Fisioter Bras 2022;23(4):538-50
ARTIGO
ORIGINAL
Conhecimento
e aplicação de testes e instrumentos de avaliação em fisioterapia pediátrica e
neonatal
Knowledge and application of tests and assessment
tools in pediatric and neonatal physical therapy
Andressa Franco Moreira*, Luanna Andrade Jacob
Rebelo**, Daiana de Jesus da Silva Mendes, D.Sc.***, Marina Aguiar Pires
Guimarães****, Maiara Lanna Souza Bacelar Bouzas*****, Moema Pires Guimarães
Soares*****, Michelli Christina Magalhães Novais******
*Pós-graduanda pela Faculdade
Santa Casa da Bahia, **Centro Universitário Jorge Amado, ***Centro
Universitário UNIFAMEC, ****Universidade Federal de Minas Gerais, *****Professora
do Centro Universitário Jorge Amado, ******Professora do Centro Universitário
Jorge Amado e Fisioterapeuta no Hospital Martagão Gesteira
Recebido
em 5 de abril de 2022; Aceito em 15 de junho de 2022.
Correspondência: Andressa Franco Moreira, Av. Joana
Angélica, 79 Nazaré 40050-001 Salvador BA
Andressa
Franco Moreira: andressa.moreiira@hotmail.com
Luanna Andrade Jacob Rebelo:
jacoblua@icloud.com
Daiana
de Jesus da Silva Mendes: daiana.07@outlook.com
Marina
Aguiar Pires Guimarães: marinapguimaraes@gmail.com
Maiara Lanna Souza
Bacelar Bouzas: maiara.bouzas@unijorge.edu.br
Moema
Pires Guimarães Soares: moguimaraes@hotmail.com
Michelli Christina Magalhães Novais:
novaismichelli@outlook.com
Resumo
Introdução: Os instrumentos de avaliação podem
permitir a mensuração de déficits funcionais, corroborando para um diagnóstico
mais assertivo. Objetivo: Investigar o conhecimento e a aplicação de
instrumentos/testes de avaliação em fisioterapia neonatal e pediátrica. Métodos:
Observacional, descritivo, de corte transversal, realizado entre dezembro de
2020 e abril de 2021. Foram avaliados o conhecimento e a aplicação de
instrumentos/testes de avaliação por fisioterapeutas que atuam em pediatria
e/ou neonatologia na cidade de Salvador/BA. A coleta foi realizada através de
um formulário online, produzido pelas autoras, e composto por 24 questões. Resultados:
A amostra foi composta por 70 participantes, idade média de 32,5 ± 6,6 anos,
95,7% feminino, 32,9% com pós-graduação Lato Sensu, 51,4% atuavam no regime
público, 30% trabalhavam em até dois setores. A mensuração da força muscular
respiratória foi o teste mais conhecido (94,3%) e a Escala de Estado Funcional
Pediátrica (FSS) o instrumento menos conhecido (41,4%) pelos fisioterapeutas. O
instrumento/teste mais e menos aplicados na prática clínica foram,
respectivamente, a mensuração da força muscular respiratória (47,1%) e o Denver
II (71,4%). Conclusão: Apesar de haver maior frequência de
fisioterapeutas que relataram conhecer os instrumentos/testes analisados, houve
predominância da não aplicação destes na prática clínica.
Palavras-chave: avaliação de resultados da assistência
ao paciente; fisioterapeutas; pediatria; desenvolvimento infantil.
