Fisioterapia
Aquática pode proporcionar as gestantes uma redução do quadro álgico lombar,
melhorando o desempenho funcional da gestante nas atividades de vida diária.
Palavras-chave: dor lombar,
gestantes, fisioterapia, hidroterapia.
Influência do Watsu e da flutuação simples na qualidade de vida e
depressão em mulheres de 45 a 55 anos
Veras DS1, Moura
AM2, Brito JF3, Ibiapina TF4, Carvalho B5,
Machado DC6
1Fisioterapeuta (UFPI),
Mestranda em Saúde da Mulher (UFPI) e Especialista em Fisioterapia Aquática
(CEPRA), 2Fisioterapeuta (UFPI), Pós-graduada em Fisioterapia
Intensiva (Inspirar-SL), 3Fisioterpeuta
(UFPI), Pós-graduada em Fisioterapia na Saúde da Mulher (UniNOVAFAPI),
4Graduando em Fisioterapia (UFPI), 5Pós-graduada em
Fisioterapia Traumato-ortopédica e desportiva
(Faculdade Einsten – Facei),
6Doutora em Saúde Mental (UFRJ), Fisioterapeuta, Professora Adjunta
(UFPI)
Email: daniella_veras@hotmail.com
Introdução: A diminuição dos
hormônios esteroides sexuais em mulheres na faixa etária de 45 a 55 anos está
associada à ocorrência de problemas vasomotores, modificações do humor,
distúrbios do sono e repercussões em longo prazo, como osteoporose e aumento da
morbidade cardiovascular. Estes sintomas podem comprometer a qualidade de vida
feminina. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da intervenção pelo
método Watsu e flutuação simples nos escores do
Questionário de Saúde da Mulher (QSM) e no Inventário de Beck. Métodos:
A amostra consistiu em 20 mulheres entre 45 a 55 anos, avaliadas usando os
instrumentos QSM e Inventário de Beck e distribuídas em dois grupos (grupo Watsu versus grupo flutuação simples). Cada voluntária
recebeu sete atendimentos da técnica referente ao grupo em que pertencia e foi
avaliada ao início e ao final do estudo para comparação entre os momentos e as
técnicas terapêuticas recebidas. Resultados: A ANOVA one-way
mostrou efeito principal para momento da análise do QSM antes e após as
modalidades utilizadas na intervenção. Quanto ao Inventário de Beck, houve
diminuição nas pontuações comparando-se a avaliação inicial e final. Conclusão:
As duas técnicas foram efetivas para promover o relaxamento das participantes e
proporcionar benefícios referentes aos itens avaliados pelo QSM e Inventário de
Beck.
Palavras-chave: fisioterapia
aquática, qualidade de vida, climatério.
Fisioterapia Aquática
como primeira escolha dos profissionais para o tratamento da síndrome de Down
na cidade de Fortaleza
Renata Monteiro Bastos
Frota, Edilberto Frota Filho
Centro Universitário
Estácio do Ceará, Fortaleza/CE
Email:
renatabastos89@htomail.com
Introdução: A síndrome de Down
(SD) é caracterizada como uma condição genética, reconhecida há mais de um
século. É de fundamental valor para evolução da criança com síndrome de Down a
inclusão de uma equipe multidisciplinar de saúde e educação em seu tratamento,
sendo a Fisioterapia de vital importância no processo de desenvolvimento dessa
criança em todos os aspectos biopsicossociais e o acompanhamento deve ser
iniciado o mais precoce possível. Objetivo: Analisar a Fisioterapia
Aquática como primeira escolha dos profissionais para o tratamento da síndrome
de Down na cidade de Fortaleza. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de
caráter descritivo, observacional, transversal com estratégia de análise
quantitativa dos resultados. A pesquisa foi desenvolvida no Centro
Universitário Estácio do Ceará, nas clínicas, consultórios, ambulatórios e
hospitais cadastrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional Região 6 (CREFITO6) da cidade de Fortaleza. O período de realização
da pesquisa foi de fevereiro a junho de 2011. A população foi composta por
todos os fisioterapeutas responsáveis técnicos pelo serviço das clínicas,
consultórios, ambulatórios e hospitais cadastrados no CREFITO6 que possuíam
endereço e telefone, que permaneceram prestando serviço de fisioterapia, e que
aceitem participar da pesquisa. Resultados: Foi encontrado que das
instituições entrevistadas, 63,42% tem como primeira escolha no tratamento da
síndrome de Down a Fisioterapia Aquática. Conclusão: A Fisioterapia
Aquática é de fundamental importância para reabilitação do paciente com
síndrome de Down, minimizando efeitos negativos desta disfunção.
Palavras-chave: Síndrome de Down,
modalidades de fisioterapia, fisioterapia.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática na qualidade do sono e qualidade de vida de indivíduos adultos
Magalhães MGS1,
Silva BLL2, Costa ASO3, Lima AKP4, Carvalho
VCP5, Uchoa EPBL6
1Mestrando no Programa
de Pós-graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
Recife/PE, 2Pós-graduada em Fisioterapia Aquática pelo Centro
Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU), Recife/PE, 3Residente
em Saúde da Família no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando
Figueira (IMIP), Recife/PE, 4Mestre em Psicologia Clínica pela
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Docente no curso de Fisioterapia
da UNICAP, Recife/PE, 5Doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do
Comportamento pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife/PE, 6Doutora
em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
Docente no curso de Fisioterapia da UNICAP, Recife/PE
Email:
matheus_gustavo94@outlook.com
Introdução: O ambiente aquático
além de possibilitar a realização de atividades diferenciadas ao solo,
proporciona um momento lúdico, agradável e extremamente favorável para o
atendimento fisioterapêutico. A água aquecida beneficia o usuário através de
uma redução do tônus muscular que atua no relaxamento das tensões musculares e
limitação de quadros álgicos, desta maneira, influenciando na melhora do sono e
consequentemente na qualidade de vida do indivíduo. Objetivo: Verificar
se os atendimentos fisioterapêuticos na piscina são eficazes na melhora da
qualidade do sono e qualidade de vida dos indivíduos adultos. Métodos:
Trata-se de um estudo quase-experimental de corte transversal, aprovado pelo
Comitê de Ética e Pesquisa com número de aprovação 226.764, realizado nos
laboratórios de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Católica de
Pernambuco, que incluiu indivíduos adultos, de ambos os sexos, na faixa etária
de 35 a 60 anos. Inicialmente foram aplicados o Índice de Qualidade do Sono de
Pittsburgh (PSQI) e o WHOQOL versão abreviada para análise da qualidade de
vida. Foram realizados atendimentos individualizados na piscina através do protocolo
baseado em aquecimento (caminhadas), alongamentos globais, exercícios
auxiliados por flutuadores e relaxamento com o indivíduo em flutuação. Isso
ocorreu com frequência de uma ou duas vezes por semana, totalizando dez
intervenções. Após o período de tratamento, os dois questionários foram novamente
aplicados. Todos os testes e gráficos foram realizados no software R versão
3.2.4 revisado (2016). Resultados: A amostra da pesquisa foi composta
por 13 indivíduos, com idade entre 49 a 59 anos, sendo 23,08% (n=3) do sexo
masculino e 76,92% (n=10) do sexo feminino. Observou-se que após a intervenção
fisioterapêutica houve aumento significativo no valor geral do índice BPWHOQOL
dos pacientes (p<0,05). O ambiente lúdico e os efeitos fisiológicos da água
aquecida atuam diretamente nos domínios psicológico e físico do indivíduo,
podendo interferir positivamente na interação e qualidade de vida. Quanto a
qualidade de sono, inferiu-se possível melhora tendo em vista que houve uma
diminuição significativa no valor geral do índice PSQI dos pacientes (p<0,001)
após o tratamento. Em função das atividades realizadas no ambiente aquático é
favorecida uma elevação da taxa de serotonina e, consequentemente, de
melatonina, ambas favoráveis ao sono. Ao correlacionar a qualidade de sono e
qualidade de vida, não houve correlação significativa. Contrariamente, outros
autores conseguiram estabelecer uma correlação entre esses dois fatores,
utilizando a hidrocinesioterapia em pacientes com
fibromialgia. Conclusão: A Fisioterapia Aquática mostrou-se benéfica
como forma de intervenção objetivando a melhora da qualidade de sono e da
qualidade de vida, porém não foi evidenciada correlação significativa entre
essas duas variáveis.
Palavras-chave: fisioterapia,
hidroterapia, qualidade de vida, sono.
Fisioterapia Aquática
na hemipelvectomia interna
Santos KNA1
Oliveira LS1, Teixeira SS2
1Programa de
Pós-graduação em Ciências Biomédicas, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI, 2Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI
Email: kyvianaysis@gmail.com
Introdução: A hemipelvectomia
é normalmente indicada para o tratamento dos sarcomas da região glútea e da
porção proximal posterior da coxa, bem como dos tumores ósseos da pelve. Quanto
ao procedimento cirúrgico, pode ser externa ou interna. A externa, que consiste
na ressecção de toda a hemipelve e do membro
inferior, é indicada em pacientes com tumores extensos. Já a forma interna
consiste na ressecção de segmentos ósseos e tecidos comprometidos da cintura
pélvica, preservando-se o feixe vásculo-nervoso
femoral e nervo ciático e, desta forma, é possível preservar o membro inferior
dos pacientes. Esta última deve ser considerada sempre que possível, pois este
procedimento apresenta baixa taxa de recidiva comparável a outras ressecções
radicais. Além disso, preserva-se o membro inferior do paciente, influenciando
de forma positiva em sua qualidade de vida. A fisioterapia aquática é um
recurso terapêutico que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em piscina
aquecida como recurso auxiliar da reabilitação ou prevenção de alterações
funcionais, podendo ser um importante tratamento na reabilitação de pacientes
submetidos à hemipelvectomia interna. Objetivos:
Relatar a abordagem fisioterapêutica na hemipelvectomia
interna por meio da fisioterapia aquática. Métodos: Trata-se de uma
revisão bibliográfica, desenvolvida com artigos publicados no período de 2007 a
2017, coletados nas bases eletrônicas SciELO e LILACS, utilizando os
descritores: “Hemipelvectomia”,
“Hidroterapia”,
“Fisioterapia Aquática” e
“Reabilitação”. Os critérios de
inclusão definidos
para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em
português; artigos na
íntegra que retratassem a temática delimitada e artigos
publicados e indexados
no referido banco de dados nos últimos dez anos. Resultados:
Consequentemente, a hemipelvectomia traz modificações
funcionais como déficit de equilíbrio e da força muscular, alterações posturais
e da mecânica respiratória, dores musculares, e comprometimento na deambulação.
Em vista disso, como objetivos da fisioterapia aquática temos: melhorar
equilíbrio e propriocepção; ganhar força muscular e flexibilidade; promover
condicionamento aeróbico; prevenir deformidades e aderências. Nos protocolos de
intervenção da fisioterapia aquática para o paciente submetidos a hemipelvectomia são indicados: diagonais de Bad Ragaz, que é um método
bastante usado para reeducação muscular, fortalecimento, alongamento,
relaxamento e inibição do tônus; treino de equilíbrio e marcha e exercício
proprioceptivos, que auxiliam no fortalecimento, coordenação, equilíbrio,
repercutindo assim na melhora da marcha e redução do risco de quedas;
alongamento, mobilização passiva e ativa dos membros, que permitem o aumento da
amplitude de movimento das articulações; relaxamento com flutuação, pompagem e hidromassagem, que são usadas para controle do
estresse, alívio da dor e relaxamento. Conclusão: Com isso percebemos
que a fisioterapia aquática pode trazer inúmeros efeitos benéficos na
capacidade física e funcional em pacientes com hemipelvectomia
interna. Sua prática mostra-se eficiente para produzir melhora na
flexibilidade, na força muscular e no equilíbrio, além de proporcionar
analgesia, controle postural e condicionamento aeróbico, por meio de suas
variadas técnicas e protocolos. Conclui-se que a fisioterapia aquática é uma
prática benéfica, bem aceita, com baixos riscos para reverter déficits causados
pela cirurgia e melhorar a qualidade de vida.
Palavras-chave: hemipelvectomia,
hidroterapia, reabilitação.
Efeito da Fisioterapia
Aquática no equilíbrio de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: uma
revisão integrativa de literatura
Cardoso RAM1,
Machado YA1, Silva DV2
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Mestrando em Saúde da Mulher e Especialista em
Fisioterapia Aquática, Parnaíba/PI
Email:
rayanacardoso96@gmail.com
Introdução: A doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada pela limitação do fluxo aéreo devido à
complexa interação entre a destruição do parênquima pulmonar e inflamação das
pequenas vias aéreas. A sensação de falta de ar é o sintoma predominante na
DPOC. Além disso, vem sendo observado uma associação entre a presença da doença
e maior risco de quedas. Os impactos da DPOC ocorrem nos diversos sistemas do
corpo, gerando fadiga, fraqueza muscular e anormalidades na marcha em
comparação a indivíduos saudáveis, tornando-os mais suscetíveis a quedas. A
força muscular dos membros inferiores pode ser reduzida devido ao desequilíbrio
entre a síntese proteica e a proteólise muscular. Essas vias, juntamente com
outros fatores desencadeantes como inatividade física, podem levar às
alterações observadas nos músculos periféricos dessa população. As
consequências da inatividade física podem ser revertidas pelo treinamento. O
ambiente aquático tem sido amplamente utilizado como uma modalidade terapêutica
para melhorar o equilíbrio estático e dinâmico em várias populações de
pacientes. Consiste em exercícios realizados em piscina aquecida que promovem
alterações fisiológicas nos diversos sistemas do corpo, facilitando a
realização das atividades com maior independência do paciente. Objetivo:
O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a aplicabilidade
da fisioterapia aquática na melhora do equilíbrio e redução do número de quedas
de paciente com DPOC. Métodos: Foram definidos os conceitos-chave da
pesquisa: Equilíbrio, risco de quedas e marcha na DPOC, Terapia na água para
DPOC e Terapia aquática na melhora do equilíbrio; em seguida determinou-se o
período de pesquisa que envolveu os anos de 2007 a 2018 e as bases de dados
pesquisadas: SciELO, PEDro, MedLine
e Pubmed. Resultados: A pesquisa realizada com
os descritores propostos gerou um total de 1666 artigos. Foram utilizados
filtros limitando data, artigos em inglês, português e que possuíssem texto
completo, totalizando 333 artigos. Após a primeira análise, 288 foram excluídos
por não serem compatíveis com o tema proposto ou se repetirem, 45 foram
selecionados para a leitura do resumo. Destes, 19 foram escolhidos para a
leitura do texto completo por possuírem metodologia de tratamento parecida,
focadas nos efeitos da fisioterapia aquática para o equilíbrio de pacientes com
características semelhantes ao DPOC e artigos sobre as principais alterações
físicas do paciente com DPOC que interferem no equilíbrio, finalizando em 19
artigos. Os protocolos de hidrocinesioterapia
encontrados nos artigos eram compostos basicamente pelas seguintes atividades:
caminhadas na piscina, fortalecimento e alongamentos musculares, exercícios de
resistência, respiração, atividades para treinamento do equilíbrio postural
estático e dinâmico, além de adaptação ao meio líquido e atividades lúdicas. Conclusão:
A terapia na água tem excelentes resultados em pacientes com DPOC, podendo ser
utilizada em associação com a reabilitação pulmonar, melhorando a função
respiratória, qualidade de vida e funcionalidade do mesmo,
beneficiando o paciente de forma integral. Pode-se observar melhora do
equilíbrio em diferente população de pacientes após a utilização de
fisioterapia aquática, embora ainda haja uma escassez de estudos específicos
sobre a atuação da terapia na água na melhora do equilíbrio do paciente com
DPOC, sugerindo que mais estudos devam ser realizados.
Palavras-chave: Hidroterapia, DPOC,
equilíbrio.
Efeitos do método Watsu na funcionalidade de indivíduos com fibromialgia:
revisão sistemática
Costa BC1,
Sousa LM2, Gouveia GPM2, Souza ATS1, Silva ESM1,
Costa RAS1
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Avaliativa e
Terapêuticas - GPFAT, Parnaíba/PI
Email:
brunocunha09@hotmail.com
Introdução: A fibromialgia é
considerada uma síndrome de caráter crônico e não inflamatório, sua etiologia
ainda é desconhecida e sua principal característica é a dor difusa, juntamente
com um aumento da sensibilidade na palpação. Pode estar relacionada a diversos
sintomas como a fadiga, insônia, ansiedade, depressão e intolerância ao frio.
Em relação a funcionalidade nestes pacientes, esta encontra-se bastante
afetada, causando um grande impacto na qualidade de vida. Uma das técnicas
bastante utilizada no tratamento da fibromialgia é o Watsu,
na qual consiste em uma modalidade de terapia aquática em piscina aquecida, com
ambiente tranquilo e com a realização de alongamentos passivos, mobilização
articular, pressão em pontos de acupuntura visando o equilíbrio de energias nos
meridianos e proporcionando relaxamento. Objetivos: Analisar o efeito do
método Watsu na funcionalidade de pacientes com
fibromialgia. Métodos: O estudo trata-se de uma revisão sistemática,
desenvolvida mediante uma busca bibliográfica nas bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo, além de pesquisa
em capítulos de livros e revistas. Os descritores foram selecionados a partir
da Biblioteca Virtual em Saúde, usados no idioma inglês, sendo eles Watsu, Aquatic physiotherapy, Fibromyalgia. Após
a leitura dos títulos foram selecionados aqueles que incluíam o tratamento para
indivíduos diagnosticados com fibromialgia. Resultados: A busca somou-se
em 20 artigos, desses, 13 foram utilizados, sendo 9 artigos originais, 2
livros, 1 tese e 1 artigo de revisão. Os ensaios clínicos selecionados
mostraram efeitos positivos quanto a técnica do Watsu,
no tratamento de fibromialgia. Os estudos mostraram que após as intervenções
com o método Watsu houve melhora na condição de vida
dos pacientes acometidos com a fibromialgia. Conclusão: Após apreciação
dos títulos, pôde-se afirmar que há eficácia no tratamento em pacientes com
fibromialgia por meio do método Watsu, visto que ele
se utiliza de água aquecida. O método associado aos efeitos fisiológicos e
terapêuticos, proporcionados pelo ambiente aquático, expressaram melhora na
condição clínica e da qualidade de vida desses indivíduos.
Palavras-chave: Watsu,
fisioterapia aquática, fibromialgia.
A Fisioterapia Aquática
no tratamento dos distúrbios do equilíbrio
Douglas Pereira Silva¹,
Allyson Honório Medeiros², Carla Patrícia Novaes
Santos Fechine³, Ulisses Freire Ayres Lima3
¹Associação Paraibana
de Ensino Renovado (ASPER), João Pessoa/PB, ²Departamento de Fisioterapia
Faculdades Asper, João Pessoa/PB, ³Curso de
Bacharelado em Fisioterapia Faculdades Asper, João
Pessoa/PB
Email:
fisioterapiadouglas@gmail.com
Introdução: A Fisioterapia
Aquática (FA) é tida como uma técnica terapêutica que utiliza alguns princípios
físicos para a reabilitação em meio líquido com temperatura adequada a cada
tipo de patologia. Objetivos: Esta pesquisa tem como objetivo
caracterizar o atendimento da fisioterapia aquática em pacientes com distúrbios
no equilíbrio. Descrever quais são os principais efeitos da hidroterapia para
os distúrbios do equilíbrio; avaliar como a hidroterapia auxilia na melhoria da
condição motora dos pacientes com distúrbios do equilíbrio; relatar e discutir
se as práticas terapêuticas aquáticas auxiliam na melhora do controle postural.
Métodos: Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, com abordagem
quantitativa envolvendo a FA, o levantamento de dados foi obtido a partir da
entrevista de 5 pacientes da Clínica Escola de Fisioterapia da ASPER no estado
da Paraíba, apresentando disfunções neuromotoras há
pelo menos um ano, entre 11 e 71 anos de idade, onde foi realizado um
questionário de 10 perguntas e avaliado o tônus muscular dos mesmos através da
escala de ASHWORTH modificada. A coleta de dados foi formalizada mediante a
aprovação pelo Comitê de Ética, respeitando a Resolução do Conselho Nacional de
Saúde (CNS/MS) 466/12. Número de aprovação do Parecer Comitê de ética em
Pesquisa: 2.322.001. Resultados: Todos os pacientes foram avaliados no
primeiro e no último dia de tratamento, os pacientes foram submetidos ao
tratamento da FA duas vezes por semana, num total de 5 atendimentos, com
duração de 40 minutos cada sessão. Todos os pacientes começaram os exercícios
de fortalecimento sem carga na primeira sessão, da segunda em diante os
pacientes foram aumentando o peso, com o uso das caneleiras para hidroterapia,
entre 1kg e 2kg. Os exercícios realizados na piscina foram executados sempre
respeitando os limites, dores e amplitudes dos pacientes em questão. O tônus de
cada indivíduo foi avaliado através da Escala de Ashworth
de acordo com o déficit de equilíbrio e Membros Inferiores (MMII) focando nos
padrões de flexão e extensão do quadril e joelhos. Entretanto, com os resultados
obtidos por meio da aplicação da escala, podemos perceber toda eficácia no
tratamento mediante a intervenção da Fisioterapia com o recurso da Fisioterapia
Aquática. É importante ressaltar que os pacientes foram submetidos à fisioterapia
aquática utilizando o método da hidrocinesioterapia,
para potencializar os efeitos terapêuticos junto com a água aquecida. Conclusão:
De acordo com os dados obtidos e apresentados neste trabalho é possível
perceber que as contribuições da FA com seus métodos de fisioterapia contribuem
para a reabilitação de pacientes com distúrbios do equilíbrio principalmente em
indivíduos de meia e terceira idade, nos quais requer atenções maiores devido à
rigidez e fraqueza muscular.
Palavras-chave: fisioterapia
aquática, equilíbrio, hidrocinesioterapia.
A Fisioterapia Aquática
no tratamento de pacientes com distrofia muscular: uma revisão de literatura
Kamila Steffanie Farias Barreto, Luana Feitosa Calado, Nathaly Thays Silva Farias,
Clarissa Pessoa Lopes, Maytta Rochelly
Lopes da Silva. Clara Beatriz Torres Maciel
Centro Universitário
Tabosa de Almeida - ASCES/UNITA, Caruaru/PE
Email:
luanafcalado@outlook.com
Introdução: Distrofia muscular se
refere ao grupo de doenças genéticas nas quais os músculos que controlam o
movimento enfraquecem progressivamente. No geral, apenas os músculos de
movimentos voluntários são afetados, mas algumas formas dessa doença também
podem atingir o coração e outros órgãos de movimentos involuntários. Nos casos
mais graves, os pacientes apresentam fraqueza muscular rápida e severa,
causando incapacidade funcional. A intervenção da Fisioterapia Aquática, busca
retardar a evolução clínica e prevenir complicações secundárias da doença,
mantendo assim a funcionalidade desses pacientes. As propriedades físicas da
água, diminuem o impacto articular, promovendo relaxamento muscular, permitindo
a realização dos exercícios. Objetivos: Descrever, através de revisão
literária, os efeitos da fisioterapia aquática no tratamento de pacientes com
distrofia muscular, associando aos ganhos relacionados à melhora da
independência funcional dos mesmos. Métodos:
Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa. A busca foi realizada
nas bases de dados SciELO, Bireme, Scholar, com temática central acerca da
fisioterapia aquática no tratamento de pacientes com distrofia muscular, como
critérios de inclusão foram artigos científicos brasileiros e estrangeiros
datados em até 10 anos e como critérios de exclusão foram artigos científicos
publicados há mais de 10 anos e que não estavam dentro do assunto pesquisado. Resultados:
De acordo com as literaturas investigadas, foi possível analisar os efeitos da
fisioterapia aquática no tratamento das distrofias musculares. A água aquecida
promove facilitação dos movimentos pelo efeito do empuxo e alívio de dores pelo
calor, além de fornecer um ambiente favorável para realização de atividades. Em
relação às respostas fisiológicas, decorrentes da imersão e realização de
fisioterapia aquática nos pacientes portadores de distrofia muscular, foi
possível observar alterações significativas em relação às pressões
inspiratória e expiratória máximas, e discretas alterações nos valores de
frequência cardíaca, e níveis de saturação de oxigênio. Conclusão:
Diante dos achados mencionados, conclui-se que, o tratamento com fisioterapia
aquática, associada à atividade física de baixa a moderada intensidade não é
uma sobrecarga física para os pacientes portadores de distrofia muscular.
