ARTIGO
ORIGINAL
Eficácia
do treino de marcha e de equilíbrio em pacientes com osteoartrite de joelho
Effectiveness of gait and balance training in patients with knee
osteoarthritis
Eloá Ferreira Yamada,
Ft., M.Sc.*, Fernanda Massari Almeida Muñoz, Ft.**,
Pamela Miotti de Moura, Ft.**
*Docente
do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA),
Uruguaiana/RS, **UNIPAMPA
Recebido em 4 de fevereiro de 2015; aceito em 11 de fevereiro de 2016.
Endereço
de correspondência:
Eloá Ferreira Yamada, Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Pampa
(UNIPAMPA), Campus Universitário, BR 472, km 92, 97500-970 Uruguaiana RS,
E-mail: eloayamada@gmail.com, Fernanda Massari Almeida Muñoz:
fefisio_munoz@hotmail.com, Pamela Miotti de Moura: pamelamiotti@hotmail.com
Resumo
A osteoartrite (OA) é
uma doença degenerativa osteoarticular, crônica e progressiva, de etiologia
multifatorial que se manifesta por artralgia e limitação da função articular.
Este estudo teve como objetivo analisar a eficácia de exercícios terapêuticos
baseados no treino de marcha ou de equilíbrio no ganho de funcionalidade (força
muscular e equilíbrio) e na diminuição da dor em pacientes com OA de joelho.
Participaram 20 pacientes portadores de OA de joelho que foram avaliados por
meio do grau de dor, da amplitude de movimento (ADM), da força muscular, do
equilíbrio, de questionários de funcionalidade e de qualidade de vida. Os
pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo 1 foi submetido ao treino de marcha e o grupo 2, ao treino
de equilíbrio. Os pacientes portadores de OA de joelho apresentaram melhora
após os atendimentos (estatisticamente significante nos grupos): grau de dor,
ADM de joelho, força muscular de quadríceps à direita, equilíbrio, e nível de
funcionalidade e de qualidade de vida (somente no grupo de marcha). Assim, os
resultados indicaram que os exercícios de marcha foram eficazes em 4 (num total de 6) das variáveis estudadas (grau de dor,
ADM, força muscular e qualidade de vida), após a fisioterapia.
Palavras-chave: Fisioterapia,
osteoartrite de joelho, qualidade de vida, marcha, equilíbrio postural.
Abstract
Osteoarthritis (OA) is a chronic, progressive and degenerative osteoarticular disease, multifactorial, which is manifested
by arthralgia and limitation of joint function. This study aimed to analyze the
effectiveness of therapeutic exercises based on gait or balance training in
gain functionality (muscle strength and balance) and in reducing pain in
patients with knee OA. Twenty patients with knee OA were included and evaluated
by degree of pain, range of motion (ROM), muscle strength, balance,
functionality and quality of life questionnaires. The patients were randomly
divided into two groups: group 1 was submitted to gait training and group 2 to
the balance training. Patients with knee OA showed improvement after the
treatments (statistically significant in groups): degree of pain, ROM of the
knee, quadriceps strength right balance, and level of functionality and quality
of life (only in the group of gait). Thus, the results indicated that the
running exercises were effective in 4 (of 6) of the variables studied (degree
of pain, ROM, muscle strength and quality of life), after physical therapy.
Key-words: Physical
Therapy, osteoarthritis, knee, quality of life, gait, postural balance.
A osteoartrite (OA) é
uma doença degenerativa osteoarticular, crônica progressiva, de etiologia
multifatorial que se manifesta por artralgia, rigidez e limitação da função
articular, como perda progressiva e reparação inadequada da cartilagem e
remodelagem óssea subcondral. É uma doença que ainda não tem cura e, tampouco,
certeza da etiologia [1].
Dentre as doenças
reumáticas, a OA representa cerca de 30-40% das consultas em ambulatórios de
reumatologia. Nos registros da Previdência Social no Brasil, a OA é responsável
por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho, 10,5% das concessões de
auxílio-doença e 6,2% dos aposentados [2]. Acomete mais de 80% da população de
idosos, no entanto as mulheres são mais afetadas que os homens, apresentando
uma prevalência de 35-45% na faixa etária dos 65 anos [3].