Abstract
Introduction: Assessment
tools can allow the measurement of functional deficits, corroborating to a more
assertive diagnosis. Objective: To investigate the knowledge and
application of assessment tools/tests in neonatal and pediatric physical
therapy. Methods: Observational, descriptive, cross-sectional, study
conducted between December 2020 and April 2021. The knowledge and application
of assessment tools/tests by physical therapists working in pediatrics and/or
neonatology in the city of Salvador, Bahia, Brazil were assessed. The
collection occurred through an online form, produced by the authors, and
composed of 24 questions. Results: The sample consisted of 70
participants, mean age 32.5 ± 6.6 years, 95.7% female, 32.9% with Lato Sensu post-graduate studies,
51.4% worked in the public sector, 30% worked in up to two sectors. Measurement
of respiratory muscle strength was the best-known test (94.3%), while the
Pediatric Functional Status Scale (FSS) the least known tool (41.4%) by
physical therapists. The most and least used tool/test in clinical practice
were, respectively, measurement of respiratory muscle strength (47.1%) and the
Denver II (71.4%). Conclusion: Although there was a higher frequency of
physical therapists who reported knowing the analyzed tools/tests, there was a
predominance of the non-application of these resources in clinical practice.
Keywords: patient outcome assessment;
physiotherapists; pediatrics, child development.
O
fisioterapeuta que atua em pediatria e/ou neonatologia deve realizar uma
avaliação que possibilite identificar a existência de deficiências, limitações
e restrições, bem como, as potencialidades [1] de cada criança. Essa avaliação
necessita ser realizada através do uso de escalas e/ou testes validados e
confiáveis, que permitam a adequada mensuração de incapacidades e, deste modo,
a melhor interpretação dos achados encontrados [2,3].
Dentre
os instrumentos/testes que podem ser aplicados por fisioterapeutas em pediatria
e/ou neonatologia, na prática clínica e científica, tem-se como exemplos o
Teste de Desenvolvimento Denver II (Denver II) [4], a Alberta Infant Motor Scale (AIMS) [5], a
Escala de Desenvolvimento Infantil de Bayley III (Bayley III) [6], o Inventário de Avaliação Pediátrica de
Incapacidade (PEDI) [7], a Medida da Função Motora Grossa (GMFM) [8], o Teste
de Performance Motora Infantil (TIMP) [9], o General Movements
[10], a Escala de Estado Funcional Pediátrica (FSS pediátrica) [11], o Teste de
Caminhada de 6 minutos (TC6) [12] e a mensuração da força muscular respiratória
[13], que possuem validação e confiabilidade, podendo auxiliar no diagnóstico
funcional [14,15,16,17].
Testes,
escalas e questionários podem contribuir para a elaboração de um plano de
tratamento mais assertivo, assim como permitir o acompanhamento mais detalhado
dos resultados alcançados pela reabilitação proposta [18]. Para tanto, é
importante que os recursos utilizados nas avaliações sejam de fácil
entendimento e acesso aos profissionais [19], viabilizando assim, a sua
aplicabilidade não somente em pesquisa científica, mas também na prática
assistencial [20,21].
Apesar
da implementação de instrumentos de avaliação fisioterapêutica neonatal e
pediátrica possuir o potencial de melhorar a assistência a essas populações
[22,23], as informações acerca desses possivelmente não são disseminadas
satisfatoriamente. Ademais, pode haver barreiras para a utilização desses
instrumentos [24], dificultando a sua aplicação na prática clínica e para fins
científicos [14,20]. Deste modo, o objetivo primário deste estudo foi
investigar o conhecimento e a aplicação de instrumentos e/ou testes de
avaliação por fisioterapeutas que atuam na área neonatal e/ou pediátrica. Além
disso, foram descritos os motivos da não utilização dos mesmos, bem como
analisados os fatores associados ao conhecimento desses instrumentos e testes.
Estudo
observacional, descritivo, de corte transversal, aprovado pelo comitê de ética
em pesquisa da Maternidade Climério de Oliveira, sob o parecer 4.407.747. A
coleta de dados foi realizada entre dezembro de 2020 e abril de 2021.
Foi
analisada uma amostra de conveniência que incluiu fisioterapeutas que atuavam
em neonatologia e/ou pediatria, nos ambientes ambulatorial, domiciliar ou
hospitalar, na cidade de Salvador/BA.