Foi possível comprovar sua eficácia na melhora da agilidade do deslocamento e
na funcionalidade de membros superiores. Pesquisas adicionais com maior tempo
de seguimento e maiores tamanhos de amostra são sugeridos.
Palavras-chave: hidroterapia,
distrofia muscular, tratamento.
Análise da autonomia
cardíaca por meio do gráfico de poincaré em idosos
submetidos a ambiente aquático
Sousa EGD¹, Gouveia GPM
2, Castro LTG1, Silva PA¹, Araújo RL1, Oliveira TR¹
1Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI, 2Coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisioterapia
Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT
Email:
laryssatheodora@hotmail.com
Introdução: A Variabilidade da
Frequência Cardíaca (VFC) descreve as oscilações dos intervalos entre
batimentos cardíacos consecutivos (intervalos R-R), sendo estas normais,
indicando a habilidade do coração em responder aos múltiplos estímulos, como
por exemplo, o exercício físico. Portanto, a água e suas propriedades físicas
somando-se aos efeitos fisiológicos do exercício podem atuar de maneira
benéfica e ainda mais satisfatória ao organismo comparando-se à reabilitação
convencional isolada. Dentre os métodos utilizados para análise da VFC,
encontra-se o gráfico de Poincaré, uma técnica dinâmica não linear que retrata
a natureza das flutuações dos intervalos RR das séries temporais. Objetivos:
Este estudo objetivou analisar a variabilidade da frequência cardíaca por meio
do índice geométrico do gráfico de poincaré. Métodos:
O presente trabalho tratou-se de um estudo intervencionista, descritivo,
transversal de caráter quantitativo. Estiveram envolvidos 12 sujeitos com idade
média de 67,77 ± 5,94 (60-78) anos, residentes no município de Parnaíba/PI, sob
aprovação do Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí-PI, com parecer
número 2.379.589. Verificou-se a VFC em 12 voluntários, sendo monitorada por um
frequencímetro Polar Rs800x® antes e após cada intervenção, utilizando-se da
técnica de análise espectral da variabilidade cardíaca. O programa de
exercícios em ambiente aquático constituiu-se de uma série de alongamento e
exercícios resistidos para membros superiores e inferiores, além de equilíbrio,
propriocepção e relaxamento, executados durante uma hora, duas vezes por semana
em dias alternados, durante seis semanas. Realizou-se teste descritivo e o de
normalidade de Shapiro-Wilk que confirmou uma distribuição normal para as
variáveis em estudo, obtendo p > 0,05 sendo, portanto, utilizado o teste T
pareado. Resultados: Ao inferir os dados da variabilidade da frequência
cardíaca, antes e após, o protocolo de exercícios aquáticos resistidos, quanto
às variáveis SD1 e SD2 do índice geométrico de Poincaré, por meio do teste t
pareado, não obteve significância estatística para o valor de SD1 (p = 0,303),
porém houve significância para o valor de SD2 (p=0,040). Conclusão:
Conclui-se que o protocolo realizado não refletiu na alteração do tônus vagal
cardíaco parassimpático, porém apresentou um aumento da variabilidade
simpática. Infere-se, portanto, que o protocolo refletiu na modulação do sistema
autonômico.
Palavras-chave:
hidroterapia, sistema nervoso, idosos.
Efeito da Fisioterapia
Aquática no condicionamento cardiovascular e na qualidade de vida de pacientes
após acidente vascular encefálico
Costa MRDV1,
Lima RC1, Lopes CP1, Shirahige L2,
Albuquerque PL3, Souza CEA4
1Centro Universitário
Tabosa de Almeida - ASCES/UNITA, Caruaru/PE, 2Programa de
Pós-graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento da Universidade
Federal de Pernambuco – UFPE, Recife/PE, 3Programa de Pós-graduação
em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento da UFPE, Docente do
departamento de Fisioterapia do Centro Universitário Tabosa de Almeida -
ASCES/UNITA, Caruaru/PE, 4Docente do departamento de Fisioterapia do
Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES/UNITA, Caruaru/PE
Email:
clarissaplopes@hotmail.com
Introdução: os efeitos do
treinamento cardiovascular são potencializados quando realizados na piscina
terapêutica devido às propriedades físicas da água. Objetivo: avaliar os
efeitos de um protocolo de fisioterapia aquática na qualidade de vida e no
condicionamento cardiovascular de pacientes pós-AVE. Métodos: Trata-se
de um estudo piloto do tipo experimental, realizado no período de julho e
agosto de 2014, no ambulatório de fisioterapia da Associação Caruaruense de
Ensino Superior, localizado em Caruaru, Pernambuco. Antes de serem submetidos
aos procedimentos experimentais da pesquisa, todos os indivíduos leram e
assinaram o consentimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), elaborado segundo as normas das recomendações da resolução
466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, tendo sido aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da Associação Caruaruense de Ensino Superior (CEP/ASCES),
CAAE: 32898614.4.0000.5203. Foram incluídos 10 pacientes pós acidente vascular
encefálico, de ambos os sexos, com idade superior a 25 anos. Apenas indivíduos
que possuíam boa compreensão foram incluídos (de acordo com os escores do Mini Exame do Estado Mental – MEEM). Os dez pacientes foram
divididos nos grupos: controle (exposto ao protocolo de exercícios no solo) e
experimental (submetidos a 10 sessões de fisioterapia aquática). As medidas
para frequência cardíaca e respiratória, o número de voltas, saturação de
oxigênio durante o teste de caminhada de seis minutos e qualidade de vida
segundo a escala EQVE-AVE, foram avaliadas antes e após o programa de
atividades. Resultados: Por meio da análise intra-grupo,
o teste-t
pareado (antes e após experimento)
identificou uma redução significativa da frequência
cardíaca após o teste de
caminhada de seis minutos para o grupo controle (p = 0,003,
diferença de média
6,0 ± 0,56) e um aumento significativo na quantidade de voltas
no grupo
controle (p = 0,001, diferença de média -0,6 ±
0,56) e no grupo experimental (p
= 0,01, diferença de média – 1,8 ± 0,37) em
relação à condição inicial. Apenas
o grupo experimental (p = 0,046, diferença de média -42
± 32,9) apresentou
aumento significativo para o índice geral de qualidade
(EQVE-AVE) em relação à
condição basal. O teste t para amostras independentes
revelou diferença
significativa entre os valores aferidos para a pressão
diastólica de repouso
após o período do experimento entre os grupos controle e
experimental (p =
0,05, diferença de média -10 ± 4,23), indicando
valores pressóricos mais baixos
para o grupo controle. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos
neste estudo, pode-se concluir que o programa de exercícios na piscina
terapêutica apresentou resultados semelhantes aos exercícios de solo para a
redução da frequência cardíaca de repouso e ao aumento do número de voltas no
teste de seis minutos. Adicionalmente foi capaz de aumentar o índice de
qualidade de vida em relação à condição inicial.
Palavras-chave: acidente vascular
cerebral, fisioterapia aquática, qualidade de vida, resistência física.
Desvendando o comportamento
motor aquático: descrição e reflexão sobre o movimento funcional
Bruna Yamaguchi1,
Dielise Debona Iucksch1,
Luize Bueno de Araujo1, Karize Rafaela Mesquita Novakoski1, Carolina
Fernandez Carneiro2, Tainá Ribas Mélo1,3, Vera Lúcia
Israel1,4
1Programa de
Pós-graduação em Atividade Física e Saúde pela Universidade Federal do Paraná
(UFPR), Curitiba/PR Brasil, 2Programa de Pós-graduação em Desempenho
Esportivo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba/PR Brasil, 3Universidade
Campos de Andrade, Curitiba/PR, 4Departamento de Fisioterapia da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba/PR
Email:
brunayamaguchi@hotmail.com
Introdução: O ambiente aquático (AA)
é amplamente utilizado. No entanto, pouco é descrito sobre comportamentos
motores funcionais em imersão. Isso é necessário para aprimorar as estratégias
utilizadas para o movimento neste ambiente e para possíveis transferências para
o solo. Objetivos: O objetivo deste estudo é descrever qualitativamente
comportamentos motores aquáticos para indivíduos hígidos. Em um segundo
momento, intenta-se relacionar tais padrões com os existentes no ambiente
terrestre e, por meio da perspectiva biopsicossocial fundamentada na Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), com os domínios de
atividades e participação desta Classificação. Métodos: Utilizou-se
pesquisa-ação que aborda de forma observacional e descritiva comportamentos
motores na água com sistematização pelas fases de Israel, Aquatic
Functional Assessment Scale
(AFAS), efeitos aquáticos no corpo imerso, relação com o movimento funcional no
solo e CIF. Partiu-se numa primeira fase para busca de estudos teóricos sobre
comportamentos motores funcionais. Depois, realizada uma prática para
exploração aquática pelas próprias pesquisadoras durante uma vivência em
piscina terapêutica aquecida. Nesta ocasião os movimentos funcionais aquáticos
foram filmados dentro e fora da água. Na terceira fase, as pesquisadoras
categorizaram os comportamentos motores aquáticos de acordo com as seguintes as
fases de Israel: ambientação, domínio do meio líquido, exercícios terapêuticos
especializados e condicionamento orgânico global. Essa sistematização permitiu
a adesão de novos comportamentos motores ainda não descritos na escala AFAS,
contudo relevantes para ampliar as possibilidades de incentivar habilidades
motoras. Em paralelo, foram elencados os principais efeitos do corpo em imersão
no AA para cada comportamento descrito. Por fim, os comportamentos aquáticos
foram discutidos com movimentos funcionais desempenhados no solo, baseados nos
domínios de Atividade e Participação da CIF. Resultados: Resultados
permitiram a sistematização do movimento aquático a partir das peculiaridades
da água, relacionando-os com repercussões de atividades e participação do
movimento funcional, sob visão biopsicossocial da CIF. A teoria
biopsicossocial, traz a aprendizagem ocorrendo ao realizar atividades motoras,
por meio da exploração do meio ambiente em que vive e ao protagonizar as
atividades. Assim, podemos dizer que ao explorarmos o AA há respostas motoras
aproveitadas para o AT, pois, como afirmou Morgan, os estímulos e as questões
ligadas ao meio interferem diretamente no controle motor e na plasticidade
cerebral de maneira a alterar o repertório motor. Conclusão: Este estudo
possibilitou maior entendimento do movimento aquático sob a visão
biopsicossocial da CIF, de forma que os comportamentos motores executados na
água sejam entendidos de forma global, relacionado a padrões de funcionalidade
humana no AT. Devemos considerar que essa sistematização permite que
profissionais envolvidos no estudo do movimento humano em imersão compreendam a
complexidade dessa abordagem e possam aprimorar suas decisões práticas, sejam
elas de exercício físico ou terapêutico para a saúde.
Palavras-chave:
hidroterapia, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e
saúde, exercício, atividade motora.
A efetividade da Fisioterapia
Aquática combinada à fisioterapia convencional versus fisioterapia convencional
no equilíbrio de indivíduos pós-AVE: uma revisão sistemática e metanálise
Cavalcante VSP1,
Missias AA1, Mendes FAS2,3,
Carmo AA2, Leal JC2
1Universidade de Brasília
(Faculdade de Ceilândia), Brasília/DF, 2Departamento de
Fisioterapia, Universidade de Brasília, Brasília/DF, 3Programa de
Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da UnB, Universidade de Brasília,
Brasília/DF
Email:
vitoria.s.pinho@hotmail.com
Introdução: Pacientes com Acidente
Vascular Encefálico (AVE) frequentemente apresentam déficits de equilíbrio, uma
vez que, esses indivíduos têm dificuldade em controlar seus movimentos devido a
fraqueza muscular, alteração de tônus muscular e padrões de movimento anormais,
o que reduz a quantidade de movimentos e os limites de estabilidade que podem
interferir na mobilidade, aumentando o risco de quedas. A terapia aquática é
comumente usada na reabilitação neurológica, pois tem potencial para facilitar
a movimentação durante a transferência de peso e fornece segurança reduzindo o
impacto de uma queda. As propriedades geradas pela água, como a pressão
hidrostática e a flutuabilidade permitem que o exercício tenha várias vantagens
em relação a um ambiente influenciado pela gravidade. Assim, o treinamento do
equilíbrio, pode ser mais vantajoso quando realizado em um ambiente aquático.
Embora a fisioterapia aquática seja amplamente utilizada na prática clínica,
ainda existe uma lacuna em termos de evidências sobre a sua efetividade no equilíbrio
de pessoas que sofreram AVE quando ela é combinada a terapia convencional no
plano de tratamento dessa população. Objetivos: Sumarizar criticamente,
a evidência atual através de Ensaios Clínicos Randomizados (ECRs)
que avaliaram o desfecho equilíbrio em indivíduos com sequelas de AVE após
intervenção com fisioterapia aquática combinada a fisioterapia convencional em
comparação a estudos que utilizaram somente a fisioterapia convencional. Métodos:
Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise
de ensaios clínicos randomizados. A revisão sistemática foi baseada nas
recomendações PRISMA. Foram rastreados artigos que tivessem as palavras-chave
pesquisadas no título ou resumo, publicados até maio de 2018 nas seguintes
bases de dados: CENTRAL, CINAHL, Google Scholar, LILACS, PEDro,
PubMed, Scielo, Scopus e
Web of Science. As buscas foram realizadas por dois
revisores de forma independente, obedecendo os critérios de elegibilidade e,
posteriormente, comparadas. Todos os estudos selecionados foram avaliados
metodologicamente utilizando-se a escala PEDro. Foi
realizado um teste estatístico para avaliar a concordância inter-avaliador
utilizando o teste de coeficiente Kappa (SPSS Statistics
versão 20). Para a metanálise foi utilizado o software
R 3.4.2. As diferenças médias (MD) e seus intervalos de confiança de 95% (IC
95%) foram utilizados para avaliar os desfechos de equilíbrio. Resultados:
Um total de 356 estudos foram identificados através da busca em banco de dados
e dois adicionais identificados em outras fontes. Seis estudos foram incluídos
para análise qualitativa e 4 estudos foram incluídos na metanálise.
Os resultados para medições da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) demonstraram
uma heterogeneidade não significativa nos valores marcados após 2-6 semanas
(MD: 1,85; IC 95%: (0,83; 2,87); p = 0,98). A metanálise
dos estudos que utilizaram o Teste de Alcance Funcional (TAF) demonstrou
heterogeneidade não significativa após 2-6 semanas de tratamento (MD: 2,07; IC
95% (1.01; 3.13); P = 0,79). Para os estudos que avaliaram com o Timed Up and
Go Test (TUG) foi demonstrada heterogeneidade não significativa após 6 semanas
de tratamento (MD: -2,43; IC 95% (-3,37; -1,48); P = 0,80). Apesar de alguns
estudos obterem resultados favoráveis aos grupos experimentais, no compilado
dos resultados das metanálises não houve resultados
que favorecessem o uso combinado da terapia aquática com a convencional. Os
resultados encontrados auxiliam na decisão clínica em relação às possibilidades
de intervenções para o tratamento do equilíbrio em sobreviventes do AVE no
qual, a terapia aquática pode ser utilizada como uma terapia complementar à
terapia convencional. Conclusão: Conclui-se que a fisioterapia aquática
é benéfica no tratamento do equilíbrio em indivíduos no pós-AVE e que a adição
da fisioterapia convencional não mostrou diferenças significativas quando
comparada a fisioterapia convencional isoladamente.
Palavras-chave: AVE, hidroterapia,
equilíbrio postural
Efeitos da Fisioterapia
Aquática no tratamento da dor e qualidade de vida de pacientes com
fibromialgia: uma revisão de literatura
Machado YA1,
Araújo BN1, Cardoso RAM1, Ferreira APS1,
Fontenele KLC1, Silva DV2
1Acadêmica de
Fisioterapia da Universidade Federal do Piauí, Parnaíba/PI, 2Mestranda
em Saúde da Mulher pela Universidade Federal do Piauí e Especialista em
Fisioterapia Aquática pela UNINASSAU, Recife/PE
Email:
yaramachado-@hotmail.com
Introdução: A fibromialgia é uma
condição crônica caracterizada por dor musculoesquelética e sintomas
secundários como rigidez articular, fadiga, distúrbios do sono e depressão. O
diagnóstico baseia-se na presença de dor crônica e difusa por mais de três meses
e dor a palpação em no mínimo 11 dos 18 pontos específicos. Em consequência da
dor, os indivíduos com fibromialgia apresentam diminuição da capacidade física,
causando impacto negativo na qualidade de vida e nos aspectos pessoais,
profissionais, familiares e sociais. O tratamento deve integrar abordagens
farmacológicas e não farmacológicas com o objetivo de aliviar a dor e a fadiga,
melhorar a qualidade do sono e o condicionamento físico. Nesse contexto, a
fisioterapia aquática proporciona um ambiente onde as atividades podem ser
executadas com maior facilidade, permitindo a reprodução de movimentos com
impactos minimizados. Objetivo: O objetivo desse estudo de revisão
bibliográfica foi investigar a influência da fisioterapia aquática na dor,
sono, condições emocionais e qualidade de vida de indivíduos diagnosticados com
fibromialgia. Métodos: Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Bireme, SciELO e BVS, com artigos do período de
2006 a 2017. As palavras-chave utilizadas na pesquisa foram: Fibromialgia,
Hidroterapia, Qualidade de vida. Resultados: De acordo com os termos de
busca pré-definidos foram encontrados 143 artigos. Com a utilização dos
filtros, data e idioma (inglês e português), foram reduzidos para um total de
88 artigos. Destes, 53 foram excluídos por não serem compatíveis com o tema em
questão e 35 foram selecionados para a leitura do resumo. Após a análise,17
artigos foram selecionados para a leitura do texto completo por se enquadrarem
no tema proposto, focando na fibromialgia, aspecto físicos e psicológicos dos
pacientes e na atuação da fisioterapia aquática, finalizando em 17 artigos. Os
protocolos de tratamento foram compostos por exercícios de alongamento
muscular, exercícios aeróbicos, relaxamento, além do Watsu,
técnica baseada em movimentos passivos do paciente. A efetividade dos
tratamentos foi qualificada por meio da utilização de questionários avaliando a
qualidade de vida, impacto da fibromialgia na funcionalidade, depressão e
qualidade do sono. Conclusão: A fisioterapia aquática é uma modalidade
de terapia efetiva no tratamento da fibromialgia, atuando na redução da sintomatologia,
permitindo a participação ativa do paciente no seu tratamento, proporcionando
melhoras significativas nos aspectos relacionados a saúde física e emocional,
diminuição da sensibilidade à dor, aumento da tolerância ao exercício e melhora
do condicionamento geral, contribuindo positivamente para a qualidade de vida
desses pacientes.
Palavras-chave: fibromialgia,
hidroterapia, qualidade de vida.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática na promoção da qualidade de vida e redução de perda de equilíbrio em idosos:
uma revisão sistemática
Araújo BN1,
Fontenele KLC1, Ferreira APS1, Melo LA2
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Docente da Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI
Email:
bruna.silver0701@gmail.com
Introdução: O processo de
envelhecimento é definido como a redução da capacidade de adaptação do ser
humano no meio ambiente, tornando-o cada vez mais dependente. Com esse
processo, alguns sistemas são afetados, e dentre estes os responsáveis pela
manutenção do controle postural levando, consequentemente, ao aumento do risco
de quedas, um fator de grande ressalto epidemiológico para a população idosa. A
prática de atividade física promove uma minimização na degeneração causada pelo
envelhecimento, levando a uma melhor qualidade de vida e independência. Entre
as atividades indicadas para os idosos há um destaque para hidroterapia, um dos
recursos fisioterapêuticos que promove tanto reabilitação quanto promoção da
saúde por meio de exercícios aliados as propriedades físicas da água. Objetivos:
Verificar a eficácia da hidroterapia no equilíbrio de idosos. Métodos:
Para a pesquisa bibliográfica, foram realizadas buscas nas bases de dados
SciELO, Pubmed e ScienceDirect
por material literário publicado entre 2010 a 2017, utilizando os descritores “hidroterapia”,
“equilíbrio postural”, e “idosos”. Foram encontrados 17 artigos, dentre eles 07
foram excluídos e 10 encaixaram-se nos critérios da busca, tendo como critérios
de inclusão: estudos que tivessem como temática efeitos da hidroterapia na
qualidade de vida de idosos e de exclusão: inadequação a questão norteadora,
artigos incompletos, monografias e teses. Resultados: De acordo com os
artigos explanados, foi evidenciado a melhora do equilíbrio nos idosos
submetidos aos diversos protocolos de treinamento, sendo estes com sequências
de exercícios que variam entre treinos de propriocepção, fortalecimento
muscular, exercícios para marcha e voltados ao sistema vestibular. As melhoras
apontadas na prática dos exercícios em hidroterapia são relacionadas as propriedades
da água, que oferecem maior resistência e deixam os movimentos mais lentos
durante a sessão, fazendo com que os idosos tenham maior percepção sobre os
momentos de desequilíbrio, possibilitando a eles um tempo de reação melhor para
retornar à posição de equilíbrio, evitando assim as quedas. A temperatura
utilizada nas sessões de hidroterapia gera um efeito analgésico, que também
auxilia na manutenção do equilíbrio, pois muitas vezes os pacientes idosos
sentem dores que interferem nesse processo. Conclusão: A partir dos
resultados observados pode-se perceber a eficiência da hidroterapia no
restabelecimento do equilíbrio em idosos, gerando melhoria na qualidade de vida
dos mesmos pois proporciona maior independência e
segurança a este público.
Palavras-chave: hidroterapia,
equilíbrio postural, idosos.
Análise do índice de
quedas em idosos submetidos à Fisioterapia Aquática: revisão literária
Nascimento VH1,
Barbosa KV1, Gomes TBN1, Santos PMM1, Silva AMM1,
Silva MTP1, Ferreira ATS1, Silva AN1, Souza
PHVA2
1Graduandos em
Fisioterapia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL, 2Docente
do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL, Grupo de Pesquisa da Liga
Acadêmica de Fisioterapia Aquática LAFA, Maceió/AL
Email:
vittor.fisio@gmail.com
Introdução: Envelhecer e algo que
vai além do ciclo biológico, algo complexo e próprio de todo ser vivo. O
envelhecimento pode ser caracterizado pelo declínio da atividade motora e
consequentemente da funcionalidade, contribuindo com a fraqueza muscular. Decorrente
disso, essa população sofrerá com déficit de equilíbrio, perda de massa óssea e
muscular, ocasionando maior prevalência de doenças crônico degenerativas e
quedas. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo analisar o efeito da
fisioterapia aquática na prevenção de quedas em idosos. Metodologia: Foi
realizado neste estudo um levantamento bibliográfico dos artigos publicados
entre 2006 e 2017, nas seguintes bases dados PubMed,
LILACS e SciELO utilizando os seguintes descritores: hidroterapia, idoso, queda.
Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português e inglês,
considerando a metodologia dos artigos de ensaios clínicos, randomizados e experimentais.
E os critérios de exclusão foram artigos não disponíveis na íntegra. Resultados:
Após análise criteriosa do levantamento literário foram encontrados 44 artigos.
Destes 39 foram excluídos por não estarem relacionados com o objetivo deste
estudo, intervenção da fisioterapia aquática ou por não ser possível o acesso
ao texto De acordo com resultados obtidos a fisioterapia aquática mostrou uma
melhora no equilíbrio, diminuindo as quedas, interferindo positivamente na
qualidade de vida do idoso. Conclusão: De acordo com o que foi visto é
notório que a fisioterapia aquática tem influência na redução de quedas em
pessoas acima dos 60 anos, apresentando uma melhora no equilíbrio e
proporcionando uma melhor qualidade de vida aos idosos.
Palavras-chave: idoso, hidroterapia,
queda.