O joelho é a
articulação mais acometida pela OA, pois a mesma suporta grande descarga de
peso. Cargas excessivas e anormais são fatores importantes que podem resultar
na OA de joelho. Essa articulação tem um importante papel no que diz respeito a
várias atividades de vida diária (AVDs) como subir e descer escadas, levantar-se de uma cadeira e andar [3].
A fraqueza do músculo
quadríceps associada também a déficits proprioceptivos, podem alterar o
equilíbrio e o controle postural, devido à presença de inflamação articular.
Esse processo contribui para a dor e impede a chegada de informações no Sistema
Nervoso Central, relacionadas ao movimento e percepção da posição articular.
Esse déficit proprioceptivo provoca uma alteração na estabilidade do movimento
realizada pelos músculos ao redor da articulação, gerando uma instabilidade
funcional que limita a capacidade do indivíduo de realizar as suas atividades
de vida diária [3].
Segundo Deyle et al. [4], há muitas evidências
demonstrando que o exercício melhora a função da articulação do joelho e
diminui os sintomas relacionados à OA. Além disso, acredita-se que a
intervenção fisioterapêutica, incluindo os exercícios, pode reduzir a
necessidade de artroplastia de joelho e injeções intra-articulares.
Durante a
reabilitação, as atividades de treinamento da agilidade e do equilíbrio têm por
finalidade expor as pessoas a atividades em que desafie a estabilidade do
joelho, sendo uma estratégia que pode permitir-lhes desenvolver habilidades
motoras adequadas para proteger o joelho de cargas potencialmente prejudiciais
durante atividades funcionais [5].
Assim, diante da
grande incidência e incapacidades decorrentes da AO ? diminuição da capacidade funcional, decorrente do intenso
quadro álgico, da rigidez, fraqueza muscular e perda de equilíbrio dos
indivíduos ?, este trabalho teve o propósito de
analisar a eficácia de exercícios terapêuticos baseados no treino de marcha ou
de equilíbrio no ganho de funcionalidade (força muscular e equilíbrio) e na
diminuição da dor em pacientes com OA de joelho.
Esta pesquisa
caracterizou-se como um estudo prospectivo intervencionista, desenvolvido junto
à Estratégia de Saúde da Família - ESF 2, município de
Uruguaiana-RS.
Participaram
indivíduos com diagnóstico médico de OA de joelhos uni ou bilateral, de ambos
os gêneros, que buscaram atendimento junto ao Estágio Supervisionado de
Fisioterapia em Ortopedia, Traumatologia e Reumatologia da Universidade Federal
do Pampa (UNIPAMPA).
Os indivíduos
passaram pelos seguintes critérios de inclusão: diagnóstico clínico de OA de
joelho e exame radiológico com laudo médico, para pacientes medicados não ter
nenhuma alteração da dosagem da medicação por pelo menos um mês e possuir tempo
disponível para realização das sessões.
Foram excluídos do
estudo os indivíduos que apresentavam artroplastia de joelho na articulação
afetada ou qualquer outro procedimento cirúrgico nos membros inferiores nos
últimos seis meses, aplicação de injeções intra-articulares no joelho em menos
de três meses, trombose ou que já tivessem apresentado eventos trombóticos,
cardiopatias, uso de marca-passo artificial, hipertensão arterial sistêmica não
controlada, artrite reumatoide, câncer, incapacidade de compreender e completar
as instruções e avaliações propostas.
Os indivíduos eleitos
a partir dos critérios de inclusão e exclusão foram esclarecidos verbalmente e
por escrito através de um termo de consentimento livre e esclarecido. O
protocolo experimental foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da
Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em consonância com a resolução
466/12, do Conselho Nacional de Saúde, sob parecer n.
457.094, de novembro de 2013.
Todos os pacientes
foram submetidos a uma avaliação antes e após as sessões de fisioterapia
constituída por análise do nível de dor, de amplitude de movimento (ADM) do
joelho, da força muscular de quadríceps, de equilíbrio e de funcionalidade.
