Fisioter
Bras 2022;23(1):173-87
REVISÃO
Eficácia do tratamento fisioterapêutico
em mulheres com disfunções temporomandibulares: uma revisão integrativa da
literatura
Effectiveness of
physical therapy treatment in women with temporomandibular disorders: an
integrative literature review
Renata Rocha Batista*, Cleidiane
Vieira da Silva Farias*, Joscimara da Mata*, Juliana
Barros Ferreira, Ft.,M.Sc.**
*Graduanda do curso de Fisioterapia pela Faculdade
Independente do Nordeste, Vitória da Conquista/BA, **Docente da Faculdade
Independente do Nordeste, Vitória da Conquista/BA
Recebido em 26 de novembro de 2020; Aceito
em 12 de outubro de 2021.
Correspondência: Renata Rocha Batista, Travessa
Gilberto Lopes 04 Bairro Cruzeiro 45003-265 Vitória da Conquista BA
Renata Rocha Batista:
renatarochabatista.rrb@gmail.com
Cleidiane Vieira da Silva Farias:
queide-educacao@hotmail.com
Joscimara da Mata:
joscimaradamata@gmail.com
Juliana Barros Ferreira:
julianabarros@fainor.com.br
Resumo
Introdução: As Disfunções Temporomandibulares
(DTM) consistem em um conjunto de problemas clínicos, de etiologia
multifatorial que afeta diretamente na qualidade de vida (QV) desses
indivíduos. As mulheres apresentam mais chances de ter DTM do que os homens.
Diante disso, a fisioterapia associada aos exercícios terapêuticos e a
eletroterapia é eficaz no tratamento da DTM e melhora da QV. Objetivo:
Verificar a eficácia do tratamento fisioterapêutico em mulheres com DTM no
alívio da dor orofacial e melhora da função mandibular. Métodos:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com artigos selecionados no
período de 2016 a 2020, indexados nas bases de dados: Pubmed,
PEDro, BVS, Scielo e Google
Acadêmico, os quais foram agregados 7 artigos elegíveis. A análise da qualidade
metodológica foi realizada através da escala PEDro. Resultados:
As técnicas e recursos fisioterapêuticos: terapia manual, ultrassom,
fototerapia, TENS e acupuntura, mostraram-se eficazes no tratamento de mulheres
com DTM. Conclusão: O uso das técnicas e recursos fisioterapêuticos
foram eficazes no tratamento de mulheres com DTM no alívio da dor orofacial e
melhora da função mandibular, além de melhorar a atividade eletromiográfica
dos músculos mastigatórios, cefaleia, cervicalgia e QV.
Palavras-chave: transtornos da articulação
temporomandibular, modalidades de fisioterapia, terapia manual, mulheres, dor
orofacial.
Abstract
Introduction:
Temporomandibular Disorders (TMD) consist of a set of clinical problems, of
multifactorial etiology that directly affects the quality of life (QOL) of
these individuals. Women are more likely to have TMD than men. Therefore,
physical therapy associated with therapeutic exercises and electrotherapy is
effective in treating TMD and improving (QOL). Objective: To verify the
effectiveness of physical therapy treatment in women with TMD in relieving orofacial
pain and improving mandibular function. Methods: This is an integrative
literature review, with articles selected from 2016 to 2020, indexed in the
databases: Pubmed, PEDro,
BVS, Scielo and Google Scholar, which were added 7
eligible articles. The methodological quality analysis was performed using the PEDro scale. Results: Physiotherapeutic techniques
and resources: manual therapy, ultrasound, phototherapy, TENS and acupuncture,
proved to be effective in the treatment of women with TMD. Conclusion: The
use of physical therapy techniques and resources was effective in treating
women with TMD in relieving orofacial pain and improving mandibular function,
in addition to improving the electromyographic activity of the masticatory
muscles, headache, neck pain and QOL.
Keywords:
temporomandibular joint disorders, physiotherapy modalities, manual therapy,
women, orofacial pain.