Os efeitos da
Fisioterapia Aquática em relação ao equilíbrio em idosos: uma revisão de
literatura
Lopes TS1,
Silva RL1, Carvalho KF1, Oliveira FA1 Costa BC¹,
Souza ATS1, Gouveia GPM2, Sousa LM2
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Avaliativa e
Terapêuticas - GPFAT, Parnaíba/PI
Email: thamireslopes674@gmail.com
Introdução: A senescência é
considerada como um processo natural, dinâmico e progressivo, em que acarreta
várias alterações morfológicas e funcionais, a perca de equilíbrio e
modificações na postura, por exemplo. Para o atraso ou evitar que essas alterações
sejam atenuantes é indicado a realização de atividades física, no qual a
fisioterapia aquática se torna importante por conta das propriedades físicas da
água somadas aos exercícios. As manifestações dos distúrbios do equilíbrio
corporal têm grande impacto para os idosos, podendo levá-los à redução de sua
autonomia social, uma vez que acabam reduzindo suas atividades de vida diária,
trazendo sofrimento, instabilidade corporal, medo de cair e altos custos com o
tratamento Objetivos: Analisar por meio de uma revisão de literatura os
efeitos da fisioterapia aquática em relação ao equilíbrio dos idosos. Métodos:
Este trabalho foi elaborado a partir de uma revisão da literatura, realizada
mediante o uso da base de dados SciELO, Bireme, PubMed.
Os descritores foram selecionados a partir da Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS), usados no idioma inglês, sendo eles aquatic physiotherapy, equilibrium, seniors. Como critério de inclusão foram selecionados os
artigos originais do período de 2010 a 2018 e que eram relevantes para o estudo
e como critérios de exclusão, os artigos de relato caso e revisões de
literatura. Resultados: A fisioterapia aquática é um dos recursos usados
no tratamento de pacientes pois melhora desordens músculos esqueléticas,
espasticidade, e consequentemente o equilíbrio dos mesmos.
Foram encontrados 20 artigos, destes, 9 foram relevantes à revisão mostrando
resultados significativos em relação ao equilíbrio e diminuição do risco de
quedas nos idosos. Conclusão: Diante dos achados, concluiu-se que a
fisioterapia aquática é eficaz no aumento do equilíbrio e na redução de quedas
em idosos, porém faz se necessário ser realizadas mais pesquisas nessa temática
para a obtenção de mais dados.
Palavras-chave: fisioterapia aquática,
equilíbrio, idosos.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática na qualidade do sono e capacidade funcional de indivíduos com doenças
crônicas degenerativas
Cardeira CSF1,
De Araújo MGR2, De Amorim EM1, De Mattos RM2,
De Oliveira AIS1, Figueirêdo BBRS2,
Rodrigues FTM2, Ferreira APL2
1Universidade Federal de
Pernambuco, Recife/PE, 2Departamento de Fisioterapia, Universidade
Federal de Pernambuco, Recife/PE
Email:
ferreiracaroline251@gmail.com
Introdução: Estima-se que 60% dos
problemas de saúde do mundo estão relacionados às doenças crônico degenerativas
que na maioria dos casos afetam a qualidade do sono e capacidade funcional dos
pacientes. Objetivo: Verificar os efeitos da Fisioterapia Aquática sobre
a qualidade do sono e capacidade funcional de indivíduos com doenças crônico degenerativas.
Pressupõe-se que a Fisioterapia Aquática possa contribuir para uma melhor
qualidade do sono e incremento da capacidade funcional. Métodos:
Trata-se de um estudo do tipo série de casos, foram incluídos indivíduos de
ambos os sexos com diagnóstico de doenças crônico degenerativas (neurológicas,
reumatológicas e cardiovasculares) com relato positivo de má qualidade do sono
e dificuldades para realizar as funções físicas cotidianas. Para avaliar a
qualidade do sono foi utilizado o Questionário de Qualidade do Sono de
Pittsburgh e para avaliar a capacidade funcional foram utilizados: o teste Timed Up & Go (TUG), Teste de
Caminhada de 10 metros e escala de percepção do esforço. O trabalho foi
realizado no setor de Fisioterapia Aquática da Clínica Escola de Fisioterapia
da UFPE, durante 4 meses, 2 vezes por semana, sessões com duração de 50
minutos. Foram realizados procedimentos de cinesioterapia aquática com e sem o
auxílio de flutuadores, métodos de Halliwick, Bad Ragaz e Watsu,
e massagens subaquáticas. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da UFPE,
parecer CAAE 83398118.8.0000.5208/2018. Resultados: Foram analisados 44
indivíduos (34 do sexo feminino e 10 do sexo masculino), com média de idade de
44,13 ± 15,8 e IMC médio de 25,15 ± 2,9. Houve melhora quanti e qualitativa do
sono de pobre (escore médio 14?0,6) para ótimo (escore médio 4,13 ± 0,8), o
teste de caminhada de 10 metros revelou mudança na velocidade da marcha de 0,72
± 0,24 m/s para 2,3 ± 0,44 m/s com maior frequência das passadas, melhora
qualitativa no sincronismo do movimento dos braços e diminuição da rotação
pélvica. A percepção do esforço foi reduzida de 9 para 7 pontos. As
experiências provocadas pela água podem estimular a potencialidade plástica do sistema
nervoso central por meio de estímulos sensitivos e motores, favorecendo um
maior controle motor, reações de equilíbrio além de promover o máximo de
independência funcional em indivíduos com doenças crônico degenerativas. Conclusão:
a Fisioterapia Aquática contribuiu para melhorar a qualidade do sono e a
capacidade funcional de indivíduos com doenças crônico degenerativas. Esse
resultado aponta para o fato que outros pacientes com o mesmo diagnóstico
possam se beneficiar do tratamento no meio aquático.
Palavras-chave: doença
crônico degenerativa, hidroterapia, capacidade funcional.
A importância da hidrocinesioterapia na paralisia cerebral do tipo
tetraparesia espástica - relato de experiência
Bento AKO, Almeida
GKO1, Escórcio AS, Cerqueira WF, Ferreira Neto JM,
Pereira MLS, Teixeira BBS
Graduandos em
Fisioterapia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, Parnaíba/PI
Email:
anikeli0424@hotmail.com
Introdução: O termo paralisa
cerebral (PC) é definido como uma desordem do movimento e da postura devido a
uma lesão no cérebro imaturo. É uma patologia não progressiva e provoca
debilitações variáveis na coordenação da ação muscular, com resultante
incapacidade em manter posturas e realizar movimentos normais, sendo que a
gravidade das alterações depende do tipo, extensão e localização da lesão. A PC
do tipo tetraparética espástica representa a forma clínica mais grave das
paralisias cerebrais. Em sua maioria, as crianças apresentam retardo mental,
crises convulsivas e grave comprometimento motor. Dessa forma, a Fisioterapia
tem um papel reabilitador, visando a melhora do controle de movimento e
prevenção da fraqueza muscular decorrentes dos danos ao desenvolvimento motor
atípico. A hidroterapia ou hidrocinesioterapia é uma
modalidade de reabilitação da Fisioterapia que possui uma longa história. A
piscina terapêutica oferece oportunidades estimulantes para os movimentos mais
difíceis e complexos, pois forças diferentes agem na água. Os efeitos de
flutuabilidade, metacentro e das rotações fornecem
campo para as técnicas especializadas e ainda, os efeitos terapêuticos trazem
benefícios como a manutenção ou aumento da amplitude de movimento das
articulações; fortalecimento dos músculos enfraquecidos e aumento na sua
tolerância aos exercícios; reeducação dos músculos paralisados; melhoria da
circulação; encorajamento das atividades funcionais e melhoria da coordenação
motora. Objetivo: Verificar a importância da hidroterapia no tratamento
da paralisia cerebral do tipo tetraparética espástica para a manutenção e/ou
melhora do quadro clínico. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter
observacional sobre o atendimento fisioterapêutico a um paciente diagnosticado
com paralisia cerebral, realizado de março a maio de 2018, na Clínica Escola de
Fisioterapia da Universidade Federal do Piauí – UFPI. Os atendimentos eram
realizados durante 2 vezes por semana, com duração de 60 minutos, com
exercícios de alongamentos passivos, treino de Bad Ragaz, modulação de tônus e treino de marcha. O estudo
baseou-se nos princípios éticos, onde todos os envolvidos foram esclarecidos do
objetivo do estudo e assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados:
Paciente S.F.R., sexo masculino, nascido no dia 11/02/1992, parto prematuro ao
sexto mês de gravidez, após o nascimento permaneceu 3 meses na incubadora e
posteriormente diagnosticado com encefalopatia crônica não progressiva. A
avaliação fisioterapêutica diagnosticou um quadro de tetraparesia espástica,
associado à hiporreflexia dos membros superiores e
joelho, hipertonia nos membros superiores. Visando minimizar a evolução dos
comprometimentos a fisioterapia tem papel fundamental para melhorar e/ou manter
trofismo, minimizar a fraqueza muscular, bem como alongar as estruturas
envolvidas. A literatura demonstra que a reabilitação neuromotora
aquática foi descrita como um precursor útil para os programas tradicionais de
reabilitação de lesão cerebral. O tratamento de um paciente com distúrbios
neurológicos na água oferece uma grande variedade de opções em um ambiente altamente
dinâmico. A meta de uma reabilitação é tornar o indivíduo mais independente
possível, melhorando sua funcionalidade e qualidade de vida. Conclusão:
Verificou-se que o programa de tratamento realizado duas vezes por semana no
ambiente aquático é eficaz, visto que houve melhoras em relação a marcha
subaquática, bem como para o relaxamento muscular, redução de espasmos
musculares e espasticidade, melhora da musculatura respiratória, melhora do equilíbrio
e da amplitude de movimento, sendo os princípios físicos da água auxiliares no
processo de tratamento.
Palavras-chave: hidroterapia,
paralisia cerebral.
Os benefícios da
Fisioterapia Aquática para pacientes com diagnóstico de fibromialgia: revisão
de literatura
Barbosa CCG1,
Da Silva ACCN1, De Paula TB1, Junior ETL1,
Mendes JPS1, Peixoto MMF2
1Centro Universitário
Maurício de Nassau, Recife/PE, 2Graduação pela Faculdade São Miguel,
Programa de Pós-Graduação, Faculdade Redentor, Recife/PE
Email:
mariliapeixoto17@gmail.com
Introdução: A fibromialgia é uma
síndrome dolorosa crônica que se caracteriza pela existência de pontos
dolorosos à palpação de regiões específicas do corpo. Seus principais sintomas
são dor, alterações do sono, cefaleia, fadiga, depressão que são considerados
essenciais para o estabelecimento de seu diagnóstico. É uma síndrome que atinge
cerca de 2% da população adulta, com maior incidência entre as mulheres e sua
etiologia permanece incerta. A fisioterapia se apresenta como um recurso de
suma importância, uma vez que os exercícios preservam a mobilidade, mantendo a
atividade muscular, minimizando e retardando a evolução da patologia além de
melhorar a qualidade de vida do paciente Objetivos: O objetivo desse
estudo é analisar os benefícios da fisioterapia aquática para pacientes com
diagnóstico de fibromialgia. Métodos: Este estudo trata-se de uma
revisão integrativa da literatura envolvendo publicações científicas sobre a
fibromialgia e hidroterapia. A pesquisa foi realizada em abril de 2017, com
artigos publicados de 2010 a 2017 conforme o enfoque temático. Resultados:
Verificamos que a fibromialgia é uma doença de etiologia ainda incerta, com um
diagnóstico consideravelmente subjetivo e com tratamento em constante evolução.
A sua prevalência depende dos métodos usados para considerar o diagnóstico como
positivo e varia entre 2 e 8%. Dentre os sintomas em casos mais graves podemos
encontrar problemas de raciocínio ou de memória, fraqueza muscular, cefaleia,
dor ou cólicas no abdómen, dormência ou formigueiro, tonturas, insónias, dor no
abdome superior, náusea, nervosismo, dor torácica, visão turva, febre,
diarreia, xerostomia, prurido, fenômeno de Raynaud,
urticária, zumbido, vômitos, pirose, aftas, disgeusia
ou ageusia, convulsões, xeroftalmia, dispneia, perda
de apetite, exantema, sensibilidade à exposição solar, dificuldades auditivas,
equimose fácil, perda de cabelo, aumento da frequência urinária, disúria e
espasmos da bexiga. A melhor forma de tratamento seria a conjugação do
farmacológico com o não farmacológico como a prática de exercícios físicos,
exercícios aeróbicos, fisioterapia e hidroterapia que auxiliam na diminuição e
retardamento dos sintomas. Conclusão: Contudo conclui-se que são
diversos os benefícios da fisioterapia aquática para os pacientes com diagnóstico
de fibromialgia dentre eles destacam-se atuação na dor, na rigidez, capacidade
funcional, fadiga, função social, estado de humor, alterações do sono,
ansiedade, depressão, além de promover o bem-estar e melhora na qualidade de
vida.
Palavras-chave: fibromialgia, fisioterapia,
qualidade de vida, fisioterapia aquática, sintomas.
Fisioterapia Aquática
como recurso de readaptação da corrida em maratonista amadora pós
politraumatismo coxofemoral: relato de caso
Parente LCO¹, Araújo
MGR², Mendonça HCS¹, Duarte JVT¹, Silveira MVFM¹, Silva LC¹, Antonino GB³,
Ferreira APL²
1Acadêmico de
Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife/PE, ²Docente do
Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife/PE,
³Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco,
Recife/PE
Email:
luanaparente00@gmail.com
Introdução: O politraumatismo do
quadril apresenta sequelas funcionais que tornam difícil o retorno à atividade
esportiva. Hipotetiza-se que a Fisioterapia aquática
pode ser considerada um recurso terapêutico importante no retorno da corrida
por possibilitar a descarga de peso precoce sobre o membro comprometido. Objetivos:
Verificar os efeitos da Fisioterapia Aquática como recurso de readaptação da
corrida em maratonista amadora com histórico de politraumatismo coxofemoral. Métodos:
Relato de caso, paciente do sexo feminino, 46 anos, IMC 26,2 kg/m2,
representante comercial, sofreu fratura cominutiva de
hemipelve e quadril. Durante avaliação cinético
funcional relatou fraqueza dos músculos periarticulares
do quadril, sensação de peso e dificuldade para aumentar o ritmo da marcha e
realizar a transição marcha-corrida. O trabalho foi iniciado após 4 meses de
intervenção cirúrgica (osteossíntese complexa com placa
e parafusos para pelve e fêmur). O tratamento foi realizado no setor de
Fisioterapia Aquática da Clínica Escola de Fisioterapia da UFPE, durante 3
meses, 2x/semana, sessões com duração de 50 minutos. Foram realizados
procedimentos de cinesioterapia aquática com e sem o auxílio de flutuadores,
método de Bad Ragaz, Watsu e massagens subaquáticas, Deep
Running e corrida em circuito. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da
UFPE, parecer CAAE: 83398118.8.0000.5208/2018. Para avaliar a capacidade de
readaptação da corrida foram utilizados: teste de força muscular para o quadril
(TFM; KgF) com célula de carga da marca Miotec®, Teste funcional de corrida (Shuttle
Run Test), escala de percepção do esforço e com o uso
de um relógio com GPS, frequencímetro e sensor de acelerometria
foi possível verificar a frequência cardíaca, velocidade e ritmo da deambulação
e corrida, além do tempo de transição marcha-corrida. Resultados: Foi
verificado incremento médio de 20% da força muscular, Teste funcional (Shuttle Run Test) demonstrou
maior velocidade da corrida (de estágio 3 para estágio 7) com boa recuperação
no quinto minuto de repouso. A percepção do esforço diminuiu de 9 (muito
difícil) para 2 (fácil) pontos na escala visual, houve aumento na velocidade e
ritmo de deambulação com adaptação e otimização do tempo para transição
marcha-corrida. A Fisioterapia Aquática permite a mobilização precoce com
redução do impacto podendo favorecer ganhos consideráveis sobre o desempenho da
corrida e sobre a capacidade cardiorrespiratória contribuindo assim para a
readaptação do esporte pós-trauma. Conclusão: A Fisioterapia Aquática
contribuiu para readaptação da corrida em maratonista amadora promovendo ganhos
consideráveis na performance da corrida.
Palavras-chave: corrida, aptidão
cardiorrespiratória, exercício.
Contribuição da acelerometria na quantificação de carga durante o exercício
aquático
Pereira RAA1,
Silva CM1, Conceição AM1, Souza MCP1, Inocencio AVM1, Esteves GRP1, Silva
MBC1, Rodrigues MAB1
1Grupo de Pesquisa em
Engenharia Biomédica, UFPE, Recife/PE
Email:
rogerioantunespereira10@gmail.com
Introdução: A utilização da água
como recurso para a atividade física e principalmente como meio terapêutico é
muito antiga. Atualmente, é muito utilizada para reabilitação de pacientes nas
diversas áreas da saúde, bem como em atividades físicas e nos esportes em
geral. O exercício na água vem apresentando uma grande lacuna no que diz
respeito a mensuração da carga (esforço) durante o exercício. Segundo os
princípios da hidrodinâmica (mecânica de fluidos), o esforço do indivíduo
durante o exercício dentro da água é alterado por alguns fatores como: o
sentido do movimento do corpo, aumento da resistência frontal pela área de
arrasto, bem como o aumento da força contra o sentido do exercício diretamente
proporcional a velocidade na execução dele. Com relação a aceleração esta é
trabalhada, no campo da fisioterapia aquática, de forma empírica por não haver
um equipamento aquático que correlacione o esforço à velocidade e à possível
carga que o indivíduo está utilizando durante o exercício aquático. A
quantificação da velocidade por ser realizada por acelerômetros, que são
componentes eletromecânicos sensíveis a aceleração do corpo e que transformam a
informação em sinais digitais que poderá ser lido por computadores ou
celulares. Através da acelerometria pode se calcular
e identificar a velocidade durante o exercício aquático. A representação da
velocidade pode ser dada através de sinais luminosos, associando-os com a
velocidade. Objetivo: Desenvolver um equipamento capaz de representar o
sinal de acelerometria através de luz (LEDs RGB),
associando a escala de cores com o nível de velocidade do movimento do paciente
(leve, moderada e intensa), durante o exercício aquático. Métodos: O
desenvolvimento do equipamento baseia-se em três grandes etapas: a primeira foi
a definição de um circuito de controle eletrônico que utiliza um acelerômetro triaxial (monitoração dos três eixos cartesianos X,Y,Z),
após foi interligado um conjunto de LEDs RGB, isto é, que possibilitam mudar a
sua cor de acordo com a programação do circuito de controle. Essa representação
torna possível a realização de uma relação luminosa em tempo real da velocidade
do movimento (exercício) que é executado no meio aquático. A segunda etapa foi
a calibração do sistema, que é realizada diretamente através do firmware (programa)
do equipamento, onde é associado o tempo de ativação e a cor do LED de acordo
com o movimento. Essa fase associa a força do movimento e a velocidade do
movimento a ser realizado dentro da água com a intensidade e a cor da luz que
deve ser apresentada ao fisioterapeuta. A terceira etapa foi o desenvolvimento
em uma impressora 3D de um dispositivo do tipo pulseira, capaz de ser colocado
no braço ou na perna do paciente, de forma que esse não ocasione nenhum
problema de oposição ao movimento dentro da água. Resultados: Os
resultados obtidos em laboratório demonstram que o equipamento desenvolvido é
capaz de relacionar a velocidade do movimento com indicadores luminosos que são
controlados através do equipamento. O consumo do equipamento é extremamente baixo
em torno de 19 mA no modo de alto desempenho. Conclusão:
Para validação desse equipamento foram realizados testes em laboratório e
dentro da água, demostrando a viabilidade do sistema. A dificuldade encontrada
no projeto foi a relação da velocidade do movimento com a representação
luminosa, que tem que levar em consideração o tipo de exercício a ser realizado
e as limitações do paciente. Outra dificuldade encontrada é a utilização de um
equipamento dentro da água, totalmente vedado, para que a água não afete os
circuitos eletrônicos. Após todos os testes realizados verificou-se que o
equipamento através da acelerometria, pode calcular e
identificar a velocidade durante o exercício aquático podendo, podendo ser
adaptado (configurado) para qualquer tipo de exercício na água.
Palavras-chave: hidroterapia, medição
de velocidade, acelerometria.
Impactos da
Fisioterapia Aquática na fibromialgia: uma revisão integrativa
Teixeira BBS1,
Bento AKO1, Almeida GKO1, Ferreira Neto JM1,
Monteiro MGT2, Silva PJC1, Cerqueira WF1,
Cerqueira WF1,
1Graduando em
Fisioterapia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, 2Mestranda
em Ciências Biomédicas pelo Laboratório de Mapeamento Cerebral e Funcionalidade
(LAMCEF), Universidade Federal do Piauí – UFPI, Parnaíba/PI
Email:
brunabeatriiz18@gmail.com
Introdução: A síndrome da
fibromialgia (SFM) é uma das doenças reumatológicas mais frequentes,
caracterizada por dor musculoesquelética difusa e crônica, com pontos sensíveis
(tender points) nos músculos ou na junção miotendinosa.
São 18 tender points situados em locais distintos do corpo e seu caráter
crônico, causa impacto negativo na qualidade de vida de seus portadores, pois além
da dor e da sensibilidade dos tender points, os pacientes também apresentam
irregularidades no sono, fadiga, rigidez matinal, diminuição da capacidade
funcional, ansiedade e depressão, que reduzem a capacidade do paciente de
realizar as tarefas domésticas básicas. Todos esses sintomas prejudicam a vida
social e profissional do fibromiálgico. Estima-se que
a prevalência na população geral é de 2% a 5% e a fisiopatologia é multicausal.
As opções terapêuticas para o tratamento da fibromialgia incluem medicações
para reduzir a dor e melhorar o sono, programas de exercícios para fortalecer a
musculatura e melhorar a aptidão cardiovascular, técnicas de relaxamento para
combater a tensão muscular e programas educativos para ajudar a entender e
manejar a fibromialgia. Assim, a fisioterapia tem um importante papel na
melhora do controle da dor e no aumento ou na manutenção das habilidades funcionais
do paciente em casa ou no trabalho. Dentre os recursos fisioterapêuticos a
hidroterapia consiste em um recurso abrangente que utiliza os exercícios
aquáticos para ajudar na reabilitação de várias patologias e está bem indicada
para pacientes com SFM, sendo importante para a melhoria de qualidade do sono,
capacidade funcional, situação profissional, distúrbios psicológicos e sintomas
físicos da síndrome, além dos efeitos relacionados a alívio da dor, diminuição
dos espasmos, relaxamento muscular, aumento da amplitude de movimento, aumento
da circulação sanguínea, fortalecimento muscular, aumento da resistência
muscular e melhora na autoestima. Objetivo: Analisar os benefícios da
Fisioterapia Aquática em pacientes com fibromialgia. Métodos: Revisão integrativa
de estudos indexados nas bases de dados SciELO e Pubmed,
sobre publicações que utilizavam os termos “Fibromialgia”, “Hidroterapia” e
“Tratamento” nos idiomas português e inglês. Como critério de inclusão: estudos
que tivessem como temática os efeitos da hidroterapia na fibromialgia, artigos
originais e ensaios clínicos publicados entre 2009 e 2018. Como exclusão foram:
revisões bibliográficas, artigos incompletos, monografias e teses. Resultados:
Foram encontrados 53 estudos, dos quais, 5 foram utilizados por atenderem os
critérios de inclusão. Os efeitos fisiológicos da hidrocinesioterapia
advêm de uma combinação dos efeitos físicos da água (térmicos/mecânicos) com os
efeitos do exercício, proporcionando grande alívio dos sintomas da fibromialgia,
pois os movimentos na água são lentos e dão suporte às estruturas corporais
permitindo maior mobilidade e, consequentemente, alongamentos mais eficientes,
além dos benefícios da imersão do paciente em água aquecida, em torno de 30 °C
a 34 °C, favorecendo o relaxamento muscular e diminuindo a dor e a rigidez. Conclusão:
Os estudos mostraram que o exercício na água tem uma utilidade imediata a curto
prazo e deve ser considerada como uma opção para o tratamento da dor da SFM.
Portanto, a hidrocinesioterapia, além de permitir o
relaxamento muscular por meio da água aquecida, proporciona aos fibromiálgicos um tratamento com melhora da autoconfiança e
evolução mais rápida e uma melhora significativa da qualidade de vida.
Palavras-chave: hidroterapia,
fisioterapia, fibromialgia.