O
desfecho primário analisado foi o conhecimento e a
aplicação dos instrumentos
de avaliação por fisioterapeutas que atuam em
neonatologia e/ou pediatria. Os
desfechos secundários foram descrever a
distribuição da aplicação dos
instrumentos/testes nos diversos setores/ambientes de trabalho; os
motivos para
a não utilização, bem como
associação entre titulação máxima,
setor e regime de
atendimento com o conhecimento acerca dos instrumentos/testes.
Para
o recrutamento dos fisioterapeutas foram enviados convites através de e-mails e
redes sociais, explicando sobre a pesquisa. Os dados foram colhidos através de
um questionário online elaborado pelas autoras com a ferramenta do Google Forms. O formulário foi composto por 24 questões referentes
ao sexo, idade, titulação, tempo de formação, setor/ambiente e regime de
atuação, assim como perguntas aos profissionais quanto ao conhecimento e a
utilização de instrumentos/testes (Denver II, AIMS, Bayley
III, PEDI, GMFM, TIMP, General Movements, FSS
pediátrica, TC6 e mensuração da força muscular respiratória) na prática clínica
e em pesquisas científicas, além do motivo, em casos da não aplicação destes.
Os
dados colhidos foram armazenados e analisados no software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 20.0.
As variáveis categóricas foram expressas em frequências absoluta e relativa. As
variáveis contínuas foram apresentadas em medida de tendência central (média) e
sua variabilidade (desvio padrão).
Entre
dezembro de 2020 e abril de 2021, 101 fisioterapeutas participaram desta
pesquisa respondendo ao formulário elaborado pelas autoras. Foram excluídos do
estudo 14 questionários por serem duplicados (mais de um envio do(a) mesmo
participante) e 17 por estarem incompletos, obtendo-se, portanto, 70
questionários para a análise.
A
amostra foi constituída por 95,7% (67) indivíduos do sexo feminino, idade média
de 32,5 ± 6,6 anos e 32,9% (23) com pós-graduação Lato Sensu. Um total de 51,4%
(36) dos fisioterapeutas atuavam no regime público, 30,0% (21) trabalhavam
em até dois setores/ambientes e 22,9% (16) apenas na UTI pediátrica (Tabela I).
A
mensuração da força muscular respiratória correspondeu ao teste mais conhecido,
94,3% (66) (Tabela I), enquanto a FSS foi o instrumento menos conhecido pelos
participantes deste estudo, 26 % (37,1) (Tabela II).
Referente
não somente ao conhecimento, mas também à aplicação dos instrumentos/testes, a
mensuração da força muscular respiratória correspondeu ao mais aplicado na
prática clínica, 47,1% (33). O PEDI 8,6% (6) e a GMFM 8,6 (6) apresentaram
maior frequência quanto a aplicação para fins científicos. O DENVER II foi o
instrumento conhecido e menos aplicado na prática clínica (Tabela II).
A
principal justificativa da não aplicação dos testes/instrumentos abordados
neste estudo foi a não capacitação/formação para aplicação, principalmente da
BAYLEY III, 22,9% (16) e do DENVER II, 22,9% (16) (Tabela III).
Outros
instrumentos/testes para avaliação foram relatados como utilizados pelos
fisioterapeutas participantes deste estudo na prática clínica, inclusive o
Medical Research Council
(MRC), Timed Up and Go (TUG) e o Boletim de Silverman-Andersen.
Todos
os participantes que possuíam o mestrado como titulação máxima relataram
conhecer a FSS. Além disso, a totalidade dos participantes que atuavam em UTI
pediátrica e na enfermaria relataram conhecer a FSS (Tabela IV).