A articulação temporomandibular (ATM) é
uma das articulações mais importantes do corpo humano, responsável pelos movimentos
da fala, mastigação e deglutição [1]. A sua funcionalidade é maior em
comparação a outras articulações, e realiza em torno de 2.000 movimentos por
dia [2]. Para esta articulação funcionar de forma equilibrada, é importante que
exista um bom fechamento oclusal, e músculos funcionantes em perfeito
equilíbrio, pois se assim não ocorrer, instala-se as disfunções
temporomandibulares (DTM) [3].
A DTM é definida pela Academia Americana
de Dor Orofacial como um conjunto de vários problemas clínicos que envolve os
músculos mastigatórios, a ATM e as estruturas associadas [4]. Tem como
principais sintomatologias: a dor na região da articulação e nos músculos
mastigatórios, diminuição da amplitude de movimento e sons articulares [5]. A
etiologia é multifatorial, e pode estar relacionada às alterações
musculoesqueléticas, comportamentos parafuncionais,
deslocamento do disco articular, condições autoimunes inflamatórias como
artrite reumatoide e espondilite anquilosante, alterações posturais, má
oclusão, problemas psicossociais e traumas [6,7].
Estudos epidemiológicos demostram que
entre 50% e 75% da população em geral apresentam algum sinal ou sintoma da DTM
[8]. Ocorre em qualquer faixa etária, apresentando maior prevalência entre os
indivíduos de 20 a 40 anos [6,9]. As mulheres são mais susceptíveis e têm pelo
menos cinco vezes mais chances de sofrer estes distúrbios do que os homens
[10].
Diante dos aspectos que tange a
complexibilidade e multifatoriedade das DTM, para
realizar o seu tratamento exige uma abordagem interdisciplinar por meio de uma
equipe composta por vários profissionais (cirurgião dentista, fisioterapeuta,
psicólogo, neurologista, reumatologista e fonoaudiólogo) e que possuam uma
colaboração entre os mesmos [2,11,12].
A fisioterapia associada aos exercícios
terapêuticos e a eletroterapia são eficazes no tratamento da DTM e melhora a
qualidade de vida desses pacientes [11,12,13]. O uso de alguns recursos como: termoterapia, acupuntura, mobilização articular, exercícios
terapêuticos, alongamentos ativo e passivo, laser de baixa intensidade,
estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e ultrassom proporcionam a
melhora do fluxo sanguíneo local, a função muscular e analgesia [7,14].
Dessa forma, o presente estudo tem como
objetivo verificar através de uma revisão integrativa da literatura a eficácia
do tratamento fisioterapêutico em mulheres com disfunções temporomandibulares
no alívio da dor orofacial e melhora da função mandibular.
Trata- se de um estudo de revisão
integrativa da literatura, o qual buscou selecionar e sintetizar artigos de
ensaio clínico randomizados, além de analisar a qualidade metodológica através
da escala PEDro [15] para agregá-los a pesquisa.
Foram selecionados artigos indexados no banco/bases de dados: US National Library of Medicine
Nacional Institutes of Heath (Pubmed), Controlled Trials Database (Cochrane Library), Physiotherapy
Evidence Database (PEDro), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library
Online (Scielo) e Google Acadêmico.
Utilizou se a estratégia de busca PICO
(P = Problem, I = Intervention,
C = Control, O = Outcomes).
Foi considerada: P – Mulheres com Disfunções temporomandibulares, I – Recursos
e técnicas de fisioterapia para o tratamento das disfunções
temporomandibulares, C – Ensaios clínicos randomizados, O – verificar a
eficácia do tratamento no alívio da dor orofacial e melhora da função
mandibular. A pergunta norteadora desse processo foi: Qual a eficácia do
tratamento fisioterapêutico em mulheres com disfunções temporomandibulares no
alívio da dor orofacial e melhora da função mandibular?
Os descritores foram retirados do (DeCS/MeSH) descritos em inglês e
português, utilizando os operadores booleanos OR e AND de acordo com a tabela
I.
Tabela I - Estratégias de busca para Pubmed, Cochrane Library, PEDro,
BVS, Scielo e Google Acadêmico
Foram incluídos artigos com ensaios
clínicos randomizados em mulheres com DTM, podendo ou não estar associada a
outras comorbidades; técnicas e recursos fisioterapêuticos aplicados a essa
patologia, publicados em português e inglês no período de janeiro de 2015 a
2020. Quanto aos excluídos foram os artigos em duplicatas; artigos compostos
por ambos os sexos e com resultados do estudo incompleto ou em andamento.