Análise dos efeitos da
Fisioterapia Aquática no equilíbrio de idosos: uma revisão sistemática
Cerqueira WF1,
Ferreira Neto JM1, Teixeira BBS1, Almeida GKO1, Bento AKO1,
Cerqueira WF1, Nery CVF1, Monteiro MGT2
1Graduando em Fisioterapia
pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, Parnaíba, PI, Brasil, 2Mestranda
em Ciências Biomédicas pelo Laboratório de Mapeamento Cerebral e Funcionalidade
(LAMCEF/UFPI), Parnaíba/PI
Email:
walanyfontcerq@gmail.com
Introdução: No Brasil, segundo
dados de 2002 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), até o
ano de 2020 a população idosa será de 31,8 milhões de pessoas. Com o
envelhecimento ocorre o comprometimento da habilidade do sistema nervoso
central em realizar o processamento dos sinais vestibulares, visuais e
proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal, bem como
diminui a capacidade das reações adaptativas, tendo a instabilidade postural um
dos principais fatores que limita as atividades de vida diárias do idoso. Nesse
contexto, as quedas se tornaram um dos maiores problemas de saúde pública em
idosos, sendo o tipo de acidente mais frequente e suas complicações, a
principal causa de morte naqueles com mais de 65 anos. Assim, com o
envelhecimento populacional tem se buscado, por meio de diferentes tipos de
exercícios, melhorar o equilíbrio, prevenindo assim as quedas e suas consequências,
pois para o idoso, ter saúde é ter autonomia e independência. Dentre os
recursos, a água é mais uma opção para o tratamento, sendo certamente um meio
diferenciado e bastante apropriado, pois as propriedades físicas da água,
somadas aos exercícios, podem cumprir com a maioria dos objetivos físicos
propostos num programa de reabilitação. Sendo o meio aquático seguro e eficaz
na reabilitação do idoso, pois a água atua simultaneamente nas desordens
musculoesqueléticas e melhora o equilíbrio. Objetivo: Avaliar através de
uma revisão sistemática, os efeitos de programas de Fisioterapia Aquática no
equilíbrio de idosos. Métodos: Revisão sistemática de estudos indexados
nas bases de dados SciELO, Pubmed, Scopus sobre
publicações que utilizavam os termos: “Hidroterapia”, “equilíbrio postural” e
“idoso” nos idiomas português e inglês. Como critério de inclusão: estudos que
tivessem como temática os efeitos da prática da Fisioterapia aquática no
equilíbrio em pacientes idosos, artigos originais e ensaios clínicos publicados
entre 2008 a 2018. Como exclusão, foram: revisões bibliográficas, artigos
incompletos, monografias e teses. Resultados: Foram selecionados 17
estudos, dos quais, 6 foram utilizados por atenderem os critérios de inclusão.
Os autores são unânimes quanto à indicação de exercícios aquáticos para
indivíduos com medo e risco de queda, uma vez que reduzem o risco de quedas em
idosos devido ao aumento da coordenação e equilíbrio, aumento de recrutamento
de motoneurônios, aumento da resistência à fadiga muscular
e hipertrofia, principalmente, de fibras tipo II. Os exercícios físicos somadas
as propriedades físicas da água podem cumprir com a maioria dos objetivos
físicos propostos num programa de reabilitação, permitindo criar situações de
instabilidade com utilização dos efeitos da turbulência, fornecendo grande
quantidade de informações sensoriais, promovendo melhora nas reações de
equilíbrio corporal. Conclusão: De acordo com os estudos foi verificado
que programas de exercícios de fisioterapia aquática são capazes de influenciar
os sistemas sensoriais responsáveis pelo controle da postura, proporcionando um
aumento do equilíbrio e redução do risco de quedas na população idosa.
Prevenindo assim, os efeitos indesejados decorrentes de tais quedas que causam
restrições das atividades e comprometem severamente a qualidade de vida.
Palavras-chave: hidroterapia,
equilíbrio postural, idoso.
Efeitos da hidroterapia
na fibromialgia: relato de experiência
Almeida GKO1,
Araújo AEP1, Bento AKO1, Cerqueira WF1, Ferreira
Neto JM1, Pereira MLS1, Teixeira BBS1, Melo LA2
1Graduando em
Fisioterapia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, Parnaíba/PIl, 2Docente do Curso de Fisioterapia na
Universidade Federal do Piauí – UFPI, Parnaíba/PI
Email: giok.oliveira1@gmail.com
Introdução: A Organização Mundial
de Saúde (OMS), define saúde como o conjunto de bem-estar físico, mental e
social. O que leva os profissionais da saúde a se preocuparem com as
repercussões das doenças nas diversas dimensões da vida dos indivíduos. Dessa
forma, A fibromialgia é definida como uma síndrome dolorosa de etiologia ainda
desconhecida que acomete em sua maioria mulheres, caracterizada também pela
presença de dores musculares difusas crônicas e sítios dolorosos específicos,
relacionados frequentemente a distúrbios do sono, fadiga, cefaleia crônica,
distúrbios psíquicos e intestinais funcionais. Os portadores de fibromialgia se
beneficiam com a realização de atividade física, pois esta prática contribui
para a melhora da dor, da qualidade do sono, da fadiga, da ansiedade e de
outros sintomas, permite ainda uma socialização, dependendo de circunstâncias,
e influencia positivamente alguns aspectos psicológicos. A hidroterapia,
geralmente praticada em água aquecida entre 32° e 34°C, é fortemente indicada
para o tratamento da fibromialgia, seu objetivo principal no tratamento da
fibromialgia é aumentar a tolerância do indivíduo ao exercício e o nível de
resistência física, melhorando o condicionamento geral. Dentre os principais
efeitos terapêuticos da água estão à promoção do relaxamento muscular pela
redução da tensão, a diminuição dos espasmos musculares pela temperatura aquecida
da água e a redução da sensibilidade à dor. Durante a imersão, os estímulos
sensoriais competem com os estímulos dolorosos, interrompendo o ciclo da dor.
Outro importante efeito terapêutico é o aumento da facilidade na execução dos
movimentos articulares. A flutuação na água contrapõe-se à gravidade aliviando
o peso corporal e reduzindo as forças de compressão sobre as articulações. Objetivo:
Verificar os efeitos da Hidroterapia no tratamento do paciente com
fibromialgia, na manutenção ou melhora do caso clínico. Métodos:
Trata-se de um estudo de caráter observacional sobre o atendimento
fisioterapêutico à um paciente diagnosticado com fibromialgia, realizado de
agosto de 2017 a abril de 2018, na Clínica Escola de Fisioterapia da
Universidade Federal do Piauí – UFPI. Os atendimentos eram realizados durante 2
vezes por semana, com duração de 60 minutos, com caminhada dentro da piscina,
treino respiratório, alongamento de MMII e MMSS, exercícios resistidos e
mobilização articular. O estudo baseou-se nos princípios éticos, onde todos os
envolvidos foram esclarecidos do objetivo do estudo e assinado o termo de
consentimento livre e esclarecido. Resultados: Paciente L.F.S.M, 59
anos, sexo feminino, relatou que há 10 anos começou a sentir dores pelo corpo,
que limitam suas atividades de vida diária, e ao procurar o reumatologista
recebeu o diagnóstico de fibromialgia. Durante a avaliação fisioterapêutica a
paciente relatou novamente muita dor acompanhada de falta de equilíbrio quando
está em crise. A fisioterapia tem um importante papel na melhora do controle da
dor e no aumento ou na manutenção das habilidades funcionais do paciente em
casa ou no trabalho. A hidroterapia consiste em um recurso terapêutico
abrangente que utiliza os exercícios aquáticos para ajudar na reabilitação de
várias patologias. Esse recurso proporciona grande alívio dos sintomas da
fibromialgia, pois os movimentos na água são lentos e dão suporte às estruturas
corporais permitindo maior mobilidade e, consequentemente, alongamentos mais eficientes.
Conclusão: Nesse sentido, conclui-se que o programa de tratamento
realizado duas vezes por semana no ambiente aquático, é um recurso eficaz para
o tratamento de pacientes acometidos por fibromialgia, uma vez que houve
melhora em aspectos referentes à amplitude de movimento, força muscular e
qualidade de vida.
Palavras-chave: hidroterapia,
fibromialgia.
Fisioterapia Aquática
na doença de Strümpell-Lorrain: uma revisão de
literatura
Carvalho KF1,
Silva MGS1, Silva FIP1, Gouveia GPM2, Silva RL1,
Lopes TS1, Souza ATS1, Magalhães FEX1
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Avaliativa e
Terapêuticas - GPFAT, Parnaíba/PI
Email: jkananda07@gmail.com
Introdução: A paraparesia
espástica hereditária ou doença de Strümpell-Lorrain
é uma doença neurodegenerativa, caracterizada por fraqueza muscular e
espasticidade lentamente progressiva dos membros inferiores. A sintomatologia
da doença é expressa pelas formas pura e complicada, sendo as puras
classificadas especialmente pela degeneração progressiva do trato corticoespinal e das fibras do fascículo grácil resultando
no comprometimento motor e sensitivo dos membros inferiores. Já na forma
complicada o envolvimento adicional de múltiplas partes do sistema nervoso faz
com que o paciente também apresente manifestações associadas como neuropatia,
ataxia, amiotrofia, epilepsia, declínio cognitivo, entre outras. A fisioterapia
aquática é um dos métodos terapêuticos mais antigos utilizados para o
gerenciamento de disfunções físicas. As propriedades de suporte, assistência e
resistência da água favorecem os fisioterapeutas e os pacientes na execução de
programas voltados para melhora da amplitude de movimento, recrutamento
muscular, exercícios de resistência e no treinamento de deambulação e do
equilíbrio. Objetivo: Analisar, por meio de uma revisão de literatura,
as informações existentes relacionadas à utilização da fisioterapia aquática em
pacientes com paraparesia espástica hereditária. Métodos: Procedeu-se
uma revisão, usando as bases de dados: PUBMED e Science Direct, PLOS ONE,
SciELO, PeDRO e Bireme. Foram utilizados os seguintes
descritores: “Aquatic Physiotherapy”
e “Hereditary Spastic Paraparesis” e seus respectivos descritores em português,
utilizando busca booleanas "or, and". Para análise, os critérios de inclusão foram:
artigos de pesquisa, estudos de caso, dissertações e teses, escritos em língua
inglesa e portuguesa, publicados de 2000 a 2018. Os critérios de exclusão
foram: inadequação a questão norteadora e artigos incompletos. Resultados:
A busca somou-se em 3 artigos que se adequavam ao tema e foram introduzidos no
trabalho. A fisioterapia aquática é um recurso fisioterapêutico que utiliza os
efeitos físicos e fisiológicos advindos da imersão do corpo em piscina
aquecida, como recurso para a reabilitação ou na prevenção de alterações
funcionais. É comprovado os benefícios do ambiente aquático para o tratamento
de pacientes com lesões neurológicas que cursam com espasticidade, porém há
divergências quanto à abordagem terapêutica específica a ser utilizada e seu
embasamento científico. A fisioterapia aquática pode ser um importante método
auxiliar, a ponto de permitir a redução da dose de medicação necessária para o
controle da espasticidade. As propriedades da água promovem efeitos benéficos
como o relaxamento muscular e diminuição do espasmo, redução da sensibilidade à
dor, além da sensação de independência e bem-estar. A viscosidade e a flutuação
favorecem a melhora do equilíbrio e auxiliam na deambulação. Técnicas cinesioterapêuticas estão sendo empregadas em ambiente
aquático, tais manobras utilizam posturas e exercícios, visando à introdução
de padrões funcionais, com objetivos de adequação tônica, fortalecimento da
musculatura, manutenção das amplitudes de movimentos articulares e estimulação
sensorial e proprioceptiva. Conclusão: Apesar da fisioterapia aquática
ser considerada benéfica no tratamento de pacientes com paraparesia espástica,
faltam evidências experimentais da sua eficácia. As evidências existentes na
literatura quanto aos benefícios da fisioterapia aquática quando aplicada aos
pacientes com espasticidade são escassas. Devendo, dessa forma, serem
realizados novos estudos.
Palavras-chave: fisioterapia
aquática, paraparesia espástica, reabilitação.
Efetividade da
Fisioterapia Aquática no equilíbrio de indivíduos pós-AVE: uma revisão
sistemática e metanálise
Missias AA1,
Cavalcante VSP1, Mendes FAS2,3, Carmo AA2,
Leal JC2
1Universidade de
Brasília – UnB – Faculdade de Ceilândia - FCE, Brasília/DF, 2Departamento
de fisioterapia, Universidade de Brasília – Faculdade de Ceilândia,
Brasília/DF, 3Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação,
Universidade de Brasília, Brasília/DF
Email:
aliny.missias@gmail.com
Introdução: O controle do
equilíbrio é fundamental para a capacidade de deambulação, sendo necessário na
abordagem de reabilitação dos pacientes com acidente vascular encefálico (AVE),
por ser uma doença que causa limitações relacionadas à locomoção do indivíduo
devido ao déficit no controle motor que contribui nessas desordens e podem
aumentar o risco de quedas por interferir na mobilidade e equilíbrio devido
fraqueza, alteração de tônus muscular. O treinamento do equilíbrio quando
realizado em um ambiente aquático, pode ser benéfico pelas propriedades geradas
pela água proporcionarem uma força de suporte nas articulações, uma redução da
força gravitacional e facilitar a movimentação durante a transferência de peso.
Porém, existe uma escassez nas evidências sobre a efetividade da fisioterapia
aquática em comparação à terapia convencional, ambas de forma isolada, no
equilíbrio de pessoas que sofreram AVE. Objetivo: Avaliar criticamente a
evidência atual através de ensaios clínicos randomizados que avaliaram o
desfecho equilíbrio em indivíduos com sequela de AVE após intervenção com
fisioterapia aquática versus terapia convencional. Métodos: Trata-se de
uma revisão sistemática com metanálise de ensaios
clínicos randomizados, baseadas nas recomendações PRISMA. Foram rastreados
artigos que tivessem as palavras-chave pesquisadas no título ou resumo
publicados até maio de 2018 nas seguintes bases de dados: CENTRAL, CINAHL,
Google Scholar, LILACS, PEDro, PubMed,
Scielo, Scopus e Web of
Science. Foram incluídos estudos que utilizaram como desfecho o equilíbrio
estático ou dinâmico em indivíduos que sofreram AVE. As buscas foram realizadas
por dois revisores de forma independente, obedecendo os critérios de
elegibilidade e, posteriormente, comparadas. Todos os estudos selecionados
foram avaliados metodologicamente utilizando-se a escala PEDro.
Foi realizado um teste estatístico para avaliar a concordância inter-avaliador utilizando o teste de coeficiente Kappa. O
software R 3.4.2 foi usado para a meta-análise e o teste de
heterogeneidade para os estudos foi baseado no 𝑄-test
e 𝐼2 –statistic. Resultados: Um
total de 356 estudos foram identificados através da busca em banco de dados e dois
identificados em outras fontes. Oito estudos foram incluídos para análise
qualitativa e 5 estudos foram incluídos na metanálise.
Nessa revisão sistemática, nos estudos incluídos a fisioterapia aquática se
mostrou melhor ou igual para os ambos os grupos, ou seja, em nenhum deles
obteve resultados inferiores à terapia convencional. Os resultados demonstraram
heterogeneidade significativa na Escala de Equilíbrio de Berg após 4-8 semanas
de terapia aquática (MD: 1,29; IC 95%: (-0,60; 3,18); P<0.01) e no Teste de
Alcance Funcional após 4-6 semanas de terapia aquática (MD: 3,09; IC 95%:
(-1,88; 8,07); P<0.01). Na metanálise dos estudos
que utilizaram o O Timed Up and Go Test, foi demonstrada
heterogeneidade não significativa após 4-6 semanas de terapia aquática (MD:
-1,40; IC 95%: (-2,07; -0,74); P = 0,53). A metanálise
confirma um maior benefício no ganho de equilíbrio após a intervenção com a
terapia aquática em comparação à convencional, pelo ambiente aquático ser capaz
de facilitar o movimento controlado enquanto se faz a transferência de peso e
auxiliar no controle do equilíbrio postural durante a realização da atividade.
A terapia aquática pode melhorar o equilíbrio estático e dinâmico, que são os
principais fatores de risco de quedas quando ocorre redução deles. Conclusão:
A terapia aquática é capaz de melhorar o equilíbrio nessa população e
contribuir para prevenção de quedas, uma vez que os estudos que utilizaram como
desfecho a EEB e TAF, obtiveram benefícios no tratamento com a terapia aquática
quando comparada à terapia convencional. Esses resultados podem auxiliar na
decisão clínica em relação às possibilidades de intervenções para o tratamento
do equilíbrio em sobreviventes do AVE.
Palavras-chave: hidroterapia, acidente
vascular cerebral, equilíbrio postural.
A Fisioterapia Aquática
como intervenção na lombalgia gestacional
Santos KNA1,
Oliveira LS1, Rocha FS2, Teixeira SS3
1Programa de
Pós-graduação em Ciências Biomédicas, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI, 2Universidade Federal do Piauí, Parnaíba/PI, 3Departamento
de Fisioterapia, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, Brasil
Email: kyvianaysis@gmail.com
Introdução: Durante o período
gestacional, o corpo da mulher passa por importantes adaptações musculoesqueléticas
para permitir o crescimento e desenvolvimento do feto. No entanto, tais
adaptações provocam sobrecarrega ao organismo, fazendo com que aproximadamente
50% das gestantes se queixem de algum desconforto durante este período. A
lombalgia é uma das principais queixas durante a gestação, sendo responsável
por inúmeras repercussões negativas na qualidade de vida da grávida. Sabendo
das propriedades terapêuticas da fisioterapia aquática, que proporcionam alívio
de dores, instigou-se a utilização da mesma como meio
de tratamento para dores lombares que acomete gestantes. Objetivos:
Analisar a fisioterapia aquática como intervenção na lombalgia gestacional. Métodos:
Revisão literária, desenvolvida com artigos coletados na base eletrônica SCielo, na qual foram encontrados 31 artigos, usando os decritores “Gestante”, “Fisioterapia aquática”,
“Hidroterapia”, “Lombalgia”. Foram excluídos 27 trabalhos devido a não
atenderem a proposta de estudo. Ao final, totalizou para a revisão 4 artigos.
Os critérios de inclusão foram: artigos originais, que usassem a fisioterapia
aquática como protocolo de tratamento aplicado para lombalgia gestacional. Os
critérios de exclusão foram: artigos de revisão, que usassem outros protocolos
de intervenção ou outro público alvo e que analisassem os efeitos terapêuticos
da fisioterapia aquática para outras finalidades em grávidas. Resultados:
Nos quatro estudos analisados, os pesquisadores usaram protocolos parecidos,
que envolveram exercícios de aquecimento, alongamento, fortalecimento; atividade
aeróbica; relaxamento com exercícios respiratórios; massoterapia. O período
gestacional compreendido foi da 15ª a 36ª semana, sendo que as gestantes foram
submetidas de 5 a 12 atendimentos de fisioterapia aquática. Das 12 pacientes
envolvidas nas pesquisas, 10 obtiveram melhora da dor e 2 relataram o
agravamento do quadro álgico. Há uma alta prevalência de lombalgia em grávidas,
sendo fundamental o emprego de medidas educativas, preventivas e reabilitadoras
no período gestacional. Exercícios aquáticos tem melhores resultados em relação
ao solo no alívio das dores e dos desconfortos, pelo fato da água permitir que
ação da gravidade atue de forma menos intensa, aliviando o peso corporal, além
de corrigir a postura. Quando aquecida, a água também reduz a sensibilidade das
terminações nervosas sensitivas, diminuindo o tônus e espasmos musculares,
favorecendo o relaxamento. O meio aquático ainda proporciona diminuição do
estresse articular devido ao empuxo e aumento da circulação local. Conclusão:
A fisioterapia aquática é eficaz na prevenção e no tratamento da lombalgia
gestacional, sendo um método seguro e acessível para o alívio da dor.
Entretanto, existem poucos estudos sobre a temática abordada, sendo necessária
a realização de novas pesquisas relacionadas.
Palavras-chave: lombalgia, gestação,
hidroterapia.
A aplicabilidade da
Fisioterapia Aquática em pacientes com fibromialgia: uma revisão integrativa
Ferreira ATS1,
Nascimento VH1, Silva AMM1, Silva MTP1,
Barbosa KV1, Gomes TBN1, Santos PMM1, Souza
PHVA2
1Graduandos em
Fisioterapia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT Maceió/AL, 2Docente
do Centro Universitário Tiradentes – UNIT Maceió/AL, Grupo de Pesquisa da Liga
de Fisioterapia Aquática L.A.F.A, Maceió/AL
Email:
aryanno.fisio@hotmail.com
Introdução: A fibromialgia é uma
síndrome clínica dolorosa crônica de etiologia desconhecida, caracterizada por
um quadro clínico de dor muscular difusa relacionada com a presença de fadiga,
alteração do sono e de caráter psicológico. Essas disfunções podem ocasionar
limitações na capacidade funcional, como também, na qualidade de vida dos
indivíduos acometidos pela fibromialgia. Uma intervenção baseada em exercícios
terapêuticos na água pode, através das propriedades físicas da água,
proporcionar efeitos fisiológicos para o sistema musculoesquelético e para o
aspecto psicológico. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa sobre a
aplicabilidade da Fisioterapia Aquática em paciente com fibromialgia. Metodologia:
Foi realizado neste estudo um levantamento bibliográfico dos artigos publicados
entre 2008 e 2013, nas seguintes bases dados PubMed, Lilacs e SciELO. Os critérios de inclusão foram artigos publicados
em português e inglês, considerando a metodologia dos artigos de ensaios
clínicos, randomizados e experimentais. E os critérios de exclusão foram
artigos não disponíveis na íntegra. Resultados: Após análise criteriosa
do levantamento bibliográfico foram encontrados 80 artigos. Destes 74 foram
excluídos por não especificarem os efeitos fisiológicos da intervenção da
fisioterapia aquática ou por não ser possível o acesso ao texto completo do
artigo. De acordo com resultados obtidos a fisioterapia aquática mostrou uma
melhora na qualidade do sono e na redução da dor muscular, conferindo uma
otimização na flexibilidade. Conclusão: Diante do que foi relatado acima
foi possível observar que a fisioterapia aquática é eficaz no tratamento de
pacientes portadores de fibromialgia e apresenta diversos benefícios, dentre
eles a redução do espasmo muscular com conseguinte diminuição do quadro álgico.
Palavras-chave: fibromialgia,
hidroterapia, intervenção.
Os efeitos da
Fisioterapia Aquática no equilíbrio e no risco de quedas em idosos: uma revisão
integrativa
Ferreira ATS1,
Farias DH1, Nascimento VH1, Oliveira AN1,
Souza PHVA2
1Graduandos em
Fisioterapia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT Maceió/AL, 2Docente
do Centro Universitário Tiradentes – UNIT Maceió/AL, Grupo de Pesquisa da Liga
de Fisioterapia Aquática L.A.F.A, Maceió/AL
Email: Aryanno.fisio@hotmail.com
Introdução: O envelhecimento pode
ser compreendido como um conjunto de alterações estruturais e funcionais,
dentre estas alterações encontra-se o comprometimento da habilidade do sistema
nervoso central em realizar o processamento das informações provenientes do
sistema vestibular, visual e proprioceptivo. E, quando ocorrem disfunções
dessas informações, podem desencadear déficits no desempenho de habilidades
motoras e adaptações do indivíduo. Os estímulos sensoriais podem ser
favorecidos com a prática de exercícios terapêuticos na água por ser um meio
instável, favorecendo os estímulos sensoriais através dos efeitos fisiológicos
de suas propriedades, como também, pode ser considerada a presença da força de
flutuabilidade possibilitando maior amplitude para os movimentos e,
consequentemente, maior mobilidade. Objetivo: Realizar uma revisão de
literatura integrativa sobre os efeitos da Fisioterapia Aquática no equilíbrio
e no risco de quedas em idosos. Metodologia: Foi realizado um
levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed,
SciELO e Lilacs, tendo como critério de inclusão
artigos publicados na língua portuguesa e inglesa nos últimos 10 anos,
correspondendo ao período de janeiro de 2008 a janeiro de 2018, considerando a
metodologia dos artigos de ensaio clínico, randomizados e experimentais. E como
critério de exclusão artigos que não abordavam a temática e que não estavam
disponíveis na integra. Resultados: Foram encontrados 506 artigos,
apresentando potencial de inclusão 6 artigos que corroboravam com o objetivo
deste estudo. Os Programas terapêuticos, utilizando os recursos da fisioterapia
aquática, apresentam uma boa adesão para população idosa, uma vez que os
exercícios obtiveram um ganho do equilíbrio considerável, diminuindo o índice de
queda e melhorando as atividades de vida diárias. Conclusão: Os
programas de fisioterapia aquática se mostraram eficazes no ganho da força
muscular e na restauração do equilíbrio, sendo uma possível intervenção
fisioterapêutica para a prevenção de quedas em idosos, podendo reduzir os
efeitos indesejados decorrentes das quedas.