Tabela
I - Descrição das
características dos fisioterapeutas que atuam na área da neonatologia e
pediatria em Salvador, Bahia e o conhecimento dos instrumentos de avaliação por
estes profissionais de dez/2020 a abril/2021
DP
= Desvio padrão; UTI = Unidade de Terapia Intensiva; GMFM = Medida da Função
Motora Grossa; PEDI =Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade; TIMP =
Teste de Performance Motora Infantil; AIMS = Alberta Infant
Motor Scale; FSS = Escala de Estado Funcional; TC6 =
Teste de Caminhada de 6 minutos
Tabela
II - Conhecimento e
aplicação de testes e instrumentos de avaliação utilizados por fisioterapeutas
que atuam na neonatologia e pediatria em Salvador/BA, dez 2020 a abril 2021
Tabela
III - Motivos para a
não aplicação na prática clínica de testes e instrumentos de avaliação por
fisioterapeutas que atuam na neonatologia e pediatria em Salvador/BA de
dez/2020 a abril/2021
Tabela
IV - Titulação,
setor, regime de trabalho versus conhecimento dos instrumentos/testes
Este
estudo se propôs a investigar o conhecimento e a aplicação de instrumentos e
testes de avaliação por fisioterapeutas que atuam na área neonatal e/ou
pediátrica. De acordo com os resultados analisados, a mensuração da força
muscular respiratória correspondeu ao teste mais conhecido, bem como o mais
aplicado na prática clínica.
Na
amostra analisada houve predominância de participantes do sexo feminino,
corroborando o estudo de Haddad et al. [25], que demonstrou haver
prevalência de indivíduos do sexo feminino em diversos cursos da área da saúde,
dentre eles, o de fisioterapia. Quanto ao nível de titulação, a
pós-graduação Lato Sensu foi a mais frequente. Esta formação pode proporcionar
o aprimoramento profissional na área de atuação desejada [26] a partir da
obtenção de conhecimentos mais específicos, sendo uma formação comumente
almejada e requerida em diversos serviços.
Houve
maior percentual de profissionais que atuavam em até dois setores/ambientes de
trabalho. A fim de complementar a renda, muitos profissionais da saúde possuem
mais de um vínculo empregatício, o que pode gerar longos períodos consecutivos
de jornada de trabalho, levando à atuação em diversos ambientes, que
caracterizam diferentes níveis de complexidade da assistência [27]. Além disso,
prevaleceram na amostra profissionais que atendem no sistema público de saúde,
o que pode ser explicado pela grande demanda por profissionais para esse
sistema no Brasil [28].
A
mensuração da força muscular respiratória correspondeu ao teste mais conhecido
pela amostra analisada, possivelmente devido a sua aplicabilidade em diversas
condições clínicas e pela capacidade de auxiliar no diagnóstico e,
consequentemente, no manejo respiratório na população pediátrica [29]. Não
somente trata-se de um recurso de fácil utilização, em que não há necessidade
da realização de curso de capacitação específico para aplicá-lo e
interpretá-lo, sendo uma competência comumente adquirida durante a graduação.
A
FSS foi a escala menos conhecida entre os fisioterapeutas participantes deste
estudo. Trata-se de um instrumento que tem como objetivo avaliar a
funcionalidade de pacientes pediátricos hospitalizados [11]. Cabe ressaltar que
participaram desta pesquisa fisioterapeutas que atuam em diversos
setores/ambientes, atendendo não somente crianças e adolescentes em processo de
hospitalização.
O
pequeno quantitativo de fisioterapeutas que conhecem alguns dos
instrumentos/testes investigados neste estudo ressalta uma notória dificuldade.
Segundo o estudo de Guedes et al. [24], há a necessidade de revisão do
método de ensino da disciplina de fisioterapia aplicada à saúde da criança.
Dentre os ajustes, cabe a ampliação da carga horária dessa disciplina, de modo
que seja possível abranger um maior quantitativo de conteúdos
específicos da pediatria, inclusive acerca de instrumentos/testes de avaliação.
Além
de ser o teste mais conhecido pelos participantes deste estudo, a mensuração da
força muscular respiratória foi o procedimento de avaliação mais relatado como
aplicado na prática clínica. Embora demande instrumento para utilizá-lo [30],
trata-se de um método não invasivo [31], de baixo custo [32] e de fácil
aplicação [29], que possibilita um diagnóstico importante para a avaliação da
função respiratória em pediatria [33].