Protocolo
de pesquisa
Para a avaliação
fisioterapêutica foram utilizadas as seguintes técnicas:
Todos os indivíduos
realizaram exercícios terapêuticos padronizados da 1ª a 6ª sessões (é
importante ressaltar que os pacientes portadores de OA de joelho foram
encaminhados pelos médicos para 10 sessões de Fisioterapia, e os pacientes
realizaram efetivamente 12 sessões de tratamento, além de uma sessão de avaliação
e outra sessão de reavaliação): aquecimento na bicicleta ergométrica por 10
minutos sem carga; alongamento de isquiotibiais com auxílio da faixa elástica
da cor cinza por 30 segundos; exercício ativo de flexão de quadril associado à extensão de joelho (elevação
da perna reta); exercícios de flexão de isquiotibiais resistidos com caneleira
de 0,5kg; exercícios de extensão de joelho resistido com caneleira de 0,5kg,
exercício isométrico de adutores de quadril com o rolo terapêutico mantendo por
5 segundos, exercício de abdutores de quadril resistido com faixa elástica da
cor cinza. Os exercícios de fortalecimento foram realizados em 2 séries de 10 repetições.
A partir da 7ª sessão
de Fisioterapia, os pacientes foram divididos em grupos de forma aleatória
através do sorteio de grupo, e foram incorporados às condutas, exercícios
específicos, de marcha ou de equilíbrio. Assim, os exercícios específicos nos
grupos foram:
Para análise
estatística foi utilizado o Teste t student
pareado para comparação antes e após os tratamentos para cada grupo. E para
análise das variáveis entre grupos foi utilizado o Teste t student, e foi
considerado como significante um p < 0,05.
Participaram 33
indivíduos, 8 do sexo masculino e 35 do sexo feminino,
com idades entre 32 e 82 anos (média = 60,63 ±14,16 anos). Dos 33 indivíduos
avaliados, 13 indivíduos foram excluídos, visto que 4
indivíduos não contemplavam os critérios de inclusão, 6 foram afastados durante
os atendimentos, pois apresentaram problemas relacionados à pressão arterial e
complicações respiratórias (gripe e pneumonia), e 3 indivíduos recusaram-se a
participar do trabalho. Assim, participaram do estudo 20 indivíduos portadores
de OA do joelho.
Os 20 pacientes foram
distribuídos aleatoriamente em 2 grupos, permanecendo
10 pacientes em cada grupo. O grupo 1 foi composto por
9 mulheres e 1 homem, 6 destes pacientes apresentaram acometimento bilateral; a
média de idade foi de 59,30 ± 10,07 anos. O grupo 2
foi composto por 10 mulheres, 6 delas com acometimento bilateral; a média de
idade foi de 60,30 ± 12,93 anos. Em relação ao IMC, 18 indivíduos apresentaram
classificação como obeso classe I (30,00 - 34,90 kg/m²), 3
indivíduos como obeso classe II (35,00 - 39,90 kg/m²), 2 indivíduos obeso classe
III (> 40), 6 indivíduos pré-obesos (25,00 - 29,90 kg/m²) e 1 indivíduo normal
(18,50 - 24,90 kg/m²) (Tabela I).
Em relação às
características dos sintomas relatados pelos indivíduos, verificou-se sobre o
tempo que sentem dor, o grupo 1 apresenta média de
3,10 ± 2,85 anos e o grupo 2, 6,80 ± 5,81 anos. Quando questionados sobre o
período do dia que apresentavam quadro álgico mais intenso, 8
pacientes relataram o matutino (3 indivíduos no grupo 1 e 5 no grupo 2), 4, o
vespertino (2 pacientes em cada grupo) e 8, o noturno (5 indivíduos no grupo 1
e 3 no grupo 2).
Observam-se também
frequências elevadas nos seguintes sintomas: 90% presença de edema, 100%
crepitação e limitação de ADM, 95% espasmo muscular e 90% fraqueza muscular.
Os grupos
apresentaram homogeneidade nos valores médios no pré-tratamento. Nos valores
médios do pós-tratamento, o parâmetro qualidade de vida apresentou diferença
estatisticamente significante com p = 0,0256.