Palavras-chave: hidroterapia, idosos,
equilíbrio postural.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática no tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: uma
revisão integrativa
Kreitlow A¹, Araújo LMC¹,
Junior ES¹
1Faculdade Paranaense -
FAPAR, Curitiba/PR
Email: line_krei@hotmail.com
Introdução: A Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica (DPOC) se caracteriza por ser uma doença incapacitante e
irreversível, porém evitável, e uma das principais causas de morbidade,
mortalidade e custos de saúde em todo o mundo. Ela deve se tornar a terceira
principal causa de morte e incapacidade em todo o mundo até o ano 2020 e acaba
não afetando somente a parte respiratória do indivíduo, mas também a força e
resistência dos músculos, composição corporal, aptidão física e a qualidade de
vida. O treinamento físico baseado em água, que é um conceito relativamente
novo no manejo de pessoas com DPOC e mostra resultados positivos. Objetivo:
Avaliar os efeitos da Fisioterapia Aquática como forma de tratamento para
indivíduos com DPOC. Metodologia: Este trabalho se trata de uma revisão
integrativa, através de estudos experimentais retirados das bases de dados
SciELO, PubMed, UpToDate, PEDro, LILACS e MEDLINE. Os dados encontrados foram
analisados mediante sistematização de alguns elementos, utilizando critérios de
data, relevância e qualidade metodológica. Resultados:
Após a aplicação
dos critérios de inclusão e exclusão, foram
selecionados 10 artigos para
leitura. Os efeitos da Fisioterapia Aquática analisados foram
função pulmonar,
aceitabilidade, qualidade de vida, força muscular
inspiratória e expiratória,
composição corporal e aptidão física. Os
exercícios aquáticos trazem uma
melhora significativa da força muscular inspiratória e
expiratória, melhora da
circulação sanguínea, diminuição no
impacto nas articulações, além de melhorar
a aptidão física, composição corporal e
qualidade de vida. Conclusão:
Conclui-se que a Fisioterapia Aquática, apesar de representar uma modalidade
terapêutica relativamente nova para portadores de DPOC, esta produz resultados
positivos, trazendo benefícios em diversos aspectos relacionados à saúde do
indivíduo, como maior força e resistência muscular periférica durante a respiração,
acarretando em menor comorbidade e melhora na qualidade de vida do paciente,
sendo portanto benéfica, viável, segura e bem aceito. Em relação à função
pulmonar, não houve diferenças significativas.
Palavras-chave: fisioterapia
aquática, dpoc, reabilitação pulmonar.
Aplicabilidade da
Fisioterapia Aquática em pacientes com osteoartrite de joelho
Lima EWL¹, Silva EO¹,
Gonçalves EQM¹, Barbosa TBA¹, Matias PHVS²
¹Discente do Centro
Universitário Tiradentes - UNIT, Maceió/AL, 2Docente do Curso de Fisioterapia
do Centro Universitário Tiradentes - UNIT, Maceió/AL
Email:
lizi.olliveira@gmail.com
Introdução: A osteoartrite do
joelho (OA) é uma doença degenerativa crônica de natureza inflamatória que se
caracteriza por alterações na cartilagem articular, presença de áreas de
fibrilação e rachaduras e espessamento do osso subcondral.
Clinicamente, está associado à dor, rigidez,
deformidade e perda de capacidade funcional. Aproximadamente 10% da população
com mais de 60 anos é afetada pela OA; 80% desta população têm restrições de
movimento e 25% têm limitações funcionais que comprometem o desempenho das
atividades diárias. A fisioterapia aquática pode ser considerada uma
intervenção segura e eficaz no tratamento da OA do joelho, uma vez que a
imersão em água diminui a sobrecarga articular e, consequentemente, a
sintomatologia da dor, possibilitando uma melhora na mobilidade e
funcionalidade dos pacientes. Objetivos: Realizar uma revisão de
literatura integrativa sobre os efeitos da Fisioterapia Aquática em paciente
com osteoartrite de joelho. Métodos: Foi realizado uma revisão de
literatura integrativa nas bases de dados SciELO, Lilacs,
PEDro e Pubmed através dos
seguintes descritores: Hidroterapia e Osteoartrite. Os critérios de inclusão
desta pesquisa foram artigos publicados em inglês, entre os anos de 2008 a
2018, considerando artigos do tipo ensaios clínicos, randomizados e
experimentais sobre a aplicabilidade da fisioterapia aquática no tratamento da
osteoartrite (AO) de joelho. Os critérios de exclusão foram artigos que não
estavam disponíveis na íntegra e que não abordavam o tem em questão. Resultados:
Foram encontrados um total de 28 estudos através do cruzamento dos descritores.
Os artigos selecionados incluíram ensaios clínicos que aplicaram ou analisaram
intervenções que envolveram exercícios aquáticos para indivíduos com
osteoartrite (AO) de joelho. Após leitura crítica dos artigos, 9 atenderam os
critérios de inclusão, sendo demonstrado pelos estudos realizados que a
fisioterapia aquática melhorou significativamente em curto prazo a qualidade de
vida, dor, incapacidade e funcionalidade em pessoas com OA de joelho, quando
comparada com outras intervenções similares em terra. Entre os achados foi
salientado que realização de exercícios terapêuticos na água pode possibilitar
o relaxamento muscular, redução da dor e melhora da mobilidade do paciente Conclusão:
O exercício aquático pode ser eficaz no tratamento de pessoas com OA de joelho,
considerando que as intervenções propostas podem resultar em redução da dor, incapacidade,
melhora na funcionalidade e melhoria na qualidade de vida.
Palavras-chave: hidroterapia, joelho
e osteoartrite.
Melhora da
funcionalidade do assoalho pélvico pelo método Bad Ragaz: revisão sistemática
Costa BC1,
Sousa LM2, Gouveia GPM2, Silva AJA1, Costa RF1,
Oliveira FA1, Lopes TS1, Silva RL1
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Avaliativa e
Terapêuticas - GPFAT, Parnaíba/PI
Email:
brunocunha09@hotmail.com
Introdução: O assoalho pélvico é
formado por músculos, ligamentos e fáscias, que agem de maneira conjunta para
prover suporte e sustentação às vísceras pélvicas. Os músculos do assoalho
pélvico são formados por fibras estriadas esqueléticas e inervados pelo nervo
pudendo. Essa musculatura atua fornecendo suporte aos órgãos pélvicos e
abdominais. Estes componentes envolvem, suspendem e conectam os órgãos pélvicos
ao suporte muscular e ósseo da pelve, mantendo-os dentro da sua posição
anatômica. O método Bad Ragaz,
quando realizados utilizando as características físicas da água, especialmente,
pressão hidrostática, flutuação, viscosidade e efeitos térmicos, a combinação
destes, aos efeitos do exercício em imersão resulta nas respostas fisiológicas
do exercício na água. Objetivos: Analisar o efeito do método Bad Ragaz na funcionalidade da
musculatura do assoalho pélvico (MAP). Métodos: O estudo trata-se de uma
revisão sistemática, desenvolvida mediante uma busca bibliográfica nas bases de
dados eletrônicas Lilacs, SciELO, além de pesquisa em
capítulos de livros e revistas. Os descritores foram selecionados a partir da
Biblioteca Virtual em Saúde. Foram selecionados os títulos que se enquadravam
para o fortalecimento do assoalho pélvico. Resultados: A busca somou-se
em 17 títulos, desses, 9 foram utilizados, sendo 4 artigos originais e 5
livros. Os estudos apontam para uma melhora positiva quanto ao fortalecimento e
conscientização do assoalho pélvico. Conclusão: O método Bad Ragaz, aliado aos efeitos
físicos da água tem sido eficaz na melhora da qualidade vida dos indivíduos que
apresentaram fraqueza da MAP, quanto ao aumento da força da MAP e percepção dela.
Palavras-chave: assoalho pélvico, fisioterapia aquática, bad ragaz.
Gouveia GPM¹, Gouveia SSV¹, Costa BC¹, Souza LM¹, Macêdo
BYS¹, Nascimento ALS¹, Sousa JRS¹, Vasconcelos PRL², Hissa MN²
1Universidade Federal do Piauí – UFPI, Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas – GPFAT, Curso de Fisioterapia, 2Universidade
Federal do Ceará – UFC, Departamento de curso Stricto Sensu em Ciências
Médico-Cirúrgicas - UFC
Email: gpfatufpi@gmail.com
Introdução: O envelhecimento é um
processo dinâmico e progressivo, que associado a diabetes potencializa a perda
de funcionalidade sistêmica. A diabetes tipo 2 é uma enfermidade crônica que
gera inflamação endotelial e injúria oxidativa, perceptível pelas alterações
nos valores de malondialdeído e glutationa. Diversos
são os tratamentos que minimizam as complicações oriundas desta patogenia,
dentre eles destaca-se a fisioterapia aquática. Esta visa à melhoria do
controle motor, equilíbrio e força muscular respiratória. Objetivo:
Analisar o impacto do Método Bad Ragaz
na funcionalidade, no sistema respiratório e nos biomarcadores de estresse
oxidativo em idosos diabéticos tipo 2, por meio de um ensaio clínico
randomizado. Métodos: Estudo randomizado controlado, realizado na Universidade
Federal do Piauí, no período de janeiro a dezembro de 2017. O estudo
constituiu-se de 60 idosos diabéticos tipo 2, alocados em dois grupos com 30
cada: grupo Intervenção e Grupo Controle. Foram analisados dados de
características sociodemográficas, estabilometria,
controle glicêmico, controle motor e estresse oxidativo. O treinamento no GI foi
realizado com o método dos anéis de Bad Ragaz, com frequência de dois atendimentos semanais,
totalizando oito com média de 35 minutos cada, enquanto o controle foi
realizado flutuação com mesma frequência e tempo do grupo de intervenção.
Utilizou-se o teste ANOVA com post hoc de Bonferroni
com nível de significância de 5% e intervalo de confiança 95%, por meio do SPSS
21.0. Resultados: Obteve-se idade média de 67 ± 4 anos, sendo a maioria
do gênero feminino (61,7%) com índice de massa corporal de 27,99 ± 4,56 kg/m2.
Ao verificar os efeitos dos protocolos na glicemia, antes e após os protocolos,
encontrou-se diferença significante no grupo de intervenção (p<0,001). Dados
relacionados à estabilometria apontam uma diferença
para o grupo de intervenção com p<0,05. Em relação ao controle motor, houve
diferença significativa em todos os músculos (p<0,05) exceto no grande
dorsal. Todavia, em relação à concentração de malondialdeído
e glutationa, não foi percebida diferença significativa com p de 0,143 e 0,623,
respectivamente. Conclusão: Conclui-se que o método Bad
Ragaz promoveu melhorias do controle motor e do
equilíbrio, enquanto reduziu o nível glicêmico, a pressão arterial e a
frequência cardíaca. O seu efeito no estresse oxidativo não foi estatisticamente
significante, apesar de ter ocorrido uma redução dos valores de malondialdeído e aumento da glutationa.
Palavras-chave:
saúde do idoso, diabetes mellitus tipo 2, fisioterapia, biomarcadores.
Impacto do método Bad Ragaz na variabilidade autonômica cardíaca e força muscular
respiratória em idosos diabéticos tipo 2, Parnaíba/PI: ensaio clínico
randomizado
Gouveia GPM¹, Gouveia SSV¹, Costa BC¹, Souza LM¹, Macêdo
BYS¹, Nascimento ALS¹, Sousa JRS¹, Vasconcelos PRL², Hissa MN²
1Universidade Federal do Piauí – UFPI, Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas – GPFAT. Curso de Fisioterapia, 2Universidade
Federal do Ceará – UFC, Departamento de curso Stricto Sensu em Ciências
Médico-Cirúrgicas - UFC
Email: gpfatufpi@gmail.com
Introdução: O envelhecimento é um
processo dinâmico e progressivo, que associado a diabetes potencializa a perda
de funcionalidade sistêmica. A diabetes tipo 2 é uma enfermidade crônica que
gera inflamação endotelial e injúria oxidativa, perceptível pelas alterações
nos valores de malondialdeído e glutationa. Diversos
são os tratamentos que minimizam as complicações oriundas desta patogenia,
dentre eles destaca-se a fisioterapia aquática. Esta visa à melhoria do controle
motor, equilíbrio e força muscular respiratória. Objetivo: Analisar o
impacto do Método Bad Ragaz
na funcionalidade, no sistema respiratório e nos biomarcadores de estresse
oxidativo em idosos diabéticos tipo 2, por meio de um ensaio clínico randomizado.
Métodos: Estudo randomizado controlado, realizado na Universidade
Federal do Piauí, no período de janeiro a dezembro de 2017. O estudo
constituiu-se de 60 idosos diabéticos tipo 2, alocados em dois grupos com 30
cada: grupo Intervenção e Grupo Controle. Foram analisados dados de
características sociodemográficas, estabilometria,
controle glicêmico, controle motor e estresse oxidativo. O treinamento no GI
foi realizado com o método dos anéis de Bad Ragaz, com frequência de dois atendimentos semanais, totalizando
oito com média de 35 minutos cada, enquanto o controle foi realizado flutuação
com mesma frequência e tempo do grupo de intervenção. Utilizou-se o teste ANOVA
com post hoc de Bonferroni com nível de significância
de 5% e intervalo de confiança 95%, por meio do SPSS 21.0. Resultados:
Obteve-se idade média de 67 ± 4 anos, sendo a maioria do gênero feminino
(61,7%) com índice de massa corporal de 27,99 ± 4,56 kg/m2. Ao
verificar os efeitos dos protocolos na pressão arterial, observou-se uma queda
significante de 15,1 mmHg na sistólica de repouso no grupo de intervenção
(p=0,02) e 9,5 mmHg na média da diastólica (p=0,033). Em relação às variações
da frequência cardíaca, antes e após os protocolos, houve diferença significativa
(p<0,001) para o grupo de intervenção, como também na saturação de oxigênio
(p = 0,021). Quanto à glicemia, antes e após os protocolos, encontrou-se
diferença significante no grupo de intervenção (p<0,001). Ao inferir a
variabilidade da frequência cardíaca percebeu-se que não houve diferença
significativa na modulação autonômica entre os grupos. Ao verificar os efeitos
dos protocolos na força muscular respiratória nos grupos em estudo, observou-se
diferença significativa na variação média do percentual de Pimáx
e Pemáx no grupo de intervenção (p<0,05). Conclusão:
Conclui-se que o método Bad Ragaz
promoveu melhorias da saturação de oxigênio, autonomia cardíaca e força
muscular respiratória, enquanto reduziu o nível glicêmico, a pressão arterial e
a frequência cardíaca. O seu efeito no estresse oxidativo não foi
estatisticamente significante, apesar de ter ocorrido uma redução dos valores
de malondialdeído e aumento da glutationa.
Palavras-chave:
saúde do idoso, diabetes mellitus tipo 2, fisioterapia, biomarcadores.
Influência da
hidroterapia na reabilitação de portadores de sequelas de acidente vascular
encefálico: uma revisão
Araújo BN1,
Fontenele KLC1, Ferreira APS1, Cardoso RAM1,
Machado YA1, Melo LA2
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Docente da Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI
Email:
lfontenele89@gmail.com
Introdução: O Acidente Vascular
Encefálico (AVE) está entre as maiores causas de mortes no Brasil e no mundo,
sendo o principal gerador de incapacidades adquiridas em adultos. É causado
pela obstrução ou rompimento de uma ou mais artérias, gerando falta de
circulação sanguínea em uma região do encéfalo e assim repercutindo em
implicações da função neurológica, danos ao sistema motor, respiratório, sensitivo,
de percepção e linguagem. Para uma melhor qualidade de vida dos portadores de
sequelas do AVE, têm se chamado muita atenção para a hidroterapia, devido aos
efeitos e propriedades físicas da água que auxiliam no tratamento desses pacientes,
contribuindo para um maior relaxamento, sustentação parcial de peso do corpo e
assim favorecer uma mobilização de articulações com menor esforço do paciente. Objetivos:
Verificar a atuação da hidroterapia na reabilitação de sequelados
de AVE. Métodos: Para a pesquisa bibliográfica, foram realizadas buscas
nas bases de dados SciELO, Revista de neurociências e ScienceDirect
por material literário publicado entre 2011 a 2017, utilizando os descritores
“hidroterapia”, “reabilitação”, e “acidente vascular encefálico”. Foram
encontrados 17 artigos, dentre eles 05 foram excluídos e 12 encaixaram-se nos
critérios da busca, tendo como critérios de inclusão: estudos que tivessem como
temática influência da hidroterapia na reabilitação de portadores de sequelas
pós ave e de exclusão: inadequação a questão norteadora, artigos incompletos,
monografias e teses. Resultados: A partir da análise dos artigos
selecionados, evidenciou-se a importância da hidroterapia nas sequelas
decorrentes do AVE. A principal e mais comum repercussão ocasionada pelo AVE é
a espasticidade, uma desordem motora caracterizada pela hiperexcitabilidade
do reflexo de estiramento, aumento dos reflexos profundos e do tônus muscular.
Algumas das manifestações clínicas resultantes da espasticidade incluem dores e
espasmos musculares, posturas anormais, déficits na marcha e resistência
exacerbada ao movimento. Os benefícios da hidroterapia nesse público são
resultantes das propriedades da água que proporcionam uma atenuação dos
sintomas nesses pacientes. A temperatura a que são submetidos os pacientes
ocasiona a diminuição tônus muscular e consequentemente da espasticidade, além
de promover aumento da circulação sanguínea, diminuição de dores e relaxamento
muscular. Esses fatores auxiliam na manutenção e ganho de amplitude de
movimento. A resistência da água é usada para ganho de força muscular e com os
movimentos mais lentos há um aumento da percepção corporal, proporcionando
melhora no equilíbrio dinâmico e estático e na propriocepção, gerando uma melhora
na capacidade funcional da marcha. Conclusão: A partir de resultados
obtidos, foi constatado que a hidroterapia pode influenciar de forma positiva e
satisfatória na reabilitação de portadores de sequelas de AVE dando uma melhor
qualidade de vida a essas pessoas após as sessões, diminuição de dores, além de
propiciar maior independência para os mesmos.
Palavras-chave: hidroterapia,
reabilitação, acidente vascular encefálico.
A eficácia da
Fisioterapia Aquática para funcionalidade e qualidade de vida em pacientes com
insuficiência cardíaca: uma revisão integrativa
Nascimento VH1,
Matos LAD1, Ferreira ATS1, Rocha RM1, Calles ACN2, Souza PHVA2
1Graduandos em
Fisioterapia pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL, 2Docentes
do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL, Grupo de Pesquisa da Liga
Acadêmica de Fisioterapia Aquática L.A.F.A, Maceió/AL
Email:
vittor.fisio@gmail.com
Introdução: A insuficiência
cardíaca (IC) é definida como uma síndrome comum, porém complexa, caracterizada
por sinais e sintomas secundários à função cardíaca anormal, pode ser resultado
de uma variedade de disfunções e condições que prejudicam e/ou sobrecarregam o
coração. Com isso, pode ocorrer um impacto na funcionalidade e na qualidade de
vida desses pacientes. A intervenção fisioterapêutica no paciente com IC é
importante para o restabelecimento das suas funções, sendo assim, podem ser
considerados os exercícios terapêuticos aquáticos de acordo com os efeitos
fisiológicos da água no sistema cardiovascular, auxiliando na reabilitação e/ou
prevenção de alterações funcionais. Objetivo: Realizar uma revisão
integrativa de literatura científica sobre a eficácia da fisioterapia aquática
para funcionalidade e qualidade de vida em pacientes com IC. Metodologia:
Foi realizado um levantamento bibliográfico das bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, publicados no período de 2008 a
2018, utilizando os seguintes descritores: hidroterapia, insuficiência cardíaca
e qualidade de vida. Os critérios de inclusão foram artigos científicos
publicados em português e inglês, considerando artigos do tipo ensaios
clínicos, randomizados e experimentais. E, como critérios de exclusão, foram
não compatíveis com o tema e não disponíveis na íntegra. Após leitura e análise
criteriosa dos estudos, os estudos foram descritos de acordo com a metodologia,
resultados e conclusões. Resultados: Foram encontrados 9 artigos, sendo
que 4 estavam de acordo com os critérios de inclusão. Os recursos terapêuticos
aquáticos podem ser utilizados para o desenvolvimento e capacidade funcional,
melhorando assim a qualidade de vida dos indivíduos. Conclusão: Sabe-se
que a intervenção aquática é eficaz no tratamento dos pacientes diagnosticado
com IC estável, sendo uma terapia tolerável pelos indivíduos, assim, ocorrendo
uma boa adesão ao tratamento melhorando a funcionalidade e a qualidade de vida.
Palavras-chave: hidroterapia,
insuficiência cardíaca, qualidade de vida.
A eficácia da
hidroterapia na qualidade de vida de portadores de artrite reumatóide:
uma revisão da literatura
Oliveira SM¹, Lima LB¹,
Sousa JLS¹, Rocha VS¹, Silva DA¹, Sousa JA¹, Braúna IS² e Oliveira SB²
¹Universidade Federal
do Piauí, Parnaíba/PI, ²Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas,
Universidade Federal do Piauí, Parnaíba/PI
Email:
sabmarques76@gmail.com
Introdução: A Artrite Reumatoide
(AR) é uma doença crônica, autoimune e de etiologia desconhecida, causada pela
inflamação da membrana sinovial e que acomete as articulações em virtude da
destruição da cartilagem e da erosão óssea. O paciente com AR apresenta
manifestações sistêmicas e desenvolve alterações físicas funcionais, podendo
levá-lo ao estado de incapacidade para a realização de suas atividades. A
hidroterapia é um recurso muito utilizado no processo de reabilitação
especialmente em pacientes reumáticos, uma vez que diminui os efeitos da
gravidade, resultando em uma menor compressão nas articulações, além de possuir
efeitos fisiológicos propiciados pelo meio aquático. Objetivo: Verificar
a eficácia da utilização da hidroterapia na qualidade de vida de portadores de
AR. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, cujos trabalhos
estão indexados nas bases de dados SciELO, PubMed e Lilacs. Foram utilizados os descritores “Hidroterapia”, “Artrite
Reumatoide” e “Reabilitação”. Como critérios de inclusão foram selecionados
artigos publicados no período entre 2012 e 2017, nos idiomas inglês e
português, ensaio randomizado, estudos de caso e outros materiais
complementares. Os artigos excluídos foram os incompletos, bem como aqueles que
fugiam da temática buscada, sendo estes referentes à balneoterapia no
tratamento. Resultados: Após a pesquisa, foram encontrados 14 artigos,
dos quais apenas 7 foram selecionados. Observou-se que o tratamento aquático
quando comparado com aquele realizado em solo mostra-se superior. Essas
melhoras funcionais se devem aos princípios físicos da água, que contribuem
para o aumento da ADM através da força de flutuação que atua facilitando o
movimento articular. Além disso, a piscina quando aquecida contribui para a
diminuição da dor e ajuda no relaxamento muscular. Conclusão: Nesse
sentido, a hidroterapia pode beneficiar os portadores de AR, proporcionando o
aumento da sua funcionalidade e uma melhora na qualidade de vida. Recomenda-se
que esses pacientes sejam estimulados a iniciar o tratamento precocemente para
a obtenção de melhores resultados. Contudo, são poucos os estudos comprovando a
sua efetividade, portanto, sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas para
a comprovação da terapêutica abordada.