Os artigos finais selecionados foram
avaliados quanto a qualidade pela Escala de Avaliação PEDro
[15]. Essa escala avalia os seguintes aspectos: 1) critérios de elegibilidade;
2) distribuição aleatória; 3) distribuição cega; 4) diferença entre os grupos
no baseline; 5) participação cega; 6) intervenção cega; 7) avaliação cega; 8)
resultados com mais de 85% da amostra; 9) situação controle; 10) resultados
intergrupos; 11) medidas de precisão. O escore da escala varia de 0 a 10
pontos. A cada um dos 11 critérios é atribuído um ponto, quando se satisfeito,
porém o primeiro item não é pontuado. Os estudos randomizados vistos como de
boa qualidade e incluídos para a presente pesquisa foram os que pontuaram acima
de 7 pontos. Quanto à evidência científica, os estudos têm hierarquia nível 2.
Foram encontrados 192 artigos,
distribuídos da seguinte forma nas bases de dados: PubMed
(70), Cochrane (44), PEDro (15), BVS (16), SciELO
(17) e Google Acadêmico (30). Sendo excluídos um total de (182) artigos, (23)
duplicatas, (169) verificados depois de resolver os duplicados. Não foram
incluídos (82) após leitura do título, (48) abordavam ambos os gêneros, (16) por
não corresponder ao objetivo da pesquisa, (13) incompletos ou em andamentos. E
assim, foram incluídos (10) artigos, desses, (3) livres e (7) restritos. Os que
se adequaram aos critérios estabelecidos para revisão integrativa foram 7
(Figura 1).
Figura 1 – Fluxograma do processo de seleção
dos artigos
As informações obtidas através dos 7
estudos de ensaios clínicos randomizados analisados encontram-se dispostos no
quadro 1.
Quadro 1 - Distribuição dos estudos quanto
aos autores/ano/local, amostras, objetivos, protocolos de intervenção e
resultados (ver PDF anexo)
Foi possível verificar que o uso das
técnicas e os recursos fisioterapêuticos: terapia manual (osteopatia,
mobilização articular), ultrassom, fototerapia, TENS e acupuntura, mostraram-se
eficazes no tratamento em mulheres com DTM no alívio da dor orofacial e melhora
da função mandibular.
A fisioterapia no tratamento da DTM, por
meio da terapia manual que envolve a mobilização articular, manipulação
musculoesquelética e exercícios terapêuticos, tem mostrado resultados eficazes
no tratamento da DTM. Estas terapêuticas referem ao restabelecimento da função
normal da ATM, analgesia, diminuição da isquemia local, liberação das
aderências fibrosas, aumentam a extensibilidade e amplitude de movimento, além
de potencializar a transmissão de informações aferentes através da estimulação
dos mecanorreceptores, induzindo a propriocepção e a produção de líquido
sinovial [23,24].
Dessa forma, o estudo de Gesslbauer et al. [19], ao avaliarem a eficácia do
tratamento manipulativo osteopático no campo craniano
nas DTMs, verificaram que a intensidade subjetiva da
dor reduziu significativamente após cinco tratamentos em ambos os grupos: no
tratamento osteopático manipulativo, a pontuação
média, segundo a análise da Escala Visual Analógica (EVA), foi 26,3 pontos, e
no de osteopatia no campo craniano 29,7 pontos, com melhora de 44% e 48%
respectivamente. Do mesmo modo, o Índice de Helkimo e
o questionário SF-36 de QV mostraram melhorias significativas em ambos os
grupos. Este estudo além de mostrar os efeitos supracitados, refere a outros
benefícios da osteopatia no campo craniano, em conformidade com o estudo de Mulcahy e Vaughan [25], no qual apresentaram sensações de
relaxamento, liberação e equilíbrio.