Quando comparados
cada grupo antes e depois do tratamento, obteve-se melhora estatisticamente
significante em ambos os grupos, nos itens: grau de dor, ADM de flexão e
extensão de joelho bilateralmente, força muscular de quadríceps à direita, Timed Up and Go,
avaliação de funcionalidade (WOMAC) e de qualidade de vida (somente no grupo 1)
(Tabela II).
Tabela
I – Características das amostras dos grupos 1 e 2.
Dados apresentados
como média ± desvio padrão ou como frequência absoluta. M/F =
masculino/feminino; AO = osteoartrite; B/R/L = bilateral/direito/esquerdo; IMC
= índice de massa corporal.
Tabela
II –
Grau de dor, amplitude de movimento de
joelho, força muscular de quadríceps, equilíbrio (Timed Up and Go Test), escore de funcionalidade (WOMAC) e de qualidade de
vida (SF-36).
Dados apresentados
como média ± desvio padrão.
Os pacientes
portadores de OA de joelho que participaram deste estudo apresentaram melhora
após as sessões de Fisioterapia nas variáveis estudadas: grau de dor, ADM de
flexão e extensão de joelho, força muscular de quadríceps, equilíbrio e
funcionalidade, e qualidade de vida.
No componente dor
houve uma melhora significante nos pacientes submetidos às duas intervenções
terapêuticas após o tratamento, porém não houve diferença estatisticamente
significante intergrupo. De acordo com Hall e Brody [15], é necessário
fortalecer a musculatura enfraquecida para obter um equilíbrio muscular em
volta da articulação, pois músculos fracos podem levar a desequilíbrios e
quedas promovendo quadro álgico intenso, edema e alterações funcionais
prejudicando a qualidade de vida do indivíduo com OA. Lustosa et al. [16] observaram os benefícios do
treino de marcha e o fortalecimento do músculo quadríceps e concluíram que o
treino de marcha promove grandes benefícios entre eles melhora da dor,
mobilidade e equilíbrio do paciente com doenças reumáticas.
Em relação à ADM de joelho, tanto de flexão
como extensão bilateral, obteve-se melhora significativa nos dois grupos quando
comparados à média dos valores antes e depois das sessões de Fisioterapia.
Esses achados corroboram Fitzgerald et al. [5], em um
programa de reabilitação composto por alongamento, exercícios de resistência e
técnicas de agilidade e perturbação do equilíbrio, no qual após 12 sessões foi
constatado melhora na ADM funcional. Chaves, Marques e Alves [17] também
encontraram resultados favoráveis na melhora do arco do movimento utilizando a
cinesioterapia (baseada em alongamento passivo e exercícios ativos livres)
associada a recursos para alívio de dor em pacientes com OA de joelho.
Albuquerque [18] integrou em seu protocolo de tratamento, além da
cinesioterapia, exercícios proprioceptivos para abordagem de pacientes com OA
de joelho, e obteve melhora dos sintomas provocados por essa patologia, entre
eles a melhora da ADM.
No presente trabalho,
observou-se que no componente força houve melhora significativa na magnitude
dos valores nos grupos 1 e 2 para o MID, quando
comparados antes e depois do tratamento fisioterapêutico. A fraqueza muscular
no quadríceps ocorre como consequência da OA, uma vez que os indivíduos
solicitam menos o membro doloroso, provocando assim uma redução na atividade
física e uma diminuição da massa muscular e da força [19,20]. Arden e Nevitt
[21] destacam ser indispensável que o grupo muscular do quadríceps esteja forte
no indivíduo com OA, principalmente durante a marcha, para que este seja um
fator protetor da dor, e quando agrupado aos músculos isquiostibiais fortes também
favoreça uma melhor absorção dos choques e a distribuição da carga na
articulação acometida. Imoto, Peccin e Trevisani [22] enfatizam a importância
do efeito de um programa de fortalecimento de quadríceps, pois este músculo é
capaz de desempenhar uma absorção durante o impacto, desta forma prevenindo a
fraqueza muscular que gera uma diminuição na proteção articular resultando em
um maior estresse e sobrecarga no joelho.