Palavras-chave: hidroterapia, artrite
reumatoide, reabilitação.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática na hipertensão arterial: revisão de literatura
Souza ATS1,
Gouveia GPM2, Costa RAS1, Silva ESM1, Oliveira
FA1 Costa BC¹ Carvalho KF¹
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Avaliativa e
Terapêuticas - GPFAT, Parnaíba/PI
Email:
souzatainara906@yahoo.com
Introdução: A hipertensão
arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial que afeta quase 20% da
população mundial, sendo caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos
sistólicos ≥140mmHg e/ou diastólicos ≥ 90 mmHg. Sabe-se que a
imersão em água aquecida, juntamente com seus efeitos físicos e terapêuticos
acarretam repercussões fisiológicas nos sistemas cardiovascular e renal. Com
relação às alterações hemodinâmicas e dos sistemas reguladores, o sistema
cardiovascular sofre aumento de 700 ml de volume sanguíneo no seu
compartimento, interferindo no aumento de volume sistólico e débito cardíaco,
diminuição da resistência vascular periférica, pressão arterial e frequência
cardíaca. Tal quadro clínico sendo possível sob um protocolo de intervenção em
ambiente aquático a longo prazo. Objetivos: Identificar os efeitos da
fisioterapia aquática (FA) em pacientes com hipertensão arterial. Métodos:
O estudo trata-se de uma revisão sistemática, desenvolvida mediante uma busca
bibliográfica nas bases de dados eletrônicas Pubmed, PEDro, Lilacs e SciELO. Os
descritores foram selecionados a partir da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
usados no idioma inglês, sendo eles physiotherapy, hydrotherapy, hypertension e heated Water. Foi realizado a
análise e leitura dos artigos, sendo selecionados aqueles que se enquadram,
utilizando a FA no tratamento a longo prazo, na melhora da hipertensão arterial
nas populações adulta e em processo de senescência. Resultados:
Totalizou-se ao todo 10 títulos, desses 8 foram selecionados, sendo uma revisão
e sete artigos originas. Os artigos norteavam o uso de FA e, em água aquecida
em treinamento prolongado favorece uma redução da hipertensão arterial, atuando
positivamente em pacientes com hipertensão arterial. Conclusão: Com os
exercícios da FA, ocorre a promoção de hipotensão pós-exercício, evidenciando
uma queda na pressão arterial em pacientes com hipertensão arterial e assim,
melhorando a qualidade de vida e controle da HA.
Palavras-chave: fisioterapia,
hidroterapia, hipertensão.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática para os pacientes com doença de Parkinson: uma revisão integrativa
Damasceno ILM¹, Barbosa
JMS¹, Anjos LMA¹, Teles PKS¹, Barbosa TBA¹, Matias PHVS²
¹Discente do Centro
Universitário Tiradentes - UNIT, Maceió, Alagoas, Brasil, ²Docente das
disciplinas recurso cinesioterapêutico e funcional,
fisioterapia aquática e administração em fisioterapia do curso de fisioterapia
do Centro Universitário Tiradentes - UNIT, Maceió/AL
Email:
isis_larissa96@outlook.com
Introdução: A Doença de Parkinson
(DP) é uma disfunção neuro degenerativa que pode causar tremor, rigidez muscular,
instabilidade postural e bradicinesia em diferentes intensidades, podendo
ocasionar interferência no nível de capacidade funcional e qualidade de vida
dos indivíduos que apresentam esse diagnóstico clínico. Entre os recursos de tratamento
existentes voltados para pacientes parkinsonianos, a fisioterapia aquática
busca minimizar as sequelas motoras através dos efeitos causados pelas
propriedades da água favorecendo a reabilitação funcional. Objetivos:
Realizar uma revisão integrativa da literatura científica sobre os efeitos da
fisioterapia aquática para os pacientes com Doença de Parkinson. Métodos:
Foi realizada busca bibliográfica nas bases de dados SciELO, Lilacs, PEDro e Pubmed, utilizando os seguintes descritores: Doença de Parkinson,
fisioterapia e hidroterapia. Os critérios de inclusão desta pesquisa foram
artigos publicados em português e inglês, durante os anos de 2008 a 2018. Os
artigos que não estavam disponibilizados na íntegra e que não apresentavam a
Fisioterapia Aquática como tratamento foram excluídos desta pesquisa. Resultados:
Inicialmente foi realizada uma busca dos artigos, sendo encontrado um total de
18 estudos através do cruzamento dos descritores. Após leitura crítica dos
resumos, 9 atenderam aos critérios de inclusão e foram analisados na íntegra.
Os estudos demonstraram que a fisioterapia aquática pode ser uma intervenção
utilizada, principalmente, no início da Doença de Parkinson, podendo auxiliar
no equilíbrio, marcha, qualidade de vida e capacidade funcional dos indivíduos
acometidos pela Doença de Parkinson. Considerações finais: A Fisioterapia
Aquática pode favorecer a melhora do equilíbrio postural estático e dinâmico,
podendo melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida do paciente com
Doença de Parkinson.
Palavras-chave: Doença de Parkinson,
fisioterapia, hidroterapia.
Análise da força e pico
de fluxo respiratório em idosos submetidos a exercícios resistidos em piscina
aquecida
Silva PA¹, Gouveia GPM2,
Castro LTG1, Sousa EGD¹, Araújo RL1, Oliveira TR¹
1Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba, PI, Brasil, 2Coordenador do Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT
Email:
priandrade@outlook.com
Introdução: O envelhecimento traz
consigo diversas alterações no sistema pulmonar, entre elas a redução do
calibre das vias aéreas, que interferem na mecânica respiratória, ocasionando
diminuição nos valores de PImáx e PEmáx.
A prática de exercícios resistidos, em piscina aquecida, visa atenuar tais
alterações, melhorando a força muscular respiratória. Objetivo: avaliar
a força dos músculos respiratórios e o pico de fluxo expiratório em idosos
submetidos a exercícios resistidos em piscina aquecida. Métodos: O presente
trabalho tratou-se de um estudo intervencionista, descritivo, transversal de
caráter quantitativo, contemplando 13 voluntários residentes no município de
Parnaíba-PI e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do
Piauí/PI, com parecer número 2.379.589. Foi realizado avaliação de manovacuometria e de pico de fluxo expiratório (PFE). O
programa de exercícios em ambiente aquático constituiu-se alongamento,
exercícios de aquecimento, resistência, equilíbrio e relaxamento, executados
durante uma hora, duas vezes por semana, durante seis semanas. Para a análise
estatística realizou-se a verificação de normalidade dos dados com o teste de
Shapiro-Wilk, distribuição de frequência simples das variáveis de interesse do
estudo e teste t de student para amostras pareadas. Resultados:
Obteve-se significância estatística para as variáveis pico de fluxo (p=0,018) e
força muscular expiratória (p=0,014), apontando para a eficácia do protocolo no
sistema pulmonar, enquanto na força muscular inspiratória não houve interferência
significativa (p=0,490). Conclusão: O protocolo realizado de exercícios
resistidos em piscina aquecida influenciou na melhoria do pico de fluxo,
promovendo também melhoras da musculatura expiratória em pacientes idosos.
Porém, na força muscular inspiratória não houve evolução significativa.
Palavras-chave: idoso, fisioterapia,
exercício.
Análise autonômica cardíaca domínio auto regressivo em idosos antes e após
atividades aquáticas
Silva PA¹, Gouveia GPM2,
Castro LTG1, Sousa EGD¹, Araújo RL1, Oliveira TR¹
1Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI, 2Coordenador Grupo de Pesquisa em Fisioterapia
Avaliativa e Terapêuticas-GPFAT
Email:priandrade@outlook.com
Introdução: A Frequência Cardíaca
é modulada por uma ação conjunta dos ramos simpático e parassimpático do
Sistema Nervoso Autônomo. Uma das mudanças adaptativas na regulação neural
produzida pelo exercício físico é aumento da modulação vagal, observado pelo
aumento da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). A hidrocinesioterapia
utiliza as propriedades físicas da água e sua capacidade térmica para promover
bem-estar físico e mental, elevação da temperatura corpórea, vasodilatação e
melhora do condicionamento cardiovascular. Objetivo: Analisar a
influência da prática de exercícios fisioterapêuticos em piscina aquecida no
tônus vagal cardíaco e VFC. Métodos: O presente trabalho tratou-se de um
estudo intervencionista, descritivo, transversal de caráter quantitativo.
Estiveram envolvidos 12 sujeitos com idade média de 67,77±5,94 (60 – 78) anos,
residentes no município de Parnaíba/PI, sob aprovação do Comitê de Ética da
Universidade Federal do Piauí-PI, com parecer número 2.379.589. Verificou-se a
VFC domínio frequência em 12 voluntários, sendo monitorada por um
frequencímetro Polar Rs800x® antes e após cada intervenção, utilizando-se da
técnica de análise espectral da variabilidade cardíaca. O programa de
exercícios em ambiente aquático constituiu-se de um protocolo com alongamentos,
exercícios resistidos com série para membros superiores e inferiores,
equilíbrio, propriocepção e relaxamento, executados durante uma hora, duas
vezes por semana em dias alternados, durante seis semanas. Para análise
estatística realizou-se teste descritivo e o de normalidade de Shapiro-Wilk que
confirmou uma distribuição normal para as variáveis em estudo, obtendo p >
0,05, sendo, portanto, utilizado o teste T pareado. Resultados: Ao
inferir os dados da variabilidade da frequência cardíaca, antes e após, o
protocolo de exercícios aquáticos resistidos, quanto às variáveis LF, HF e a
relação LF/HF do auto regressivo, por meio do teste t pareado, não obteve
significância estatística para as referidas variáveis, apresentando valores de
p = 0,116; 0,259 e 0,147, respectivamente. Conclusão: Conclui-se que o
protocolo realizado em idosos não refletiu na redução do tônus vagal cardíaco.
De acordo com a análise dos resultados obtidos pelo domínio frequência (auto regressivo)
o protocolo de hidrocinesioterapia estudado não
promove alterações da frequência cardíaca.
Palavras-chave: frequência cardíaca,
exercícios, hidroterapia.
Reabilitação neurofuncional de uma idosa com sequelas de acidente
vascular cerebral em ambiente aquático: relato de caso
Conceição AM1,
Ferreira KRC1, Souza CCB1, Souza, MCP1,
Rodrigues MAB1, Macedo LP2
1Grupo de Pesquisa
Engenharia Biomédica, UFPE, Recife/PE, 2Fisioterapeuta, Graduada
FSM, Recife/PE
Email:amanda.1fisio@hotmail.com
Introdução: O Acidente Vascular
Cerebral (AVC) é um déficit neurológico focal ou global, ocasionado por uma
interrupção abrupta do fluxo sanguíneo cerebral, onde os sintomas persistem por
mais de 24 horas, ou que leve o indivíduo à morte. A grande maioria dos
indivíduos que sobrevivem ao AVC evoluem com sequelas motoras, sensoriais e
cognitivas. Objetivo: Relatar o caso de uma idosa com sequelas neuromotoras decorrentes de um AVC que foi submetida a
fisioterapia aquática. Métodos: Trata-se de um relato de caso, onde a
paciente analisada é uma idosa, cujas iniciais são S. M. M. C., com 62 anos,
residente na cidade do Recife-PE, com diagnóstico clínico de AVC e histórico
prévio de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Foi realizada a avaliação
funcional, onde verificou-se tônus, edema, sensibilidade superficial e
profunda, equilíbrio estático e dinâmico, atividades motoras, atividades de
vida diária e reações de proteção. Observou-se que a paciente apresentava um
quadro de rigidez relevante em membro superior esquerdo (MSE), déficit de
equilíbrio, de sensibilidade, espasticidade em MSE e marcha claudicante com
auxílio de órtese. Posteriormente foi realizado o Diagnóstico fisioterapêutico
(Hemiparesia em hemicorpo esquerdo), plano de tratamento, objetivos e condutas.
Segundo informações colhidas pela própria paciente a mesma realizou
fisioterapia em solo em outra clínica, tendo sido no total 51 sessões,
posteriormente foi encaminhada para fisioterapia aquática. As intervenções com
a fisioterapia aquática ocorreram duas vezes por semana, com duração de 45
minutos cada sessão, por um período de seis meses, na Clínica Escola de
Fisioterapia da Faculdade São Miguel, em Recife/PE. Resultados: As
condutas eleitas para a presente paciente foram: Estimulação sensorial, propriocepção,
mobilização neural, treino de alcance, treino de marcha, fortalecimento
muscular, alongamentos e relaxamento em flutuação. Em decorrência dos efeitos
fisiológicos e das propriedades físicas da água, tais como o auxílio da
temperatura, a fisioterapia aquática mostrou-se eficaz no que diz respeito a
diminuição da rigidez e da espasticidade do MSE, além disso, verificou-se
também uma melhora no padrão da marcha e no equilíbrio, possibilitando a
paciente realizar a caminhada sem auxílio da órtese, com relação a
sensibilidade não houve melhora significante. Acredita-se que as propriedades
da água concomitantemente a um plano de tratamento adequado agem no sistema
nervoso central, atenuando as sequelas do AVC e favorecendo a
neuroplasticidade. Conclusão: Diante do exposto, constatou-se que a
fisioterapia aquática proporcionou uma melhora relevante do quadro clínico. Foi
possível observar uma evolução na qualidade e na perspectiva de vida da
paciente, possibilitando um retorno mais rápido para as suas atividades da vida
diária, tornando-a o mais funcional possível.
Palavras-chave: hidroterapia,
acidente vascular cerebral, idoso.
Benefícios da hidrocinesioterapia na recuperação do equilíbrio e na
prevenção de quedas em idosos: uma revisão
Rodolfo dos Santos
Diniz1, Joedna de Brito Silva1,
Natália Alexandre Lima1, Roberta Mariana Silva1, Ana
Paula Pereira Silva1, Eduardo Antônio Costa Silva2,
Leonardo Felix Santos2
1Acadêmicos do Curso de
Fisioterapia, UNESC Faculdades, Campina Grande/PB, 2Docentes UNESC
Faculdades, Campina Grande/PB
Email:
rodo_fo_007@hotmail.com
Introdução: O envelhecimento
caracteriza-se por um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas,
bioquímicas e psicológicas. Com essas alterações, o indivíduo pode apresentar
perda progressiva da capacidade de adaptação ao meio ambiente, surgir doenças,
alterações das habilidades motoras e cognitivas. As quedas estão relacionadas à
limitação funcional, aumento da idade, fraqueza muscular, uso de medicamentos
psicotrópicos, riscos ambientais, sexo feminino e déficit visual. A hidrocinesioterapia
é um recurso fisioterapêutico que busca
a reabilitação humana através dos
princípios da aplicação de exercícios
físicos
aliado às propriedades físicas da água. Objetivo: Este artigo objetivou
investigar os benefícios da hidrocinesioterapia na
recuperação do equilíbrio e prevenção de quedas em idosos, além de mostrar a
importância de se realizar novos estudos com o mesmo tema. Metodologia:
Tratou-se de um estudo exploratório com abordagem bibliográfica, elaborado a
partir de artigos e material disponibilizado nas bases de dados: SciELO, Lilacs, Bireme, PEDro. Resultados:
Essa pesquisa mostra que a hidrocinesioterapia tem
resultados positivos, na recuperação e prevenção de quedas em idosos. Conclusão:
A fisioterapia aquática no geral e em específico a hidrocinesioterapia
tem demonstrado ser um importante aliado na recuperação do equilíbrio e
minimizando os fatores de risco de quedas.
Palavras-chave: hidrocinesioterapia,
equilíbrio, queda.
Eficácia da
hidroterapia em crianças com encefalopatia crônica não progressiva da infância:
uma revisão
Rodolfo dos Santos
Diniz1, Joedna de Brito Silva1,
Natália Alexandre Lima1, Ana dos Santos Dantas1, Roberta
Mariana Silva1, Ana Paula Pereira Silva1, Eduardo Antônio
Costa Silva2, Leonardo Felix Santos2
1Acadêmicos do Curso de
Fisioterapia, UNESC Faculdades, Campina Grande/PB, 2Docentes UNESC
Faculdades, Campina Grande/PB
Email:
rodo_fo_007@hotmail.com
Introdução: Atualmente, a Paralisia
Cerebral é conceituada como Encefalopatia Crônica Não Progressiva da Infância e
definida como qualquer desordem caracterizada por alteração na estrutura e
função do corpo, atividade e participação por causa de lesão não progressiva do
cérebro em desenvolvimento. Existem várias técnicas fisioterapêuticas para
reabilitação de indivíduos com essa patologia, entretanto, nenhuma técnica se
destaca como mais eficaz na literatura. A utilização da abordagem hidroterapêutica torna-se viável em vários aspectos estruturais,
funcionais e sociais no processo de reabilitação. Objetivos: Avaliar,
por meio da seleção e análise criteriosa de artigos, as evidências da eficácia
da hidroterapia em crianças e/ou adolescentes com encefalopatia crônica não
progressiva da infância com idade inferior a 17 anos. Metodologia: Foi
realizada pesquisa na Biblioteca Virtual em Saúde nas bases de dados
bibliográficos da Lilacs, Medline, Scielo, Biblioteca Cochrane e busca ativa em periódicos
nacionais e internacionais. Resultados: Os bancos de dados localizaram
apenas dois artigos de revisão sistemática sobre o tema abordado, pelos quais
foi possível localizar, por busca ativa, seis artigos científicos. Esses
trabalhos foram analisados de acordo com os critérios de inclusão e, por fim, apenas
cinco artigos compuseram o estudo, os quais foram avaliados quanto à qualidade.
Conclusão: Houve limitada evidência dos efeitos da abordagem hidroterapêutica nessa população. Assim sendo, estudos
futuros do tipo ensaio clínico aleatório fazem-se necessário para a conduta
clínica e para comunidade científica.
Palavras-chave: fisioterapia,
hidroterapia, encefalopatia crônica.
Protocolo de
Fisioterapia Aquática com ênfase no equilíbrio e na função motora grossa de
crianças com paralisia cerebral: ensaio clínico randomizado
Oliveira LMM1,
Silva BST2, Braga DM3, Castro CRA4, Oliveira LC5,
Goes MFT6
1,5Fisioterapeutas
referência da clínica de Paralisia Cerebral do setor da Fisioterapia Aquática
da Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD, São Paulo/SP, 2,6Fisioterapeutas
aprimorandas da AACD em 2017, São Paulo/SP, 3Fisioterapeuta
supervisor do setor da Fisioterapia Aquática da AACD, São Paulo/SP, 4Fisioterapeuta
referência da clínica de Pós-operatório na Paralisia Cerebral do setor da
Fisioterapia Aquática da AACD, São Paulo/SP
Email: lucianammag@hotmail.com
Introdução: A Paralisia Cerebral
(PC) é um grupo heterogêneo de alterações clínicas de caráter não progressivo
do encéfalo em desenvolvimento ou imaturo, que levam a uma série de alterações,
dentre elas distúrbios motores, sensoriais, posturais e de equilíbrio, que
geram limitações funcionais. O tratamento na PC é multidisciplinar, no qual a
fisioterapia aquática faz parte do processo de reabilitação, em que as
propriedades hidrodinâmicas têm mostrado bons resultados no tratamento. Objetivo:
Avaliar os efeitos de um protocolo de fisioterapia aquática com ênfase no
equilíbrio e na função motora grossa de crianças com PC diparética
espástica classificadas no nível III do Gross Motor Function
Classification System (GMFCS). Métodos:
Trata-se de um ensaio clínico controlado, randomizado, longitudinal,
estratificado, cego, de caráter descritivo-analítico, qualitativo e
quantitativo, sendo realizado na AACD, Unidade Ibirapuera, São Paulo, SP,
Brasil. Foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da AACD
(parecer nº 68545917.1.0000.0085) em conformidade com a Resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde do Brasil. Foram triados 65 prontuários dos quais 19
crianças foram incluídas e 12 finalizaram o estudo. Dentre os critérios de
inclusão, incluem-se: PC do tipo diparesia espástica,
classificadas no nível III do GMFCS, com idade entre 4 e 8 anos e 11 meses.
Foram excluídos pacientes incapazes de compreender as atividades propostas,
submetidos à cirurgia ortopédica a menos de 12 meses e a bloqueios periféricos
a menos de 6 meses e que apresentaram intercorrências clínicas. As crianças
foram alocadas em grupo controle (GC), que realizou terapias convencionais e
grupo intervenção (GI) que realizou o protocolo de exercícios aquáticos. Os
grupos foram avaliados pré e pós-intervenção através
das escalas e instrumentos: Escala Visual Analógica (EVA), Medida da Função
Motora Grossa (GMFM-88), Escala de Equilíbrio Funcional Pediátrica (EEP), Dynamic Gait Index (DGI), Time Up and Go (TUG), Teste de Caminhada
de 10 metros (10-MWT), Child Health Questionaire (CHQPF-50) e Anamnese. Para análise
estatística foram utilizados os testes qui-quadrado, Manova, Mann-Whitney e o teste de Wilcoxon.
Foi considerado um intervalo de confiança (IC) de 95%, o nível de significância
de p<0,05. Foram utilizados os softwares SPSS V.2.1, Minitab
16 e Excel Office 2010. Resultados: Foi encontrado melhora do GMFM total
somente no GI (p=0,028), enquanto na dimensão E ambos os grupos apresentaram
melhora, GI (p=0,026) e GC (p=0,046). No teste 10 MWT o GI diminuiu o tempo
para a distância total percorrida, com valor significativo de (p=0,028)
comparado ao GC (p=0,463). Também foi observado significante melhora no
equilíbrio dinâmico do GI (p=0,041) após intervenção segundo a escala DGI. Não
houve resultados significativos na TUG e EEP após aplicação do protocolo.
Discussão: Notou-se déficit no equilíbrio dinâmico e estático durante as
atividades avaliadas nesta população. Crianças com PC diparéticas
espásticas, nível III, apresentam o equilíbrio prejudicado e este interfere na
realização das atividades funcionais, pois o equilíbrio é fundamental para se
recuperar de situações de instabilidade. O protocolo foi elaborado de acordo
com os parâmetros utilizados na literatura, sendo realizado 16 sessões de
fisioterapia aquática, com frequência de 2 vezes por semana e duração de 35
minutos para cada sessão. Os exercícios do protocolo foram elaborados para
estimular a criança. A atividade na água promove o aumento da confiança e tem
caráter desafiador, além do processo ensino- aprendizado. Apesar das terapias serem
aplicadas no meio líquido, o objetivo era que estes ganhos funcionais fossem
transferidos para o solo. Conclusão: O protocolo de equilíbrio na
fisioterapia aquática aplicado em crianças com PC nível III do GMFCS,
proporcionou melhora na função motora grossa, na velocidade da marcha, no
equilíbrio e na qualidade de vida, mostrando a fisioterapia aquática um
importante meio de reabilitação.
Palavras-chave: paralisia cerebral,
balance postural, hidroterapia, fisioterapia.
Influência da
Fisioterapia Aquática funcional na simetria da descarga de peso na passagem de
sentado para em pé em hemiparéticos pós AVC
Gouvêa JXM, Magalhães
DRC, Baccaro VM, Braga DM, Lourenço MA
Departamento de
Fisioterapia Aquática, Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) –
Unidade Ibirapuera, São Paulo/SP
Email: jgouvea@aacd.org.br
Introdução: Um dos movimentos
mais executados na vida diária é a passagem de sentado para em pé, sendo este
um pré-requisito para a estabilidade e mobilidade na postura ortostática.