O sistema estomatognático e craniocervical possui relação anatômica, biomecânica e
neurofisiológica [26]. Em vista disso, a desarmonia de alguma dessas estruturas
pode ocasionar as disfunções e as interligações entre elas, como mostra o
estudo de Ries et al. [27], ao determinarem a prevalência de dor nas
regiões craniomandibular e cervical em mulheres com
DTM. Diante disso, a mobilização articular na coluna cervical tem mostrado
efeitos benéficos como: aumento da força, alterações nos reflexos somáticos e
viscerais, controle motor cortical dos músculos superiores, integração
sensório-motora, aumento do limiar de dor a pressão, e aumento da amplitude de
abertura da boca [21,28].
Entretanto, estudos abordam sobre o
risco da manipulação entre a C2 e o occipital, região que corresponde à
passagem da artéria vertebral [21,28], mas que foi descartada por Erhardt et al. [29] que verificaram por meio da
aplicação da técnica e o uso do Doppler para medir a hemodinâmica na porção
suboccipital em indivíduos saudáveis. Visto isso, Bortolazzo
et al. [21] sugerem que façam testes específicos para confirmar ou não a
alteração do fluxo sanguíneo da artéria vertebral e, também, sobre a instabilidade
da coluna cervical alta antes de aplicar a mobilização.
Para salientar as evidências desse
método, Calixtre et al. [16] avaliaram a
mobilização da região cervical e o treinamento dos flexores craniocervicais
no tratamento de pacientes com mialgia orofacial aguda, artralgia da ATM e cervicoalgia e chegaram à conclusão, de acordo com a EVA e
do Teste de impacto de dor de cabeça (HIT-6), que houve diminuição da dor
orofacial e o impacto da cefaleia nas mulheres com DTM. Essa melhoria foi
encontrada a partir da quarta semana de intervenção, porém, o limiar de dor dos
músculos mastigatórios apresentou pouca variação entre os grupos. Em relação a
função mandibular, avaliada pelo Questionário de Comprometimento da Função
Mandibular (MFIQ), também demonstrou uma melhora significativa (P = 0,02).
A utilização da eletroterapia no
tratamento das DTMs, também, tem mostrado efeitos
promissores, dentre eles o ultrassom, que age produzindo um efeito térmico,
gera aquecimento profundo nos tecidos e, consequentemente, aumenta o fluxo
sanguíneo local, a permeabilidade da membrana celular e a distensibilidade das
fibras de colágenos, reduz o edema e a dor [30]. Outro recurso é o laser de
baixa potência, o qual tem efeitos analgésicos, antiedematoso,
anti-inflamatório e cicatrizante. Além disso, a laserterapia
favorece a eliminação de substâncias algogênicas, o
que estimula uma ação reflexa e leva à produção de substâncias como a
endorfina, e assim bloqueia a dor e ocasiona melhora na microcirculação local
[30,31].
Sendo assim, Hussain
et al. [17], ao compararem o ultrassom ativo com o ultrassom placebo no
tratamento da mialgia dos masseteres bilateral em mulheres com DTM, de acordo
com o critério de diagnóstico para pesquisa em disfunção temporomandibular
(RDC/TMD) e de dor autorrelatada pré
e pós-intensidade registrada em uma escala de classificação verbal a Rat-Escala de Ing, concluíram que
o ultrassom terapêutico mostrou um aumento significativo na temperatura intraoral em comparação com ultrassom simulado, e um
aumento do limiar de dor à pressão. Contudo, o tamanho da amostra utilizado no
presente estudo foi pequeno e insuficiente para investigar uma diferença
significativa na dor autorreferida.
Herpich et al. [18] investigaram a
eficácia da fototerapia, que envolveu uma combinação de laser superpulsado (905nm) e diodos emissores de luz vermelha
(640 nm) e infravermelha (875 nm), administrada no músculo temporal anterior,
médio e posterior (três pontos), bem como nos músculos masseter superior e
inferior (dois pontos) bilateralmente em todos os grupos, totalizando 10 pontos
em cada voluntário. Na conclusão verificou-se uma redução significativa na
intensidade da dor, conforme a EVA em doses de 2,62 J / ponto, 5,24 J / ponto e
7,86 J / ponto. Entretanto, não foram encontradas diferenças significativas nas
análises em relação ao ponto de dor à pressão, no movimento mandibular máximo e
na atividade mioelétrica dos músculos masseter e
temporal em mulheres com DTM.