Em relação ao
equilíbrio, os grupos 1 e 2 apresentaram melhora
significativa após o tratamento. De acordo com Lange et al. [23], a fraqueza do quadríceps pode ser responsável pelas
queixas de falta de equilíbrio e dor nos pacientes com OA. Silva et al. [3] afirmam que exercícios de curto prazo (6-16
semanas) podem demonstrar melhora significativa do equilíbrio em pacientes
portadores de OA de joelho, e que essa melhora pode influenciar a estabilidade
postural. Em contrapartida, Chaipinyo e Karoonsupcharoen [24] compararam o
exercício de fortalecimento com um programa de equilíbrio em mulheres com OA de
joelho e encontraram melhor qualidade de vida e mobilidade no grupo que
realizou exercícios de fortalecimento, demonstrando que um programa que não
integra fortalecimento em seu protocolo não seria benéfico no equilíbrio destes
pacientes. Hausdorff et al. [25] afirmam que a realização de um
programa de exercícios resistidos, de equilíbrio e de atividades aeróbicas,
três vezes por semana, por seis meses, promove melhora da força muscular e
diminuição da instabilidade durante a marcha.
As análises dos
resultados referentes à funcionalidade por meio do questionário WOMAC
apresentaram melhora significativa antes e após o tratamento em ambos os
grupos. Mascarenhas et al. [26] constataram melhora da
funcionalidade, pelo questionário WOMAC, de 25 idosas com OA de joelho
submetidas a tratamento fisioterapêutico; essa melhora de funcionalidade pode
ser relacionada à redução da dor. Paula, Soares e Lima [27] também afirmam que
um protocolo fisioterapêutico baseado em alongamento da musculatura posterior,
mobilização patelar, fortalecimento muscular, treino sensório motor e
crioterapia no tratamento de pacientes portadores de OA de joelho proporciona melhora na capacidade funcional e redução do
quadro álgico desses pacientes.
As análises dos
resultados referentes à qualidade de vida dos pacientes do presente estudo
apresentaram melhora significativa no grupo 1, ao se
comparar os valores antes e após as sessões de tratamento. No grupo 2 houve uma pequena diminuição dos valores médios do escore
de qualidade de vida dos pacientes após a realização das sessões de
Fisioterapia, mas cabe ressaltar que mesmo com essa pequena diminuição de
valores, os grupos apresentaram boa qualidade de vida. O presente estudo
corrobora Fukuda et al. [28], que realizaram uma associação
de exercícios de contração isométrica do quadríceps em 10 sessões por duas
semanas em portadores de OA de joelho e encontraram melhora na qualidade de
vida dos pacientes. Diracoglu et al. [29]
compararam a eficácia de exercício de fortalecimento e de equilíbrio e
constataram que tanto o grupo que realizou apenas fortalecimento como o grupo
que realizou fortalecimento associado a exercício de equilíbrio apresentaram
grande melhora nos questionários de funcionalidade (WOMAC) e de qualidade de
vida (SF-36), no tempo de caminhada, no tempo para subir e descer escadas e na
força, o que evidencia a efetividade dos exercícios de força e de equilíbrio na
funcionalidade de pacientes com OA de joelho do sexo feminino.
Os resultados do presente
estudo indicaram que os exercícios baseados no treino de marcha ou de
equilíbrio podem auxiliar na quebra de um círculo vicioso ?
no qual a limitação funcional leva à incapacidade ?, contribuindo também para a melhora da qualidade de vida do
indivíduo com OA de joelho [30].
Os resultados indicam
que os protocolos de exercícios realizados (exercícios de marcha ou de
equilíbrio) pelos pacientes portadores de OA de joelho, mostram-se eficazes
após as sessões de Fisioterapia. O grupo de exercícios de marcha (1) apresentou
resultados significativos para redução da dor, melhora da ADM de flexão e
extensão de joelho, força de quadríceps à direita e qualidade de vida, e o
grupo de exercícios de equilíbrio (2) proporcionou melhora no equilíbrio e na
funcionalidade. Dessa forma, evidencia-se a importância dos exercícios de
marcha ou de equilíbrio nas condutas fisioterapêuticas.