Dentre as abordagens da reabilitação no tratamento de Acidente Vascular
Cerebral (AVC), a Fisioterapia Aquática Funcional é uma das alternativas que se
destaca. Objetivo: Avaliar a influência da Fisioterapia Aquática
Funcional na simetria da descarga de peso entre os membros inferiores durante a
passagem de sentado para em pé em pacientes com hemiparesia pós AVC, e sua
provável interferência na ativação dos músculos reto e bíceps femoral,
relacionando essas medidas com parâmetros de funcionalidade e qualidade de
vida. Métodos: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Associação de Assistência à Criança Deficiente (1.739.217/2016). Estudo clínico
controlado, cego, de caráter descritivo-analítico. Participaram do estudo 18
indivíduos hemiparéticos (média de tempo pós AVC:
18,77 meses) que foram alocados em dois grupos: Grupo Experimental (GE),
composto por 10 indivíduos (média de idade: 43,2 anos), submetidos a um protocolo
de Fisioterapia Aquática Funcional composto por 11 exercícios com foco na
ativação muscular de membros inferiores (reto e bíceps femoral); e Grupo
Controle (GC), composto por 8 indivíduos (média de idade: 52,9 anos),
submetidos apenas a fisioterapia em solo. Ambos os grupos realizaram 14 sessões
individuais, 2 vezes por semana, por 35 minutos; foram também recrutados 18
indivíduos saudáveis (média de idade: 47,9) para comparar a simetria da
descarga de peso nos membros inferiores. Os grupos foram avaliados antes e após
o período de intervenção. Dados sobre a ativação muscular de reto e bíceps
femoral foram coletados por meio da eletromiografia de superfície e os dados
sobre a análise de simetria, por meio de uma plataforma de força; estes resultados
foram relacionados a escalas de funcionalidade e qualidade de vida (Escala de
Qualidade de Vida Específica para AVC, Medida de Independência Funcional e
Escala de Equilíbrio de Berg). O software utilizado na análise dos dados foi o
SPSS v.21. Para a estatística descritiva utilizou-se tabela de frequências com
o teste qui-quadrado, e a correção do teste exato de
Fisher quando apropriado. Para análise da variância entre os grupos no momento
pré-tratamento utilizou-se ANOVA de uma via e o teste de Kruskall-Wallis
para quando não havia normalidade ou homogeneidade entre os grupos. Para avaliar
os efeitos dos tipos de tratamento utilizou-se um modelo linear geral de
medidas repetidas. Para a comparação entre os grupos foi utilizado a média e os
intervalos de confianças, e os valores de significância apresentados referem-se
ao efeito de interação entre grupo de tratamento e o tempo (p<0,05). Resultados:
Ambos os grupos mostraram melhora na independência, funcional, equilíbrio e
qualidade de vida, demonstrada através das escalas funcionais (MIF: p=0,025;
BERG: p=0,001; p=0,040), entretanto, sem diferença significativa entre os
grupos. A correlação negativa moderada entre a ativação de reto femoral e
bíceps femoral esquerdos e o pico máximo de Força Vertical de Reação ao Solo na
plataforma esquerda sugere que, quanto menor a ativação desses músculos, maior
a descarga de peso na plataforma esquerda e, considerando que 70% dos
indivíduos do GE eram hemiparéticos à esquerda,
sugere-se, assim, que houve influência do protocolo na melhora do equilíbrio
entre essas duas musculaturas, possibilitando a diminuição da assimetria
durante a passagem de sentado para em pé, sugerindo que houve mudança na
eficiência da musculatura, visto que houve maior descarga de peso com uma menor
necessidade de recrutamento muscular. Houve diferença na razão de simetria da
descarga de peso em membros inferiores entre indivíduos saudáveis (p=0,001). Conclusão:
A Fisioterapia Aquática Funcional exerceu influência na simetria da descarga de
peso em membros inferiores no grupo que realizou o protocolo, com reflexo
positivo na funcionalidade e qualidade de vida. Ambos os tratamentos foram
efetivos nos parâmetros avaliados, e o grupo que realizou Fisioterapia Aquática
apresentou uma diminuição da razão de simetria da descarga de peso, sugerindo
melhora da simetria em membros inferiores durante a passagem de sentado para em
pé.
Palavras-chave: acidente vascular
cerebral, hidroterapia, paresia.
Importância da
Fisioterapia Aquática no equilíbrio de idosos
Correia Filha MJ¹, Melo
IGL², Moreno GMM³
¹Faculdades Integradas
da Vitória de Santo Antão (Faintvisa), Vitória de
Santo Antão/PE, ²Departamento de Fisioterapia, Faintvisa,
Vitória de Santo Antão/PE
Email:
mariajcorreiaf@gmail.com
Introdução: O processo de
envelhecimento e suas alterações fisiológicas têm recebido atenção crescente da
comunidade científica devido ao aumento significativo desta parcela da
população, bem como do importante impacto socioeconômico que têm seus processos
de adoecimento. No curso do processo de envelhecimento o desempenho de
habilidades motoras como o equilíbrio é comprometido secundariamente à degenerações sensoriais gradativas no sistema nervoso com
comprometimento principalmente dos sistemas visual, vestibular e somato-sensorial. O déficit de equilíbrio é responsável
pelo aumento do risco de quedas em idosos, que tem relação direta com diversas
comorbidades, diminuição da qualidade de vida, aumento do número de
internamentos e mortes de idosos. Nesse contexto a busca de estratégias
terapêuticas capazes de promover melhoras nessa função merecem especial
atenção, especialmente àquelas não invasivas e não farmacológicas, dadas as
fragilidades desse grupo da população. A fisioterapia aquática se propõe a
utilizar as propriedades físicas da água para auxiliar na implementação de
programas de atividades cinesioterapêuticas,
cognitivas e sensoriais para a recuperação e manutenção de equilíbrio. Objetivo:
Descrever a importância da hidroterapia como terapêutica para melhor capacidade
do equilíbrio para uma melhor qualidade de vida de idosos. Identificar os
benefícios adquiridos com a prática da hidroterapia na melhora do equilíbrio
para o público idoso. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa
descritivo-exploratória. Os critérios de inclusão foram artigos cujos objetivos
fossem avaliar a hidroterapia como principal terapêutica para melhor qualidade
de vida para idosos que apresentem déficit de equilíbrio, publicados em língua
portuguesa, com texto completo, disponíveis de forma gratuita eletronicamente,
indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases Literatura Latino
Americana y del Caribe em Ciências de La Salud (LILACS), Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) Scientific
Eletronic Library Online (SciELO) no período 2008 a 2018 e que contivessem os
descritores utilizados na busca no seus título, resumo ou assunto. Excluíram-se
os artigos em outros idiomas, que não apresentavam texto completo, que não se
enquadravam no recorte temporal estabelecido, além de outros documentos como
livros, monografias, dissertações, teses e editoriais. Foram encontrados 21
artigos, dos quais apenas 06 responderam à questão norteadora: como a
hidroterapia pode melhorar o equilíbrio e evitar futuras complicações em pacientes
idosos? Resultados: Devido à resistência que a água promove na prática
desta terapia, foi observada uma melhora significativa na força muscular e
potência na maioria dos músculos, as melhoras partiram desde a realização de
movimentos que simulavam atividades funcionais como durante o treino de
marcha¹. Os benefícios são evidentes na literatura, pois relata uma melhor
mobilidade adquirida por pacientes idosos que fazem da hidroterapia seu recurso
de tratamento para uma melhor qualidade de vida e melhora de equilíbrio. Conclusão:
Com a melhora da qualidade de vida deste público, é notável que a marcha e a
diminuição no risco de quedas fiquem bem evidentes, mas são necessários novos
estudos que abordem as mudanças do equilíbrio após o tratamento na hidroterapia.
Palavras-chave: hidroterapia, idosos,
equilíbrio postural.
Avaliação da
Fisioterapia Aquática no tratamento da doença de Parkinson: revisão de
literatura
Araujo ASML1,
Mendes LS2, Rocha JCT2
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Departamento de Fisioterapia, Universidade
Federal do Ceará, Fortaleza/CE
Email: tatmatsu@gmail.com
Introdução: A Doença de Parkinson
(DP) é uma afecção crônica neurodegenerativa de lenta progressão que ocorre
devido à perda neuronal de células dopaminérgicas na via negro-estriatal do cérebro. Caracteriza-se pela presença de
bradicinesia, hipocinesia, acinesia,
tremor e rigidez, além de déficits de equilíbrio e na marcha. Além disso, os
pacientes podem apresentar depressão, distúrbios autonômicos e demência. A fisioterapia
aquática é um recurso terapêutico que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos
e cinesiológicos resultante da imersão do corpo em
piscina aquecida para auxiliar no tratamento e na prevenção de alterações
funcionais. Objetivos: Avaliar a utilização da fisioterapia aquática no
paciente com Doença de Parkinson. Métodos: Trata-se de um estudo
descritivo, do tipo avaliativo. Utilizou-se de artigos publicados na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), no período de 2014 a 2018, em inglês e português, com os
seguintes descritores: Parkinson AND physiotherapy.
Utilizou-se como critério de exclusão todos os artigos que não fossem
correlatos a fisioterapia aquática. Resultados: Utilizando o Parkinson’s Disease Questionnaire (PDQ-39), observou-se que pacientes que
praticam a hidroterapia possuem maior conforto corporal em comparação àqueles
que não praticam. Após a realização de fisioterapia aquática, pacientes com DP
reduziram escores do PDQ-39 indicando melhoria na qualidade de vida. Quando
comparada a fisioterapia aquática com a fisioterapia convencional, usando a
escala Timed Up and Go (TUG), o Teste de Alcance Funcional (TAF), o teste
de Caminhada de 10 metros (TC10), o Dynamic Gait Index (DGI) e a escala Falls Efficacy
Scale (FES), notou-se que os dois métodos são
eficientes na melhora do equilíbrio e da função da marcha e na redução do risco
de quedas e incapacidade funcional. Utilizando um protocolo de tratamento de
Terapia Aquática que consistia em 4 fases: aquecimento (1), alongamento
(2),exercícios ativos e proprioceptivos (3) e relaxamento (4), obteve-se
melhora na amplitude de movimento nos movimentos de flexão de ombro
(150°-170°), abdução de ombro (160°-170°), flexão de cotovelo (110°-120°) e em
membros inferiores: flexão de quadril (105°-115°) e flexão de joelho
(110°-120°), além de ganho no grau de força muscular. Conclusão: A
fisioterapia aquática é um importante recurso utilizado para a reabilitação de
pacientes parkinsonianos, resultando em maior conforto corporal, melhora na
qualidade de vida, no equilíbrio e da função da marcha, reduz o risco de quedas
e a incapacidade funcional, melhora amplitude de movimento e aumenta o grau de
força muscular.
Palavras-chave: Parkinson,
fisioterapia, hidroterapia.
Aplicação da
Fisioterapia Aquática com uso do método Halliwick em
pacientes pós-acidente vascular encefálico: revisão de evidências
Araujo ASML1,
Mendes LS2, Peixoto KS2
1Universidade Federal do
Piauí, Parnaíba/PI, 2Departamento de Fisioterapia, Universidade
Federal do Ceará, Fortaleza/CE
Email: tatmatsu@gmail.com
Introdução: O Acidente Vascular
Encefálico (AVE) é caracterizado como um déficit neurológico transitório ou definitivo
em uma área cerebral secundário a lesão vascular que corresponde a um grupo de
afecções que apresentam manifestações clínicas semelhantes, porém etiologias
diversas. Por sua vez, a fisioterapia aquática é um recurso terapêutico que
favorece a reabilitação utilizando os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos da imersão do corpo em piscina aquecida. O Tratamento
de sequelas pós-AVE com os recursos biohídricos é
tema relevante de debate e evidências ao longo dos anos. Objetivos:
Identificar na literatura o uso do método Halliwick
na fisioterapia aquática em indivíduos pós-acidente vascular encefálico. Métodos:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura composta de artigos.
Utilizou-se de artigos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no
período de 2014 a 2018, em inglês, com os seguintes descritores: Aquatic AND Stroke. Utilizou-se
como critério de exclusão todos os artigos que não fossem correlatos a
fisioterapia aquática e o método Halliwick. Resultados:
Foram encontrados 58 artigos, após a leitura de títulos e resumos apenas 2
artigos foram selecionados por serrem correlacionados com a fisioterapia aquática.
O método Halliwick é uma técnica da hidroterapia que
consiste nos princípios de adaptação ambiental, restauração do equilíbrio,
inibição, e facilitação utilizado no tratamento de diferentes alterações de
desenvolvimento e disfunções neurológicas. No primeiro estudo participaram da
pesquisa 15 indivíduos com distúrbios de equilíbrio pós-AVE; no segundo estudo
fizeram parte 14 pessoas no grupo de intervenção e 16 no grupo controle, ambos
na fase pós-aguda de reabilitação do quadro de AVE. Os resultados das duas
pesquisas mostraram uma evolução considerável no quadro dos pacientes após a
aplicação da fisioterapia aquática utilizando-se do método de Halliwick. Conclusão: Observou-se que o uso dos
recursos de hidroterapia em pacientes com sequelas pós-AVE foi aceitável e
relevante em seus respectivos tratamentos. Constatou-se também que a aplicação
do método de Halliwick foi significativamente
importante para a obtenção dos resultados positivos. Entretanto, em alguns
indivíduos a aplicação unicamente do método e da própria fisioterapia aquática
pode não mostrar benefícios significativos para a qualidade de vida destes;
necessitando, portanto, de complementação no tratamento.
Palavras-chave: acidente vascular
encefálico, stroke, hidroterapia.
A efetividade da
hidroterapia na prevenção de quedas em idosos: uma revisão
Joedna de Brito Silva,
Rodolfo dos Santos Diniz, Natália Alexandre Lima, Jéssica dos Santos Ferreira,
Roberta Mariana Silva, Ana Paula Pereira Silva, Dilermando da Silva Noblat,
Eduardo Antônio Costa Silva, Leonardo Felix Santos
Curso de Fisioterapia,
UNESC Faculdades, Campina Grande/PB
Email: joedna21@gmail.com
Introdução: O envelhecimento é
descrito como um processo multifatorial e progressivo, que resulta na
diminuição da velocidade de contração muscular, causando alterações nos
reflexos de proteção, na coordenação e no equilíbrio, o que torna idosos mais
vulneráveis aos riscos ambientais. A causa das quedas é multifatorial, que
depende tanto de fatores intrínsecos, como os aspectos fisiológicos. A
hidroterapia é um recurso que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos, resultante da imersão do corpo em piscina
aquecida, que auxilia na reabilitação ou prevenção de alterações funcionais. Objetivo:
Verificar a efetividade da hidroterapia na prevenção de quedas em idosos. Metodologia:
Tratou-se de um estudo exploratório, de caráter qualitativo, a partir de uma
revisão bibliográfica, realizada através de uma análise de conteúdo dos
resultados encontrados. Foram considerados artigos em idioma português e
inglês, utilizando 20 artigos de periódicos pelas bases de dados nacionais e
internacionais como: Lilacs, Bireme, PubMed, SciELO e Google Scholar nos últimos 15 anos. Resultados:
Do estudo desenvolvido temos como resultado que, a hidroterapia influência na
capacidade funcional e no equilíbrio em idosos. Sendo assim considerada uma
técnica eficaz para a diminuição do risco de queda em idosos. Conclusão:
Esse estudo demonstrou que a hidroterapia pode melhorar o equilíbrio dinâmico e
estático em idosos, como também minimizar os fatores de risco das quedas, pois
houve resultados estatisticamente significativos.
Palavras-chave: hidroterapia,
envelhecimento, quedas.
A efetividade da hidrocinesioterapia na redução das dores em pacientes com
fibromialgia: revisão de literatura
Joedna de Brito Silva1,
Rodolfo dos Santos Diniz1, Natália Alexandre Lima1,
Roberta Mariana Silva1, Ana Paula Pereira Silva1, Dilermando
da Silva Noblat1, Eduardo Antônio Costa Silva2, Leonardo
Felix Santos2
1Acadêmicos do Curso de
Fisioterapia, UNESC Faculdades, Campina Grande/PB, 2Docentes UNESC
Faculdades, Campina Grande/PB
Email: joedna21@gmail.com
Introdução: A fibromialgia é uma
patologia reumatologia, crônica e sistêmica, tendo como principal
característica dor musculoesquelética difusa. Acomete preferencialmente o
gênero feminino, com incidência entre os 40 e 60 anos de idade e a prevalência
mundial é de 2%. A hidrocinesioterapia é bastante
indicada para o tratamento de pacientes com fibromialgia, sendo praticada em
água aquecida entre 32ºC e 33ºC. No tratamento, durante a imersão, os estímulos
sensoriais competem com os estímulos dolorosos, interrompendo o ciclo da dor. Objetivo:
Este artigo objetivou avaliar a efetividade da hidrocinesioterapia
na redução das dores em pacientes com fibromialgia. Metodologia:
Tratou-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem bibliográfica,
elaborado a partir de artigos e material disponibilizado nas bases de dados:
SciELO, Lilacs, Bireme, PEDro.
A partir dos seguintes descritores: Fibromialgia, Hidroterapia, Hidrocinesioterapia. Resultados: Nessa pesquisa, os
resultados encontrados apontam que a hidrocinesioterapia
e outros métodos também contribuem de forma positiva no tratamento de pacientes
com fibromialgia. Mesmo demostrando a escassez de produção literária sobre o
tema. Conclusões: A fisioterapia de maneira geral e em específico a hidrocinesioterapia tem demonstrado um importante papel na
busca da qualidade de vida dos pacientes e tendo como meta, reduzir a dor e
melhorar o condicionamento físico, evitando a perpetuação do ciclo vicioso:
dor, inatividade e limitação funcional. Tornando-se a terapia mais agradável e
lúdica.
Palavras-chave: fibromialgia,
hidroterapia, hidrocinesioterapia.
Análise comparativa do
equilíbrio em idosos após a prática de exercícios resistidos em ambiente
aquático
Sousa EGD1,
Gouveia GPM2, Castro LTG1, Silva PA1, Araújo
RL1, Oliveira TR1
1Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT, Universidade Federal do Piauí,
Parnaíba/PI, 2Coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisioterapia
Avaliativa e Terapêuticas- GPFAT
Email:laryssatheodora@hotmail.com
Introdução: O envelhecimento é um
fenômeno natural da vida humana que ocasiona mudanças fisiológicas. A
senescência provoca alterações que vão interferir no equilíbrio. O exercício é
reconhecido como aliado no processo de envelhecimento, assim, exercícios de
resistência muscular podem ser realizados em ambiente aquático e terrestre,
porém, exercícios aquáticos criam situações de instabilidade, fornecendo mais
informações sensoriais. Objetivo: Analisar a utilização dos exercícios
resistidos no ambiente aquático na melhora do equilíbrio de idosos por meio da
análise da plataforma de força e com a eletromiografia de superfície. Métodos:
Trata-se de um estudo intervencionista, descritivo, transversal de caráter
quantitativo, no qual as variáveis utilizadas foram avaliadas antes e após o
programa de treinamento. A pesquisa contemplou 13 anciãos do município de
Parnaíba-PI. O programa de exercícios resistidos em ambiente aquático
constituiu-se de exercícios de resistência muscular, equilíbrio e relaxamento,
executados durante uma hora, duas vezes por semana em dias alternados, durante
seis semanas. Resultados: Em relação à análise estabilométrica
houve melhoria do centro de gravidade e controle motor dos integrantes. Ao
inferir os dados da eletromiografia dos músculos estudados, obteve-se significância
estatística para cada variável, apontando eficácia do protocolo no controle
motor destes músculos. Conclusão: O protocolo proposto é eficaz no
controle motor e equilíbrio de idosos, reduzindo o risco de quedas e promovendo
melhoria da capacidade funcional.
Palavras-chave: idoso, equilíbrio,
funcionalidade.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática na força muscular e flexibilidade de indivíduos com deficiência visual
Silva BTP1, Lenci SS1, Shimano SGN2
1Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, 2Departamento de Fisioterapia
Aplicada, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG
Email: bianca22-@hotmail.com
Introdução: A deficiência visual
é definida como a condição de saúde em que o indivíduo é privado parcialmente
ou totalmente da capacidade de ver. A força e a flexibilidade são qualidades
físicas e motoras que definem o nível de aptidão física do indivíduo, porém, a
diminuição destes componentes pode afetar o equilíbrio, a postura e o
desempenho funcional, além de aumentar o risco de quedas, diminuir a velocidade
da marcha e dificultar as atividades da rotina diária. Assim sendo, a
fisioterapia aquática através de suas propriedades atua melhorando a qualidade
de vida, além de melhorar a força, a flexibilidade e o equilíbrio do indivíduo,
estimulando sua independência, e melhorando a percepção sobre suas relações
sociais e com seu meio. Objetivos: Avaliar os efeitos da fisioterapia
aquática adaptada na força muscular e flexibilidade de deficientes visuais em
diferentes momentos: avaliação inicial, 6 e 12 semanas de intervenção. Métodos:
Trata-se de um estudo longitudinal, de intervenção, série de casos,
quantitativo, obedecendo aos princípios éticos para pesquisa envolvendo seres
humanos sob parecer nº 2.496.643, realizado no Instituto de Cegos do Brasil
Central (ICBC), composto por 4 voluntários que possuíam deficiência visual
(baixa visão grave ou cegueira), entre 18 e 45 anos. Na intervenção foram
realizados exercícios de fisioterapia aquática para ganho de equilíbrio, força
e flexibilidade, com uso de halteres, espaguetes, e alongamentos, aumentando a
intensidade progressivamente de acordo com o desenvolvimento de cada um. Os
testes utilizados para avaliação foram: Teste de alcance funcional, Teste de
força do músculo gastrocnêmio e Dinamometria
de preensão palmar. Resultados: no Teste de alcance funcional obteve-se
melhora de 6,26% ao término da 6ª semana e 11,75% ao término da 12ª semana.
Teste de força do músculo gastrocnêmio: obteve-se
melhora de 37, 83% ao término da 6ª semana e 8,14% ao término da 12ª semana. Dinamometria de preensão palmar: na mão direita houve
aumento de força de 6,43% com 6 semanas e 9,87% com 12 semanas, já na mão
esquerda houve declínio de 5,8% com 6 semanas e 4,3% com 12 semanas. Nos 3
testes, os ganhos foram maiores principalmente ao término da 12ª semana, quando
os voluntários já apresentavam maior domínio e compreensão dos exercícios
propostos. Conclusão: A fisioterapia aquática traz contribuições
positivas para a melhora e manutenção da força muscular e flexibilidade quando
é associada a mudança de hábitos de vida. Quando realizada com deficientes
visuais se torna um desafio, pois é um ambiente novo e desconhecido, mas, é
perceptível a grande capacidade e força de vontade deles quando comparados os resultados
antes e após as intervenções na água.
Palavras-chave: hidroterapia,
transtornos da visão, força muscular.
Aqua Lymphatic
Therapy (ALT) no linfedema pós mastectomia radical:
relato de caso
da Silva LS1,
Correia DF1, De Amorim KCS2, Fonseca PHS3
1Graduanda(o) em
Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife/PE, 2Mestrando
em Fisioterapia pela UFPE, Recife/PE, 3Docente do Departamento de
Fisioterapia da UFPE, Recife/PE
Email:
laviniasbs@hotmail.com
Introdução: A Aqua
Lymphatic Therapy (ALT) é
um método de tratamento composto por exercícios suaves e de baixa resistência
que combinam automassagem, cinesioterapia aquática, cuidados com a pele e
compressão relacionada a? pressão hidrostática. Objetivos: Verificar os
efeitos da ALT como recurso hipoalgésico e de melhora
da capacidade funcional de uma paciente com linfedema pós- mastectomia radical.
A terapia complexa desobstrutiva (TCD) tem sido considerada o padrão ouro de
tratamento do linfedema, hipotetiza-se que a ALT
possa apresentar resultados ainda mais promissores na hipoalgesia
e melhora da capacidade funcional. Métodos: Relato de caso, paciente do
sexo feminino, 42 anos, IMC 23,7, cobradora de transporte coletivo. Realizou
procedimento cirúrgico 1 ano após receber diagnóstico de carcinoma ductal nível 2. Iniciou ALT 8 meses após mastectomia
radical, com linfedema Grau II, referindo queixas de dores na região cérvico-torácica posterior e axilar esquerda, fraqueza no
membro superior esquerdo e dor na área da cicatriz cirúrgica. O tratamento foi
realizado no setor de Fisioterapia Aquática da Clínica escola de Fisioterapia
da UFPE, durante 4 meses, 2x semana, sessões com duração de 50 minutos. Foram
realizados procedimentos de ALT que incluíram cinesioterapia aquática, exercícios
suaves e de baixa resistência e automassagens em profundidade para
potencializar os efeitos hidrostáticos. O estudo foi aprovado pelo comitê de
ética da UFPE, parecer 1.759.097/2016. Para avaliar a intensidade da dor foi
utilizada a escala visual analógica (EVA) e para avaliar a capacidade funcional
do membro superior foram realizadas avaliações goniométricas e de força do
ombro (de acordo com os critérios de Kendall). Além disso, foi aplicado o
Questionário Shoulder Pain and Disability Index (SPADI). Resultados:
Foi verificado redução da intensidade dolorosa de 73 para 28 mm, ADM (flx. antes 64o/depois 98 o; ext
antes 32 o/depois 48 o; abd antes 36 o/depois 128 o;
rot.int antes 27 o/depois 83 o; rot. ext. antes 23 o /depois 81 o). Força muscular
(flx antes 3/depois 4; ext
antes 4 /depois 5; abd antes 3/depois 5; rot.int
antes 4/depois 5; rot. ext.3 antes /depois4) e Shoulder
Pain and Disability Index (antes 79 /depois31 pontos). A
Fisioterapia Aquática diminui o efeito da gravidade e aumenta o bombeamento
linfático contribuindo para melhora das funções e redução das dores de
indivíduos com linfedemas 1-3. Conclusão: Os resultados encontrados
apontam que a Fisioterapia Aquática através do método ALT configura um
procedimento complementar a? Terapia Complexa Descongestiva na hipoalgesia e melhora da capacidade funcional em paciente
com linfedema pós mastectomia radical.