A
maioria dos fisioterapeutas participantes deste estudo, embora conhecessem
muitos dos instrumentos/testes utilizados em fisioterapia neonatal e
pediátrica, relataram não os aplicar na prática clínica. A principal justificativa
apresentada pelos mesmos foi a falta de capacitação ou formação para
utilizá-los. Dentre os instrumentos conhecidos e não aplicados na prática
clínica, destacaram-se o Denver II e o Bayley III,
respectivamente. O Bayley III necessita de investimento
significativo para capacitação, aquisição de kit padronizado, bem como de tempo
considerável para a sua aplicação [34,35]. Para utilização do Denver II,
deve-se dispor também de kit e de treinamento específico [35].
Houve
predominância do inventário PEDI e da escala GMFM na utilização para fins
científicos. A tradução para a língua portuguesa e a adaptação sociocultural
brasileira do PEDI [7], assim como da GMFM [36], podem ter facilitado o uso
destes instrumentos em pesquisas científicas no Brasil. Muito destes estudos
tem como objetivos descrever o desempenho funcional ou analisar a eficácia de
protocolos fisioterapêuticos, inclusive em crianças com encefalopatia crônica
não progressiva [6,37].
Todos
os fisioterapeutas que possuíam o mestrado como nível máximo de titulação
afirmaram conhecer a FSS. O mestrado é uma pós-graduação que incentiva a
produção científica, deste modo, é plausível que, concomitantemente, estimule a
prática baseada evidências, podendo influenciar na maior utilização de
instrumentos de avaliação validados [38], como a FSS [11], de modo a promover a
mensuração mais precisa das deficiências, limitações e restrições. Houve ainda
associação entre o local de atuação e o conhecimento da FSS. Todos os
fisioterapeutas que atuavam em UTI pediátrica e em enfermaria relataram
conhecer essa escala, possivelmente por se tratar de um instrumento direcionado
as crianças hospitalizadas [11].
Este
estudo apresenta algumas limitações, como a utilização de amostra de
conveniência e a possibilidade de viés de informação, sendo esta minimizada
através de estratégias como a restrição da possibilidade de participação de
apenas um questionário por participante. Ressalta-se que, mesmo com as
limitações supracitadas, a presente pesquisa apresenta um diagnóstico
situacional quanto ao conhecimento e a aplicação de testes/instrumentos de
avaliação por fisioterapeutas que atuam na área neonatal e/ou pediátrica,
levantando a plausível necessidade de ajustes na formação desses profissionais.
Apesar
de haver maior frequência de fisioterapeutas que relatassem conhecer os
instrumentos/testes analisados, houve predominância da não aplicação destes na
prática clínica. A mensuração da força muscular respiratória correspondeu ao
teste mais conhecido, bem como o mais aplicado na prática assistencial. O
instrumento menos conhecido e o menos utilizado na prática clínica foram,
respectivamente, a FSS e o DENVER. A não capacitação foi a principal
justificativa apresentada para a não aplicação.
Conflitos
de interesse
Não
houve conflitos de interesse.
Fontes
de financiamento
Não
houve financiamento.
Contribuição
dos autores
Concepção
e desenho da pesquisa:
Moreira AF, Rebelo LAJ, Mendes DJS, Guimarães MAP, Bouzas
MLSB, Soares MPG, Novais MCM; Coleta de dados: Moreira AF, Rebelo LAJ,
Mendes DJS, Guimarães MAP, Novais MCM; Análise e interpretação dos dados:
Moreira AF, Rebelo LAJ, Mendes DJS, Guimarães MAP, Novais MCM; Análise
estatística: Moreira AF, Rebelo LAJ, Mendes DJS, Guimarães MAP, Novais MCM;
Redação do manuscrito: Moreira AF, Rebelo LAJ, Mendes DJS, Guimarães
MAP, Bouzas MLSB, Soares MPG, Novais MCM; Revisão
crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Moreira
AF, Rebelo LAJ, Mendes DJS, Guimarães MAP, Bouzas
MLSB, Soares MPG, Novais MCM