Ainda nesse campo da eletroterapia, a
TENS de alta frequência utilizada foi 52 para a dor crônica, com o propósito de
relaxar os músculos hiperativos e promover o alívio da dor, mostrou eficácia em
mulheres com mialgia facial crônica [32]. De acordo com o estudo de Giorgi et
al. [20], diminuiu a dor subjetiva e objetiva avaliada pela EVA, pelo Pericranial Muscle Tenderness Score (PTS) e o Cervical Muscle Tenderness Score
(CTS). Porém, em relação aos movimentos mandibulares não foram encontradas
diferenças entre os grupos. Em conclusão a terapia do TENS de alta frequência é
segura, não invasiva e de fácil administração para mialgia facial crônica na
DTM.
O uso das placas oclusais é tida como um
método relevante com acréscimo no índice de sucesso na redução dos sintomas de
DTM musculares [33]. Esta terapia apresenta benefícios como relaxamento
muscular, alívio da dor e estabilidade neuromuscular. Proporciona
temporariamente: uma condição oclusal, a qual permite que a ATM tenha uma
posição articular ortopédica estável e a redução da hiperatividade muscular por
meio de mudanças periféricas originadas da alteração do impulso aferente nos
receptores orgânicos [33,34]. O uso dessa modalidade associado a outras
terapias tem sido considerado eficaz para o tratamento dessa disfunção [33,22].
A acupuntura é outra alternativa
terapêutica em destaque para tratar a patologia em questão, tem efeitos
anti-inflamatórios, ansiolíticos, miorrelaxantes e
ativadores da função imunológica. Atua através do mecanismo central de inibição
da dor que envolve bloqueio segmentar na medula espinhal, estimulando a
liberação de neuromoduladores (endorfinas e
serotonina) [33].
Em vista disso, Ferreira et al.
[22] avaliaram a evolução dos sintomas dolorosos por um mês em mulheres com DTM
em dois grupos: G1(controle), com dez pacientes tratadas exclusivamente com
placa oclusal e G2 (experimental) também composto por dez pacientes que foram
tratados com acupuntura auricular associada à placa oclusal. Mostraram segundo
a EVA uma diminuição estatisticamente significativa (P < 0,05) dos sintomas
musculares e articulares durante o tratamento em ambas as modalidades
terapêuticas estabelecidas. Porém, na primeira semana de terapia, a intensidade
da dor à palpação mostrou-se menor no grupo experimental, para a maioria das
estruturas avaliadas concluíram que a terapia oclusal associada à acupuntura do
ouvido reduziu os sintomas mais rápida e significativamente do que a terapia
oclusal isolada.
Quanto às limitações
desta revisão, destacam-se as poucas evidências que abordam a eficácia das
técnicas e recursos fisioterapêuticos submetidos somente às mulheres com DTM.
Dentre as diversidades dos métodos e dos recursos da fisioterapia, observa-se,
também, a falta de mais pesquisas envolvendo outras terapias e seus efeitos no
tratamento desta patologia. Além disso, mostra-se a carência de estudos com
alta qualidade metodológica que possam proporcionar maior relevância dos seus
resultados.
Portanto, o uso das técnicas e recursos
fisioterapêuticos foram eficazes no tratamento em mulheres com DTM no alívio da
dor orofacial e melhora da função mandibular, além de melhorar a atividade eletromiográfica dos músculos mastigatórios, cefaleia,
cervicalgia e QV desses indivíduos. Por meio deste estudo, também, pode-se
observar a necessidade de mais evidências científicas sobre essas terapias
submetidas às mulheres, salientando a importância de mais estudos que possam
agregar informações para a literatura. Dessa forma, possibilita aos
profissionais e acadêmicos da área da saúde, o conhecimento sobre os
parâmetros, protocolos e efeitos para prática clínica, tendo em consideração a
fisioterapia como intervenção conservadora e de baixo custo.
Conflito de interesse
Os autores declaram não
ter conflito de interesse
Fonte de financiamento
Nenhum financiamento foi
recebido
Contribuição dos autores
Orientadora: Ferreira JB; Redação
do manuscrito: Ferreira JB, Batista RR; Busca, seleção e avaliação do
artigo quanto à qualidade pela Escala de Avaliação PEDro:
Batista RR, Farias CVS; Busca e seleção dos artigos: Mata J