Palavras-chave: mastectomia,
linfedema, fisioterapia.
Efeito de uma sessão de
imersão em crianças com síndrome congênita relacionada ao vírus Zika
Silva LS1,
Monteiro MG2, Jayse A1, de Melo
MF1, Maranhão R1, Wiesiolek CC3,
Ferraz KM3
1Graduanda em Fisioterapia
da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife/PE, 2Mestre em
Fisioterapia pela UFPE, Recife/PE, 3Docente do Departamento de
Fisioterapia da UFPE, Recife/PE
Email:
laviniasbs@hotmail.com
Introdução: Crianças com Síndrome
Congênita relacionada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) apresentam como queixas
clínicas principais o comportamento irritável e as alterações de tônus muscular.
Diante disso, a terapia em ambiente aquático pode ser um recurso adjuvante à
reabilitação na SCZ por ser uma terapia prazerosa e benéfica para crianças. Objetivo:
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito em curto prazo de uma sessão de imersão
sobre o sono e o tônus muscular de crianças com microcefalia/SCZ. Métodos:
Uma série de casos, aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFPE (CAAE:
60111416.6.0000.5208), foi realizada no Laboratório de Estudos em Pediatria
(LEPED) do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE). A população do estudo foi constituída por crianças com microcefalia/SCZ,
entre 3-24 meses de idade, sem crises convulsivas, refluxo gastroesofágico, artrogripose ou luxação congênita do quadril e com mais de
6 meses de aplicação de toxina botulínica. Para avaliação do sono, foi aplicado
um questionário semiestruturado que abordava aspectos do sono (duração,
qualidade e frequência de interrupções noturnas) no dia anterior e seguinte à
sessão; o tônus muscular foi avaliado pela Escala Modificada de Tardieu (EMT), analisando-se o grau de tônus muscular e a
ganho de amplitude articular (ADM) dos grupos musculares flexores e extensores
das articulações do cotovelo e quadril. A sessão consistiu na imersão da criança
em bacia (diâmetro de 85x45cm e profundidade de 40 cm), com contenção flexora
seguida por movimentos de deslizamento látero-lateral
e ântero-posterior, lentos e ritmados, durante 15
minutos. Para análise estatística, utilizou-se o software SPSS (versão 20.0)
para verificar normalidade dos dados pelo Teste de Shapiro-Wilk; os testes T
pareado e Wilcoxon para análise antes e depois. Resultados:
Foram avaliadas dez crianças (idade média em meses: 23,9+3,97; 58,7% do sexo
feminino), das quais todas apresentavam algum grau de irritabilidade que, de
acordo com as genitoras, estava relacionado à privação de sono (100%). Foi observado
após a sessão diminuição na frequência de interrupções noturna (p=0,05) e
melhora da qualidade do sono (p=0,01), redução do grau de tônus muscular dos
músculos extensores de cotovelo (p=0,03) e joelho (p=0,04). Tais resultados
refletem os efeitos da terapia em ambiente aquático promovendo melhora do tônus
muscular e do comportamento, demonstrando que as crianças experimentaram uma sensação
de relaxamento. Tais efeitos podem auxiliar na reabilitação na SCZ visto que
crianças com disfunções neurológicas tendem a apresentar distúrbios do sono
além de sofrerem as consequências a longo prazo da hipertonia, como as
deformidades e contraturas musculares. Conclusão: A sessão de imersão em
ambiente restrito apresentou benefícios em curto prazo às crianças com microcefalia/SCZ
da nossa amostra. Deve-se enfatizar que o protocolo aplicado foi de baixo custo
e fácil aplicação, tornando-se replicável em ambiente domiciliar ou locais que
não possuem piscina, além da possibilidade de ser uma técnica viável e não
farmacológica no acompanhamento terapêutico destas crianças. A experiência do
fisioterapeuta deve guiar a escolha do protocolo adequado para cada criança,
respeitando as suas particularidades.
Palavras-chave: Zika vírus,
microcefalia, hidroterapia.
Efeitos da Fisioterapia
Aquática sobre a capacidade funcional em paciente com linfedema de membro
inferior: relato de caso
De Santana TM1,
Araújo MGR2, De Morais NR1, Da Silva KD1,
Andrade MA2, Maia JN2, Pedrosa BCS2, Ferreira
APL2
1Universidade Federal de
Pernambuco, Recife/PE, 2Departamento de Fisioterapia, Universidade
Federal de Pernambuco, Recife/PE
Email: thaynamoura15@gmail.com
Introdução: O linfedema constitui
uma doença crônica, grave e progressiva, caracterizado pelo déficit no
equilíbrio das trocas de fluidos no espaço intersticial levando ao acúmulo
tecidual de líquidos e macromoléculas no espaço intersticial, decorrentes de
deficiências no sistema linfático. Os efeitos da Fisioterapia Aquática nessa
doença são pouco explorados. Objetivos: Verificar os efeitos da
Fisioterapia Aquática no linfedema de membro inferior. Hipotetiza-se
que haverá redução volumétrica do membro e melhora da capacidade funcional. Métodos:
Relato de caso, paciente de 47 anos, com diagnóstico de linfedema crônico grau
III no membro inferior esquerdo diagnosticado aos 25 anos. Durante avaliação
cinético funcional relatou sensação de peso, cansaço e dificuldade para
deambular. O trabalho foi realizado no setor de Fisioterapia Aquática da
Clínica escola de Fisioterapia da UFPE, durante 4 meses, 2 vezes por semana,
sessões com duração de 50 minutos. Foram realizados procedimentos de
cinesioterapia aquática com e sem o auxílio de flutuadores, método de Bad Ragaz e massagens
subaquáticas. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da UFPE, parecer
1.759.097/2016. A capacidade funcional foi avaliada através de: medida do
volume do membro a partir da perimetria, amplitude de
movimento com sensor inercial, mobilidade funcional através do Timed Up and
Go (TUG) e o questionário Lymphoedema Funtioning Disability and Health Questionnaire for Limb Lymphoedema (Lymph-ICF-LL). Resultados: Foram observadas mudanças
volumétricas antes e depois do tratamento (4,30,5 para 3,90,6); melhora da
amplitude de movimento de dorsiflexão (12,4 para 16,2) e flexão plantar (34,8
para 37,7); TUG 13,8” para 9,88”) e escore médio do Lymph-ICF-LL
de 4,6 para 3,2). Embora tenha sido evidenciada discreta mudança na perimetria, o aumento da amplitude de movimento do
tornozelo contribuiu para o melhor desempenho do TUG e do escore Lymph-ICF-LL. Segundo a literatura, a redução do volume do
membro e consequentemente, do peso dos mesmos contribui para a menor limitação
dos movimentos articulares diminuindo sobrecargas que influenciam diretamente
na mobilidade e funcionalidade dos indivíduos. Conclusão: a Fisioterapia
Aquática contribuiu para melhorar a capacidade funcional da paciente. Esse
resultado aponta para o fato que outros pacientes com o mesmo diagnóstico podem
se beneficiar do tratamento no meio aquático, sobretudo pelos efeitos positivos
da pressão hidrostática imposta que favorece a aquisição de melhores resultados
funcionais no linfedema.
Palavras-chave: linfedema,
hidroterapia, funcionalidade.
Fisioterapia aquática no lúpus eritematoso sistêmico associado aos sintomas da
Chikungunya: um estudo de caso
Douglas Pereira Silva1,
Ygor Dias Ferreira Lisboa2, Carla Patrícia Novaes Santos Fechine3,
Ulissis Freire Ayres Lima3
1Associação Paraibana de
Ensino Renovado (ASPER), João Pessoa/PB, 2Departamento de
Fisioterapia Faculdades Asper, João Pessoa/PB, 3Curso
de Bacharelado em Fisioterapia Faculdades Asper, João
Pessoa/PB
Email: fisioterapiadouglas@gmail.com
Introdução: Lúpus Eritematoso
Sistêmico é uma doença autoimune, onde acomete diversos órgãos, pois o sistema
imunológico ataca as células do próprio corpo, gerando inflamações
principalmente nas articulações, no sistema nervoso central e renal. Assim como
no Lúpus, a Chikungunya atinge também as articulações, e seus principais
sintomas são: febre alta, cefaleia e mialgia. E a longo prazo, essas patologias
podem desencadear outras complicações, como: anorexia, artrites e até depressão.
Objetivos: Reduzir o quadro álgico, ganhar amplitude de movimento,
melhorar o equilíbrio e a postura. Métodos: Trata-se de um estudo de
caso, de caráter quantitativo, realizado com uma paciente com o diagnóstico do
Lúpus associados aos sintomas da Chikungunya, na cidade de João Pessoa, onde o
levantamento de dados foi obtido através da aplicação de um questionário
semiestruturado. Os instrumentos utilizados foram a escala visual analógica
para o nível da dor e a escala de equilíbrio de Berg. O tratamento consistiu em
sessões da fisioterapia aquática, com duração de uma hora, duas vezes na
semana, durante dezesseis semanas. Após a coleta de dados, os
mesmos foram armazenados em uma planilha do Windows Microsoft Excel
2016, e foram analisadas estatísticas descritivas variáveis (caracterização da
saúde, escala visual analógica da dor, amplitude de movimento e déficit de
equilíbrio) e posteriormente distribuído em formato de tabelas. Número de
aprovação do Parecer Comitê de ética em Pesquisa: 2.315.138. Resultados:
O tratamento consistiu em atendimentos da fisioterapia aquática em sessões de
uma hora, duas vezes na semana, durante dezesseis semanas. Analisamos que a
paciente relata que sua saúde atual está excelente em comparação há um ano atrás. A paciente também relatou interferências
nas suas atividades sociais e interferências causadas por seus problemas
emocionais em boa parte do tempo, problemas estes causados pelas doenças.
Diante dos resultados apontados, a fisioterapia aquática apresenta uma melhora significativa
no quadro álgico, amplitude de movimento e déficit de equilíbrio. É necessário
um programa de tratamento que deve ser iniciado de preferência assim que o
diagnóstico for confirmado, o tratamento deve ser realizado individualmente
para cada paciente após sua avaliação visto que quanto mais rápida a iniciação
do tratamento, melhor será o seu prognóstico. Conclusão: Diante dos
resultados, podemos observar que o programa de fisioterapia aquática trouxe
benefícios a paciente, mostrando melhora do quadro álgico, melhora na
flexibilidade muscular, equilíbrio, bem-estar geral, e, portanto, sua qualidade
de vida.
Palavras-chave: lúpus
eritematoso sistêmico, chikungunya,
hidroterapia.
Fisioterapia Aquática
na paralisia cerebral atáxica: estudo de caso
Fechine CPNS1, Araújo
JS1, Dantas MAS1, Maciel MES1, Sousa SCD1,
Barros CA2
1Docente do curso de
Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ, João Pessoa/PB, 2Discente
do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ, João
Pessoa/PB
Email:
carlafechine@hotmail.com
Introdução: A paralisia cerebral
(PC) é uma disfunção permanente que acomete o tônus muscular, postura e
movimento interferindo na atividade e participação da criança. Pacientes com PC
apresentam déficit no controle postural em virtude do comprometimento da função
motora e sensorial, além da perda do controle da motricidade seletiva com
consequente prejuízo na funcionalidade. Na PC atáxica,
a criança apresenta base alargada, dismetria, déficit
nas reações posturais e coordenação motora. Nesse sentido, a fisioterapia
aquática torna-se uma alternativa no tratamento das disfunções causadas pela
PC, visto que a água reduz o efeito da gravidade permitindo que as crianças
realizem atividades que não podem ser executadas em terra. A fisioterapia
aquática é um recurso importante na reabilitação e treinamento físico de
crianças com PC, acarretando melhorias, dentre as quais se destacam o aumento
na força muscular, equilíbrio postural, flexibilidade e condicionamento cardiorrespiratório.
Objetivo: Avaliar o equilíbrio estático e dinâmico pré
e pós-intervenção da fisioterapia aquática em um paciente com paralisia
cerebral atáxica. Métodos: Trata-se de uma
pesquisa descritiva, exploratória do tipo estudo de caso, realizada na Clínica
Escola de Fisioterapia de uma Instituição de ensino superior no município de
João Pessoa-PB. O estudo foi realizado com um paciente do sexo masculino, 14
anos de idade, com diagnóstico de PC atáxica. Foram
realizados 20 atendimentos em piscina aquecida à 32º, com duração de 50
minutos, duas vezes por semana. Foi utilizado como instrumento de pesquisa (pré e pós-intervenção), a Escala de Equilíbrio Pediátrica
que avalia o equilíbrio funcional de crianças na faixa etária de 05 a 15 anos.
É formada por 14 itens e, para cada item, utiliza-se a pontuação de 0 a 4. A
pontuação máxima da escala é 56 pontos, quanto maior o escore, melhor o
equilíbrio. Também foi utilizado o teste Timed Up and Go (TUG) que quantifica em
segundos o tempo que o indivíduo realiza a tarefa de levantar de uma cadeira,
caminhar 3 metros, virar, voltar e sentar novamente. A
conduta de tratamento consistiu em exercícios para trabalhar o equilíbrio
estático e dinâmico, por meio das técnicas do Halliwick
(com ênfase no programa de 10 pontos) e Hidrocinesioterapia
(aquecimento, alongamento e fortalecimento muscular, reeducação da marcha
associada à turbulência). O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Instituição em 2016 sob o número CAAE: 57363516.0.0000.5185. Resultados:
Na PC existe um desajuste no controle postural normal que formam a base para a
realização de movimentos funcionais contra a gravidade. Portanto, a
fisioterapia aquática teve como objetivo aprimorar o equilíbrio estático e
dinâmico, melhorar o controle da ativação muscular e aumentar a flexibilidade
dos membros inferiores. Após 20 atendimentos de fisioterapia aquática, houve
aumento na pontuação dos testes de equilíbrio: Escala de Equilíbrio Pediátrica
inicial de 48 pontos e final de 53 pontos; o Timed Up and Go (TUG) evoluiu de 20
segundos para 11 segundos pós intervenção. Conclusão: Houve melhora no
controle postural, estabilidade, força muscular e mobilidade, repercutindo nas
suas atividades funcionais e padrão de marcha. Nesse sentido, a fisioterapia
aquática pode ser considerada um recurso benéfico, para o tratamento da PC atáxica, associando a utilização dos princípios físicos da
água com as técnicas de tratamento. Portanto, novos estudos são necessários com
uma amostra maior de crianças com paralisia cerebral, para que os resultados
sejam melhor evidenciados.
Palavras-chave: paralisia cerebral,
ataxia, equilíbrio, fisioterapia aquática
Aumento da distância
percorrida na marcha em crianças com paralisia cerebral após Fisioterapia
Aquática
Vieira SS1,
Santos LF1, Nascimento KS2, Caldas-Batista TS3,
Schneiberg S4
1Egressos
Fisioterapeutas, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Sergipe
(UFS) -Campus Lagarto, Lagarto /SE, 2Fisioterapeuta, Clínica Physiomed, Lagarto/SE, 3Preceptora de Estágio,
Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Sergipe, 4Docente,
Universidade Federal de Sergipe (UFS) - Campus Lagarto, Lagarto/SE
Email:
sheilaschneiberg@gmail.com
Introdução: Crianças com
paralisia cerebral (PC) apresentam alteração na marcha com velocidade e padrões
de movimentos atípicos. Apesar da fisioterapia aquática ser bastante utilizada
no tratamento de crianças com PC, ainda não foi investigado o efeito de um
protocolo de treino por tarefas orientadas adaptado à fisioterapia aquática na
marcha dessas crianças. Objetivos: Investigar a eficácia de um protocolo
de fisioterapia aquática baseado em tarefas orientadas na marcha de crianças
com PC. Métodos: Trata-se de um estudo de eficácia com delineamento
experimental n de 1, com múltiplas avaliações, do tipo
A1BA2, onde A1 são avaliações realizadas antes do tratamento, B - avaliações
durante o tratamento e A2 avaliações após um mês de tratamento, nesse desenho o
sujeito é seu próprio controle. O estudo foi aprovado no CEP da UFS (CAAE: 43225914.7.0000.5546).
Os instrumentos utilizados para avaliação foram o Teste Timed
“Up & Go” (TUG), o Teste de Caminhada de 6
minutos (TC6) e a escala de percepção de fadiga de Borg. A intervenção
consistiu de atividades realizadas na piscina terapêutica
na clínica Physiomed, uma vez por semana, com duração
de 50 minutos, totalizando 10 atendimentos. Dois métodos estatísticos foram
utilizados: o método visual da banda formada pela média e por dois desvios
padrão calculados no baseline e o método do cálculo do tamanho do efeito da
terapia. Resultados: Participaram desse estudo três crianças, todas
classificadas como hemiplégicas espásticas, GMFCS I e MACS I. Todas as crianças
apresentaram melhora significativa no TUG (p < 0,05 e tamanho de efeitos
após terapia grandes a enormes > 0,80 e 1,30). No TC6 a criança 1 e 3
tiveram uma melhora na distância da marcha percorrida após o tratamento, mas a
criança 2 não melhorou durante o tratamento e após o tratamento teve uma
redução na distância percorrida. Todas crianças não tiveram relatos de fadiga de
acordo com a avaliação de BORG durante o TC6. Conclusão: O protocolo de
fisioterapia aquática baseado em tarefas orientadas mostrou-se eficaz para
aumento da velocidade da marcha em todas três crianças e aumentou a distância
percorrida em apenas duas crianças.
Palavras-chave: crianças, paralisia
cerebral; fisioterapia aquática; tarefas orientadas, marcha, ensaio
experimental de sujeito único.
Tchibum! Fisioterapia Aquática
neurofuncional: uma adaptação das teorias contemporâneas
do controle motor ao meio aquático
Schneiberg S1, Vieira
SS2, Santos LF2
1Docente, Universidade
Federal de Sergipe (UFS) - Campus Lagarto, Lagarto/SE, 2Egressos
Fisioterapeutas, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Sergipe
(UFS) -Campus Lagarto, Lagarto/SE
Email:
sheilaschneiberg@gmail.com
Introdução: Na tentativa de
entender como os movimentos são controlados foram desenvolvidas diversas
teorias de controle motor. As teorias contemporâneas mais aceitas afirmam que o
movimento é controlado não apenas pelo cérebro, mas com a contribuição de
diversos sistemas que influenciam o movimento humano através de parâmetros
intrínsecos e extrínsecos. A fisioterapia aquática vai influenciar
essencialmente o controle do movimento adicionando um fator extrínseco que é o
meio aquático e suas propriedades físicas, logo, um movimento realizado na
água, não tem os mesmos parâmetros de controle do que um movimento realizado
fora d’água. Objetivo: O objetivo principal desse estudo é propor uma
adaptação do treino por tarefas orientadas realizado na fisioterapia neurofuncional para a fisioterapia aquática. O método de
treino por tarefas orientadas é baseado na teoria contemporânea de controle
motor dos sistemas dinâmicos. Métodos: Cinco casos clínicos são
apresentados para estabelecer protocolos de intervenção, os casos clínicos
foram: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Traumatismo Raquimedular (TRM),
Parkinson, Ataxia cerebelar, Paralisia Cerebral (PC). Seguindo o guideline de planejamento terapêutico proposto pela
American Physical Therapy Association (APTA) as incapacidades funcionais dos casos
clínicos foram descritas de acordo com a Classificação Internacional de
Funcionalidade (CIF). O diagnóstico fisioterapêutico foi determinado para cada
caso e quatro objetivos SMART identificados, então, a partir desses objetivos
atividades orientadas a tarefas funcionais foram desenvolvidas. Resultados:
Através dos casos clínicos é possível entender que o processo de adaptação da
fisioterapia neurofuncional no meio aquático segue
princípios biomecânicos influenciados pela propriedade física d’água e a
relação das incapacidades funcionais de cada caso no ambiente aquático.
Especial atenção deve ser dada a relação entre densidade relativa dos seguimentos
corporais x incapacidade funcional x eixo de rotação (centro de gravidade e
centro de flutuação) para cada modelo de disfunção neurológica apresentado nos
casos clínicos. Conclusão: A adaptação de métodos de tratamentos da
fisioterapia neurofuncional no meio aquático requer
um conhecimento integrado das incapacidades funcionais decorrentes de
disfunções neurológicas e de como as mesmas reagem as
propriedades físicas d’água. Com essa interação de conhecimentos o
fisioterapeuta pode facilitar ou desafiar determinada tarefa funcional
realizada na piscina terapêutica.
Palavras-chave: fisioterapia
aquática; fisioterapia neurofuncional, tarefas
orientadas, cif, casos clínicos.
Fisioterapia Aquática
na microcefalia por Zika vírus: estudo de caso
Barros CA1, Fechine CPNS2, Dantas MAS2, Sousa SCD2,
Maciel MES3
1Discente do curso de
Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ, João Pessoa/PB, 2Docente
do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ, 3Coordenadora
do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
Email:
c.azevedobarros@gmail.com
Introdução: A microcefalia
caracteriza-se por uma má-formação cerebral, em que o crânio do recém-nascido
se desenvolve de maneira inadequada, podendo afetar o desenvolvimento
neuropsicomotor (DNPM), causando alterações cognitivas, motoras, visuais e
auditivas. A fisioterapia assume papel fundamental na avaliação e na escolha
das condutas adequadas para proporcionar o estímulo necessário no
desenvolvimento motor dessas crianças e proporcionar melhora na qualidade de
vida. Nesse sentido, a fisioterapia aquática (FA) por meio dos princípios
físicos e do calor da água proporciona um ambiente lúdico e com vários
estímulos motores e sensoriais potencializando experiências que não são
vivenciadas em solo. Objetivo: Avaliar os efeitos da Fisioterapia
Aquática na microcefalia por Zika vírus (ZIKV). Métodos: Caracteriza-se
como um estudo exploratório e descritivo, do tipo estudo de caso, com abordagem
quantitativa, realizada com uma criança do sexo masculino, 3 anos de idade, com
diagnóstico confirmado de microcefalia por ZIKV. O estudo foi realizado na
Clínica Escola de uma Instituição de ensino superior no município de João
Pessoa-PB. Inicialmente foi realizado um exame físico funcional, onde foi
observado: quadriplegia
espástica com hipertonia grau
2 nos membros inferiores e grau 3 nos membros superiores, GMFCS
nível V,
ausência dos padrões motores básicos e das
reações de equilíbrio e proteção,
encurtamento isquiostibiais (ângulo poplíteo de 74º
bilateral) e iliopsoas (Thomas 40º bilateral),
limitação na abdução do quadril bilateral (5º), dorsiflexão do tornozelo (0º).
A intervenção na FA foi realizada na piscina aquecida a 32º, duas vezes por
semana, com duração de 40 minutos, perfazendo um total de 16 atendimentos.
Foram utilizadas técnicas, tais como: conceito Halliwick
(enfatizando as rotações transversa e sagital), Hidrocinesioterapia
(alongamento, mobilização passiva) e o Conceito Bobath
adaptado na água (adequação do tônus muscular com manuseios passivos e lentos,
estimulação das reações de equilíbrio e controle do tronco no rolo e tapete
flutuante visando à estimulação do desenvolvimento sensório-motor). O presente
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição em 2018 sob
o número CAAE: 93514218.6.0000.5176. Resultados:
O calor da água
associada à diminuição da ação
gravidade reduz as forças de compressão nas
articulações,
aliviando a dor, promovendo relaxamento muscular e adequando o
tônus muscular.
Portanto, o objetivo da FA foi melhorar a ADM das
articulações comprometidas,
evitar a progressão das deformidades, estimular as
reações posturais, simetria
corporal e os padrões motores. Após a
intervenção com a FA, observou-se melhora
na extensibilidade do iliopsoas e isquiostibiais
com um ângulo poplíteo de 50º, além do aumento da ADM de abdução do quadril
(25º) e dorsiflexão do tornozelo (15º) comparado a pré-intervenção.
Conclusão: Estes resultados demonstram que a Fisioterapia Aquática
Pediátrica pode ser uma terapia eficaz e alternativa para crianças com
microcefalia, visto que possibilitou um melhor relaxamento muscular,
facilitando o aumento na amplitude de movimento das articulações comprometidas,
evitando a progressão dos encurtamentos e deformidades, além da estimulação do
desenvolvimento sensório-motor, proporcionando uma melhora na funcionalidade.
Palavras-chave: Zika vírus,
microcefalia, função motora grossa, fisioterapia aquática.